Em Busca do Tempo Perdido

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Em Busca do Tempo Perdido
Juscelino Mendes
“Mas quando mais nada subsistisse de um passado remoto, após a morte das criaturas e a
destruição das coisas - sozinhos, mais frágeis porém mais vivos, mais imateriais, mais
persistentes, mais fiéis - o odor e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como
almas, lembrando, aguardando, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, e suportando
sem ceder, em sua gotícula impalpável, o edifício imenso da recordação.”
(Marcel Proust, in
"No Caminho de Swann").
Busco em reentrância,
minha vida em Conquista,
a infância
à semelhança do personagem
de Proust, que, aturdido,
busca a imagem
do tempo perdido
ao comer um pedaço de madalena.
Tem o seu passado presente,
ao tomar uma xícara de chá de tília na
casa de sua mãe, comovente!
Nessa visão em túnel, ouço um som.
Mesmo efeito embriagante do chá de tília.
É Garfunkel: Mr. Robinson;
Cecília!
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E a suave música que passa,
de chofre, faz-me reviver o Beco dos Artistas; o Jurema
e o velho pé de Cajá, que virou praça.
Obra original disponível em:
http://www.overmundo.com.br/banco/em-busca-do-tempo-perdido
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