o desenvolvimento de atividades musicais na

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ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: O DESENVOLVIMENTO DE
ATIVIDADES MUSICAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PANOSSO, Vinicius¹
SERAFIN, Letícia Lisboa¹
RIBEIRO, Silvia Brum¹
TELLES, Julia¹
LAMPERT, Claudia Daiane²
MULLER, Betina²
VICENZI, Carla Luisa2
Acadêmico curso de Psicologia – Faculdades IDEAU
² Docente Curso de Psicologia – Faculdades IDEAU
[email protected]
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo apresentar a música como elemento contribuinte para o
desenvolvimento na educação infantil. Para que isso fosse possível, o estudo foi realizado em uma escola de
educação infantil na cidade de Passo Fundo – RS, Brasil e uma escola de música na cidade de Lagoa Vermelha –
RS, Brasil. Para a análise dos dados, foi utilizado um roteiro de observação contendo as principais formas de
aprendizagem musicais. Os dados foram examinados com base nos conteúdos temáticos e divididos em
categorias. A música traz bastantes influências positivas para a educação infantil, dentre elas uma melhor
compreensão dos materiais didáticos oferecidos pelo professor, quando usado em conjunto com a música.
Palavras – Chave: Música; Desenvolvimento infantil; Atividades.
ABSTRACT: This article aims to present the music as a contributing factor in the development in early
childhood education. To make this possible, the study was conducted in a kindergarten school in the city of
Passo Fundo - RS, Brazil and a music school in the town of Lagoa Vermelha - RS, Brazil. For data analysis, we
used an observation script containing the main forms of musical learning. The data were examined based on the
theme and content divided into categories. Music brings plenty of positive influences for early childhood
education, among them a better understanding of the teaching materials offered by the teacher, when used in
conjunction with music.
Keywords: Music; Child development; Activities.
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Cada criança tem seu desenvolvimento único, com o passar do tempo vai se tornando
visível sua capacidade de associação relacionada à sociedade em que está inserida. Com
relação à inteligência, uma das teorias mais aceitas na atualidade é a teoria das inteligências
múltiplas, do americano Howard Gardner que notou a existência de áreas distintas de
cognição no cérebro, cada uma específica para um tipo de competência e processamento de
informações. Gardner sugeriu que a inteligência não é unitária, mas, sim, fragmentada por
competências específicas. Em 1893 Gardner propôs a existência de oito inteligências
múltiplas. A inteligência lingüística ou verbal, a lógica-matemática, a espacial, a sonora ou
musical, a sinestésico-corporal, a naturalista, a intrapessoal e a interpessoal. Cada uma dessas
inteligências aparenta estar localizada em uma parte distinta do cérebro humano. Todo ser
humano possui todas essas inteligências, embora cada indivíduo tenha algumas delas mais
predominantes do que as outras (ANTUNES, 2002).
A música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade
desde as primeiras civilizações sendo usada principalmente em rituais, tais como o
nascimento, casamento, morte, recuperação de doenças e fertilidade. Sabendo que com o
passar do tempo, a música também passou a ser utilizada como louvores a líderes, como a
executada nas procissões reais do antigo Egito e na Suméria. Na Grécia Clássica o ensino da
música era obrigatório, e há indícios de que já havia orquestras naquela época, pois
acreditavam que alguns determinados acordes musicais criavam reações definida no
organismo humano, assim acelerava o processo de cura (BRÉSCIA, 2003).
Neste sentido, a música é sem dúvida uma das mais antigas formas de arte, a qual
utiliza a voz humana e o corpo como instrumentos naturais e meios de auto expressão. Tendo
como pressuposto, proporcionar às crianças momentos de experiência musical, sem distinção
se forem cantigas de roda, cantigas de ninar, canções folclóricas ou terminada canção. O
ambiente escolar juntamente com as canções auxiliará na descoberta das qualidades da
criança e também permitirá a demonstração de sentimentos e expressões corporais. Por isso é
fundamental que as crianças tenham oportunidades de vivenciar situações concretas que
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permitam criar e descobrir diferentes sons produzidos por diferentes objetos (KAERCHER,
2007).
Dessa forma, o processo de aprendizagem acontece em virtude da interação da criança
com a sociedade. Do mesmo modo, a aprendizagem é um processo que ocorre num
determinado momento histórico, numa determinada sociedade, dentro de uma cultura
particular. Portanto, a aprendizagem é um processo integral que ocorre desde o princípio da
vida, e exige um sistema social organizado, sistematizado em idéias, pensamento e linguagem
(FUENTES, 2008).
Assim, considerando essa relação interdependente da aprendizagem, podemos notar
que os processos ganham significados a partir da estrutura psíquica, enquanto os processos
cognitivos sistematizam as informações recebidas de modo específico, em analise que
condizem às experiências vivenciadas e às situações sociais onde se desenvolvem. De maneira
complementar, sabendo que os sujeitos da aprendizagem e as estratégias que aqueles se
utilizam para aprender são produtos das práticas culturais e sociais (GÓMEZ & TERÁN,
2011).
Diante deste panorama, o presente artigo tem por objetivo apresentar a música como
elemento contribuinte para o desenvolvimento de atividades na educação infantil. Assim
podendo ter interferência como a presença da música pode contribuir com a aprendizagem,
favorecendo o desenvolvimento psicomotor e sócio afetivo das crianças.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa e exploratória realizada com
alunos na faixa etária entre 3 e 4 anos de idade,em uma escola de educação infantil, no
módulo de ensino fundamental na cidade de Passo Fundo-RS, Brasil e uma escola de
musicalização na cidade de Lagoa Vermelha – RS, Brasil. Optou-se por este tipo de estudo
por considerar o objeto de pesquisa escolhido atribui o conhecimento no contexto em que as
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relações de ensino-aprendizagem referem-se ao desenvolvimento das atividades musicais e
sua interação entre aluno e educador.
O instrumento utilizado foi um roteiro de observação contendo as principais formas de
aprendizagem musical em especifico na educação infantil. Na observação foram analisadas as
formas de adaptação referente ao desenvolvimento das atividades, sua execução perante os
alunos e sua diferenciação de aprendizagens.
Para a coleta dos dados, foi utilizou-se um roteiro de observação com questões semiestruturada elaboradas pelos pesquisadores. A observação realizou-se na escola de educação
infantil de órgão privado da respectiva cidade, em horário previamente agendado.
Os dados foram examinados com base na observação dos pesquisadores assim
caracterizados como Pesquisador 1 (P1) e Pesquisador 2 (P2) e Pesquisador 3 (P3). Os quais
foram organizados de acordo com os núcleos temáticos e a busca da compreensão com base
no pressuposto central da observação, surgindo assim às categorias temáticas, de acordo com
o objetivo e a fundamentação teórica proposto.
3 RESULTADOS E ANÁLISE
Os dados que obtivemos da observação, foram organizados em duas partes:
caracterização do ambiente escolar e os desenvolvimentos das atividades musicais no ensinoaprendizagem na educação infantil.
3.1 Caracterizações do Ambiente Escolar
O ambiente escolar atua no desenvolvimento das crianças na educação infantil desde
os anos iniciais passando por todas as etapas escolares. O ambiente escolar é responsável pelo
ensino-aprendizagem no desenvolvimento social, afetivo, interação, entre outros, assim com
participação direta no desenvolvimento infantil.
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3.2 Desenvolvimentos de atividades musicais no ensino-aprendizagem na educação
infantil
A importância das atividades está centrada na análise dos jogos e brincadeiras
musicais, como conteúdos desenvolvidos em atividades fora e dentro da sala de aula e suas
relações com as competências e habilidades exigidas ao educador. Diálogo musical,
linguagem e jogos, entendem-se que a música não está restrita a sua linguagem, visto que sua
natureza envolve inúmeros elementos. Nota-se que a melodia é só uma dimensão de um
fenômeno muito mais complexo, mais rico, e que é o brinquedo. A música transformada em
brinquedo, ganha uma infinidade lúdica e as formas de expressão das culturas populares,
como os jogos e brincadeiras musicais, brinquedos, merecem estudos mais aprofundados,
devido a que são anteriores à própria cultura, ou são necessários à educação, ou ainda tem
potencial educacional por seu conteúdo elementar (HORTÉLIO, 2004).
Diante das observações analisadas e interpretadas, descrevem-se quatro categorias
temáticas, as quais delimitam o desenvolvimento musical no ensino aprendizagem, tendo
como foco as atividades desenvolvidas em sala de aula.
3.2.1 Execução de Atividades musicais em sala de aula
Esta categoria temática surgiu com a demanda de diversificação em sala de aula, nos
dias atuais atrair os alunos para sala de aula está cada vez mais difícil, o mundo tecnológico
está interferindo muito no ensino-aprendizagem, para isso é necessário que o educador realize
atividades diferenciadas em sala de aula, para que assim os educando sintam atraídos a irem à
escola diariamente.
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser usada para
proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos, oferecendo um efeito
calmante após períodos de atividade física e reduzindo a tensão em momentos de avaliação, a
música também pode ser usada como um recurso no aprendizado de diversas disciplinas. O
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educador pode selecionar músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado em sua área, isso
vai tornar a aula dinâmica, atrativa, e vai ajudar a recordar as informações. Mas, a música
como um instrumento a ser estudada como matéria, como linguagem artística, forma de
expressão e um bem cultural. A escola deve ampliar o conhecimento musical do aluno,
oportunizando a convivência com os diferentes gêneros, apresentando novos estilos,
proporcionando uma análise reflexiva do que lhe é apresentado, permitindo que o aluno
adquira mais conhecimento assim, conseqüentemente se torne mais crítico (SNYDERS,
1994).
Diante deste fato, foi observado que a música torna mais agradável o ambiente escolar,
pois assim deixando-os mais à vontade.
“A professora usa o método musical em todas as atividades com seus alunos,
começando pela chamada diária. Nota-se que as crianças são alegres, havendo
leves distrações fora do contexto pedido. Na turma há uma menina com diagnostico
de autismo, mesmo tendo suas limitações a professora consegue integrá-la na turma
o que faz necessária a presença de uma monitora. As músicas são várias desde o
momento de guardar os brinquedos até a hora do lanche onde se notou a total
participação de todos.” (P1)
O ensino de música nas escolas tanto de Educação Infantil, pode contribuir não só para
a formação musical dos alunos, mas principalmente como uma ferramenta eficiente de
transformação social, onde o ambiente de ensino e aprendizagem pode proporcionar o
respeito, a amizade, a cooperação e a reflexão tão importantes e necessárias para a formação
humana. Dessa forma, é interessante que ela esteja presente no ambiente escolar (SOUZA,
2010).
Sabendo que dentro do ambiente escolar, a musicalização é uma peça fundamental no
desenvolvimento psicomotor e social das crianças, principalmente nos anos iniciais.
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“A música ajuda os alunos na organização da sala de aula, com isso eles
conseguem realizar a atividade com destreza e a música vai acalmando as crianças.
A hora do lanche se torna mais agradável com a presença da música, pois assim
auxilia prendendo a atenção sempre para a professora, mesmo com visitas, os
alunos não perdem o foco.” (P2)
Como podemos observar a forma com que utilizamos a música pode ser diversificada,
e assim é possível verificar que a prática musical é apenas uma possibilidade dentre várias.
Por meio da música podemos expressar nossas idéias e sentimentos, compreender valores e
significados culturais presentes na sociedade ou no grupo onde ela foi criada. (SOUZA,
2010).
3.2.2 Adaptação dos Alunos Com as Atividades Musicais
A adaptação contém dois subprodutos que são a assimilação e a acomodação. A
assimilação é a incorporação do objeto às estruturas do sujeito. A acomodação se define pela
modificação de estruturas do sujeito às peculiaridades do objeto. Assimilação e acomodação
são indissolúveis e trabalham em prol do equilíbrio. A busca de equilíbrio é o que impulsiona
o desenvolvimento cognitivo (JUSTI, 2008).
Pode-se observar que a adaptação dos alunos com as atividades é constante, mas em
devido momento acaba acontecendo distrações tanto por se tratarem de crianças onde não tem
um domínio total pela atenção ainda.
“Neste momento sentam em roda e são chamados por seus nomes, após
algumas músicas, fazem a referida refeição. Ainda estando em roda, efetuam uma
oração em agradecimento e são estimulados a pedirem uma canção onde o mais
rápido a erguer a mão terá a música escolhida. Poucas crianças tiveram falta de
atenção, mas logo voltaram a interagir novamente.” (P1)
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A organização é o que possibilita a adaptação. Ela se dá através das estruturas
derivadas dos reflexos inatos, e que se transformam em esquemas através do exercício. Estes
esquemas vão se desenvolvendo até formarem um complexo sistema de coordenação de
estruturas utilizadas no pensamento do adulto. Este desenvolvimento se dá através do próprio
funcionamento intelectual. Apesar de ser variável quanto às idades, o desenvolvimento é
invariável quanto à seqüência de seus quatro estágios: o sensório-motor, o pré-operacional, o
das operações concretas e o das operações formais (JUSTI, 2008).
É notória a importância da adaptação do educando com o educador nas atividades
lúdicas musicais, assim acontece um equilíbrio e harmonia no ambiente escolar.
“Os alunos se adaptam muito bem com a música, e mesmo estando na
ausência da educadora, permanecem no estado que ela os deixou calmo com as
canções. A musicalização na sala de aula auxilia os alunos com a atenção. Chega a
um momento em que os alunos escolhem a música que querem cantar, mas todas
lúdicas e focando quase todo momento em numerais e o alfabeto.” (P2)
As atividades de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si mesmas,
desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permite a comunicação com o
outro. As atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento
cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança (BARRETO, 2000).
3.2.3 Formas de Aprendizagem com a Atividade Musical
A música comprovadamente pode trazer tantos benefícios para a saúde física e mental
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porque a escola não a utiliza mais? Incluí-la no cotidiano escolar certamente trará benefícios
tanto pra professores quanto para alunos. Os educadores encontram nela mais um recurso, e
os alunos se sentirão motivados, se desenvolvendo de forma lúdica e prazerosa. Como já foi
comentada, a música ajuda a equilibrar as energias, desenvolve a criatividade, a memória, a
concentração, autodisciplina, socialização, além de contribuir para a higiene mental,
reduzindo a ansiedade e promovendo vínculos (SILVA, 2004).
Devido ao reduzido espaço físico da sala de aula muitas vezes é optado por não
executar algumas atividades musicais, assim deixando o turno de aula mais maçante e
cansativo.
“No momento da mímica, alguns alunos não tiveram participação, os quais
ficaram observando os outros colegas fazerem, mostrando boa coordenação motora.
Percebeu-se também que alguns alunos não fizeram-se participativos no geral das
atividades, mas em algum momento interagiam ao menos nas canções.” (P1)
O canto acompanhado por gestos e movimento corporal faz parte da musicalização de
crianças em todas as partes do mundo, especialmente da educação musical das crianças
pequenas em idade pré-escolar e daquelas nas primeiras séries do ensino fundamental. Tanto
o canto quanto o movimento em resposta aos estímulos sonoros fazem parte de
comportamentos que muitos psicólogos e educadores consideram naturais e espontâneos das
crianças pequenas. O ato de cantar, espontaneamente ou de forma dirigida em sala de aula,
pode ativar os sistemas da linguagem, da memória, e de ordenação sequencial, entre outros. Já
o movimento corporal parece ajudar a desenvolver os sistemas de orientação espacial e motor.
Sem falar que, quando o canto acompanhado de movimentos corporais acontece em salas de
aula, as crianças ainda têm a possibilidade de desenvolver o sistema de pensamento social.
Através do canto acompanhado por gestos e movimentos corporais, a criança pode vir a ter
pelo menos seis sistemas de seu cérebro estimulados (ILLARI, 2003).
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3.2.4 Desenvolvimento das Atividades musicais em sala de aula
A atualidade crê que o sistema nervoso seja altamente diferenciado e que diferentes
centros neurais processem diferentes tipos de informações. Sabemos que, através dos
estímulos ambientais naturais ou construídos da prática pedagógica desencadeada na escola e
das atividades desenvolvidas pelos professores, o sistema nervoso da criança se especializa e
se desenvolve. A arte, a música, os jogos e a dança, entre outros, contribuem de maneira
decisiva para o desenvolvimento de uma complexa e multifacetária estrutura chamada de
inteligência (DAMÁSIO, 2001).
Tendo como base a observação, descobriu-se que com as atividades musicais, o
desenvolvimento infantil é mais rápido, mas também não se pode generalizar, pois há indícios
que nem todos os alunos desempenham as atividades com a mesma eficácia.
“Desempenham da melhor forma, pois a musica já havia os acalmados deixando-os
interessados na aula, por sua natureza, os meninos tendem a serem mais hiperativos
do que as meninas, essas por sua vez demonstram mais afetividade e empenho nas
atividades. Os meninos tentavam chamar a atenção da professora mais do que as
meninas.” (P2).
A melodia musical permite a expressão dos sentimentos, uma linguagem que está
inserida na vida das pessoas desde o nascimento até a morte como parte integrada a cultura,
da civilização, da natureza e todas as situações de vida, garantindo a oportunidade de acesso
aos cidadãos à arte como linguagem expressiva e, também, como forma de conhecimento,
oferecendo condições de compreensão sobre o que ocorre no plano da expressão e no plano
do significado, permitindo uma inserção social de forma mais ampla através da interação com
todas as linguagens artísticas, influenciando diretamente nas atividades físicas e no seu
desenvolvimento em sala de aula, onde ela funciona como elemento motivador e de estímulo
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para o desenvolvimento da expressão de percepção e criação são como elementos deste
processo. (SAVIANI, 2000).
“Podemos observar entre as crianças que onde as meninas erram mais atenciosas e
aprendiam com mais facilidades, enquanto os meninos eram mais distraídos e
menos interessados. Aprendiam também a ter respeito, educação e empatia com o
colega, quando um falava ou tocava seu instrumento, ficavam quietas para ouvir e
assim ao final de cada aula recebiam uma recompensa por seu comportamento.
Aprendiam a tocar atrás do estimulo da professora com o canto, a contagem dos
números e dos dedos da mão. Alguns instrumentos eram feitos com material
reciclado e as crianças ficam muito entusiasmadas com a confecção dos
instrumentos” (P3)
As aulas de música devem ter atividades diferenciadas para garantir o envolvimento
dos alunos durante a maior parte do tempo e, assim, possibilitar a realização de um bom
trabalho. Podemos incluir em uma mesma aula: músicas para tocar, para dançar, para cantar,
conto sonoro, entre outras atividades que o professor possa programar para as aulas de
música. O importante é garantir a participação dos alunos na aula e, para que eles participem,
é necessário diversificar as atividades, a fim de que a aula não se torne chata, desinteressante.
(OLIVEIRA, 2001)
As crianças nos dias de hoje, estão cada vez mais exigentes e observadoras, por isso
como diz a citação acima, o educador deve ter diversas atividades diferentes para que o
educando preste atenção, se envolva nas atividades e aprenda o que o educador quer ensinar
com sua atividade.
O aprendizado por meio da experiência na atividade musical é acompanhado por
mudanças, que estão sempre me desenvolvimento, o que não é trabalho um único modulo
neural, mas ocorrem com conjuntamente em uma grande estrutura. A percepção, a produção e
o aprendizado musical, portanto, envolvem um processo neurobiológico, extremamente
complexo. É necessário compreender as bases neuroanatomicas e neurofisiológicas do
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desempenho musical, para entender os substratos neurais que fazem parte desse processo
(PEDERIVA, 2006).
Enquanto a criança está cantando, tocando ou, simplesmente, ouvindo música, as
abstrações empíricas vão fornecendo a ela as informações sobre o objeto musical. A tomada
da consciência da relação entre causa e efeito de suas ações sobre o objeto musical,
enriquecem as reflexões que a criança faz sobre estas, levando em conta o tempo, o espaço e
as conservações dos esquemas adquiridos em suas experiências anteriores. Quando realizam
abstrações pseudo-empiricas, os sujeitos reorganizam suas representações figurativas sob a
forma de esquemas simbólicos e operativos decorrentes da assimilação conceitual dos
fenômenos musicais (JUSTI, 2008).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A música traz bastantes influências positivas para a educação infantil, dentre ela uma
melhor compreensão dos materiais didáticos oferecidos pelo professor, quando usado em
conjunto com a música. Contudo, se a inteligência musical for mais utilizada no cotidiano da
escola, tende-se a obter resultados de maior significativa, tanto no desenvolvimento da
crianças para o entendimento das atividades, como na atenção que é dada as explicações que o
professor ensina.
A inteligência musical na educação infantil torna mais agradável o desenvolvimento
da criança, facilitando a metodologia aplicada pela professora. Baseando-se nas observações
concluímos que quando uma aula é musicalisada a atenção das crianças é total para o
educador. É uma forma simples de prender a atenção infantil, sendo que hoje em dia,
conseguir ter a atenção das crianças voltadas durante o turno inteiro é muito raro de acontecer,
a tecnologia está bloqueando o desenvolvimento social das crianças, mas a música em sala de
aula deixa mais atraente as atividades.
Nota-se também, que todas as atividades eram cantadas, a interação das crianças era
constante, em nenhum momento foi necessário a professora entoar a voz para acalmar os
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alunos, mesmo a professora estando ausentes da sala de aula, as crianças permanecia calma e
esperava qual seria a outra atividade proposta pela professora. A música auxilia no convívio,
pois o desenvolvimento musical torna as crianças mais receptivas e interessadas nas
atividades.
A música como sendo facilitadora no processo de aprendizagem intelectual, cultural,
mental, no desenvolvimento cognitivo linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança deve
ser amplamente incentivada. Sabe-se que uma das primeiras linguagens são os gestos e estes
podem advir dos aprendidos com os sons. Não deve-se seguir achando insignificantes esses
métodos pois são necessários no desenvolvimento. Os estilos musicais ajudam na manutenção
da memória, em especial a música barroca e a clássica. O canto dos pássaros e cricri dos
grilos anunciam o novo dia e o cair da noite. A Música, um método importante que não deve
ser renegado na formação da inteligência.
Já são conhecidos os inúmeros benefícios neurais que a música proporciona em
crianças com dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento motor, e também em autistas.
As crianças e jovens são colocados pelos pais em escolas musicais sem saber como incentiválos. Perdendo para os gregos onde o ensino era obrigatório, estudos baseados em Pitágoras,
filosofo grego mostram que certos acordes e melodias criavam definidas reações no
organismo. Hoje as músicas chamadas metais pesados, funk, podem influenciar
negativamente reações em nosso corpo. Como também certos instrumentos aceleram
processos de cura ou relaxam pacientes hospitalizados.
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