Doença pulmonar mata mais que infarto Doença Pulmonar

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Doença pulmonar mata mais que infarto
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica provoca complicações cardiorrespiratórias, que, em períodos
de 1 a 7 anos são responsáveis por mais mortes do que ataques cardíacos
No dia 16 de novembro é comemorado o Dia Mundial da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica), data designada para conscientização da população sobre a importância do diagnóstico e
tratamento da doença. Causada principalmente pelo tabagismo, a doença pode causar tosse, chiado
no peito, falta de energia, falta de ar e dificuldade para realizar atividades diárias[i]. Estudos
mostram que as complicações da DPOC são responsáveis por mais mortes do que infarto agudo do
miocárdio (ou IAM). Enquanto que 23% dos pacientes acima de 50 anos que apresentavam uma crise
grave de DPOC faleceram dentro de 1 ano, menos de 20% dos pacientes da mesma faixa etária que
infartaram vieram a óbito nesse período[ii]-[iii]. Os dados são ainda mais expressivos quando
observados no intervalo de 7 anos. Analisou-se que 31% dos homens e 47% das mulheres que
sofreram um infarto chegaram a falecer, enquanto 70% dos pacientes que apresentaram uma crise
grave da DPOC faleceramv-[iv].
De acordo com dados da OMS, a DPOC atinge mais de 65 milhões de pessoas no mundo[v], e dados
do Ministério da Saúde estimam que a enfermidade afete mais de 7 milhões de pessoas no Brasil[vi].
A doença é responsável pela morte de 3 milhões de pessoas no mundo por ano[vii], sendo 40 mil
brasileiros[viii]. O Dr. Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, explica porque isso acontece: “A DPOC é uma doença grave
que, quando não recebe o tratamento adequado, pode trazer diversas complicações pulmonares e
até mesmo cardiovasculares. Dessa forma, além de riscos de crises respiratórias, como pneumonia e
exacerbações, os pacientes estão sujeitos à problemas cardíacos como infartos, arritmias e
hipertensão”. Atualmente, a DPOC é a quinta causa de morte no mundo, e a previsão é que esse
cenário piore, tornando-se a terceira da lista até 2030i.
A DPOC é o termo usado para denominar o conjunto de duas doenças que causam a obstrução
crônica das vias aéreas dentro dos pulmões: a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. A bronquite
é a inflamação dos brônquios e bronquíolos, e causa a constante produção de muco, falta de ar,
chiado e tosse crônica com expectoração. Já o enfisema se caracteriza pela destruição do pulmão e
surgimento de bolhas, com aprisionamento de ar nas cavidades, o que dificulta a respiração e leva
ao cansaço ou falta de ar. A DPOC é diagnosticada quando o paciente apresenta a sobreposição das
duas doenças.
Dr. Mauro explica que uma das dificuldades no diagnóstico da DPOC é que as pessoas negligenciam
um dos principais sintomas: “Muitas vezes, quando perguntamos se o paciente tem falta de ar ele
responde que não. Porém, ao perguntarmos se ele apresenta cansaço ao subir um ou mais lances de
escadas, é comum responderem que sim. Há uma confusão quanto à diferença entre cansaço e a
falta de ar, quando em essência, elas são a mesma coisa. As pessoas costumam achar que se sentem
cansadas devido à idade, ao sobrepeso, ao tabagismo ou ao sedentarismo, quando na verdade esse
pode ser um sinal de doença pulmonar”.
O diagnóstico é realizado por um pneumologista por meio de um exame simples chamado
espirometria, também conhecido como "teste do sopro”. O exame que mede a quantidade de ar e a
velocidade com a qual ele entra e sai dos pulmões, identificando valores alterados quando o paciente
apresenta DPOC. Foi assim que Abel Nunes foi diagnosticado com DPOC há 7 anos. O contador
conta que teve complicações pulmonares devido à doença: “Já faz 18 anos que eu parei, mas fui
fumante por mais de 40 anos e, apesar de saber dos malefícios causados pelo cigarro, nunca
imaginei que poderia desenvolver uma doença crônica. O diagnóstico da DPOC veio após ser
internado diversas vezes com pneumonia em curtos períodos de tempo. Faço o tratamento adequado
desde então e percebo que a doença está sob controle, por isso não sinto muitas limitações no meu
dia a dia ”, pontua.
Apesar de ser uma doença grave e sem cura, existem medicamentos que são capazes de controlar os
sintomas, aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Além de tratamento medicamentoso com
broncodilatadores inalatórios, que contribuem para a suavização dos sintomas e das crises de
exacerbação, procedimentos não farmacológicos também são importantes para garantir uma melhor
qualidade de vida, como a prática de atividade física regular com o acompanhamento médico,
vacinação e, quando necessário, o uso de suplementação de oxigênio.
Sobre a DPOC
A OMS projeta que em 2030 a DPOC será a terceira causa de morte no mundoi. A DPOC atinge 65
milhões de pessoas no mundoi. Apesar disso, um em cada dois brasileiros nunca ouviu falar da
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade que atinge 7 milhões de pessoas no paísii
e é a 5ª causa de morte no mundoi. Causada principalmente pelo tabagismo, a DPOC leva à
dificuldade de respirar e ao cansaço progressivo e constante, impossibilitando uma série de
atividades de rotina. Todos os anos, a DPOC leva a óbito cerca de 40 mil brasileiros, o equivalente a
quatro pacientes por hora, segundo dados do Ministério da Saúdeiii. A doença custa aos cofres
públicos aproximadamente R$ 100 milhões por anoii.
Segundo o Gold – Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – um programa
mundial que atua com objetivo de sistematizar, padronizar e orientar o diagnóstico e tratamento da
DPOCviii, existem cinco perguntas básicas que ajudam o profissional de saúde a identificar
pacientes que podem ter a doença:
• Possui mais de 40 anos
• Fumante ou ex-fumante
• Tosse frequente
• Expectoração ou “catarro” constante
• Cansaço ou dificuldade para respirar, como subir escadas ou caminhar
Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br.
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