PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O DNIT MATÉRIAS

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O DNIT
MATÉRIAS BÁSICAS – NÍVEL SUPERIOR
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Apresentação do Professor
Prezado aluno,
Aqui é o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me
aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre
minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para
concursos.
Sou graduado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade
de Brasília (UnB) e possuo especialização em Língua Portuguesa pelo
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a
Universidade Castelo Branco.
Há onze anos ministro aulas voltadas para concursos públicos.
Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem.
Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e
interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas
bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,
FGV e Cesgranrio. Já integrei o quadro de instrutores da Esaf e de outras
instituições particulares. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. No Ponto dos
Concursos, já participei de vários trabalhos, por exemplo: ICMS-RJ, ICMS-SP,
CGU,
Susep,
Seplag-RJ,
Anvisa,
Tribunais
Incra,
(FCC),
TCM-CE,
TJSP,
TCU,
Abin,
MinC,
Senado
MPOG,
Federal,
DPU,
Câmara
MPU,
dos
Deputados, Ministério do Turismo, INSS, Inmetro, TRT-21ª Região, TRT-12ª
Região, Petrobras, BNDES, PF, TJDFT, STJ, CEF, Banco do Brasil... A lista é
extensa. Atualmente, também estou trabalhando com aulas em vídeo (Ponto
Vídeo) e integrando a equipe dos professores que assessoram os candidatos na
elaboração de recursos (Ponto Recursos).
Meu
endereço
eletrônico
é
[email protected].
Sempre que precisar, faça contato comigo. Mas se lebre de que as dúvidas e
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sugestões relativas a este curso devem ser encaminhadas ao fórum específico
de cada aula.
Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para
ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga. Para você refletir: “O pessimista
vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em
cada dificuldade” (Winston Churchill).
Apresentação do Curso
Agora que você já me conhece melhor, que tal falarmos sobre o
curso?
Este é um curso de teoria e exercícios comentados. Está
dividido em oito aulas (incluindo esta, a aula demonstrativa) e baseado
no EDITAL ESAF Nº 66, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2012. Abaixo, transcrevo
o conteúdo programático estabelecido pela Esaf.
1. Compreensão Textual. 2. Ortografia. 3. Semântica. 4. Morfologia. 5.
Sintaxe. 6. Pontuação.
Pouca coisa, não é? Cuidado com as aparências. Esse modo de
apresentar o programa é uma estratégia para que tudo possa ser cobrado e a
banca seja resguardada contra possíveis recursos sobre a não previsão de um
assunto no edital.
Mas não é para ninguém se desesperar! As provas da Esaf
normalmente versam sobre assuntos já bastante conhecidos entre nós: verbo,
sintaxe
de
concordância,
pontuação,
crase,
valores
do
“se”,
interpretação e ordenação textual etc. E são eles que nos ocuparão
durante nossos encontros.
O conteúdo programático das aulas está assim dividido:
Aula
Assunto
0
Ortografia oficial e acentuação gráfica – item 2
1
Verbos (emprego e flexões) – item 4
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2
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2
Pronomes (classificação, emprego e colocação) – item 4
3
Pontuação e sintaxe dos termos da oração – itens 5 e 6
4
Conjunções e sintaxe das orações do período – itens 4 e 5
5
Regência e crase – item 5
6
Concordância verbal e nominal – item 5
7
Compreensão textual e semântica – itens 1 e 3
Utilizarei, prioritariamente, questões de provas elaboradas
anteriormente pela Esaf (inclusive as que caíram recentemente, em
2012, nas provas da CGU, do MDIC e do CENAD) para direcionar os
nossos estudos.
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original
dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula. As questões
poderão sofrer ligeiras adaptações para contemplar as alternativas
que tratam do assunto estudado em cada aula.
Ao final do curso, teremos resolvido cerca de 240 questões só
da Esaf.
Apresentação da Matéria
A partir de agora, começo a ministrar o primeiro conteúdo deste
curso: ortografia oficial e acentuação gráfica.
Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos próximos encontros.
Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental
para o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!
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Ortografia
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras
é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da
língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de
escrever as palavras.
Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e
as atuais estarão em vigor até 31 de dezembro 2012. Por quê? Porque o então
presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008,
além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi
assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 –, também estabeleceu um
período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,
durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida”.
Como sua prova será aplicada em 2013, as regras NOVAS serão
enfatizadas neste curso.
Você e eu sabemos que é humanamente impossível decorar a
grafia de todas as palavras da nossa Língua. Entretanto podemos sistematizar
a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do
seu radical. É isso que você verá aqui. A experiência nos permite dizer que
esse processo é muito útil no momento de resolver uma questão de concurso.
Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas
poucas linhas. O que você precisa entender é que a prática de leitura de livros,
jornais, revistas e dicionários deve ser somada à minha explicação.
Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS.
•
Usa-se, normalmente, a letra X:
QUANDO
EXEMPLO
1 – depois de ditongos
ameixa, frouxo, peixe
2 – depois da sílaba EM
enxame, enxergar
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CUIDADO
Recauchutar
encher,
encharcar,
enchova, enchumaçar e
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derivados
dessas
palavras
3 – depois da sílaba ME,
quando “fechada”
•
mexa (verbo), mexerico
mecha (substantivo) =
pronúncia “aberta”
Usa-se, normalmente, a letra G:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nos sufixos AGEM, viagem
IGEM e UGEM
CUIDADO
(substantivo), pajem,
vertigem, ferrugem
2 – nos sufixos AGIO, pedágio,
colégio,
EGIO,
relógio,
IGIO,
OGIO
e prestígio,
UGIO
3
–
lajem,
lambujem
refúgio
nas
palavras margem/margear,
monge/monja, eu dirijo
derivadas daquelas que homenagem/homenagear (flexão do verbo dirigir).
possuem G no radical
Imaginem
(você
perceberá
que
mantivéssemos a
esse
princípio
vale
“g”
também para o emprego
nas
se
letra
palavras
derivadas...
de outras letras)
•
Usa-se, normalmente, a letra J:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras de origem indígena, pajé, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jiló,
africana e árabe
2
–
nas
flexões
cafajeste, jerico, jequitibá
dos
verbos
que viajar (verbo) – que eles viajem;
possuem J no radical
bocejar – eu bocejei
3 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem J no radical
4 – nas palavras de origem latina
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gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado
jeito, hoje, majestade, injetar, objeto,
ultraje
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1.
(Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Poucos dias depois de estender (1) a cobrança de 6% do Imposto sobre
Operações Financeiras − IOF para os empréstimos externos de cinco anos
(antes eram taxados apenas os de três anos), como parte da guerrilha
que mantém (2) para conter a valorização do real frente ao (3) dólar, o
ministro da Fazenda não apenas reconheceu que sacrifica sua fé no
câmbio flutuante, como admitiu haver efeitos colaterais da medida que
terão de ser mitigados (4).
De fato, o aumento do custo desse tipo de empréstimo ajuda o governo a
rejeitar o capital oportunista, que aqui vem apenas para tirar vantagem
de nossas taxas de juros elevadas, mas ingeta (5) problema na veia dos
exportadores que precisam financiar suas operações no exterior. Ele fez
questão de reforçar sua disposição de continuar atirando com todas as
armas contra o excesso de liquidez mundial, provocado pelo tsunami
cambial promovido pelos bancos centrais europeu e norte-americano.
(Editorial, Correio Braziliense,15/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Há um erro grosseiro: “ingeta”, com “g”. A grafia correta é com
“j”: injeta. Há ainda outro problema que precisa ser considerado. A expressão
“frente ao” é condenada por eminentes gramáticos. Napoleão Mendes de
Almeida, em seu Dicionário de Questões Vernáculas, ensina-nos o seguinte:
“Em frente de” – É erro dizer em português: “Os paulistas frente
aos cariocas”, “Morreu frente ao portão da Santa Casa”.
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Nenhuma das nossas locuções prepositivas em que entre o
substantivo feminino frente permite essas construções, que só
podem encontrar justificativa no espanhol, pelo que diremos
constituírem castelhanismo. [...] Certo será “Os paulistas ante os
cariocas",
"Morreu
em
frente
ao
portão",
mas
nunca,
simplesmente, “...frente ao portão.”. V. “face a”. (grifos meus)
“Face a”, “frente a” – são invencionices; ou se diz “em face de”,
“em frente de” ou simplesmente ante, preposição esta que não
vem seguida de outra preposição: “Ante o imprevisto da
conclusão...” [...].
Portanto creio que a anulação teria sido melhor, contudo a Esaf
desprezou essa argumentação e manteve o gabarito.
Para não perder a viagem, vale ressaltar a diferença entre
eStender e eXtenso/eXtensão.
Resposta – E, com ressalva.
•
Usa-se, normalmente, a letra Ç:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas exceto – exceção, setor – seção,
que possuem T no radical
cantar – canção
2 – nas palavras de origem indígena, miçanga,
árabe e africana
3 – nos sufixos AÇU e AÇO
4 – depois de ditongo
2.
paçoca,
muriçoca,
muçulmano, açougue, açoite
babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu,
golaço, poetaço, atrevidaço
compleição, feição, beiço
(ESAF/MF/ATA/2009) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical
ou de grafia.
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A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores
condições do que(1) no passado, mas a exportação caiu, a atividade
recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego tem(3) crescido. As
primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades
fiscais deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação
tributária. Além disso, o manejo da política orçamentária foi limitado pelo
aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar usando os estímulos
fiscais,
mas
com
melhor
planejamento
e
com
mais
esforço
de
contensão(5) das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário – A palavra contenção (= ação ou resultado de conter(-se):
contenção de encostas, contenção de despesas; estado do que é impedido de
se deslocar, se espalhar ou progredir) deriva de conter. As palavras derivadas
daquelas que possuem T no radical são grafadas com Ç (deter > detenção;
abster > abstenção).
A palavra contensão (= contenda, luta, confronto; do latim
contensio), escrita com S, não guarda coerência com a linha argumentativa do
texto.
Registre-se ainda que há variação ortográfica no que diz
respeito ao uso dessas palavras com o significado de luta, contenda. Na
prática, a forma contenção (com ç) também é usada com esse sentido.
Resposta – O gabarito inicial trouxe a letra E. Posteriormente – e por razão
que desconhecemos – a questão foi anulada.
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•
Usa-se, normalmente, a letra S:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nos substantivos que designam chinês, japonês, baronesa, duquesa,
origem, título honorífico e feminino
sacerdotisa, poetisa
2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE
fase, ascese, eletrólise, apoteose
3 – nos sufixos OSO e OSA
formoso, formosa, gostoso, gostosa
4 – nas palavras derivadas daquelas
que possuem D, RT ou RG no seu
radical
iludir – ilusão, defender – defesa;
divertir
–
inversão;
diversão,
imergir
imersão,
trasladar
derivados
transladar)
6 – após os ditongos
maisena, Sousa, coisa
7 – nas formas verbais derivadas dos
3.
–
–
submergir – submersão
5 – no prefixo TRANS e nos seus transatlântico,
verbos QUERER e PÔR
inverter
(ou
quis, quisera, pusera, compusera
(ESAF/IRB/ADVOGADO/2006) Assinale o trecho do texto que apresenta
erro gramatical.
Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza
a)
Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o
jornalista Daniel Piza observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma
expressão de sua época e uma exceção a ela.
b)
Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de
Janeiro do século XIX, mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem
sempre foi percebida pelos seus contemporâneos.
c)
Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista
de seu último romance, Memorial de Aires.
d)
O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou
dos grandes debates públicos de sua época.
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e)
A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre
os aspectos de sua vida examinados no livro.
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)
Comentário – Repare a palavra “ascenção” (com ç) e releia o que foi dito no
item 4 a respeito do emprego do S.
Resposta – E.
4.
(ESAF/Receita
Federal/Analista
Tributário
da
Receita
Federal/2012)
Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal Correio
Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras gramaticais no
uso das estruturas linguísticas.
a)
Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
b)
A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c)
De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano
passou de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para
uma queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.
d)
Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a
previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e)
Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
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mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de
que o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.
Comentário – Repare a última alternativa. A palavra prevalecia (do verbo
prevalecer) não é escrita com “s” antes do “c” (“prevalescia”).
Resposta – E.
•
Usa-se, normalmente, SS:
QUANDO
EXEMPLO
1 – nas palavras derivadas daquelas suceder
que
possuem
as
expressões
sucessão,
regredir
–
CED, regressão, comprimir – compressão,
GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no demitir
radical
–
–
demissão,
intrometer
–
intromissão, discutir – discussão
2 – prefixo terminado em vogal + pre + sentir = pressentir
palavra começada por S
5.
(repare que o “s” foi duplicado”)
(Esaf/Susep/Analista Técnico/2010) Assinale a opção que corresponde a
erro gramatical ou de grafia de palavra inserido no texto.
a)
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b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Esta é uma questão fácil, embora exija atenção do candidato.
Claramente, a palavra “repecurssões” apresenta erro grosseiro
de ortografia. Eis a forma correta: repercussão.
Resposta – C
•
Usa-se, normalmente, a letra Z:
QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas terminações EZ
e
EZA,
formando insensato – insensatez,
substantivos
nu
–
nudez;
claro
–
abstratos derivados de clareza, belo – beleza
adjetivos
a) se a palavra possuir
S em sua parte final, o
infinitivo verbal também
levará
S:
analisar,
2
–
IZAR,
nas
terminações sintonia
–
análise
–
paralisia
–
sintonizar, paralisar;
formando real – realizar, visual – b) Hipnose – hipnotizar;
infinitivos verbais
visualizar
Síntese
–
Batismo
sintetizar;
–
batizar;
Catequese – catequizar;
Ênfase
–
enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, só
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que
com
E
no
final:
HSBCE).
3 – como consoante de pé + udo = pezudo; guri
ligação
6.
+ ada = gurizada
(Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados
Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da
forçada redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões
em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou
ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade.
Mesmo que aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente
o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores,
pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5)
de trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais
do que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens
finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
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Comentário – O único problema é a grafia da palavra defasagem, que no
texto recebeu a letra “z” no lugar de “s”. Merecem nosso comentário a forma
verbal “aceitasse” e o substantivo
“escassez”. Conjugado no pretérito
imperfeito do subjuntivo, o verbo aceitar recebe a desinência modo-temporal
“-sse”. Derivado de adjetivo, o substantivo abstrato recebe a terminação “-ez”
(lúcido > lucidez; insensato > insensatez; escasso > escassez etc.).
Resposta – D
•
Usa-se, normalmente, a letra H:
QUANDO
EXEMPLO
CUIDADO
1 – nas palavras ligadas
por
hífen
em
segundo
que
o anti-higiênico,
pré-
elemento histórico, super-homem
desarmonia, lobisomem
começa com H
as
2 – na palavra Bahia
•
palavras
derivadas
não possuem H: baiano
Verbos terminados em EAR e IAR:
1 – são irregulares os
verbos
EAR;
letra
terminados
eles
I
recebem
nas
em
a
formas
rizotônicas (eu, tu, ele,
eles – a sílaba tônica
passear:
passeio,
passeias,
passeia,
passeamos,
passeais,
passeiam
integra o radical)
2 – são regulares os
verbos
terminados
IAR
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em
premiar:
premio, Mediar,
premias,
premia, Remediar,
premiamos,
premiam
Ansiar,
Incendiar,
premiais, Odiar (MARIO): apesar
de terminarem em IAR,
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são
irregulares
e
recebem a letra E nas
formas rizotônicas (eu,
tu,
ele,
eles):
odeio,
odeias, odeia, odiamos,
odiais, odeiam
7.
(ESAF/CGU/AFC/2004) Assinale a opção que corresponde à palavra ou
expressão do texto que contraria a prescrição gramatical.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de
tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e,
também, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de
Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o
espaço,
caráter
temporal.
No
filme,
o
olhar
da
câmara
e
do
espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado
e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Não existe a forma “perspassa” (com “s”). A correta escrita é
perpassa (= passar ao longo ou perto de; estar presente do início ao fim).
Atente
para
a
grafia
das
palavras
simultâneo
>
simultaneidade; espontâneo > espontaneidade; idôneo > idoneidade.
A palavra “espectador” (com “s”) significa pessoa que assiste
a qualquer espetáculo musical, teatral, cinematográfico etc. (O filme teve
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milhões de espectadores.); aquele que presencia uma ocorrência, um fato;
testemunha. Outro significado tem a palavra expectador (com “x”): aquele
que espera baseado em probabilidade ou promessa de que algo seja feito ou
aconteça (expectativa de chuva).
A respeito da palavra “ininterrupta” (com p “mudo”), eis uma
pequena relação de palavras com letras “mudas”: abdicar, absoluto, adjetivo,
admirar, afta, enigma, eclipse, digno, impugnar, maligno, optar, decepção,
aptidão, rapto, réptil, repugnar, substancia. Cuidado com elas.
Resposta – A
8.
(ESAF/STN/AFC/2005) A respeito do texto abaixo, julgue a assertiva
seguinte.
Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar
até ao fim inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que
confundem o pensador que os quer resolver segundo a razão, se nenhum
choque exterior veio perturbar para ela solução recebida na infância. A
dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às
vezes um simples mal-estar da vida.
(Joaquim Nabuco, Minha formação)
a)
O
substantivo
“perspicuidade”
tem
o
sentido
de
“qualidade
de
perspectiva”.
Comentário – Pura covardia uma questão como essa! Mas caiu em prova. A
palavra
perspicuidade
indica
a
qualidade
de
perspícuo;
nitidez;
transparência. Eis o seu antônimo: intransparência, opacidade. Perspectiva
pode significar aquilo que o olhar alcança a partir de determinado lugar;
panorama; maneira de considerar uma situação, um problema; ponto de vista
(Em minha perspectiva esse projeto não vai dar certo.). Esta não guarda
relação com aquela.
Resposta – Item errado.
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9.
(Esaf/CVM/Analista de Mercado de Capitais/2010) Analise os seguintes
trechos transcritos e adaptados do Correio Braziliense, de 21 de outubro
de 2010, quanto à correção gramatical.
I.
Assim como ocorreu na 15ª Conferência das Partes sobre Mudanças
Climáticas, na Dinamarca a questão econômica tornou-se o centro das
discussões na 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica, no
Japão. O estabelecimento de novas metas de preservação das espécies
pode não seguir a diante devido a impasse que coloca em confronto entre
os países em desenvolvimento – os donos de grandes reservas naturais –
e as nações ricas.
II.
O primeiro grupo, tendo o Brasil como líder, defende a adoção de
compensações financeiras pagas pelos países industrializados devido ao
uso da biodiversidade. Uma das tentativas de flexibilizar a posição dos
países foi a divulgação do relatório A Economia dos Ecossistemas de
Biodiversidade. O documento mostra que preservar o meio ambiente pode
ser economicamente rentável.
III. De acordo com esse estudo, é preciso que os tomadores de decisão levem
em conta o que será gasto no futuro por causa dos problemas ambientais,
como a extinção de espécies e o aquecimento global. Isso pode redefinir
os atuais padrões econômicos e iniciar uma nova era, na qual o valor dos
serviços da natureza passa a ser visível e se torna uma parte crítica da
tomada de decisões na política e nas empresas.
Na transcrição, manteve-se o respeito à correção gramatical e à coerência
textual apenas em
a)
I
b)
I e II
c)
II
d)
II e III
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e)
III
Comentário – Item I: errado. A rigor, falta uma vírgula depois de
“Dinamarca”, para isolar o adjunto adverbial antecipado. A grafia correta é
adiante, e não “a diante”. Há impropriedade no emprego da preposição
“entre” (“...em confronto entre os países em desenvolvimento...”), o que
prejudicou a coesão e o sentido do texto.
Item II: a banca considerou-o errado também, mas é difícil
apontar aqui algum erro. Até que uma explicação melhor possa ser
apresentada, considero-o certo.
Item III: certo, indiscutivelmente. Aqui não há nem sobra de
dúvidas.
Resposta – E, conforme gabarito oficial; mas com ressalva.
Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,
certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.
MAL x MAU
•
a)
Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,
refere-se a um verbo)
b)
Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)
c)
Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,
contrário de bom)
ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma
classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque
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a banca examinadora pode sugerir o contrário. O examinador, por exemplo,
pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem,
destacá-los e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos
em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes
de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.
Quero que note ainda as diferentes classificações dos vocábulos que surgirão
nos próximos exemplos.
10. (ESAF/STN/AFC/2005) Julgue a assertiva abaixo em relação ao texto
seguinte.
Há erro no emprego do substantivo mal (l .2) adjetivando desempenho;
o correto é empregar o adjetivo mau.
Os
administradores
de
sociedades
limitadas
podem
responder
solidariamente perante a sociedade pelo mal desempenho de suas
atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não comunicar aos
demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a
terceiros que não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.
Comentário – Referindo-se a substantivo, mau é escrito com U e significa o
contrário de bom: “...mau desempenho...”
Resposta – Item certo.
11. (ESAF/TTN/1997) Julgue o texto abaixo em relação à correção gramatical.
Política, história, instituições e leis, todos esses fatores vão determinar o
bom ou mal funcionamento da economia, e não existe estratégia de
desenvolvimento que seja adequada a todos os casos.
(Folha de S. Paulo - 13.7.97, com adaptações)
Comentário – Notou a grafia incorreta do vocábulo “mal”? Sendo o antônimo
de bom, deve ser escrito com U (mau).
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É possível que alguém alegue que o erro encontra-se no
vocábulo “bom”, que deve ser escrito bem. Nesse caso, resta-nos averiguar a
relação semântica estabelecida na passagem. As palavras “bom” e “mal”
referem-se ao substantivo “funcionamento”, qualificando-o. Logo são dois
adjetivos, e não advérbios.
Resposta – Item certo.
POR QUE x POR QUÊ
•
a)
Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início
da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)
b)
Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase
interrogativa é indireta)
c)
Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e
o “quê” é tônico)
d)
Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome
relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)
Quando colocado no final da frase ou no final de oração, antes de
pausa, tiver o sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.
Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o
cantor estava inquieto.
Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.
Ninguém lhe dava atenção. Por quê?
PORQUE x PORQUÊ
•
a)
Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,
indica circunstância de causa)
b)
Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa
explicativa)
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c)
Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de determinante, é
substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)
ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),
use a expressão separada.
SENÃO x SE NÃO
•
a)
Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica
alternância de ideias que se excluem mutuamente)
b)
Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,
porém,)
c)
Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é
substantivo)
d)
Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção
subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)
ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas
quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.
ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE
•
a)
Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de
+ os –, equivale-se a sobre)
b)
Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.
(refere-se, de forma aproximada, a acontecimento passado)
c)
Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se, de forma
aroximda, a acontecimento futuro)
12. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISTA/2009) Assinale a opção que
corresponde a erro gramatical.
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O
Brasil
possui
irrigados:
área
É
um
dos
de
alimentos,
agricultura
explorar
e
o
cerca
que
pode
países
racionalmente
consumo
respectivamente,
de
46%
e
triplicada
de(4)
são
esse
água
milhões
de
em(2)
importantes(3)
apesar
ainda
4
ser
mais
mas,
irrigada,
de(1)
sua
potencial.
para
69%
a
dos
20
na
vocação
necessárias
hectares
produção
para
estratégias
Hoje,
irrigação
valores
a
anos.
a
para
captação
representa(5),
totais
captados
e consumidos.
(Adaptado de Denise Caputo
http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/noticias)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário – Entenda “erro gramatical” como qualquer deslize (ortografia,
concordância, regência, emprego de pronome etc.) na construção de frases.
Nesta aula somente nos interessam os itens 1 e 4. A expressão
“cerca de” indica quantidade aproximada e está escrita com correção. A grafia
da expressão apesar de (de valor semântico concessivo) não deve ser
associada à da expressão a partir de, cuja parte inicial é constituída por dois
vocábulos distintos e escritos separadamente.
Resposta – Os itens 1 e 4 estão certos e, portanto, não correspondem à
resposta que a banca requer.
13. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISTA/2009) Em relação ao
texto,
assinale a opção correta.
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O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu
leito por uma obra de transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas
são utilizadas para gerar energia elétrica e para abastecer a Região
Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também
nesse caso, a ação da ANA se pautou por definir um arcabouço técnico e
institucional, estabelecendo regras de operação para o reservatório e de
vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)
a)
A substituição de “cerca de”(ℓ.1) por acerca de mantém a correção
gramatical do período.
Comentário – Está claro que “cerca de” indica aproximadamente e “acerca
de” significa sobre, a respeito de.
Resposta – Item errado.
14. (ESAF/ANEEL/TÉCNICO/2006) Assinale a opção que corresponde a erro
gramatical.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza:
ou ele seria um produto da razão pura ou ética do homem em busca
de(2) construir na Terra um regime de ordem, de paz e de justiça
assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação
socioeconômica
de
base
política
e
militar
organizada
juridicamente conforme o(3) interesse material dos grupos ou classes
sociais que(4) dominam efetivamente as relações econômicas de
produção da riqueza de um país determinado.
Para
o
pensamento
moderno
oficial,
o
Estado
é
uma
entidade
socioeconômica e política criada racional e conscientemente pelo homem,
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situando-se(5) acima dos interesses das classes, que busca a ordem e a
paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Depois da explicação, creio que não há dificuldades para você
perceber o erro do primeiro item. Com o sentido de sobre, a expressão
correta é acerca de.
Resposta – A
15. (ESAF/MPU/2005) Marque o item em que uma das sentenças não está
gramaticalmente correta.
a)
A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz
apenas os sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as
obras literárias possam brotar de cérebros insulados./ A literatura
depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras
literárias possam brotar de cérebros insulados.
b)
Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e
pratica a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará
literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. / Um povo não
perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar a
pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura
estranha sem perda de alguns de seus valores.
c)
Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas
de Euclides da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das
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raças e o autoctonismo do homem americano. / Já tive ocasião de mostrar
como me parecem precárias três afirmativas de Euclides da Cunha: a
questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo
do homem americano.
d)
Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar
grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. /
Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar
grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei.
e)
No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema”
interessantíssimo, que a cerca de trezentos anos desenvolve-se. / No
Brasil,
a
nacionalidade
e
a
literatura
formaram
um
“sistema”
interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)
Comentário – Na última opção, “a cerca de” foi empregada indevidamente
para indicar tempo decorrido. O correto, nesse caso, é o uso da expressão há
cerca de, pelos motivos já explicados acima.
Para não nos distanciarmos do objetivo desta aula, o outro
erro presente na mesma alternativa será comentado na aula apropriada.
Resposta – E
AFIM x A FIM DE
•
a)
Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)
b)
Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,
denota finalidade, objetivo, intenção)
16. (Esaf/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção que indica
onde o texto foi transcrito com erro gramatical.
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A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da
economia de mercado, transmitida por dois canais. O primeiro é o da
confiança dos agentes - aspecto crucial nas observações de John Maynard
Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em momentos de
incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal
financeiro, como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de
mercado e manifestações de irracionalidade são comuns no capitalismo,
sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a polarização entre
Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a
concorrência, bens públicos que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é
incapaz de prover.
a)
(1)
b)
(2)
c)
(3)
d)
(4)
e)
(5)
(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 17/01/2010.)
Comentário – De olho na expressão “afim de (4)”, pois o correto é escrevê-la
separadamente: a fim de. Trata-se de uma locução prepositiva, denota
finalidade, objetivo, intenção.
Resposta – D
DEMAIS x DE MAIS
•
a)
Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo ou a um
adjetivo, equivale-se a muito, demasiadamente, em excesso)
b)
Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo,
equivale-se a outros, vem precedido de artigo)
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c)
Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos,
refere-se a substantivo ou pronome)
Observação: com relação a de menos, a professora Maria Tereza de Queiroz
Piacentini ensina que nem sempre tal expressão tem como oposto de mais.
De menos pode se referir a substantivo ("gente de menos") e verbo ("saber
de menos"), segundo a autora do livro Português para redação. Moral da
história: junto a substantivo, use de mais e de menos; junto a verbo, use
demais e pode usar de menos também.
ONDE x DONDE x AONDE
•
a)
Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a
preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada
por em + onde)
b)
Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em
razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +
onde)
c)
Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também
por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:
“Aonde” = a + onde)
MAS x MAIS
•
a)
Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa
adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)
b)
Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,
refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)
c)
Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a
substantivo)
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HÁ x A
•
a)
Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)
b)
Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)
DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE
•
a)
O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.
(indica posição contrária, colisão, confronto)
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.
b)
O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,
concordância)
17. (ESAF/MPOG/APO/2011)
Assinale
a
opção
em
que
as
duas
possibilidades propostas para o preenchimento das lacunas do texto
resultam em um texto coerente e gramaticalmente correto.
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente
atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer
vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém
___(b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas
discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os
índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais.
A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas
necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento
sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar
___(e)___crise financeira que assombra as economias mundiais, os
emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos
em
infra-estrutura
básica
tornam-se
primordiais
para
assegurar
a
sustentatibilidade.
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009)
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a)
e apresentar / apresentando
b)
a / às
c)
o que leve / levando
d)
de / com
e)
da / de a
Comentário – Apesar de haver leve diferença de sentido causado pelo
emprego do verbo ora no infinitivo, ora no gerúndio, não há erro gramatical
nem mesmo incoerência entre os argumentos do texto. A utilização do
gerúndio (“apresentando”) indica concomitância entre o crescimento e a
apresentação
assinalados
no
texto:
enquanto
cresce,
apresenta
a
tal
“performance”. O uso do infinitivo (“ e apresentar”) possibilita o entendimento
de que a apresentação da “performance” é consequência do crescimento.
Alternativa B: a rigor, nenhuma das opções serve. A locução
prepositiva à custa de significa com recursos ou dinheiro de; a expensas de;
com o sacrifício de; por meio de (Vive à custa do pai; Só obedece à custa de
castigo). A expressão as custas deve ser usada no âmbito jurídico e com
sentido de “despesas com processos” (Como perdeu a causa, pagou as custas
do processo).
Alternativa C: a primeira opção, para estar correta, deveria
trazer o verbo levar conjugado no presente: “o que leva”.
Alternativa D: exprimindo ideia de concordância, afinidade,
posição favorável, a expressão é “ao encontro de” (note a preposição “de”). É
descabido o emprego da preposição “com”. Agora compare com a expressão
“de encontro a”: O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de
duas pessoas. (indica posição contrária, colisão, confronto)
Alternativa
E:
o
artigo
“a”
que
integra
a
expressão
substantivada “a crise financeira” contrai-se com a preposição “de”. A
aglutinação só não ocorre quando o termo for sujeito de verbo no infinitivo:
Apesar de a crise financeira não assustar o Brasil, o governo tomará
precauções.
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Resposta – A
À TOA (o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo
•
contexto)
a)
Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um
substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)
b)
Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem
rumo certo, a esmo, sem fazer nada)
DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo
•
contexto)
a)
O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido
por artigo, equivale-se a cotidiano)
b)
Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de
tempo, equivale-se a diariamente)
TAMPOUCO x TÃO POUCO
•
a)
Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.
(advérbio de negação, equivale-se a também não)
b)
Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de
intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)
c)
Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro
advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)
•
A NÍVEL DE x EM NÍVEL DE
A primeira expressão não possui amparo em nossa Língua. Portanto se
trata de erro gramatical. Exemplo: A reunião é a nível de diretoria.(errado)
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Já a segunda forma está correta. Exemplo: A reunião é em nível de
diretoria. (certo).
18. (ESAF/ENAP/SPU/2006)
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com
certos teóricos, a única forma de eliminar as guerras, de construir uma
paz durável, se não(2) eterna. Outros teóricos apontam a impossibilidade
de governo universal sobre(3) uma História construída nos fundamentos
da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade
econômica, sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses
tão pouco(5) são iguais.
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto acima.
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Esta questão vem contemplar o que expliquei sobre o emprego
de algumas expressões.
A forma “Há” diferencia-se de a por indicar existência:
Existem os que defendem um governo universal...
O segundo caso merece destaque. Se alguém se apressou e
substituiu “se não” por mas sim, errou. Semanticamente, não há a noção de
contrariedade entre as ideias. Aliás, a segunda desenvolve a primeira ao
construir uma expectativa em torno dela: “...de construir uma paz durável, se
não (for) eterna....”. Concluímos que no segmento há a elipse do verbo ser
(empregado no futuro do subjuntivo); o “se” é conjunção subordinativa
adverbial condicional; e o “não” é advérbio de negação.
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O erro fica por conta do último item: “tão pouco”.
Equivalendo-se a também não, a expressão é grafada juntamente: “...os
deuses tampouco (também não) são iguais”.
Resposta – E
19. (ESAF/SEFAZ CE/2007) Assinale a opção que contém erro de grafia ou
inadequação vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará).
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior
quando:
a)
a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;
b)
não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o
funcionário seu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições
do servidor;
c)
for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;
d)
não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública,
ou visar a fins não estipulados na regra de competência da autoridade da
qual promanou ou do funcionário a quem se dirige;
e)
a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;
(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm,pesquis a em 20/10/2006)
Comentário – Falemos a verdade: esta é o tipo de questão que só resolve
quem está com o dicionário aberto do seu lado! Expender (do que deriva
“expendida”) significa apresentar, expor de maneira detalhada (Gostava de
expender suas convicções filosóficas.). Expedir (do que deriva “expedida”) é o
mesmo que enviar, remeter, fazer chegar (algo) ao seu destino (Expediu livros
para o amigo.)
Outra também dificílima: “promanou”. Promanar quer dizer
provir de algum lugar ou alguém; vir; originar-se (As ordens promanavam do
ministro da defesa.).
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Resposta – C
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, resumirei aqui os casos
importantes.
•
Regras Novas
Prefixos (ou falsos prefixos)
Usa hífen
Não usa hífen
a) Em todos os demais
casos:
autorretrato,
autossustentável,
autoanálise,
autocontrole,
antirracista, antissocial,
antivírus, minidicionário,
Quando
Agro, ante, anti, arqui, auto,
contra, extra, infra, intra,
macro, mega, micro, maxi,
mini, semi, sobre, supra,
tele, ultra...
a
palavra minissaia, minirreforma,
seguinte começa com h ultrassom...
(perceba
ou com vogal igual à que as letras R e S
última do prefixo: auto- são duplicadas).
-hipnose,
auto- b) Quando se usam os
-observação,
anti-herói, prefixos
anti-imperalista,
des-
e
in-,
micro- caem o h e o hífen:
-ondas, mini-hotel
desumano,
inabitável,
desonra, inábil.
c)
Também
com
os
prefixos co- e re- caem
o h e o hífen: coordenar,
coerdeiro,
coabitar,
reabilitar,
reeditar,
reeleição.
Hiper, inter, super
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Quando
a
palavra Em
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todos
os
demais
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seguinte começa com h casos:
hiperinflação,
ou com r: super-homem, supersônico
inter-regional
Quando
Sub, sob, ob, ab
a
palavra
seguinte começa com b,
h ou r: sub-base, sub-reino, sub-humano
Em
todos
casos:
os
demais
subsecretário,
subeditor
Admite-se
ainda
subumano
Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar, alémtúmulo,
aquém-mar,
ex-aluno,
ex-diretor,
Vice, ex, sem, além, aquém, ex-hospedeiro,
ex-prefeito,
ex-presidente,
recém, pós, pré, pró
pré-história,
pré-vestibular,
recém-casado,
recém-nascido,
pós-graduação,
pró-europeu,
sem-terra
Quando
a
palavra
seguinte começa com h, Em
Pan, circum, mal
todos
m, n ou vogais: pan- casos:
americano,
os
demais
pansexual,
circum- circuncisão
hospitalar
Quero enfatizar o seguinte:
1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico,
anti-histórico,
macro-história,
mini-hotel,
proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal
com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,
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extraescolar,
infraestrutura,
plurianual,
semiaberto,
semianalfabeto,
semiesférico, semiopaco.
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado,
inter-racial,
inter-regional,
sub-bibliotecário,
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal.
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,
interestudantil,
superamigo,
superaquecimento,
supereconômico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.
A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar o
hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o
composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra
composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes.
Abaixo assinado x abaixo-assinado
Mesa redonda x mesa-redonda
testa de ferro x testa-de-ferro
Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual.
Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de
um texto ou reivindicação.
Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo.
Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS
ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que
a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.
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Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um
texto ou reivindicação assinada por várias
pessoas.
Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado
assunto.
Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo
Ortográfico.
1.
Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO
(de, da, do etc.), os elementos de natureza nominal, adjetiva, numeral ou
verbal constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento
próprio.
abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris,
beija-flor,
decreto-lei,
mesa-redonda,
joão-ninguém,
tenente-coronel,
médico-cirurgião,
tio-avô,
zé-povinho,
afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas,
guarda-noturno,
sempre-viva,
má-fé,
mato-grossense,
sobrinha-neta,
norte-americano,
sul-africano,
verbo-nominal,
primeiro-ministro, segundo-sargento, segunda-feira, conta-gotas,
guarda-chuva,
vaga-lume,
porta-aviões,
porta-retrato,
porta-moedas etc.
As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso,
sino e outros adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outros
adjetivos pátrios, serão grafadas com hífen:
afro-americano,
luso-brasileiro,
anglo-saxão,
euro-asiático,
euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc.
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Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se
refere à Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central
da África, enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana.
Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de ligação
entre as palavras também serão grafados com hífen:
cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas.
O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de compostos
formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses
compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, são hifenizados:
blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico, xiquexique, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque.
Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém,
recém, bem e sem:
além-mar,
aquém-mar,
recém-casado,
recém-eleito,
recém-
nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado,
bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido, bem-vindo,
bem-visto, sem-número, sem-vergonha, sem-terra.
Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra, sem uso do
hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.
2.
Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer dos
casos abaixo:
– iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará;
– iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro, QuebraCostas, Quebra-Dentes;
– ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Trásos-Montes.
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Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen:
América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc.
Exceção: Guiné-Bissau
Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao local
de nascimento, quando derivados de nomes compostos, serão hifenizados:
belo-horizontino (Belo Horizonte)
cabo-verdiano (Cabo Verde)
americano-do-sul (América do Sul)
mato-grossense (Mato Grosso)
mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul)
juiz-forano (Juiz de Fora)
cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul)
3.
O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies botânicas
e zoológicas (mato e bicho, entendeu?!):
Andorinha-do-mar,
bem-me-quer,
bem-te-vi,
coco-da-baía,
couve-flor, dente-de-leão, erva-doce, fava-de-santo-inácio, feijãoverde, joão-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-bruxa etc.
ATENÇÃO! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será
usado.
não-me-toques (espécie de planta)
Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras)
O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam para
formar encadeamentos vocabulares.
A ponte Rio-Niterói;
o trecho Paraná-Goiás;
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
o acordo Brasil-Inglaterra;
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a liga Itália-França-Alemanha.
Acentuação Gráfica
A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre
ACENTUAÇÃO GRÁFICA, que a banca também cobra nas provas.
•
Regras gerais de acentuação gráfica
O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa
língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da
vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos
vocábulos:
1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS
o acento é empregado naqueles
terminados por A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.
CUIDADO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles
serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.
Quando
não
estiverem,
não
serão
acentuados:
pressentir,
prosseguir.
Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por
pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes
oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =
pô-los; fez + a = fê-la.
2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última)
usa-se o acento
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns
CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão
acentuados, salvo se estiverem em hiato.
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Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo
20. (ESAF/TCE RN/2000) Marque o item em que um dos dois períodos está
gramaticalmente incorreto.
a)
Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à
organização político-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na
estrutura da República Federativa, para nela dispor instituições e
institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. /
Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à
organização política-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na
estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições e
institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b)
O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus
entre três patamares, pelo que suporta, em três níveis de poder, três
repartições genéricas de competência. / O federalismo brasileiro é de
duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão por
que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de
competência.
c)
No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gênero das leis
federativas, podem-se discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas.
d)
As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada,
guardando preponderante interesse público ou administrativo, ou social,
ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem
privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou
social, ou privado.
e)
Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário
Nacional, autoproclamam-se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente
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federativas, como o Código Tributário Nacional, se autoproclamam
‘nacionais’.
(Baseado em Sérgio Resende de Barros)
Comentário – Na primeira alternativa, repare o segmento “para nela dispôr
instituições”. Acabamos de ver o porquê da acentuação de palavras oxítonas.
Não consta nas regrinhas que aquelas que terminam em R são acentuadas.
Resposta – A
21. (ESAF/SUSEP/AGENTE
EXECUTIVO/2006)
Assinale
a
opção
que
corresponde a erro de grafia ou de desobediência às regras da norma
escrita padrão.
A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise
do “socialismo real” e, em menor intensidade, do modelo socialdemocrata de gestão “humanizada” do mercado, encontra-se ainda em
pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2)
histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização,
resultante, entre outras causas, do auge da hegemonia(3) do sistema
capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4) de todas as
suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do
ideário e da experiência socialista no mundo, torna-se duradoura,
sobretudo se estivermos a medí-la(5) com a escala individual de nossas
vidas.
(Adaptado de Anivaldo de Miranda)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
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Comentário – Como afirmei anteriormente que palavras oxítonas terminadas
em I ou U não recebem acento, o erro de grafia ocorre no item 5.
É possível, entretanto, que alguns tenham ficado em
dúvida quanto à acentuação das formas verbais que se fazem acompanhar de
pronomes oblíquos em posição enclítica (após o verbo e ligado a ele por meio
do hífen) ou mesoclítica (no meio do verbo). Por exemplo, como justificar o
acento empregado nas formas: dá-lo; poupá-la e oferecê-la-íamos?
Os verbos devem ser analisados parte por parte e sem a
interferência do pronome. Assim, a acentuação do primeiro exemplo encontra
apoio nas regras dos monossílabos tônicos terminados em A(S), E(S) e O(S). O
segundo exemplo deve ser analisado com base na regra dos vocábulos
oxítonos finalizados por A(S), E(S), O(S). Finalmente, a última forma verbal
reúne duas justificativas distintas: a regra das oxítonas (poupá-), como já
mencionado nesta explicação, e a regra dos proparóxitonos (-íamos).
Resposta – E
3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima)
são acentuados aqueles
que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO
ORAL.
Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,
abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.
CUIDADO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM
ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou
pólenes)
Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão
acentuados: semi-histórico, super-homem.
22. (ESAF/IRB/ADVOGADO/2006) Assinale a opção que corresponde a erro
gramatical ou de grafia de palavra.
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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE,
revelou
que(1)
a
renda
das
famílias
parou
de
cair
em
2004,
interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde 1997, e
que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho.
Enquanto a metade da população ocupada que(4) recebe os menores
rendimentos teve ganho real de 3,2%, a outra metade, que tem
rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número
de trabalhadores ocupados, participação das mulheres no mercado de
trabalho, indicadores da área de educação e melhoria das condições de
vida.
(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da
Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
Comentário – Pode parecer bobagem, mas o erro do item 5 (“ítens”) é
frequente e há candidatos bons que nele “escorregam”. A palavra itens não
recebe acento, pois é uma paroxítona terminada por ENS (regra das oxítonas).
Resposta – E
23. (ESAF/CGU/TFC/2008) Analise as propostas de correção gramatical para o
trecho de relatório abaixo e, a seguir, assinale a única opção que, em vez
de corrigir, introduz erro ao trecho.
Procedemos o exame dos atos de gestão da unidade XX, ocorridos no
período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2005, por seleção de itens,
em atendimento à legislação federal aplicável as diversas áreas e
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atividades examinados, com verificação, quanto à legitimidade dos
documentos e dos atos de gestão que deu origem ao atual processo.
(http://www.cgu.gov.br/Contas/2005/relatorio.pdf ,com alterações)
a)
Acentuar graficamente a palavra “itens”, escrevendo-a assim: ítens.
Comentário – Volta e meia essa palavra surge, inclusive nas provas da ESAF.
É bom você ficar atento.
Resposta – Item errado.
4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima)
todos são
acentuados.
Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.
•
Regras especiais de acentuação gráfica
1 – HIATOS
a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos
crer, dar, ler e ver)
b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e
ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam
a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.
CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem
seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não
se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).
O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.
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ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos
e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.
Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo
Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é
oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.
2 – DITONGOS
a)
EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e
como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras
ocasiões (quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por
exemplo).
Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.
24. (ESAF/MPOG/ESPECIALISTA POLÍTICAS PÚBLICAS/2005)
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos
apóiam. Mas basta colocar, de um lado, a chance de auferir lucros e, de
outro, a preservação das florestas, para se verificar o quão frágil é o
compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente
todos os níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para
crimes ambientais em troca de propina até o grande agricultor que não
hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a interpretação
que o permita desflorestar a maior área possível.
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)
Com base no texto acima, julgue a proposição a seguir.
a)
Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir
“apóiam” (l.2) por apoiam.
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Comentário – O ditongo OI constitui a sílaba tônica da palavra “apóiam” e é
pronunciado abertamente. Por isso o acento está bem empregado. A retirada
dele constituiria erro em 2005, conforme o sistema ortográfico antigo.
Com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, o acento
de
OI,
EU
e
EI
desaparece,
exceto
quando
a
palavra
for
oxítona:
herói – heroico. Mesmo hoje não existe a “necessidade” da retirada dele, pois
as regras novas e antigas coexistirão até 31/12/2012.
Resposta – Item errado.
3 – GUE, GUI e QUE, QUI
a)
Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI
não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois,
semivogal.
Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio.
b)
A letra U também não receberá mais acento agudo quando for
pronunciada fortemente; sendo, pois, vogal.
Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques.
CUIDADO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento
agudo no U tônico dos grupos verbais averiguar, apaziguar, arguir, redarguir,
enxaguar e afins. Exemplos: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas,
arguam, redarguo, averiguo, enxague, oblique.
4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi
abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo)
Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)
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recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras
explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,
um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal
empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique
atento para esse detalhe.
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a usá-lo.
Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente
do indicativo)
ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o
motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma
oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.
25. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISA/2009) Em relação ao texto abaixo,
julgue a proposição seguinte.
O
tratamento
programa
5
de
de
esgotos
despoluição
é
das
das
situações,
a
viabilidade
de
tratamento
de
esgotos
reduzida,
necessários
Prof. Albert Iglésia
em
à
razão
sua
fundamental
dos
águas.
para
Em
grande
econômica
(ETE)
altos
construção
e,
é
das
qualquer
parte
estações
reconhecidamente
investimentos
em
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alguns
iniciais
casos,
47
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dos
altos
custos
que
mesmo
os
financeiramente
10
Serviços
os
em
ETE,
operacionais.
países
Por
esses
desenvolvidos
investimentos
como
os
têm
de
Estados
motivos
incentivado
Prestadores
Unidos
e
de
países
da Comunidade Europeia. (...)
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)
a) A forma verbal “têm”(ℓ. 8) está no plural porque concorda com “os países
desenvolvidos”.
Comentário – Conjugados na terceira pessoa do singular, os verbos ter e vir
não recebem acento: ele tem/vem. Caso o sujeito deles seja uma expressão
equivalente à terceira pessoa do plural, o acento será obrigatoriamente
empregado para estabelecer a diferença que houve no número da expressão:
“...os países desenvolvidos têm/vêm...”
Eles
Resposta – Item certo.
26. (ESAF/MF/ATA/2009) Em relação ao texto julgue a proposição seguinte.
(...)
Os
envolvem
18
básica
o
20
atos
públicos,
procedimentos
a
acesso
transparência,
dos
cidadãos.
em
especial
judiciais,
a
O
têm
publicidade
contrário
–
sem
ou
os
como
que
regra
restrições
seja,
o
e
sigilo
– é sempre a exceção.
(Zero Hora, 27/2/2009)
a) A forma verbal “têm”(ℓ.17) está no plural porque concorda com “Os atos
públicos”(ℓ.16).
Comentário – O emprego dos verbos TER e VIR realmente merece nossa
atenção, portanto fique atento.
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Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo)
Resposta – Item certo.
27. (ESAF/MPOG/APO/2010) Nas linhas 11 e 12, a flexão de plural no verbo
ter, indicada pelo uso do acento circunflexo em “têm”, estabelece a
concordância com o termo posposto, “seus próprios mecanismos”.
[...]
O
cientificismo
de
não
percepção
leva
em
como
conta
o
do
que
tanto
o
pensamento
processo
têm
seus
próprios mecanismos de produção. [...]
Comentário – não é verdade o que o examinador disse. A concordância do
verbo é feita como o sujeito composto “tanto o processo de percepção como o
[processo] do pensamento”.
Resposta – Item errado.
28. (ESAF/MPOG/APO/2010) Na linha 4, o acento circunflexo em “vêm” indica
que a concordância se faz com “medidas”, mas estaria igualmente correto
e coerente com a argumentação escrever o verbo sem acento, optando,
então, pela concordância com “crise”.
Os
economistas
das
5
causas
brasileiros
da
crise,
contorná-la.
Com
O
é
primeiro
isso,
que
as
sendo
adotadas
como
desenvolvidos,
na
se
concentram,
proposta
não
levam
medidas
tanto
em
são
de
meios
em
contra
no
e
conta
a
modos
dois
crise,
países
exame
de
pontos.
que
vêm
subdesenvolvidos
fundamentalmente
corretas.
[...]
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise.
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Correio Braziliense, 12 de setembro, 2009)
Comentário – O verbo VIR (e TER) recebe acento circunflexo quando seu
sujeito for um termo plural e deixa de recebê-lo quando o sujeito for um termo
singular. Mas repare que o particípio “adotadas” flexionou-se no plural
justamente porque a referência é o termo “medidas”. A troca da referência
provocaria erro de concordância nominal. Além disso, a concordância com a
palavra “crise” causaria incoerência textual. Não é concebível, a ideia de que a
crise
vem
sendo
adotada
tanto
em
países
subdesenvolvidos
como
desenvolvidos.
Resposta – Item errado.
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)
Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)
ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve
usá-lo.
Pôr (verbo)
Por (preposição)
ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.
Você deve usá-lo.
Fôrma (substantivo = molde)
Forma (substantivo = disposição exterior de algo)
ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
29. (ESAF/ANEEL/ESPECIALISTA/2006)
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A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria
possuidora de direitos e oportunidades sociais, negada pelos processos
de exclusão racial, resultaria na construção jurídica de um país
racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi
5
possível que essa ideologia racial tão decantada por especialistas
conformasse uma sociedade que é alva em todas as suas dimensões de
poder, riqueza e prestígio e escura nas suas instâncias de pobreza e
indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e
10
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso
nunca pôs em questão a sua imperiosa necessidade de romper com o
exclusivismo da supremacia branca como condição para a desracialização
da sociedade.
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006)
Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos termos e
expressões do texto.
a)
Se o infinitivo do verbo, pôr, não fosse acentuado – por oposição à
preposição por –, não seria necessário acentuar “pôs” (l. 11).
Comentário – Vimos anteriormente que o verbo pôr recebe o acento
circunflexo para ser diferenciado da preposição por. Mas a forma flexionada
“pôs” recebe acento pelo mesmo motivo que os outros monossílabos átonos
terminados em A(S), E(S) e O(S).
Resposta – Item errado.
30. (ESAF/MPOG/EPPGG/2005) Assinale a opção em que ambas as propostas
apresentadas completam as lacunas do trecho abaixo com correção
gramatical, coesão e coerência textuais.
Enquanto houver falta de força de trabalho, _______a)_____, os novos
direitos
conquistados
assalariados.
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Mas
se
efetivam
a
para
situação
a
quase
muda
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totalidade
dos
completamente
51
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__________b)__________
e
______________c)______________.
Nessas fases da conjuntura, a competição pelos poucos empregos
disponíveis faz com que _________________d)__________________, o
que só podem fazer trabalhando como “informais”. É o que estamos
assistindo hoje no Brasil: ________e)__________, um número ainda
maior trabalha sem registro e sem os direitos consignados na CLT.
(Paul Singer, Folha de S. Paulo, 30/04/2005)
b)
1. quando a economia estagna
2. nos períodos em que a economia para de crescer
Comentário – Devemos nos deter naquela que foi a segunda alternativa da
prova. O primeiro segmento completa adequadamente a segunda lacuna; mas
o segundo não. A forma “para” é a flexão do verbo parar na terceira pessoa
do singular do presente do indicativo. Vimos que o emprego do acento agudo
(pára) deve ocorrer para que haja diferença entre a forma verbal e a
proposição para.
Frise-se que o novo Acordo Ortográfico eliminou esse acento:
Ela para para estudar sempre às 14 horas.
Resposta – Item errado.
O que achou? Podemos continuar juntos na próxima aula? Espero
você lá!
Um grande abraço e fique com Deus.
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Lista das Questões Comentadas
1.
(Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Poucos dias depois de estender (1) a cobrança de 6% do Imposto sobre
Operações Financeiras − IOF para os empréstimos externos de cinco anos
(antes eram taxados apenas os de três anos), como parte da guerrilha
que mantém (2) para conter a valorização do real frente ao (3) dólar, o
ministro da Fazenda não apenas reconheceu que sacrifica sua fé no
câmbio flutuante, como admitiu haver efeitos colaterais da medida que
terão de ser mitigados (4).
De fato, o aumento do custo desse tipo de empréstimo ajuda o governo a
rejeitar o capital oportunista, que aqui vem apenas para tirar vantagem
de nossas taxas de juros elevadas, mas ingeta (5) problema na veia dos
exportadores que precisam financiar suas operações no exterior. Ele fez
questão de reforçar sua disposição de continuar atirando com todas as
armas contra o excesso de liquidez mundial, provocado pelo tsunami
cambial promovido pelos bancos centrais europeu e norte-americano.
(Editorial, Correio Braziliense,15/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
2.
(ESAF/MF/ATA/2009) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical
ou de grafia.
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A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores
condições do que(1) no passado, mas a exportação caiu, a atividade
recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego tem(3) crescido. As
primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades
fiscais deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação
tributária. Além disso, o manejo da política orçamentária foi limitado pelo
aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar usando os estímulos
fiscais,
mas
com
melhor
planejamento
e
com
mais
esforço
de
contensão(5) das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
3.
(ESAF/IRB/ADVOGADO/2006) Assinale o trecho do texto que apresenta
erro gramatical.
Machado de Assis – Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza
a)
Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o
jornalista Daniel Piza observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma
expressão de sua época e uma exceção a ela.
b)
Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de
Janeiro do século XIX, mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem
sempre foi percebida pelos seus contemporâneos.
c)
Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista
de seu último romance, Memorial de Aires.
d)
O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou
dos grandes debates públicos de sua época.
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e)
A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre
os aspectos de sua vida examinados no livro.
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)
4.
(ESAF/Receita
Federal/Analista
Tributário
da
Receita
Federal/2012)
Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado do jornal
Correio Braziliense, de 7 de agosto de 2012, desrespeita as regras
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.
a)
Ao mesmo tempo em que os analistas do mercado financeiro elevam a
perspectiva para a inflação este ano, eles trabalham cada vez mais com a
possibilidade de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) e também para
a taxa de juros básica da economia.
b)
A principal razão para isso é que o setor industrial não dá mostras de que
vai reagir, revertendo a tendência de queda na atividade. Pela décima
semana consecutiva, os analistas vêm revendo para baixo as expectativas
de desempenho da indústria brasileira.
c)
De acordo com o relatório Focus, a média das estimativas para o ano
passou de uma contração na atividade no setor industrial de 0,44% para
uma queda maior, de 0,69%. Com isso, as expectativas para o PIB, que já
vinham diminuindo, caíram mais ainda.
d)
Segue também em queda, segundo os analistas do mercado financeiro, a
previsão para a taxa básica de juros. Agora, segundo a pesquisa Focus, a
taxa Selic deve chegar a 7,25% no final do ano.
e)
Até à semana passada, a estimativa que prevalescia era de que o ciclo de
redução da Selic pararia em 7,5%. Atualmente a taxa está em 8%. Com a
mudança o mercado financeiro passa a trabalhar com a perspectiva de
que o Banco Central reduza a taxa mais duas vezes.
5.
(Esaf/Susep/Analista Técnico/2010) Assinale a opção que corresponde a
erro gramatical ou de grafia de palavra inserido no texto.
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a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
6.
(Esaf/MDIC/ACE/2012) O texto abaixo foi transcrito com adaptações.
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
palavra.
Em alguns países mais afetados pela crise global, como os Estados
Unidos, a indústria buscou aumentar sua competitividade por meio da
forçada redução dos custos de produção, o que (1) implicou demissões
em massa. Mesmo com menos trabalhadores, a indústria manteve ou
ampliou a produção, alcançando ganhos notáveis de produtividade.
Mesmo que aceitasse (2) arcar comum custo social tão alto, dificilmente
o Brasil alcançaria (3) resultados econômicos tão rápidos. O aumento da
produtividade do trabalhador brasileiro é limitado, entre outros fatores,
pela defazagem (4) nos investimentos em educação. Com escassez (5)
de trabalhadores qualificados, exigidos cada vez mais pelo mercado de
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trabalho, os salários de determinadas funções tendem a subir bem mais
do que a produtividade média do setor, o que afeta o preço dos bens
finais.
(Editorial, O Estado de S. Paulo, 24/3/2012)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
7.
(ESAF/CGU/AFC/2004) Assinale a opção que corresponde à palavra ou
expressão do texto que contraria a prescrição gramatical.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de
tempo. Não mais o conceito linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e,
também, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de
Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o
espaço,
caráter
temporal.
No
filme,
o
olhar
da
câmara
e
do
espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado
e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
(Adaptado de Frei Betto)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
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8.
(ESAF/STN/AFC/2005) A respeito do texto abaixo, julgue a assertiva
seguinte.
Só mais tarde alcancei compreender que a inteligência pode trabalhar
até ao fim inteiramente alheia aos graves problemas religiosos que
confundem o pensador que os quer resolver segundo a razão, se nenhum
choque exterior veio perturbar para ela solução recebida na infância. A
dúvida não é sinal de que o espírito adquiriu maior perspicuidade, é às
vezes um simples mal-estar da vida.
(Joaquim Nabuco, Minha formação)
a)
O
substantivo
“perspicuidade”
tem
o
sentido
de
“qualidade
de
perspectiva”.
9.
(Esaf/CVM/Analista de Mercado de Capitais/2010) Analise os seguintes
trechos transcritos e adaptados do Correio Braziliense, de 21 de outubro
de 2010, quanto à correção gramatical.
I.
Assim como ocorreu na 15ª Conferência das Partes sobre Mudanças
Climáticas, na Dinamarca a questão econômica tornou-se o centro das
discussões na 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica, no
Japão. O estabelecimento de novas metas de preservação das espécies
pode não seguir a diante devido a impasse que coloca em confronto entre
os países em desenvolvimento – os donos de grandes reservas naturais –
e as nações ricas.
II.
O primeiro grupo, tendo o Brasil como líder, defende a adoção de
compensações financeiras pagas pelos países industrializados devido ao
uso da biodiversidade. Uma das tentativas de flexibilizar a posição dos
países foi a divulgação do relatório A Economia dos Ecossistemas de
Biodiversidade. O documento mostra que preservar o meio ambiente pode
ser economicamente rentável.
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III. De acordo com esse estudo, é preciso que os tomadores de decisão levem
em conta o que será gasto no futuro por causa dos problemas ambientais,
como a extinção de espécies e o aquecimento global. Isso pode redefinir
os atuais padrões econômicos e iniciar uma nova era, na qual o valor dos
serviços da natureza passa a ser visível e se torna uma parte crítica da
tomada de decisões na política e nas empresas.
Na transcrição, manteve-se o respeito à correção gramatical e à coerência
textual apenas em
a)
I
b)
I e II
c)
II
d)
II e III
e)
III
10. (ESAF/STN/AFC/2005) Julgue a assertiva abaixo em relação ao texto
seguinte.
Há erro no emprego do substantivo mal (l .2) adjetivando desempenho;
o correto é empregar o adjetivo mau.
Os
administradores
de
sociedades
limitadas
podem
responder
solidariamente perante a sociedade pelo mal desempenho de suas
atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não comunicar aos
demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a
terceiros que não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.
11. (ESAF/TTN/1997) Julgue o texto abaixo em relação à correção gramatical.
Política, história, instituições e leis, todos esses fatores vão determinar o
bom ou mal funcionamento da economia, e não existe estratégia de
desenvolvimento que seja adequada a todos os casos.
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(Folha de S. Paulo - 13.7.97, com adaptações)
12. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISTA/2009) Assinale a opção que
corresponde a erro gramatical.
O
Brasil
possui
irrigados:
área
É
um
dos
de
alimentos,
agricultura
explorar
e
o
cerca
que
pode
países
ainda
respectivamente,
de
46%
e
milhões
triplicada
de(4)
são
esse
água
4
de
em(2)
importantes(3)
apesar
racionalmente
consumo
ser
mais
mas,
irrigada,
de(1)
sua
potencial.
para
69%
a
dos
20
na
vocação
necessárias
hectares
produção
para
estratégias
Hoje,
irrigação
valores
a
anos.
a
para
captação
representa(5),
totais
captados
e consumidos.
(Adaptado de Denise Caputo
http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/noticias)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
13. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISTA/2009) Em relação ao
texto,
assinale a opção correta.
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu
leito por uma obra de transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas
são utilizadas para gerar energia elétrica e para abastecer a Região
Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também
nesse caso, a ação da ANA se pautou por definir um arcabouço técnico e
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institucional, estabelecendo regras de operação para o reservatório e de
vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf)
a)
A substituição de “cerca de”(ℓ.1) por acerca de mantém a correção
gramatical do período.
14. (ESAF/ANEEL/TÉCNICO/2006) Assinale a opção que corresponde a erro
gramatical.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza:
ou ele seria um produto da razão pura ou ética do homem em busca
de(2) construir na Terra um regime de ordem, de paz e de justiça
assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma
criação
socioeconômica
de
base
política
e
militar
organizada
juridicamente conforme o(3) interesse material dos grupos ou classes
sociais que(4) dominam efetivamente as relações econômicas de
produção da riqueza de um país determinado.
Para
o
pensamento
moderno
oficial,
o
Estado
é
uma
entidade
socioeconômica e política criada racional e conscientemente pelo homem,
situando-se(5) acima dos interesses das classes, que busca a ordem e a
paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
(Oscar d’Alva e Souza Filho)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
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15. (ESAF/MPU/2005) Marque o item em que uma das sentenças não está
gramaticalmente correta.
a)
A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz
apenas os sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as
obras literárias possam brotar de cérebros insulados./ A literatura
depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras
literárias possam brotar de cérebros insulados.
b)
Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e
pratica a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará
literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. / Um povo não
perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar a
pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura
estranha sem perda de alguns de seus valores.
c)
Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas
de Euclides da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das
raças e o autoctonismo do homem americano. / Já tive ocasião de mostrar
como me parecem precárias três afirmativas de Euclides da Cunha: a
questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo
do homem americano.
d)
Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar
grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que falei há pouco. /
Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar
grandes nomes pertencentes ao “sistema” de que faz pouco falei.
e)
No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um “sistema”
interessantíssimo, que a cerca de trezentos anos desenvolve-se. / No
Brasil,
a
nacionalidade
e
a
literatura
formaram
um
“sistema”
interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve.
(Baseado em Roquette Pinto)
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16. (Esaf/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho/2010) Assinale a opção que indica
onde o texto foi transcrito com erro gramatical.
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da
economia de mercado, transmitida por dois canais. O primeiro é o da
confiança dos agentes - aspecto crucial nas observações de John Maynard
Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em momentos de
incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal
financeiro, como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de
mercado e manifestações de irracionalidade são comuns no capitalismo,
sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a polarização entre
Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a
concorrência, bens públicos que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é
incapaz de prover.
a)
(1)
b)
(2)
c)
(3)
d)
(4)
e)
(5)
(Adaptado de Folha de S. Paulo, Editorial, 17/01/2010.)
17. (ESAF/MPOG/APO/2011)
Assinale
a
opção
em
que
as
duas
possibilidades propostas para o preenchimento das lacunas do texto
resultam em um texto coerente e gramaticalmente correto.
O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente
atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer
vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém
___(b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas
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discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os
índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais.
A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas
necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento
sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar
___(e)___crise financeira que assombra as economias mundiais, os
emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos
em
infra-estrutura
básica
tornam-se
primordiais
para
assegurar
a
sustentatibilidade.
(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do
desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009)
a)
e apresentar / apresentando
b)
a / às
c)
o que leve / levando
d)
de / com
e)
da / de a
18. (ESAF/ENAP/SPU/2006)
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com
certos teóricos, a única forma de eliminar as guerras, de construir uma
paz durável, se não(2) eterna. Outros teóricos apontam a impossibilidade
de governo universal sobre(3) uma História construída nos fundamentos
da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade
econômica, sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses
tão pouco(5) são iguais.
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto acima.
a)
1
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b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
19. (ESAF/SEFAZ CE/2007) Assinale a opção que contém erro de grafia ou
inadequação vocabular. (Artigo extraído, com modificações, do Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará).
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior
quando:
a)
a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;
b)
não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o
funcionário seu destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições
do servidor;
c)
for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;
d)
não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública,
ou visar a fins não estipulados na regra de competência da autoridade da
qual promanou ou do funcionário a quem se dirige;
e)
a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;
(http://www.al.ce.gov.br/publicacoes/estatutocivis/estatuto/capitulo_2_t6.htm,pesquis a em 20/10/2006)
20. (ESAF/TCE RN/2000) Marque o item em que um dos dois períodos está
gramaticalmente incorreto.
a)
Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à
organização político-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na
estrutura da República Federativa, para nela dispor instituições e
institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação. /
Entre as leis editadas pela União, algumas há que se destinam à
organização política-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na
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estrutura da República Federativa, para nela dispôr instituições e
institutos, quer essenciais, quer acidentais à república e à federação.
b)
O federalismo brasileiro é de duplo grau, declinando por dois degraus
entre três patamares, pelo que suporta, em três níveis de poder, três
repartições genéricas de competência. / O federalismo brasileiro é de
duplo grau, declinando por dois degraus entre três patamares, razão por
que suporta, em três níveis de poder, três repartições genéricas de
competência.
c)
No gênero das leis federativas, é possível discernir duas espécies bem
visíveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gênero das leis
federativas, podem-se discernir duas espécies bem visíveis: leis federais
intransitivas e transitivas.
d)
As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem privada,
guardando preponderante interesse público ou administrativo, ou social,
ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem pública ou de ordem
privada, e guardam preponderante interesse público ou administrativo, ou
social, ou privado.
e)
Algumas leis eminentemente federativas, como o Código Tributário
Nacional, autoproclamam-se ‘nacionais’. / Algumas leis eminentemente
federativas, como o Código Tributário Nacional, se autoproclamam
‘nacionais’.
(Baseado em Sérgio Resende de Barros)
21. (ESAF/SUSEP/AGENTE
EXECUTIVO/2006)
Assinale
a
opção
que
corresponde a erro de grafia ou de desobediência às regras da norma
escrita padrão.
A crise da esquerda mundial, consubstanciada(1) sobretudo como a crise
do “socialismo real” e, em menor intensidade, do modelo socialdemocrata de gestão “humanizada” do mercado, encontra-se ainda em
pleno desdobramento. É uma crise profunda, de largo espectro(2)
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histórico, que se confunde plenamente com a crise de civilização,
resultante, entre outras causas, do auge da hegemonia(3) do sistema
capitalista de produção e da conseqüente exacerbação(4) de todas as
suas contradições. A crise da esquerda mundial, que é também a crise do
ideário e da experiência socialista no mundo, torna-se duradoura,
sobretudo se estivermos a medí-la(5) com a escala individual de nossas
vidas.
(Adaptado de Anivaldo de Miranda)
a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
22. (ESAF/IRB/ADVOGADO/2006) Assinale a opção que corresponde a erro
gramatical ou de grafia de palavra.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE,
revelou
que(1)
a
renda
das
famílias
parou
de
cair
em
2004,
interrompendo uma trajetória(2) de queda que acontecia desde 1997, e
que houve(3) diminuição do grau de concentração da renda do trabalho.
Enquanto a metade da população ocupada que(4) recebe os menores
rendimentos teve ganho real de 3,2%, a outra metade, que tem
rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) como número
de trabalhadores ocupados, participação das mulheres no mercado de
trabalho, indicadores da área de educação e melhoria das condições de
vida.
(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da
Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 379, Brasília, 30 de novembro de 2005)
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a)
1
b)
2
c)
3
d)
4
e)
5
23. (ESAF/CGU/TFC/2008) Analise as propostas de correção gramatical para o
trecho de relatório abaixo e, a seguir, assinale a única opção que, em vez
de corrigir, introduz erro ao trecho.
Procedemos o exame dos atos de gestão da unidade XX, ocorridos no
período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2005, por seleção de itens,
em atendimento à legislação federal aplicável as diversas áreas e
atividades examinados, com verificação, quanto à legitimidade dos
documentos e dos atos de gestão que deu origem ao atual processo.
(http://www.cgu.gov.br/Contas/2005/relatorio.pdf ,com alterações)
a)
Acentuar graficamente a palavra “itens”, escrevendo-a assim: ítens.
24. (ESAF/MPOG/ESPECIALISTA POLÍTICAS PÚBLICAS/2005)
A defesa do ambiente é um daqueles temas que, no discurso, todos
apóiam. Mas basta colocar, de um lado, a chance de auferir lucros e, de
outro, a preservação das florestas, para se verificar o quão frágil é o
compromisso com esta última. Esse fenômeno se dá em praticamente
todos os níveis, desde o mau fiscal do Ibama que fecha os olhos para
crimes ambientais em troca de propina até o grande agricultor que não
hesita em torcer as normas jurídicas para extrair delas a interpretação
que o permita desflorestar a maior área possível.
(Adaptado de EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)
Com base no texto acima, julgue a proposição a seguir.
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a)
Para tornar o texto gramaticalmente correto, seria necessário substituir
“apóiam” (l.2) por apoiam.
25. (ESAF/ANA/ANALISTA E ESPECIALISA/2009) Em relação ao texto abaixo,
julgue a proposição seguinte.
O
tratamento
programa
5
de
esgotos
despoluição
é
situações,
a
viabilidade
de
tratamento
de
esgotos
reduzida,
em
à
dos
altos
que
mesmo
sua
em
os
os
ETE,
águas.
estações
reconhecidamente
e,
em
investimentos
casos,
esses
têm
de
Estados
iniciais
alguns
Por
desenvolvidos
os
parte
investimentos
operacionais.
como
das
é
altos
qualquer
grande
econômica
construção
países
para
Em
(ETE)
dos
custos
financeiramente
Serviços
razão
fundamental
das
das
necessários
10
de
motivos
incentivado
Prestadores
Unidos
e
de
países
da Comunidade Europeia. (...)
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)
a) A forma verbal “têm”(ℓ. 8) está no plural porque concorda com “os países
desenvolvidos”.
26. (ESAF/MF/ATA/2009) Em relação ao texto julgue a proposição seguinte.
(...)
Os
envolvem
18
básica
o
20
atos
públicos,
procedimentos
a
acesso
transparência,
dos
cidadãos.
em
especial
judiciais,
a
O
têm
publicidade
contrário
–
sem
ou
os
como
que
regra
restrições
seja,
o
e
sigilo
– é sempre a exceção.
(Zero Hora, 27/2/2009)
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a) A forma verbal “têm”(ℓ.17) está no plural porque concorda com “Os atos
públicos”(ℓ.16).
27. (ESAF/MPOG/APO/2010) Nas linhas 11 e 12, a flexão de plural no verbo
ter, indicada pelo uso do acento circunflexo em “têm”, estabelece a
concordância com o termo posposto, “seus próprios mecanismos”.
[...]
O
cientificismo
de
não
percepção
leva
em
como
conta
o
do
que
tanto
o
pensamento
processo
têm
seus
próprios mecanismos de produção. [...]
28. (ESAF/MPOG/APO/2010) Na linha 4, o acento circunflexo em “vêm” indica
que a concordância se faz com “medidas”, mas estaria igualmente correto
e coerente com a argumentação escrever o verbo sem acento, optando,
então, pela concordância com “crise”.
Os
economistas
das
5
causas
brasileiros
da
crise,
contorná-la.
Com
O
é
primeiro
isso,
que
as
sendo
adotadas
como
desenvolvidos,
na
se
concentram,
proposta
não
levam
medidas
tanto
em
são
de
meios
em
contra
no
e
conta
a
modos
dois
crise,
países
exame
de
pontos.
que
vêm
subdesenvolvidos
fundamentalmente
corretas.
[...]
(Adaptado de João Paulo Magalhães, O que fazer depois da crise.
Correio Braziliense, 12 de setembro, 2009)
29. (ESAF/ANEEL/ESPECIALISTA/2006)
A idéia é a de que a institucionalização da raça como categoria
possuidora de direitos e oportunidades sociais, negada pelos processos
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de exclusão racial, resultaria na construção jurídica de um país
racialmente apartado, contrário a sua suposta vocação a-racial. Como foi
5
possível que essa ideologia racial tão decantada por especialistas
conformasse uma sociedade que é alva em todas as suas dimensões de
poder, riqueza e prestígio e escura nas suas instâncias de pobreza e
indigência humana? O país real jamais amedrontou as elites políticas e
10
intelectuais. Elas jamais enxergaram nele uma ameaça. O seu discurso
nunca pôs em questão a sua imperiosa necessidade de romper com o
exclusivismo da supremacia branca como condição para a desracialização
da sociedade.
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 2006)
Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos termos e
expressões do texto.
Se o infinitivo do verbo, pôr, não fosse acentuado – por oposição à
preposição por –, não seria necessário acentuar “pôs” (l. 11).
30. (ESAF/MPOG/EPPGG/2005) Assinale a opção em que ambas as propostas
apresentadas completam as lacunas do trecho abaixo com correção
gramatical, coesão e coerência textuais.
Enquanto houver falta de força de trabalho, _______a)_____, os novos
direitos
conquistados
assalariados.
se
Mas
efetivam
a
__________b)__________
para
situação
e
a
quase
muda
totalidade
dos
completamente
______________c)______________.
Nessas fases da conjuntura, a competição pelos poucos empregos
disponíveis faz com que _________________d)__________________, o
que só podem fazer trabalhando como “informais”. É o que estamos
assistindo hoje no Brasil: ________e)__________, um número ainda
maior trabalha sem registro e sem os direitos consignados na CLT.
(Paul Singer, Folha de S. Paulo, 30/04/2005)
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b)
1. quando a economia estagna
2. nos períodos em que a economia para de crescer
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Gabarito das Questões Comentadas
1.
E, com ressalva
27. Item errado
2.
Anulada
28. Item errado
3.
E
29. Item errado
4.
E
30. Item errado
5.
C
6.
D
7.
A
8.
Item errado
9.
E,
conforme
gabarito
oficial;
mas com ressalva
10. Item certo
11. Item certo
12. Os itens 1 e 4 estão certos e,
portanto, não correspondem à
resposta que a banca requer
13. Item errado
14. A
15. E
16. D
17. A
18. E
19. C
20. A
21. E
22. E
23. Item errado
24. Item errado
25. Item certo
26. Item certo
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