Casos de caxumba disparam

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CIDADES
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Sexta, 27 de Maio de 2016
DADOS DE 2016
Casos de caxumba disparam
Oito prefeituras da região somam 430 casos; médico aponta possível relação da alta com variação da doença
gou dados do ano passado.
Americana registrou 31, um
a mais na comparação com
a soma do ano passado inteiro. Nova Odessa não teve
ocorrências em 2015, mas
já registra 16 desde janeiro.
O aumento foi de 13 para 61
em Santa Bárbara d’Oeste, 32
para 53 em Paulínia, 35 para
45 em Sumaré e três para
seis em Itatiba. Já em Hortolândia, foram 131 em 2015
e, até agora, 47 neste ano. Os
números são das prefeituras
e levam em conta, em relação a 2015, o ano inteiro.
Por meio das assessorias
de imprensa, as administrações de Monte Mor e Indaiatuba comunicaram que
não registraram os casos nos
RODRIGO ALONSO
REGIÃO
Casos de caxumba dispararam em cidades da RMC
(Região Metropolitana de
Campinas) neste ano. Somadas, oito prefeituras da
região que divulgaram dados ao TODODIA registraram 430 casos de caxumba
em 2016. O infectologista
Arnaldo Gouveia Junior, do
Hospital Dr. Municipal Waldemar Tebaldi, de Americana, apontou que a provável
causa desse problema é uma
mudança na característica
do vírus.
Somente em Campinas,
houve 171 casos da doença.
A administração não divul-
ASPAS
“A DOENÇA ESTÁ PASSANDO MAIS
RÁPIDO, PRINCIPALMENTE EM
ÁREAS QUE TEM MUITOS JOVENS
JUNTOS”
Arnaldo Gouveia Junior | Infectologista
Arquivo | TODODIA Imagem
respectivos municípios, pois
não é necessária notificação compulsória referente à
caxumba. Os demais Executivos da região não informaram os dados.
Gouveia Junior informou
que, no ano passado, foi constatada a existência de uma nova
variedade do vírus. De acordo
com ele, até mesmo pessoas
que já receberam a vacina con-
Infectologista
analisa que há
necessidade de
reforço no bloqueio
tra caxumba não estão imunes
a esse tipo. E ressaltou que há a
necessidade de um reforço no
bloqueio.
Por outro lado, o infectologista destacou que essa variedade não é mais grave do
que a outra. “Ela é um pouco
diferente do vírus da vacina. A doença está passando
mais rápido, principalmente
em áreas que tem muitos jovens juntos, pois precisa de
bastante proximidade para
se transmitir”, disse.
GOUVEIA | Variação atual não é mais grave do que a outra
Unidades de ensino de Campinas registraram surto em abril
A Prefeitura de Campinas
divulgou, em abril, que 11
unidades de ensino da cidade passavam por um surto
de caxumba. Diante disso, a
administração municipal tem
feito um bloqueio vacinal nesses locais. Cerca de mil doses
foram aplicadas na ação.
As escolas que tiveram
dois ou mais casos da doença foram campus 1 e 2 da
PUC (Pontifícia Universidade Católica), Unisal (Centro Universitário Salesiano
de São Paulo), campus 1 da
FAC (Faculdade Comunitária
de Campinas), Mackenzie,
Esamc (Escola Superior de
Administração, Marketing e
Comunicação), Liceu, Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas), Sorrir, Senac
(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Colégio
Coração de Jesus.
A prefeitura comunicou
que, nesses lugares, tinha observado um “número grande
de suscetíveis”, ou seja, pes-
soas sem dose da vacina.
O Ministério da Saúde recomenda que cada pessoa
receba a vacina duas vezes:
uma quando completa um
ano de vida e outra três meses
depois. “É uma doença considerada benigna, comum na
infância e que tem uma alta
transmissibilidade. Para evi-
tar a transmissão, a pessoa
com a doença tem que ficar
afastada das suas atividades
de grupo por cerca de dez
dias”, comunicou a Secretaria
de Saúde, à época, em nota.
Segundo a pasta, a transmissão acontece no contato
direto com a pessoa infectada.
| RA
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