2 ■ SÁBADO | 8 de agosto de 2009 Conforme o doutor em Urologia Celso Gromatzky, a ejaculação precoce afeta homens de todas as idades, diferentemente da impotência, que normalmente atinge mais os homens nas faixas etárias dos 40 aos 50 anos, podendo aparecer desde o início da vida sexual masculina. Saúde A fila anda FARINACCI / AFP / CP ! O problema da ejaculação precoce afeta um em cada três homens em todo o mundo, independentemente da idade. A dificuldade em satisfazer a parceira pode afetar a relação, pois a disfunção pode causar descontentamento da mulher com o desempenho do parceiro e, neste caso, “a fila pode andar”. Sendo assim, é preciso entender as causas e buscar o tratamento. Segundo os especialistas, a disfunção pode ser causada por problemas emocionais, estresse e componentes fisiológicos, envolvendo cérebro e sistema nervoso central. Para os médicos, é considerada ejaculação precoce quando ocorre em até um minuto da penetração vaginal. A coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, a psiquiatra Carmita Abdo, diz que o tempo não é consenso. “Há homens que ficam insatisfeitos com cinco minutos”, destaca. A Sociedade Internacional de Medicina Sexual enumera os principais fatores da disfunção: curto tempo para ejaculação; falta de controle ejaculatório e angústia; impacto negativo ou sofrimento relacionado à ejaculação. Para o doutor em Urologia Celso Gromatzky esta situação afeta homens de todas as idades, diferentemente da impotência, mais concentrada na faixa dos 40 a 50 anos. “Se o homem consegue normalizar sozinho, isso é aprendizado. Se persiste e passa a incomodar, é melhor tratar o quanto antes”, frisa. Carmita explica que o tratamento tem duração de seis meses a um ano, este é o tempo de cura na maioria dos casos. “Após avaliação, é feita associação de medicamento (antidepressivo), psicoterapia e tratamento tópico”, lembra, sugerindo que “a ajuda da parceira é importante para a melhora”. Pesquisas mostram que a serotonina tem papel essencial na supressão da ejaculação. Assim, os antidepressivos que elevam os níveis deste neurotransmissor retardam o tempo para a ejaculação. Na Europa, foi aprovado o medicamento com o composto dapoxetina, que é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina. Vendida como Priligy, é tomado uma hora antes da relação sexual, com efeito de até seis horas. Segundo Gromatzky, não existe previsão da chegada do medicamento no Brasil. “Isto não é um impedimento para que se procure ajuda”, alerta. Infertilidade Impotência A infertilidade atinge até 15% dos casais. O urologista Ricardo de La Roca conta que a varicocele é causa do problema no homem, marcada por dilatação das veias testiculares. O tratamento é cirúrgico com ligadura das veias dilatadas. Antes de qualquer tratamento para a impotência, com medicamentos, os médicos recomendam a prática de atividade física, dieta alimentar, parar de fumar, reduzir o consumo de álcool e um maior controle dos níveis de estresse e fadiga. Mais usados Maquiados Os anabolizantes mais usados pelos atletas homens são a deca, durateston, hemogenin e testosterona. Neles, os efeitos colaterais mais comuns são o aumento da mama, acne, infertilidade temporária, atrofia testicular. Estudo feito em São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz concluiu que um em cada quatro produtos vendidos como suplementos nas academias tem hormônios esteroides não declarados nos rótulos. O trabalho analisou 111 produtos na capital. ROBYN BECK / AFP / CP Comunicado importante: A GN ReSound informa que está com novo representante no RS. EXCLUSIVO CONCEITO ReSound Venha Testar a nova linha AZURE ReSound w w w. a m p l i s o u n d . c o m . b r ANDRADAS, 1534 CONJ 32 51. 3228.9066 ‘Bomba’ pode destruir Ter o corpo sarado sem fazer tanto esforço e em pouco tempo. Muito músculo e pouca gordura. A fórmula é mágica, mas as consequências podem ser desastrosas ao organismo. Os anabolizantes, esteroides derivados da testosterona, promovem o crescimento dos tecidos muscular e ósseo, mas podem causar problemas de ordem hepática, anemia, osteoporose, entre outros. Para o endocrinologista Felippo Pedrinolla, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose, recomendando indicação médica e acompanhamento laboratorial para evitar danos. “O uso indevido é, em sua maioria, por atletas na busca por físico forte”, frisa. O nutrólogo Thiago Volpi enfatiza que é obrigatória a prescrição médica e o controle de dosagem, pois, se usados sem controle, podem levar a efeitos colaterais como redução da produção de esperma e da libido, impotência e calvície. O uso contínuo pode causar câncer no fígado, na próstata e fibrose testicular. CORREIO DO POVO Consultório Dr. Eliseu Santos dreliseusantos @terra.com.br Psoríase A psoríase é um processo não contagioso patológico, caracterizado por lesões escamosas prateadas sobre placas de base vermelhas, com muita descamação em joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Esta é uma psoríase eritrodérmica, uma alteração comum, benigna, aguda ou crônica, de caráter inflamatório, devido a uma predisposição genética, atingindo de 2% a 9% da população. Ocorre um pontilhado nas unhas e lesões semelhantes à onicomicose, como também um prurido proveniente de lesões nas pregas do corpo. As lesões podem desencadear bolsas de pus sendo denominadas de psoríase bolhosa ou pustulosa. A causa, fora a predisposição genética de 30% dos pacientes, é desconhecida, todavia existem fatores desencadeantes da doença, tais como falha na divisão celular da pele, irritações e traumatismos na pele, amigdalite e faringite, principalmente por estreptococos, estresse emocional, medicamentos antiinflamatórios não hormonais e fatores imunológicos. Geralmente não observamos sintomas clínicos, além das alterações cutâneas, todavia pode ocorrer, em 15% a 20% dos pacientes, artrite, semelhante a artrite reumatoide, mas, no entanto, apresenta o exame fator reumatoide negativo; sendo definida como psoríase artropática (doença da articulação). Existem vários subtipos de psoríase artropática que vão de lesões únicas a lesões simétricas e lesões com grande poder destrutivo das articulações, inclusive da coluna, com forte comprometimento da lombo sacra. Os tratamentos dependem do tipo, da localização e do tamanho das lesões. Casos graves exigem hospitalização, uso de medicamentos tópicos e injetáveis. É obrigatório o acompanhamento médico, para que se busque um bom resultado. Cremers 5.801 médico