UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS–GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SÍNTESE E ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DE NOVAS TIAZOLIDINADIONAS IANE BEZERRA VASCONCELOS SANTOS RECIFE 2009 Iane Bezerra Vasconcelos Santos SÍNTESE E ATIVIDADES ANTIINFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DE NOVAS TIAZOLIDINADIONAS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Dr. Ivan da Rocha Pitta Co-orientadora: Profa. Dra. Teresinha Gonçalves da Silva RECIFE 2009 Santos, Iane Bezerra Vasconcelos Síntese e atividades antiinflamatória e antinociceptiva de novas tiazolidinadionas / Iane Bezerra Vasconcelos Santos. – Recife: O Autor, 2009. 107 folhas: fig.; tab. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Departamento de Ciências Biológicas, 2009. Inclui bibliografia e anexo. 1. Tiazolidinas 2. Atividade antiinflamatória 3. Nocicepção 4. Inflamação I Título. 615.276 CDU (2.ed.) UFPE iii DEDICATÓRIA A Minha família, a minha mãe Mercês, ao meu pai Ivon, in memorian a minha irmã Soraide aos meus irmãos Igo e Samuel as minhas sobrinhas Fernanda e Mayara e ao meu esposo Marcos. Com vocês aprendi a sonhar alto (Marcos) a sorrir com meus acertos e rir de meus erros (Soraide) a levantar após cada queda e continuar (Mãe) a acreditar num futuro melhor (Mãe) a aguardar o tempo de cada um (Pai) a respeitar a vida em suas mais diversas formas (Soraide) a ter uma enorme firmeza de caráter e (Mãe, pai, Marcos e Soraide) a ter compaixão com os outros, principalmente comigo, nesse louco redemoinho que chamamos viver. (Mãe, pai, Soraide, Marcos, Fernanda, Mayara, Igo e Samuel) iv AGRADECIMENTOS A Deus, inteligência suprema e constante em nossas vidas, com o qual podemos contar em todas as ocasiões; Fatalmente corro o risco de esquecer alguém que contribuiu de alguma forma para meu aprendizado nesse período de minha vida. Por isso, se ao final desta longa lista, você não se encontrar, por favor, me perdoe e receba meu sincero agradecimento no fundo de seu coração; Ao meu orientador, professor Ivan da Rocha Pitta, do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, pela orientação deste trabalho e pela oportunidade da minha integração ao GPIT (Grupo de Pesquisa em Inovação Terapêutica); A minha co-orientadora, professora Teresinha Gonçalves da Silva, também do Departamento da Universidade Federal de Pernambuco, pelo incentivo, amizade e por transmitir tanta sabedoria e conhecimento com imensa humildade. Minha imensa gratidão; As professoras Suely Lins Galdino e Maria do Carmo Alves de Lima, do Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos - LPSF/GPIT do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, pela credibilidade da minha presença na grande e eficiente equipe do referido estabelecimento, como estudante desde a iniciação científica, propiciando o desenvolvimento das atividades científicas e, conseqüente, realização deste trabalho; A Flávia De Toni Uchôa, pelos bons momentos de aprendizado, amizade e por ter aceitado julgar este trabalho; A todos os amigos e companheiros do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, que se fizeram presentes e contribuíram com v os momentos alegres e tensos que tanto incentivaram a minha permanência no grupo e o apoio ao desenvolvimento desta pós-graduação; Aos meus queridos amigos e companheiros, do Laboratório de Bioensaios para Pesquisa de Fármacos: Maria Juliana, Thiago Lins, Diana, Ingrid, Anne, Sílvia, Tatiane, Rodrigo, Katariny, Sirlene, Marília, Rafaella, Larissa, Clarissa e Clayton, pelos momentos agradáveis de aprendizado, trocas de experiências e de muito companheirismo; Aos meus amigos de turma do mestrado, Maria Juliana, Thiago Lins e Flávia Lucena, pela troca de conhecimentos, pelo companheirismo e pela amizade; Aos meus amigos da graduação, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Paulo, Ana Roberta e Patrícia pela contínua satisfação em tê-los como amigos e de desfrutar dos momentos sábios que vivenciamos; Aos animais de laboratório, com um pedido de desculpas, mas são verdadeiros solidários; Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, pela concessão da bolsa de estudos e auxílio financeiro; Ao meu esposo, Marcos, pelo seu amor, por me entender tão bem, por me apoiar e incentivar sempre. Te amo! A toda minha família. vi “Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino” Paulo Freire vii SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ix LISTA DE ESQUEMAS x LISTA DE TABELAS xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS xii RESUMO xv ABSTRACT xvi 1 - Introdução 17 2 - Revisão da literatura 20 2.1 - Processo inflamatório 20 2.1.1 - Atuação de neutrófilos na resposta inflamatória 24 2.1.2 - Atuação de monócitos/macrófagos na resposta inflamatória 26 2.1.3 - Mediadores químicos da resposta inflamatória 27 2.1.3.1 - Citocinas e quimiocinas 27 2.1.3.2 - Óxido nítrico (NO) 30 2.2 – Agentes Antiinflamatórios 32 2.2.1 – Agentes antiinflamatórios esteroidais 32 2.2.2 – Agentes antiinflamatórios não-esteroidais - AINEs 33 2.3 - Mecanismos da transmissão da dor 35 2.4 - PPARγ - Um modulador da expressão gênica inflamatória 37 2.5 - Tiazolidinadionas (TZDs) 39 3 - Objetivos 42 3.1 - Geral 42 3.2 - Específicos 42 4 - Parte química 43 4.1 - Reagentes e solventes 43 4.2 - Metodologia – Diagrama de síntese 43 4.2.1 - Síntese da tiazolidina-2,4-diona 44 4.2.2 - Síntese da 3-benzil-tiazolidina-2,4-diona 44 4.2.3 - Método geral para a obtenção dos derivados 3-benzil-5benzilideno-tiazolidina-2,4-dionas 4.3- Análise Espectroscópica dos Derivados 3-benzil-5-benzilideno- 45 47 viii tiazolidina-2,4-dionas através do método de espectroscopia de infravermelho. 4.4- Análise Espectroscópica dos Derivados 3-benzil-5-benzilideno- 48 tiazolidina-2,4-dionas através do método de espectroscopia de 1 ressonância magnética nuclear de hidrogênio - RMN H (δ ppm/DMSO-d6). 5- Parte biológica 49 5.1 - Animais 49 5.2 - Substâncias utilizadas 50 5.3 - Delineamento experimental 50 5.3.1 - Toxicidade aguda 50 5.3.2 - Atividade antiinflamatória 50 5.3.3 - Atividade antinociceptiva 51 5.4 - Protocolos experimentais 51 5.4.1 - Toxicidade aguda 52 5.4.2 - Permeabilidade vascular induzida por ácido acético 52 5.4.3 - Avaliação da atividade antiinflamatória – peritonite induzida por 53 tioglicolato 5.4.4 - Avaliação da atividade antiinflamatória – peritonite induzida por 54 zimosan 5.4.5 - Avaliação da atividade antinociceptiva – contorções 55 5.4.6 - Avaliação da atividade antinociceptiva – indução do efeito 55 abdominais pelo ácido acético nociceptivo por formalina 5.4.7 – Análise estatística 56 6 - Resultados e discussão 57 7 - Conclusões 66 8 - Referências bibliográficas 67 9 - ANEXOS 86 ix LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Resposta inflamatória composta das suas possíveis fases de 22 desenvolvimento. FIGURA 2: Tempo de ação dos mediadores químicos da 1ª fase da inflamação. FIGURA 3: Diferenciação, liberação, recrutamento e ativação de 23 26 neutrófilos. FIGURA 4: Citocinas e diferenciação de células T helper. 28 FIGURA 5: Mecanismo de ação do TNFα na disfunção endotelial. 29 FIGURA 6: Fármacos antiinflamatórios não esteroidais: (a) Paracetamol, 33 (b) Fenilbutazona, (c) Indometacina, (d) Ibuprofeno. FIGURA 7: Mecanismo da ciclooxigenase. 34 FIGURA 8: Transmissão dos estímulos dolorosos (SNC). 36 FIGURA 9: Alvos celulares e moleculares para ações antiinflamatórias 38 dos PPARs. FIGURA 10: Atividades transcricionais dos PPARs: (a) transativação, (b) 39 transrepressão e (c) repressão. FIGURA 11: Estruturas químicas de agonistas PPARγ. 40 FIGURA 12: Derivados 3-benzil-5-benzilideno-tiazolidina-2,4-diona; a – 45 LPSF/GQ-104; b – LPSF/GQ-158; c - LPSF/GQ-159; d – LPSF/GQ-130. FIGURA 13: Análise da permeabilidade vascular: Grupo dos animais 53 experimentais (A); Pré-tratamento com os LPSF/GQs (B); Injeção do azul de Evans (i.v) no plexo retro-orbital (C); Administração do ácido acético, via intraperitoneal (D); Coleta do exsudato (E); Medida da permeabilidade através de teste colorimétrico, no aparelho ELISA. FIGURA 14: Coleta de leucócitos peritoneais em camundongos: Grupo 54 dos animais experimentais (A); Pré-tratamento com os LPSF/GQs (B); Indução da peritonite (tioglicolato ou zymosan) (C); Injeção da solução de EDTA na cavidade abdominal(D); Coleta do exsudato (E); Contagem dos leucócitos. FIGURA 15: Efeito dos novos derivados tiazolidínicos na permeabilidade vascular induzida por ácido acético. (Todos os efeitos foram significativos, para mais ou para menos, em relação ao grupo controle. 62 x LISTA DE ESQUEMAS ESQUEMA 01: Diagrama de síntese. 44 xi LISTA DE TABELAS TABELA 1: Sinais cardinais da inflamação: função dos mediadores 20 eicosanóides. TABELA 2: Quadro comparativo entre a inflamação aguda e 23 crônica. TABELA 3: Freqüências de absorção no infravermelho, em cm-1, dos derivados 3-benzil-5-benzilideno-tiazolidina-2,4-dionas. TABELA 4: Deslocamentos químicos (δ) em ppm dos derivados 3-benzil- 47 48 5-benzilideno-tiazolidina-2,4-dionas. TABELA 5: Efeitos dos novos derivados tiazolidínicos sobre a migração celular induzida por Tioglicolato de sódio a 3%. TABELA 6: Estudo dose-resposta do derivado tiazolidínico LPSF/GQ-130 58 59 na peritonite induzida por tioglicolato 3%. TABELA 7: Estudo dose-resposta do derivado tiazolidínico LPSF/GQ-130 60 na peritonite induzida por zimosan. TABELA 8: Efeito dos compostos LPSF/GQs (130 e 159) sobre as 63 contorções induzidas por ácido acético. TABELA 9: Efeito do composto LPSF/GQ-130 sobre a nocicepção induzida por formalina. 64 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AGE Produto de glicosilação avançada (advanced glycosylation end products) AR Artrite reumatóide 0 Graus Celsius C3a Anafilotoxina 3a C5a Anafilotoxina 5a COX -1 Ciclooxigenase-1 COX -2 Ciclooxigenase-2 CGRP Peptídeo relacionado ao gene da calcitonina CC Classe de quimiocina CC CX3C Classe de quimiocina CX3C CXC Classe de quimiocina CXC DNA Ácido desoxirribonucléico EDTA Ácido etilenodiaminotetracético ED50 Concentração da droga efetiva para 50% dos indivíduos EPP Fenilpropionato de etila GI Gastrointestinal GPIT Grupo de Pesquisa em Inovação Terapêutica HETE Ácido hidroxieicosatetranóico IASP Associação Internacional de Estudos da Dor ICAM-1 Molécula de adesão intercelular-1 IFNγ Interferon gama IL Interleucina iNOS Óxido nítrico sintase induzida i.p Via intraperitoneal Kg Kilograma LDL Lipoproteína de baixa densidade LOX Lipoxigenase LPSF Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos LPS Lipopolissacarídeo bacteriano LTB4 Leucotrienos B4 C xiii LTC4 Leucotrienos C4 LTD4 Leucotrienos D4 LTF4 Leucotrienos F4 LT Linfotoxina LXA4 Lipoxina A4 LXB4 Lipoxina B4 MCP-1 Proteína quimioatraente de monócitos-1 mg Miligrama ml Mililitro MIP-1α Proteína inflamatória-1α dos macrófagos MMP-9 MSD Metaloproteinase - 9 Merck Sharp & Dohme NFkB Fator nuclear kappa-B nm Nanômetro NO Óxido nítrico NOS Óxido nítrico sintase NSAIDs Drogas antiinflamatórias não-esteróides OVA Ovalbumina PAF Fator de agragação plaquetária PAMP Padrões moleculares associados ao patógeno PAI-1 Inibidor de ativação de plasminogênio PBS Solução de tampão fosfato P.F. Ponto de fusão PG Prostaglandina PGD2 Prostaglandina D2 PGE2 Prostaglandina E2 PGF2α Prostaglandina F2α PGI2 Prostaciclina PGHS Prostaglandina-endoperóxido sintase PLA2 Fosfolipase A2 PMNL Leucócitos polimorfonucleares v.o Via oral PPAR Receptores ativados por proliferadores de peroxissomas xiv Proteína G Proteína regulatória ligada a um nucleotídeo guaninico RAGE Receptor do produto final de glicosilação RANTES Quimiocina reguladora da ativação na expressão e secreção de células T normais. Rdt Rendimento Rf Razão de frente ROS Espécies reativas de oxigênio RXR Receptor do ácido retinóico s Segundos STAT4 Sinal transdutor e ativador de transcrição 4 STAT6 Sinal transdutor e ativador de transcrição 6 TLR Receptor Toll-like TNF-α Fator de necrose tumoral α TNFR Receptor do fator de necrose tumoral TPA 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato TXA2 Tromboxano A2 TZD Tiazolidinadiona VCAM-1 Molécula de adesão celular vascular-1 VEGF Fator de crescimento vascular endotelial µmol Micromol µg micrograma xv RESUMO O receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama (PPARγ) é membro de uma família de receptores nucleares e atua como fator de transcrição regulando várias vias metabólicas relacionadas a processos inflamatórios. Dentre os agonistas deste receptor, incluem-se as tiazolidinadionas (TZDs) que ao promoverem a sua ativação, regulam vários genes envolvidos na inflamação e na dor. Assim, o presente estudo teve como objetivos a síntese e a avaliação das atividades antiinflamatória e antinociceptiva de quatro derivados tiazolidínicos. Para o estudo da atividade antiinflamatória foram avaliados a migração de leucócitos para cavidade peritoneal induzida por tioglicolato de sódio e zimosan e a medida da permeabilidade vascular induzida por ácido acético. Para avaliação da atividade antinociceptiva dos compostos LPSF/GQ-159 e LPSF/GQ-130 foram utilizados os testes das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e o de indução do efeito nociceptivo por formalina. A administração oral das quatro TZDs sintetizadas (10µmol/Kg) inibiu a migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal. Os percentuais de inibição dessa resposta variaram entre 57 e 70%. Resultados similares foram obtidos com o LPSF/GQ-130 (3, 10, 30µmol/Kg), o qual mostrou um melhor perfil antiinflamatório. Os efeitos apresentados foram similares aos produzidos pela indometacina (75% de inibição celular). Na investigação da ação dos compostos LPSF/GQ-130 e LPSF/GQ-159 (30µmol/Kg) na 1ª fase da inflamação, foi constatado que apenas um deles, o primeiro, foi ativo em inibir a permeabilidade vascular, sugerindo envolvimento do LPSF/GQ-159 apenas na segunda fase do processo inflamatório, reduzindo o número de neutrófilos ou macrófagos na cavidade peritoneal. Os compostos LPSF/GQ-130 e o LPSF/GQ-159 apresentaram efeito antinociceptivo significativo em relação ao controle, ainda que de maneira moderada. No teste da formalina o composto LPSF/GQ-130 apresentou melhor ação na fase antiinflamatória (2ª fase) do teste. Em síntese, constatou-se que os protótipos tiazolidinônicos bioativos possuem propriedades antiinflamatórias e analgésicas, destacando o LPSF/GQ-130 que provavelmente, atua na segunda fase da inflamação. Palavras-chave: tiazolidinas; inflamação; nocicepção xvi ABSTRACT The receptor activated by the proliferated peroxisomes gamma (PPARγ) is a member of a family of nuclear receptors and acts as a transcription factor regulating several metabolic pathways related to inflammatory processes. Among the agonists of this receptor, are included thiazolidinediones (TZDs) that promote its activation and regulate several genes involved in inflammation and pain. The present study aimed at the synthesis and evaluation of anti-inflammatory and antinociceptive activities of four thiazolidine derivatives. To study the anti-inflammatory activity was evaluated the leukocytes migration to the peritoneal cavity induced by sodium thioglycolate and zymosan and the extent of vascular permeability induced by acetic acid. For evaluation of antinociceptive activity of compounds LPSF/GQ-159 and LPSF/GQ-130 tests were used for writing induced by acetic acid and the induction of the nociceptive effect of formalin. Oral administration of the four synthesized TZDs (10µmol/Kg) inhibited the migration of neutrophils into the peritoneal cavity. The percentage of inhibition of the response ranged between 57 and 70%. Similar results were obtained with the LPSF/GQ-130 (3, 10, 30µmol/Kg), which showed the best anti-inflammatory profile. The effects have been similar to those produced by indomethacin (75% inhibition of cell). In the investigation of the action of the compounds LPSF/GQ-130 and LPSF/GQ-159 (30µmol/Kg) in the 1st phase of inflammation, it was found that only one of the first, was active in inhibiting the vascular permeability, suggesting involvement of LPSF/GQ-159 only in the second phase of the inflammatory process, reducing the number of neutrophils or macrophages in the peritoneal cavity. The compounds LPSF/GQ-130 and LPSF/GQ-159 showed significant antinociceptive effect compared with the control, even moderate. In the formalin test of the compound LPSF/GQ-130 presented better anti-inflammatory action phase (2nd phase) of the test. In summary, it was found that the prototypes thiazolidinones had bioactive anti-inflammatory and analgesic properties, highlighting the LPSF/GQ-130 which probably acts in the second Keywords: thiazolidine, inflammation, nociception phase of inflammation. PPARγ INTRODUÇÃO 17 1. Introdução As pesquisas que conduzem à concepção de novos fármacos e medicamentos têm se desenvolvido no mundo inteiro graças aos avanços dos conhecimentos técnico-científicos nos campos da Química, Modelagem Molecular, Tecnologia Farmacêutica, Farmacologia, Imunologia, Medicina, entre outros, os quais impulsionam a preparação de novas moléculas bioativas e o desenvolvimento de modelos de avaliação biológica, firmados a partir do entendimento dos mecanismos fisiopatológicos. Seguindo este enfoque, é possível identificar novos alvos terapêuticos que conduzam ao desenvolvimento de abordagens originais no âmbito da inovação terapêutica. Há vários séculos o homem vem usando plantas e ervas para tratar a febre e aliviar a dor. A primeira substância química isolada foi a salicilina, sendo seus efeitos antipiréticos demonstrados em 1929 por Leroux (BRENOL, XAVIER e MARASCA, 2000). Nesta busca incessante, diversas investigações de novos insumos e introdução de inovações para o desenvolvimento de novos fármacos estão sendo realizadas. Uma das áreas que vem despertando interessantes pesquisas é a que envolve processos inflamatórios, em virtude das condições patológicas as quais ela pode subsidiar, levando ao desenvolvimento de doenças como asma crônica, artrite reumatóide, esclerose múltipla, osteoartrite, lupus eritematoso e psoríase. A inflamação é a maneira como o corpo lida com infecções e danos nos tecidos, mas existe um bom equilíbrio entre os efeitos benéficos da inflamação e seu potencial de destruição tecidual em longo prazo, podendo ser potencialmente prejudicial. Dessa forma, de maneira positiva, trata-se de um interessante aporte de defesa, entretanto, se não controlada, viabiliza seu lado negativo, promovendo as diversas patologias já mencionadas (SIMMONS, 2006). Assim, com a persistência da liberação de mediadores primários que causam sensibilização de nociceptores ou sua ativação, é estabelecida a dor. Santos, I.B.V 18 Diferentes abordagens terapêuticas têm sido usadas com o objetivo de atenuar a dor associada a distintas condições patológicas e sintomas das doenças inflamatórias. Uma das abordagens mais comuns é a farmacoterapia. Dentre os casos inflamatórios crônicos, destaca-se a artrite reumatóide (AR), uma doença sistêmica que afeta as juntas, tendões, músculos e tecidos fibrosos. Estudos estimam uma prevalência de 4,5% na faixa etária de 55 a 75 anos (LAURINDO, 2006 apud Lopes et al., 2006; ALAMANOS, 2005). O processo inflamatório crônico pode ser tratado por diferentes intervenções terapêuticas, visto sua complexidade e a diversidade de mediadores fisiológicos envolvidos. A maneira clássica compreende o emprego de inibidores da prostaglandina-endoperóxido sintase (PGHS) ou cicloxigenase, enzima responsável pela transformação do ácido araquidônico (AA), liberado pela fosfolipase A2 (PLA2), em prostaglandinas (PGs) flogísticas (VANE, BAKHLE e BOTTING, 1998). Vane e seus colaboradores, em 1971, identificaram o mecanismo de ação dos medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais clássicos, os quais inibem a produção das prostaglandinas através da inibição da ciclooxigenase-1(COX-1) e da ciclooxigenase-2(COX-2). Hoje, a estratégia de tratamento para doenças inflamatórias envolve principalmente interrupção da síntese ou ação de mediadores críticos que conduzem a resposta à lesão, promovendo modificações estruturais, baseadas na existência de receptores específicos, com conformação espacial particular capaz de desencadear os processos que conduzem à resposta biológica (GAYATHRI et al., 2007). No entanto, apesar dos grandes avanços na compreensão subjacente a fisiopatologia das condições inflamatórias e o advento de muitos medicamentos, pouco tem sido feito com a tradução desse conhecimento para as clínicas e para identificação de terapias adequadas. Recentemente, foi identificado um alvo biológico possuidor de um interessante potencial para a terapêutica antiinflamatória, o receptor ativado por proliferadores de peroxissoma (PPAR). Este é um fator de transcrição pertencente a uma superfamília de receptores nucleares, que foi inicialmente identificado como essencial no metabolismo de glicose (DESVERGNE et al, 2006 apud KNETHEN et al., 2007). Assim, agonistas sintéticos do PPARγ, chamados tiazolidinadionas Santos, I.B.V 19 (TDZs), são usados na terapia do diabetes tipo 2, como sensibilizadores de insulina (YKI-JARVINEN, 2004). Contudo, a eficiência destes agonistas não se restringe apenas a esta propriedade terapêutica, pois assumem também propriedades antiinflamatórias, que têm sido caracterizadas em células do sistema imune, como linfócitos B e T, monócitos, macrófagos, células dendríticas, e granulócitos (APPEL et al., 2005; LI, PASCUAL E GLASS, 2000; RICOTE et al, 1998; TAUTENHAHN, BRUNE e VON-KNETHEN, 2003; WANG et al., 2001; YANG et al., 2000). Assim, vários tipos de células são potenciais alvos para os efeitos antiinflamatórios de ligantes PPARγ. Neste contexto, os derivados tiazolidínicos constituem uma interessante classe de compostos heterociclos para os quais diversas propriedades farmacológicas vêm sendo confirmadas nas últimas décadas. Albuquerque e colaboradores (1999) revelaram em seus estudos atividade antimicrobiana destes compostos. Leite e colaboradores (2007), integrantes do Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos (LPSF/GPIT/UFPE) do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, constataram que compostos da referida natureza foram eficientes na redução dos níveis de glicose em camundongos hiperglicêmicos. E, recentes sínteses de compostos tiazolidínicos com atividade antiinflamatória, também realizadas no (LPSF/GPIT/UFPE) foram confirmadas por Santos (2005), Couto (2006), Pereira (2007) e Magalhães (2007). Dessa forma, este trabalho teve como objetivos a síntese de novos protótipos bioativos tiazolidinônicos e a avaliação das suas atividades antiinflamatória e antinociceptiva. Santos, I.B.V PPARγ REVISÃO DE LITERATURA 20 2. Revisão da literatura 2.1. O processo inflamatório A inflamação tem uma história antiga e rica, intimamente relacionada com histórias e guerras, feridas e infecções. Trata-se de um mecanismo de defesa natural do organismo a qualquer agressão eventualmente sofrida, seja ela de natureza física, química ou biológica. Suas características clínicas são bem estabelecidas, datando aproximadamente 3000 a.C., tempo em que se evidenciaram os sinais mais proeminentes na inflamação aguda: área avermelhada, edemaciada, quente e dolorosa. E, um quinto sinal clínico, a perda ou alteração da função (functio laesa), foi posteriormente adicionado por Virchow, estando a mesma relacionada com fenômenos tais como o espasmo do músculo liso bronquiolar e restrição de movimento de uma articulação inflamada. Na tabela 01 estão apresentados estes sinais, promovidos pelos mediadores da inflamação derivados do ácido araquidônico - eicosanóides (LUENGO, 2005; KUMAR, ABBAS e FAUSTO, 2005; RANG, DALE e RITTER, 2003). Tabela 01: Sinais cardinais da inflamação: função dos mediadores eicosanóides (Adaptado de JÚNIOR e DANTAS, 2000) SINAIS ESTIMULAM SINAIS INIBEM SINAIS Vasoconstricção PGFα, TXA2, LTC4 LTD4, LTF4 Quimiotáticos para leucócitos LTB4, HETEs LXA4, LXB4 Permeabilidade vascular LTC4, LTD4 LXA4 Dor e hiperalgesia PGE2, PGI2, LTB4 LXA4 Febre PGE2, PGI2 LXA4 Vasodilatação (eritema) PGI2, PGE1, PGE2, LXA4 PGD2 Edema (inchaço) PGE4, LTB4 LXA4, LXB4, LTB4 A inflamação aguda pode ser determinada em minutos até dias, sendo confirmada pela presença de neutrófilos e fluidos protéicos (exsudato). Este processo é finalizado quando o estímulo que causou a injúria é removido e todos os mediadores são inibidos (ZHANG, 2008). Desta maneira, a sua intensidade mostraSantos, I.B.V 21 se diretamente proporcional ao tamanho do trauma sofrido. É considerado um interessante aporte de defesa, uma vez que tem como objetivos: localizar a região agredida, eliminar o agente agressor e remover os tecidos degenerados, preparando a área lesada para reparação (JÚNIOR e DANTAS, 2000). Assim, envolve uma série de eventos celulares e vasculares dinâmicos, bem coordenados que dependem da chegada de leucócitos inflamatórios para o local da lesão. Há uma complexa variedade de células (neutrófilos, macrófagos e células mononucleares), e diversas moléculas inflamatórias, tais como prostaglandinas (PGs), o óxido nítrico (NO), citocinas pró-inflamatórias como fator de necrose tumoral α (TNF-α), interleucina 1 (IL-1), interleucina 12 (IL-12), interferon γ (IFN-γ), e quimiocinas. Os neutrófilos são as primeiras células a migrarem para o foco inflamado (MIYAZAKI et al., 2000; KEY et al.,1982; ADAMS e HAMILTON., 1984). Entretanto, têm sido confirmados diversos casos em que a resposta inflamatória escapa aos mecanismos de controle, desencadeando desordens inflamatórias. O evento passa a ganhar características sistêmicas, podendo se autoperpetuar e provocar a disfunção de diversos órgãos e sistemas. Dentro de todo este contexto, a resposta imune adquirida específica mostra-se atuante, melhorando acentuadamente a eficácia das respostas inatas não imunológicas, pois é uma resposta mais complexa. Esta resposta envolve principalmente linfócitos, que podem ser divididos em três principais grupos: as células B, responsáveis pela produção de anticorpos; as células T, importantes na fase de inibição da resposta imune e as células Natural Killer, ativas durante a resposta inata não imunológica. Desta maneira, a figura 01 mostra a resposta inflamatória que abrange dois componentes: uma reação inata ou de fase aguda, não imunológica, relacionada aos eventos que ocorrem localmente no interior dos tecidos, a nível de vasos sanguíneos; e uma resposta imune ou resposta de fase crônica, a qual é adquirida e específica, tornando a resposta de defesa a um microrganismo invasor mais eficaz, sendo caracterizada pela proliferação celular (TLASKALOVA-HOGENOVA et al., 2005). Santos, I.B.V 22 Figura 01: Resposta inflamatória composta das suas possíveis fases de desenvolvimento. (Adaptado de MÃNNEL, 2007) Partindo destes pressupostos, este aparato, de acordo com sua repercussão, costuma ser dividido em três fases: a inflamação aguda, a resposta imune e a inflamação crônica. A primeira fase (1 hora) envolve a liberação de histamina e serotonina e a segunda fase (mais de 1 hora) é mediada por prostaglandinas, que são produtos da ciclooxigenase, e a continuidade entre as duas fases é fornecida por cininas, que são grupo de polipeptídeos autacóides que atuam localmente na produção da dor, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e síntese de prostaglandinas. Além disso, compreendem um subgrupo de numerosos mediadores que contribuem para a resposta inflamatória. Esta seqüência de acontecimentos pode ser visualizada na figura 02 (PERIANAYAGAM et al., 2006). A seguir, a tabela 2 mostra, resumidamente, as diferenças básicas entre a fase aguda e a crônica da inflamação. Santos, I.B.V 23 Figura 02: Tempo de ação dos mediadores químicos da 1ª fase da inflamação. Tabela 2: Quadro comparativo entre a inflamação aguda e crônica Aguda Duração Curta duração Crônica Semanas, meses, até anos. ( 3 dias) Natureza Exsudativa Proliferativa Tipo celular Neutrófilos macrófagos Linfócitos, plasmócitos, fibroblastos, macrófagos pH Santos, I.B.V Ácido Básico 24 2.1.1. Atuação de Neutrófilos na resposta inflamatória As células que participam da reação inflamatória foram classificadas por Spector (1980) da seguinte forma: células endoteliais; células próprias do tecido (mastócitos, fibroblastos e macrófagos fixos) e células migratórias (leucócitos sangüíneos). Dentre estas, as primeiras a alcançarem o foco inflamatório são os neutrófilos - leucócitos granulócitos polimorfonucleares - PMN, formados na medula óssea, e como o próprio nome diz, possuem núcleo pleomórfico, multilobulado, citoplasma granuloso e medem cerca de 10 µm de diâmetro. Estão envolvidas nas fases iniciais da inflamação, e em infecções bacterianas, particularmente as causadas por bactérias piogênicas, as quais produzem pus, aparecem em elevado número no sangue e nos tecidos afetados. Derivados de precursores da medula óssea são células terminais, as quais não se diferenciam em outro tipo celular, e possuem uma vida média curta, de aproximadamente dois a três dias. Este fato, e mais o de que são células extremamente móveis, explica em parte porque predominam nas fases iniciais do processo inflamatório em relação às demais células. Estes grânulos, que são classificados em primários, secundários e terciários, de acordo com suas características de eletrondensidade à microscopia eletrônica, são ricos em enzimas digestivas, como hidrolases, peroxidases e fosfatases ácidas, lisozimas, etc. Os neutrófilos são caracteristicamente células fagocitárias, com uma membrana celular bastante aderente e suprimento lisossomal generoso em seu citoplasma. A fagocitose é acompanhada por uma atividade metabólica explosiva da célula, com grande aumento no consumo de oxigênio (JÚNIOR e DANTAS, 2000). Entretanto, os neutrófilos apesar de, fisiologicamente, atuarem como células fagocitárias, acredita-se que possam contribuir para o agravamento do processo lesivo, durante trauma tecidual em seres humanos e em animais de experimentação (TAOKA et al., 1997; TAOKA e OKANMA, 1998). O acúmulo de leucócitos, principalmente neutrófilos e células derivadas de monócitos, é a característica mais importante da reação inflamatória, vindo a constituir-se no verdadeiro elemento do processo. Os leucócitos incorporam e degradam bactérias, complexos imunes e restos de células necróticas, e as suas enzimas lisossomais contribuem de outras formas com a resposta defensiva do hospedeiro. Entretanto, leucócitos podem prolongar a inflamação e aumentar o dano Santos, I.B.V 25 tecidual pela liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais livres, que são tóxicos para os tecidos. A seqüência desses eventos é dividida, para fins didáticos, em (RANG et al., 2003): 1) Marginação e rolamento: Aumento do número de neutrófilos na periferia vascular, devido às mudanças das condições hemodinâmicas, como a diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo (estase). Seguida de ligação fraca dos leucócitos ao endotélio, por meio das moléculas de adesão (E-selectina, P-selectina). Ação estimulada pelas citocinas TNFα e IL-1. 2) Adesão: Ligação de alta afinidade estabelecida entre outras moléculas de adesão, as Integrinas, e seus ligantes (ICAM-1, VCAM-1), sob o também estímulo das citocinas TNFα e IL-1. 3) Transmigração (diapedese) e quimiotaxia: migração dos neutrófilos para fora do vaso até o local em que se encontra o patógeno invasor, atraídos pelas quimiotaxinas – C5a, LTB4, IL-8, dentre outras. 4) Fagocitose e degradação intracelular: Os neutrófilos destroem os microrganismos, através dos produtos tóxicos do oxigênio. A seguir, digerem enzimaticamente os mesmos. Na figura 03 está representada a seqüência desses eventos leucocitários, referente ao processo pelo qual leucócitos móveis escapam dos vasos sangüíneos para os tecidos perivasculares. Santos, I.B.V 26 Figura 03: Diferenciação, liberação, recrutamento e ativação de neutrófilos (Adaptado de Eyles et al, 2006). 2.1.2. Atuação de Monócitos/Macrófagos na resposta inflamatória Assim como os neutrófilos, os monócitos também chegam à área da inflamação, porém várias horas após estes. Nos tecidos, os monócitos são transformados em macrófagos. A adesão ao endotélio e a migração para o tecido seguem um padrão semelhante ao dos neutrófilos, apesar de a quimiotaxia dos monócitos envolver quimiocinas adicionais – MCP-1 e RANTES (KUMAR et al., 2005a). Macrófagos que apresentam um padrão considerado normal possuem uma morfologia arredondada, enquanto o padrão ativado é espraiado, dotada de um espalhamento. Nas reações inatas, estas células ligam-se ao lipopolissacarídeo e a outros PAMPs (padrões moleculares associados ao patógeno) por intermédio de receptores específicos de superfície celular. Esta ligação permite o englobamento de restos teciduais e células mortas, e a estimulação da produção e da liberação de citocinas TNF, ILs, PAF, o fator de macrófagos quimiotáxico para neutrófilos e quimiocinas, que atuam sobre as células endoteliais vasculares, conforme já Santos, I.B.V 27 descrito, atraindo outros leucócitos para área, promovendo febre. Estas células ainda secretam NO, radicais livres etc (RANG et al., 2003; GORDON, S., 2001; HERMANN, et al., 2001). 2.1.3- Mediadores químicos da resposta inflamatória Dentre os mediadores inflamatórios, podemos destacar produtos da degranulação de mastócitos, como a histamina e a serotonina, responsáveis durante o desenvolvimento de um processo inflamatório, pela vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular; componentes do sistema complemento, destacando as anafilotoxinas C3a e C5a, importantes na estimulação da secreção de mediadores por mastócitos e importante papel quimiotático, como citado anteriormente; mediadores lipídicos, como os leucotrienos, as prostaglandinas e o fator de ativação plaquetária, os quais são derivados da metabolização do ácido araquidônico pelas enzimas ciclooxigenase ou lipooxigenase (HERSCHMAM, 1996; GONZALEZ-REY et al., 2007). As citocinas compõem uma numerosa família de peptídeos que incluem IFNγ, ILs, TNF, vários fatores de crescimento e as quimiocinas. A bradicinina, também se destaca entre os mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório, promovendo vasodilatação, extravasamento plasmático e aderência de neutrófilos (CALIXTO et al., 2004). Além destes, mediadores peptídicos, como as neurocininas e o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), dentre outros, também exercem um importante papel no processo inflamatório (OKAJIMA e HARADA, 2006). 2.1.3.1. Citocinas e Quimiocinas As citocinas são definidas como pequenas proteínas (8-80 kDa de peso molecular), que normalmente atuam de maneira autócrina (na própria célula que a produziu) ou parácrina (nas células vizinhas). A produção destas potentes moléculas, normalmente, é transitória e rigorosamente controlada. Existem, aproximadamente, mais de 100 diferentes citocinas humanas identificadas, e muitas outras estão por ser descritas. Ligadas a receptores específicos na membrana celular, estabelecem uma cascata que leva à indução, ao favorecimento ou à inibição de vários genes no núcleo celular (RANG et al., 2003). Santos, I.B.V 28 As citocinas são geralmente sintetizadas pelos linfócitos e macrófagos após estimulados por toxinas, injúria ou mediadores inflamatórios. Linfocinas, monocinas, interleucinas, fatores de crescimento propriedades gerais a meia-vida etc, curta, são citocinas. modulam a Compõem resposta suas imune, produção/modulação de vários tipos de células, redundância, interação com outras citocinas e adquire reconhecimento através de receptores específicos (ZHANG, 2008). A figura 04 exemplifica uma destas características, dando enfoque na diferenciação das células T helper, as quais estão envolvidas na ativação de macrófagos (JÚNIOR e DANTAS, 2000). Figura 04: Citocinas e diferenciação de células T helper (Adaptado de O'Shea et al, 2002) As principais citocinas envolvidas no retardamento da resposta inflamatória são IL-1 (monócitos/macrófagos, células endoteliais, linfócitos T, queratinócitos, fibroblastos, células da glia, astrócitos e neutrófilos), TNFα (monócitos/macrófagos, linfócitos T e B, fibroblastos, eosinófilos e astrócitos), INFγ (linfócitos T e B), pois as mesmas induzem respostas inflamatórias e imunes, dentre as quais a indução da expressão das moléculas de adesão (como a ICAM-1), o que facilita a adesão dos leucócitos para a realização da diapedese. Isto ocorre devido as mesmas ativarem o fator de transcrição NF-kB (Nuclear factor Kappa B) (ZHANG, 2008). O TNFα é umas das citocinas pleiotrópicas por promover influência a uma considerável variedade de células. Algumas atividades dele são comuns para diferentes doenças, como artrite reumatóide, doença de Crohn e psoríase, que modulam o recrutamento e a proliferação celular, morte celular e regulação imune Santos, I.B.V 29 (CHOY e PANAYI, 2001; FELDMANN, 2002; SCHOTTELIUS et al., 2004). A figura 05 aborda um dos mecanismos de ação do TNFα, através do qual promove seus efeitos antiinflamatórios. Atualmente, o TNFα tem se destacado por ser considerado um mediador central da relação entre citocinas mediadoras da imunidade, inflamação e câncer (LIN e KARIN, 2007; BALKWILL e COUSSENS, 2004). A ativação do NFk-B pelo TNFα tem sido focada para induzir a expressão de genes que inibem a apoptose, estimulam a proliferação celular, e participam da invasão e metástase em tumor (MAYO e BALDWIN, 2000). A partir de alguns fatores de risco (Diabetes, Isquemia / reperfusão, Obesidade, Aterosclerose), esta citocina próinflamatória atua contribuindo para a disfunção vascular, através do mecanismo proposto na figura 06 (ZHANG, 2008). Figura 05: Mecanismo de ação do TNFα na disfunção endotelial (Adaptado de ZHANG, 2008). Em se tratando de citocinas com baixo peso molecular e com função quimiotática, fala-se de quimiocinas, as quais controlam a migração de leucócitos, fazendo com que os mesmos locomovam-se ao longo de um gradiente químico. Funcionam como coordenadores de trânsito nas reações inflamatórias e Santos, I.B.V 30 imunológicas, além de causar degranulação de mastócitos e promover a angiogênese. Diferente das citocinas abordadas anteriormente, estas possuem um mecanismo de transdução de sinais através de receptores acoplados a proteína G (RANG et al., 2003). As quimiocinas são apresentadas sobre o endotélio inflamado e interagem com seus receptores expressos em leucócitos. Elas podem ser divididas em subfamílias com base em suas estruturas químicas (de acordo com a localização do resíduo conservado de cisteína nas proteínas maduras). Assim, nas quimiocinas C-X-C um aminoácido separa as duas primeiras cisteínas conservadas, fazendo parte deste grupo a IL-8, quimiotática para neutrófilos; nas quimiocinas C-C as duas cisteínas conservadas são adjacentes, neste grupo incluem-se a proteína de quimioatração do monócito-1 (MCP-1), eotaxina, proteína inflamatória do macrófago1α (MIP-1α) e RANTES (regulated on activation, normal T cell expressed and secreted), atraem monócitos, eosinófilos, basófilos e linfócitos; e, finalmente as quimiocinas CX3C contendo três aminoácidos entre as duas cisteínas, neste há apenas uma, denominada fractalcina potente quimiotático para monócitos e células T (KUMAR, ABBAS e FAUSTO, 2005b). A identificação de quimiocinas que fornecem sinais direcionais para migração celular, um quarto de um século atrás, provocou um grande interesse nas indústrias farmacêuticas, especialmente porque estas ativam receptores acoplados a uma proteína regulatória ligada a um nucleotídeo guanínico (proteína “G”), constituída por 19 receptores com cerca de 50 ligantes diferentes. Um intenso esforço tem sido empreendido para a real compreensão de seus papéis em distúrbios inflamatórios. As abordagens têm sido variadas, utilizando anticorpos neutralizantes, camundongos geneticamente modificados e quimiocinas diversas as quais possuem propriedades antagônicas (JOHNSON et al., 2005). 2.1.3.1- Óxido nítrico (NO) O NO, um mediador pleiotrópico da inflamação, foi descoberto nos anos 80, como um fator liberado pelas células endoteliais que causava vasodilatação, relaxando o músculo liso vascular. Por ter sido identificado como uma molécula sinalizadora, vem sendo associado a uma variedade de processos fisiológicos no Santos, I.B.V 31 corpo humano. O NO é uma molécula lipossolúvel, gasosa e com um tempo de meia-vida de poucos segundos que é produzida a partir do aminoácido L-arginina através da óxido nitrico sintase (NOS) (GOMES e BEL, 2003; ZHANG, DAWSON e DAWSON, 2006). A NOS induzida (iNOS) foi primeiro identificada em macrófagos e seus efeitos se apresentam em locais com inflamação crônica (SAGIN et al., 2004). O controle da expressão da iNOS ocorre principalmente em nível de transcrição, freqüentemente devido à ação sinérgica de dois mediadores. Embora o mecanismo de indução ainda não esteja completamente esclarecido, o NF-κB está relacionado com a indução da NOS por lipopolissacarídeo bacteriano (LPS). O cérebro expressa as três isoformas da enzima NOS, e embora cada isoforma possa desempenhar um discreto papel fisiológico, o NO gerado pode atuar tanto em processos fisiológicos como patológicos (DUNCAN e HEALES, 2005). Nas condições fisiopatológicas, o aumento nas concentrações de NO pode causar lesão celular, já que pode promover a formação de radicais livres favorecendo os danos do estresse oxidativo (WEI et al., 2003). Além disso, a produção excessiva de NO pode contribuir para um processo denominado excitotoxicidade glutamatérgica que é descrita como uma condição resultante da liberação excessiva de glutamato e a conseqüente entrada de cálcio no terminal pós-sináptico e ativação da NOS cálcio-dependente (DUNCAN e HEALES, 2005). O exato mecanismo pelo qual o NO contribui para determinadas doenças neurodegenerativas não está completamente entendido. Há evidências de que esta molécula, está associada com o processo de excitotoxicidade, danos ao DNA e modificações de proteínas, os quais podem promover mecanismos patogênicos envolvidos em processos neurodegenerativos, ocasionando grande parte do dano cerebral que ocorre em várias doenças neurodegenerativas (ZHANG et al, 2006). Moon e colaboradores (2008) demonstraram que a administração de curcumim, um pigmento amarelo isolado do rizoma da Curcuma longa, minimizou significativamente inflamação asmática induzida por Ovalbumina (OVA), devido a supressão da expressão da iNOS e do NO. Além de inibir o recrutamento de leucócitos dentro do pulmão e regular o equilíbrio de células Th1 e Th2 (células atuantes na resposta imune celular, ativando macrófagos e sintetizando anticorpos, Santos, I.B.V 32 respectivamente), retardando a inflamação das vias aéreas induzida também por OVA. 2.2. Agentes antiinflamatórios Desde a antiguidade o homem procura encontrar meios para aliviar a dor, a febre, entre outras enfermidades. Com a descoberta dos mecanismos da fisiopatologia das doenças inflamatórias, abriu-se uma janela para investigação de substâncias medicamentosas que pudessem interromper o circuito desta sinalização. Desta maneira, quando a inflamação perde o controle, a solução normalmente utilizada é a administração de medicamentos antiinflamatórios esteróides e não esteróides. O objetivo inicial com a administração desses medicamentos é modular a exacerbação da inflamação, evitando a potencialização da agressividade flogógena inicial (LEMANSKE e BUSSE, 2006). Os fármacos antiinflamatórios possuem mecanismos de ação diferentes entre si. Assim, o maior entendimento a cerca das suas funções fornecerá subsídios ao uso desses tipos de medicamentos de forma menos mais segura. 2.2.1 Agentes antiinflamatórios esteroidais Os antiinflamatórios esteroidais, também denominados de glicocorticóides ou corticosteróides, fazem parte de um grupo de hormônios cujo mecanismo clássico de ação envolve a interação com um receptor de glicocorticóides e a regulação da expressão de proteínas. Os corticosteróides são substâncias que derivam de hormônios produzidos pela glândula adrenal, são análogos a hidrocortisona (DEVLIN, 1998). Estes agentes exercem papéis importantes na regulação de diversos processos fisiológicos, assim como metabolismo, proliferação celular, diferenciação, inflamação e resposta imune. Através da utilização destes agentes ficou estabelecido um tratamento um tanto quanto especial para as doenças inflamatórias – asma, artrite reumatóide, artrite psoríatica, lúpus eritematoso, doença de Crohn, esclerose múltipla e vasculite sistêmica (GAYATHRI et al., 2007). Santos, I.B.V 33 2.2.2. Agentes antiinflamatórios não-esteroidais – AINEs Os agentes antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) estão entre os agentes terapêuticos mais amplamente utilizados no mundo inteiro. Estes fármacos apresentam três tipos principais de efeitos: antiinflamatório, analgésico e antipirético. De uma maneira geral todos estes afeitos resultam da inibição da enzima ciclooxigenase, e conseqüente inibição das prostaglandinas e tromboxanos, mediadores lipídicos sintetizados por muitas células, em detrimento de algum estímulo químico ou mecânico. Na figura 06 estão representadas as estruturas químicas de alguns representantes. Figura 06: Fármacos antiinflamatórios não esteroidais: (a) Paracetamol, (b) Fenilbutazona, (c) Indometacina, (d) Ibuprofeno. Ciclooxigenase ou prostagladina-endoperóxido sintase é uma enzima chave na síntese de prostaglandinas a partir de seu precursor, ácido araquidônico, como mostra a figura 07. Ela existe sob três isoformas: COX-1(constitutiva); COX-2 (induzida) e, recentemente um novo tipo tem sido postulado, a COX-3, baseada na variante COX-1 no cérebro do cão (CHANDRASEKHARAN et al, 2002). Devido a existência de diferentes COXs, a origem das prostaglandinas são diferentes, sendo a COX-1 responsável pelo aparecimento das prostaglandinas constitutivas e a COXSantos, I.B.V 34 2 pela síntese de prostaglandinas inflamatórias. Estas produzem notáveis efeitos que envolvem muitas funções biológicas como mediação da dor, febre e inflamação. A inibição de sua biossíntese pelas NSAIDs causa grandes mudanças nas funções fisiopatológicas do organismo (BOTTING, 2006). Como representantes destes fármacos, tem-se a aspirina, indometacina, piroxicam (AINEs seletivos para COX-1); diclofenaco sódico, meloxicam, o rofecoxib e celecoxib, seletivos para a isoforma 2, introduzidos em 1999, no Brasil, pela Merck Sharp & Dohme (MSD) e Pfizer/Searle, respectivamente (REITZ e SEIBERT, 1995; LOMBARDINO, 1985; LAGES et al., 1998; WALLACE e CHIN, 1999; SIMMONS, 2006). A inibição da migração de polimorfonucleares e monócitos têm sido sugeridos como importante mecanismo de ação dos agentes antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs). Mas no que diz respeito às vias da enzima lipooxigenase, que dão origem aos leucotrienos, mostrou-se insensível à ação dos antiinflamatórios não-esteróides. Entretanto, os fármacos que conseguem inibir ciclooxigenase e lipooxigenase possuem ação antiinflamatória superior (FRANCHIMONT, 2004; XIAOYU, 2003; JOYCE et al., 2001). Figura 07: Mecanismo da ciclooxigenase (Adaptado de JONES et al., 2008) Santos, I.B.V 35 Apesar dos seus efeitos terapêuticos, o uso destes agentes vem custando um alto preço, pois promovem sérios danos gastrointestinais (GI) e cardiovasculares, e podem inclusive, promover óbitos (BRUNE e HINZ, 2004). A começar pelo alvo COX-1, a qual promove reações gastrintestinais desagradáveis. Em seguida, o alvo COX-2, que apesar de muitas expectativas quanto ao mesmo, também proporcionou reações cardiovasculares, causando eventos trombóticos. E como conseqüência destes achados, alguns dos AINEs seletivos para COX-2, como o rofecoxibe e valdecoxib, foram retiradas do mercado (ANVISA, 2005). Para fortalecer a idéia, no dia 03 de outubro de 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) emitiu parecer sobre o uso de antiinflamatórios da classe dos inibidores da COX-2. A MSD informou que foi interrompida a comercialização da apresentação de ARCOXIAR 120mg no Brasil, revelando, segundo estudos, eventos cardiovasculares trombóticos (www.msdonline.com.br / acesso: 08/10/08). Atualmente, a clínica para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com processos inflamatórios, porém nenhum ideal, sobretudo para aquelas condições crônicas. Existem os medicamentos antiinflamatórios esteroidais e os nãoesteroidais, os quais têm como objetivo modular a exacerbação da inflamação, evitando a potencialização da agressividade flogógena inicial. Os dados encontrados na literatura relatando os efeitos adversos causados com o uso desses antiinflamatórios, além do mal causado a população pelas doenças inflamatórias crônico-degenerativas, na fase mais produtiva do homem, justificam a importância na busca de novos fármacos antiinflamatórios. Desta forma, permanece a incerteza sobre a melhor abordagem terapêutica para pacientes que requerem AINEs, em particular aqueles com fatores de risco GI ou cardiovascular. 2.3. Mecanismos da transmissão da dor A inflamação é geralmente associada à dor como um processo secundário resultante da liberação de mediadores álgicos (HUNSKAAR e HOLE, 1987; OSADEBE e OKOY´E, 2003). O conceito de dor hoje mundialmente usado é o da Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP) e afirma que a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. É uma experiência complexa que Santos, I.B.V 36 envolve não apenas a transdução da informação gerada pelo estímulo nocivo, mas também o processamento cognitivo e emocional pelo cérebro. A dor se inicia em áreas periféricas como pele, órgãos internos ou qualquer região fora do sistema nervoso central, isto é, fora do cérebro e da medula espinhal. Sendo assim, encostar a mão em uma chapa quente é um dos eventos que ativa neurônios conhecidos como nociceptores, que reagem especificamente a estímulos danosos, como temperatura ou pressão mecânica extrema e substâncias produzidas pelo organismo em resposta a uma lesão ou inflamação (HANSSON, 2005). As fibras nociceptivas possuem duas extremidades: uma delas, a que detecta sensações, se projeta para regiões periféricas onde inerva pequenas porções de tecido; a segunda extremidade estende-se até o interior do corno medular espinhal. O corpo celular dos nociceptores fica entre esses dois segmentos, em uma estrutura fora da medula espinhal. Quanto o agente nocivo é detectado pela extremidade periférica, na pele ou algum outro órgão, um impulso elétrico é disparado e propagado por toda a fibra nervosa até atingir uma região da medula espinhal (BASBAUM e JULIUS, 2006). A figura 08 ilustra todo este processo descrito. Um das estratégias terapêuticas atuantes para os estágios de dor aguda e crônica, desde a última década, é a combinação de substâncias opióides e nãoopiódes (SCHNITZER et al., 1999; GAMMAITONI et al., 2003; RAFFA, 2006). Figura 08: Transmissão dos estímulos dolorosos (SNC) (www.dol.inf.br/Html/CompreendendoDor.html - ACESSO 24/10/08) Uma das propostas terapêuticas no tratamento da dor é a prescrição de analgésicos, os quais didaticamente estão classificados em dois grupos: os nãoSantos, I.B.V 37 opióides e os opióides (ASHBURN e STAATS, 1999). Agentes antiinflamatórios não-esteroidais, paracetamol e analgésicos adjuvantes constituem o primeiro grupo. Os AINEs são os analgésicos mais freqüentemente utilizados nos quadros dolorosos, principalmente nas alterações músculo- esqueléticas. A analgesia destes fármacos deve-se ao mesmo mecanismo de ação, já relatado para as atividades antiinflamatórias (MACPHERSON, 2000). 2.4. PPARγ – Um modulador da expressão gênica inflamatória PPARs pertencem a uma grande família de receptores hormonais nucleares, da qual faz parte o receptor de esteróides e o receptor do hormônio tireoidiano. Tal como estes outros receptores nucleares, PPARs funcionam vinculados a ligantes específicos, sejam eles de natureza endógena (ácidos graxos insaturados, PGJ2, LTB4) ou sintética (TZDs, fibratos, AINEs). Assim ao interagir com seu ligante, mantendo parceria com o receptor do ácido retinóico (RXR), o receptor é ativado, promovendo a atividade de genes alvo em suas regiões promotoras. Diversos estudos têm estabelecido uma importante função dos PPARs, na regulação do metabolismo energético e diferenciação celular. Estudos subseqüentes têm identificado uma possível função dos PPARs no controle da inflamação, bem como da biologia vascular. Grande parte da investigação publicada sobre estes receptores tem sido realizada através da descoberta de agonistas sintéticos dos mesmos, incluindo os estudos com as tiazolidinadionas relacionados aos seus efeitos sensibilizadores da insulina (GLASS, 2006; SHULMAN e MANGELSDORF, 2005). Até o momento, três isoformas de PPARs foram caracterizados: PPARα, PPAR δ/β, e PPARγ. Estudos intensivos de PPARs durante últimos anos têm demonstrado a sua importância para as atividades fisiológicas e patológicas em diversos tecidos. A figura 09 aponta os diversos alvos celulares relacionados a estes receptores (GERVOIS et al., 2005). O receptor ativado por proliferadores de peroxissomos de isoforma γ (PPARγ), também conhecido como NR1C3, foi inicialmente identificado como essencial no metabolismo de glicose (DESVERGNE et al, 2006 apud KNETHEN et al., 2007 ), é principalmente expresso em tecidos adiposos onde desempenha um papel importante no metabolismo lipídico (FERRE, 2004; LINFORD et al., 2007). Santos, I.B.V 38 Entretanto, nos últimos anos, PPARs também têm surgido como principais reguladores de respostas inflamatórias e imunes, abrindo uma nova área para o desenvolvimento de medicamentos úteis no tratamento das doenças inflamatórias crônicas tais como: aterosclerose, obesidade induzida por resistência insulínica, e de doenças neurodegenerativas (DAYNES e JONES, 2002; KOSTADINOVA, R., WAHLI, W., MICHALIK, L., 2005). A figura 09 mostra os diversos alvos para ações do PPAR, relacionados a inflamação. O efeito antiinflamatório destes receptores envolve o mecanismo de modulação negativa das citocinas pró-inflamatórias, como está representado na figura 10. Ainda nesta figura, são mostradas as diferentes formas de estabelecimento da atividade transcricional dos PPARs (transativação, transrepressão e repressão), através das quais podem ativar e inibir a expressão de variados genes (HEIKKINEM, S., AUWERX, J., ARGMANN, C.A, 2007). Figura 09: Alvos celulares e moleculares para ações antiinflamatórias dos PPARs (Adaptado de STRAUS e GLASS, 2007) Santos, I.B.V 39 Figura 10: Atividades transcricionais dos PPARs: (a) transativação, (b) transrepressão e (c) repressão (Adaptado de RICOTE e GLASS, 2007). 2.5. TIAZOLIDINADIONAS (TZDs) As tiazolidinadionas, também conhecidas como glitazonas, foram originalmente desenvolvidas por screening de análogos do ácido clofíbrico como antioxidante, no início de 1980, no Japão (KAWMATSU et al., 1980; YOSHIOKA et al., 1989). Elas possuem uma estrutura química parcial comum, tiazolidina-2,4diona. Alguns fármacos deste grupo foram aprovados, pelo Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento do diabetes tipo 2. Eles exercem efeitos hipoglicêmicos através de sua ligação ao PPAR, regulando a expressão de genes envolvidos na sensibilidade a ação da insulina. Desta forma, em 1997, a FDA aprovou a Troglitazona, a primeira TZD avaliada na clínica nos Estados Unidos e no Japão. Porém, os sérios efeitos colaterais ocorridos pelo seu uso, fez com que fosse retirada do mercado, em março de 2000. Fatos como estes, motivaram os pesquisadores a desenvolverem novas glitazonas. Assim, em 1999, a FDA aprovou dois novos fármacos da classe das TZDs: o maleato de rosiglitazona (Avandia) e o cloridrato de pioglitazona (Actos), em uso na atualidade, em vários países incluindo os Estados Unidos, Japão, Brasil e países da Europa. As estruturas de algumas estão representadas na figura 11 (SALTIEL e OLEFSKY, 1996). Santos, I.B.V 40 Figura 11: Estruturas químicas de agonistas PPARγ. A rosiglitazona é conhecida por suas ações antiinflamatórias através da ativação do PPAR-γ, pois esta leva à inibição da transcrição do NFkB. Assim, rosiglitazona atenua a expressão dos genes pró-inflamatórios, e conseqüentemente a produção de citocinas desta natureza. Estes fatos foram confirmados através de um estudo realizado, onde esta TZD atuou neuroprotegendo isquemia cerebral e hemorragia intracerebral (ALLAHTAVAKOLI et al., 2006; CHEN et al., 2006; LUO et al., 2006; PEREIRA et al., 2006; ZHAO et al., 2007). Assim como o relato citado acima, diversos estudos ratificam o potencial efeito antiinflamatório das TZDs quando estas estabelecem a alta afinidade com o PPARγ, repercutindo na inibição da expressão da proteína quimiotática de monócitos (MCP-1) e das moléculas de adesão leucocitária (VCAM-1) - processos iniciais na gênese da inflamação vascular; inibição da matriz metaloproteinase enzima implicada na ruptura da placa aterosclerótica, efeito modulador do gene do PAI-1, e potente efeito estimulador sobre a secreção da adiponectina. A adiponectina parece ter um efeito direto sobre a função vascular, estimulando a produção de óxido nítrico e, conseqüentemente, melhorando a função endotelial (RE et al., 1999) (LIU et al., 2005) (CHEN et al., 2003). O nosso grupo de pesquisa, inserido no Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos – LPSF/GPIT/UFPE – obteve resultados de atividade antiinflamatória apresentada por tiazolidinas nos trabalhos desenvolvidos por Uchôa Santos, I.B.V 41 (2008) e Miranda (2008), os quais serviram de estímulo para a síntese de novos derivados tiazolidínicos, almejando a obtenção de compostos que possam melhorar o tratamento de enfermidades inflamatórias. Santos, I.B.V PPARγ OBJETIVOS 42 3. Objetivos 3.1. Objetivo geral Obter novas moléculas tiazolidinadionas com potenciais atividades antiinflamatória e/ou antinociceptiva. 3.2. Objetivos específicos • Sintetizar novas moléculas tiazolidinadionas partindo de uma tiazolidina-2,4diona; • Elucidar as estruturas químicas dos compostos sintetizados pelos métodos espectroscópicos de infravermelho e ressonância magnética nuclear de hidrogênio ; • Avaliar a atividade antiinflamatória dos compostos sintetizados através do modelo da peritonite induzida pelo tioglicolato e pelo zimosan; • Avaliar a atividade antiinflamatória dos compostos sintetizados na primeira fase da inflamação através do modelo da permeabilidade vascular; • Avaliar a atividade analgésica dos compostos tiazolidínicos sintetizados. Santos, I.B.V PPARγ PARTE QUÍMICA 43 4. Parte química 4.1. Reagentes, solventes e equipamentos Os reagentes utilizados foram ácido cloroacético, tiouréia, acetato de etila, benzeno, cianoacetato de etila, etanol, n-hexano, piperidina, Cloreto de 2-cloro-6flúor-benzil, cloreto de 2,4-dicloro-benzil, 2-nitro-benzaldeído, 4-flúor-benzaldeído, 4benzilóxi-benzaldeído, 4-cloro-benzaldeído, hidróxido de potássio. Os reagentes e solventes utilizados na síntese dos compostos e para suas análises pertencem às marcas Sigma, Aldrich, Acros, Merck, Vetec ou Quimis. Na cromatografia em camada delgada foram utilizadas placas de sílica gel 60 Merck F254, de 0,25 mm de espessura, reveladas em luz ultravioleta (254 ou 366 nm) ou através de vapores de iodo. A caracterização estrutural foi realizada através da espectrofotometria de absorção no infravermelho (IV), em espectrofotômetro FTIR Bruker Modelo IFS 66, pastilhas de KBr. Os espectros de ressonância magnética nuclear de hidrogênio (RMN1H) foram efetuados em espectrofotômetro Varian Modelo Plus 300 MHz. Os espectros de massas foram registrados sobre impacto eletrônico a 70 Ev em espectrômetro R1010C Delsi-Nermag, acoplado a CPG HP5890. Para determinação dos pontos de fusão foi utilizado aparelho Quimis Modelo 340.27. 4.2. Metodologia – Diagrama de síntese O Esquema 1 apresenta o diagrama de síntese proposto para a preparação de novas (LPSF/GQ). Santos, I.B.V moléculas da série 3-benzil-5-benzilideno-tiazolidina-2,4-dionas 44 Esquema 01: Diagrama de síntese 4.2.1. Síntese da tiazolidina-2,4-diona Em um balão foram adicionados a tiouréia e o ácido cloroacético, previamente dissolvido em água. A mistura foi aquecida por 18 horas e em seguida mantida sob refrigeração por 24 horas. Os cristais formados foram separados por filtração e purificados através de recristalização em água destilada. 4.2.2. Síntese da 3-benzil-tiazolidina-2,4-diona Em um balão foram adicionados a tiazolidina-2,4-diona e etanol absoluto. Em seguida foi adicionada gota a gota uma solução de hidróxido de potássio em etanol absoluto. Após 10 minutos a temperatura ambiente, o haleto de benzil foi adicionado e a mistura foi aquecida a 65ºC por 4 horas. A mistura reacional foi resfriada e o precipitado formado foi filtrado e purificado através de recristalizações em etanol. Santos, I.B.V 45 4.2.3. Método geral para a obtenção dos derivados 3-benzil-5-benzilidenotiazolidina-2,4-dionas Foram introduzidos em um balão a 3-benzil-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/GQ) e 2-ciano-3-fenil-acrilato de etila substituídos (LPSF/IP), em etanol absoluto como solvente e piperidina como catalisador. A mistura foi aquecida lentamente até atingir 50ºC durante 2 horas. O precipitado que se formou durante o tempo reacional, foi separado por filtração ainda quente e purificado por lavagens sucessivas com etanol absoluto. Após purificação foram obtidos os derivados 3-benzil-5-benzilidenotiazolidina-2,4-dionas, representados pela figura 13, e logo mais adiante, descritos os seus nomes químicos e as suas características físico-quimicas. Figura 12: Derivados 3-benzil-5-benzilideno-tiazolidina-2,4-diona; a – LPSF/GQ-104; b – LPSF/GQ-158; c - LPSF/GQ-159; d – LPSF/GQ-130. Santos, I.B.V 46 • 5-(4-Benziloxi-benzilideno)-3-(2-cloro-6-flúor-benzil)-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/GQ-104) P.F. 153-155 ºC Rdt = 72 % Rf= 0,70 n-hex/AcOEt 7:3 • 3-(2-Cloro-6-flúor-benzil)-5-(2-nitro-benzilideno)-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/GQ-158) P.F. 139-140ºC Rdt = 65 % Rf= 0,75 n-hex/AcOEt 6:4 • 3-(2-Cloro-6-flúor-benzil)-5-(4-flúor-benzilideno)-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/GQ-159) P.F. 175-176ºC Rdt = 53 % Rf= 0,73 n-hex/AcOEt 7:3 • 5-(4-Cloro-benzilideno)-3-(2,4-dicloro-benzil)-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/GQ-130) P.F. 156-157 ºC Rdt = 50 % Rf= 0,52 n-hex/AcOEt 7:3 Santos, I.B.V 47 4.3. Análise Espectroscópica dos Derivados 3-benzil-5-benzilidenotiazolidina-2,4-dionas através do método de espectroscopia de infravermelho. Tabela 03. Freqüências de absorção no infravermelho, em cm-1, dos derivados 3-benzil-5benzilideno-tiazolidina-2,4-dionas. COMPOSTO C=O C=C 1685 1595 1934 1603 1690 1599 1685 1603 CH2 O O C H Cl N S O F LPSF/GQ-104 O2N H O C Cl N S F O LPSFGQ-158 F H O C Cl N S O F LPSF/GQ-159 Cl H O C N S Cl O Cl LPSF/GQ130 Santos, I.B.V 48 4.4. Análise Espectroscópica dos Derivados 3-benzil-5-benzilidenotiazolidina-2,4-dionas através do método de espectroscopia de ressonância 1 δ ppm/DMSO-d6). magnética nuclear de hidrogênio - RMN H (δ Tabela 04. Deslocamentos químicos (δ) em ppm dos derivados 3-benzil-5-benzilideno-tiazolidina-2,4dionas. Estrutura CH= CH2 OCH Hidrogênios Hidrogênios Hidrogênios 2 Benzilidênicos Benzílicos Benziloxi 7,24 (t, 1H) CH2 O 7,87 O C H N S O 4,97 5,19 Cl F 7,59 (d, 2H) J= 8,7 Hz J= 9 Hz 7,34 (d, 1H) 7,34 – 7,48 7,19 (d, 2H) J= 8,1 Hz (m, 5H) J= 9 Hz 7,40 (t, 1H) LPSF/GQ-104 J= 8,4 Hz 7,73 (d, 1H) O2N H O C Cl N S O 8,14 4,99 - J= 7,5 Hz 7,38 (d, 1H) 8,21 (d, 1H) J= 7,2 Hz J= 7,2 Hz 7,34 (t, 1H) 7,89 (dd, 1H) J= 8,4 Hz J= 7,5 Hz 7,42 (dd, 1H) 7,74 (dd, 1H) J= 8,1 Hz - F J= 7,2 Hz LPSF/GQ-158 F H O C Cl N S O 7,94 4,99 - F 7,72 – 7,35 7,43 – 7,21 (m, 4H) (m, 3H) - LPSF/GQ-159 Cl 7,37 (dd, 2H) H O C N S 7,65 (dd, 4H) J= 8,4 Hz J= 9 Hz 7,68 (s, 1H) Cl 7,98 O Cl LPSF/GQ-130 Santos, I.B.V 4,88 - - PPARγ PARTE BIOLÓGICA 49 5) Parte Biológica 5.1 Animais Estudar a inflamação peritoneal em animais experimentais, respeitando as condições éticas que acompanham o uso dos mesmos, constitui um bom meio para um melhor entendimento das interações fisiopatológicas que acometem as desordens inflamatórias (RHODEN e RHODEN, 2006) Embora quase todos os animais convencionais de experimentação tenham sido utilizados, aqueles de menor porte são os mais frequentemente empregados. Este fato foi constatado depois de um levantamento realizado compreendendo 48 estudos, sendo verificado que 78,39% dos pesquisadores usaram rato e camundongo como animais de experimentação (RHODEN e RHODEN, 2006). Firmando um protocolo ideal, a escolha do animal experimental é um fator a ser considerado. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus) de ambos os sexos, com faixa etária de 60 dias e peso variando entre 25 e 30 g, provenientes do Biotério do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco. Todos os procedimentos realizados seguiram as diretrizes preconizadas pelo Manual sobre Cuidados e Usos de Animais de Laboratório (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal, 2003), com inúmeros esforços para minimizar o número e o sofrimento dos animais utilizados. Inicialmente, os camundongos foram submetidos a um período de adaptação, sendo mantidos em gaiolas sob condição padronizada de iluminação (ciclo claro/escuro de 12 horas), temperatura de 22 ± 2ºC e recebendo água ad libitum e dieta padrão. Após este estágio, foram realizados os experimentos. Os procedimentos experimentais foram realizados sempre pela manhã, e concluídos num mesmo dia. Os protocolos utilizados foram aprovados pelo Comitê de Ética na Experimentação Animal (CEEA) da Universidade Federal de Pernambuco (processo nº. 23076, 0040,13/2008-35). Santos, I.B.V 50 5.2 Substâncias utilizadas EDTA Azul de Evans (Sigma); Tioglicolato de sódio a 3%; Zimosam (Sigma); Ácido acético; Cetamina e xilazina (50 e 10 mg/Kg, respectivamente); NaCl a 0,9% 5.3 Delineamento experimental 5.3.1. Toxicidade aguda Os animais selecionados para este ensaio foram camundongos fêmeas: 1. GRUPO LPSF/GQ (n=3), tratamento com o LPSF/GQ-130 5.3.2. Atividade antiinflamatória A atividade antiinflamatória dos LPSF/GQs foi avaliada utilizando diferentes mediadores inflamatórios, com o objetivo de demonstrar a possível atividade antiinflamatória dos compostos, bem como propor um provável mecanismo de ação. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais, conforme homogeneidade dos seus pesos corporais: 1. GRUPO SALINA (n=8), injeção de solução salina na cavidade peritoneal, sem tratamento prévio; 2. GRUPO CONTROLE NEGATIVO (n=8), injeção do agente flogístico na cavidade peritoneal, sem tratamento prévio; 3. GRUPO LPSF/GQ (n=8), injeção do agente flogístico na cavidade peritoneal, com tratamento prévio dos LPSF/GQs; Santos, I.B.V 51 4. GRUPO REFERÊNCIA (n=8), injeção do agente flogístico na cavidade peritoneal, com tratamento prévio da substância referência; 5.3.3. Atividade antinociceptiva Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais, conforme homogeneidade dos seus pesos corporais: 1. GRUPO CONTROLE NEGATIVO (n=10), indução do estímulo, sem tratamento prévio; 2. GRUPO LPSF/GQ (n=10), indução do estímulo, com tratamento prévio dos LPSF/GQs; 3. GRUPO REFERÊNCIA (n=10), indução do estímulo, sem tratamento prévio, com tratamento prévio da substância referência; 5.4. Protocolos experimentais Não há dúvida que os modelos experimentais, utilizados hoje em dia, contribuem bastante para o entendimento de processos inflamatórios. Entretanto, é importante saber discernir os pontos fortes e fracos do modelo, possibilitando uma real extensão dos resultados experimentais para testes clínicos. Desde 1950, inúmeros modelos experimentais de indução de peritonite, com mecanismos diferentes do ponto de vista qualitativo e quantitativo, foram e vêm sendo descritos na literatura. Tendo em vista este leque de oportunidades, a escolha de um modelo dependerá da finalidade do estudo. O processo inflamatório pode ser induzido através de diferentes estímulos - carragenina, zimosan, tioglicolato de sódio, dextrana, ácido acético, óleo de Cróton, dentre outros (CARVALHO, 1998; ROWLEY E BENDITT, 1956; BONHOMME-FAIVRE, 2000; DOHERTY et al., 1985; KOLACZKOWSKA et al., 2001a). Desta forma, foi escolhido para avaliar a atividade antiinflamatória dos novos derivados tiazolidínicos os protocolos experimentais de peritonites induzidas por tioglicolato e zymosan (BONHOMME-FAIVRE, 2000; DOHERTY et al., 1985; KOLACZKOWSKA et al., 2001a). Santos, I.B.V 52 5.4.1. Toxicidade aguda Toxicidade oral aguda refere-se aos efeitos adversos ocorridos após a administração oral de uma dose única de uma substância, ou múltiplas doses dadas num prazo de 24 horas. No presente estudo, esta atividade foi realizada expondo os animais (n=3) a uma dose única de 2000mg/kg do composto LPSF/GQ-130 pela via oral. Os camundongos, após o tratamento foram monitorados por 60 minutos, foram inclusos nas observações diversos parâmetros comportamentais – irritação, sonolência, frêmito vocal, ptose, defecação, dentre outros. Passado este período, foram observados até 24 horas. O experimento teve duração de 14 dias. Ainda, foi monitorada a ingestão da ração pelos animais e o peso corporal, diariamente. A metodologia seguida foi desenvolvida segundo os pesquisadores Roll, Höfer-Bosse e Kayser (1986). 5.4.2. Permeabilidade vascular induzida por ácido acético A permeabilidade vascular foi avaliada segundo o método descrito por Whittle (1964). A mesma foi induzida por ácido acético, em camundongos albinos adultos de ambos os sexos. Estes foram deixados em jejum e com água a vontade por um período de 6 horas. Passado este período, os camundongos foram submetidos a um pré-tratamento com as substâncias investigadas – LPSF/GQ-130 e LPSF/GQ-130, ambas na dose de 30µmol/kg, por via oral. Após 1 hora do tratamento foi realizada a injeção no plexo retro-orbital (02 mL / camundongo) do corante Azul de Evans 1%, em seguida administrou-se a solução de ácido acético 1% no peritônio dos animais, objetivando causar a peritonite aguda. Cada animal recebeu 0,5 mL. Após um intervalo de 30 minutos, os animais foram sacrificados, sob anestesia associativa de cetamina com xilazina. Compondo a etapa de coleta do exsudato, foram injetados na cavidade peritoneal 2 mL de Solução de NaCl 0,9%, para que assim, o exsudato peritoneal fosse coletado e centrifugado a 200 × g durante 10 min. A absorbância do sobrenadante foi lida a 610 nm por meio do método ELISA (thermo plate). Santos, I.B.V 53 Figura 13: Análise da permeabilidade vascular: Grupo dos animais experimentais (A); Pré-tratamento com os LPSF/GQs (B); Injeção do azul de Evans (i.v) no plexo retro-orbital (C); Administração do ácido acético, via intraperitoneal (D); Coleta do exsudato (E); Medida da permeabilidade através de teste colorimétrico, no aparelho ELISA. 5.4.3. Avaliação da atividade antiinflamatória – peritonite induzida por tioglicolato Os camundongos, em jejum de 6 horas, foram divididos em grupos e tratados (v.o) com as substâncias teste (10µmol/kg), indometacina (28µmol/kg), rosiglitazona (10µmol/kg) e solução salina. Após 1 hora do tratamento, foram submetidos ao ensaio de peritonite, recebendo a administração i.p de 0,5 mL de solução de tioglicolato 3%. Após quatro horas, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical, sendo injetados na cavidade peritoneal 2 mL de PBS heparinizado (10 UI/mL). A contagem de leucócitos totais migrados foi realizada em câmara de Neubauer, com amostras do PBS recuperadas (BONHOMME-FAIVRE, 2000). A figura 17 representa todo o procedimento utilizado para a realização deste ensaio. Santos, I.B.V 54 Figura 14: Coleta de leucócitos peritoneais em camundongos: Grupo dos animais experimentais (A); Pré-tratamento com os LPSF/GQs (B); Indução da peritonite (tioglicolato ou zymosan) (C); Injeção da solução de EDTA na cavidade abdominal(D); Coleta do exsudato (E); Contagem dos leucócitos. 5.4.4. Avaliação da atividade antiinflamatória – peritonite induzida por zimosan Os camundongos, em jejum de 6 horas, foram divididos em grupos e tratados (v.o) com as substâncias teste (10µmol/kg), indometacina (28µmol/kg), rosiglitazona (10µmol/kg) e solução salina. Após 1 hora do tratamento, foram submetidos ao ensaio de peritonite, recebendo a administração i.p de 0,5 mL de solução de zimosan (0,2mg/mL). Após quatro horas, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical, sendo injetados na cavidade peritoneal 2 mL de PBS heparinizado (10 UI/mL). A contagem de leucócitos totais migrados foi realizada em câmara de Neubauer, com amostras do PBS recuperada (DOHERTY et al., 1985; KOLACZKOWSKA et al., 2001a). Santos, I.B.V 55 5.4.5. Avaliação da atividade antinociceptiva – contorções abdominais induzidas pelo ácido acético em camundongos O ensaio foi realizado utilizando a técnica descrita por Koster, 1959. Os camundongos foram tratados 1 hora antes por via oral com as substâncias teste LPSF/GQs 130 e 159, ambos na dose de 30 µmol/kg. Em seguida foi administrado na cavidade peritoneal dos animais 0,5 mL da solução de ácido acético (1%), o que fez induzir as contorções abdominais, para tornar viável a avaliação dos possíveis efeitos analgésicos dos compostos em estudo. O número de contorções abdominais ocorridos entre 5 e 20min após a injeção do ácido acético injeção foi registrado. Indometacina (28 µmol/kg) foi utilizada como fármaco de referência. 5.4.6. Avaliação da atividade antinociceptiva – Indução do efeito nociceptivo por formalina Para avaliar esta atividade os animais foram divididos em 2 lotes (n=10), em seguida receberam as substâncias de acordo com o grupo a que pertenciam por via oral, um grupo recebeu a substância teste LPSF/GQ-130 na dose de 30µmol/kg, outro o veículo e o terceiro grupo a dipirona (26µmol/kg), como fármaco de referência. Decorrido o tempo de 60 minutos da administração da droga teste e do veículo, os animais receberam a injeção de 20 µL de formalina a 1 % na pata traseira direita e em seguida foi mensurada a sensitividade utilizando um cronômetro observando o tempo acumulado em segundos durante o qual o animal lambe a pata nos primeiros 5 minutos (fase 1), e depois, de 20 a 25 minutos (fase 2) totalizando o tempo de 30 minutos. O estímulo doloroso foi induzido pela injeção de 20 µL de formalina a 1 % na pata traseira direita do camundongo. O tempo total do experimento foi de 30 minutos (HUNSKAAR, 1987). Determinou-se o percentual de inibição nos grupos tratados com LPSF/GQ-130 em comparação ao grupo controle. Santos, I.B.V 56 5.4.7. Análise estatística Todos os resultados numéricos estão expressos como média ± erro padrão. Os dados foram estatisticamente analisados através do teste ANOVA, usando Microcal Origin versão 7.0.p< 0,05 foram considerados significativos. Santos, I.B.V PPARγ RESULTADOS E DISCURSSÃO 57 6. Resultados e Discussão No presente estudo foi demonstrado que os compostos LPSF/GQ-104, LPSF/GQ-130, LPSF/GQ-158 e LPSF/GQ-159 (10µmol/kg) apresentaram efeito antiinflamatório em modelos experimentais in vivo. Todavia, antes das investigações destas propriedades terapêuticas, foi realizado o teste da toxicidade aguda com o LPSF/GQ-130, onde foi observado que apesar dos animais terem apresentado alguns comportamentos não habituais, como baixo frêmito vocal, tremores, ptose e sonolência, a nova TZD não levou nenhum animal a óbito com a dose única investigada (2000mg/kg). Durante 14 dias foi feita a monitorização da ingestão alimentar não sendo observada nenhuma variação de peso significativa em relação ao grupo controle. Os resultados demonstraram baixa toxidade da molécula avaliada, dados que estão de acordo com estudos realizados por Santos e colaboradores (2005). Os resultados da atividade antiinflamatória dos derivados LPSF/GQs, utilizando como agente flogístico o tioglicolato de sódio a 3% estão mostrados na tabela 3. Os quatro compostos sintetizados e os fármacos de referência (indometacina e rosiglitazona) inibiram a resposta inflamatória induzida por tioglicolato de sódio a 3%. De acordo com a análise estatística, os LPSF/GQs demonstram efetividade na inibição da resposta inflamatória, tendo como destaque o derivado LPSF/GQ-130, que apresentou uma inibição da migração celular de 70,4%. Em virtude deste composto ter sido o que apresentou melhor atividade, foi selecionado para investigação do mecanismo de ação. A seleção dos fármacos de referência, indometacina e rosiglitazona, foi feita levando-se em consideração o fato do primeiro se tratar de um agente antiinflamatório, inibidor preferencial da COX-1, bastante conhecido e o segundo por ser uma glitazona agonista PPARγ. Santos, I.B.V 58 Tabela 05. Efeitos dos novos derivados tiazolidínicos sobre a migração celular induzida por Tioglicolato de sódio a 3%. Dose (µ µMol / Kg) e via de administração Número de PMNL (por cavidade) ± S.E celular (%) LPSF/GQ-158 10 v.o 10,8± 0,8 x 105 58,5 LPSF/GQ-159 10 v.o 10,1± 0,8 x 105 61,1 11,12±0,7 x 10 LPSF/GQ-104 10 v.o LPSF/GQ-130 10 v.o Derivados tiazolidínicos Inibição da migração 5 57,5 b b b 7,7 ± 0,5 x 105* 70,4 6,5 ± 0,5 x 105 75,1 INDOMETACINA 28 v.o ROSIGLITAZONA 10 v.o 13,8± 0,6 x 105 45,4 - 26,2 ± 1,5 x 105 - CONTROLE (Salina) a Os valores representados são significativos (a) em relação ao grupo controle, para o intervalo de confiança de 95% (ANOVA, teste de Bonferrori). PMNL = Leucócitos polimorfonucleares. (b) = resultados não significativamente diferentes entre grupos. Santos, I.B.V 59 O estudo realizado com o composto LPSF/GQ-130 em três doses, representado na tabela 4, apresentou o mesmo perfil do experimento anterior. Porém, não foi observada uma relação dose-dependente, tornando inviável a determinação da ED50. Tabela 06. Estudo dose-resposta do derivado tiazolidínico LPSF/GQ-130 na peritonite induzida por tioglicolato 3%. Derivados tiazolidínicos LPSF/GQ-130 CONTROLE Dose(µ µMol / Kg) e via de administração Número de PMNL (por cav.) ± S.E 3 v.o 8,9 ± 1,4 x 10 10 v.o 7,7 ± 0,5 x 105 30 v.o 8,5 ± 0,6 x 10 - 26,2 ± 1,5 x 105 Inibição da migração celular (%) 5 66,0 a b 70,4 5 67,3 b - Os valores representados são significativos (a) em relação ao grupo controle, para o intervalo de confiança de 95% (ANOVA, teste de Bonferrori). PMNL = Leucócitos polimorfonucleares. (b) = resultados não significativamente diferentes entre grupos. Estudos recentes têm demonstrado o potencial dos derivados tiazolidínicos em inibir a resposta inflamatória. Alguns derivados tiazolidínicos foram sintetizados e mostraram efeito antiinflamatório através de diferentes modelos de inflamação – peritonite e air pouch, ambos induzido por carragenina (Miranda, 2008; Uchoa, 2008). De acordo com Szanto e Nagy (2008), esta propriedade terapêutica advém da relação existente entre as TZDs e a ativação do receptor PPARγ. A peritonite é uma condição inflamatória freqüentemente com morbidade e mortalidade severas, como etiologia pode incluir bactérias, fungos e parasitas. A peritonite ocorre quando um foco infeccioso intra-abdominal desencadeia uma resposta sistêmica. Esta resposta se caracteriza por ativação nos sistemas de cascata (complemento, coagulação, cininas, fibrinólise), células (endoteliais, leucócitos, monócitos, macrófagos e mastócitos) e liberação de mediadores (radicais livres de oxigênio, histamina, eicosanóides, fatores de coagulação e citocinas) Santos, I.B.V 60 (TEITEAUM, 2006; FERRAZ e FERRAZ, 2002). Este ensaio avaliou a migração leucocitária por meio da contagem de leucócitos presentes no exsudato liberado na cavidade peritoneal, após a administração de um agente flogístico. No modelo de peritonite induzida por tioglicolato, ambas a células, mastócitos e macrófagos, atuam no aumento da permeabilidade vascular (KOLACZKOWSKA et al, 2002). De acordo com a resposta inflamatória apresentada pelos LPSF/GQs, através do modelo de peritonite, sugere que estas moléculas estejam inibindo o mesmo perfil celular. Neste estudo, os resultados demonstram que o LPSF/GQ-130 apresentou atividade antiinflamatória significativa, revelando uma inibição de 70,4% em relação ao grupo controle. Para avaliar a participação de outras células, como os neutrófilos no mecanismo de ação dos LPSF/GQs, foi realizada, também, a peritonite induzida por zimosan, cujos resultados se encontram na tabela 5. Tabela 07. Estudo dose-resposta do derivado tiazolidínico LPSF/GQ-130 na peritonite induzida por zimosan. Derivados tiazolidínicos LPSF/GQ-130 Dose(µ µMol / Kg) e via de administração Número de PMNL (por cav.) ± S.E celular (%) 3 v.o 14,0 ±1,6 x 105 46,3 10 v.o 15,0 ± 0,7 x 10 30 v.o ROSIGLITAZONA 10 v.o INDOMETACINA 28 v.o CONTROLE - 5 9,1 ± 0,6 x 105 8,5 ± 1,1 x 105 12,5± 1,8 x 10 5 25,4 ± 0,8 x 105 Inibição da migração 40,6 a b b 64,1 66,2 52,3 - Os valores representados são significativos (a) em relação ao grupo controle, para o intervalo de confiança de 95% (ANOVA, teste de Bonferrori). PMNL = Leucócitos polimorfonucleares. (b) = resultados não significativamente diferentes entre grupos. Santos, I.B.V 61 Entretanto, nos experimentos com tioglicolato e zimosan, não foi observada uma relação dose-dependente. Podendo este perfil estar relacionado à solubilidade do produto ou absorção errática, tornando inviável a determinação da ED50. Kolaczkowska e colaboradores (2006a) injetaram zimosan intraperitonealmente em camundongos, e revelaram a presença da MMP-9, um estímulo crítico para a infiltração de neutrófilos para o foco da inflamação. Desta forma, foi comprovada a eficácia dos compostos quanto à inibição da migração celular, seja de neutrófilos ou macrófagos, visto que de acordo com o agente flogístico utilizado, há o recrutamento inicial de um ou de outro perfil celular (KOLACZKOWSKA et al, 2002). Desta forma, a atividade antiinflamatória apresentada pelo LPSF/GQ-130, na peritonite induzida por zimosan, sugere a inibição de neutrófilos e macrófagos. A redução dos polimorfonucleares pode refletir algum efeito citotóxico de antiinflamatórios não-esteroidais. Segundo Ale et al, 1988, os fármacos antiinflamatórios atuam sobre a superfície da membrana plasmática dos leucócitos, particularmente dos monócitos, inviabilizando sua capacidade de fagocitose fato que pode ser atribuído a uma possível ação dos compostos avaliados. A atividade antiinflamatória é uma das diversas funções atribuídas aos agonistas do PPAR. PPARγ inibe o recrutamento de macrófagos para os locais de inflamação reprimindo a transcrição de proteína quimiotática de monócitos-1(MCP-1) e seu receptor CC quimiocina receptor 2 (CCR2) nos macrófagos (BABAEV et al., 2005; BARLIC et al., 2006; CHEN et al., 2005; HAN et al., 2000; SHAH et al., 2007). PPARγ e seus agonistas têm sido utilizados para o estudo de doenças inflamatórias. Muitas doenças humanas e modelos animais foram analisados, revelando que ativadores testados para este receptor inibiam a progressão de doenças e agiam no controle da reação inflamatória. Estes estudos envolvem investigações in vivo e ex vivo, os quais mostram a ativação do PPARγ. No presente estudo os compostos testados apresentaram atividades antiinflamatórias promissoras frente a vários agentes inflamatórios. No intuito de avaliar a ação dos LPSF/GQs na liberação de aminas vasoativas (histamina, bradicinina, serotonina) e formação de edema, foi avaliada a permeabilidade vascular induzida por ácido acético. Na figura 18, são observados os Santos, I.B.V 62 resultados obtidos com o referido ensaio, o qual foi expresso em termos da concentração do corante (µg / camundongo), que extravasou na cavidade peritoneal. Figura 15: Efeito dos novos derivados tiazolidínicos na permeabilidade vascular induzida por ácido acético. (Todos os efeitos foram significativos, para mais ou para menos, em relação ao grupo controle. Os resultados mostram que as TZDs LPSF/GQ-159 e rosiglitazona nas doses testadas não reduziram a permeabilidade vascular induzida por ácido acético, portanto não possuindo efeito na primeira fase da resposta inflamatória, caracterizada pela ação das aminas bioativas, ao contrário, aumentou a permeabilidade vascular. Estes achados estão de acordo com os dados de Yamakawa e colaboradores (2000), Jozkowicz e colaboradores (2001), onde demonstraram que a Rosiglitazona promoveu o aumento da expressão do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), resultando em alterações na microcirculação, bem como retenção de líquido e consequentemente o edema. Assim, ao invés de reduzir, aumentou a permeabilidade vascular. Em contrapartida, o LPSF/GQ-130 mostrou-se eficiente, assim como a indometacina (AINE), em inibir a permeabilidade vascular. Sugere-se que este comportamento possa ser decorrentes da diferença entre suas estruturas químicas. Provavelmente, o LPSF/GQ-159 atua apenas na segunda fase da inflamação aguda, envolvendo mediadores como eicosanóides, citocinas e quimiocinas, sem interferir na liberação de mediadores com histamina, serotonina e bradicinina. Santos, I.B.V 63 Ward e Lentsch (2002) analisaram as características das três etapas que envolvem a resposta inflamatória aguda: aumento da permeabilidade vascular, levando a fuga de fluidos e proteínas para o espaço extravascular, compondo a exsudação; aderência de leucócitos às células endoteliais seguida por sua transmigração para o tecido lesionado, e ativação de macrófagos residentes no tecido, os quais liberam citocinas e quimiocinas através do mecanismo dependente ao fator nuclear de transcrição NFkB. A resposta inflamatória pode ser bloqueada, suprimida ou modulada por pelo menos quatro mecanismos: (a) neutralização ou destruição de mediadores pró-inflamatórios através de enzimas do plasma e dos tecidos,(b) produção de mediadores antiinflamatórios IL-4, IL-10, sintetizados por macrófagos e células T, relacionada com a ativação do NFkB, (c) ativação dos precursores colinérgicos e adrenérgicos, e(d) regulação por vias sinalizadoras intracelulares que negativamente atuem em receptores envolvidos na resposta inflamatória. O equilíbrio entre os elementos pró e antiinflamatórios é um determinante essencial na contenção da reação inflamatória e suas conseqüências sobre a integridade do tecido lesionado. Além da avaliação da atividade antiinflamatória, foi verificado se o LPSF/GQ130 também estava envolvido na atividade antinociceptiva, através do ensaio das contorções induzidas por ácido acético e pela nocicepção induzida por formalina. A tabela 6 e 7 mostram os dados resultantes destes ensaios, respectivamente. Tabela 08. Efeito dos compostos LPSF/GQs (130 e 159) sobre as contorções induzidas por ácido acético. Tratamento Dose (µmol / Kg) Controle LPSF/GQ-130 LPSF/GQ-159 Dipirona Os valores representados (a média ± controle (a) (N = 8). Santos, I.B.V 30 30 26 erro Contorções e % inibição estiramentos 83,4± 0,7 62,1± 0,3 25,4 55,4± 0,1 33,6 22,6± 4,8 73,0 padrão) são significativos (P < 0.05) em relação ao grupo 64 Tabela 09. Efeito do composto LPSF/GQ-130 sobre a nocicepção induzida por formalina. Tempo de lambida da pata (s) % Composto Dose Média Média Proteção Proteção (µmol / Kg) 1ª Fase 2ª Fase 1ª Fase 2ª Fase 46 ± 0,4 48 ± 1,0 - - Controle Dipirona 26 20 ± 2,4 8 ± 1,9 56% 83% LPSF/GQ-130 10 44 ± 0,4 21 ± 0,3 4% 56% Os valores representados (a média ± erro padrão) são significativos (P < 0.05) em relação ao grupo controle (a) (N =10). Os resultados encontrados para o LPSF/GQ-130 e o LPSF/GQ-159, demonstram que eles possuem efeito analgésico moderado, inibindo as contorções abdominais pelo ácido acético em 25,4% (LPSF/GQ-130) e 33,6% (LPSF/GQ-159). Estes achados indicam, portanto, que esta atividade pode ser decorrente da inibição direta ou indireta da liberação de mediadores pró-inflamatórios induzida pelo ácido acético, como prostaglandinas e citocinas. O modelo utilizado é considerado relativamente simples, com pouca especificidade, de fácil observação, rápido e com boa sensibilidade a várias substâncias analgésicas e a fármacos antiinflamatórios não-esteroidais (KOSTER et al, 1959; BLANE, 1967; BLUMBERG et al, 1965; SIEGMUND et al, 1957 a,b). O ácido acético atua indiretamente causando a liberação de substâncias endógenas envolvidas na modulação da nocicepção, incluindo a bradicinina, serotonina, histamina e as prostaglandinas (RAO et al., 2005; WITKIN t al., 1961). Recentemente, Ribeiro e colaboradores (2000) mostraram que a nocicepção induzida por este estímulo depende também da liberação de citocinas, como a IL-1β, TNFα, IL-8 a partir de macrófagos e basófilos residentes na cavidade abdominal, e que em conjunto com os outros mediadores mencionados anteriormente, podem induzir a nocicepção característica observada neste modelo. A realização do segundo modelo de nocicepção proposto – nocicepção induzida por formalina – corroborou para a ação periférica dos agentes LPSF/GQs (159 e 130), uma vez que somente houve a ação antinociceptiva dos compostos na segunda fase do estímulo. O teste da formalina é um dos modelos mais utilizados para explicar os mecanismos de dor e analgesia, com melhores resultados do que os testes que utilizam estímulos mecânicos ou térmicos. Este teste é constituído por Santos, I.B.V 65 duas fases: a primeira, neurogênica, resulta da atividade química irritante da formalina sobre os neurônios nociceptivos; a segunda fase, tônica, é conseqüência das mudanças provocadas pelo estímulo nociceptivo sobre os neurônios do corno posterior. (TJOLSEN, 1992). O fármaco de referência utilizado, a dipirona na dose de 26µmol/Kg, parece atuar exercendo bloqueio direto da hiperalgesia inflamatória por PGE2, supostamente promovendo dessensibilização dos nociceptores periféricos (Lorenzetti, Ferreira, 1985). Este mecanismo de dessensibilização, provavelmente envolve a ativação da via óxido-nítrico – GMPc no nociceptor (Duarte et al., 1992; Lorenzetti, Ferreira, 1996). Os resultados deste ensaio permitem sugerir que o derivado tiazolidínico avaliado (LPSF/GQ-130) compartilha alguns dos mecanismos comuns já descritos para o dipirona. Em conclusão, neste estudo foram obtidas resultados importantes dos LPSF/GQs frente às investigações em modelos in vivo de inflamação e nocicepção, uma vez que foram efetivos em inibir a nocicepção periférica e, mais consideravelmente, a migração celular. Desta forma, sugerimos que estas moléculas, com o destaque para o LPSF/GQ-130, são potenciais candidatos a fármacos antiinflamatórios e analgésicos. Santos, I.B.V PPARγ CONCLUSÕES 66 7. Conclusões Após a realização deste trabalho, que teve como propósito identificar novos fármacos do grupo das TZDs biologicamente ativos frente às enfermidades inflamatórias, pudemos concluir que: Os compostos obtidos foram caracterizados estruturalmente através dos métodos clássicos de análise espectroscópica de ressonância magnética nuclear de hidrogênio e infravermelho, além de determinadas as propriedades físico-químicas. Nos modelos de inflamação testados, os novos derivados avaliados mostraram bons resultados antiinflamatórios, dando um destaque para o LPSF/GQ-130. Na avaliação da atividade antinociceptiva, realizada através das contorções induzidas pelo ácido acético, as TZDs LPSF/GQ-130 e LPSF/GQ-159 apresentaram resultados moderados. E, o ensaio da nocicepção induzida por formalina pôde confirmar a ação antinociceptiva periférica das LPSF/GQs avaliadas. Apenas um dos compostos avaliados, o LPSF/GQ-130, inibiu a permeabilidade vascular, enquanto o outro apresentou efeito oposto, sugerindo que estes comportamentos possam ser decorrentes da diferença entre suas estruturas químicas. Santos, I.B.V PPARγ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 67 8. Referências Bibliográficas ADAMS, D.O., HAMILTON, T.A. The cell biology of macrophage activation. Annu. Rev. Immunol. 2, 283–318. 1984. ALAMANOS, Y.; Drosos AA. Epidemiology of adult rheumatoid arthritis. Autoimmun. Rev.;4(3):130-6. 2005. 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Santos, I.B.V 87 Santos, I.B.V 88 Santos, I.B.V 89 Santos, I.B.V 90 Santos, I.B.V 91 Santos, I.B.V 92 Santos, I.B.V 93 Santos, I.B.V 94 9.2- Resumos publicados em congressos SANTOS, I.B.V.; CAMPOS, I.A.; SILVA, T.G.; LIMA, M.C.A.; GALDINO, S.L.; PITTA, I.R. Avaliação da atividade antiinflamatória de derivados tiazolidínicos. 40º Congresso Brasileiro de Farmacologia e Terapêutica Experimental. Águas de Lindóia-SP. 2008. SANTOS, I.B.V.; CAMPOS, I.A.; OLIVEIRA, C.F.; KASTRO. K.C.; CRUZ, A.C.N.; BOTELHO, S.P.S.; LIMA, M.C.A.; GALDINO, S.L.; PITTA, I.R. Anti-inflammatory activity of thiazolidinediones derivatives The 4th Brazilian Symposium on Medicinal Chemistry. Porto de Galinhas -PE. 2008. Santos, I.B.V 95 9.3- Menção honrosa Santos, I.B.V 96 9.4- Artigo a ser submetido ao Pharmacological Research Anti-inflammatory and antinociceptive effects of thiazolidinediones in acute models of inflammation Iane Bezerra Vasconcelos Santosa, Maria do Carmo Alves de Lima a, Suely Lins Galdino a Ivan da Rocha Pitta a, Teresinha Gonçalves da Silvaa, a Departamento de Antibióticos, Universidade Federal de Pernambuco, CEP 50670-901 Recife, Pernambuco, Brazil Abstract The family of transcription factors termed peroxisome proliferator-activated receptors (PPARs) has recently been the focus of much interest for their possible role in the regulation of inflammation and immune responses. PPARα and PPARγ have been implicated in the regulation of macrophage and endothelial cell inflammatory responses. New thiazolidinediones (TZDs) were evaluated in acute models of inflammation and models of pain. This study has shown that the thiazolidine derivatives do possess significant anti-inflammatory effects in laboratory animals for inflammation assays. The results reveal a novel potential anti-inflammatory pathway of TZDs in inflammatory process. Keywords: thiazolidinediones; Peritoneal inflammation; nociception 1. Introduction Thiazolidinediones (TZDs) are pharmacological ligands of the peroxisome proliferator-activated receptor gamma (PPARγ) that are extensively used in the treatment of type II diabetes. PPARγ mediates ligand-dependent transcriptional activation and repression, it was shown to be directly activated by naturally occurring fatty acids and several synthetic compounds such as thiazolidinediones (TZDs), agonists of PPAR- [1]. Recently, an anti-inflammatory potential for TZDs has been suggested, based on observations that these compounds may inhibit pro-inflammatory cytokine expression in vitro and may attenuate the inflammatory response in vivo [2]. Experimental evidence suggests that PPARγ agonists inhibit macrophage activation as well as the associated production of cytokines tumor necrosis factor-α (TNF-α), interleukin (IL)-2,-6,-8, matrix metalloproteinases (MMPs), and other inflammatory mediators [3]. Activated PPARγ, especially in T cells, is involved in the regulation of immune responses and cell survival signaling. TZDs such as ciglitazone, troglitazone, and rosiglitazone represent a group of synthetic PPARγ agonists [4, 5, 6, 7, 8]. PPARγ has been suggested to play a downregulatory role in inflammatory processes, raising the hypothesis that PPARγ ligands, such as the TZDs, could be efficient in the treatment of inflammatory disorders [9, 10]. Beneficial effects were also reported in vivo in animal models of human inflammatory disorders like inflammatory bowel disease [11], rheumatoid arthritis [12], multiple sclerosis [13] and asthma [14], suggesting a general anti-inflammatory potential for TZDs. Thus, PPARγ activation with TZDs might be a potent therapeutic option for to control of inflammation. Among the anti-inflammatory, the nonsteroidal antiinflammatory drugs (NSAIDs) are the most widely prescribed of all therapeutic agents, but their therapeutic efficacy comes at a price. Damage to the upper gastrointestinal (GI) tract was the first unwanted effect to be recognized clinically, but other organ systems can be affected by Santos, I.B.V 97 NSAIDs [15, 16]. Thus, we present this work four news compounds candidates for antiinflammatory drugs, of the thiazolidine-2,4-dione derivatives, 5-(4-Benzyloxybenzylidene)-3-(2-Chloro-6-fluoro-benzyl)-thiazolidine-2,4-dione (LPSF/GQ-104), 3(2-Chloro-6-fluoro-benzyl)-5-(2-nitro-benzylidene)-thiazolidine-2,4-dione (PSF/GQ158), 3-(2-Chloro-6-fluoro-benzyl)-5-(4-fluoro-benzylidene)-thiazolidine-2,4-dione (LPSF/GQ-159) and 5-(4-Chloro-benzylidene)-3-(2,4-dichloro-benzyl)- thiazolidine2,4-dione (LPSF/GQ-130) were inve. Later it´s were evaluated by model of thioglycolate-induced peritonitis and zymosan-induced peritonitis in mice as described in the classical method [17], for discovery of anti-inflammatory drugs more effective. To investigate the antinociceptive activity was used for model of writhings acid acetic acid-induced in mice and formalin test. 2. Materials and methods EDTA Evans blue (Sigma) Sodium thioglycolate 3% Zymosam (Sigma) Acetic acid 0,9% Ketamine and xylazine (50 and 10 mg/kg, respectively) NaCl 0.9% Dipyrone 2.1 Biological activity All experimental procedures described below were approved by the Animal Care Committee of the University of Federal of Pernambuco (processo nº 23076, 0040,13/2008-35). The mice were subjected to a period of adjustment, being kept in cages under standardized lighting conditions (cycle light / dark, 12 hours), temperature of 22 ± 2 º C and received water ad libitum and diet pattern. 2.2.1. Acetic acid-induced vascular permeability The vascular permeability was assessed using the method described by Whittle [18]. It was induced by acetic acid in adult albino mice of both sexes. These were left in water fast and with the desire for a period of 6 hours. After this period, the mice were subjected to a pre-treatment with the substances investigated - LPSF/GQ-130 and LPSF/GQ-130, both at a dose of 30µmol/kg orally. After one hour of the injection treatment was performed in the retro-orbital plexus (0.2 mL/mouse) of the Evans blue dye 1%, then administered to the acetic acid solution 1% in the peritoneum of animals, to cause the acute peritonitis. Each animal received 0.5 mL. After an interval of 30 minutes, the animals were sacrificed under anesthesia with xylazine, ketamine group. Comprising the step of collecting the exudate, were injected into the peritoneal cavity of 2 mL of NaCl 0.9% solution, so that the peritoneal exudate was collected and centrifuged at 200 × g for 10 min. The absorbance of the supernatant was read to 610 nm using the ELISA (Thermo plate). 2.2.2. Evaluation of anti-inflammatory activity - model of thioglycolate and zymosan-induced peritonitis Santos, I.B.V 98 The mice, fasting for 6 hours, were divided into groups and treated (vo) with the test substances (3, 10 and 30µmol/kg), indomethacin (28µmol/kg), rosiglitazone (10µmol/kg) and saline. After 1 hour of treatment, were subjected to the test of peritonitis, getting the ip administration of 0.5 mL of solution of 3% thioglycolate and solution of zymosan (0.2 mg/ml). After four hours, the animals were sacrificed by cervical dislocation, and injected into the peritoneal cavity 2 mL of heparinized PBS (10 IU / mL). The total count of migrated leukocytes was performed in a Neubauer chamber, with samples recovered from PBS [19, 20, 21]. 2.2.3 Acetic acid-induced writhing response in mice The test was carried out using the described technique by Koster, 1959 [22]. Mice were injected intraperitoneally with 0.1ml/10 g body weight of 1% acetic acid solution in saline after oral administration of LPSF/GQ-159 and LPSF/GQ-130, either in the dose 30µmol/Kg, after one hour. The number of writhing occurring between 5 and 20min after acetic acid injection was recorded. Dipyrone (26µmol/Kg) was administrated to mice as a positive control in this experiment. 2.2.4 Evaluation of antinociceptive activity - induced by nociceptive effect of formalin To assess this activity the animals were divided into 2 lots (n = 10) then received the substances according to the group to which belonged orally, one group received the drug test LPSF/GQ-130 at a dose of 30 µmol / kg, the other vehicle and the third group to dipyrone as the reference drug. Elapsed time of 60 minutes of administration of the test drug and vehicle animals received an injection of 20 µL of 1% formalin in the right rear leg and then the sensitivity was measured using a stopwatch observing the accumulated time in seconds during which the animal licks the paw in the first 5 minutes (phase 1), then 20 to 25 minutes (phase 2) the total time of 30 minutes. The painful stimulus was induced by injection of 20 µL of 1% formalin in the right rear paw of mice. The total time of the experiment was 30 minutes [23]. It was determined the percentage of inhibition in the groups treated with LPSF/GQ-130 compared to the control group. 2.2.5 Statistical analysis Results were analyzed using One Way ANOVA (Fischer LSD post hoc test) and expressed as mean ± S.E.M. Difference between means of treated and control groups was considered significant at P < 0.05. 3. Results and discussion In this study it was demonstrated that the compounds LPSF/GQ-104, LPSF/GQ130, LPSF/GQ-158 and LPSF/GQ-159 presented antinociceptive and anti-inflammatory effects in experimental models in vivo. However, before the investigations of these therapeutic properties, was the test of acute toxicity with LPSF/GQ-130, where it was observed that although the animals have shown some unusual behavior, such as voice tremor, tremor, ptosis and somnolence, the new TZD did not take any animal to death with a single dose investigated (2000mg/kg). For 14 days was the monitoring of food Santos, I.B.V 99 intake is not observed any significant change in weight in the control group. The results demonstrated low toxicity of the molecule evaluated, data that are consistent with studies by Santos and colleagues (2005) [24]. The results of anti-inflammatory activity of derivatives LPSF / GQs using as the phlogistic agent thioglycolate are shown in Figure 1. The four synthesized compounds and reference drugs (indomethacin, and rosiglitazone) inhibited the inflammatory response induced by thioglycolate. According to statistical data, the LPSF / GQs demonstrate effectiveness in inhibiting the inflammatory response, with the emphasis LPSF/GQ-130 derivative, which showed an inhibition of cell migration of 70.4%. Because of his good behavior, this compound was selected toinvestigate the mechanismo faction. The selection of the reference drug, indomethacin, and rosiglitazone was made taking into consideration the fact that first it is an anti-inflammatory agent, preferential inhibitor of COX-1, and the second well known as a PPARγ agonist glitazones. Figure 01. Effects of new thiazolidine derivatives on cell migration induced by sodium thioglycolate 3%. Number of cells (average ± standard error) found in the peritonitis inflammatory model, four hours after the induction of the inflammation. The study of the compound LPSF/GQ-130 in three doses, showed the same profile as the previous experiment. The results showed that this compound was more active when administered at a dose of 10µmol/Kg therefore presented an inhibition of 70.4%, while the other doses were 66% and 67%, values corresponding to 7.7 x 105, 8.9 x 105 and 8.5 x 105 cells per cavity. To ratify the results were significant compared with the control group and the group corresponding to the reference drug (indomethacin 28µmol/Kg) which responded with an inhibition of 75%, equivalent to 26.2 x 105. However, it was observed a dose-dependent relationship, making it impossible to determine the ED50. Recent studies have demonstrated the potential of thiazolidine derivatives to inhibit the inflammatory response. Some thiazolidine derivatives were synthesized and showed anti-inflammatory effect through various models of inflammation - peritonitis and air pouch, induced both by carrageenan [25, 26]. According to Szanto and Nagy (2008) [27], this property comes from the therapeutic relationship between TZDs and activation of the PPARγ receptor. The peritonitis is a common inflammatory condition with severe morbidity and mortality, etiology and may include bacteria, fungi and parasites. The peritonitis occurs when an intra-abdominal infection outbreak triggers a systemic response. This response is characterized by the activation of cascade systems (complement, coagulation, cininas, fibrinolysis), cells (endothelial, leukocytes, Santos, I.B.V 100 monocytes, macrophages and mast cells) and release of mediators (oxygen free radicals, histamine, eicosanóides, clotting factors and cytokines) [28. 29]. This test evaluated the leukocyte migration through the counting of leukocytes in the exudates released into the peritoneal cavity after administration of a phlogistic agent. In the model of peritonitis induced by thioglycolate, both the cells, mast cells and macrophages, act on increased vascular permeability [30]. According to the inflammatory response submitted by LPSF / GQs through the model of peritonitis, it was suggested that these molecules are inhibiting the same cellular profile. In this study, the results show that LPSF/GQ-130 showed significant anti-inflammatory activity, revealing an inhibition of 70.4% in the control group. To evaluate the participation of other cells such as neutrophils in the mechanism of action of LPSF / GQs was held, also, the peritonitis induced by zymosan, whose results are in Figure 3. Figure 02. Dose-response study of the thiazolidine derivative LPSF/GQ-130 (on peritonitis induced by zymosan. Number of cells (average ± error standard) found in the peritonitis inflammatory model, four hours after the induction of the inflammation. However, in experiments with thioglycolate zymosan and was not observed a dose-dependent relationship. This profile may be related to the solubility of the product or erratic absorption, making it impossible to determine the ED50. Kolaczkowska and collaborators (2006) [31] injected intraperitoneally zymosan in mice, and revealed the presence of MMP-9, a critical stimulus for the infiltration of neutrophils to the focus of inflammation. Thus, it was proven the effectiveness of compounds on the inhibition of cell migration, either neutrophils or macrophages, since according to the phlogistic agent used, there is the initial recruitment of one or another cell profile [30]. Thus, the anti-inflammatory activity by LPSF/GQ-130 in peritonitis induced by zymosan, suggests the inhibition of neutrophils and also of macrophages. The reduction of neutrophils may reflect a cytotoxic effect of non-steroidal antiinflammatory. According Alle et al, 1988 [32], the anti-inflammatory drugs act on the surface of the plasma membrane of leukocytes, especially of monocytes, preventing its ability to fact that phagocytosis can be attributed to a possible action of the compounds evaluated. The anti-inflammatory activity is one of several functions of the PPAR agonists. PPARγ inhibits the recruitment of macrophages to sites of inflammation by repressing the transcription of monocyte chemoattractant protein-1 (MCP-1) and its receptor CC chemokine receptor 2 (CCR2) in macrophages [33, 34, 35, 36]. PPARγ and its agonists have been used for the study of inflammatory diseases. Many human diseases and animal models were analyzed, revealing that this receptor activators tested Santos, I.B.V 101 to inhibit the progression of diseases and acted in controlling the inflammatory reaction. These studies involve investigations in vivo and ex vivo, which show the activation of PPARγ. In this study the compounds tested showed promising anti-inflammatory activity against the various inflammatory agents. In order to evaluate the action of LPSF / GQs the release of vasoactive amines (histamine, bradykinin, serotonin) and formation of edema, was assessed vascular permeability induced by acetic acid. In Figure 4, the results are observed with this test, which was expressed (µg/mouse), which is a beyondin term of the concentration of the dye the peritoneal cavity. Figure 03. Effect of new thiazolidine derivatives in vascular permeability induced by acetic acid. Significant effect in the control group (*). The results show that the TZDs rosiglitazone and LPSF/GQ-159 did not reduce the vascular permeability induced by acetic acid, therefore having no effect in the first phase of the inflammatory response, characterized by the action of bioactive amines. These findings are in agreement with the data of Yamakawa and colleagues (2000) [37], Jozkowicz and collaborators (2001) [38], which demonstrated that rosiglitazone promoted the increased expression of vascular endothelial growth factor (VEGF), resulting changes in the microcirculation, as well as retention of fluid and consequently the swelling. Thus, rather than reduce, the increased vascular permeability. In contrast, the LPSF/GQ-130 was efficient, as well as indomethacin (NSAID) in inhibiting the vascular permeability. It is suggested that this behavior can be caused by the difference between their chemical structures. Probably the LPSF/GQ-159 operates only in the second phase of acute inflammation, involving eicosanóides as mediators, cytokines and chemokines, without interfering with the release of mediators histamine, serotonin and bradykinin. Ward and Lentsch (2002) [39] analyzed the characteristics of three stages involving the acute inflammatory response: increased vascular permeability, leading to leakage of fluid and proteins to the extravascular space, compounding the exudation, adhesion of leukocytes to endothelial cells followed by their transmigration to the injured tissue, and activation of macrophages resident in tissues, which release cytokines and chemokines through the mechanism dependent on the nuclear transcription factor NFkB. The inflammatory response can be blocked, removed or adjusted by at least four mechanisms: (a) neutralization or destruction of proinflammatory mediators by enzymes of plasma and tissue, (b) production of antiinflammatory mediators IL-4, IL-10, synthesized by macrophages and T cells, related to the activation of NFkB, (c) activation of adrenergic and cholinergic precursors, and (d) Santos, I.B.V 102 regulation by intracellular signaling pathways that act negatively on receptors involved in inflammatory response. The balance between the pro and anti-inflammatory drugs is a key determinant in the containment of the inflammatory reaction and its consequences on the integrity of injured tissue. Besides the evaluation of anti-inflammatory activity, has been verified that LPSF/GQ-130 was also involved in the antinociceptive activity through the test of writhing induced by acetic acid. The table 1 shows the data from this test. The results for the LPSF/GQ-130 and LPSF/GQ-159 show that they have moderate analgesic effect, inhibiting the writhing by acetic acid in 25.4% (LPSF/GQ130) and 33.6% (LPSF/GQ-159). These findings indicate, therefore, that this activity may be caused directly or indirectly inhibiting the release of pro-inflammatory mediators induced by acetic acid, such as prostaglandins and cytokines. Table 1. Effect of thiazolidinediones derivates on acetic acid induced writhing in mice Treatment Dose (µmol / Kg) Number of % inibition writhing Control 83,4± 0,7 LPSF/GQ-130 30 62,1± 0,3 25,4 LPSF/GQ-159 55,4± 0,1 30 33,6 427 22,6± 4,8 73,0 Dipyrone The values are the average ones ± standard error (N =8) for each experimental group. Table 2. Effect of compound LPSF/GQ-130 on nociception induced by formalin. Time to lick the paw (s) % Compound Dose Average Average (µmol / Kg) 1st Phase 2nd Phase 46 ± 0,4 48 ± 1,0 - - Control Protection Protection 1st Phase 2nd Phase Dipyrone 26 20 ± 2,4 8 ± 1,9 56% 83% LPSF/GQ-130 10 44 ± 0,4 21 ± 0,3 4% 56% The values are the average ones ± standard error (N =8) for each experimental group. The model used is considered relatively simple, with little specificity, easy to observe, fast and with good sensitivity to various analgesic substances and non-steroidal anti-inflammatory drugs [40, 41, 42, 43, 44]. The acetic acid acts indirectly causing the release of endogenous substances involved in the modulation of nociception, including bradykinin, serotonin, histamine and prostaglandins (Witkin t al., 1961). Recently, Ribeiro and colleagues (2000) showed that the nociception induced by this stimulus depends on the release of cytokines such as IL-1β, TNFα, IL-8 from macrophages and basophils residents in the abdominal cavity, which together with the other mediators mentioned above, may induce nociception feature in this model. The completion of the second model of nociception proposed - nociception induced by formalin - confirmed for the peripheral action of agents LPSF / GQs (159 and 130), since there was only the antinociceptive action of the compounds in the second phase of the stimulus. The formalin test is one of the most used models to explain the mechanisms of pain and analgesia, with better results than the tests using mechanical or thermal stimuli. This test consists of two stages: first, neurogenic, resulting from the activity of the chemical irritant formalin on the nociceptive neurons, Santos, I.B.V 103 the second phase, tonic, is a consequence of changes caused by stimulation on the nociceptive neurons of the posterior horn. (TJOLSEN, 1992). The reference drug used, the dose of dipyrone in 26µmol/Kg seems act exercising direct blockade of inflammatory hyperalgesia by PGE2, supposedly promoting desensitization of peripheral nociceptors [48]. The mechanism of desensitization, probably involves the activation of nitric-oxide pathway - cGMP in nociceptors [49, 50]. The results of this study suggest that the thiazolidine derivative evaluated (LPSF/GQ-130) shares some of the common mechanisms already described for dipyrone. 4. Statistical analysis All numerical results are expressed as standard error. The data were statistically analyzed by ANOVA±mean 0.05 were considered significant.<using Microcal Origin version 7.0.p 5. Conclusion This study were obtained important results of LPSF / GQs front of investigations in vivo models of inflammation and nociception, since they were effective in inhibiting the peripheral nociception and, more significantly, the cell migration. Thus, we suggest that these molecules, with emphasis on the LPSF/GQ-130 are potential candidates for anti-inflammatory drugs and analgesics. 6. Acknowledgments We thank the CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Brasil) This work was supported by grants from of CNPq and University of Federal of Pernambuco. 7. References 1 Xu, H.; Finas, D.; Koster, F.; Griesinger, G; Friedrich, M.; Diedrich, K.; Hornung, D. Implication for Thiazolidinediones (TZDs) as Novel Potential Anti- Inflammatory Drugs. Current Medicinal Chemistry - Anti-Inflammatory & Anti-Allergy Agents, Volume 4, Number 5, 531-541(11). 2005. 2 Desmet C., Warze B , Gosset P, Mélotte D , Rongvauxc A, Gillet L, Fiéveza L, Seumois G. 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Fed Proc 18: 412-416. 1959. 41 Blane, G.F. Blockade of bradykinin induced nociception in the rat as a test for analgesic drugs with particular reference to morphine antagonists. J. Pharmacol., v. 19, p. 367-376, 1967. 42 Blumberg H.; Wolf,P.S.; Dayton, U.B. Use of the writing test for evaluating analgesic activity of narcotic antagonists. Proc. Soc. Exp. Biol. Med., v. 118,p. 763-766, 1965. 43 Siedmund, E.A.; Cadmus, R.A.; Lu, G. A method for evaluating both non-narcotic and narcotic analgesic. Proc. Soc. Exp. Biol. Med., v.95, p. 729-731. 1957a. 44 Siedmund, E.A.; Cadmus, R.A.; Lu, G. Screening analgesics, incluinding aspirin-type compound based upon the antagonism of chemically induced “writing” in mice. J. Pharmacol. Exp. Ther., v.119, p. 184-193, 1957b. 45 Witkin, L.B., Huebner, C.F., Galdi, F., O’keefe, E., Spitaletta, P., Plummer, A.J. Pharmacognosy of 2 amino-indane hydrochloride (Su 8629): a potent non-narcotic analgesic. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics 133, 400–408. 1961. 46 Ribeiro, R.A; Vale, M.L; Thomazzi. S.M; Paschoalato, A.B.P; Poole, S; Ferreira, S.H; Cunha, F.Q. Involvement of resident macrophages and mast cells in the writhing nociceptive response induced by zymosan and acetic acid in mice. Eur. J. Pharmacol. V. 387, p. 111-118, 2000. 47 Tjөlsen A, Berger O.G, Hunskaar S, Rosland J.H, Hole K. The formalin test: evaluation of the method. Pain 1992; (51):517. 48 Lorenzetti, B. B.; Ferreira, S. H. Mode of analgesic action of dipyrone : direct antagonism of inflammatory hyperalgesia. Eur. J. Pharmacol., v.114, p.375-381, 1985. 49 Duarte, I. D.; Santos, I. R.; Lorenzetti, B. B.; Ferreira, S. H. Analgesia by direct antagonism ofnociceptor sensitization involves the arginine - nitric oxide -cGMP pathway. Eur. J. Pharmacol., v.217, p.225-227, 1992. 50 Lorenzetti, B. B.; Ferreira, S. H. Activation of the arginine - nitric oxide pathway in primary sensory neurones contributes to dipyrone - induced spinal and peripheral analgesia. Inflamm. Res., v.45, p.308-311, 1996. Santos, I.B.V 106 TRABALHOS PARALELOS 9.5 Artigo a ser submetido a periódico internacional Laudelina Rodrigues de Magalhães1,2, Teresinha Gonçalves da Silva2, Iane Bezerra Vasconcelos Santos2, José Maria Barbosa Filho1, Lúcia Fernanda C. da Costa Leite4, Marcelo Hernani Zaldini3. Synthesis, anti-inflammatory activity of new arylidene-3-(4-phenyl-benzyl)-thiazolidine-2,4diones as potential PPARγ agonists. 9.6- Resumos publicados em congresso SANTOS, I.B.V.; MOURÃO, R.H.V.; SOUZA, T.R.C.L.; SILVA, T.G.; LIMA, M.C.A.; GALDINO, S.L.; PITTA,I.R. - Avaliação da atividade hipoglicemiante de novos derivados da série benzilideno- tiazolidina-2,4- dionas. II Reunião Regional da FESBE, 2007. Anais da II Reunião Regional da FESBE. Recife, 2007. SITONIO, M.M.; MAGALHÃES.L.R.; SANTOS, I.B.V.; LIMA, M.C.A.; BARBOSA-FILHO, J.M.; SILVA, T.G.; GALDINO, S.L.; PITTA,I.R. - Avaliação da atividade antiinflamatória de um novo derivado tiazolidínico. II Reunião Regional da FESBE, 2007. Anais da II Reunião Regional da FESBE. Recife, 2007. OLIVEIRA, T.B.; UCHOA, F.D.T.; COSTA, P.C.V.; SANTOS, I.B.V.; SILVA, T.G.; LIMA, M.C.A.; GALDINO, S.L.; PITTA, I.R. – The anti-inflammatory potential of LPSF/CR-27 in vitro and in vivo. 39º Congresso Brasileiro de Farmacologia e Terapêutica Experimental. São Paulo. 2007. MAGALHÃES.L.R.; CASTRO, M.C.A.B.; SANTOS, I.B.V.; SANTOS, E.; BARROS, C.D.; SILVA, T.G.; BARBOSA-FILHO, J.M.; LIMA, M.C.A.; GALDINO, S.L.; PITTA,I.R. Atividade antiinflamatória de um novo derivado tiazolidínico 2,5-dissubstituído (LPSF/GQ-30). XLVII Congresso Brasileiro de Química – CBQ. Natal. 2007. Santos, I.B.V 107 MOURA, S.L.; SINTONIO, M.M.; CASTRO, K.C.; CRUZ, A.C.N.; SANTOS, I.B.V.; CAMPOS, I.A.; MALTA, D.J.N.; SILVA, T.G. Avaliação da atividade analgésica do extrato etanólico da Caesalpina férrea Mart. (Leguminosae). XX Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil X Congresso Internacional de Etnofarmacologia, São Paulo, 2008. 9.7- Participação em banca examinadora Monografia: Avaliação da atividade antiinflamatória do derivado tiazolidínico LPSF/GQ-32. Aluno Thiago Ubiratam Lins e Lins do urso de Graduação em Biomedicina. UFPE. 2008. Feira das Ciências. Colégio Santa Maria. Recife, 2007 e 2008. Santos, I.B.V