www.fisicaexe.com.br Uma parede constitui-se de duas chapas sobrepostas, feitas de diferentes materiais. Os coeficientes de condutibilidade térmica e as espessuras das chapas são iguais k 1, d 1 e k 2, d 2 respectivamente. As temperaturas das superfícies externas das paredes são iguais a T 1 e T 2 ( T 1 > T 2 ) e mantêm-se constantes. Determinar: a) A temperatura na superfície de interface entre as duas chapas; b) Se as espessuras das duas chapas forem iguais, qual o coeficiente de condutibilidade térmica da parede. Dados do problema • • • • • • K 1; d 1; T 1; K 2; d 2; T 2. coeficiente de condutibilidade térmica da chapa 1: espessura da chapa 1: temperatura externa da chapa 1: coeficiente de condutibilidade térmica da chapa 2: espessura da chapa 2: temperatura externa da chapa 2: Solução a) O calor passa do meio de maior temperatura (T 1) para o meio de menor temperatura (T 2), sendo T i a temperatura na interface das duas chapas e A a área delas, o fluxo através da chapa 1 é dado por φ1 = K 1. ( A . T1 − T i ) (I) d1 o fluxo através da chapa 2 é dado por φ2 = K2. ( A . T i − T2 ) (II) d2 Como as superfícies são mantidas à temperaturas constantes o fluxo de calor está em regime estacionário (figura 1), assim os fluxos através das duas superfícies devem ser iguais K 1. φ = φ1 = φ 2 ( A. T1 − T I d1 )=K 2. ( A. T i − T 2 ) d2 figura 1 multiplicando em “cruz”, temos ( ) ( K 1 . d 2 . T1 − T I = K 2 .d 1 . T i − T 2 ) K 1 . d 2 .T 1 − K 1 . d 2 .T I = K 2 . d 1 .T i − K 2 . d 1 .T 2 K 2 . d 1 .T i + K 1 . d 2 .T I = K 1 . d 2 .T 1 + K 2 . d 1 .T 2 ( ) T I . K 2 . d 1 + K 1 . d 2 = K 1 . d 2 .T 1 + K 2 . d 1 .T 2 1 www.fisicaexe.com.br TI = K 1 . d 2 .T 1 + K 2 . d 1 .T 2 K 2 .d 1 + K 1 .d 2 b) Para espessuras iguais (d 1 = d 2 = d) a expressão obtida no item anterior para a temperatura na interface se reduz a TI = K 1 . d .T 1 + K 2 . d .T 2 K 2 .d + K 1 .d colocando a espessura d em evidência no numerador e no denominador, temos TI = ( d . K 1 .T 1 + K 2 .T 2 ( d. K 2 + K1 TI = ) ) K 1 .T 1 + K 2 .T 2 (III) K 2 + K1 substituindo (III) em (I) e d = d 1, obtemos K 1 .T 1 + K 2 .T 2 A . T1 − K 2 + K1 φ1 = K 1. d colocando os termos entre parênteses no mesmo denominador (K 2 + K 1), escrevemos ( ) T 1 . K 2 + K 1 − K 1 .T 1 − K 2 .T 2 A. K 2 + K1 φ1 = K 1. d A K 2 .T 1 + K 1 .T 1 − K 1 .T 1 − K 2 .T 2 φ 1 = K 1 . . d K 2 + K1 A T 1 . K 2 − K 2 .T 2 φ 1 = K 1 . . d K 2 + K1 colocando o termo K2 K 2 + K1 em evidência φ1 = K 1 .K 2 K1 + K 2 . ( A . T1 − T 2 ) (IV) d A espessura total será de 2 d (figura 2) e sendo K o coeficiente de condutibilidade térmica do conjunto o fluxo de calor através da parede como um todo pode ser escrito como φ = K. ( A. T1 − T i ) 2d (V) Como o regime de fluxo é estacionário as expressões (IV) e (V) deve ser iguais 2 figura 2 www.fisicaexe.com.br K. ( )= A . T1 − T i 2d φ = φ1 K 1 .K 2 K1 + K 2 . ( A. T1 − T 2 ) d K 1 .K 2 K = 2 K1 + K 2 K = 2 K 1 .K 2 K1 + K 2 observação: poderíamos substituir a expressão (III) em (II), o que nos levaria a K 1 .T 1 + K 2 .T 2 A. −T2 K 2 + K1 φ2 = K2. d1 colocando os termos entre parênteses no mesmo denominador (K 2 + K 1), escrevemos ( ) K 1 .T 1 + K 2 .T 2 − T 2 . K 2 + K 1 A. K 2 + K1 φ2 = K2. d A K 1 .T 1 + K 2 .T 2 − K 2 .T 2 − K 1 .T 2 φ 2 = K 2 . . d K 2 + K1 φ2 = K 2. colocando o termo K1 K 2 + K1 A K 1 .T 1 − K 1 .T 2 . d K 2 + K1 em evidência φ2 = K 1 .K 2 K1 + K 2 . ( A. T1 − T 2 ) d Este resultado é equivalente a expressão (IV) encontrada acima. 3