2012 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PAREDES, CRL Índice Convocatória...................................................................................................... 4 Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM`S .................................. 5 Politica de Remuneração................................................................................... 9 Organização da CCAM Paredes ....................................................................... 17 Mensagem do Conselho de Administração ..................................................... 18 RanKing Nacional (universo de 85 caixas) ..................................................... 21 Enquadramento Macroeconómico................................................................... 25 1 – Evolução das Áreas de Negócio da CCAM de Paredes .............................. 47 1.1 – Volume de Negócios................................................................................ 48 1.2 – Plano de Ação Comercial ……………………………………………………………………….48 1.3 - Crédito ................................................................................................... 49 1.4 – Recursos ……………………………………………………….……………………………….……51 1.5 – Atividade Seguradora .............................................................................. 53 1.6 – CA Gest ................................................................................................. 55 1.7 – Locação Financeira ................................................................................. 55 2 – Indicadores, Eficiência e Rentabilidade da CCAM de Paredes................. 57 2.1 – Rácios Normativos da Caixa Central.......................................................... 58 2.2 – Evolução do Rácio de Transformação ……………………………………………………. 58 2.3 – Evolução do ROA e ROE e Rácio de Solvabilidade ...................................... 59 2.4 – Evolução da Margem Financeira ............................................................... 59 2.5 – Recursos Humanos ................................................................................. 60 2.6 – Evolução dos Resultados Liquidos ............................................................ 62 3 – Situação Financeira e Patrimonial da CCAM de Paredes.......................... 63 3.1 – Ativo Liquido e sua evolução.................................................................... 64 3.2 – Aplicações na Caixa Central ..................................................................... 64 3.3 – Capitais próprios e sua evolução .............................................................. 65 4 – Proposta da distribuição dos resultados da CCAM de Paredes................ 67 5 - Agradecimentos ......................................................................................... 69 6 - Anexos ........................................................................................................ 75 7 – Certificação Legal de Contas....................................................................143 8 – Relatório e Parecer do Conselho Fiscal....................................................147 Crédito Agrícola de Paredes 3 Relatório e Contas 2012 Publicação: Jornal Verdadeiro Olhar Ano: V, 299 ª Edição Crédito Agrícola de Paredes 4 Relatório e Contas 2012 ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DAS CCAM`S 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário 3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Manuel Luís Rocha e Sousa Vice-Presidente: Carla Marina Mendes Silva Secretária: António Francisco de Oliveira Ferreira Crédito Agrícola de Paredes 5 Relatório e Contas 2012 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente. Actualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o triénio 2013/2015. 4.1. Composição do Conselho de Administração Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho Vogal: Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Suplente: Vítor Manuel Ferreira da Silva Crédito Agrícola de Paredes 6 Relatório e Contas 2012 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 4.3. Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um total de 92 reuniões em 2012. 4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma: Presidente: António Francisco Coelho Pinheiro Vogal: Rui Manuel Moreira Coelho Vogal: Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Crédito Agrícola de Paredes 7 Relatório e Contas 2012 5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento. 5.1. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente. 5.1.1. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Sara Clarinda Ferreira Santos Vogal: José Manuel Moreira Campos Vogal: Cristina da Conceição Ribeiro Pinto Suplente: Bruno Eduardo Ferraz Leal Sarmento Suplente: Marco Alexandre Ribeiro Meireles 5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2012, um total de 6 reuniões. 5.2. Revisor Oficial de Contas O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designado para o cargo: Efetivo: Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão Suplente: Hélder Manuel Martins Pereira Crédito Agrícola de Paredes 8 Relatório e Contas 2012 6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE PAREDES, CRL 6.1. Em 17 de Dezembro de 2011 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. 6.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Declaração sobre Política de Remuneração relativa ao ano de 2012 Crédito Agrícola de Paredes 9 Relatório e Contas 2012 1. Princípios Gerais Em cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL, foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A Política de Remuneração reflete, em particular, a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição e também o carácter acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste, na maioria dos casos, o exercício de funções nos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Setor Bancário. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, CRL, todas as disposições da Lei nº 28/2009, do Decreto-Lei nº 104/2007 e do Aviso nº 10/2011 que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do Ponto 24 do Anexo ao Decreto-Lei nº 104/2007 e no art. 3º, nº 1, do Aviso nº 10/2011. 2. Considerações Gerais Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: Crédito Agrícola de Paredes 10 Relatório e Contas 2012 a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano; b) A descrição da componente variável da remuneração, incluindo os elementos que a compõem, quando exista, consta das secções seguintes da presente Declaração; vistas a natureza e dimensões da Instituição, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, é-lhe impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou de opções, decidiu-se não diferir o pagamento de qualquer parte da mesma remuneração; c) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola, e que, sem prejuízo da atribuição de remuneração acrescida aos Administradores executivos, tem em atenção o carácter economicamente acessório e complementar de outras actividades económicas de que se reveste habitualmente o exercício de funções nos Órgãos de Administração e de Fiscalização; d) Sempre em consonância com a natureza cooperativa da Instituição e com o princípio cooperativo da gestão democrática, o desempenho do Órgão de Administração é em primeira linha avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, maxime em sede de eleições para os Órgãos Sociais, não podendo estes manter-se em funções contra a vontade expressa dos Associados, bem como pelo Órgão de Fiscalização, no exercício das suas competências legais e estatutárias, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. Crédito Agrícola de Paredes 11 Relatório e Contas 2012 3. Remuneração do Conselho Fiscal A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste em senhas de presença. 4. Remuneração do Conselho de Administração 4.1. Remuneração dos Administradores Executivos A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste num montante fixo mensal. Nos termos e para os efeitos do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: a) Os órgãos competentes para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos são a Assembleia Geral. b) Inexistência de Componente Variável 5. Revisor Oficial de Contas A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. Crédito Agrícola de Paredes 12 Relatório e Contas 2012 6.3. Remunerações Pagas a) Remunerações auferidas pelo Conselho de Administração e de Fiscalização Remuneração Agregada Remuneração diferida Função Remuneração Montantes ainda não ainda por pagos pagar N/A N/A N/A 3 N/A N/A N/A 3 N/A N/A N/A 1 €77.177,12 N/A Conselho Fiscal €4.500,00 N/A €6.150,00 Nº Antecipada Montantes Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas Cessação Novas N/A Contratações beneficiários de Funções Remuneração Individualizada Remuneração Nomes Cargo Fixa Variável António Francisco Coelho Pinheiro Presidente do Conselho de Administração €14.204,44 €0.00 Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração €14.204,44 €0.00 Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Vogal do Conselho de Administração €48.778,24 €0.00 Sara Clarinda Ferreira dos Santos Presidente do Conselho Fiscal €0.00 €1.500,00 José Manuel Moreira Campos Vogal do Conselho Fiscal €0.00 €1.500,00 António Francisco Oliveira Ferreira Vogal do Conselho Fiscal €0,00 €1.500,00 Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão Revisor Oficial de Contas €6.150,00 €0.00 Crédito Agrícola de Paredes 13 Relatório e Contas 2012 b ) Politica de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remuneratório mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui 1 ou 2 horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competência críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. 4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores. 5. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de competências especificas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, Crédito Agrícola de Paredes 14 Relatório e Contas 2012 promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. 6. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato. 7. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir. 6.5. Remunerações Pagas Pagamentos Nº de Beneficiários 19 Remuneração Diferida Montantes Montantes ainda não pagos ou objeto pagos de reduções N/A N/A Remuneração efetuados por Remuneração Nº de novas Rescisão contratações antecipada de Componente Componente contrato Fixa Variável €487.479,12 €18.960,00 1 N/A €506.439,12 Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2011 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Pagamentos Remuneração Diferida Nº Beneficiários Vitor Manuel Ferreira Silva 2 Função Coordenador Geral Gestão de Riscos Montantes Montantes Remuneração efetuados Novas contratações por Rescisão Rem antecipada ainda não pagos ou objeto pagos de reduções N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A Fixa Variável €55.437,21 €52.837,21 €2.600,00 €20.309,27 €19.209,27 €1.100,00 de contrato Graça Ascensão Gomes Auditoria Interna e Compliance Guimarães Ferreira Crédito Agrícola de Paredes 15 Relatório e Contas 2012 Total de Colaboradores da CCAM Paredes Pagamentos Nº de Beneficiários 21 Remuneração Diferida Montantes Montantes ainda não pagos ou objeto pagos de reduções N/A N/A Crédito Agrícola de Paredes Remuneração efetuados por Nº de novas Rescisão contratações antecipada de Componente Componente contrato Fixa Variável €559.525,60 €22.660,00 1 N/A 16 Remuneração €582.185,60 Relatório e Contas 2012 ORGANIZAÇÃO DA CCAM PAREDES Crédito Agrícola de Paredes 17 Relatório e Contas 2012 MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Exmos Srs.Associados, Conforme estabelecido nos estatutos, apresentamos e submetemos à aprovação o Relatório da Administração, Balanço, Demonstração dos Resultados, Anexo às Demonstrações Financeiras e a Proposta da Aplicação dos Resultados do Exercício de 2012. Este é mais um ano caracterizado por agravamento da situação económica, com a acentuada degradação do tecido empresarial e com as consequências esperadas no setor social. -O elevado endividamento das famílias, o aumento do desemprego, a diminuição do consumo; -As empresas, que são um importante pilar da sociedade, não sabem que estratégias devem adoptar. Reestruturar para se adaptarem aos novos desafios para resistir, ou caminhar para a insolvência, fechar e desistir (?) …. As empresas deparam-se com acentuadas dificuldades e os seus dirigentes revelam também dificuldades nas decisões a tomar. É evidente que este é um cenário concreto e real da nossa região, com que esta CCAM se depara. As dificuldades que os mutuários manifestam em cumprir com as obrigações assumidas, elevam o nível do crédito em atraso. Isto reflectiu-se também no ano 2012 que ficou marcado pelo acentuado crescimento do crédito vencido, atingindo um aumento de 52.80%. Este foi, como já esperávamos, o fator com mais influência na atividade da Caixa, obrigando a uma acrescida cobertura dos créditos vencidos, alocando provisões acima das aconselhadas pelas normas e gradualmente fazendo melhorar a eficácia na recuperação dos mesmos. Na vertente mais financeira da nossa atividade, o espaço de manobra é também francamente curto. É permanente e angustiante a turbulência com que os mercados se deparam, tanto pela necessidade de capitalização da banca, que leva esta CCAM a confrontar-se com a forte concorrência na captação de depósitos, continuando a provocar um aumento da remuneração dos mesmos. Crédito Agrícola de Paredes 18 Relatório e Contas 2012 Assim, a margem de intermediação, principalmente no que se refere ao spread, sofre um estreitamento substancial, pois tem um efeito negativo na evolução da mesma, mantendo-se este ano num crescimento praticamente nulo em relação ao ano anterior. Não obstante estas evidentes dificuldades, a CCAM de Paredes tem conseguido resistir, mantendo os resultados positivos, embora menores que os do ano anterior, mas mesmo assim dentro do que é normal para uma Caixa desta dimensão. Apesar das difíceis condições de mercado e depois de consolidar os dois balcões mais “jovens”, respectivamente das agências de Frazão e Vandoma, entende-se realçar o facto de no ano transato se ter atingido o break-even daqueles balcões. Esta Administração decidiu avançar para a tão ambicionada abertura de uma nova agência, desta feita, na cidade de Paços de Ferreira, que neste momento já é uma realidade, tendo-se iniciado as obras no 4º. trimestre e efectuado a abertura no pretérito dia 14 de Janeiro de 2013. Ainda no plano comercial, esta CCAM regozija-se em conseguir continuar a crescer. O ativo líquido ultrapassou os 70 milhões e os recursos estiveram próximo de atingir os 60 milhões, representando isto um crescimento substancial, que no universo de todas as caixas, se destaca por ser uma das CCAM’s que mais cresceu, como adiante iremos verificar. Conscientes que as condições de exploração da CCAM continuarão a agravar-se, contudo, vamos manter e continuar a reforçar as políticas de rigor e prudência. Temos uma instituição com níveis de solvabilidade e liquidez, que nos permitem continuar a desenvolver a nossa atividade sem constrangimentos de balanço, mas sempre de forma prudente e responsável, dada a complexidade da atual conjuntura. Mais uma vez, reafirmamos o nosso otimismo, continuando a contar com o esforço de todos para podermos ultrapassar as dificuldades e superarmos os desafios futuros. Agradecemos a todos os colaboradores e restantes membros dos órgãos sociais, o desempenho e dedicação, que valorizam e fortalecem a nossa Instituição. Por fim, queremos salientar, a salutar relação que os sócios e clientes têm mantido com a CCAM de Paredes. Em resultado dessa relação institucional mutua, que muito tem contribuído para o reforço do equilíbrio, solidez e resistência desta caixa, com vista a uma maior consolidação. A Caixa Agrícola de Paredes é obra deles. Crédito Agrícola de Paredes 19 Relatório e Contas 2012 Paredes, 22 de Fevereiro de 2013 Presidente do Conselho de Administração António Francisco Coelho Pinheiro Vogal do Conselho de Administração Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Crédito Agrícola de Paredes 20 Relatório e Contas 2012 RANKING NACIONAL (UNIVERSO DE 85 CCAM`S) Crédito Agrícola de Paredes 21 Relatório e Contas 2012 Em termos de dimensão a Caixa enquadra-se no universo das Caixas de reduzida dimensão, inferior á média do SICAM. Nos valores abaixo indicados, merece especial relevo, o Resultado Líquido do Exercício, que nos coloca no 47º. do Ranking, tendo em consideração, que esta Caixa em termos de dimensão está em 63º. Destacamos ainda, que as taxas de crescimento anual do Ativo Líquido e dos Recursos em termos relativos, está classificada nas primeiras vinte Caixas que mais cresceram durante o ano 2012. 1400 - CA PAREDES RUBRICA 31.12.2012 (em euros) Ranking Var. Absoluta Homóloga Ranking Var. Relativa Homóloga Ranking Var. Absoluta Anual Ranking Var. Relativa Anual Ranking ACTIVO LIQUIDO 70.020.702 63º 5.548.937 45º 8,6% 17º 5.548.937 45º 8,6% 17º RECURSOS 58.723.560 62º 3.419.298 36º 6,2% 18º 3.419.298 36º 6,2% 18º CRÉDITO TOTAL 39.857.968 61º -936.632 33º -2,3% 38º -936.632 33º -2,3% 38º CRÉDITO VENCIDO 2.603.771 22º 899.711 60º 52,8% 74º 899.711 60º 52,8% 74º MARGEM FINANCEIRA 1.584.492 65º 9.682 9º 0,6% 8º MARGEM COMPLEM. PRODDUTO BANCÁRIO 1.151.118 38º 123.348 39º 12,0% 42º 2.692.031 58º 98.864 24º 3,8% 16º 315.828 47º -203.755 54º -39,2% 55º 62,4% 33º -5,3 p.p. 8º -7,9% 8º 6,5% 36º 2,4 p.p. 69º 56,4% 75º RESULTADO LIQUIDO RÁCIO EFICIÊNCIA RÁCIO CRÉD. VENCIDO Esta CCAM, conforme tem sido gerida, tanto ao nível de Administração como de Coordenação, tem-nos permitido alcançar praticamente todos os objetivos propostos e aprovados pela Assembleia Geral para o exercício seguinte. Merece aqui especial destaque, o não cumprimento dos objetivos nos Resultados Líquidos e na Situação Líquida, praticamente justificados, pelo reforço das provisões que este Conselho de Administração decidiu constituir de forma extraordinária e por questões prudenciais, no valor de quase €80.000,00. Em relação ao forte desvio nas perspetivas que tínhamos para 2012, na concessão de crédito, obvias são as razões: Forte diminuição na procura deste negócio, “aperto” nos Crédito Agrícola de Paredes 22 Relatório e Contas 2012 critérios de análise, mais exigência nas garantias oferecidas para conforto das operações de crédito, etc… INDICADORES ACTIVO LIQUIDO APLICAÇÕES INST. CRÉDITO CREDITO CLIENTES RECURSOS DE CLIENTES LUCRO DO EXERCICIO SITUAÇÃO LIQUIDA Crédito Agrícola de Paredes ORÇAMENTADO 2012 66.056.674 16.976.118 43.000.000 56.665.993 429.182 8.429.182 23 REALIZADO 2012 70.020.702 24.706.551 38.669.469 59.253.691 315.828 8.289.501 DESVIO ABSOLUTO 3.964.028 7.730.433 -4.330.531 2.587.698 -113.354 -139.681 DESVIO RELATIVO 6,00% 45,54% -10,07% 4,57% -26,41% -1,66% Relatório e Contas 2012 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Crédito Agrícola de Paredes 25 Relatório e Contas 2012 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Conforme é assinalado na análise Evolução das principais economias Taxas de crescimento ∆ % PIB do FMI sobre a economia mundial 12 10,4 9,3 10 (revisão de Janeiro/2013), esta evidenciou, em 2012, fraco 7,8 8 8,2 6 4,5 4 dinamismo, acentuando significativamente a quebra no 2,4 2 2,3 2,0 1,8 2,0 2,0 1,4 1,2 0 -0,4 -0,2 -0,6 -2 ritmo de crescimento que já se observara em 2011. O crescimento -4 Estados Unidos -6 Zona Euro 2010 2011 Japão 2012 China 2013p Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro 2013 estimado para o ano findo a nível ∗ global é, assim, de apenas 3,2%, contra 3,9% em 2011 . O crescimento em 2012 foi particularmente débil nas economias mais prósperas, nas quais o PIB, em média, se expandiu apenas 1,3%, depois de um crescimento já fraco, de 1,6%, em 2011. No caso dos EUA, no entanto, o crescimento em 2012 (2,3%) superou o de 2011, que ficara por 1,8%, beneficiando de estímulos substanciais das políticas públicas, e designadamente da política monetária ultra-expansionista da Reserva Federal americana (o banco central), mas tal crescimento tem sido insuficiente para sustentar a evolução do emprego. É de assinalar, quanto a este país, um esboço de recuperação, embora ainda incerto, no mercado habitacional. No Japão, o crescimento de 2012 (+2,0%), segue-se a uma marcada regressão no ano anterior, reflectindo portanto um efeito de base. Aliás, a retoma que se estava a desenhar na economia japonesa foi sendo afectada, ao longo do ano, pela perturbação nas trocas comerciais com a China devido à disputa, entre os dois países, pela posse de algumas pequenas ilhas do Pacífico. De notar que o Japão continua a debater-se com a persistente situação de deflação – descida continuada e geral de preços – que, desde há muitos anos, tem sido um factor de arrefecimento da economia. Para tentar debelar esta situação, o Banco do Japão passou a assumir formalmente o objectivo de uma inflação anual de 2%. ∗ FMI, World Economic Outlook , Janeiro/2013 Crédito Agrícola de Paredes 26 Relatório e Contas 2012 No caso da Zona Euro não houve em termos globais crescimento em 2012, verificando-se mesmo uma variação negativa do produto, de –0,4%. A retracção do ritmo de crescimento ocorreu em todas as principais economias, com a Alemanha a crescer apenas 0,9% (depois de +3,1% em 2011), a França 0,2% (descendo de +1,7% no ano anterior), e registando-se, à semelhança de Portugal, um marcado declínio do nível de actividade, em larga medida como reflexo das medidas de austeridade, na do PIB em - 2,1%) e na Espanha (-1,4%). Ainda na mas fora da Zona Euro, há que 5,00 Evolução da Economia Europeia Taxas de crescimento ∆ % PIB 3,1 1,8 1,7 1,7 0,9 0,6 1,00 0,2 0,3 0,4 0,4 -1,00 Mas nas próprias economias emergentes, em que -1,0 pela sua dimensão, a China, a Índia, a -0,3 -1,4 -2,1 -3,00 Alemanha França Itália Espanha 2011 2012 2013p -1,5 -5,00 2010 -7,00 sobressaem, União Europeia, referir a redução do PIB em 0,2% no 4,0 3,00 Reino Unido. Itália (quebra -9,00 Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro 2013 e Banco de Portugal, Boletim Económico Inverno 2012 -11,00 Rússia e o Brasil, assistiu-se em 2012 a uma fase de crescimento bastante mais moderado que no passado recente, ficando, no caso da China, a expansão do PIB em menos de 8% face aos níveis de 10% e superiores que esse país vinha apresentando – e no Brasil em apenas 1,0%, aprofundando a quebra do ritmo de crescimento que já se observara neste país em 2011. O FMI não prevê, no entanto, uma travagem brusca da economia chinesa, antecipando mesmo, para o próximo ano, uma ligeira reanimação (+8,2%), assim como admite maior crescimento (+3,5%) para a economia brasileira em 2013. Na Índia o crescimento do produto caiu para 4,5% em 2012 (face a 7,9% no ano anterior) e na Rússia desceu para 3,6% (de 4,3% em 2011). Os bancos centrais dos principais blocos económicos – EUA, Zona Euro, Japão, China e o próprio Reino Unido – têm procurado fazer face ao ambiente recessivo com políticas monetárias abertamente expansionistas, reduzindo as suas taxas de intervenção, ou mantendo-as em níveis mínimos históricos, e recorrendo ainda a injecções massivas e extraordinárias de liquidez no sistema bancário – que nos EUA incluem medidas dirigidas expressamente à reanimação do mercado imobiliário - tentando por essa via a reactivação da economia. Nos EUA, no Japão e no Reino Unido as taxas directoras dos respectivos bancos centrais estão em praticamente 0%, e no caso da Zona Euro em 0,75% – nível estabelecido em meados de 2012. Nos Estados Unidos a Reserva Federal anunciou a decisão Crédito Agrícola de Paredes 27 Relatório e Contas 2012 (inédita) de manter o cariz fortemente expansionista da política monetária enquanto a taxa de desemprego se mantiver acima de 6,5%. Estas políticas deverão ter contribuído para evitar que a queda do ritmo de actividade tenha sido mais profunda, mas ao coexistirem, em vários países, com medidas de carácter bastante restritivo a nível fiscal e orçamental, e com a necessidade de desalavancagem do sistema bancário, não conseguiram induzir ainda uma verdadeira retoma, face às expectativas negativas que prevalecem entre os agentes económicos. As perspectivas para 2013 são também pouco favoráveis, prevendo-se apenas uma ligeira melhoria, mas sendo grandes as incertezas e factores de risco, encontrando-se entre estes as próprias opções que venham a ser assumidas em matéria de política económica e fiscal pelas autoridades dos principais países, bem como a evolução do preço de matérias primas básicas, como o petróleo, os minérios e os produtos agrícolas de base. Concretamente, uma evolução em alta dos preços destes produtos, sobretudo do petróleo – que de momento não se prevê -, poderia ter um efeito inflacionista e limitar a margem de manobra das autoridades monetárias para prosseguirem as suas políticas expansionistas. No entanto, no que diz respeito especificamente à Zona Euro, o que importa são os preços destes produtos de base expressos em euros, pelo que a evolução cambial do euro em relação ao dólar também será relevante. Evolução do Preço de Commodities Agricolas (base 100 a 01/01/2011) % Evolução do Preço do Petróleo 180 USD 140 160 130 140 120 120 110 100 100 80 90 60 Janeiro 11 80 Abril 11 Junho 11 Setembro 11 Trigo Dezembro 11 Março 12 Milho Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12 Janeiro 11 Abril 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12 Crude (Brent) Soja Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg Face à situação descrita, o desemprego mantém-se em níveis elevados em muitos países, atingindo proporções socialmente preocupantes nos que estão sujeitos aos programas de austeridade mais exigentes. Crédito Agrícola de Paredes 28 Relatório e Contas 2012 Já a inflação continua em níveis relativamente moderados, devido à fraca procura de bens e serviços, e no tocante aos activos imobiliários, os seus preços, de relevância crítica na actual conjuntura, embora com um esboço de recuperação, como se referiu, nos EUA, onde a crise imobiliária se iniciou, mantêm-se deprimidos. No tocante aos valores mobiliários, e particularmente no mercado accionista, registou-se uma subida dos principais índices durante o 1º trimestre do ano, a que se seguiu uma descida no 2º trimestre, que se inflectiu, porém, nos últimos meses. Na parte inicial de 2013, os mercados evidenciaram uma marcada animação, assente na convicção dos investidores de que a crise da Zona Euro estará contida, o que também conduziu a uma generalizada descida dos yields da dívida pública de diversos países e a um certo fortalecimento do euro. Para este sentimento foi determinante a postura assumida pelo BCE, e ainda as medidas duras de carácter estrutural e de saneamento das finanças públicas adoptadas em vários países, que se têm reflectido na melhoria das suas contas face ao exterior. Contribuíram igualmente para o desanuviamento dos mercados, as iniciativas políticas visando reformas institucionais a nível bancário no espaço europeu e o reforço da disciplina orçamental dos estados membros, bem como o acordo entre a Administração Obama e os líderes republicanos do Congresso que permitiu afastar, para já, o risco de um severo aperto fiscal nos EUA, que teria um marcado efeito recessivo na economia. Evolução de Indices Accionistas (base 100 a 01/01/2011) 130 120 110 100 90 80 70 60 50 Janeiro 11 Março 11 Maio 11 Julho 11 Setembro 11 PSI 20 Novembro 11 Janeiro 12 DJ Euro STOXX 50 Março 12 Maio 12 Dow Jones Indust. Julho 12 Setembro 12 Novembro 12 DAX Fonte: Bloomberg A fraca dinâmica das principais economias, desenvolvidas ou emergentes, é por sua vez causa e efeito da retracção no crescimento do comércio mundial de bens e serviços, que em 2012 voltou a afrouxar (crescimento de apenas 2,8%). Esta situação cria dificuldades acrescidas às economias em que o sector exportador tem um papel central nos seus aparelhos produtivos – como é, por exemplo, o caso da Alemanha e da China -, mas também àquelas, como Portugal, Espanha e Itália, em que o crescimento das exportações é Crédito Agrícola de Paredes 29 Relatório e Contas 2012 vital para amortecer o impacto da queda da procura interna induzida pelas políticas de austeridade. Neste enquadramento internacional manifestamente desfavorável, a economia portuguesa, por sua vez sujeita a um rigoroso programa de austeridade na sequência do Acordo de Assistência Financeira assinado com a chamada troika (União Europeia, FMI e Banco Central Europeu), tem vindo a registar uma quebra significativa do nível de actividade, com variação negativa do PIB. Apenas as exportações têm mostrado algum dinamismo, apesar da conjuntura internacional desfavorável que se descreveu, particularmente na Zona Euro, onde se situam os nossos principais mercados. Tal tem levado um número crescente de empresas nacionais a procurar novos mercados, verificando-se que as exportações portuguesas de bens para fora da Zona Euro têm crescido em termos significativos e promissores, embora a partir de valores baixos. Assim, a projecção do OE-2013 para as exportações nacionais de bens e serviços para 2012 aponta para um crescimento de 4,3% (em termos reais), inferior à expansão de 7,5% conseguida em 2011, mas sendo ainda assim as exportações a única componente do PIB com crescimento. Na verdade a incidência das medidas de austeridade em conjugação com as maiores dificuldades a nível do crédito, tiveram ao longo de 2012 um marcado efeito recessivo que afectou a evolução da procura interna, com o consumo privado a decair 5,9% - depois de já ter descido 4,0% em 2011 – e o investimento – que desde há vários anos tem tido uma evolução muito insatisfatória – a baixar ainda mais profundamente (-14,1%), com evolução negativa em todas as suas componentes, acentuando a queda que já apresentara em 2011 (-11,3%). O consumo público, como era de esperar, tal decorrendo da lógica do programa de ajustamento, apresentou em 2012 uma significativa contracção (-3,3 %), que se segue à redução, ligeiramente mais expressiva (-3,8%) que já se verificara em 2011. Crédito Agrícola de Paredes 30 Relatório e Contas 2012 Défice público Em percentagem do PIB 2008 Dívida pública 2009 2010 2011 2012 2013p Em percentagem do PIB No 2014p 0,5 2009 2010 2011 2012 2013p -10 -1,5 -30 -3,5 -2,5 -2,7 -50 -4,4 -5,5 -4,5 -5,0 -70 -83,2 -90 -7,5 -93,5 -110 -9,5 -9,8 -10,2 -11,5 -150 -13,5 -108,1 -119,1 -130 -123,7 entanto, Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013 Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013 apesar desta contracção no consumo público, o reequilíbrio nas contas do Estado ficou aquém do projectado, e em particular a redução do défice face ao PIB, não se enquadrando nas metas estabelecidas no Programa de Assistência Financeira. Para tal contribuiu, naturalmente, o facto de as medidas de austeridade, ao levarem a uma retracção do nível de actividade económica, impactarem adversamente nas receitas fiscais, afectando a colecta de vários impostos, para além de agravarem os encargos da segurança social (mormente, as despesas com o subsídio de desemprego). O défice do sector público em relação ao PIB, para o qual no Programa de Assistência Financeira se tinha fixado, para 2012, um nível de 4,5%, acabou assim por se situar em nível superior, embora o concurso de receitas extraordinárias tenha permitido confiná-lo em 5% do PIB. O objectivo para 2013 é o de um limite para o défice de 4,5% do PIB, descendo em 2014, adicionalmente, para 2,5%, limites que correspondem aos actuais compromissos estabelecidos no seio do Eurogrupo e do ECOFIN. O peso da dívida pública no PIB continuou em ascensão, reflectindo o impacto dos défices orçamentais, tendo atingido no ano findo 120% do PIB. Indicadores da Economia Portuguesa Saldo Externo Indicadores da Economia Portuguesa PIB Variação anual percentual Variação anual percentual 6 5 4 2011 2010 2012 2013p* 3 2 1,4 1 0 -1 -2 -1,0 -1,7 -3 -3,0 -4 PIB -5 -6 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 -11 -12 -13 -14 -15 2011 2010 8,8 2012 2013p* 7,5 5,4 4,3 3,6 -1,4 -5,3 EXPORTAÇÕES -6,6 IMPORTAÇÕES Fonte: Ministério da Finanças, OE 2013 (*) Para 2013 o Banco de Portugal (Boletim Inverno 2012) projecta -1,9% para a variação do PIB Crédito Agrícola de Paredes 31 Relatório e Contas 2012 Indicadores da Economia Portuguesa Procura interna Variação anual percentual 2011 2012 -4,0 -3,8 -3,3 2010 4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 -10 -11 -12 -13 -14 -15 -16 -17 -18 2013p* 2,1 0,9 -4,1 -2,2 -3,5 -4,2 -5,9 -11,3 -14,1 CONSUMO PRIVADO CONSUMO PÚBLICO INVESTIMENTO Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013 (*) Para 2013 o Banco de Portugal (Boletim Inverno 2012) projecta -3,6% para o consumo privado, -2,4% para o consumo público e -10% para o investimento. Em termos globais, a economia portuguesa registou uma contracção do PIB de 3% em 2012, que se seguiu a uma queda de 1,7% em 2011, prevendo-se no Orçamento de Estado um esbatimento desta evolução negativa em 2013, com o PIB porém ainda a descer 1,0%. No entanto, a projecção contida no Boletim Económico do Banco de Portugal, aponta ainda para uma regressão do PIB em 2013 de 1,9%, com a procura interna privada a cair 4%, colocando em 17% a quebra acumulada da procura interna no período 2009-2013. Apenas em 2014 se teria um crescimento positivo, já com a procura interna em recuperação, e prosseguindo a boa dinâmica das exportações, mas estas projecções pressupõem que não haja reforço de medidas de austeridade para além das contidas no Orçamento de 2013. A situação recessiva da economia tem conduzido também a uma forte redução nas importações, que em 2012 caíram, em termos reais, 6,6%, como consequência da quebra quer do consumo quer do investimento – componentes da procura em que a participação de importações é elevada - prevendo-se que voltem a cair em 2013 (-1,4%). O crescimento das exportações, conjugado com este decréscimo das importações, conduziu ao quase reequilíbrio da balança de bens e serviços, para a qual se projecta, aliás, um superavit de 3,1% do PIB em 2013. Ainda em 2010, o défice fora de 7,2%, sendo que Portugal não regista saldo positivo nesta balança desde há muito tempo. Crédito Agrícola de Paredes 32 Relatório e Contas 2012 Sobretudo em resultado da evolução de balança de bens e serviços, a balança corrente e de capital apresenta igualmente uma evolução positiva notável, Balança corrente e de capital Em percentagem do PIB 2009 2010 2011 do PIB em 2010, para um valor também próximo do equilíbrio em 2 0 -1,1 -4 -5,1 -6 -8 -8,6 -10 2012, e perspectivando-se um 2013p 3,1 -2 passando de um défice de 9,4% 2012 4 -12 -9,4 Fonte: Banco de Portugal, Boletim Económico Inverno 2012 excedente da ordem de 3,1% em 2013. A evolução desta balança espelha a variação do endividamento nacional (sector público e privado) face ao exterior, pelo que, uma situação de superavit traduz uma diminuição do endividamento externo global da economia portuguesa. A inversão da posição da nossa balança corrente e de capital é assim, naturalmente, um dos factores que contribuiu para o recente desanuviamento da percepção de risco por parte dos investidores internacionais em relação ao nosso país, que induziu a descida dos yields da dívida pública nacional e está a permitir o regresso aos mercados de financiamento externo, embora ainda limitadamente, de bancos nacionais. Esta evolução muito positiva na balança corrente e de capital foi porém conseguida à custa de um programa de ajustamento e de austeridade muito severo, que tem conduzido a uma acentuada retracção no nível de actividade económica, colocando questões quanto à sua sustentabilidade, embora seja de assinalar o comportamento animador das exportações para fora da Zona Euro, que se espera não venha a ser prejudicado com uma excessiva apreciação do euro. O declínio do nível de actividade levou a uma forte subida na taxa de desemprego, a qual, segundo os números do INE, se situava em Dezembro de 2012 em 16,9%, correspondendo a cerca de 920 mil desempregados, com elevada expressão do desemprego de longa duração e do desemprego de jovens. A projecção para 2013 é a de que a taxa de desemprego venha ainda a subir em relação a este nível. No seio da Zona Euro só a Grécia e Espanha apresentam taxas de desemprego mais elevadas, em ambos os casos já amplamente superiores a 20%. Crédito Agrícola de Paredes 33 Relatório e Contas 2012 No tocante à inflação e apesar do ambiente recessivo, registou-se em 2012 uma subida do nível geral de preços no consumidor de 2,8%, reflectindo o aumento dos preços de determinados bens e serviços, na sequência de agravamentos fiscais e do ajustamento em alta de preços administrados. No entanto, para 2013 admite-se uma descida da inflação para cerca de 0,9%, provocada pela queda da procura interna. Crédito Agrícola de Paredes 34 Relatório e Contas 2012 MERCADO BANCÁRIO As condições de exploração do mercado bancário, durante 2012, foram marcadamente influenciadas pelos seguintes factores: Continuação da dificuldade de refinanciamento dos bancos portugueses nos mercados de capitais, como consequência da percepção agravada dos factores de risco ligados à dívida pública e ao sector financeiro, condicionante que, no entanto, se tem esbatido um pouco ultimamente; nível extremamente baixo das taxas euribor, às quais se encontram indexadas as taxas praticadas na maior parte dos contratos de crédito, situação que se verificou durante todo o ano, com descida persistente das taxas, e que se acentuou no segundo semestre; forte crescimento do crédito vencido, implicando um grande aumento do esforço de provisionamento por parte da generalidade das instituições e perda de remuneração no crédito pela anulação de juros não pagos; correlativamente, acumulação no balanço dos bancos de um vasto património imobiliário, que constitui uma rubrica financeiramente improdutiva, sujeita potencialmente a futuras imparidades, e implicando, a prazo, deduções prudenciais ao valor dos fundos próprios. Evolução da euribor e yields de dívida Evolução da percepção do risco pelos mercados internacionais % % 24 16 22 14 20 18 12 16 10 14 12 8 10 6 8 6 4 4 2 2 0 Janeiro 10 Abril 10 Junho 10 Setembro 10 Dezembro 10 EURIBOR 3M Março 11 Junho 11 Setembro 11 Yield OT 2 ANOS Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12 Março 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 SPREAD 10 ANOS ITÁLIA - ALEMANHA Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg Crédito Agrícola de Paredes 0 Dezembro 10 SPREAD 10 ANOS PORTUGAL - ALEMANHA Yield OT 5 ANOS 35 Relatório e Contas 2012 Setembro 12 Dezembro 12 As dificuldades de refinanciamento dos bancos nacionais criaram, como é sabido, uma enorme pressão concorrencial na área da captação, dado que, para além das necessidades correntes de fundos, os bancos precisam ainda de melhorar a sua posição estrutural de liquidez, o que os obriga a reduzirem os rácios de transformação – redução que alguns já conseguiram fazer, inscrevendo-se no limite máximo previsto para esse rácio no Memorando relativo ao Programa de Assistência Financeira ao nosso país (120%). Evolução da taxa de referência % 6 5,5 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Janeiro 08 Abril 08 Agosto 08 Dezembro 08 Abril 09 Agosto 09 Dezembro 09 Abril 10 Agosto 10 Dezembro 10 BCE (TAXA REDESCONTO) Euribor 3M Abril 11 Agosto 11 Dezembro 11 Abril 12 Agosto 12 Dezembro 12 FED FUNDS Fonte: Bloomberg Esta pressão sobre os recursos levou a que as taxas de juro médias dos depósitos (até 2 anos) registassem uma subida acentuada, atingindo um pico na parte final de 2011 e início de 2012, descendo, porém, nos meses subsequentes, em parte como resultado das medidas disciplinadoras adoptadas pelo Banco de Portugal. Poderão ter contribuído também para essa descida, no entanto, o desanuviamento dos constrangimentos de liquidez das instituições através de maior recurso ao refinanciamento junto do BCE, bem como a progressiva desalavancagem dos seus balanços via contenção de crédito, alienação de activos e conversão de recursos fora de balanço em depósitos convencionais. Entretanto, e como se referiu, algumas instituições de crédito, embora de forma limitada, já conseguiram voltar a refinanciar-se no mercado de capitais. Mantém-se porém a situação anómala, que contrasta totalmente com o que se verificava antes da crise financeira, de o custo dos depósitos exceder, e de maneira significativa, as taxas de juro de referência do mercado interbancário (as taxas euribor). Crédito Agrícola de Paredes 36 Relatório e Contas 2012 A subida do custo dos depósitos levou as instituições financeiras a ajustarem também o preço do crédito, subindo os spreads em relação às taxas euribor, mas a descida incessante destas últimas, e a sua manutenção, durante a maior parte de 2012, em níveis muito baixos, conduziu a que, mesmo com os referidos ajustamentos em alta, o preço médio do crédito tenha entrado num ciclo de descida desde Dezembro de 2011, que ainda não se inverteu. Assim, no crédito a empresas a respectiva taxa média desceu de 5,11% nesse mês para apenas 4,86% em Junho de 2012, descendo novamente para 4,60% em Novembro, no crédito à habitação passou-se de uma taxa média de 2,73% no final de 2011 para 2,16% em Junho de 2012 e 1,66% em Novembro de 2012, e no crédito pessoal para consumo e outros fins, de 8,68% para 8,51% e 8,38% nos mesmos meses. O crédito à habitação é a componente do crédito mais penalizada pela descida das taxas euribor – neste caso sobretudo a euribor a 6 meses -, devido à maturidade média muito longa das respectivas operações. Na carteira de crédito a empresas, e sobretudo no crédito ao consumo, a sua maior rotação tem permitido às instituições, através do ajustamento do spread nas novas operações e renovações, amortecerem o impacto da descida da euribor nas respectivas taxas médias de remuneração, sem conseguirem, no entanto, travar a sua queda. Taxas de Juro Dez-09 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12 Nov12/Dez11 ∆ p.p. Depósitos até 2 anos 2,10 2,15 2,95 3,67 3,54 3,30 2,81 -0,86 Crédito a Empresas 3,34 3,77 4,49 5,11 5,04 4,86 4,60 -0,51 Crédito à habitação 2,00 2,12 2,44 2,73 2,53 2,16 1,66 -1,07 Outro crédito a particulares 7,32 7,97 8,25 8,68 8,58 8,51 8,38 -0,30 Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de conjuntura, Janeiro 2013 Assim, atendendo à referida inflexão no custo dos depósitos, ao longo de 2012, o sector bancário no seu conjunto conseguiu recuperar em alguma medida a “margem comercial” (diferença entre a taxa média do crédito e a dos depósitos) nas operações de crédito a empresas e crédito ao consumo, em relação ao nível muito baixo de Dezembro de 2011 (subindo essa margem respectivamente +0,35 p.p. e +0,56 p.p.), continuando porém a “margem comercial” a degradar-se no crédito à habitação. É de realçar o facto, gravoso para o conjunto das instituições financeiras, de que a “margem comercial” no crédito à habitação é nesta altura de -1,15%, e já era negativa (-0,94%) em Dezembro de 2011. Crédito Agrícola de Paredes 37 Relatório e Contas 2012 Evolução da "margem comercial" do crédito * Dez-10 Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12 Nov12/Dez11 ∆ p.p. Crédito a Empresas 1,62 1,54 1,44 1,50 1,56 1,79 0,35 Crédito à habitação -0,03 -0,51 -0,94 -1,01 -1,14 -1,15 -0,21 Crédito a particulares - consumo e outros fins 5,82 5,30 5,01 5,04 5,21 5,57 0,56 * Taxa média do crédito menos taxa dos depósitos até 2 anos, usado como proxy da margem comercial Evolução das taxas médias Crédito à Habitação v.s. Depósitos 5 5 4 3,67 3,54 3,30 4 2,95 3 2,81 2,73 2,53 2,44 3 2,10 2,00 2,15 2,16 2,12 2 1,66 2 1 1 0 Dez-2009 Dez-2010 Jun-2011 Dez-2011 Depósitos até 2 anos Mar-2012 Jun-2012 Nov-2012 Crédito habitação Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Janeiro 2013 Constata-se, por outro lado, ao considerar a evolução dos agregados de crédito, que o volume do crédito concedido à economia tem estado em regressão acentuada, agravando o impacto sobre a margem financeira da situação adversa da margem comercial: ao “efeito taxa” negativo soma-se um “efeito volume” igualmente negativo. Com efeito, o crédito a empresas, em Novembro 2012, apresentava uma redução de 4,7% em termos homólogos, o crédito à habitação de 3,5% e o crédito a particulares para outros fins uma retracção mais pronunciada, de 8,0%. Estas variações referem-se ao saldo das carteiras de crédito, e denotam, por consequência, uma redução substancial em novas operações. A contracção nos volumes do crédito concedido à economia reflecte factores ligados à oferta – gestão da liquidez, gestão do risco e constrangimentos de balanço das instituições -, mas também se explica por uma menor procura, motivada pelo baixo nível de actividade económica e pela incerteza e apreensões dos agentes económicos perante o actual ambiente recessivo. Crédito Agrícola de Paredes 38 Relatório e Contas 2012 Agregados de crédito Valores em % Dez-09 Dez-10 Total Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12 -4,6 2,2 1,5 0,0 -2,1 -2,9 -3,6 Empresas 1,8 0,7 0,0 -1,7 -2,5 -3,1 -4,7 Particulares 2,3 2,0 0,0 -2,2 -3,0 -3,7 -4,3 Habitação 2,6 2,4 0,4 -1,6 -2,4 -3,0 -3,5 Outros fins 0,9 0,0 -1,8 -4,9 -5,7 -7,2 -8,0 Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de conjuntura, Janeiro 2013 Um outro aspecto marcante da evolução do mercado bancário é o substancial crescimento do crédito vencido, o qual, para além de provocar um enorme esforço de provisionamento nas diferentes instituições, também afecta a margem financeira, pelo aumento do peso do crédito e de outros activos improdutivos, e pela anulação de juros vencidos não pagos. Considerando os valores do crédito vencido no sistema bancário relativos a Novembro de 2012, constata-se um incremento em termos homólogos de cerca de 6,4% no caso dos particulares, mas de 42,7% no caso das empresas, originando um aumento global do crédito vencido no sistema bancário de 28,7%. O crédito vencido de empresas já perfazia nesse mês 10,2% da carteira, face a 6,5% no mês homólogo. Em Dezembro de 2008, este rácio era de apenas 2,2%. Embora o crédito vencido empresarial esteja em crescimento em todos os sectores, é particularmente elevado o aumento de 45,0% registado na construção e de 62,3% nas actividades imobiliárias, que em conjunto perfazem 55,3% do crédito vencido das empresas. No crédito a empresas, refira-se, a agricultura é o sector com menor rácio de crédito vencido, de 5,2% em Novembro último, contra 3,6% no mês homólogo de 2011, mas também apresentou um crescimento significativo, já que em Dezembro de 2008 era de apenas 1,3%. No caso dos particulares, o rácio de crédito vencido era de 3,8% em Novembro de 2012, sendo de 2,1% no crédito à habitação e de 11,6% nos créditos para consumo e outros fins, rácios que no mês homólogo de 2011 eram de 3,4%, 1,9% e 10,0% respectivamente. Em Dezembro de 2008 o rácio de crédito vencido nos particulares era de 2,2%, sendo 1,5% no crédito à habitação e 4,9% no crédito para outros fins. Crédito Agrícola de Paredes 39 Relatório e Contas 2012 A análise dos rácios de crédito vencido em empresas por escalões dimensionais dos níveis de responsabilidade é também elucidativa, revelando que em todos os escalões o crédito vencido tem apresentado recentemente um crescimento muito rápido. Com efeito, constatase que até no escalão de níveis de responsabilidade acima de 5 milhões de euros, em que no final de 2008 o crédito vencido era de apenas 1% da carteira, se tem actualmente (Novembro 2012) um nível de 7,8%. Os rácios de crédito vencido são no entanto muito mais elevados nos escalões inferiores, que mais correspondem à dimensão típica das exposições das Caixas, verificando-se porém que os rácios de crédito vencido do SICAM são em geral significativamente inferiores aos que se verificam nesses escalões no conjunto do sistema bancário. Face à situação descrita de esmagamento ou redução da margem financeira e de aumento das imparidades de crédito e de menos valias em activos imobiliários, a par das reduzidas oportunidades de negócio e da necessária desalavancagem, a rentabilidade das diferentes instituições encontra-se pressionada, apresentando algumas, entre as de maior peso no sistema, resultados negativos substanciais, e outras resultados positivos, mas pouco expressivos face à dimensão dos seus balanços. Aliás, os resultados apresentados reflectem proveitos não recorrentes – como ganhos financeiros na recompra a desconto de dívida própria e mais-valias na venda de obrigações do tesouro – e ainda, nalguns casos, os resultados de filiais ou sucursais fora de Portugal, que compensam resultados mais modestos na actividade doméstica. Crédito Agrícola de Paredes 40 Relatório e Contas 2012 CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE Apesar dos constrangimentos que caracterizaram a situação do mercado bancário em 2012 e que se descreveram no ponto anterior, o Crédito Agrícola (SICAM) conseguiu em 2012 um resultado positivo de cerca de 42 milhões de euros. Este resultado, embora inferior ao registado em 2011, pode-se considerar como bastante favorável face ao panorama geral do sector, em que, como se referiu, alguns bancos apresentaram mesmo resultados negativos substanciais. É também de sublinhar que, num quadro concorrencial ainda caracterizado por uma extremada competição pelos recursos, o Crédito Agrícola registou em 2012 um crescimento dos depósitos de clientes de 3,0%, perfazendo esses depósitos, em Dezembro findo, 10.178 milhões de euros (+294 milhões comparativamente ao final de 2011). No tocante ao crédito e apesar da folgada situação de liquidez do Crédito Agrícola, a carteira global que se situou em 8.365 milhões de euros, registou uma ligeira diminuição de 2,6%, explicável pelo comportamento pouco dinâmico da procura, dada a situação recessiva da economia. O resultado de 2012 espelha a SICAM 10 3 euros 600 590 580 570 560 550 540 530 520 510 500 490 480 470 460 450 440 430 420 410 400 390 380 370 360 350 340 330 320 310 300 290 280 270 260 250 240 230 220 210 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Margem Financeira Saldo de Comissões Produto bancário 472 445 343 306 465 evolução adversa da margem financeira, acentuada provocada descida das pela taxas 319 euribor, às quais se encontram 110 116 indexadas 130 as condições remuneratórias da larga maioria 2010 2011 2012 das operações de crédito (mais de 80% do valor total da carteira). Com efeito, a margem financeira do Crédito Agrícola desceu de 343 milhões de euros em 2011 para 319 milhões em 2012, uma redução de 7%. A evolução positiva noutras componentes do produto bancário permitiu, no entanto, que este agregado tivesse mantido sensivelmente o mesmo valor que em 2011, sofrendo apenas uma ligeira redução de 1,4%: de 472 milhões de euros em 2011 para 465 milhões no ano findo. Crédito Agrícola de Paredes 41 Relatório e Contas 2012 Entre as rubricas do produto bancário com evolução mais favorável cabe destacar o saldo de comissões, principal componente da margem complementar, o qual aumentou em 11,3% face ao valor de 2011, atingindo 129,5 milhões. Nesta rubrica pesam as comissões relativas à venda de seguros de vida e de ramos reais (cross-selling), mas também as comissões relativas a cartões e a fundos de investimento e, naturalmente, as ligadas à prestação de serviços bancários, tendo quanto a estas as medidas adoptadas relativas à racionalização e automatização do preçário sido instrumentais para a melhor cobertura dos custos inerentes a esses serviços e para a promoção da eficácia da cobrança. O crescimento destes proveitos extra-margem financeira é crucial para que os bancos mantenham níveis de rentabilidade aceitáveis, dado que as condições de exploração da actividade bancária se encontram no presente profundamente alteradas em relação ao que era o padrão de há alguns anos atrás, em que a diferença entre as taxas de juro activas e passivas assegurava resultados mais compensadores às instituições. Os custos de estrutura foram contidos, tendo apresentado mesmo uma redução global de cerca de 0,5%, contribuindo sobretudo para tal a diminuição de 1,7% nos gastos gerais administrativos (-2,2 milhões de euros), os quais em 2011 haviam sido onerados com as despesas relativas comemoração centenário, à 6 (10 euros) do e com SICAM Custos de Estrutura a primeira parcela do custo 2010 2011 2012 ∆% (12/11) do Programa Especial de Pessoal 158,6 161,3 162,7 Gastos G. Administ. 124,2 127,9 125,7 -1,7 Inspecções. Já nos custos Amortizações 16,1 15,8 15,0 -5,0 299,0 305,0 303,4 -0,5 de pessoal teve-se um acréscimo marginal TOTAL +0,9 de 0,9%. Entretanto, foram adoptadas diversas medidas de racionalização de procedimentos, operacionalizadas ainda em 2012, mas com impacto sobretudo a partir do exercício de 2013, que vão dar um contributo importante para novas reduções nos gastos gerais administrativos, sendo de referir, em particular, a implementação da compensação electrónica de cheques e a adopção da comunicação digital na informação a clientes. À semelhança do que se verifica no conjunto do sistema bancário, as dificuldades da actual conjuntura estão, também no caso do Crédito Agrícola, a fazer subir os níveis do crédito Crédito Agrícola de Paredes 42 Relatório e Contas 2012 vencido, embora de forma menos acentuada, implicando um aumento das provisões, que no exercício de 2012 atingiram 123,6 milhões de euros, contra 111,8 milhões no ano anterior (+10,5%) e que incluem provisões constituídas para fazer face a potenciais menos valias em activos imobiliários adquiridos em processo de recuperação de crédito. Em conjugação com a evolução desfavorável da margem financeira, foi este crescimento das provisões o factor que mais penalizou os resultados líquidos do SICAM no exercício findo comparativamente a 2011, ano em que o resultado atingira 53 milhões de euros. Deve notar-se que embora o Crédito Agrícola, como instituição bancária cooperativa, não tenha o lucro como móbil central da sua actividade, a realização de resultados positivos é essencial para o Grupo reforçar o seu capital e, assim, se capacitar para desempenhar eficazmente a sua missão, nomeadamente no apoio ao desenvolvimento sócio-económico das comunidades em que as Caixas estão inseridas. O resultado obtido em 2012 permitiu ao Crédito Agrícola continuar a reforçar a sua situação líquida, que em Dezembro/2012 já totalizava quase 1.100 milhões de euros, contra 1.057 milhões no final do ano transacto. Este nível de capitalização está associado a um rácio Core Tier 1 que é o mais elevado do sistema bancário português (sem contar os recentes apports de fundos públicos em alguns bancos), traduzindo a robustez do balanço do Crédito Agrícola. SICAM Evolução do Activo 10 18.000 3 SICAM Evolução dos depósitos de Clientes 18.000 euros 17.000 17.000 10 3 euros 16.000 16.000 15.000 15.000 14.000 13.213 14.000 13.750 13.030 13.000 13.000 12.000 12.000 11.000 11.000 10.000 10.000 9.000 9.000 8.000 8.000 7.000 7.000 6.000 6.000 Dez-10 Dez-11 Dez-12 2.000 1.900 9.989 9.884 Dez-10 Dez-11 SICAM Evolução da Situação Líquida 3 10 euros 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.026 1.058 Dez-10 Dez-11 1.099 1.000 900 800 700 600 500 Crédito Agrícola de Paredes 43 Dez-12 Relatório e Contas 2012 10.178 Dez-12 A par da boa situação de que desfruta em termos de capital, o Crédito Agrícola mantém igualmente um rácio de transformação de depósitos em crédito, bastante confortável, rácio que, no exercício anterior, evoluiu SICAM Rácio de Transformação para cerca de 82%, aumentando a margem de segurança do Grupo neste indicador. Tal confere ao 120% uma posição 120% Crédito 86,2% Agrícola 120% única 86,9% no 82,2% conjunto da banca portuguesa em 2010 termos de liquidez. Como se referiu, o Rácio de Transformação SICAM 2011 2012 Máximo (Programa de Assistência Financeira) valor definido como máximo para este rácio no âmbito do programa de ajustamento para o sector financeiro é de 120%, beneficiando portanto o SICAM de uma grande margem de segurança. É de referir que o Crédito Agrícola foi um dos oito grupos bancários portugueses que, pela sua importância sistémica, foi abrangido pelo Programa Especial de Inspecções que, no âmbito da Assistência Financeira a Portugal, foi levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela troika, envolvendo equipas especializadas de auditoria, que analisaram as carteiras de crédito das instituições e os seus procedimentos de controlo, os requisitos de capital e a capacidade para suportar choques adversos, examinando posteriormente, em detalhe, a sua carteira de crédito imobiliário. As conclusões deste trabalho relativas ao Crédito Agrícola revelam-se amplamente positivas. Nestes termos, pode dizer-se que o Crédito Agrícola, mantendo políticas prudentes e conservadoras, pode enfrentar com confiança, embora sempre com o necessário realismo, as dificuldades e os desafios da actual conjuntura, que continuarão por algum tempo a implicar para as instituições bancárias condições de exploração bastante mais duras do que as existentes antes da actual crise, obrigando a ajustamentos estratégicos a vários níveis. Para além do SICAM, o Crédito Agrícola integra hoje um conjunto de empresas especializadas em diversas áreas de negócio, tais como seguros, gestão de activos e consultoria, sendo de destacar, entre estas, a actividade seguradora no que diz respeito ao contributo já significativo para os resultados consolidados do Grupo Crédito Agrícola. Crédito Agrícola de Paredes 44 Relatório e Contas 2012 Neste contexto, merece destaque o facto de a CA Vida ter sido mais uma vez distinguida com o galardão de “Melhor Grande Seguradora Vida” a operar em Portugal, distinção que, em relação aos ramos reais e no seu segmento dimensional, a CA Seguros também recebeu em 2008, 2009 e 2010. Apesar dos condicionalismos e constrangimentos da presente conjuntura, o Crédito Agrícola tem continuado o processo de modernização que iniciou há alguns anos atrás, o qual, permitindo a consecução de melhorias operacionais internas, se reflecte também na disponibilização aos associados e clientes de novas soluções que respondem às necessidades suscitadas pelas exigências da vida moderna e pela própria evolução tecnológica. Entre as diversas iniciativas neste domínio, é de relevar, no período mais recente, o alargamento das funcionalidades do serviço de internet banking do Grupo – o CA on-Line -, serviço que já conta com cerca de 200.000 aderentes (activos), permitindo aos clientes realizar hoje, sobre esta plataforma bancária, um vasto conjunto de operações. Como já se referiu, o SICAM, utilizando esta mesma plataforma, passou a disponibilizar a informação aos seus associados e clientes em suporte digital, dispensando a comunicação em papel. Outra iniciativa de relevo, relacionada com este canal, foi o lançamento do serviço CA – Mobile banking, que permite aos utilizadores de smart phones o contacto, fácil e imediato, com o banco para consultas e transacções (de baixa exigência de segurança) a partir do seu aparelho. Crédito Agrícola de Paredes 45 Relatório e Contas 2012 Na área de cartões verificou-se nova iniciativa inovadora do Crédito Agrícola, ao lançar no 3º trimestre de 2012 o cartão contactless, o que vem na linha do lançamento do cartão chip, em que igualmente o Crédito Agrícola foi o pioneiro em Portugal. Na vertente comercial, há que referir que o Crédito Agrícola lançou uma linha de crédito de 250 milhões de euros para apoio à exportação, e assinou com o Ministério da Agricultura um protocolo visando o financiamento do sector agrícola, através de uma linha de 150 milhões de euros para projectos enquadrados no PRODER. Para além disso, o Crédito Agrícola tem tido uma participação bastante activa no financiamento a PMEs no âmbito das linhas PME Invest e Crescimento, e aderiu, em 2012, ao protocolo relativo ao estatuto “PME Líder”, podendo propor a certificação de empresas para este estatuto. Finalmente é de notar que, de acordo com o Relatório oficial do Banco de Portugal sobre essa matéria, o Crédito Agrícola (SICAM) continua a ser o grupo bancário com menor incidência de reclamações de clientes entre todo os bancos a operar em Portugal, em aspectos chave do negócio (depósitos, crédito ao consumo, cheques), e encontra-se entre os melhores posicionados no credito à habitação. Crédito Agrícola de Paredes 46 Relatório e Contas 2012 1 – EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE NEGÓCIO DO CRÉDITO AGRÍCOLA DE PAREDES Crédito Agrícola de Paredes 47 Relatório e Contas 2012 1.1-VOLUME DE NEGÓCIOS INDICADORES 2008 DEPÓSITOS TOTAIS 40.481.962 CRÉDITO TOTAL 27.126.098 VOLUME DE NEGÓCIO 67.608.060 2009 VARIAÇÃO 11/12 51.755.431 55.739.266 59.253.691 6,31% 37.551.250 40.811.240 39.838.804 -2,38% 89.306.681 96.550.506 99.092.495 2,63% 2010 47.948.235 33.826.143 81.774.378 2011 2012 Volume de Negócios 100.000.000 90.000.000 80.000.000 70.000.000 60.000.000 50.000.000 CRÉDITO TOTAL 40.000.000 DEPÓSITOS TOTAIS 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 1.2 – PLANO DE AÇÃO COMERCIAL Durante o ano 2012, reuniram mensalmente com a Caixa Agricola todas as áreas de negócio do Grupo: CA Seguros, CA Vida, CA Gest e Dep.Marketing da Cx Central (Apoio ao desenvolvimento do Negócio), através dos seus Coordenadores.Daí resulta um ativo acompanhamento e um permanente aferir das prioridades comerciais para a Instituição, o que resulta numa adequada e planeada ação comercial, que se quer dinâmica e volátil.O que daqui resulta o quadro abaixo. Crédito Agrícola de Paredes 48 Relatório e Contas 2012 1.3 – CRÉDITO 1.3.1-CRÉDITO CONCEDIDO O estreitar de critérios na análise de risco, o reforço das exigências ao nível de garantias e a fraca procura de crédito, eleva esta rubrica a níveis de crescimento negativo, -02.40%, ficando abaixo dos 40 milhões, que no ano anterior já se tinha atingido e ultrapassado. Crédito Agrícola de Paredes 49 Relatório e Contas 2012 Crédito concedido 45.000.000 40.000.000 35.000.000 30.000.000 25.000.000 20.000.000 15.000.000 Crédito concedido 10.000.000 5.000.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 A distribuição da atividade creditícia por agência, ficou assim distribuída: 1.3.2-CRÉDITO VENCIDO Conforme já tínhamos vaticinado, a dificuldade com que os mutuários têm em cumprir com as responsabilidades assumidas com a Caixa tem como consequência o aumento do crédito em atraso, este flagelo atingiu valores muito elevados, passando já os 2 milhões e seiscentos mil euros, o que corresponde a um aumento de 52.80% em relação ao ano anterior. Crédito Agrícola de Paredes 50 Relatório e Contas 2012 A sua distribuição por balcões foi a seguinte: 1.4 – RECURSOS O ano 2012, foi um ano de evolução muito positiva, no que á captação de recursos diz respeito. Para além de conseguirmos manter a normal estabilidade da carteira, ainda Crédito Agrícola de Paredes 51 Relatório e Contas 2012 conseguimos aumentar a mesma em 06.31%, atingindo €59.250.000,00, ultrapassando até o que estava anteriormente orçamentado A distribuição da captação dos depósitos pelas respetivas agências, foi a seguinte: Recursos por Balcão 25.000.000 Paredes Freamunde 20.000.000 Recarei 15.000.000 Vilela Frazão 10.000.000 Vandoma 5.000.000 0 2008 Crédito Agrícola de Paredes 2009 2010 52 2011 2012 Relatório e Contas 2012 1.5 - ATIVIDADE SEGURADORA 1.5.1-SEGUROS DE RAMOS REAIS Durante o ano 2012 os prémios comerciais atingiram o valor de €479.902,00, diminuindo em relação ao ano anterior 01,60%. A distribuição da carteira de seguros de Ramos Reais por agência, é a seguinte: Crédito Agrícola de Paredes 53 Relatório e Contas 2012 1.5.2-SEGUROS DO RAMO VIDA Nesta vertente do ramo segurador, conseguimos um grau de concretização de objetivos de 111,90%, atingindo um volume de produção no valor de €1.104.220,00. A distribuição dos seguros do ramo Vida por Agência está da seguinte forma: Crédito Agrícola de Paredes 54 Relatório e Contas 2012 Nota de destaque: apesar da produção nas seguradores ser menor do que o ano anterior, conseguimos contabilizar mais comissões. Tivemos um acréscimo de quase 6%, no comissionamento. 1.6-CA GEST Nesta área de negócio, continuamos a evoluir de forma positiva.É uma oferta que disponibilizamos aos clientes mais afoitos ao risco, com produtos de elevada rentabilidade e muito competitivos. Esta é a nova dinâmica do “Private” no Crédito Agrícola. Fundos Investimentos Mobiliários CA Gest 2010 2011 2012 55.570 185.580 458.182 1.7 - LOCAÇÃO FINANCEIRA A produção está muito aquém do que esperávamos, já explicado pelas mesmas razões da diminuíção da conceção de crédito. Crédito Agrícola de Paredes 55 Relatório e Contas 2012 Está assim distribuída pelas Agências: Crédito Agrícola de Paredes 56 Relatório e Contas 2012 2-INDICADORES, EFICIÊNCIA E RENDABILIDADE DO CRÉDITO AGRÍCOLA DE PAREDES Crédito Agrícola de Paredes 57 Relatório e Contas 2012 2.1 – RÁCIOS NORMATIVOS DA CAIXA CENTRAL O quadro seguinte, expõe a evolução dos indicadores normativos de referência emitidos pela Caixa central, em que as Caixas Associadas deverão sempre ter em consideração, adotando medidas de gestão, de forma a manterem a sua organização dentro dos respetivos parâmetros. Assim, a Caixa Agrícola, no final de 2012, consequência do já verificado aumento do crédito em atraso, ultrapassou os valores limites do crédito vencido. Em relação ao rácio de eficiência, e apesar de verificarmos uma evolução positiva (diminuição de 07,89%), ainda estamos aquém do limite aconselhado. Rácios Normativo Caixa Central Rácio Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/Crédito Total Rácio de Eficiência Produtividade: Activo Líquido/Nº Empregados Produto Bancário/Nº Empregados Comissões Líquidas/Produto Bancário Garantias obtidas para o crédito concedido Rácio de Transformação Orientação ≤ 3% ≤ 5% < 55% 2011-12-31 2,43 % 3,27 % 67,69 % 2012-10-31 2,99 % 4,86 % 58,97 % 2012-11-30 3,11 % 4,76 % 59,26 % 2012-12-31 4,04 % 5,67 % 62,35 % Unidade: €uro Variação período homologo 66,26 % 73,39 % -7,89 % > € 2.500.000 > € 90.000 > 12% Reais > 50% < 85% 3.070.084 € 123.484 € 39,63 % 70,64 % 83,55 % 3.410.853 € 134.749 € 44,00 % 71,88 % 77,98 % 3.448.371 € 134.333 € 43,49 % 71,98 % 78,91 % 3.334.319 € 128.191 € 42,76 % 72,39 % 77,09 % 8,61 % 3,81 % 7,90 % 2,48 % -7,73 % 2.2- EVOLUÇÃO DO RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO A evolução do rácio de transformação teve um positivo decréscimo de 07,73%, consequência da estratégia implementada de forma a levar o rácio francamente abaixo do valor recomendado pelo normativo da Caixa central (<85%). Assim, a seguir vemos a evolução do rácio de transformação (Crédito Conc.Total + Dep.Ind.Div.Pública/Depósitos Totais). Rácio de Transformação 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 Rácio de Transformação 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 2008 2009 Crédito Agrícola de Paredes 2010 2011 2012 58 Relatório e Contas 2012 2.3- EVOLUÇÃO DO ROA, ROE E RÁCIO DE SOLVABILIDADE (TIER 1) Em relação á rendibilidade da Caixa, apesar do aumento do ativo líquido da instituição verificado durante o ano 2012, manteve-se os rácios francamente positivos, não obstante a permanente confrontação com as dificuldades. Mesmo assim e porque a Caixa pretende continuar a crescer, nunca o fará a qualquer preço, daí a manutenção do elevado rácio de solvabilidade (core tier 1), calculado segundo o Aviso 6/99. Os fundos próprios totais para efeitos de de solvabilidade atingiram os €7.342.757,00. Rácios ROA ROE Rácio Solvabilidade (Tier 1) 2008 2009 2010 2011 1,96 17,69 21.83 1,01 8,48 20.93 0,81 6,92 20.62 0,81 6,60 22.12 2012 0.45 3.81 21,67 2.4-MARGEM FINANCEIRA Neste exercício a margem financeira teve um aumento residual, atingindo um crescimento de 00.61%.Para além do fraco desenvolvimento do negócio de crédito, que afeta, por demais esta importante componente de proveitos para a Caixa, também a forte concorrência na captação dos recursos, leva a que a margem fique mais estreita ao nível do spread. Mas contudo e ao contrário que aconteceu em todas entidades bancárias em geral e no Crédito Agrícola em particular, ainda conseguimos manter uma evolução positiva. Crédito Agrícola de Paredes 59 Relatório e Contas 2012 2.5-RECURSOS HUMANOS 2.5.1-CUSTOS COM O PESSOAL Durante o ano de 2012 a Caixa operou com menos um funcionário.Tivemos que continuar a recorrer ao centro de emprego, que ao abrigo de plano acordado, tivemos praticamente durante todo o ano um estagiário. Também com a eminente abertura do balcão de Paços de Ferreira, tivemos que admitir, já no final do ano, um novo colaborador a termo certo, ao abrigo do que está protocolado dentro do grupo (mobilidade interna). Com o esforço de todos, conseguimos assim manter praticamente o mesmo quadro do pessoal, não obstante o elevado aumento das necessidades, pois a Caixa continuou a evoluir e a crescer, tanto a nível orgânico como operacional. Este cenário, teve como consequência a diminuição dos custos com o pessoal (-07.66%), fator preponderante na diminuição do rácio de eficiência. 2.5.2-FORMAÇÃO A Caixa continua com a preocupação em manter os níveis de profissionalismo dos seus colaboradores bem acima da média, continua a fomentar e patrocinar a frequência dos mesmos em ações de formação. Durante o ano 2012 os funcionários participaram nas seguintes formações: -Risco, Segurança e Conformidade para Gestores -Segurança e Saúde no Trabalho -Função de Risco Crédito Agrícola de Paredes 60 Relatório e Contas 2012 -Alterações ao Código de Trabalho e seus Impactos -Medidas de Proteção aos Consumidores em Incumprimento -Alteração á Lei Laboral -Conhecimento Nota Euro -Conhecimento Moeda Metálica -Segurança Física Bancária -Branqueamento de Capitais -Venda Ativa por Telefone -Contabilização Automática de Faturação -Normas Internacionais de Contabilidade na Perspetiva Bancária -Recirculação de Notas e Moedas (reporte e informação) -Operações com o Estrangeiro -Registo e Notariado -Seguros - Sistema Operativo (Cogen) -Seguros Ramos Reais -Novo Canal – CA Mobile -Forcoord - Formação para Coordenações -Forum de Compliance,Monitors -Auditoria Financeira -Mediadores de Seguros Ligados 2.5.3-GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Nesta rubrica, observamos um ligeiro aumento de 01,74%. Continuamos a privilegiar a contenção de custos, controlo nos gastos, pois só assim conseguimos conter o aumento dos mesmos, apesar do aumento orgânico da Instituição. Crédito Agrícola de Paredes 61 Relatório e Contas 2012 Gastos Gerais Administrativos 529.501 803.453 2008 2009 652.365 2010 2011 2012 789.691 713.698 2.6-EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS No final do exercício, apresentamos um resultado superior a trezentos mil euros, o que corresponde a um decréscimo de 39,22% em relação ao ano anterior. Aqui, entre muitos fatores, reside a importância com que esta instituição se reveste, na continua capacidade que tem em ultrapassar as adversidades que se apresentam, durante o desenrolar da sua atividade, provando que é uma instituição sólida e capaz de geral resultados, sempre num processo de consolidação, que a própria atividade impõe e de que todos nós nos devemos orgulhar. Crédito Agrícola de Paredes 62 Relatório e Contas 2012 3-SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL CRÉDITO AGRÍCOLA DE PAREDES Crédito Agrícola de Paredes 63 Relatório e Contas 2012 DO 3.1-EVOLUÇÃO DO ATIVO LÍQUIDO No final do exercício de 2012, a Caixa Agrícola ultrapassou os 70 milhões de euros, representando um aumento de €5.548.936,65, o que corresponde a um crescimento superior a 08.50%.Também é de salientar, que este aumento substancial, vem incrementado pelos Direitos Adicionais de Crédito, e da consequente mobilização do capital junto do Eurosistema, no valor de €1.410.000,00. Ativo Liquido 2008 2009 47.181.135 2010 55.172.094 60.165.355 2011 64.471.765 2012 70.020.701 Ativo Liquido 80.000.000 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 Ativo Liquido 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 3.2-APLICAÇÕES NA CAIXA CENTRAL As Aplicações na Caixa Central, aumentaram em relação ao final do ano anterior, atingindo um saldo próximo dos 25 milhões de euros. Este aumento resulta da maior contenção na concessão de crédito, na oferta por parte da Caixa central de taxas mais atrativas e na aplicação do valor mobilizado junto do eurosistema, já atrás referido no ponto 3.1. Aplicações na Caixa Central 2008 2009 2010 2011 2012 16.395.698 16.021.654 17.854.058 19.115.192 24.706.551 Crédito Agrícola de Paredes 64 Relatório e Contas 2012 3.3-EVOLUÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS 3.3.1 – EVOLUÇÃO DO CAPITAL SOCIAL O Capital Social da caixa teve um aumento de €782.385,00, o que corresponde a um aumento superior a dezoito por cento, em relação ao ano anterior, atingindo uma valor de €5.128.495,00, consequência da transferência das reservas livres, para reforço de Capital, aprovado em Assembleia Geral em Março de 2012 e de entrada de novos sócios e subscrição de títulos por parte dos mesmos (ver quadro do movimento dos sócios). Capital Social 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 Movimento Sócios durante o ano de 2012 Sócios existentes em 31-12-2011 2.204 Sócios Admitidos durante o ano de 2012 246 Sócios Demitidos durante o ano de 2012 77 Sócios Exonerados durante o ano 2012 22 Sócios Existentes em 31-12-2012 Crédito Agrícola de Paredes 2.351 65 Relatório e Contas 2012 3.3.2 – EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO LIQUIDA Nesta rubrica, é importante começar por salientar, a natureza desta instituição bancária cooperativa, em que os lucros gerados pela sua atividade, se destinam quase totalmente ao reforço da sua situação líquida, que em final do ano 2012, ultrapassa largamente os 8 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 05.12% em relação ao ano anterior. Assim, continuamos a reforçar a nossa capacidade de poder atuar, apoiando o desenvolvimento da nossa região. Evolução da Situação Liquida 9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 Evolução da Situação Liquida 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 2008 Crédito Agrícola de Paredes 2009 2010 2011 66 2012 Relatório e Contas 2012 4 – PROPOSTA DA DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS DO CRÉDITO AGRÍCOLA DE PAREDES Crédito Agrícola de Paredes 67 Relatório e Contas 2012 De acordo com os estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação dos resultados líquidos do exercício no montante de €315.828,48 para: a)Para Reserva Legal…………………………………..………………………………………….……..€63.165,70 b)Para Educação e Formação Cooperativa………………………………….………..……….……€3.158,28 c)Para Reserva para Mutualismo……………………………………………………………………….€3.158,28 d)Reservas Livres……………………..………..……………………………………..………………..€230.346,22 e)Resultados transitados…………………………………………………………………………………€16.000,00 O Conselho de Administração propõe á Assembleia, a remuneração do Capital detido pelos Associados á taxa de 03.00% ao ano, utilizando para o efeito o valor de €42.500,00 das Reservas Livres e que a remuneração seja convertida em títulos de capital. O Conselho de Administração propõe ainda á Assembleia, que nos termos da alínea D do nº.2 do artigo 8º., dos estatutos desta Caixa, a transferência de €231.230,00 (duzentos e trinta e um mil duzentos e trinta euros) das reservas livres, para reforço do Capital Social. Paredes, 20 de Fevereiro de 2013 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Crédito Agrícola de Paredes 68 Relatório e Contas 2012 5 – NOTA FINAL Crédito Agrícola de Paredes 69 Relatório e Contas 2012 O Conselho de Administração, declara aqui o seu reconhecimento a todas as pessoas e entidades, que de alguma forma foram importantes para se atingirem os resultados, destacando-se em especial: -Todos os colaboradores da Caixa, pelo empenho e competência que sempre demonstraram ao longo de todo o ano, no exercício das suas funções; -Os Associados e clientes, pela confiança na instituição e continuidade de bom relacionamento com a Caixa; -Ao Banco de Portugal; -Á Federação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM); -À Caixa Central, em especial aos Dep.de Fiscalização, Orientação e Apoio (DFOA) e Dep. de Marketing (ADN). -Ca Seguros, Ca Vida, CA Gest, Ca Serviços e Ca Informática. Paredes, 20 de Fevereiro de 2012 O Conselho de Administração António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Crédito Agrícola de Paredes 70 Relatório e Contas 2012 6 – ANEXOS Crédito Agrícola de Paredes 75 Relatório e Contas 2012 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO Crédito Agrícola de Paredes 77 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 78 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 79 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 80 Relatório e Contas 2012 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Paredes) é Cooperativa prática dos aplicável. Crédito Agrícola Mútuo de Paredes, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM uma instituição de crédito constituída em 23 de Janeiro de 1987 sob a forma de de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2012, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avª Comendador Abílio Seabra n.º 138, em Paredes e através de uma rede de 6 balcões situados nos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira. Os eventos mais relevantes que ocorreram na Caixa durante o ano 2012 e que tiveram impacto nas contas da CCAM, foram os seguintes: -incorporação de reservas no capital próprio -Adjudicação de imóveis e entrega dos mesmos pelos mutuário para recuperação de crédito vencido no montante de € 1.039.487 e alienou-se durante o ano 2 imóveis que detínhamos desde 2010 pelo montante de € 246.400. - O Banco Central Europeu (BCE), adoptou medidas temporariamente, medidas adicionais e excepcionais, alargando os critérios para a exigibilidade dos activos a serem utilizados como garantia nas operações de política monetária do euro sistema. Medidas que permitem ás instituições bancárias obterem financiamentos junto dos bancos centrais da Zona Euro, utilizando para tal, como garantias, a carteira de crédito habitação numa 1ºfase. A Caixa Central, é a representante das Caixas associadas junto do Banco de Portugal. Com o financiamento obtido garantido por direitos adicionais de crédito, é feita uma aplicação activos financeiros, e que no caso da CA Paredes à data de 31/12/2012, se reflecte num depósito a prazo no montante de € 1.410.000, tendo a CCAM um efeito positivo na margem financeira. -Custos com a abertura de um novo balcão, que abriu a 14/01/2013. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são Crédito Agrícola de Paredes 81 Relatório e Contas 2012 reconhecidos segundo a regra pro-rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011. Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2012, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. 2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96. Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras pró-forma). Crédito Agrícola de Paredes 82 Relatório e Contas 2012 2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Crédito Agrícola de Paredes 83 Relatório e Contas 2012 Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra-patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: . . Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: . Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; . Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse Crédito Agrícola de Paredes 84 Relatório e Contas 2012 cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Crédito Agrícola de Paredes 85 Relatório e Contas 2012 Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”. Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. Crédito Agrícola de Paredes 86 Relatório e Contas 2012 ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa Crédito Agrícola de Paredes 87 Relatório e Contas 2012 efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2012, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo no montante de 0 Euros, descritos na Nota 32. vi) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo Crédito Agrícola de Paredes 88 Relatório e Contas 2012 valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra-patrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: • Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); • Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: • As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e • A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: • Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; • Descrição do(s) risco(s) coberto(s); • Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; • Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Crédito Agrícola de Paredes 89 Relatório e Contas 2012 Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: • Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; • Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; • Derivados contratados com o objectivo de “trading”. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis Crédito Agrícola de Paredes 90 Relatório e Contas 2012 Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos vida útil Imóveis de serviço próprio Despesas em edifícios arrendados Equipamento informático e de escritório Mobiliário e instalações interiores Viaturas 50 10 4 a 10 6 a 10 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: • A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a Crédito Agrícola de Paredes 91 Relatório e Contas 2012 amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida . De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: • Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; • Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; • Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Crédito Agrícola de Paredes 92 Relatório e Contas 2012 Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l)Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: • Diferenças temporárias resultantes de goodwill; • Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; • Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer Crédito Agrícola de Paredes 93 Relatório e Contas 2012 num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m)Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS- Não aplicável 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio é a seguinte: Crédito Agrícola de Paredes 94 Relatório e Contas 2012 Segm ento 1 Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Resultados de serviços e comissões Outros resultados de exploração e outros Produto bancário Custos com pessoal e gastos gerais administrativos Amortizações do exercício Provisões e imparidade Segm ento 2 2012 (…) Outros Total 1.584.492 - - - 1.584.492 2.001 - - - 2.001 1.151.119 - - - 1.151.119 (45.581) - - - (45.581) 2.692.031 - - - 2.692.031 (1.599.804) - - - (1.599.804) (78.706) - - - (78.706) (609.594) - - - (609.594) Resultado antes de impostos 403.927 - - - 403.927 Impostos (88.099) - - - (88.099) Resultado líquido do exercício 315.828 - - - 315.828 - Activos financeiros detidos para negociação - - - 277.741 - - Aplicações em instituições de crédito 24.706.551 - - Crédito a clientes Activos financeiros disponíveis para venda 38.669.469 - - Recursos de outras instituições de crédito 1.410.473 - - Recursos de clientes e outros empréstimos 59.253.691 - - Segm ento 1 Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Resultados de serviços e comissões Outros resultados de exploração e outros Produto bancário Custos com pessoal e gastos gerais administrativos Segm ento 2 2011 (…) 277.741 - 24.706.551 38.669.469 1.410.473 Outros 59.253.691 Total 1.574.810 - - - 1.574.810 2.002 - - - 2.002 1.027.769 - - - 1.027.769 (11.414) - - - (11.414) 2.593.167 - - - 2.593.167 (1.651.169) - - - (1.651.169) Amortizações do exercício (104.102) - - - (104.102) Provisões e imparidade (120.839) - - - (120.839) Resultado antes de impostos Impostos Resultado líquido do exercício 717.057 - - - 717.057 (197.474) - - - (197.474) 519.583 - - - 519.583 - Activos financeiros detidos para negociação - - - 293.836 - - Aplicações em instituições de crédito 19.115.192 - - Crédito a clientes 39.922.076 - - - - - - - 55.739.266 - - - 55.739.266 Activos financeiros disponíveis para venda Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Crédito Agrícola de Paredes 95 293.836 - 19.115.192 39.922.076 Relatório e Contas 2012 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras Depósitos à Ordem no Banco de Portugal Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a receber 31-12-2012 31-12-2011 616.824 616.824 410.950 410.950 - - - - - - 616.824 410.950 De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. Crédito Agrícola de Paredes 96 Relatório e Contas 2012 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Sucursais de outras instituições de créditos nacionais Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Outras instituições de crédito Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber Crédito Agrícola de Paredes 97 31-12-2011 50.225 1.179.727 1.229.952 447.492 709.906 1.157.398 - - - - - - 77 72 1.230.029 1.157.470 Relatório e Contas 2012 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS-Não aplicável 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida (Titulos Investimento-Cx Central) Instrumentos de capital Outros Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros 31-12-2011 277.741 - 293.836 - - - Crédito e outros valores a receber - - Imparidade - - 277.741 293.836 Crédito Agrícola de Paredes 98 Relatório e Contas 2012 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-12-2012 Aplicações em Instituições de Crédito no País: No Banco de Portugal: Mercado monetário interbancário Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Outras aplicações 31-12-2011 - - 24.336.912 369.639 24.706.551 Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro: Bancos Centrais: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Outras aplicações Organismos financeiros internacionais: Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra com acordo de revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações 24.706.551 Provisões 24.706.551 18.850.563 264.629 19.115.192 Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário Aplicações a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de compra de acordo com revenda Aplicações subordinadas Outras aplicações Crédito Agrícola de Paredes 99 19.115.192 19.115.192 Relatório e Contas 2012 Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a receber 31-12-2012 31-12-2011 2.010.000 12.605.000 8.374.112 1.183.700 164.100 24.336.912 369.639 24.706.551 2.300.000 6.350.000 8.752.763 1.283.700 164.100 18.850.563 264.629 19.115.192 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito Agrícola de Paredes 100 Relatório e Contas 2012 31-12-2012 Crédito interno Médio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado Empréstimos à habitação regime geral Empréstimos com garantia real Empréstimos sem garantia real Contratos de locação financeira Clientes CCAM Empresas do grupo Empréstimos subordinados (CA Seguros) Curto prazo Outros créditos Cartão crédito Outros créditos (desconto) Créditos em conta corrente Clientes(com garantia real) Clientes (sem garantia real) Descobertos em depósitos à ordem Empresas do grupo Outros residentes 1.957.345 8.073.252 16.025.715 6.997.859 2.315.198 7.833.038 17.023.473 8.796.198 - - 88.292 1.091.542 46.617 - 389.500 2.403.778 60.365 37.087.647 441.000 2.592.070 42.946 39.090.539 166.549 - 166.549 - 114.607 141.353 (133.771) (133.771) (124.713) (124.713) - - 37.235.032 39.107.179 2.416.125 187.646 2.603.771 39.838.804 1.532.458 171.603 1.704.061 40.811.240 (1.052.558) (116.777) (1.169.335) (740.654) (148.510) (889.164) 38.669.469 39.922.076 Crédito ao exterior Médio e longo prazo Empréstimos Curto prazo Outros créditos Descobertos dep.ordem - não residentes Outros créditos a clientes Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferido Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos Para crédito de cobrança duvidosa Crédito Agrícola de Paredes 31-12-2011 101 Relatório e Contas 2012 Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 329 143 Euros e 348 015 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2012 31-12-2011 4.776.396 3.061.236 4.604.595 24.958.372 2.438.206 39.838.804 5.168.519 3.718.190 4.913.038 25.279.697 1.731.796 40.811.240 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE - Não aplicável 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA – Não aplicável 14. DERIVADOS DE COBERTURA – Não aplicável 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais Associadas Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis Equipamento Outros Crédito Agrícola de Paredes 102 31-12-2012 31-12-2011 1.335.587 1.335.587 562.100 562.100 - - 1.335.587 562.100 (78.094) 1.257.493 (50.000) 512.100 Relatório e Contas 2012 O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2012 e 2011 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-12-2011 Valor bruto Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros 31-12-2012 Imparidade 562.100 562.100 (50.000) (50.000) Aquisições Alienações 1.039.487 1.039.487 (266.000) (266.000) Utilização de imparidade - Dotações de imparidade (28.094) (28.094) Reposições de imparidade - Valor bruto 1.335.587 1.335.587 31-12-2010 Valor bruto Activos não correntes detidos para venda Imóveis Equipamento Outros (30.000) (30.000) Aquisições Alienações 411.000 411.000 (513.597) (513.597) Utilização de imparidade - Dotações de imparidade (20.000) (20.000) Reposições de imparidade - Valor bruto 562.100 562.100 16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO – Não aplicável 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2012 e 2011 foi o seguinte: Crédito Agrícola de Paredes (78.094) (78.094) Valor líquido 1.257.493 1.257.493 31-12-2011 Imparidade 664.697 664.697 Imparidade 103 Relatório e Contas 2012 Imparidade (50.000) (50.000) Valor líquido 512.100 512.100 Descrição Im óveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipam ento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento (91.906) (7.109) (5.220) (104.235) - - - (16.213) (2.844) (4.887) (23.945) - - - 228.687 703.269 132.233 38.766 1.102.954 150.333 185.512 48.213 407.363 123.854 122.258 45.568 1.083.102 (111.817) (157.660) (47.923) (384.441) (61.515) (69.301) (22.424) (855.081) - 1.045 4.181 2.509 7.736 - (10.249) (11.788) (120) (7.360) (4.580) (10.353) (10.312) (54.761) - - (31.615) (31.615) 29.313 20.246 170 15.562 26.145 45.112 12.832 149.380 - - - - - - - - - - 6.800 - - - - - - - - - - - 114.603 - - - - - 6.800 114.603 2.321.036 (959.317) - 122.339 - (78.706) - - (31.615) 1.373.737 Activos tangíveis em curso Descrição Im óveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipam ento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Equipam ento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: Pareimonio artistico Activos tangíveis em curso Crédito Agrícola de Paredes 31-12-2012 Valor líquido 228.687 811.388 142.186 48.873 1.231.134 Equipam ento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: Patrimonio artistico 31-12-2011 Am ortizações Am ortizações Alienações acum uladas Im paridadeAquisiçõesTransferências do exercício Im paridade Regularizações e abates Valor bruto 31-12-2010 Am ortizações Am ortizações Alienações acum uladas Im paridadeAquisiçõesTransferências do exercício Im paridade Regularizações e abates Valor bruto 228.687 811.388 142.186 39.880 1.222.141 (75.693) (4.266) (332) (80.291) 8.993 8.993 - - (16.213) (2.844) (4.887) (23.945) - - - 146.791 183.987 48.213 407.363 123.854 122.258 45.568 1.078.034 (101.430) (145.223) (47.804) (372.016) (38.443) (57.898) (12.112) (774.924) - 3.542 1.525 5.067 - (10.387) (12.437) (120) (12.425) (23.072) (11.404) (10.312) (80.157) - - - - - - - - - - - - 6.800 - - - - - - - - - - - - - - - - - 2.306.976 (855.215) 8.993 5.067 - (104.102) - - - 104 Relatório e Contas 2012 31-12-2011 Valor líquido 228.687 719.482 135.077 43.653 1.126.899 38.516 27.853 290 22.922 62.339 52.957 23.144 228.020 6.800 1.361.719 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS – Não aplicável 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição: Empresa Participação Valor de efectiva (%) balanço 31-12-2012 31-12-2012 Sector de actividadeSede CCCAM Fenacam CA Seguros Ca Vida CA Informatica Financeira Comercio e Serviços Seguradora Seguradora Prestação Serviços C C C C C 0,48 0,0005 0,00028 0,0299 0,0653 1.056.340 18 50 44.973 4.401 1.105.782 Valor de balanço 31-12-2011 1056340 18 50 44973 4401 1.105.782 Em 31 de Dezembro de 2012, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Empresa Caixa Central CA Vida CA Seguros CA Informática Fenacam Activo líquido Situação líquida Resultado líquido 6.577.756.065 1.149.801.596 175.368.899 27.952.370 7.337.715 146.179.765 56.706.158 31.110.253 5.630.689 4.673.859 1.573.551 4.150.945 3.179.636 22.107 389.637 * Valores em euros Nota: Todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação. Crédito Agrícola de Paredes 105 Relatório e Contas 2012 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis 2012 2011 291.398 291.398 203.727 203.727 - - 291.398 203.727 128.132 500 28.932 157.564 150.263 430 (16.813) 133.881 76.070 16.776 233.634 150.657 Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta Outros Imposto sobre o rendimento Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar Crédito Agrícola de Paredes 106 Relatório e Contas 2012 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2012 e 2011 foi o seguinte: 2012 Saldo Variação Variação Variação em Adopção da em em e m Re sultados 31-12-2011 IAS 39 Re sultados Transitados Re se rvas Saldo em 31-12-2012 . Activos tangíveis e imparidade - - - - - . Activos intangíveis - - - - - - 16.043 - 4.314 - - 20.357 183 - 41 - - 224 . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa - 31.274 - (459) - - 30.815 120.561 - 67.936 - - 188.497 Provisões para riscos gerais de crédito 35.666 - 2.788 - - 38.454 Provisões para riscos bancários gerais - - - - - - Provisão para aplicações f inanceiras - - - - - - Provisões para imóveis - - - - - - Provisões para outras aplicações - - - - - - Provisões para outros riscos e encargos - - - - - - Reformas antecipadas - - - - - - Desvios actuariais - - - - - - Contribuição ef ectuada - - - - - Provisões para crédito vencido . Pensões Custo não f iscalacumulado - 13.052 13.052 . Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - - . Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - - . Valias fiscais - - - - - - . Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - - . Comissões - - - - - - . Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - - . Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - - . Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - - 203.727 - 87.671 - - 291.398 (…) - 2011 Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em em em Resultados 31-12-2010 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2011 . Activos tangíveis e imparidade . Activos intangíveis . Prémio de antiguidade . Encargos com saúde . Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido 291 - (291) - - - - - - - - 14.060 - 1.983 - - 16.043 183 - - - - 183 31.274 - - - - 31.274 141.403 - (20.842) - - 120.561 Provisões para riscos gerais de crédito 27.419 - 8.247 - - 35.666 Provisões para riscos bancários gerais - - - - - - Provisão para aplicações financeiras - - - - - - Provisões para imóveis - - - - - - Provisões para outras aplicações - - - - - - Provisões para outros riscos e encargos - - - - - - Reformas antecipadas - - - - - - Desvios actuariais - - - - - - Contribuição efectuada - - - - - - . Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - - . Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - - . Valias fiscais - - - - - - . Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - - 2.287 - (2.287) - - - . Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - - . Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - - . Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - - 216.917 - (13.190) - - 203.727 . Pensões . Comissões Crédito Agrícola de Paredes 107 Relatório e Contas 2012 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 2012 2011 Impostos correntes 204.702 167.470 Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis 291.398 87.671 87.671 203.727 (13.190) (13.190) 292.374 Total de impostos reconhecidos em resultados 154.280 Lucro antes de impostos 403.927 717.057 Carga fiscal 72,38% 21,52% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2009 a 2012 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012. Crédito Agrícola de Paredes 108 Relatório e Contas 2012 A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2012 e 2011 pode ser demonstrada como segue: 2012 Taxa de imposto Imposto apurado com base na taxa de imposto 2011 Montante Taxa de imposto Montante 80.721 111.683 65.783 1.805 338 9.058 (22.269) (12.161) 1.914 723 403 4.200 2.770 (2.536) (210) (628) (4.022) Derrama Custo com imposto do exercício 2.763 17.067 47.888 200.618 11.433 212.051 5.044 10.951 32.796 153.463 10.476 163.939 Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores Impostos correntes sobre os lucros (7.349) 204.702 3.531 167.470 Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais Premio Antiguidade Multas+donativos não aceites Activos tangíveis e intangíveis(amotizações) Imparidade Imoveis Impostos Diferidos Diferenças permanentes Dupla Tributação dividendos Majoração Donativos Variações patrimoniais negativas Outras diferenças permanentes Tributações autónomas Correcções relativas a anos anteriores Imposto corrente sobre o lucro do exercício(estimado) Crédito Agrícola de Paredes 109 Relatório e Contas 2012 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Outros metais preciosos Devedores por operações sobre futuros Comissões a Receber-Leasing/Cartões Comissões a receber-CA Seguros Comissões a receber-CA Vida Outros Sector Público Administrativo IVA a recuperar Despesas a debitar a clientes Bonificações a receber Outros devedores diversos Devedores Diversos-CA/30/96 Devedores Diversos-CA Serviços Outros Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros Rendas Outras 31-12-2012 31-12-2011 210 1.258 37.749 33.710 397 210 1.669 39.733 30.592 - 10.667 56.188 13.109 7.222 160.512 12.571 56.188 24.323 1.887 167.173 33.216 8.042 1.000 769 43.027 43.199 8.408 750 769 53.126 Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar 257.657 Operações activas a regularizar(ATM+Rejeitados DO) Outras operações a regularizar IVA 745 Operaçoes a Regularizar-Transf Futuro 26.872 Economato 1.630 Efeitos em trânsito 977 Operaçoes a Regularizar-Sistemas Informaticos 18 Modulo Gestão Imobilizado 241 288.140 491.679 132.682 972 34.910 50 168.614 388.913 22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS- Não aplicável 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO – Não aplicável 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS –Não aplicável 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito Agrícola de Paredes 110 Relatório e Contas 2012 Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário Recursos a muito curto prazo Depósitos-DP -Direitos Adicionais de Crédito Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Outras instituições de crédito Recursos a muito curto prazo Depósitos Empréstimos Operações de venda com acordo de recompra Outros recursos Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura Juros a pagar 31-12-2012 31-12-2011 1.410.000 1.410.000 - - - - - - - - - 473 - 1.410.473 - Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos 31-12-2012 31-12-2011 1.410.473 1.410.473 - 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Crédito Agrícola de Paredes 111 Relatório e Contas 2012 Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 31-12-2011 Depósitos À ordem 11.782.929 A prazo 21.758.537 De poupança 25.178.730 Outros recursos de clientes Outros (Depositos Consignados) 2.863 Cheques Visados 500 11.845.366 13.365.421 30.089.784 3.691 Juros a pagar 530.132 435.004 59.253.691 55.739.266 Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a Pagar 31-12-2012 31-12-2011 29.742.981 28.406.696 573.882 - 33.946.821 19.865.285 1.492.156 - 530.132 59.253.691 435.004 55.739.266 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS – Não aplicável 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS –Não aplicável 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA –Não aplicável Crédito Agrícola de Paredes 112 Relatório e Contas 2012 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2012 e 2011 foi o seguinte: Saldos em 31-12-2011 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Provisões: - Riscos gerais de crédito - Outros riscos e encargos - Riscos bancários gerais Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Outros activos Saldos em Utilizações Transferências 31-12-2012 148.510 740.654 889.164 34.021 910.606 944.627 (38.251) (278.500) (316.751) (27.503) (320.202) (347.705) - 116.777 1.052.558 1.169.335 348.015 348.015 30.379 30.379 (49.251) (49.251) - - 329.143 329.143 7 - - - - 7 50.000 50.000 28.094 28.094 - - - 78.094 78.094 1.287.186 1.003.100 (366.002) (347.705) - 1.576.579 Saldos em 01-01-2010 Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa - Crédito e juros vencidos - Risco-país Reposições e anulações Reforços Reposições e anulações Reforços Saldos em Utilizações Transferências 31-12-2011 144.529 870.267 1.014.796 20.948 464.424 485.372 (16.967) (405.484) (422.451) (188.553) (188.553) - 148.510 740.654 889.164 310.096 310.096 64.932 64.932 (27.013) (27.013) - - 348.015 348.015 7 - - - - 7 30.000 30.000 20.000 20.000 - - - 50.000 50.000 1.354.899 570.304 (449.464) (188.553) - 1.287.186 31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL – Não aplicável 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS – Não aplicável 33. OUTROS PASSIVOS Crédito Agrícola de Paredes 113 Relatório e Contas 2012 Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Credores e outros recursos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Fenacam CA Serviços CA Informática EDP A.Trigueira & Irmão (Novo Balcão) Outros Outros Credores Contas Cativas -Penhoras e Entregas Contencioso) Befenor + Marcalotes(Novo Balcão) Pincet + Nuno Strothman(Novo Balcão) Outros Responsabilidades com pensões Encargos a pagar Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Outros Por gastos gerais administrativos Outros (SROC;CA Serrv+CA Inf) Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Valores a regularizar Outras operações a regularizar Transferências eletrónicas Iva Liquidado Meios eletrónicos pagamento-Mov Cartão Compensação Cheques/Efeitos Outros Crédito Agrícola de Paredes 114 31-12-2011 59.124 13.228 1.426 1.272 2.445 48.533 15.667 270 1.255 2.892 11.398 10.678 30.897 1.296 2.952 5.825 9.473 8.272 14.183 1.122 49.708 46.901 6.571 11.125 70.704 56.066 98.742 76.819 22.660 6.000 - 78.608 73.758 33.500 13.637 3.257 4.652 17.946 67.571 34.241 9.035 661.824 11.232 2.143 15.866 22.326 8.616 502.477 13.747 66.658 Relatório e Contas 2012 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: 31-12-2012 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos Créditos documentários abertos Garantias Reais(activos dados em garantia) 31-12-2011 1.210.260 7.665.833 1.450.140 - Compromissos perante terceiros Contratos a prazo de depósitos Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - - 1.799.329 623.048 - 1.800.718 474.167 - Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição Outras 2.014.385 1.044.533 - 2.714.471 1.333.993 - 14.357.388 7.773.489 35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte: Accionistas: 2351 Socios (2012) e 2204 Socios (2011) Títulos Próprios N º de acções 2012 Valor Nom inal 271.945 753.754 1.025.699 1.359.725 26,51% 245.897 3.768.770 73,49% 623325 5.128.495 100,00% 869.222 % N º de acções 2011 Valor Nominal 1.229.485 3.116.625 4.346.110 % 28,29% 71,71% 100,00% Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. Crédito Agrícola de Paredes 115 Relatório e Contas 2012 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: 31-12-2012 31-12-2011 - - 2.650.007 200.765 (5.594) 2.845.177 315.828 3.161.005 2.546.090 469.060 (15.611) 2.999.539 519583 3.519.122 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (…) Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda (…) Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Lucro do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. . Crédito Agrícola de Paredes 116 Relatório e Contas 2012 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Juros de outras disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos-juros cartão crédito Particulares Habitação Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Crédito externo Particulares Habitação Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes Outros juros e rendimentos similares(Vencidos) Crédito Agrícola de Paredes 117 31-12-2011 745 - 653 - 888.599 575.218 106.510 803.299 175.490 55.908 1.515 119.773 724.170 127.336 51.200 118 294.155 304.518 286.529 225.694 12.252 568.093 49.866 35.706 3.278.666 12.583 579.932 34.271 39.389 2.794.856 2.880 822 12 - 34 9.636 43.151 3.334.345 9.583 55.357 2.860.652 Relatório e Contas 2012 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Juros de recursos de outras instituições de crédito no país 2.515 no estrangeiro Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.747.338 Juros de passivos financeiros de negociação instrumentos financeiros derivados Juros de derivados de cobertura Juros de passivos subordinados Outras comissões pagas: operações de crédito Outros juros e encargos similares 1.749.853 31-12-2011 1.743 1.284.099 1.285.842 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes Emitidos por não residentes 31-12-2012 31-12-2011 - - Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas (CA Seguros e Ca Vida) 2.001 Investimentos em empreendimentos conjuntos No estrangeiro Investimentos em filiais Investimentos em associadas Investimentos em empreendimentos conjuntos 2.001 Outros instrumentos de capital Crédito Agrícola de Paredes 118 2.002 2.002 - - 2.001 2.002 Relatório e Contas 2012 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 31-12-2011 Por garantias prestadas Garantias e avales Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Operações de crédito Comissão abertura e utilizaçao Comissão Processamento Outras operações de crédito Outros serviços prestados Comissão registo e distrates Comissão interbancárias de cartões Comissão intermediação Comissão de colocação e comercialização Outras comissões e serviços bancários Outras comissões recebidas Gestão de conta DO Cheques e ordens de levantamento Extractos e 2ªs vias Mora ou contencioso Moeda estrangeira-compra / venda Emissão caderneta Otras Comissões recebidas Outras comissões recebidas Crédito Agrícola de Paredes 119 32.008 32.008 32.742 32.742 50.021 50.021 39.724 39.724 - - 11 14.491 11.073 50 36.451 9.194 10.237 80 32.706 132.320 36.899 353.283 500 131.820 23.841 129.019 23.518 893.275 126.953 33.891 274.166 925 112.435 44.949 119.421 34.788 799.746 65.253 108.799 135 99.039 891 70 10.230 284.417 64.945 114.439 219 70.616 1.051 165 7.671 259.107 - - 1.259.721 1.131.319 Relatório e Contas 2012 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Por garantias recebidas Por compromissos assumidos por terceiros Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito Cobrança de valores Administração de valores Outros Comissões interbancárias Outras Comissões pagas-Sicam Cartões Outras Comissões 31-12-2011 - - 12.904 16.666 15.380 22.787 1 58.335 7.047 103.550 66.688 12.345 108.603 42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS –Não aplicável 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA – Não aplicável 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo 31-12-2012 31-12-2011 3.367 - 4.482 - 45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Resultados em activos não financeiros Perdas na alienação de activos não correntes (19.600) (…) Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos (19.600) 31-12-2011 (16.597) (16.597) 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: Crédito Agrícola de Paredes 120 Relatório e Contas 2012 31-12-2012 31-12-2011 Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país No estrangeiro Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Propriedades de investimento em locação financeira Outros activos tangíveis Outros activos não financeiros Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional Ganhos em operações descontinuadas Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros (inclui reduçao Responsabilidades Fundo Pensões) Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo Perdas em activos financeiros Outros encargos e gastos operacionais Multas Desastres ou outros sinistros-Franquia Seguros (Assalto agências) Falhas na gestão de procedimentos Anulação Juros vencidos Despesas de condomínio Outros Encargos (inclui encargos cartão Club Associado) Outros Encargos e despesas-exercicios anteriores Outros impostos e taxas Crédito Agrícola de Paredes 121 - - - - - - 41.722 42.692 20.598 57.939 22.079 8.862 151.200 22.225 55.096 17.998 21.906 159.917 (19.618) (30.593) (31.615) (17.822) (39.174) (120) (19.982) (869) (19.741) (47.401) (10.608) (180.546) (1.010) (3.031) (33) (4.526) (647) (31.699) (48.183) (13.090) (159.215) (29.346) 702 Relatório e Contas 2012 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2012 Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização 0 Remuneração Mensal 66.157 Subsidios Ferias e Natal 10.800 Senhas presença 6.000 Empregados Remuneração Mensal 306.117 Remunerações adicionais Trabalho extraordinário 42 Subsidio Férias/Natal/Caixa/Alimentação197.053 5.286 Prémios (inclui antig. E desempenho) Outras Remunerações 25.941 Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) 10.966 Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família Segurança Social 117.080 SAMS 26.159 Outros Outros encargos sociais obrigatórios: Seguros Acid Trab/Medicina Trab. 6.012 Encargos sociais facultativos Outros custos com pessoal: 18.736 Outros ( Acertos mens subsidio ferias+Pag. Ferias) 796.350 31-12-2011 85.571 338.897 3.908 205.102 10.616 38.652 15.895 121.858 28.654 5.489 6.836 861.479 O número médio de colaboradores da Caixa em 2012 e 2011 apresenta a seguinte composição: 2012 Direcção Chefias e gerência Quadros técnicos Administrativos Outros Crédito Agrícola de Paredes 2011 3 6 2 13 24 3 6 2 13 24 122 Relatório e Contas 2012 Remuneração Nomes Cargo Fixa Variável António Francisco Coelho Pinheiro Presidente do Conselho de Administração €14.204,44 €0.00 Rui Manuel Moreira Coelho Vogal do Conselho de Administração €14.204,44 €0.00 Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho Silva Vogal do Conselho de Administração €48.778,24 €0.00 Sara Clarinda Ferreira dos Santos Presidente do Conselho Fiscal €0.00 €1.500,00 José Manuel Moreira Campos Vogal do Conselho Fiscal €0.00 €1.500,00 António Francisco Oliveira Ferreira Vogal do Conselho Fiscal €0,00 €1.500,00 Amadeu da Conceição Moreira Rodrigues Cambão Revisor Oficial de Contas €6.150,00 €0.00 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito Agrícola de Paredes 123 Relatório e Contas 2012 31-12-2012 Com fornecimentos: Água energia e combustíveis 44.934 Material de consumo corrente 17.644 Publicações 193 Material de higiene e limpeza 859 Outros fornecimentos de terceiros 42.503 Com serviços: Rendas e alugueres Renda Instalações 9.250 Aluguer Equip.Inform-RIMO(Nov/Dez) 11.907 Comunicações Serviços Postais 36.495 Telefone 11.475 Linhas teletransmissão 50.663 Deslocações, estadas e representação 9.112 Publicidade e edição de publicações Publicidade Obrigatória 246 Brindes 4.419 Outras Despesas C/Publicidade 19.207 Conservação e reparação 23.850 Transportes 2.821 Formação de pessoal 1.271 Seguros Seguros instalações 4.486 Seguro acidentes pessoais 2.009 Seguro Viaturas 1.650 Seguro Valores 3.704 Outros Seguros ( Equip.Elect+Vida) 12.976 Serviços especializados: Avenças e honorários 66.702 Judiciais contencioso e notariado 12.417 Informática 250.207 Segurança e vigilância Limpeza 16.361 Outros serviços especializados: Estudos e Consultas 4.121 Serviços Multibanco(SIBS) 31.344 15.969 Consultores e auditores externos Avaliadores externos 17.814 Outros serviços de terceiros Compensação 9.759 Outros Serv (BP Net/Fenacam…)66.034 1.053 Gastos gerais Adminis-Exºs anteriores Recrutamento Pessoal 803.454 31-12-2011 41.935 23.032 769 39.079 9.000 35.057 11.361 46.101 9.118 105 8.002 25.168 30.075 2.562 4.229 4.888 2.102 2.337 3.748 14.049 72.220 14.280 245.206 47 17.537 31.700 15.485 16.179 11.339 47.252 3.966 1.765 789.691 Esta rubrica contempla já custos tidos com o novo balcão, e no que concerne ao aumento da rubrica de rendas e alugueres, no fim do ano os custos do Rimo passaram a ser contabilizados numa conta de aluguer de equipamento em vez de ser contemplado nos serviços especializados. Crédito Agrícola de Paredes 124 Relatório e Contas 2012 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: Outras empresas do Coligadas Grupo Total Coligadas Outras empresas do Grupo Total Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - - 49.424 1.056.365 1.105.789 49.424 1.056.365 1.105.789 Activos financeiros disponíveis para venda - 275.900 - 291.700 Aplicações em instituições de crédito - 24.336.912 275.90024.336.912- - 18.850.563 Crédito a clientes - - - - Outros activos - - --- 291.70018.850.563-- - - -- - - --- - --- Activos financeiros-Investimentos em filiais Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação - - Recursos de outras instituições de crédito - 1.410.473 Recursos de clientes e outros empréstimos - - Responsabilidades representadas por títulos - - Passivos subordinados - - Outros passivos - - Custos: Juros e encargos similares - - Encargos com serviços e comissões - 108.603 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Gastos gerais administrativos - - 426.404 2.708 Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração - 889.844 2.001 - 123.394 29.618 - - Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - Garantias recebidas - - Compromissos perante terceiros - Operações cambiais e instrumentos derivados - 1.410.473------ - - - - - - ---- -- - - 108.603-- - 103.550 - - 429.112889.844- 318.875 68.928 - 575.871 2.001153.013- - 2.002 116.008 48.406 - - 2.002164.414--- --- 103.550-387.803575.871- - - - - - --- - - --- - -- - - -- As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. Crédito Agrícola de Paredes 125 Relatório e Contas 2012 50. PENSÕES DE REFORMA 1) IMPACTO CONTABILÍSTICO 1.i) OBJECTIVO O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de acordo com a norma “IAS 19 – Benefícios aos empregados”. 1.ii)ENQUADRAMENTO De acordo com o IAS 19, os pressupostos actuariais de cálculo das responsabilidades com o complemento de pensões são mais conservadores do que os usados no PCSB, pelo que, com a adopção das NCA’s, verificou-se a necessidade de registar um passivo correspondente à parcela de responsabilidades não cobertas pela quota parte do valor dos activos do Fundo. Adicionalmente, com o IAS 19, surgiu a necessidade de registar como passivo as responsabilidades pela obrigação de pagar prémios de antiguidade e de incorrer em encargos com o SAMS. 1.iii)CONTABILIZAÇÃO EM NCA’S 1.iii.a)Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes: 1-01-2007 Fundo de pensões A.1 Responsabilidades PCSB 10.401 A.2. Impacto da transição para IAS 19: 33.231 A.2.1. Tábua de mortalidade A.2.2. Pressupostos financeiros 31.199 A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 43.632 A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 12.246 A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 31.386 Crédito Agrícola de Paredes 2.032 126 Relatório e Contas 2012 1-01-2007 Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 67.557 B.2. Com licenças sem vencimento 0 B.3. Com pré-reformados 0 B.4. Com pensões em pagamento 0 B. Total 67.557 1-01-2007 Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores C.2. Com licenças sem vencimento C. Total 40.482 0 40.482 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM PAREDES prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008. Crédito Agrícola de Paredes 127 Relatório e Contas 2012 Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue: 31-12-2007 Nº anos Diferir A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade A.2.2.2007 1.742 Data Limite Difer. 9 anos 2016 Alteração dos pressupostos financeiros 24.959 7 anos 2014 A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 1.476 7 anos 2014 B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 57.906 9 anos 2016 Reconhecimento anual nos resultados transitados: 31-12-2012 A.2.1.2012 Alteração da tábua de mortalidade 194 A.2.2.2012 Alteração dos pressupostos financeiros 3.566 A.2.3.2012 Excesso de cobertura em PCSB 211 B.2012 Encargos com saúde (SAMS) 6.434 2012 TOTAL 10.404 1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2012 Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM PAREDES com referência a 31 de Dezembro de 2012 e de 2011 foram os seguintes: Crédito Agrícola de Paredes 128 Relatório e Contas 2012 31/12/2012 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação 31/12/2011 TV – 88/90 TV – 88/90 EVK 80 EVK 80 65 65 “Projected Unit “Projected Unit Credit” Credit” Pressupostos financeiros: Taxa de desconto 4,50% Taxa de rendimento 3,90% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 2,0 % 5,50% 4,27% 2,0% Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,81% - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,75% 1,81% 1,75% Em 31 de Dezembro de 2012, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de reforma e respectiva cobertura, são as seguintes: 31-12-2012 F.2012 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 214.272 F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 165.659 F.2 Com licenças sem vencimento 23.167 F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento 25.446 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM PAREDES é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente 12.905 G.2 + Custo dos juros 10.103 G.3 - Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões 6.956 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 13.084 G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0 G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 29.137 O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM PAREDES foi o seguinte: Crédito Agrícola de Paredes 129 Relatório e Contas 2012 A.4.2011 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2011 178.305 H.1 (+) Contribuições efectuadas 11.470 H.1.1 Pela CCAM PAREDES 0 H.1.2 Pelos empregados 11.470 H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 16.486 H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8.552 H.9 (+) Participação de resultados no seguro 6.920 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 0 H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros 0 H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.136 H.7.2012 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2012 H.8. 202.494 Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2012 24.189 (H.7.2012 – A.4.2011) O movimento ocorrido durante o exercício de 2012 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2011 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2011 170.785 G.1 (+) Custo do serviço corrente 12.905 G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 1.435 H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 11.470 G.2 (+) Custo dos juros 10.103 G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 22.615 G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas 0 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 0 H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros 0 H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.136 F.2012 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2012 214.272 K. Variação nas responsabilidades em 2012 (F.2012 – F.2011) 43.487 O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2012, de acordo com o Aviso 4/2005 do Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte: F.2012 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 214.272 I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2012 32.450 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005) 174.003 I.3 Nível de cobertura (Aviso 4/2005) (%) 116 Crédito Agrícola de Paredes 130 Relatório e Contas 2012 I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 126.531 I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 160 Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial. Em 31-12-2012 a decomposição do corredor é a seguinte: J.2012 21.427 Corredor 2012 G.4.2011 (Saldo) (+) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2011 -74.179 J.2011 (Ganhos) e perdas actuariais dentro do corredor -17.831 J.1.2011 (Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor -56.348 J.3.2012 (-) Amortização de desvios actuariais em 2012 -2.167 G.4.Ano (+/-) Desvios actuariais gerados em 2012 13.084 G.4.2.Ano Desvio financeiro [(Ganho)/Perda] -9.530 G.4.1. Desvio actuarial [(Ganho)/Perda] 22.615 (=) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2012 G.4.2012 (Saldo) -58.928 (G.4.20011 – H.1.2 - J.3.2012 + G.4.Ano) J.Dentro_2012 Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor em 31-12-2012 -21.427 J.Fora_2012 Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em 31-12-2012 J.2. Tempo de serviço médio futuro dos activos do fundo 26 -37.501 A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade - 31-12-2011 N.1.2011 Com trabalhadores no activo 70.092 N.2.2011 Com licenças sem vencimento 3.666 N.2011 Total 73.758 Crédito Agrícola de Paredes 131 Relatório e Contas 2012 Prémio de Antiguidade - 31-12-2012 N.1.2012 Com trabalhadores no activo 72.830 N.2.2012 Com licenças sem vencimento 3.989 N.2012 Total 76.819 Prémio de Antiguidade - Variação O.1. Com trabalhadores no activo 2.737 O.2. Com licenças sem vencimento 324 O. Total 3.061 51-NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R, DE 30 DE DEZEMBRO RELATO FINANCEIRO DOS MEDIADORES DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS Nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo DecretoLei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, compete ao Instituto de Seguros de Portugal estabelecer as regras de contabilidade aplicáveis à actividade de mediação de seguros ou de resseguros. O Plano Oficial de Contabilidade (POC), que tem vindo a ser aplicado na actividade de mediação, foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, sendo criado em sua substituição o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) que entra em vigor no primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. O SNC incorpora um corpo de regras coerentes com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), sendo a sua aplicação pela actividade de mediação potenciadora de uma maior transparência e rigor, o que, necessariamente, terá também reflexos positivos ao nível concorrencial no mercado. Contudo, sendo o SNC um plano de aplicação generalizada, o mesmo não atende a algumas especificidades da actividade de mediação de seguros ou de resseguros, pelo que se julga adequado estabelecer alguns requisitos específicos de relato adicionais. Refira-se que tendo sido ponderada a possibilidade de desenvolvimento, em alternativa, de um plano completo e específico de contabilidade para o sector da mediação, considerou-se que tal criaria mais uma sectorização no plano de normalização contabilística nacional, em sentido contrário ao da convergência internacional em sede das NIC. Acerca da aplicação das NIC, sublinha-se que a Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, veio já prever a possibilidade das sociedades de mediação de seguros poderem adoptar essas normas internacionais quer nas contas consolidadas, quer nas individuais, em linha com o processo de aproximação aos princípios de contabilização internacionais. Refira-se também que a presente reformulação, embora decorra directamente da revogação do POC, era igualmente uma necessidade premente face à evolução da actividade de mediação. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro Assim, o Instituto de Seguros de Portugal, nos termos da alínea f) do artigo 58.º do Decreto- -Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e do n.º 3 do artigo 4.º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 289/2001, de 13 de Novembro, emite a seguinte Norma Regulamentar: CAPÍTULO I Disposições gerais Crédito Agrícola de Paredes 132 Relatório e Contas 2012 Artigo 1.º Objecto A presente Norma Regulamentar tem por objectivo estabelecer os princípios aplicáveis ao relato financeiro dos mediadores de seguros ou de resseguros, designadamente no que se refere ao respectivo regime contabilístico e requisitos de divulgação adicionais, bem como ao reporte ao Instituto de Seguros de Portugal. Artigo 2.º Âmbito A presente Norma Regulamentar aplica-se aos mediadores de seguros ou de resseguros que possuam ou devam possuir contabilidade organizada nos termos legais. CAPÍTULO II Regime Contabilístico Artigo 3.º Princípio geral 1 — Os mediadores de seguros ou de resseguros que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 3 2 — Os mediadores de seguros ou de resseguros incluídos no âmbito da consolidação, quer das entidades abrangidas pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, quer das entidades que optem por elaborar as respectivas contas consolidadas de acordo com as NIC, podem optar por elaborar as respectivas contas individuais em conformidade com as NIC, desde que estas sejam objecto de certificação legal de contas. 3 — Os mediadores de seguros ou de resseguros, que não sejam abrangidos pelo artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 e que não tenham optado pela adopção das NIC nos termos dos números anteriores, com excepção dos sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, devem aplicar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo DecretoLei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o qual compreende também a Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE). CAPÍTULO III Requisitos de divulgação adicionais Artigo 4.º Anexo 1 — Sem prejuízo do regime contabilístico adoptado nos termos do artigo anterior, os mediadores de seguros ou de resseguros devem ainda incluir no Anexo uma nota específica e separada das restantes notas, a denominar “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros”, que deve conter, como mínimo, a seguinte informação respeitante à actividade de mediação de seguros ou de resseguros: Crédito Agrícola de Paredes 133 Relatório e Contas 2012 a) Descrição das políticas contabilísticas adoptadas para reconhecimento das remunerações, incluindo os métodos, quando aplicável, utilizados para determinar, nos termos da Norma contabilística e de relato financeiro (NCRF) 20 ou da International Accounting Standard (IAS) 18, consoante o regime aplicável, a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de serviços ao longo do período de vigência do contrato de seguro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada; b) Indicação do total das remunerações recebidas desagregadas por natureza (numerário/espécie) e por tipo (comissões, honorários e outras remunerações); Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro c) Indicação do total das remunerações relativas aos contratos de seguro por si intermediados desagregadas por Ramo “Vida”, Fundos de Pensões e conjunto dos ramos “Não vida”, e por origem (por empresas de seguros, outros mediadores e clientes); d) Indicação da existência de níveis de concentração, ao nível de empresas de seguros, outros mediadores e clientes, iguais ou superiores a 25% do total das remunerações auferidas pela carteira; e) Valores das contas “clientes” no início e final do exercício, assim como o volume movimentado no ano, aplicável para os mediadores de seguros que movimentem fundos relativos a contratos de seguros; f) Contas a receber e a pagar desagregadas por origem (tomadores de seguro, empresas de seguros, outros mediadores e clientes); g) Indicação dos valores agregados incluídos nas contas a receber e a pagar segregados por: i) Fundos recebidos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro; ii) Fundos em cobrança com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios de seguro; iii) Fundos que lhe foram confiados pelas empresas de seguros com vista a serem transferidos para tomadores de seguro, segurados ou beneficiários; iv) Remunerações respeitantes a prémios de seguro já cobrados e por cobrar; v) Outras quantias com indicação da sua natureza; h) Análise da idade das contas a receber vencidas à data de relato mas sem imparidade e das contas a receber individualmente consideradas com imparidade, bem como os factores que o mediador de seguros ou de resseguros considerou na determinação dessa imparidade; i) Informação acerca de eventuais garantias colaterais detidas a título de caução e outros aumentos de crédito e, salvo se impraticável, uma estimativa do seu justo valor; j) Transmissões de carteiras de seguros em que tenha participado durante o exercício, com indicação dos valores envolvidos; Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 5 k) Contratos cessados com empresas de seguros nos termos do artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 144/2006, de 31 de Julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 359/2007, de 2 de Novembro, e indicação de eventuais indemnizações de clientela; l) Breve descrição da natureza de obrigações materiais, incluindo passivos contingentes, e quando praticável uma estimativa do seu efeito financeiro, excepto se essa informação já se encontrar descrita noutra nota, caso em que deve ser explicitamente identificada. Crédito Agrícola de Paredes 134 Relatório e Contas 2012 2 — No caso dos corretores de seguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no número anterior, quando aplicável, a seguinte informação: a) Indicação das empresas de seguros cujas remunerações pagas ao corretor de seguros representem, cada uma, pelo menos 5% do total das remunerações auferidas pela sua carteira, com indicação das respectivas percentagens; b) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para as empresas de seguros para pagamento de prémios relativamente aos quais as mesmas não lhe tenham outorgado poderes para o recebimento em seu nome. 3 — No caso dos mediadores de resseguros, a nota “Prestação do serviço de mediação de seguros ou de resseguros” deve ainda incluir, para além da informação prevista no n.º 1, quando aplicável, a seguinte informação: a) O valor total dos fundos que recebeu com vista a serem transferidos para os resseguradores para pagamento de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança; b) O valor total dos fundos que lhe foram confiados pelos resseguradores com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 6 CAPÍTULO IV Publicação dos documentos de prestação de contas Artigo 5.º Contas anuais Sem prejuízo da publicação dos documentos de prestação de contas nos termos previstos na legislação comercial, os mediadores de seguros ou resseguros devem proceder à publicação integral dos seguintes documentos de prestação de contas anuais: a) Relatório de gestão; b) Balanço, conta de ganhos e perdas/demonstração de resultados e anexo às contas; c) Certificação legal de contas, quando aplicável; d) Parecer do órgão de fiscalização, quando exista. Artigo 6.º Meios a utilizar 1 — A publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efectuada no sítio da Internet do respectivo mediador de seguros ou resseguros. 2 — Se o mediador de seguros ou resseguros não dispuser de sítio autónomo na Internet, pode efectuar a publicação referida no número anterior em área expressamente reservada e devidamente assinalada em sítio institucional de grupo empresarial do qual faça parte, aplicando-se a essa publicação, com as devidas adaptações, o regime constante do presente capítulo. Crédito Agrícola de Paredes 135 Relatório e Contas 2012 3 — No caso de o mediador de seguros ou resseguros não dispor de sítio da Internet nos termos dos números anteriores, deve manter os documentos previstos no artigo anterior nos respectivos estabelecimentos, facultando o acesso imediato e sem custos a qualquer interessado. 4 — Tratando-se de mediador de seguros ou de resseguros sujeito à supervisão de outra autoridade de supervisão do sector financeiro, a publicação dos documentos previstos no artigo anterior deve ser efectuada mediante utilização dos meios exigidos na respectiva legislação ou regulamentação sectorial aplicável. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 7 Artigo 7.º Termos da publicação 1 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet deve ser efectuada em área devidamente assinalada em local de fácil acessibilidade ao utilizador e de forma que permita a respectiva reprodução em boas condições de legibilidade. 2 — Os documentos de prestação de contas anuais devem manter-se acessíveis no sítio da Internet, ou disponíveis nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros, no mínimo durante três anos após a respectiva publicação. 3 — A publicação dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet não deve ser efectuada de forma a que esses possam ser confundidos com mensagens de natureza publicitária. Artigo 8.º Prazo O prazo máximo para a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais no sítio da Internet ou para disponibilização nos estabelecimentos do mediador de seguros ou resseguros é de seis meses após o termo do exercício económico. Artigo 9.º Divulgação da publicação 1 — No prazo máximo de quinze dias após a publicação integral dos documentos de prestação de contas anuais ou da disponibilização nos estabelecimentos, o mediador de seguros ou resseguros deve, consoante o caso, informar o Instituto de Seguros de Portugal qual a hiperligação para o sítio da Internet em que se encontram publicados, ou remeter-lhe um ficheiro com os documentos em causa. 2 — No caso de mediadores de seguros ou de resseguros sujeitos à supervisão de outras autoridades de supervisão do sector financeiro, o dever previsto no número anterior restringe-se à nota do Anexo a que se refere o artigo 4.º. Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 8 3 — O Instituto de Seguros de Portugal divulga no seu sítio da Internet, consoante o caso, a informação relativa à hiperligação para o sítio da Internet em que podem ser consultados os documentos de prestação de contas, ou o ficheiro com os documentos em causa. 4 — Os deveres previstos nos números anteriores aplicam-se aos corretores de seguros e aos mediadores de resseguros, bem como aos restantes mediadores de seguros que aufiram remunerações anuais de montante igual ou superior a 1 milhão de euros. CAPÍTULO V Crédito Agrícola de Paredes 136 Relatório e Contas 2012 Reporte Artigo 10.º Reporte para efeitos de supervisão 1 — Os corretores de seguros e mediadores de resseguros devem enviar anualmente ao Instituto de Seguros de Portugal, até 15 dias após a aprovação das contas, em relação à actividade exercida no ano imediatamente anterior, o relatório e contas anuais, o parecer do órgão de fiscalização e o documento de certificação legal de contas emitido pelo revisor legal de contas, o mais tardar até 15 de Abril, mesmo que o relatório e contas não se encontrem aprovados. 2 — Os ficheiros utilizados, pelos corretores de seguros e mediadores de resseguros, para efeitos de reporte devem ser remetidos ao Instituto de Seguros de Portugal, através do portal ISPnet residente em www.isp.pt. CAPÍTULO VI Disposições transitórias e finais Artigo 11.º Revogações Com a entrada em vigor da presente Norma Regulamentar são revogadas as seguintes disposições: a) O artigo 41.º da Norma Regulamentar n.º 17/2006-R, de 29 de Dezembro, alterada pelas Normas Regulamentares n.º 8/2007-R, de 31 de Maio, n.º 13/2007-R, de 26 de Julho, n.º 19/2007-R, de 31 de Dezembro e 17/2008-R, de 23 de Dezembro; Norma Regulamentar n.º 15/2009-R, de 30 de Dezembro 9 b) O artigo 4.º da Norma Regulamentar n.º 5/2005-R, de 18 de Março, alterada pela Norma Regulamentar n.º 4/2006-R, de 15 de Maio. Artigo 12.º Aplicação A presente Norma Regulamentar é aplicável a partir do primeiro exercício que se inicia em ou após 1 de Janeiro de 2010. Artigo 13.º Entrada em vigor A presente Norma Regulamentar entra em vigor no dia imediato ao da respectiva publicação. O CONSELHO DIRECTIVO CCAM: Paredes Crédito Agrícola de Paredes 137 Relatório e Contas 2012 Prestação de serviços de mediação de seguros ou de resseguros A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Paredes está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2012, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Ramos Não Vida Ramo Vida Fundos de Pensões Total Segurador a CA Seguros CA Vida CA Vida 2010 2011 2012 57.623,12 67.114,48 69.817,86 % por Origem 2012 56,6% 40.162,70 1.287,92 99.073,74 48.030,93 862,36 116.007,77 52.250,70 1.325,76 123.394,32 42,3% 1,1% 100,0% . 52-FUNDOS PRÓRIOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida: Crédito Agrícola de Paredes 138 Relatório e Contas 2012 2012 2011 Fundos próprios de base Fundos próprios complementares Deduções 7.342.757 37.758 Fundos próprios totais 7.380.515 7.490.822 56.777 7.547.599 Riscos ponderados totais 28.653.158 29.081.014 21,67% 0,00% 21,78% 22,12% 0,00% 22,29% Rácio TIER I Rácio TIER II Rácio de solvabilidade Paredes, 24 Fevereiro de 2013 O Responsável da Contabilidade Ascensão Barbosa Crédito Agrícola de Paredes O Conselho de Administração Executivo Engº António Francisco Coelho Pinheiro Rui Manuel Moreira Coelho Maria Madalena Vieira Nogueira Carvalho 139 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 140 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 141 Relatório e Contas 2012 7 – CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS Crédito Agrícola de Paredes 143 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 144 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 145 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 146 Relatório e Contas 2012 8 – RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Crédito Agrícola de Paredes 147 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 148 Relatório e Contas 2012 Crédito Agrícola de Paredes 149 Relatório e Contas 2012