Traduzir para uma comunidade multilingue Comissão Europeia Missão Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo O OBJECTIVO DESTA BROCHURA É apresentar um dos maiores serviços de tradução do mundo, a Direcção-Geral da Tradução (DGT) da Comissão Europeia. A missão da DGT, sigla pela qual é conhecida, é satisfazer as necessidades de tradução e de assessoria linguística em relação a todos os tipos de comunicação escrita, apoiar e reforçar o multilinguismo na União Europeia (UE) e ajudar a União a aproximar-se dos cidadãos, promovendo, assim, a sua legitimidade, transparência e eficiência. A DGT trabalha em todas as línguas oficiais da União Europeia, que vão aumentando à medida que se verificam novas adesões. Por que motivo utilizar um sistema tão complicado, em vez de recorrer apenas a algumas línguas, como fazem outras organizações internacionais? A resposta reside na própria natureza da União Europeia e no papel da Comissão enquanto «guardiã dos Tratados» que constituem a base jurídica da UE. s oV A Comissão está ao serviço da União Europeia e dos seus cidadãos, uma comunidade bastante diferente das que as organizações intergovernamentais tradicionais servem. A legislação da UE tem de ser publicada nas línguas oficiais de todos os Estados-Membros porque irá tornar-se também legislação nacional para estes últimos e, portanto, directamente aplicável a todos os seus cidadãos. Importa, por conseguinte, que esses cidadãos (e os respectivos tribunais nacionais) possam lê-la e compreendê-la nas suas próprias línguas. Muito antes, porém, as propostas legislativas devem ser amplamente debatidas a todos os níveis (europeu, nacional e local) sob uma forma acessível e não reservada a linguistas e diplomatas. Todos na União têm direito a contribuir para o debate, na língua oficial da sua escolha. É uma questão de transparência e democracia. Daí que, logo desde o advento do projecto europeu que se transformou na Comunidade Europeia e é agora a União Europeia, foi decidido que as línguas oficiais (na altura em Por que temos de trabalhar em TODAS as línguas oficiais, em vez de utilizar apenas algumas, como fazem outras organizações internacionais? número de quatro) seriam as dos Estados-Membros. Este princípio está consagrado no Regulamento n.° 1 de 1958, que é alterado de cada vez que um novo país adere à UE para incluir a ou as suas línguas Mas a legislação não é tudo. As instituições da União Europeia devem estar tão acessíveis e abertas quanto possível, ao grande público assim como a departamentos governamentais e a grupos de interesse oficiais e não oficiais de todos os tipos. A Comissão considera seu dever fomentar uma cultura democrática em que as características individuais, locais, regionais e nacionais sejam respeitadas e protegidas. Este aspecto reflecte-se também no artigo 21.° do Tratado que institui a Comunidade Europeia, segundo o qual os cidadãos dos Estados-Membros têm o direito de comunicar com as instituições da UE na sua própria língua. Que as línguas oficiais tenham estatuto idêntico não significa que todos os textos sejam traduzidos em todas as línguas oficiais. Uma carta a determinado indivíduo ou uma nota interna, por exemplo, serão redigidas apenas numa língua e poderão ou não requerer tradução. Um comité pode decidir trabalhar num número de línguas limitado até elaborar uma proposta destinada a uma discussão mais ampla, a qual deve então ser disponibilizada em todas as línguas oficiais. No interesse da relação custo/eficácia, a Comissão gere as suas actividades internas em inglês, francês e alemão, tornando-se integralmente multilingue só quando comunica com as outras instituições da UE, com os Estados-Membros e com o público. À medida que a União Europeia vai crescendo, crescem igualmente as dificuldades práticas relacionadas com a concessão de estatuto idêntico às línguas das nações que a constituem. Não obstante, qualquer abordagem que possa não respeitar as línguas dos povos da União trairá os próprios fundamentos da filosofia que lhe está subjacente. 01 B Ŧ As instituições da União Europeia devem ser tão acessíveis e abertas quanto possível, ao grande público, assim como a departamentos governamentais e a grupos de interesse oficiais e não oficiais de todos os tipos. A Comissão considera seu dever fomentar uma cultura democrática em que as características individuais, locais, regionais e nacionais sejam respeitadas e protegidas. Organização Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo w O organograma da DGT pode ser consultado no sítio da DGT em: http://ec.europa.eu/dgs/ translation/about_us/organigram/ organigram_en.htm GEOGRAFICAMENTE, A DIRECÇÃO-GERAL DA TRADUÇÃO reparte-se entre Bruxelas e o Luxemburgo, com o pessoal distribuído mais ou menos equilibradamente. Por motivos de organização, a DGT está dividida em estruturas linguísticas, cada uma com o seu departamento linguístico (ou a sua unidade, como no caso do irlandês) para cada uma das 23 línguas Administração oficiais da União Europeia: alemão, búlgaro, checo, dinamarquês, Agricultura e Desenvolvimento eslovaco, esloveno, espanhol, Rural estónio, finlandês, francês, grego, Concorrência húngaro, inglês, irlandês, italiano, Fiscalidade e Un letão, lituano, maltês, neerlandês, Aduaneira ião polaco, português, romeno e Educação e Cultu sueco. Estes departamentos estão ra agrupados em três direcções de Emprego e tradução. A DGT tem outras três Assuntos Sociais direcções: a Direcção dos Serviços Energia e Transp Linguísticos Transversais (que ortes trata de domínios especializados Empresas e Indú como a tradução de páginas stria web, a qualidade linguística, a Ambiente documentação e os contactos com Relações Externas os Estados-Membros), a Direcção Assuntos Marítim dos Recursos (que lida com os os e Pescas recursos humanos, a informática, Saúde e Defesa do os recursos financeiros e as infraConsumidor -estruturas financeiras) e, por Sociedade da Inf ormação último, a Direcção da Estratégia e poL oo Média Mercado Interno e Serviços Assuntos Económ ico e Financeiros s Assuntos Jurídico s Política Regional Investigação Estatísticas U Comércio OO No interior dos departamentos linguísticos, os tradutores especializam-se na tradução de documentos sobre domínios específicos de actividade da Comissão Europeia. Os temas são os seguintes: administração; agricultura e desenvolvimento rural; concorrência; fiscalidade e união aduaneira; educação e cultura; emprego e assuntos sociais; energia e transportes; empresas e indústria; ambiente; relações externas; assuntos marítimos e pescas; saúde e defesa do consumidor; sociedade da informação e meios de comunicação social; mercado interno e serviços; assuntos económicos e financeiros; assuntos jurídicos; política regional; investigação; estatísticas; comércio. Os departamentos linguísticos estão divididos em unidades especializadas em conjuntos de temas de entre os atrás referidos. O número de efectivos de cada departamento reflecte o volume de tradução pedido para a respectiva língua. O inglês, o francês e o alemão (que são as línguas «processuais», ou seja, as línguas utilizadas pela Comissão para desenvolver as suas actividades internas) têm mais efectivos que as línguas não processuais, visto traduzirem um volume maior de páginas de uma variedade maior de documentos. Os efectivos das unidades de tradução compõem-se de tradutores e revisores com qualificações universitárias e profissionais, bem como de assistentes. Para além da tradução propriamente dita, os departamentos linguísticos ocupam-se igualmente de terminologia e documentação e são responsáveis por manter padrões de qualidade linguística elevados e homogéneos no conjunto da respectiva produção. No interior dos departamentos linguísticos, os tradutores especializam-se na tradução de documentos sobre domínios específicos de actividade da Comissão Europeia. A Unidade «Comunicação e Informação» coordena as actividades de informação e comunicação da DGT e é responsável pelo tratamento de todas as mensagens e pedidos de informação que dão entrada na caixa de correio electrónico da DGT ([email protected]). 02 03 oπ ✍ Administração Agricultura e Desenvolvimento Rural Concorrência Fiscalidade e União Aduaneira ϑ ✍ oo Uma unidade central de gestão dos pedidos assegura a ligação com os clientes da DGT, isto é, com as outras direcções-gerais e os outros serviços da Comissão, que, aliás, consulta para definir as prioridades de tradução. Nas unidades de apoio, outros elementos do pessoal, tradutores e não tradutores, desempenham uma série de funções de organização, apoio técnico e investigação, que incluem tarefas administrativas, de gestão, de criação de instrumentos de ajuda à tradução, de formação, de tecnologia da informação, de externalização do trabalho de tradução e de secretariado, entre outras. ϑ d d da Tradução e do Multilinguismo (que se ocupa de questões de fluxo de trabalho e orientações de gestão). Cada direcção tem à frente um director, estando todas elas sob a responsabilidade do director-geral. Oh P Empresas e Indústria Ambiente Relações Externas Assuntos Marítimos e Pescas Saúde e Defesa do Consumidor Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo Tipos de documentos Nem todo o trabalho de tradução incide na produção de legislação. O tipo de documentos a traduzir é muito variado: discursos e memorandos, notas de informação e comunicados de imprensa, acordos internacionais, declarações políticas, respostas a perguntas escritas e orais de deputados europeus, estudos técnicos, relatórios financeiros, actas, questões administrativas internas e circulares destinadas ao pessoal, guiões e legendas para filmes e outros materiais publicitários, correspondência com ministérios, empresas, grupos de interesse comum e cidadãos, páginas web e publicações de diferentes dimensões e formatos sobre uma imensa variedade de temas destinadas a líderes de opinião e ao grande público. Os tradutores devem ser capazes de adoptar o registo necessário para cada tipo de tradução. Para além de um domínio perfeito da língua de chegada, devem conjugar adaptabilidade, espírito crítico e discernimento e ser capazes de apreender questões variadas e muitas vezes complexas. Qualidade A qualidade dos textos traduzidos é assegurada através de mecanismos de revisão, verificação, supervisão e, por outro lado, formação e informação contínuas dos tradutores. Importa também assinalar que todas as traduções feitas no exterior são objecto de avaliação sistemática, cujos FASE PREPARATÓRIA Um exemplo prático: redigir, aprovar e pôr em aplicação uma nova directiva Indicação sumária dos documentos traduzidos pela DGT durante o processo: Os documentos cuja tradução é requerida em todas as línguas oficiais são assinalados a negro. Na maioria dos outros casos, só há tradução em duas ou três línguas processuais, geralmente inglês, francês e/ou alemão, mais a língua do Estado-Membro implicado (em função do caso). Estudos encomendados pela Comissão Documentos de debate interno Livro verde ou branco para consulta pública alargada Discursos públicos que explicam a política proposta Versões sucessivas do projecto de directiva para aprovação pela Comissão Registos sumários dos debates do Comité Consultivo resultados são comunicados aos seus autores. A coerência terminológica é garantida através da utilização de memórias de tradução e de bases de dados que reúnem a terminologia essencial da UE. Uma condição decisiva para uma boa tradução é um texto original bem escrito. Documentos claros, concisos e de elevada qualidade são essenciais a qualquer administração pública, especialmente quando se trata de uma entidade multilingue em que a maioria dos redactores não escreve na sua própria língua. Nestes últimos anos, o inglês substituiu o francês como principal língua de redacção da Comissão. Cerca de três quartos dos documentos elaborados no interior da Comissão são actualmente redigidos em inglês. Para se certificar de que os documentos correspondem ao padrão de qualidade requerido, a DGT tem uma unidade cuja missão é corrigir e melhorar a redacção dos textos originais, assim como aconselhar autores e departamentos de origem. O perfil completo de tradutor da Comissão é publicado no sítio web da DGT em: http://ec.europa.eu/dgs/translation/ workingwithus/recruitment/ translator_profile_en.htm. A DGT organizou também uma série de campanhas para promover uma escrita clara e concisa na Comissão. Números Tradutores Há 1 750 tradutores a trabalhar a tempo inteiro na tradução de documentos e noutras actividades de natureza linguística, acompanhados por cerca de 600 elementos de apoio com funções nas áreas de gestão, secretariado, comunicação, tecnologias da informação e formação. FASE LEGISLATIVA APLICAÇÃO Versão final preparada para apresentação ao Conselho e Parlamento Comunicado de imprensa que anuncia a apresentação da proposta ao Conselho Memorandos do membro da Comissão que defende a proposta Incorporação de alterações propostas pelas outras instituições (Parlamento e Conselho) Relatórios dos Estados-Membros sobre o modo como estão a aplicar a directiva Respostas a perguntas de deputados do Parlamento Europeu sobre a aplicação a nível da União Europeia Relatórios periódicos apresentados pela Comissão ao Conselho e ao Parlamento sobre a aplicação da directiva nos Estados-Membros 04 05 x Páginas Em 2008, a DGT traduziu 1 805 689 páginas. Como mostra a repartição por língua de partida, 72,5% dos textos originais (incluindo os que tiveram origem fora da Comissão) foram redigidos em inglês, 11,8% em francês, 2,7% em alemão e 13% nas outras línguas. O inglês substituiu o francês como língua de redacção mais amplamente utilizada. No que respeita à produção, a repartição por língua oficial é mais equilibrada, já que é idêntico o volume de legislação que tem de ser traduzido para cada uma delas. No entanto, a repartição por língua de chegada que se encontra na página seguinte mostra que os números para inglês, francês e alemão se mantêm consideravelmente mais elevados que a média, uma vez que muitos textos, destinando-se a utilização interna da Comissão, só são traduzidos para uma ou mais dessas três línguas processuais. Gráfico 1 — Tendências 2008 1,8 milhões de páginas 2004 1,3 milhões de páginas 1997 1,1 milhões de páginas Redigidas em francês 2,7 % 11,8% 8,8 % Redigidas noutras línguas Redigidas em alemão 13 % 3,1 % 26 % 8,8 % 5,4 % 72,5 % 40,4 % 62 % Redigidas em inglês 45,4 % Proporção de páginas traduzidas por tradutores freelance 16,4 % 23 % 26,3 % Gráfico 2 — Línguas de partida: comparação em 2008 1 400 000 páginas 1 200 000 1 000 000 72,5% dos textos originais, 1 308 700 páginas, 800 000 incluindo as que tiveram origem fora da Comissão, foram redigidas em inglês 600 000 400 000 200 000 EN FR DE IT ES EL NL SL PL HU LT PT CS SV RO BG FI LV SK DA ET MT GA Outra Gráfico 3 — Línguas de chegada — comparação em 2008 250 000 páginas 200 000 A repartição por língua oficial é mais equilibrada, já que é idêntico o volume de legislação que tem de ser traduzido para cada uma delas. 150 000 100 000 50 000 EN FR DE ES IT NL EL PT MT SV PL RO BG HU DA FI 06 07 CS SK LV SL LT ET GA Outra Oportunidades de trabalho Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo Selecção Tal como os outros funcionários permanentes da Comissão, os tradutores são recrutados por concurso público. Na Comissão, os concursos para tradutores são sempre organizados para recrutar pessoal com uma língua principal específica. Os anúncios de concurso são publicados no Jornal Oficial da União Europeia e, em simultâneo, na imprensa do ou dos países da UE interessados e na Internet. As instituições da UE delegaram os procedimentos relativos ao recrutamento numa agência da UE, o Serviço de Selecção de Pessoal das Comunidades Europeias (EPSO). Cada concurso leva, em média, oito a 10 meses a processar-se. Compõe-se de provas escritas (questões de escolha múltipla e duas provas de tradução para a língua de chegada pretendida), seguidas por uma prova oral. Os candidatos seleccionados são colocados numa lista de reserva que se mantém válida por alguns anos. A validade das listas pode ser prorrogada, mas obter um lugar na lista de reserva não constitui garantia de recrutamento. À medida que vão surgindo vagas nas várias unidades de tradução ou de apoio à tradução, elas vão sendo preenchidas mediante nomeação de candidatos da lista de reserva cujo perfil pessoal corresponda aos requisitos do cargo (qualificações, línguas e conhecimentos especializados) e às necessidades da DGT. Os tradutores recrutados como funcionários permanentes da Comissão são geralmente nomeados no grau de partida da categoria de administrador. w Para mais informações sobre o processo de selecção e acesso a um calendário actualizado de concursos com anúncios publicados pela Comissão e pelas outras instituições da UE, recomendamos a consulta do sítio do EPSO em: http://europa.eu/epso/. Condições gerais Para serem admitidos a um concurso público para tradutores, os candidatos devem ter a nacionalidade de um Estado-Membro da União Europeia e ser titulares de um diploma universitário (na área linguística ou noutro domínio especializado — economia, direito, ciências, etc.). Quando há novos países que estão em vias de aderir à UE, os seus nacionais podem apresentar-se nos concursos organizados para as respectivas línguas antes de os países terem aderido, mas os que ficarem aprovados não serão nomeados para cargos permanentes até os seus países se tornarem Estados-Membros da UE. Antes da adesão, podem ser-lhes oferecidos lugares temporários ou contratos a termo certo. Uma vez que o recrutamento por concurso público é feito no grau de partida da carreira profissional, não é exigida qualquer experiência profissional. Não obstante, ter experiência de trabalho numa ou em diversas esferas de actividade da União Europeia (economia, direito, administração, etc.) pode ser útil para uma colocação numa unidade de tradução específica. Para os cargos de gestão, é sempre exigida experiência profissional prévia. Os candidatos devem dominar perfeitamente a língua de chegada (normalmente, a sua língua materna) e conhecer profundamente, pelo menos, duas outras línguas oficiais. O conhecimento de línguas adicionais constitui uma vantagem. Excepto em circunstâncias especiais, bem definidas, os tradutores traduzem exclusivamente para a língua que consideram a sua língua principal, em geral, a sua língua materna. Em relação a certas línguas, porém, a capacidade de traduzir a partir da língua principal é considerada um trunfo. σ Tradução externa Para fazer face a um nível de procura que flutua consoante imperativos políticos, sendo de certa forma impossível de prever, a Direcção-Geral da Tradução da Comissão recorreu desde sempre à tradução externa. O recurso a esta opção aumentou nos últimos 10 anos, com o número de páginas traduzidas no exterior a atingir 475 000 em 2008, o equivalente a aproximadamente 26% da produção total. Para gerir os contratos de tradução externa e processar todos os pedidos correspondentes, a DGT tem um programa informático específico (TRèFLe). A fim de assegurar a transparência, a igualdade de tratamento e a eficiência, todas as transacções com os tradutores externos se processam através de um portal web denominado eXtra. Selecção Em conformidade com as disposições que regem o trabalho enviado para o exterior, a DGT lança periodicamente concursos ou convites à apresentação de propostas, que são publicados no Jornal Oficial da União Europeia e anunciados no sítio web Europa. 08 09 Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo x Para mais informações sobre concursos e convites à apresentação de propostas, consulte: http://ec.europa.eu/dgs/ translation/workingwithus/ freelance/index_en.htm. As propostas podem ser apresentadas por gabinetes de tradução e por tradutores independentes. O processo de selecção dos adjudicatários comporta três etapas. Primeiro, o painel de avaliação verifica que os candidatos satisfazem as especificações oficiais, incluindo, por exemplo, o cumprimento da respectiva obrigação de pagar impostos e contribuições para a segurança social. As propostas são depois analisadas à luz de uma série de critérios de qualidade estritos estabelecidos nas especificações dos concursos. Finalmente, os candidatos seleccionados são classificados de acordo com a relação qualidade/preço que apresentam e são-lhes propostos contratos-quadro com a Comissão Europeia, sem, contudo, lhes serem dadas quaisquer garantias relativamente ao volume ou à frequência do trabalho que lhes será confiado. Apoio aos tradutores externos Na medida em que a Comissão trabalha em todas as línguas oficiais da União Europeia, as traduções têm frequentemente valor de documentos originais. A qualidade exigida é, por conseguinte, muito elevada. Para ajudar os seus adjudicatários externos a fazer um trabalho tão eficiente quanto possível, a DGT fornece-lhes: H Ħ ■ documentos de referência úteis; ■ o nome de uma pessoa de contacto que possa prestar-lhes assistência se necessário; ■ um acesso aos seus próprios instrumentos de apoio à tradução, bases de dados e bases terminológicas; ■ informações sobre a avaliação do trabalho fornecido. Avaliação A qualidade das traduções feitas no exterior é controlada e avaliada pelas unidades de tradução responsáveis. Para assegurar a maior objectividade possível na apreciação, as traduções cujo nível de qualidade não seja considerado suficiente pelas unidades são objecto de um segundo parecer e, em seguida, revistas por um comité interno de avaliação de qualidade, que atende também aos aspectos financeiros e contratuais de cada caso. Os adjudicatários cujo trabalho for considerado insatisfatório após este procedimento de avaliação são informados das medidas adoptadas, que vão da carta de advertência à rescisão parcial ou total do contrato-quadro. A classificação dos adjudicatários é regularmente ajustada para atender às avaliações de que os trabalhos por eles apresentados tiverem sido objecto. Tradução de páginas web Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo A necessidade da comissão de comunicar eficazmente com as pessoas através da web levou à criação de uma unidade específica, com uma pequena equipa de tradutores para cada língua oficial, especializada na tradução e edição de textos para publicação na Internet. As equipas linguísticas trabalham em simbiose e de forma assaz flexível, alternando a edição de originais com a tradução e a revisão para assegurar uma elevada qualidade. A unidade pode contribuir para que o conteúdo dos sítios web da Comissão seja da máxima qualidade, utilizando diferentes registos, estilos, modos de apresentação e instrumentos de tratamento próprios para conteúdos web. Como grupo pioneiro, o seu trabalho diário inclui tarefas como testar novas ferramentas e colaborar no desenvolvimento da nova geração de redactores de páginas web da Comissão. Em muitos casos, coopera estreitamente com os serviços clientes antes ainda da criação de qualquer conteúdo. Estágios Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo A DGT oferece estágios de cinco meses, em Bruxelas e no Luxemburgo, a diplomados de qualquer nacionalidade, nacionais ou não de um Estado-Membro da UE, que desejem adquirir experiência da tradução profissional que se pratica no interior da Comissão. Os candidatos escolhidos para estes estágios são geralmente afectados a uma das unidades de tradução. Desempenham tarefas idênticas às dos colegas funcionários, traduzindo para a sua língua principal a partir de, no mínimo, duas outras línguas da UE. O trabalho que executam é revisto por tradutores experimentados. A alguns estagiários são 10 11 x Para mais pormenores, consulte: http://ec.europa.eu/stages/ information/application_en.htm. atribuídos trabalhos de terminologia ou outras tarefas relacionadas com tradução. Os estagiários recebem uma bolsa mensal que se destina a cobrir os seus encargos de subsistência. Os períodos de estágio na Comissão Europeia iniciam-se em 1 de Março e 1 de Outubro. Os prazos para apresentação de candidaturas são 1 de Setembro para um estágio que comece em Março e 1 de Março para um estágio que comece em Outubro. Formação Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo Os tradutores têm de manter actualizadas as competências e a informação de que necessitam para o seu trabalho. A formação interna na DGT é, antes de mais, da responsabilidade da Unidade da Formação, que faz parte da Direcção «Recursos». A Unidade da Formação gere e coordena a maior parte das acções de formação interna da DGT, servindo igualmente de intermediária no que diz respeito a diversos cursos de formação, como os cursos de línguas, organizados para o pessoal da Comissão em geral. D D D D Atendendo aos muitos domínios especializados nos quais a DGT trabalha, existe também uma rede de correspondentes da formação que representam todos os departamentos linguísticos. Esta rede assegura a coordenação com a Unidade da Formação e com os representantes de todas as unidades de tradução, sendo responsável pela identificação das necessidades, pelo lançamento de novas iniciativas e pela organização de conferências ou acções de formação especiais relativas às áreas temáticas nas quais os tradutores trabalham. , Outras unidades e equipas, como a Unidade da Tecnologia da Informação ou a equipa «Translator’s WorkbenchEuramis», facultam igualmente formação especializada numa escala mais modesta. Sob certas condições, os tradutores podem ainda participar em vários programas de formação externos quer de aprendizagem linguística quer de aprofundamento de áreas temáticas especialmente relacionadas com o seu trabalho. i i Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo Os tradutores têm à sua disposição uma vasta gama de instrumentos electrónicos de apoio à tradução, alguns dos quais são igualmente acessíveis a outros funcionários da Comissão, bem como a tradutores das outras instituições e dos outros organismos da UE. Além disso, foram criados vários instrumentos de gestão dos fluxos de trabalho para gerir a logística de um sistema que produz cerca de um milhão de páginas por ano, bem como para o controlar e documentar. Encontra a seguir uma apresentação sucinta desses instrumentos. Instrumentos de apoio à tradução «Translator’s Workbench» e memórias de tradução Euramis O Euramis («European advanced multilingual information system») é um sistema criado na Comissão. Consiste num conjunto de aplicações web que, combinadas com o correio electrónico, facultam o acesso a toda uma gama de serviços na área do processamento linguístico. O Euramis funciona a partir de uma plataforma comum que reúne todos os sistemas de apoio à tradução da DGT. O «Translator’s Workbench» (TWB), que consiste numa «memória de tradução» local que pode armazenar e recuperar documentos em todas as línguas oficiais, foi adaptado para satisfazer as exigências especiais da Comissão. Desde 1997, todos os tradutores da Direcção-Geral da Tradução podem utilizá-lo no seu trabalho e procurar noutros documentos previamente traduzidos passagens idênticas ou semelhantes às que têm de traduzir, para as inserirem como entenderem nas suas próprias traduções. Um dos serviços mais importantes é a memória central de tradução. Sempre que um pedido de tradução é aceite, o documento original é enviado automaticamente ao Euramis e quaisquer traduções precedentes são extraídas da memória central. Este serviço pode conjugar-se com outros, como a tradução automática de passagens que possam não figurar na memória central. Há toda uma série de opções e de parâmetros para afinar as pesquisas. O resultado pode ser importado directamente para uma memória de tradução local através do TWB. Quando a tradução está terminada, o tradutor exporta a memória local para a memória central do Euramis. Todos os tradutores da Comissão que utilizam o TWB consideram-no um instrumento de trabalho extremamente precioso, uma vez que grande percentagem dos textos preparatórios redigidos na Comissão tem por base textos precedentes ou legislação em vigor. Reutilizar palavras ou passagens já traduzidas permite uma considerável poupança de tempo e reforça a coerência terminológica, o que se reveste de importância capital em textos legislativos. w Para mais pormenores, consulte a brochura «Translation tools and workflow» (Ferramentas de tradução e fluxo de trabalho), também disponível na Internet em http://ec.europa.eu/dgs/translation/index_en.htm. 12 13 Tradução automática A Comissão utiliza a tradução automática (TA) desde 1976. Trata-se de um serviço que funciona para 18 pares de línguas operacionais e pode produzir 2000 páginas de tradução bruta por hora. Todos os funcionários da Comissão podem ter acesso a ele através da web e do correio electrónico interno. O serviço é também utilizado pelo pessoal das outras instituições da UE e pelas administrações públicas dos Estados-Membros. As traduções chegam normalmente ao requerente em alguns minutos. x A tradução automática foi amplamente utilizada nestes últimos anos: por exemplo, em 2008 foram tratadas por este sistema 1 963 991 páginas. A Comissão foi o principal utilizador, com 1 789 770 páginas, cerca de 85% das quais (1 513 825 páginas) para a própria DGT. Esta direcção-geral procede a uma adaptação dos resultados, introduzindo no sistema uma terminologia decorrente das suas próprias necessidades específicas. A adaptação está particularmente avançada para inglês-espanhol e francês-espanhol, que são os pares de línguas mais populares entre tradutores, seguidos pela combinação inglês-francês. Os tradutores que recorrem à tradução automática fazem-no a fim de obterem um rascunho que depois aperfeiçoam até conseguirem a qualidade de uma tradução humana. Em termos de pedidos individuais, no entanto, a maioria dos utilizadores da Comissão é constituída por administradores de outros departamentos, que, em grande Para mais pormenores, consulte: http://ec.europa.eu/dgs/ translation/bookshelf/tools_ and_workflow_en.pdf. parte, utilizam as combinações entre francês, inglês e alemão. Os referidos administradores utilizam a tradução automática principalmente como um instrumento multilingue de apoio à compreensão, mas também como uma solução de emergência quando precisam de traduções num prazo muito curto. Neste último caso, a tradução automática bruta deverá sempre ser corrigida. Aos administradores que não têm tempo ou competência linguística para corrigir eles próprios traduções automáticas, a DGT oferece um serviço de pós-edição, que consiste numa rede de tradutores externos com experiência de revisão deste tipo de traduções. Visto a tradução automática privilegiar a rapidez e a exactidão em detrimento do estilo ou da terminologia, este serviço só pode, porém, ser usado para documentos internos. Se os seus textos se destinarem ao exterior, os administradores devem sempre fazer um pedido de tradução produzida por tradutores. A biblioteca da DGT A DGT tem a sua própria biblioteca, com instalações no Luxemburgo e em Bruxelas. A colecção da biblioteca comporta dicionários, especializados e gerais, obras de referência, enciclopédias, publicações periódicas e jornais em todas as línguas da UE e em algumas outras. Possui também documentação da UE, incluindo jornais oficiais, relatórios do Tribunal de Justiça, diversos relatórios emanados da Comissão e boletins da UE. A biblioteca dispõe igualmente de grande número de dicionários electrónicos e outros recursos acessíveis através da rede interna da DGT. O objectivo da biblioteca é ajudar os tradutores a encontrar a documentação de que precisem e responder às suas necessidades nesta área. A DGT criou também uma biblioteca virtual multilingue chamada «MultiDoc», que contém documentação (não apenas sobre a União Europeia) em todas as línguas oficiais da UE. Esta documentação assume a forma de milhares de ligações a sítios web e bases de dados geridas por universidades, departamentos governamentais, organismos semi-oficiais e organizações internacionais em todo o mundo. Terminologia Na DGT, o trabalho de terminologia é da responsabilidade dos 23 departamentos linguísticos, cujos terminólogos prestam assistência a todas as línguas oficiais da União Europeia. Trata-se de: ■ responder a pedidos de ajuda terminológica de tradutores e outros funcionários da Comissão e de outras instituições da UE; ■ preparar proactivamente terminologia para dossiês de grande tecnicidade antes da respectiva tradução; ■ ccooperar com colegas de serviços de terminologia de outras instituições da UE, assim como com entidades nacionais e organizações de terminologia; ■ alimentar e consolidar a IATE, a maior base de dados terminológicos multilingue do mundo, que reúne dados provenientes de todas as instituições da UE. A nível interdepartamental, este trabalho é coordenado por um serviço central, a equipa de «coordenação terminológica», que integra igualmente a estrutura interinstitucional responsável pela concepção e pelo funcionamento da IATE e actua como ponto de contacto central para serviços e organizações de terminologia externos. IATE A IATE («inter-active terminology for Europe» — terminologia interactiva para a Europa), sucessora, no interior das instituições, da base Eurodicatom, é uma base de dados terminológicos interinstitucional que está plenamente operacional na Comissão Europeia desde o início de 2005. Combina dados terminológicos de todas as instituições e de todos os organismos europeus, contendo mais de 8 milhões de termos e 560 000 abreviaturas. Abrange todas as línguas oficiais da UE e latim. O seu desenvolvimento e a sua manutenção são da responsabilidade de uma equipa interinstitucional, ao passo que o seu conteúdo especificamente linguístico é constituído e actualizado pelos departamentos linguísticos. A IATE cobre todos os domínios de actividade das instituições europeias. w Para mais informações sobre apoios linguísticos, consulte: http://ec.europa.eu/translation/index_en.htm. Outras fontes de informação Todo o pessoal da DGT dispõe de um computador pessoal equipado com a habitual série de programas de burótica e acesso à Internet. Os tradutores têm igualmente acesso a algumas bases de dados internas e externas através da rede interna da Comissão e da Internet. Entre essas bases, as mais 14 15 & Ampersand utilizadas são a DGTVista (arquivo documental electrónico da DGT, que contém aproximadamente dois milhões de documentos em todas as línguas oficiais) e a EUR-Lex, a base de dados legislativos da Comissão, que contém os Tratados e toda a outra legislação da UE (por exemplo, directivas e regulamentos), os acórdãos do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias e as propostas legislativas. Algumas destas bases são igualmente acessíveis ao público através do portal da UE na Internet, Europa, revestindo-se de especial interesse para os tradutores freelance. Gestão informatizada do fluxo de trabalho Para gerir o seu fluxo de trabalho mais eficazmente, a DGT tem um conjunto de instrumentos que lhe permitem acompanhar o percurso de cada documento a partir do momento em que este deixa o serviço que solicita a sua tradução até ao momento em que o produto final é entregue nas línguas pretendidas. Um serviço da Comissão envia um documento, solicitando a sua tradução A Unidade «Gestão dos pedidos» da DGT aceita o pedido Unidade «Gestão dos pedidos» da DGT ' O documento original é enviado ao Euramis para extracção automatizada dos dados pertinentes. Se necessário ou desejado, um pré-processamento manual pode melhorar os resultados da extracção automatizada. A tradução é enviada ao cliente electronicamente ( Euramis % O documento é electronicamente arquivado ' Uma unidade de tradução recebe o documento para traduzir % % Unidade de tradução Essa unidade cria o ficheiro de tradução Um serviço da Comissão A unidade de tradução dá o documento por terminado ( &✔ & O documento é traduzido e revisto Existem outros instrumentos para acompanhar a evolução do processo de produção e para elaborar uma variedade de estatísticas relativas à produção numa base semanal, mensal e anual. Missão Organização Como trabalha a Direcção-Geral da Tradução Oportunidades de trabalho Tradução externa Tradução de páginas web Estágios Formação Instrumentos de apoio à tradução e de gestão dos fluxos de trabalho Uma direcção-geral aberta ao mundo Uma direcção-geral aberta ao mundo Há um interesse generalizado pela política linguística da UE, e a DGT recebe muitos visitantes curiosos de saber como é que a paridade de estatuto de 23 línguas funciona na prática. Estes visitantes vêm não apenas dos Estados-Membros da UE mas também de outras partes do mundo. x A DGT criou um sistema de «tradutores em visita» através do qual os seus tradutores que conheçam ou estejam a aprender uma das línguas da União podem ser enviados em missão oficial para uma universidade de um país em que essa língua seja falada. Durante a visita, que dura algumas semanas, os tradutores informam o pessoal docente e os estudantes sobre o trabalho da DGT e dos seus linguistas, além de incentivarem licenciados a candidatar-se a empregos nos serviços de tradução das instituições da UE. Simultaneamente, melhoram os seus conhecimentos da língua local. A DGT mantém igualmente contactos com associações profissionais de tradutores e, naturalmente, com todos os sectores das profissões de natureza linguística. Gabinetes locais da DGT A fim de facilitar a comunicação com o público, a DGT implantou nos Estados-Membros «gabinetes locais para o multilinguismo». O pessoal desses gabinetes locais tem por missão adaptar a informação comunicada pela Comissão em Bruxelas ao contexto local e a audiências específicas. Empenha-se também no estabelecimento de ligações com a sociedade civil, contribuindo desse modo para pôr em prática a política da UE de se aproximar dos seus cidadãos. De vez em quando a DGT organiza eventos, como exposições ou congressos, e já tem participado em seminários importantes e grupos de trabalho sobre questões linguísticas. Incentiva os estabelecimentos que, nos Estados-Membros, se ocupam da formação dos tradutores a terem em conta, ao conceberem os respectivos programas, as suas exigências (de acordo com o estabelecido no perfil de tradutor e no currículo proposto para um mestrado europeu em tradução). 16 17 As condições de organização de visitas estão estabelecidas em http://ec.europa.eu/dgs/ translation/external_relations/ visits/visits_en.htm x Para mais informações sobre os gabinetes locais para o multilinguismo da DGT nos Estados-Membros, consulte: http://ec.europa.eu/dgs/ translation/external_relations/ field_offices/index_en.htm. Novos Estados-Membros, novas línguas A DGT teve de fazer face a diversos alargamentos durante a sua história: Dinamarca, Irlanda e Reino Unido (1973), Grécia (1981), Espanha e Portugal (1986), Áustria, Finlândia e Suécia (1995), Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa (2004), e Bulgária e Roménia em 2007. A maioria destes novos Estados-Membros trouxe consigo novas línguas oficiais. A fim de preparar a sua adesão, cada país que adere e traz uma nova língua cria no interior de um dos seus ministérios uma unidade encarregada de traduzir todo o acervo legislativo da UE para a língua nacional. No período que precede a adesão, a DGT tenta ajudar a facilitar a integração do novo país de várias formas: a) facultando à unidade nacional em questão assistência técnica, formação, consultoria e apoio; b) instalando um gabinete local no país e assegurando a ligação com ele; c) sondando e desenvolvendo o mercado de tradutores freelance do país; d) incentivando as universidades e aconselhando-as sobre o conteúdo dos cursos de formação para tradutores, a fim de as ajudar a garantir que os seus licenciados irão corresponder às necessidades presentes e futuras da DGT. Todos os anos, a DGT acolhe também alguns estagiários provenientes dos países que mais recentemente aderiram à UE. Anexo 1 Carta linguística da União Europeia: base jurídica A base jurídica dos serviços linguísticos da União Europeia reside em dois diplomas legislativos: o Regulamento n.° 1 de 1958 e o Tratado que institui a Comunidade Europeia (versão consolidada). Regulamento n.º 1 do Conselho, de 1958, que estabelece o regime linguístico da Comunidade Económica Europeia O CONSELHO DA COMUNIDADE ECONÓMICA EUROPEIA, à jurisdição de um Estado-Membro serão redigidos na língua desse Estado. Tendo em conta o artigo 217.º do Tratado, nos termos do qual o regime linguístico das instituições da Comunidade será estabelecido, pelo Conselho, deliberando por unanimidade, sem prejuízo das disposições previstas no Regulamento do Tribunal de Justiça; Artigo 4.º Considerando que cada uma das quatro línguas em que o Tratado está redigido é reconhecida como língua oficial em um ou vários EstadosMembros da Comunidade; ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO: Artigo 1.º As línguas oficiais e as línguas de trabalho das instituições da Comunidade são o alemão, o francês, o italiano e o neerlandês. Artigo 2.º Os textos dirigidos às instituições por um Estado-Membro ou por uma pessoa sujeita à jurisdição de um Estado-Membro serão redigidos numa das línguas oficiais, à escolha do expedidor. A resposta será redigida na mesma língua. Artigo 3.º Os textos dirigidos pelas instituições a um Estado-Membro ou a uma pessoa sujeita Os regulamentos e os outros textos de carácter geral são redigidos nas quatro línguas oficiais. Artigo 5.º O Jornal Oficial das Comunidades Europeias será publicado nas quatro línguas oficiais. Artigo 6.º As instituições podem determinar as modalidades de aplicação deste regime linguístico nos seus regulamentos internos. Artigo 7.º O regime linguístico dos processos no Tribunal de Justiça será fixado no regulamento processual deste Tribunal. Artigo 8.º Nos Estados-Membros em que existam várias línguas oficiais, o uso da língua será determinado, a pedido do Estado interessado, segundo as regras gerais decorrentes da legislação desse Estado. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros. Tratado que institui a Comunidade Europeia Artigo 21.º Qualquer cidadão da União pode dirigir-se por escrito a qualquer das instituições ou órgãos a que se refere o presente artigo ou o artigo 7.º numa das línguas previstas no artigo 314.º e obter uma resposta redigida na mesma língua. Por outras palavras, os cidadãos têm o direito de se dirigir aos órgãos oficiais da UE em qualquer uma das línguas oficiais da UE e de receber uma resposta nessa mesma língua. 18 19 A cada alargamento, este regulamento foi alterado para incorporar as novas línguas oficiais: o inglês e o dinamarquês em 1973, o grego em 1981, o espanhol e o português em 1986, o sueco e o finlandês em 1995, o checo, o eslovaco, o esloveno, o estónio, o húngaro, o letão, o lituano, o maltês e o polaco, em 2004, o irlandês em 2005 e o búlgaro e o romeno em 2007. Anexo 2 Associações de tradutores e de empresas de tradução Internacionais Globalization and Localization Association (GALA) http://www.gala-global.org/ International Association of Conference Translators http://www.aitc.ch/ International Association for Translation and Intercultural Studies http://www.iatis.org/ International Federation of Translators/Fédération Internationale des Traducteurs (FIT) http://www.fit-ift.org International Permanent Conference of University Institutes of Translators and Interpreters (CIUTI) http://www.uni-leipzig.de/~isuew/ciuti/en/frame_en.html Localization Industry Standards Association (LISA) http://www.lisa.org/ Unesco Clearing House for Literary Translation http://www.unesco.org/culture/lit Europeias European Association of Machine Translation (EAMT) http://www.eamt.org European Council of Associations of Literary Translators (CEATL) http://www.ceatl.org European Society for Translation Studies (EST) http://www.est-translationstudies.org European Union of Associations of Translation Companies http://www.euatc.org/ Manuscrito terminado em Janeiro de 2009 Comissão Europeia Direcção-Geral da Tradução Unidade «Comunicação e informação» 1049 Bruxelles/Brussel BELGIQUE/BELGIË Grande quantidade de informação adicional sobre a União Europeia está disponível na Internet, sendo acessível através do servidor Europa (http://europa.eu) Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2009 ISBN 978-92-79-09636-5 doi: 10.2782/18396 © Comunidades Europeias, 2009 Reprodução autorizada mediante indicação da fonte Printed in Belgium Impresso em papel branqueado sem cloro HC-30-08-600-PT-C o p ( “oo ~ Генерална дирекция „Писмени преводи“ Dirección General de Traducción Generální ředitelství pro překlady Generaldirektoratet for Oversættelse Generaldirektion Übersetzung Kirjaliku tõlke peadirektoraat Γενική Διεύθυνση Μετάφρασης Directorate-General for Translation Direction générale de la Traduction An Ard-Stiúrthóireacht Aistriúcháin Direzione generale della Traduzione Tulkošanas ģenerāldirektorāts Vertimo raštu generalinis direktoratas Fordítási Főigazgatóság Direttorat Ġenerali għat-Traduzzjoni Directoraat-generaal Vertaling Dyrekcja Generalna ds. Tłumaczeń Pisemnych Direcção-Geral da Tradução: http://ec.europa.eu/dgs/translation Direcţia Generală Traduceri Generálne riaditeľstvo pre preklad Generalni direktorat za prevajanje Käännöstoimen pääosasto Generaldirektoratet för översättning W