Traduzir para uma comunidade multilingue

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Traduzir para
uma comunidade
multilingue
Comissão Europeia
Missão
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
O OBJECTIVO DESTA BROCHURA É apresentar um
dos maiores serviços de tradução do mundo, a Direcção-Geral da Tradução (DGT) da Comissão Europeia. A
missão da DGT, sigla pela qual é conhecida, é satisfazer
as necessidades de tradução e de assessoria linguística em
relação a todos os tipos de comunicação escrita, apoiar e
reforçar o multilinguismo na União Europeia (UE) e ajudar
a União a aproximar-se dos cidadãos, promovendo, assim,
a sua legitimidade, transparência e eficiência.
A DGT trabalha em todas as línguas oficiais da União
Europeia, que vão aumentando à medida que se verificam
novas adesões. Por que motivo utilizar um sistema tão
complicado, em vez de recorrer apenas a algumas línguas,
como fazem outras organizações internacionais?
A resposta reside na própria natureza da União Europeia
e no papel da Comissão enquanto «guardiã dos Tratados»
que constituem a base jurídica da UE.
s
oV
A Comissão está ao serviço da União Europeia e dos seus
cidadãos, uma comunidade bastante diferente das que as
organizações intergovernamentais tradicionais servem.
A legislação da UE tem de ser publicada nas línguas
oficiais de todos os Estados-Membros porque irá tornar-se
também legislação nacional para estes últimos e, portanto,
directamente aplicável a todos os seus cidadãos. Importa,
por conseguinte, que esses cidadãos (e os respectivos
tribunais nacionais) possam lê-la e compreendê-la nas
suas próprias línguas. Muito antes, porém, as propostas
legislativas devem ser amplamente debatidas a todos os
níveis (europeu, nacional e local) sob uma forma acessível
e não reservada a linguistas e diplomatas. Todos na União
têm direito a contribuir para o debate, na língua oficial da
sua escolha. É uma questão de transparência e democracia.
Daí que, logo desde o advento do projecto europeu que se
transformou na Comunidade Europeia e é agora a União
Europeia, foi decidido que as línguas oficiais (na altura em
Por que temos de trabalhar em TODAS as línguas
oficiais, em vez de utilizar apenas algumas, como
fazem outras organizações internacionais?
número de quatro) seriam as dos Estados-Membros. Este
princípio está consagrado no Regulamento n.° 1 de 1958,
que é alterado de cada vez que um novo país adere à UE
para incluir a ou as suas línguas
Mas a legislação não é tudo. As instituições da União
Europeia devem estar tão acessíveis e abertas quanto
possível, ao grande público assim como a departamentos
governamentais e a grupos de interesse oficiais e não
oficiais de todos os tipos. A Comissão considera seu dever
fomentar uma cultura democrática em que as características
individuais, locais, regionais e nacionais sejam respeitadas e
protegidas.
Este aspecto reflecte-se também no artigo 21.° do Tratado
que institui a Comunidade Europeia, segundo o qual os
cidadãos dos Estados-Membros têm o direito de comunicar
com as instituições da UE na sua própria língua.
Que as línguas oficiais tenham estatuto idêntico não
significa que todos os textos sejam traduzidos em todas as
línguas oficiais. Uma carta a determinado indivíduo ou uma
nota interna, por exemplo, serão redigidas apenas numa
língua e poderão ou não requerer tradução. Um comité
pode decidir trabalhar num número de línguas limitado
até elaborar uma proposta destinada a uma discussão mais
ampla, a qual deve então ser disponibilizada em todas as
línguas oficiais. No interesse da relação custo/eficácia,
a Comissão gere as suas actividades internas em inglês,
francês e alemão, tornando-se integralmente multilingue só
quando comunica com as outras instituições da UE, com os
Estados-Membros e com o público.
À medida que a União Europeia vai crescendo, crescem
igualmente as dificuldades práticas relacionadas com a
concessão de estatuto idêntico às línguas das nações que
a constituem. Não obstante, qualquer abordagem que
possa não respeitar as línguas dos povos da União trairá os
próprios fundamentos da filosofia que lhe está subjacente.
01
B
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As instituições da União
Europeia devem ser
tão acessíveis e abertas
quanto possível, ao
grande público, assim
como a departamentos
governamentais e a
grupos de interesse
oficiais e não oficiais
de todos os tipos. A
Comissão considera seu
dever fomentar uma
cultura democrática em
que as características
individuais, locais,
regionais e nacionais
sejam respeitadas e
protegidas.
Organização
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
w
O organograma da DGT pode ser
consultado no sítio da DGT em:
http://ec.europa.eu/dgs/
translation/about_us/organigram/
organigram_en.htm
GEOGRAFICAMENTE, A DIRECÇÃO-GERAL
DA TRADUÇÃO reparte-se entre Bruxelas e o
Luxemburgo, com o pessoal distribuído mais ou menos
equilibradamente.
Por motivos de organização, a DGT está dividida em
estruturas linguísticas, cada uma com o seu departamento
linguístico (ou a sua unidade, como no caso do irlandês)
para cada uma das 23 línguas
Administração
oficiais da União Europeia: alemão,
búlgaro, checo, dinamarquês,
Agricultura e
Desenvolvimento
eslovaco, esloveno, espanhol,
Rural
estónio, finlandês, francês, grego,
Concorrência
húngaro, inglês, irlandês, italiano,
Fiscalidade e Un
letão, lituano, maltês, neerlandês,
Aduaneira ião
polaco, português, romeno e
Educação e Cultu
sueco. Estes departamentos estão
ra
agrupados em três direcções de
Emprego e
tradução. A DGT tem outras três
Assuntos Sociais
direcções: a Direcção dos Serviços
Energia e Transp
Linguísticos Transversais (que
ortes
trata de domínios especializados
Empresas e Indú
como a tradução de páginas
stria
web, a qualidade linguística, a
Ambiente
documentação e os contactos com
Relações Externas
os Estados-Membros), a Direcção
Assuntos Marítim
dos Recursos (que lida com os
os
e Pescas
recursos humanos, a informática,
Saúde e Defesa do
os recursos financeiros e as infraConsumidor
-estruturas financeiras) e, por
Sociedade da Inf
ormação
último, a Direcção da Estratégia
e
poL
oo
Média
Mercado Interno
e Serviços
Assuntos Económ
ico
e Financeiros s
Assuntos Jurídico
s
Política Regional
Investigação
Estatísticas
U
Comércio
OO
No interior dos departamentos linguísticos, os tradutores
especializam-se na tradução de documentos sobre
domínios específicos de actividade da Comissão Europeia.
Os temas são os seguintes: administração; agricultura e
desenvolvimento rural; concorrência; fiscalidade e união
aduaneira; educação e cultura; emprego e assuntos sociais;
energia e transportes; empresas e indústria; ambiente;
relações externas; assuntos marítimos e pescas; saúde e
defesa do consumidor; sociedade da informação e meios de
comunicação social; mercado interno e serviços; assuntos
económicos e financeiros; assuntos jurídicos; política
regional; investigação; estatísticas; comércio.
Os departamentos linguísticos estão divididos em unidades
especializadas em conjuntos de temas de entre os atrás
referidos. O número de efectivos de cada departamento
reflecte o volume de tradução pedido para a respectiva
língua. O inglês, o francês e o alemão (que são as línguas
«processuais», ou seja, as línguas utilizadas pela Comissão
para desenvolver as suas actividades internas) têm mais
efectivos que as línguas não processuais, visto traduzirem
um volume maior de páginas de uma variedade maior
de documentos. Os efectivos das unidades de tradução
compõem-se de tradutores e revisores com qualificações
universitárias e profissionais, bem como de assistentes. Para
além da tradução propriamente dita, os departamentos
linguísticos ocupam-se igualmente de terminologia e
documentação e são responsáveis por manter padrões de
qualidade linguística elevados e homogéneos no conjunto
da respectiva produção.
No interior dos
departamentos linguísticos,
os tradutores especializam-se na tradução de
documentos sobre domínios
específicos de actividade da
Comissão Europeia.
A Unidade «Comunicação e Informação» coordena as
actividades de informação e comunicação da DGT e é
responsável pelo tratamento de todas as mensagens e
pedidos de informação que dão entrada na caixa de correio
electrónico da DGT ([email protected]).
02
03
oπ
✍
Administração
Agricultura e Desenvolvimento Rural
Concorrência
Fiscalidade e União
Aduaneira
ϑ
✍
oo
Uma unidade central de gestão dos pedidos assegura
a ligação com os clientes da DGT, isto é, com as outras
direcções-gerais e os outros serviços da Comissão, que,
aliás, consulta para definir as prioridades de tradução.
Nas unidades de apoio, outros elementos do pessoal,
tradutores e não tradutores, desempenham uma série
de funções de organização, apoio técnico e investigação,
que incluem tarefas administrativas, de gestão, de criação
de instrumentos de ajuda à tradução, de formação, de
tecnologia da informação, de externalização do trabalho de
tradução e de secretariado, entre outras.
ϑ
d
d
da Tradução e do Multilinguismo (que se ocupa de
questões de fluxo de trabalho e orientações de gestão). Cada
direcção tem à frente um director, estando todas elas sob a
responsabilidade do director-geral.
Oh
P
Empresas e Indústria
Ambiente
Relações Externas
Assuntos Marítimos
e Pescas
Saúde e Defesa do
Consumidor
Como trabalha
a Direcção-Geral
da Tradução
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
Tipos de documentos
Nem todo o trabalho de tradução incide na produção
de legislação. O tipo de documentos a traduzir é muito
variado: discursos e memorandos, notas de informação
e comunicados de imprensa, acordos internacionais,
declarações políticas, respostas a perguntas escritas e
orais de deputados europeus, estudos técnicos, relatórios
financeiros, actas, questões administrativas internas e
circulares destinadas ao pessoal, guiões e legendas para
filmes e outros materiais publicitários, correspondência
com ministérios, empresas, grupos de interesse comum
e cidadãos, páginas web e publicações de diferentes
dimensões e formatos sobre uma imensa variedade de
temas destinadas a líderes de opinião e ao grande público.
Os tradutores devem ser capazes de adoptar o registo
necessário para cada tipo de tradução. Para além de um
domínio perfeito da língua de chegada, devem conjugar
adaptabilidade, espírito crítico e discernimento e ser
capazes de apreender questões variadas e muitas vezes
complexas.
Qualidade
A qualidade dos textos traduzidos é assegurada através de
mecanismos de revisão, verificação, supervisão e, por outro
lado, formação e informação contínuas dos tradutores.
Importa também assinalar que todas as traduções feitas
no exterior são objecto de avaliação sistemática, cujos
FASE PREPARATÓRIA
Um exemplo prático: redigir, aprovar e
pôr em aplicação uma nova directiva
Indicação sumária dos documentos
traduzidos pela DGT durante o
processo:
Os documentos cuja tradução é
requerida em todas as línguas oficiais são
assinalados a negro.
Na maioria dos outros casos, só há
tradução em duas ou três línguas
processuais, geralmente inglês, francês
e/ou alemão, mais a língua do Estado-Membro implicado (em função do caso).
Estudos encomendados pela
Comissão
Documentos de debate interno
Livro verde ou branco para
consulta pública alargada
Discursos públicos que explicam a
política proposta
Versões sucessivas do projecto
de directiva para aprovação pela
Comissão
Registos sumários dos debates do
Comité Consultivo
resultados são comunicados aos seus autores. A coerência
terminológica é garantida através da utilização de
memórias de tradução e de bases de dados que reúnem a
terminologia essencial da UE.
Uma condição decisiva para uma boa tradução é um
texto original bem escrito. Documentos claros, concisos
e de elevada qualidade são essenciais a qualquer
administração pública, especialmente quando se trata
de uma entidade multilingue em que a maioria dos
redactores não escreve na sua própria língua. Nestes
últimos anos, o inglês substituiu o francês como principal
língua de redacção da Comissão. Cerca de três quartos
dos documentos elaborados no interior da Comissão são
actualmente redigidos em inglês. Para se certificar de que
os documentos correspondem ao padrão de qualidade
requerido, a DGT tem uma unidade cuja missão é corrigir
e melhorar a redacção dos textos originais, assim como
aconselhar autores e departamentos de origem.
O perfil completo de tradutor
da Comissão é publicado no
sítio web da DGT em:
http://ec.europa.eu/dgs/translation/
workingwithus/recruitment/
translator_profile_en.htm.
A DGT organizou também uma série de campanhas para
promover uma escrita clara e concisa na Comissão.
Números
Tradutores
Há 1 750 tradutores a trabalhar a tempo inteiro na
tradução de documentos e noutras actividades de natureza
linguística, acompanhados por cerca de 600 elementos
de apoio com funções nas áreas de gestão, secretariado,
comunicação, tecnologias da informação e formação.
FASE LEGISLATIVA
APLICAÇÃO
Versão final preparada para
apresentação ao Conselho e
Parlamento
Comunicado de imprensa que
anuncia a apresentação da
proposta ao Conselho
Memorandos do membro da
Comissão que defende a proposta
Incorporação de alterações
propostas pelas outras
instituições (Parlamento e
Conselho)
Relatórios dos Estados-Membros
sobre o modo como estão a aplicar
a directiva
Respostas a perguntas de
deputados do Parlamento
Europeu sobre a aplicação a nível
da União Europeia
Relatórios periódicos
apresentados pela Comissão ao
Conselho e ao Parlamento sobre
a aplicação da directiva nos
Estados-Membros
04
05
x
Páginas
Em 2008, a DGT traduziu 1 805 689 páginas. Como
mostra a repartição por língua de partida, 72,5% dos
textos originais (incluindo os que tiveram origem fora da
Comissão) foram redigidos em inglês, 11,8% em francês,
2,7% em alemão e 13% nas outras línguas. O inglês
substituiu o francês como língua de redacção mais
amplamente utilizada.
No que respeita à produção, a repartição por língua
oficial é mais equilibrada, já que é idêntico o volume de
legislação que tem de ser traduzido para cada uma delas.
No entanto, a repartição por língua de chegada que se
encontra na página seguinte mostra que os números para
inglês, francês e alemão se mantêm consideravelmente
mais elevados que a média, uma vez que muitos textos,
destinando-se a utilização interna da Comissão, só
são traduzidos para uma ou mais dessas três línguas
processuais.
Gráfico 1 — Tendências
2008
1,8 milhões de
páginas
2004
1,3 milhões de
páginas
1997
1,1 milhões de
páginas
Redigidas em francês
2,7 %
11,8%
8,8 %
Redigidas noutras línguas
Redigidas em alemão
13 %
3,1 %
26 %
8,8 %
5,4 %
72,5 %
40,4 %
62 %
Redigidas em inglês
45,4 %
Proporção de páginas
traduzidas por tradutores
freelance
16,4 %
23 %
26,3 %
Gráfico 2 — Línguas de partida: comparação em 2008
1 400 000
páginas
1 200 000
1 000 000
72,5% dos textos originais,
1 308 700 páginas,
800 000
incluindo as que tiveram
origem fora da Comissão,
foram redigidas em inglês
600 000
400 000
200 000
EN
FR
DE IT
ES
EL
NL SL
PL
HU LT PT
CS SV RO BG FI
LV SK
DA ET MT GA Outra
Gráfico 3 — Línguas de chegada — comparação em 2008
250 000
páginas
200 000
A repartição por língua
oficial é mais equilibrada, já
que é idêntico o volume de
legislação que tem de ser
traduzido para cada uma
delas.
150 000
100 000
50 000
EN
FR DE ES
IT
NL EL
PT
MT SV PL
RO BG HU DA FI
06
07
CS
SK LV SL LT ET GA Outra
Oportunidades
de trabalho
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
Selecção
Tal como os outros funcionários permanentes da
Comissão, os tradutores são recrutados por concurso
público. Na Comissão, os concursos para tradutores
são sempre organizados para recrutar pessoal com uma
língua principal específica. Os anúncios de concurso
são publicados no Jornal Oficial da União Europeia
e, em simultâneo, na imprensa do ou dos países da
UE interessados e na Internet. As instituições da UE
delegaram os procedimentos relativos ao recrutamento
numa agência da UE, o Serviço de Selecção de Pessoal das
Comunidades Europeias (EPSO).
Cada concurso leva, em média, oito a 10 meses a
processar-se.
Compõe-se de provas escritas (questões de escolha
múltipla e duas provas de tradução para a língua de
chegada pretendida), seguidas por uma prova oral. Os
candidatos seleccionados são colocados numa lista de
reserva que se mantém válida por alguns anos. A validade
das listas pode ser prorrogada, mas obter um lugar na
lista de reserva não constitui garantia de recrutamento.
À medida que vão surgindo vagas nas várias unidades
de tradução ou de apoio à tradução, elas vão sendo
preenchidas mediante nomeação de candidatos da lista
de reserva cujo perfil pessoal corresponda aos requisitos
do cargo (qualificações, línguas e conhecimentos
especializados) e às necessidades da DGT.
Os tradutores recrutados como funcionários permanentes
da Comissão são geralmente nomeados no grau de partida
da categoria de administrador.
w
Para mais informações sobre o
processo de selecção e acesso a um
calendário actualizado de concursos
com anúncios publicados pela
Comissão e pelas outras instituições da
UE, recomendamos a consulta do sítio
do EPSO em: http://europa.eu/epso/.
Condições gerais
Para serem admitidos a um concurso público para
tradutores, os candidatos devem ter a nacionalidade de
um Estado-Membro da União Europeia e ser titulares de
um diploma universitário (na área linguística ou noutro
domínio especializado — economia, direito, ciências, etc.).
Quando há novos países que estão em vias de aderir à
UE, os seus nacionais podem apresentar-se nos concursos
organizados para as respectivas línguas antes de os países
terem aderido, mas os que ficarem aprovados não serão
nomeados para cargos permanentes até os seus países
se tornarem Estados-Membros da UE. Antes da adesão,
podem ser-lhes oferecidos lugares temporários ou contratos a
termo certo.
Uma vez que o recrutamento por concurso público é feito no
grau de partida da carreira profissional, não é exigida qualquer
experiência profissional. Não obstante, ter experiência de trabalho
numa ou em diversas esferas de actividade da União Europeia
(economia, direito, administração, etc.) pode ser útil para uma
colocação numa unidade de tradução específica. Para os cargos de
gestão, é sempre exigida experiência profissional prévia.
Os candidatos devem dominar perfeitamente a língua de
chegada (normalmente, a sua língua materna) e conhecer
profundamente, pelo menos, duas outras línguas oficiais. O
conhecimento de línguas adicionais constitui uma vantagem.
Excepto em circunstâncias especiais, bem definidas, os
tradutores traduzem exclusivamente para a língua que
consideram a sua língua principal, em geral, a sua língua
materna. Em relação a certas línguas, porém, a capacidade de
traduzir a partir da língua principal é considerada um trunfo.
σ
Tradução
externa
Para fazer face a um nível de procura que flutua
consoante imperativos políticos, sendo de certa forma
impossível de prever, a Direcção-Geral da Tradução da
Comissão recorreu desde sempre à tradução externa. O
recurso a esta opção aumentou nos últimos 10 anos, com
o número de páginas traduzidas no exterior a atingir
475 000 em 2008, o equivalente a aproximadamente 26% da
produção total. Para gerir os contratos de tradução externa
e processar todos os pedidos correspondentes, a DGT tem
um programa informático específico (TRèFLe). A fim de
assegurar a transparência, a igualdade de tratamento e a
eficiência, todas as transacções com os tradutores externos
se processam através de um portal web denominado eXtra.
Selecção
Em conformidade com as disposições que regem
o trabalho enviado para o exterior, a DGT lança
periodicamente concursos ou convites à apresentação de
propostas, que são publicados no Jornal Oficial da União
Europeia e anunciados no sítio web Europa.
08
09
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
x
Para mais informações sobre
concursos e convites à apresentação
de propostas, consulte:
http://ec.europa.eu/dgs/
translation/workingwithus/
freelance/index_en.htm.
As propostas podem ser apresentadas por gabinetes de
tradução e por tradutores independentes. O processo de
selecção dos adjudicatários comporta três etapas. Primeiro,
o painel de avaliação verifica que os candidatos satisfazem
as especificações oficiais, incluindo, por exemplo, o
cumprimento da respectiva obrigação de pagar impostos
e contribuições para a segurança social. As propostas
são depois analisadas à luz de uma série de critérios de
qualidade estritos estabelecidos nas especificações dos
concursos. Finalmente, os candidatos seleccionados são
classificados de acordo com a relação qualidade/preço
que apresentam e são-lhes propostos contratos-quadro
com a Comissão Europeia, sem, contudo, lhes serem
dadas quaisquer garantias relativamente ao volume ou à
frequência do trabalho que lhes será confiado.
Apoio aos tradutores externos
Na medida em que a Comissão trabalha em todas as
línguas oficiais da União Europeia, as traduções têm
frequentemente valor de documentos originais. A
qualidade exigida é, por conseguinte, muito elevada. Para
ajudar os seus adjudicatários externos a fazer um trabalho
tão eficiente quanto possível, a DGT fornece-lhes:
H
Ħ
■ documentos de referência úteis;
■ o nome de uma pessoa de contacto que possa prestar-lhes assistência se necessário;
■ um acesso aos seus próprios instrumentos de apoio à
tradução, bases de dados e bases terminológicas;
■ informações sobre a avaliação do trabalho fornecido.
Avaliação
A qualidade das traduções feitas no exterior é controlada
e avaliada pelas unidades de tradução responsáveis. Para
assegurar a maior objectividade possível na apreciação, as
traduções cujo nível de qualidade não seja considerado
suficiente pelas unidades são objecto de um segundo
parecer e, em seguida, revistas por um comité interno de
avaliação de qualidade, que atende também aos aspectos
financeiros e contratuais de cada caso. Os adjudicatários
cujo trabalho for considerado insatisfatório após este
procedimento de avaliação são informados das medidas
adoptadas, que vão da carta de advertência à rescisão
parcial ou total do contrato-quadro. A classificação dos
adjudicatários é regularmente ajustada para atender às
avaliações de que os trabalhos por eles apresentados
tiverem sido objecto.
Tradução de páginas
web
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
A necessidade da comissão de comunicar eficazmente com
as pessoas através da web levou à criação de uma unidade
específica, com uma pequena equipa de tradutores para
cada língua oficial, especializada na tradução e edição de
textos para publicação na Internet. As equipas linguísticas
trabalham em simbiose e de forma assaz flexível, alternando
a edição de originais com a tradução e a revisão para
assegurar uma elevada qualidade.
A unidade pode contribuir para que o conteúdo dos sítios
web da Comissão seja da máxima qualidade, utilizando
diferentes registos, estilos, modos de apresentação e
instrumentos de tratamento próprios para conteúdos
web. Como grupo pioneiro, o seu trabalho diário inclui
tarefas como testar novas ferramentas e colaborar no
desenvolvimento da nova geração de redactores de páginas
web da Comissão. Em muitos casos, coopera estreitamente
com os serviços clientes antes ainda da criação de qualquer
conteúdo.
Estágios
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
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A DGT oferece estágios de cinco meses, em Bruxelas e
no Luxemburgo, a diplomados de qualquer nacionalidade,
nacionais ou não de um Estado-Membro da UE, que
desejem adquirir experiência da tradução profissional que
se pratica no interior da Comissão.
Os candidatos escolhidos para estes estágios são geralmente
afectados a uma das unidades de tradução. Desempenham
tarefas idênticas às dos colegas funcionários, traduzindo
para a sua língua principal a partir de, no mínimo, duas
outras línguas da UE. O trabalho que executam é revisto
por tradutores experimentados. A alguns estagiários são
10
11
x
Para mais pormenores, consulte:
http://ec.europa.eu/stages/
information/application_en.htm.
atribuídos trabalhos de terminologia ou outras tarefas
relacionadas com tradução.
Os estagiários recebem uma bolsa mensal que se destina a
cobrir os seus encargos de subsistência.
Os períodos de estágio na Comissão Europeia iniciam-se em 1 de Março e 1 de Outubro. Os prazos para
apresentação de candidaturas são 1 de Setembro para
um estágio que comece em Março e 1 de Março para um
estágio que comece em Outubro.
Formação
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
Os tradutores têm de manter actualizadas as
competências e a informação de que necessitam para o seu
trabalho. A formação interna na DGT é, antes de mais, da
responsabilidade da Unidade da Formação, que faz parte
da Direcção «Recursos». A Unidade da Formação gere e
coordena a maior parte das acções de formação interna
da DGT, servindo igualmente de intermediária no que diz
respeito a diversos cursos de formação, como os cursos de
línguas, organizados para o pessoal da Comissão em geral.
D
D
D
D
Atendendo aos muitos domínios especializados nos
quais a DGT trabalha, existe também uma rede de
correspondentes da formação que representam todos
os departamentos linguísticos. Esta rede assegura a
coordenação com a Unidade da Formação e com os
representantes de todas as unidades de tradução, sendo
responsável pela identificação das necessidades, pelo
lançamento de novas iniciativas e pela organização de
conferências ou acções de formação especiais relativas às
áreas temáticas nas quais os tradutores trabalham.
,
Outras unidades e equipas, como a Unidade da Tecnologia
da Informação ou a equipa «Translator’s WorkbenchEuramis», facultam igualmente formação especializada
numa escala mais modesta. Sob certas condições, os
tradutores podem ainda participar em vários programas
de formação externos quer de aprendizagem linguística
quer de aprofundamento de áreas temáticas especialmente
relacionadas com o seu trabalho.
i
i
Instrumentos de
apoio à tradução e
de gestão dos fluxos
de trabalho
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
Os tradutores têm à sua disposição uma vasta gama de instrumentos electrónicos
de apoio à tradução, alguns dos quais são igualmente acessíveis a outros
funcionários da Comissão, bem como a tradutores das outras instituições e
dos outros organismos da UE. Além disso, foram criados vários instrumentos
de gestão dos fluxos de trabalho para gerir a logística de um sistema que
produz cerca de um milhão de páginas por ano, bem como para o controlar e
documentar. Encontra a seguir uma apresentação sucinta desses instrumentos.
Instrumentos de apoio à tradução
«Translator’s Workbench» e memórias de
tradução
Euramis
O Euramis («European advanced multilingual
information system») é um sistema criado
na Comissão. Consiste num conjunto de
aplicações web que, combinadas com o correio
electrónico, facultam o acesso a toda uma
gama de serviços na área do processamento
linguístico. O Euramis funciona a partir de
uma plataforma comum que reúne todos os
sistemas de apoio à tradução da DGT.
O «Translator’s Workbench» (TWB), que
consiste numa «memória de tradução» local
que pode armazenar e recuperar documentos
em todas as línguas oficiais, foi adaptado para
satisfazer as exigências especiais da Comissão.
Desde 1997, todos os tradutores da Direcção-Geral da Tradução podem utilizá-lo no seu
trabalho e procurar noutros documentos
previamente traduzidos passagens idênticas
ou semelhantes às que têm de traduzir, para as
inserirem como entenderem nas suas próprias
traduções.
Um dos serviços mais importantes é a
memória central de tradução. Sempre que
um pedido de tradução é aceite, o documento
original é enviado automaticamente ao
Euramis e quaisquer traduções precedentes
são extraídas da memória central. Este
serviço pode conjugar-se com outros, como a
tradução automática de passagens que possam
não figurar na memória central. Há toda uma
série de opções e de parâmetros para afinar
as pesquisas. O resultado pode ser importado
directamente para uma memória de tradução
local através do TWB. Quando a tradução está
terminada, o tradutor exporta a memória local
para a memória central do Euramis.
Todos os tradutores da Comissão que utilizam
o TWB consideram-no um instrumento de
trabalho extremamente precioso, uma vez que
grande percentagem dos textos preparatórios
redigidos na Comissão tem por base textos
precedentes ou legislação em vigor. Reutilizar
palavras ou passagens já traduzidas permite
uma considerável poupança de tempo e
reforça a coerência terminológica, o que
se reveste de importância capital em textos
legislativos.
w
Para mais pormenores, consulte a brochura «Translation tools and workflow»
(Ferramentas de tradução e fluxo de trabalho), também disponível na
Internet em http://ec.europa.eu/dgs/translation/index_en.htm.
12
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Tradução automática
A Comissão utiliza a tradução automática (TA) desde 1976. Trata-se de um
serviço que funciona para 18 pares de línguas operacionais e pode produzir
2000 páginas de tradução bruta por hora. Todos os funcionários da Comissão
podem ter acesso a ele através da web e do correio electrónico interno. O
serviço é também utilizado pelo pessoal das outras instituições da UE e
pelas administrações públicas dos Estados-Membros. As traduções chegam
normalmente ao requerente em alguns minutos.
x
A tradução automática foi amplamente
utilizada nestes últimos anos: por
exemplo, em 2008 foram tratadas
por este sistema 1 963 991 páginas. A
Comissão foi o principal utilizador, com
1 789 770 páginas, cerca de 85% das
quais (1 513 825 páginas) para a própria
DGT. Esta direcção-geral procede a uma
adaptação dos resultados, introduzindo
no sistema uma terminologia decorrente
das suas próprias necessidades
específicas. A adaptação está
particularmente avançada para inglês-espanhol e francês-espanhol, que são
os pares de línguas mais populares entre
tradutores, seguidos pela combinação
inglês-francês. Os tradutores que
recorrem à tradução automática fazem-no a fim de obterem um rascunho que
depois aperfeiçoam até conseguirem a
qualidade de uma tradução humana.
Em termos de pedidos individuais, no
entanto, a maioria dos utilizadores
da Comissão é constituída por
administradores de outros
departamentos, que, em grande
Para mais pormenores, consulte:
http://ec.europa.eu/dgs/
translation/bookshelf/tools_
and_workflow_en.pdf.
parte, utilizam as combinações entre
francês, inglês e alemão. Os referidos
administradores utilizam a tradução
automática principalmente como um
instrumento multilingue de apoio à
compreensão, mas também como uma
solução de emergência quando precisam
de traduções num prazo muito curto.
Neste último caso, a tradução automática
bruta deverá sempre ser corrigida.
Aos administradores que não têm tempo
ou competência linguística para corrigir
eles próprios traduções automáticas, a
DGT oferece um serviço de pós-edição,
que consiste numa rede de tradutores
externos com experiência de revisão
deste tipo de traduções. Visto a tradução
automática privilegiar a rapidez e a
exactidão em detrimento do estilo ou
da terminologia, este serviço só pode,
porém, ser usado para documentos
internos. Se os seus textos se destinarem
ao exterior, os administradores devem
sempre fazer um pedido de tradução
produzida por tradutores.
A biblioteca da DGT
A DGT tem a sua própria biblioteca, com instalações
no Luxemburgo e em Bruxelas. A colecção da biblioteca
comporta dicionários, especializados e gerais, obras de
referência, enciclopédias, publicações periódicas e jornais em
todas as línguas da UE e em algumas outras. Possui também
documentação da UE, incluindo jornais oficiais, relatórios
do Tribunal de Justiça, diversos relatórios emanados da
Comissão e boletins da UE. A biblioteca dispõe igualmente
de grande número de dicionários electrónicos e outros
recursos acessíveis através da rede interna da DGT. O
objectivo da biblioteca é ajudar os tradutores a encontrar
a documentação de que precisem e responder às suas
necessidades nesta área.
A DGT criou também uma biblioteca virtual multilingue
chamada «MultiDoc», que contém documentação (não
apenas sobre a União Europeia) em todas as línguas oficiais
da UE. Esta documentação assume a forma de milhares
de ligações a sítios web e bases de dados geridas por
universidades, departamentos governamentais, organismos
semi-oficiais e organizações internacionais em todo o
mundo.
Terminologia
Na DGT, o trabalho de terminologia é da responsabilidade
dos 23 departamentos linguísticos, cujos terminólogos
prestam assistência a todas as línguas oficiais da União
Europeia. Trata-se de:
■ responder a pedidos de ajuda terminológica de
tradutores e outros funcionários da Comissão e de outras
instituições da UE;
■ preparar proactivamente terminologia para dossiês de
grande tecnicidade antes da respectiva tradução;
■ ccooperar com colegas de serviços de terminologia de
outras instituições da UE, assim como com entidades
nacionais e organizações de terminologia;
■ alimentar e consolidar a IATE, a maior base de dados
terminológicos multilingue do mundo, que reúne dados
provenientes de todas as instituições da UE.
A nível interdepartamental, este trabalho é coordenado
por um serviço central, a equipa de «coordenação
terminológica», que integra igualmente a estrutura
interinstitucional responsável pela concepção e pelo
funcionamento da IATE e actua como ponto de contacto
central para serviços e organizações de terminologia
externos.
IATE
A IATE («inter-active terminology for Europe» —
terminologia interactiva para a Europa), sucessora, no
interior das instituições, da base Eurodicatom, é uma
base de dados terminológicos interinstitucional que está
plenamente operacional na Comissão Europeia desde
o início de 2005. Combina dados terminológicos de
todas as instituições e de todos os organismos europeus,
contendo mais de 8 milhões de termos e 560 000
abreviaturas. Abrange todas as línguas oficiais da UE e
latim. O seu desenvolvimento e a sua manutenção são da
responsabilidade de uma equipa interinstitucional, ao passo
que o seu conteúdo especificamente linguístico é constituído
e actualizado pelos departamentos linguísticos. A IATE
cobre todos os domínios de actividade das instituições
europeias.
w
Para mais informações sobre apoios linguísticos,
consulte:
http://ec.europa.eu/translation/index_en.htm.
Outras fontes de informação
Todo o pessoal da DGT dispõe de um computador pessoal
equipado com a habitual série de programas de burótica e
acesso à Internet. Os tradutores têm igualmente acesso a
algumas bases de dados internas e externas através da rede
interna da Comissão e da Internet. Entre essas bases, as mais
14
15
&
Ampersand
utilizadas são a DGTVista (arquivo documental electrónico
da DGT, que contém aproximadamente dois milhões de
documentos em todas as línguas oficiais) e a EUR-Lex,
a base de dados legislativos da Comissão, que contém os
Tratados e toda a outra legislação da UE (por exemplo,
directivas e regulamentos), os acórdãos do Tribunal
de Justiça das Comunidades Europeias e as propostas
legislativas.
Algumas destas bases são igualmente acessíveis ao público
através do portal da UE na Internet, Europa, revestindo-se
de especial interesse para os tradutores freelance.
Gestão informatizada do fluxo de trabalho
Para gerir o seu fluxo de trabalho mais eficazmente, a
DGT tem um conjunto de instrumentos que lhe permitem
acompanhar o percurso de cada documento a partir
do momento em que este deixa o serviço que solicita a
sua tradução até ao momento em que o produto final é
entregue nas línguas pretendidas.
Um serviço da Comissão
envia um documento,
solicitando a sua tradução
A Unidade «Gestão dos pedidos»
da DGT aceita o pedido
Unidade «Gestão
dos pedidos» da DGT
'
O documento original é enviado ao
Euramis para extracção automatizada
dos dados pertinentes.
Se necessário ou desejado, um pré-processamento manual pode melhorar
os resultados da extracção automatizada.
A tradução é
enviada ao cliente
electronicamente
(
Euramis
%
O documento é
electronicamente
arquivado
'
Uma unidade de tradução recebe
o documento para traduzir
%
%
Unidade de tradução
Essa unidade cria o
ficheiro de tradução
Um serviço
da Comissão
A unidade de tradução
dá o documento
por terminado
(
&✔
&
O documento é
traduzido e revisto
Existem outros instrumentos para acompanhar a evolução
do processo de produção e para elaborar uma variedade de
estatísticas relativas à produção numa base semanal, mensal
e anual.
Missão
Organização
Como trabalha a Direcção-Geral
da Tradução
Oportunidades de trabalho
Tradução externa
Tradução de páginas web
Estágios
Formação
Instrumentos de apoio à tradução e
de gestão dos fluxos de trabalho
Uma direcção-geral aberta ao mundo
Uma direcção-geral
aberta ao mundo
Há um interesse generalizado pela política linguística
da UE, e a DGT recebe muitos visitantes curiosos de saber
como é que a paridade de estatuto de 23 línguas funciona
na prática. Estes visitantes vêm não apenas dos Estados-Membros da UE mas também de outras partes do mundo.
x
A DGT criou um sistema de «tradutores em visita» através
do qual os seus tradutores que conheçam ou estejam a
aprender uma das línguas da União podem ser enviados em
missão oficial para uma universidade de um país em que
essa língua seja falada. Durante a visita, que dura algumas
semanas, os tradutores informam o pessoal docente e os
estudantes sobre o trabalho da DGT e dos seus linguistas,
além de incentivarem licenciados a candidatar-se a
empregos nos serviços de tradução das instituições da UE.
Simultaneamente, melhoram os seus conhecimentos da
língua local.
A DGT mantém igualmente contactos com associações
profissionais de tradutores e, naturalmente, com todos os
sectores das profissões de natureza linguística.
Gabinetes locais da DGT
A fim de facilitar a comunicação com o público, a DGT
implantou nos Estados-Membros «gabinetes locais para o
multilinguismo». O pessoal desses gabinetes locais tem por
missão adaptar a informação comunicada pela Comissão
em Bruxelas ao contexto local e a audiências específicas.
Empenha-se também no estabelecimento de ligações com
a sociedade civil, contribuindo desse modo para pôr em
prática a política da UE de se aproximar dos seus cidadãos.
De vez em quando a DGT organiza eventos, como
exposições ou congressos, e já tem participado em
seminários importantes e grupos de trabalho sobre
questões linguísticas. Incentiva os estabelecimentos
que, nos Estados-Membros, se ocupam da formação
dos tradutores a terem em conta, ao conceberem os
respectivos programas, as suas exigências (de acordo com o
estabelecido no perfil de tradutor e no currículo proposto
para um mestrado europeu em tradução).
16
17
As condições de organização
de visitas estão estabelecidas
em http://ec.europa.eu/dgs/
translation/external_relations/
visits/visits_en.htm
x
Para mais informações sobre
os gabinetes locais para o
multilinguismo da DGT nos
Estados-Membros, consulte:
http://ec.europa.eu/dgs/
translation/external_relations/
field_offices/index_en.htm.
Novos Estados-Membros, novas línguas
A DGT teve de fazer face a diversos alargamentos durante
a sua história: Dinamarca, Irlanda e Reino Unido (1973),
Grécia (1981), Espanha e Portugal (1986), Áustria,
Finlândia e Suécia (1995), Chipre, Eslováquia, Eslovénia,
Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e
República Checa (2004), e Bulgária e Roménia em 2007.
A maioria destes novos Estados-Membros trouxe consigo
novas línguas oficiais.
A fim de preparar a sua adesão, cada país que adere e
traz uma nova língua cria no interior de um dos seus
ministérios uma unidade encarregada de traduzir todo o
acervo legislativo da UE para a língua nacional. No período
que precede a adesão, a DGT tenta ajudar a facilitar a
integração do novo país de várias formas: a) facultando
à unidade nacional em questão assistência técnica,
formação, consultoria e apoio; b) instalando um gabinete
local no país e assegurando a ligação com ele; c) sondando
e desenvolvendo o mercado de tradutores freelance do
país; d) incentivando as universidades e aconselhando-as
sobre o conteúdo dos cursos de formação para tradutores,
a fim de as ajudar a garantir que os seus licenciados irão
corresponder às necessidades presentes e futuras da DGT.
Todos os anos, a DGT acolhe também alguns estagiários
provenientes dos países que mais recentemente aderiram à
UE.
Anexo 1
Carta linguística da União Europeia:
base jurídica
A base jurídica dos serviços linguísticos da União Europeia reside em
dois diplomas legislativos: o Regulamento n.° 1 de 1958 e o Tratado
que institui a Comunidade Europeia (versão consolidada).
Regulamento n.º 1 do Conselho, de 1958,
que estabelece o regime linguístico da Comunidade Económica Europeia
O CONSELHO DA COMUNIDADE
ECONÓMICA EUROPEIA,
à jurisdição de um Estado-Membro serão
redigidos na língua desse Estado.
Tendo em conta o artigo 217.º do Tratado,
nos termos do qual o regime linguístico das
instituições da Comunidade será estabelecido,
pelo Conselho, deliberando por unanimidade,
sem prejuízo das disposições previstas no
Regulamento do Tribunal de Justiça;
Artigo 4.º
Considerando que cada uma das quatro línguas
em que o Tratado está redigido é reconhecida
como língua oficial em um ou vários EstadosMembros da Comunidade;
ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:
Artigo 1.º
As línguas oficiais e as línguas de trabalho das
instituições da Comunidade são o alemão, o
francês, o italiano e o neerlandês.
Artigo 2.º
Os textos dirigidos às instituições por um
Estado-Membro ou por uma pessoa sujeita
à jurisdição de um Estado-Membro serão
redigidos numa das línguas oficiais, à escolha
do expedidor. A resposta será redigida na
mesma língua.
Artigo 3.º
Os textos dirigidos pelas instituições a um
Estado-Membro ou a uma pessoa sujeita
Os regulamentos e os outros textos de carácter
geral são redigidos nas quatro línguas oficiais.
Artigo 5.º
O Jornal Oficial das Comunidades Europeias
será publicado nas quatro línguas oficiais.
Artigo 6.º
As instituições podem determinar as
modalidades de aplicação deste regime
linguístico nos seus regulamentos internos.
Artigo 7.º
O regime linguístico dos processos no
Tribunal de Justiça será fixado no regulamento
processual deste Tribunal.
Artigo 8.º
Nos Estados-Membros em que existam
várias línguas oficiais, o uso da língua será
determinado, a pedido do Estado interessado,
segundo as regras gerais decorrentes da
legislação desse Estado.
O presente regulamento é obrigatório em todos
os seus elementos e directamente aplicável em
todos os Estados-Membros.
Tratado que institui a Comunidade Europeia
Artigo 21.º
Qualquer cidadão da União pode dirigir-se por escrito a qualquer das instituições ou órgãos a que
se refere o presente artigo ou o artigo 7.º numa das línguas previstas no artigo 314.º e obter uma
resposta redigida na mesma língua.
Por outras palavras, os cidadãos têm o direito de se dirigir aos órgãos oficiais da UE em
qualquer uma das línguas oficiais da UE e de receber uma resposta nessa mesma língua.
18
19
A cada alargamento,
este regulamento foi
alterado para incorporar
as novas línguas oficiais:
o inglês e o dinamarquês
em 1973, o grego em
1981, o espanhol e o
português em 1986,
o sueco e o finlandês
em 1995, o checo, o
eslovaco, o esloveno,
o estónio, o húngaro, o
letão, o lituano, o maltês
e o polaco, em 2004, o
irlandês em 2005 e o
búlgaro e o romeno em
2007.
Anexo 2
Associações de tradutores e de empresas
de tradução
Internacionais Globalization and Localization Association (GALA)
http://www.gala-global.org/
International Association of Conference Translators
http://www.aitc.ch/
International Association for Translation and Intercultural Studies
http://www.iatis.org/
International Federation of Translators/Fédération Internationale des Traducteurs (FIT)
http://www.fit-ift.org
International Permanent Conference of University Institutes of Translators and
Interpreters (CIUTI)
http://www.uni-leipzig.de/~isuew/ciuti/en/frame_en.html
Localization Industry Standards Association (LISA)
http://www.lisa.org/
Unesco Clearing House for Literary Translation
http://www.unesco.org/culture/lit
Europeias European Association of Machine Translation (EAMT)
http://www.eamt.org
European Council of Associations of Literary Translators (CEATL)
http://www.ceatl.org
European Society for Translation Studies (EST)
http://www.est-translationstudies.org
European Union of Associations of Translation Companies
http://www.euatc.org/
Manuscrito terminado em Janeiro de 2009
Comissão Europeia
Direcção-Geral da Tradução
Unidade «Comunicação e informação»
1049 Bruxelles/Brussel
BELGIQUE/BELGIË
Grande quantidade de informação adicional sobre a União Europeia está disponível na
Internet, sendo acessível através do servidor Europa (http://europa.eu)
Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2009
ISBN 978-92-79-09636-5
doi: 10.2782/18396
© Comunidades Europeias, 2009
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Printed in Belgium
Impresso em papel branqueado sem cloro
HC-30-08-600-PT-C
o
p
(
“oo
~
Генерална дирекция „Писмени преводи“
Dirección General de Traducción
Generální ředitelství pro překlady
Generaldirektoratet for Oversættelse
Generaldirektion Übersetzung
Kirjaliku tõlke peadirektoraat
Γενική Διεύθυνση Μετάφρασης
Directorate-General for Translation
Direction générale de la Traduction
An Ard-Stiúrthóireacht Aistriúcháin
Direzione generale della Traduzione
Tulkošanas ģenerāldirektorāts
Vertimo raštu generalinis direktoratas
Fordítási Főigazgatóság
Direttorat Ġenerali għat-Traduzzjoni
Directoraat-generaal Vertaling
Dyrekcja Generalna ds. Tłumaczeń Pisemnych
Direcção-Geral da Tradução: http://ec.europa.eu/dgs/translation
Direcţia Generală Traduceri
Generálne riaditeľstvo pre preklad
Generalni direktorat za prevajanje
Käännöstoimen pääosasto
Generaldirektoratet för översättning
W
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