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19/11/2009
DOENÇAS
NEOPLÁSICAS
Tatiana Brognolli d’Aquino de Sousa
Programa de Pós-graduação - UFPR
Mestrado Ciências Veterinárias
2009
Doenças Neoplásicas
• Causam alta mortalidade e
condenação de carcaça;
Doença de Marek
Leucose
Reticuloendoteliose
• leucose aviária:
pode ocorrer grave
comprometimento em
reprodutoras devido à
transmissão vertical congênita
e hereditária.
Doença de Marek
1907, Marek:
infiltração mononuclear em nervos periféricos em
galos que apresentavam paresia
József Marek
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19/11/2009
Doença de Marek
Anos 60:
- caracterizada por linfomas viscerais, sendo o
herpesvírus descrito como o agente etiológico
- atenuação e utilização do vírus em vacinas
Foi a primeira vacina efetiva contra
câncer em todas as espécies.
Doença de Marek - Etiologia
Herpesvírus
HV1 – Doença de Marek;
HV2 – Isolado de galinhas;
HV3 ou HVT – Isolado de Perus;
Somente HV1 é oncogênico.
Doença de Marek - Epidemiologia
Galinhas e
codornas japonesas
HERPESVÍRUS
Aves infectadas
2a4
semanas
Trato
respiratório
Vias
de transmissão
Fezes, saliva,
folículo da pena
Horizontal e
vertical congênita
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Doença de Marek - Patogenia
1. Produtiva restritiva:
alterações degenerativas primárias
2. Latente
3. Citolítica:
imunossupressão permanente
4. Proliferativa:
tumoração
Doença de Marek - Patogenia
Partículas virais entram
pelo trato respiratório
Atacam células fagocíticas
Chegam ao baço, bursa e timo
onde infectam células B
Aves resistentes podem
desenvolver a forma
latente da infecção
Pode haver formação de
tumores
Sintomas
Ocorre reação inflamatória
nestes órgãos
imunossupressão
Aves sensíveis vão desenvolver a
terceira fase da infecção
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Sinais nervosos::
paralisia completa
opstótono
torcicolo
asas caídas
afecção do nervo vago: papo pendular
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Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
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Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
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19/11/2009
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Casos agudos:
ataxia e mortalidade, ou podem apresentar
severa depressão e morte sem nenhum sinal
clínico característico;
Alguns animais podem apresentar cegueira
com infiltração linfóide na íris;
Morte ocorre devido a severa desidratação e
anorexia.
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
Doença de Marek – Sinais Clínicos
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
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Doença de Marek – Alterações
Nos nervos pode se observar alterações no tamanho,
presença de estriações, coloração amarelada ou edema.
Fonte: Universidade de Cornell / Jaime Ruiz
Doença de Marek – Alterações
Os tumores: podem ocorrer em qualquer lugar, mas
principalmente fígado, baço, rins, coração, gônadas e íris.
Vírus e linhagem do hospedeiro
As lesões tumorais nos diversos órgãos são
proliferativas, com presença de pequenos e médios
linfócitos e células reticulares primitivas.
Doença de Marek – Alterações
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Doença de Marek – Alterações
Doença de Marek – Alterações
Doença de Marek – Alterações
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Doença de Marek – Alterações
Doença de Marek – Alterações
Doença de Marek – Alterações
Na bursa pode haver atrofia das camadas cortical e medular,
com formação de cistos e infiltração linfóide interfolicular.
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19/11/2009
Doença de Marek – Alterações
Microscopicamente
é
uma
lesão
de
caráter
inflamatório,
caracterizada por infiltração de linfócitos, edema, desmielinização e
proliferação das células de Schwann, ou neoplásico consistindo de
massas de linfoblastos, desmielinização e proliferação das células de
Schwann.
Pode haver aplasia de medula óssea e presença de tumores.
Doença de Marek – Alterações
Antigamente a morbidade podia atingir 30%, sendo que
a mortalidade era em igual número. Hoje, após o
emprego de vacinas esse número foi reduzido para
5% em poedeiras e 0.1% em frangos;
Alterações macroscópicas podem ser eventualmente
observadas em nervos periféricos (celíaco, mesentérico
e ciático), mas nunca no cérebro.
Doença de Marek – Alterações
Fonte: Enrique Montiel , Merial Avian Global Enterprise
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Doença de Marek – Diagnóstico
Lesões tumorais em nervos periféricos e
vísceras, histopatologia destes tumores
apresentando infiltração proliferativa;
Uso de PCR, imunohistoquímica;
O isolamento pode ser feito em células
de rins de galinhas e fibroblastos de
embrião de galinha;
Uso de aves sentinelas não vacinadas
em que se efetua o isolamento do vírus em
lesões ou células brancas do sangue.
Doença de Marek – Tratamento e
Prevenção
Não existe tratamento, sendo que a vacinação
representa a estratégia principal para prevenção e
controle da doença de Marek.
Limpeza, desinfecção e biossegurança.
Vacinas são administradas logo
após a eclosão ou in ovo aos 18
dias de incubação.
Doença de Marek – Tratamento e
Prevenção
A vacina atinge efetividade superior a
90% em condições comerciais.
São necessários sete dias para que a
imunidade sólida seja estabelecida.
Técnicas de manejo e biossegurança:
sistema all in all out, desinfecção, bom
intervalo de vazio sanitário.
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Complexo Leucose Aviária
São neoplasias malignas e benignas das galinhas
causadas por retrovírus das aves.
A incidência da “Doença do Fígado
Grande” ou leucose linfóide foi muito
comum em linhagens de matrizes leves.
A partir de 1970 novos testes
laboratoriais
foram
descobertos
possibilitando o emprego de um programa
de erradicação da doença.
Complexo Leucose Aviária
Etiologia
Além de causar leucose linfóide, afetam
negativamente:
a idade para atingir a maturidade sexual;
produção de ovos por fêmea alojada;
peso de ovo;
mortalidade total;
peso corporal.
Complexo Leucose Aviária
Família Retroviridae
Retrovírus da leucose aviária (ALV)
Subgrupos A,B,C,D,E e J
Subgrupo J é o mais comum
Subgrupo E é considerado endógeno
de baixa patogenicidade
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Complexo Leucose Aviária
Etiologia - Retrovírus
RNA
DNA
Complexo Leucose Aviária
Epidemiologia
Galinhas, perus,
faisões, perdizes e
codornas
RETROVÍRUS
Aves
infectadas
2a4
semanas
Trato
respiratório
Vias
de transmissão
Fezes,
saliva
Horizontal e vertical congênita
e hereditária (DNA)
Complexo Leucose Aviária
Transmissão Horizontal
Vírus Exógeno
♀ ou ♂
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Complexo Leucose Aviária
Transmissão Vertical
♀ ou ♂
♀
Vírus
Exógeno
Via Vertical
Congênita
Vírus
Endógeno
DNA
Via Vertical
Hereditária
Complexo Leucose Aviária
Sinais Clínicos
Podem não apresentar nenhum sinal de
doença, ou apresentar sinais gerais de ave
doente, como inapetência, fraqueza, aumento
de fígado, manchas de uratos, etc.
Geralmente ocorre mortalidade alta no
início da maturidade e deve-se ainda estudar
a ação dos hormônios reprodutivos neste
aspecto.
Complexo Leucose Aviária
Alterações
Tumores em diversos órgãos, de coloração
branca, cinzenta, difusos ou focais.
leucose
linfóide - tumores na bolsa,
tonsilas, podendo não ser detectados
macroscopicamente.
leucose mielóide - tumores em ossos.
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19/11/2009
Complexo Leucose Aviária
Alterações
Histopatologia:
não possuem características infiltrativas mas,
formam nódulos que causam compressão no
órgão afetado.
Marek: possui características
infiltrativas
Complexo Leucose Aviária
Diagnóstico
Histórico
Histopatologia:
fígado, baço, bursa de Fabricius, timo, nervo ciático e qualquer outro
órgão com tumor.
Isolamento viral:
ovos embrionados ou cultivos celulares (fibroblastos), material: soro,
plasma e linfócitos sanguíneos periféricos.
ELISA de captura (direto) para proteína p27 são encontrados
comercialmente e são utilizados na clara do ovo, fezes, swabs
vaginais e cloacais.
Imunohistoquímica
PCR: albúmen e mecônio, para verificar transmissão vertical;
swab cloacal para verificar a presença do agente no lote.
Complexo Leucose Aviária
Prevenção e Controle
Manejo e biossegurança:
- diminuir № de vacinações no primeiro dia;
- evitar estresse.
Controle de doenças imunossupressoras:
- verificar a eficiência da vacinação para doença de Marek;
- animais com boa imunidade materna.
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Reticuloendoteliose
“Síndrome da ave refugo”
Causam neoplasias agudas nas células
reticulares e crônica nos tecidos linfóides.
Austrália e EUA associadas a vacinas contra
doença de Marek e bouba.
Reticuloendoteliose - Etiologia
RETROVÍRUS
morfologicamente, imunologicamente e
estruturalmente diferente do vírus da leucose
aviária.
replicação e transmissão semelhante aos da
leucose aviária.
Reticuloendoteliose
Epidemiologia
Maioria das
espécies aviárias
RETROVÍRUS
Aves
infectadas
3 dias
Vias
de transmissão
Trato Respiratório e
Digestório
Fezes,
saliva
Horizontal e
vertical hereditária (DNA)
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Reticuloendoteliose
Formas Clínicas
1. Neoplásica aguda
2. Neoplasia crônica
3. Síndrome da ave refugo
Reticuloendoteliose
Formas Clínicas
1. Neoplásica aguda
cepa T do vírus, mortalidade de até
100% do lote em seis dias.
Sem sinais clínicos, apenas fígado e
baço aumentados com lesões focais
difusas.
Histologicamente apresentam infiltração
de células do sistema reticuloendotelial.
Reticuloendoteliose
Formas Clínicas
2. Neoplasia crônica: semelhante à leucose
3. Síndrome da ave refugo:
Não há tumores;
Atrofia do timo, bursa, enterite, anemia e
aumento dos nervos periféricos;
Causa severa imunossupressão e pode
afetar 50% do lote.
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Reticuloendoteliose
Diagnóstico
Isolamento a partir de soro, células tumorais
e outros em cultivos celulares e observar os
efeitos citopáticos → confirmar a presença do
agente com imunofluorescência
PCR
Reticuloendoteliose
Prevenção e controle
Biossegurança;
Medidas de monitoria e controle
em avós que devem ser
empregadas pelas Empresas de
linhagens de aves.
Obrigada!
[email protected]
www.labmor.ufpr.br
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