Até 2050, uma em cada três crianças irá nascer em África Escrito por {ga=redaccao} Terça, 20 Novembro 2012 13:34 - Actualizado em Terça, 20 Novembro 2012 17:38 O UNICEF lançou, esta terça-feira (20), em Nova Iorque, por ocasião do Dia Universal da Criança, um novo relatório de pesquisa que destaca as mudanças demográficas globais previstas para a próxima geração de crianças que apresentam grandes desafios para os decisores políticos e planificadores. O relatório, segundo um comunicado enviado ao @Verdade, refere, por exemplo, que “em 2050 um em cada três nascimentos no mundo acontecerá em África – como também será quase uma em cada três crianças com idade inferior a 18 anos. Há cem anos atrás, a contribuição de nascimentos em partes da África subsaariana era apenas de uma criança em 10”. O relatório com título “Geração 2025 e mais além: A importância crítica de compreender as tendências demográficas para as crianças do século 21”, diz que por sua vez, a mortalidade de menores de 5 anos continuará cada vez mais a concentrar-se na África sub-saariana, em bolsas de pobreza e marginalização de países populosos de baixa renda e nas nações menos desenvolvidas. “O que é importante é saber se o mundo à medidade que se prepara para a agenda pós-2015 tem em conta esta mudança fundamental e sem precedentes”, disse o co-autor do relatório David Anthony, do UNICEF. “Devemos fazer todo o possível para que essas crianças tenham uma chance igual para sobreviver, desenvolver-se e alcançar o seu pleno potencial”. Em Outubro de 2011, a população mundial atingiu 7.000 milhões e em projecções actuais baterá os 8.000 milhões até 2025. O documento diz que os próximos 1.000 milhões de habitantes globais ainda serão crianças até 2025 e 90 por cento deles nascerão em regiões menos desenvolvidas. O relatório projecta apenas um modesto quatro por cento de aumento na população mundial de crianças até 2025, mas o crescimento da população se desloca de forma significativa para os países do sul. Segundo as projecções, os 49 países classificados como países menos desenvolvidos do 1/2 Até 2050, uma em cada três crianças irá nascer em África Escrito por {ga=redaccao} Terça, 20 Novembro 2012 13:34 - Actualizado em Terça, 20 Novembro 2012 17:38 mundo serão responsáveis por cerca de 455 milhões dos 2.000 milhões de nascimentos globais entre 2010 e 2025. Cinco países mais populosos de renda média - China, Índia, Indonésia, Paquistão e Nigéria - serão responsáveis por cerca de 859 milhões de nascimentos entre 2010 e 2025. O único país de alta renda que se projecta ter uma proporção crescente de crianças até 2025 é os Estados Unidos - entre os cinco principais países onde ocorrerão nascimentos nos próximos 15 anos. Embora a China e a Índia continuem a ter uma grande parcela da população mundial, em termos absolutos, a Nigéria vai ver o maior aumento em sua população de Sub-18 mais do que qualquer outro país, somando 31 milhões crianças, um aumento de 41 por cento, entre 2010 e 2025. Ao mesmo tempo, a Nigéria será responsável por uma em cada oito mortes entre os menores de 18 anos. O relatório diz que as implicações políticas da mudança da população infantil e de mortes de crianças de países mais pobres e populosos do mundo são fundamentais. Para os países menos desenvolvidos, séria consideração deve ser dada à forma de atender as necessidades das crianças, especialmente em saúde e educação. Este relatório, obtido a partir de projecções da Divisão de População das Nações Unidas, diz que o envelhecimento da população mundial vai aumentar a pressão para desviar os recursos das crianças. “As crianças não votam, e suas vozes não são frequentemente ouvidas quando os governos tomam decisões sobre o financiamento”, disse o co-autor do relatório DanZhen You, do UNICEF. “Por isso, vai ser mais importante do que nunca salvaguardar as crianças para que os seus direitos sejam respeitados e realizados”. As recomendações do relatório incluem: concentrando investimentos nas áreas onde as crianças vão nascer; ênfase em grupos negligenciados, especialmente nas grandes populações dos países de renda média; atingindo as famílias mais pobres e isoladas, e com urgência fazer face à questão da dependência na velhice. 2/2