Nausedron® cloridrato de ondansetrona Comprimidos Revestidos FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Comprimidos Revestidos 8 mg: Embalagem com 10 comprimidos revestidos. USO ADULTO E PEDIÁTRICO INFORMAÇÕES TÉCNICAS Propriedades Farmacodinâmicas Mecanismo de ação: A ondansetrona, substância ativa de Nausedron®, é um potente antagonista, altamente seletivo, dos receptores 5-HT3 da 5-hidroxitriptamina (5-HT). Seu mecanismo de ação no controle da náusea e do vômito ainda não é bem conhecido. Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem causar liberação de 5-HT no intestino delgado, iniciando um reflexo de vômito pela ativação dos aferentes vagais nos receptores 5-HT3. A ondansetrona bloqueia o início deste reflexo. A ativação dos aferentes vagais pode também causar uma liberação de 5-HT na área postrema, localizada no assoalho do quarto ventrículo, e isto também pode promover emese através de um mecanismo central. Desse modo, o efeito da ondansetrona no controle das náuseas e dos vômitos, induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia, é devido ao seu antagonismo dos receptores 5-HT3 nos neurônios localizados tanto no sistema nervoso periférico quanto no sistema nervoso central. Não se conhece o mecanismo de ação em náusea e vômito pós-operatórios. Nos testes psicomotores, a ondansetrona não prejudicou o desempenho e nem causou sedação. Efeitos farmacodinâmicos: A ondansetrona não altera as concentrações de prolactina plasmática. Propriedades Farmacocinéticas As propriedades farmacocinéticas da ondansetrona permanecem inalteradas em dosagens repetidas. Absorção: Após uma dose oral, a ondansetrona é absorvida passiva e completamente no trato gastrintestinal e sofre metabolismo de primeira passagem. Após a administração, os picos de concentração plasmática são atingidos em aproximadamente 1 hora e 30 min. Para doses acima de 8 mg, o aumento da exposição sistêmica da ondansetrona é maior que o proporcional, o que pode ser refletido em ligeira redução no metabolismo de primeira passagem, em doses orais elevadas. A biodisponibilidade torna-se levemente aumentada na presença de alimentos, mas inalterada por antiácidos. Distribuição: A ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 70 a 76%. A disponibilidade da ondansetrona, tanto após a dose oral quanto após a intravenosa ou intramuscular, é similar, com volume de distribuição de cerca de 140 L no estado de equilíbrio. Metabolismo A ondansetrona é depurada da circulação sistêmica predominantemente por metabolismo hepático, através de diversas vias enzimáticas. A ausência da enzima CYP2D6 (polimorfismo da debrisoquina) não interfere na farmacocinética da ondansetrona. Eliminação Menos de 5% da dose absorvida é excretada inalterada na urina. A disponibilidade da ondansetrona, tanto após a dose oral quanto após a intravenosa ou intramuscular, é similar com um tempo de meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 3 horas. Grupos de risco: Estudos em voluntários idosos saudáveis revelaram um leve, mas clinicamente significativo aumento na biodisponibilidade oral e tempo de meia-vida da ondansetrona, relacionado à idade. Foi demonstrado que, após uma dose oral, indivíduos do sexo feminino possuem maior taxa e extensão de absorção, bem como clearance sistêmico e volume de distribuição reduzidos. Em um estudo realizado com 21 pacientes pediátricos, com idade entre 3 e 12 anos, submetidos a cirurgia eletiva com anestesia geral, verificou-se a redução nos valores absolutos para o clearance e o volume de distribuição da ondansetrona após uma dose única intravenosa de 2mg (3-7anos) ou 4mg (8-12anos). A magnitude da alteração foi idade-dependente, com o clearance reduzindo de cerca de 300mL/min aos 12 anos de idade, para 100mL/min aos 3 anos de idade. O volume de distribuição reduziu de cerca de 75L aos 12 anos de idade para 17L aos 3 anos. O uso de doses balanceadas de acordo com o peso corpóreo (0,1mg/ kg até um máximo de 4mg) foi compensatório para essas alterações e é eficaz para normalizar a exposição sistêmica em pacientes pediátricos. Em pacientes com disfunção renal moderada (clearance de creatinina de 15-60mL/min), tanto o clearance sistêmico quanto o volume de distribuição foram reduzidos após administração intravenosa de ondansetrona, resultando em um leve, mas clinicamente insignificante, aumento na meia-vida de eliminação (5,4h). Pacientes com disfunção renal severa, requerentes de hemodiálise regular (estudados entre as diálises), demonstraram um perfil farmacocinético para a ondansetrona essencialmente inalterado. Nos pacientes com disfunção hepática severa, o clearance sistêmico da ondansetrona foi acentuadamente reduzido com meia-vida de eliminação prolongada (1532h) e uma biodisponibilidade oral de aproximadamente 100% devido a redução do metabolismo pré-sistêmico. Nausedron® demonstrou eficácia no controle da náusea e do vômito em 75% dos pacientes tratados com quimioterapia com cisplatina. INDICAÇÕES A ondansetrona oral é indicada para o controle da náusea e do vômito induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia em pacientes com neoplasia. A ondansetrona oral também é indicada para prevenção das náuseas e vômitos do pós-operatório. CONTRAINDICAÇÕES É contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade conhecida à qualquer componente da fórmula. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS Têm-se relatado reações de hipersensibilidade em pacientes que exibiram este tipo de reação a outros antagonistas seletivos de receptores 5-HT. É contraindicado em pacientes com deficiência da função hepática, pois a ondansetrona pode aumentar as enzimas hepáticas. F I B R A INFORMAÇÕES AO PACIENTE Nausedron® é indicado para o controle de náuseas e vômitos, provocados após uma quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, em pacientes com neoplasias. Conserve o produto em temperatura ambiente, entre 15 e 30oC, protegido da luz e da umidade. O prazo de validade do produto é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa, sendo que após este prazo, o produto pode não apresentar mais efeito terapêutico. Não utilize medicamento vencido. Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Nausedron® comprimidos deve ser ingerido com auxílio de um copo de água. Se você esquecer uma dose e se sentir mal ou com vontade de vomitar, tome-a o quanto antes, mas continue a administração das demais doses no horário normal. Se você esquecer uma dose e não se sentir mal, tome a próxima dose no horário normal. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Informe seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis. A maioria das pessoas que faz uso de Nausedron® não desenvolve problemas relacionados a ele. Porém, como acontece com todos os medicamentos, algumas pessoas podem apresentar reações indesejáveis. Algumas pessoas podem ser alérgicas a medicamentos. Se você apresentar qualquer um dos sintomas a seguir, logo após ter ingerido Nausedron®, suspenda o uso e avise seu médico imediatamente: chiado, dor ou aperto no peito; inchaço das pálpebras, face, lábios, boca ou língua; rachaduras ou fissuras na pele. Os efeitos a seguir, são muito raros, mas caso sinta-os, comunique seu médico imediatamente: movimento circular involuntário dos olhos, agitação e movimentos involuntários dos músculos; convulsões. Para os efeitos a seguir, não é necessário parar de tomar o medicamento, mas avise seu médico na próxima consulta: batida do coração irregular ou devagar; tontura ou zonzeira; dor de cabeça; sensações de calor ou rubor; constipação, soluços. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS Não existem evidências de que Nausedron® induz ou inibe o metabolismo de outros medicamentos geralmente co-administrados com ele. Dados de pequenos estudos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol. Se você está fazendo uso de medicamentos à base de fenitoína, carbamazepina ou rifampicina, consulte seu médico. Se você fizer exames de sangue, para saber como seu fígado está funcionando, este medicamento pode afetar os resultados. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Não há contra-indicação relativa a faixas etárias. Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE. Se você ingerir uma grande quantidade deste medicamento, procure seu médico, ou o hospital mais próximo imediatamente. Na maioria dos casos os sintomas são muito similares àqueles relatados para os pacientes recebendo as doses recomendadas. Medida = Altura (160 mm) x Comprimento (270 mm) COMPOSIÇÃO Cada comprimido revestido contém: cloridrato de ondansetrona diidratado equivalente a .................................. 8 mg de ondansetrona base excipiente qsp ............................................................................................. 1 comprimido revestido excipiente: amido de milho, estearato de magnésio, lactose, polissorbato 80, celulose microcristalina, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, macrogol 6000, hipromelose, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho, macrogol 8000, macrogol 400 Tendo em vista que a ondansetrona aumenta o tempo de trânsito do intestino grosso, pacientes com sinais de obstrução intestinal subaguda devem ser monitorados após a administração. Gravidez A segurança da ondansetrona para o uso em mulheres grávidas ainda não foi estabelecida. Avaliações de estudos em animais experimentais não indicaram efeito nocivo direto ou indireto no desenvolvimento do embrião ou feto, no curso da gestação e no desenvolvimento peri- e pós-natal. Entretanto, uma vez que estudos em animais nem sempre são preditivos da resposta humana, o uso da ondansetrona durante a gravidez não é recomendado. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Lactação Os testes têm demonstrado que a ondansetrona é excretada no leite de animais. Por este motivo, recomenda-se que lactantes sob tratamento com a ondansetrona não amamentem. Pacientes com insuficiência hepática O clearance da ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Nestes pacientes a dose total diária não deve exceder 8mg. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Não existem evidências que a ondansetrona induza ou iniba o metabolismo de outras drogas comumente co-administradas. Estudos específicos demonstraram que não existem interações farmacocinéticas quando a ondansetrona é administrada com álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol. A ondansetrona é metabolizada por múltiplas enzimas hepáticas citocromo P-450: CYP3A4, CYP2D6, e CYP1A2. Devido a multiplicidade de enzimas metabólicas capazes de metabolizar a ondansetrona, inibição enzimática ou a redução da atividade de uma destas enzimas (por ex. deficiência genética de CYP2D6), é normalmente compensada por outras enzimas e resultam em pouca ou nenhuma mudança no clearance da ondansetrona, não sendo necessário ajuste de dose. Fenitoína, carbamazepina e rifampicina: Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4 (por ex. fenitoína, carbamazepina e rifampicina), o clearance oral da ondansetrona foi aumentado e as concentrações plasmáticas reduzidas. Tramadol: Dados de estudos pequenos indicam que a ondansetrona pode reduzir o efeito analgésico do tramadol. A biodisponibilidade da ondansetrona torna-se levemente aumentada na presença de alimentos, mas inalterada por antiácidos. Aumentos assintomáticos nos testes de função hepática têm sido reportados. SUPERDOSAGEM Até o momento é limitado o conhecimento sobre superdosagem com a ondansetrona. Na maioria dos casos os sintomas são muito similares àqueles relatados para os pacientes recebendo as doses recomendadas. Não existe antídoto específico para a ondansetrona. Desta forma, em casos de superdosagem, conduzir terapia sintomática e de suporte apropriadas. O uso de ipecacuanha não é recomendado, uma vez que é pouco provável que se obtenha resposta satisfatória, devido a própria ação antiemética do Nausedron®. PACIENTES IDOSOS Inexistiram maiores diferenças na segurança e eficácia observadas entre pacientes idosos e jovens. Outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças nas respostas entre os pacientes idosos e jovens, porém, ocorre maior sensibilidade com alguns idosos. Nausedron® é bem tolerado em pacientes com idade acima de 65 anos, indicando não haver necessidade de se alterar a dose, a frequência ou via de administração no idoso. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho MS Nº 1.0298.0124 Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo – CRF-SP Nº 10.446 SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente): 0800 701 19 18 Rod. Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira - SP – CNPJ nº 44.734.671/0001-51 – Indústria Brasileira Cód. 22.1393 - IX/10 F I B R A POSOLOGIA Os comprimidos de Nausedron® devem ser ingeridos, de preferência com auxílio de um copo de água. Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia e radioterapia O potencial emetogênico do tratamento do câncer varia de acordo com as doses e combinações dos regimes de quimioterapia e radioterapia usados. A escolha da dose deve ser baseada pela severidade do tratamento. Adultos e idosos: Quimioterapia e Radioterapia Emetogênica A dose oral recomendada é de 8 mg, 1-2 h horas antes do tratamento, seguido de 8 mg 12 horas após. Para prevenir náuseas e vômitos tardios após as primeiras 24 horas, Nausedron® deve ser continuado por via oral na dose de 8mg, duas vezes ao dia, por até 5 dias, após um curso de tratamento. Quimioterapia Altamente Emetogênica A dose oral recomendada é de 24 mg administrada junto com 12 mg de fosfato sódico de dexametasona, 1-2 horas antes do tratamento. Para prevenir náuseas e vômitos tardios após as primeiras 24 horas, Nausedron® deve ser continuado por via oral na dose de 8mg, duas vezes ao dia, por até 5 dias, após um curso de tratamento. Crianças: Em crianças, Nausedron® pode ser administrado em dose única intravenosa de 5mg/m² imediatamente antes da quimioterapia, seguida de uma dose oral de 4mg, 12 horas após. Pode-se continuar com 4mg por via oral duas vezes ao dia, por até 5 dias, após um curso de tratamento. Pacientes Idosos: Nausedron® é bem tolerado em pacientes com idade acima de 65 anos, indicando não haver necessidade de se alterar a dose, a frequência ou via de administração no idoso. Pacientes com insuficiência renal: Não é necessária qualquer alteração da via de administração, dose diária ou freqüência da dose. Pacientes com insuficiência hepática: A eliminação de Nausedron® é significativamente reduzido em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Nestes pacientes a dose total diária não deve exceder 8mg. Pacientes com deficiência do metabolismo da Espartina/Debrisoquina: Não é necessário alterar a dosagem diária ou frequência de dose. Náuseas e vômitos pós-operatórios Adultos: Para prevenção das náuseas e vômitos do pós-operatório, a dose oral de Nausedron® recomendada é de 16 mg, 1 hora antes da anestesia. Para tratamento das náuseas e vômitos do pós-operatório já estabelecidos recomenda-se a administração de Nausedron® injetável. Crianças: Pode-se administrar Nausedron® por injeção intravenosa lenta para a prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do pós operatório em crianças. Idosos: Existem poucas experiências com o uso de ondansetrona na prevenção e tratamento da náusea e do vômito do pós-operatório em pessoas idosas, entretanto, Nausedron® é bem tolerado em pacientes acima de 65 anos de idade que estejam fazendo quimioterapia. Pacientes com insuficiência renal: Não é necessária qualquer alteração da via de administração, dose diária ou frequência da dose. Pacientes com insuficiência hepática: O clearance da ondansetrona é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente prolongada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Nestes pacientes a dose total diária não deve exceder 8 mg. Pacientes com deficiência do metabolismo da Espartina/Debrisoquina: A meia-vida de eliminação da ondansetrona não é alterada em indivíduos que possuem deficiência do metabolismo de esparteína e debrisoquina. Conseqüentemente, em tais pacientes, doses repetidas não irão provocar níveis de exposição à droga diferentes daqueles da população em geral. Não é necessário alterar a dosagem diária ou freqüência de dose. Caso o paciente esqueça de tomar uma dose e sinta-se nauseado ou com ânsia de vômito, ele deve tomar uma dose o mais rápido possível e manter as demais doses no horário normal. Caso o paciente esqueça de tomar a dose, mas não sinta-se nauseado ou com ânsia de vômito, tomar a próxima dose no horário normal. Medida = Altura (160 mm) x Comprimento (270 mm) REAÇÕES ADVERSAS/COLATERAIS Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer: cefaléia, sensação de calor ou rubor e soluços. Sabe-se que a ondansetrona aumenta o tempo do trânsito intestinal, e por isto, pode causar constipação em alguns pacientes. Têm ocorridos relatos raros de reações de hipersensibilidade imediata, algumas vezes severas, incluindo anafilaxia. Têm ocorrido relatos raros sugestivos de reações extrapiramidais, tais como crises oculógiras/reações distônicas, sem evidência definitiva de seqüela. Raramente, têm-se observado casos de convulsão. Ocorreram raros relatos de dor torácica, com ou sem depressão do segmento ST, arritmias, hipotensão e bradicardia. Casos raros de distúrbios visuais passageiros (visão turva) e confusão mental, têm sido reportados durante administração rápida intravenosa de ondansetrona. Ocasionalmente, reações no local da aplicação também têm sido reportadas.