ÍNDICE Índice de Figuras 9 Índice de Quadros 10 Preâmbulo 11 1. Inovação e o Desenvolvimento Regional 13 1.1 Inovação e geografia económica 15 1.2 Inovação e desenvolvimento regional Questões para reflexão 18 21 2. Teorias Tradicionais de Desenvolvimento Regional 23 2.1 Abordagens neoclássicas do crescimento convergente 26 2.2 Abordagens keynesianas (crescimento divergente) 2.3 A crítica marxista (crescimento divergente) 38 2.4 Desenvolvimento endógeno e capital social 43 2.5 O contributo da “nova geografia económica” 46 2.6 O paradigma do desenvolvimento sustentável 48 32 2.7 Pós¬ colonialismo, pós¬ modernismo e pós¬ desenvolvimento Questões para reflexão 53 3. Modelos Territoriais de Inovação 55 3.1 “Ilhas de inovação” 56 3.2 Sistemas de inovação e território 67 Questões para reflexão 75 4. Espaço e Redes de Conhecimento e Inovação 77 4.1 Buzz, proximidade e distância nas dinâmicas territoriais de conhecimento 78 4.2 Conhecimento, criatividade e cidades Questões para reflexão 98 89 50 5. Inovação e Políticas de Desenvolvimento Regional 99 5.1 Inovação e políticas de desenvolvimento territorial 101 5.2 Redes de inovação locais e distantes e políticas de desenvolvimento regional 103 Questões para reflexão 112 Referências Bibliográficas 113 Índice de Figuras Fig. 1.1 – Artigos internacionais com o termo “innovation” no título, 1956¬ 2011 14 Fig. 2.1 – Mecanismos causais no modelo neoclássico de crescimento económico 28 Fig. 2.2 – Etapas de crescimento económico, segundo W. Rostow 31 Fig. 2.3 – Modelo de crescimento económico regional de Dixon¬ Thirlwall 36 Fig. 3.1 – Desintegração vertical da produção e especialização flexível 58 Fig. 3.2 – “Diamante” da vantagem competitiva 60 Fig. 3.3 – Paradigmas dos “meios inovadores” e desenvolvimento económico territorial 65 Fig. 3.4 – Modelo linear de inovação 67 Fig. 3.5 – Modelo concetual de análise do Sistema Regional de Inovação 69 Fig. 3.6 – Tipologia de Sistemas Regionais de Inovação 70 Fig. 4.1 – Formas de conhecimento e aprendizagem empresa¬ território 80 Fig. 4.2 – Buzz local e pipelines globais 84 Fig. 4.3 – Tipos de conhecimento e vinculação territorial Fig. 4.4 – Modelo “3T” 92 87 PREÂMBULO Em 2009, escrevi no relatório do programa das provas de agregação em Geografia Humana, que está na origem desta publicação, “…a crise económica global atingiu praticamente todos os Estados¬ nação, regiões e cidades do mundo; famílias desestruturam-se, empresas entram em falência, cidadãos ficam sem emprego todos os dias.” Naquele momento, a crise não parecia vir a repercutir¬ se de uma forma tão violenta como a que estamos hoje a viver em Portugal. Também considerei então, e continuo a pensar que o argumento é válido, que “é preciso aumentar o conhecimento dos processos económicos e sociais e das inter-relações espaciais, de forma a desenhar melhores políticas e obter mais e melhores resultados”. Esta preocupação está na base deste trabalho que agora se pretende disseminar para um público mais alargado. Este livro tem como objetivo discutir as principais teorias e conceitos explicativos do processo de transformação económica das cidades e regiões numa fase avançada do capitalismo cognitivo, que alguns designam por sociedade do conhecimento. Partimos de uma observação elementar: o processo de globalização da economia tem¬ se caracterizado pela aglomeração espacial das atividades económicas, apesar de algumas teorias de hipermobilidade dos fatores de produção preconizarem a “alienação” do espaço geográfico. A distribuição da atividade económica está mais dispersa no globo, todavia uma análise mais cuidada demonstra que o padrão de distribuição de atividades de elevado valor acrescentado e com maior conteúdo tecnológico é muito concentrado no espaço geográfico. Quais são os fatores que contribuem para esta concentração numa fase do capitalismo marcada pela mobilidade do capital e da informação e de redução relativa dos custos de transporte? O livro procura responder a esta questão central, assumindo que há três ordens de razão para esta concentração geográfica: razões de ordem produtiva (sistema produtivo); razões de ordem laboral (mercado de trabalho); razões de ordem tecnológica (aprendizagem e inovação). O livro destina¬ se aos estudantes de formação avançada interessados na matéria da inovação e da transformação das cidades e regiões, bem como ajudará, assim o esperamos, alguns técnicos e profissionais desta área, oferecendo uma síntese atualizada sobre as principais questões que marcam o debate atual sobre esta temática. A publicação tem origem no programa apresentado nas provas de agregação em Geografia Humana, na Universidade de Lisboa, em 2009, com o título “Conhecimento, Inovação e Território”. Naturalmente, o tempo que mediou entre essa data e o presente permitiu uma revisão e melhoria do trabalho. A obra beneficiou dos comentários, sugestões e críticas realizados pelos membros do Júri, a quem estou grato, muito embora a responsabilidade pelo conteúdo e eventuais erros sejam da minha exclusiva responsabilidade. Foi também possível atualizar e completar algumas matérias discutidas nesta obra à luz de novos trabalhos que entretanto foram sendo publicados, especialmente no que diz respeito ao capítulo “Espaços e Redes de Conhecimento e Inovação”. Finalmente, optei por acrescentar um capítulo sobre “Inovação e Políticas de Desenvolvimento Regional”, tendo recorrido a alguns trabalhos que entretanto publiquei sobre a matéria (Vale, 2009 e 2011), procurando assim informar as políticas públicas para o desenvolvimento de cidades e regiões. Estou grato aos meus colegas do Centro de Estudos Geográficos – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (CEG¬ IGOT¬ UL) pela construção de um ambiente de permanente inquietação e discussão crítica, que muito contribuiu para a realização desta obra. A publicação conta com o apoio do projeto RUcaS – Utopias Reais em Espaços Socialmente Criativos, apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/CS¬ GEO/1156603/2009) e coordenado pela minha colega Isabel André, a quem agradeço a recetividade e estímulo para a discussão destas temáticas também no âmbito do NEST – CEG (Núcleo de Estratégias e Políticas Territoriais). A obra beneficiou igualmente das inúmeras discussões realizadas em diversos workshops do projeto integrado europeu EURODITE – Regional Trajectories to the Knowledge Economy: A Dynamic Model (contract nº. 006187 – CIT3), União Europeia, 6º Programa Quadro, coordenado por Stewart MacNeill da Universidade de Birmingham. Finalmente, uma palavra de apreço para os estudantes de pós¬ graduação com quem tenho discutido algumas das questões abordadas neste livro.