19 de maio – Dia Mundial da Hepatite O objetivo da ação é conscientizar a população sobre a importância da prevenção da hepatite, pois em alguns casos ela pode ser tratada e até evitada. A hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado, e pode se desenvolver de várias formas. Esta inflamação causa a destruição das células do órgão, ocasionando diversas consequências ao organismo. No Brasil, as maiores incidências são de hepatites B e C, que em fases mais graves, podem causar cirrose e câncer de fígado, normalmente causada por infecção associada ao vírus. O diagnóstico possui um fator complicador, pois muitas vezes quando o paciente apresenta os sintomas da doença, já se encontra em estágio avançado. O câncer de fígado, consequente da cirrose hepática, é a 5ª maior causa de morte por câncer no mundo, totalizando 500 mil mortes por ano. A prevenção da hepatite pode reduzir também o surgimento de novos casos de câncer de fígado. O vírus da hepatite atinge mais de 2 bilhões de pessoas, no entanto, muitas pessoas ainda não sabem que são portadoras da doença. De acordo com os especialistas, normalmente os pacientes descobrem que possuem a doença somente 20 ou 30 anos depois de serem infectados. Trata-se de um problema de saúde pública devido ao grande número de casos que evoluem para a forma crônica da doença. O tratamento da hepatite B é indicado somente para os pacientes crônicos com tendência ao desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado. A doença não tem cura, mas o tratamento pode impedir sua progressão. No caso da hepatite C, há possibilidade de cura do paciente, mesmo quando detectada mais tardiamente, sendo o medicamento distribuído gratuitamente nos postos de saúde. Para os pacientes que apresentam a forma crônica da doença, isto é, o câncer de fígado, a boa notícia é que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está avaliando a aprovação de um tratamento que ajuda no controle da doença e inibe a sua progressão. A expectativa é que o medicamento esteja disponível no Brasil a partir do segundo semestre. Hepatite B: O que é É transmitida pelo contato com sangue contaminado, através de seringas, transfusões, ferimentos e relação sexual. Além disso, o vírus também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação, no momento do parto ou durante a amamentação. Incidência A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões de pessoas sejam portadoras do vírus da hepatite B. Desse total, cerca de 300 milhões evoluem para a forma crônica da doença, isto é, cirrose e câncer de fígado. Sintomas Normalmente não apresenta sintomas. Na hepatite aguda, quando presentes, os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças, como um simples resfriado. Em alguns casos, os pacientes podem apresentar febre, mal estar, urina escura, fezes esbranquiçadas e alteração na pele, o chamado “amarelão”. As formas crônicas tendem a evoluir mais silenciosamente. De uma forma geral, acredita-se que 5 a 10% das pessoas infectadas podem evoluir para as formas crônicas. Embora seja mais comum o aparecimento do câncer em pacientes com cirrose, na hepatite B ele pode ocorrer mesmo em pacientes não cirróticos. Diagnóstico A infecção pode ser diagnosticada através de exames de sangue específicos, de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância) ou a biópsia do fígado. Evolução A hepatite B atinge 300 milhões de pacientes de forma crônica Os portadores de hepatite B crônica apresentam maior risco de morte por complicações relacionadas à doença, como cirrose e câncer de fígado Nem todos os portadores da hepatite B desenvolvem câncer de fígado, mas esta infecção é uma das principais causas da doença Fatores de Risco Alguns fatores estão associados a um maior risco de câncer de fígado em pacientes com hepatite B, entre eles: ser descendente de asiáticos ou africanos e apresentar história familiar de câncer de fígado,ter adquirido a doença quando recém-nascido ou durante a infância. Hepatite C O que é A principal via de transmissão da hepatite C é o contato com sangue contaminado, transplante de órgãos e tecidos, agulhas e seringas, uso de drogas injetáveis ou aspiradas. Incidência O vírus atinge cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 3 milhões somente no Brasil. Sintomas Nas formas crônicas os sintomas inexistem ou geralmente são leves e inespecíficos, o que dificulta ou atrasa o diagnóstico da doença. Cerca de 60-80% dos casos de hepatite C evoluem para a forma crônica, podendo levar o paciente a desenvolver cirrose e câncer de fígado.Nesses pacientes o câncer de fígado só ocorre após o aparecimento da cirrose. Diagnóstico A hepatite C pode ser diagnosticada e monitorada por meio de exames de sangue específicos, de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância) ou a biópsia do fígado, esses exames podem indicar o estágio da doença. Evolução Existem 170 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C no mundo Os vírus das hepatites B e C correspondem a cerca de 80% dos casos de cirrose associada ao câncer de fígado Fatores de Risco Alguns fatores estão associados a um maior risco de câncer de fígado em pacientes com hepatite C, entre eles: ser do sexo masculino, ter mais de 55 anos de idade, apresentar doença hepática avançada, diabetes Tipo 2 e/ou infecção causada pelo HIV.