Curso de Engenharia Civil Física Geral e Experimental I Lançamentos Prof.a: Msd. Érica Muniz 1° Período Queda dos corpos Quando um corpo é lançado verticalmente para cima verificaremos que ele sobe até certa altura e depois cai, porque é atraído pela Terra. O mesmo acontece quando um corpo é abandonado de determinada altura: ele cai porque é atraído pela Terra. • Chamaremos de queda livre o movimento de subida ou de descida que os corpos realizam sujeitos à gravidade nas proximidades da Terra e desprezarmos as resistências de qualquer espécies. • Os corpos são atraídos pela Terra porque em torno dela há uma região chamada campo gravitacional exercendo atração sobre eles. • As equações obedecem as do MUV. Sinal de g: Para baixo: + Para cima: - Exemplos 1- Um corpo é lançado do solo, verticalmente para cima, com velocidade inicial de 20 m/s. desprezando a resistência do ar e admitindo g = 10 m/s2 , encontre: a) A função y(t); b) A função v(t); c) O tempo gasto pelo corpo para atingir a altura máxima; d) A altura máxima em relação ao solo; e) O tempo gasto para atingir o solo; f) A velocidade do corpo ao tocar o solo. 2- Em um canteiro de obras uma chave de cano bate no chão com uma velocidade de 24 m/s. determine: a) De que altura deixaram-na ela cair por negligência? b) Quanto tempo durou a queda? 3- O gráfico seguinte representa o movimento de um corpo lançado verticalmente para cima numa região em que a aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s2, e na qual a resistência do ar pode ser desprezada. De acordo com os registros do gráfico: a) Qual foi a velocidade de lançamento? b) Qual o valor de H? 4- Para deslocar tijolos, é comum vermos em obras de construção civil um operário no solo, lançando tijolos para outro que se encontra no piso superior. Considerando o lançamento vertical, a resistência do ar nula, a aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2 e a distancia entre a mão do lançador a e do receptor 3,2 m, a velocidade com que cada tijolo deve ser lançado para que chegue às mãos do receptor com velocidade nula deve ser em m/s de? Movimento de Projéteis • Vamos considerar a seguir, um caso especial de movimento bidimensional: Uma partícula que se move em um plano vertical com velocidade inicial v0 e com uma aceleração constante, igual a aceleração de queda livre g, dirigida para baixo. Uma partícula que se move desta forma é chamada projétil (o que significa que é projetada ou lançada), e seu movimento é chamado de movimento balístico. Nesta parte da matéria, estudaremos o movimento de projéteis ignorando os efeitos do ar. O projétil é lançado com uma velocidade inicial vo que pode ser descrita como: As componentes v0x e v0y podem ser calculadas se conhecermos o ângulo θo entre vo e o semi-eixo x positivo: • Durante o movimento bidimensional, o vetor r e a velocidade v do projétil mudam constantemente, mas o vetor aceleração ar é constante e está sempre dirigido verticalmente para baixo. O projétil não possui aceleração horizontal. O movimento de projéteis, como na figura 4-9 e 4-10, parece complicado,mas temos seguinte propriedade simplificadora (demonstrada experimentalmente): Esta propriedade permite decompor um problema que envolve um movimento bidimensional em dois problemas unidimensionais independentes e mais fáceis de serem resolvidos, um para o movimento horizontal (com aceleração nula) e outro para o movimento vertical (com aceleração constante para baixo). Apresentamos a seguir dois experimentos que mostram que o movimento vertical e horizontal são realmente independentes. Figura 4.9 Análise de um Movimento de um Projétil • Movimento Horizontal Como não existe aceleração na direção horizontal, a componente horizontal vx da velocidade de um projétil permanece inalterada e igual ao seu valor inicial v0x durante toda a trajetória. Em qualquer instante t, o deslocamento horizontal do projétil em relação à posição inicial, x – x0, é dado por: • Movimento Vertical O movimento vertical é o movimento de queda livre. Neste, a aceleração é constante. Assim: onde a componente vertical da velocidade inicial v0y, é substituída pela expressão equivalente v0 senθ0. • Como mostram a figura 4-10 e a penúltima equação acima, a componente vertical da velocidade se comporta exatamente como a de uma bola lançada verticalmente para cima. • Inicialmente ela está dirigida para cima e seu módulo diminui continuamente até se anular, o que determina a altura máxima da trajetória. Em seguida a componente vertical da velocidade muda de sentido e seu módulo passa a aumentar com o tempo. Exemplos 1- Uma pequena esfera, lançada com velocidade horizontal v0 do parapeito de uma janela a 5,0 metros do solo, cai num ponto a 10 metros da parede. Considerando g = 9,8 m/s2 e desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que a velocidade de v0 é igual a? 2- Um canhão, inclinado 30° com horizontal, dispara projéteis sempre com velocidade inicial de 200 m/s. Desprezando os efeitos da resistência do ar e adotando g = 9,8 m/s2, determine: a) a intensidade respectivamente das componentes horizontal e vertical da velocidade inicial; b) o tempo gasto para atingir a altura máxima; c) a distancia horizontal (alcance) do projétil.