Data: 03 de novembro Veículo: DCI Inflação e PIB

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Data: 03 de novembro
Veículo: DCI
Inflação e PIB preocupam companhias de capital aberto no País (DCI)
Pesquisa feita com 70 companhias de capital aberto mostra que a alta da inflação e a
recessão são os pontos negativos apontados, enquanto o comportamento das
exportações oferece algum alento para atenuar o quadro geral.
O relatório Focus, no Banco Central (BC), aponta inflação anualizada pouco acima de
9%, mas 100% dos respondentes - cujas empresas representam 81% do valor dos
negócios listados em Bolsa de Valores - da pesquisa realizada pela realizada pela
Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) acreditam em índice superior
a este.
"Deverá ser maior que o apontado pelo BC, evoluindo para a casa dos dois dígitos",
comenta Antonio Castro, presidente da Abrasca, acrescentando ainda que o desempenho
do Produto Interno Bruto (PIB) "está se mostrando, crescentemente, maior que os
números registrados até aqui, apontando para 3% negativos".
A taxa cambial, na avaliação das empresas consultadas, favorece as exportações
fazendo com que predomine a percepção de crescimento. "As exportações atenuam o
quadro de crise econômica, certamente, mas na análise da atividade setorial o que
preocupa é o nível de aumento de custos de cada setor, com dificuldade de repassar para
os preços dos produtos", observa Castro.
Ao mesmo tempo e diferentemente da reação de alguns setores da economia nacional, o
nível de empregos deverá ser mantido em 2016. "Na pesquisa, 85% dos respondentes
apontam a estabilização dos empregos, deixando-nos um indicador positivo de que as
companhias abertas manterão o nível dos empregos", comenta o presidente da
associação.
Já em relação a investimentos, 77,3% indicam que os aportes programados estarão
mantidos. "E estes deverão atrelar-se à eficiência, bem como na busca da redução dos
custos de mão de obra e de outros custos", pontua.
No item financiamento, 78,9% das companhias o farão com recursos próprios, seguidos
da captação de linhas de créditos direcionados devido às taxas de juros mais baixas. O
contraponto negativo disto é que praticamente 90% das companhias que responderam à
pesquisa não têm plano de emitir ações em 2016.
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