Capítulo VII.1 p Magnetismo ÁTOMO LIVRE: magnético magnético, se tiver associado um momento dipolar magnético momento dipolar magnético. SÓLIDO SÓLIDO: conjunto de átomos magnéticos (ou não) que interactuam com os vizinhos. j t d át éti ( ã ) i t t ii h REVISÃO:: REVISÃO H Campo magnético (A.m‐1) Indução magnética (Tesla) B Indução magnética (Tesla) ou densidade de fluxo magnético M Magnetização Magnetização m Susceptibilidade magnética P Permeabilidade magnética bilid d éi Um material magnético g é constituído p por um ggrande número de átomos magnéticos diz‐se magnetizado Magnetização – momento magnético por unidade de volume (grandeza macroscópica) INTRODUÇÃO MAGNETIZAÇÃO A magnetização depende: da densidade da densidade dos momentos dipolares magnéticos dos momentos dipolares magnéticos da grandeza dos momentos dipolares magnéticos do arranjo espacial dos momentos dipolares magnéticos do arranjo espacial dos momentos dipolares magnéticos A magnetização de um material é devida: principalmente aos spins dos electrões desemparelhados ao movimento orbital dos electrões , mas com menor peso , p CAMPO MAGNÉTICO No laboratório: Uma corrente eléctrica que passa numa bobina gera uma densidade de fluxo magnético uniforme no seu interior. Quando se introduz um material no interior de uma bobina: • Geralmente os momentos magnéticos orbital e de spin atómicos respondem ao campo magnético aplicado. • As linhas de fluxo são perturbadas pelo material. Se o material não tiver uma resposta magnética éi as linhas li h d fl de fluxo não ã são ã perturbadas. Os materiais “magnéticos” tendem a concentrar as linhas de fluxo. Por exemplo: os materiais com uma concentração Por exemplo: os materiais com uma concentração alta de átomos magnéticos, tais como o ferro e o cobalto. Os materiais diamagnéticos tendem a expulsar as linhas de fluxo fracas. Por exemplo: água, proteínas e gordura. l á í d No vazio B 0 H Na ausência de um material no interior da bobina M 0 e B 0 H Resposta espos a de u um material a e a au um ca campo po magnético ag é co ap aplicado: cado a grandeza da magnetização varia com a grandeza do campo a dimensão da resposta é dada pela susceptibilidade magnética, m, do material. Em geral: B 0 H M 0 (1 m ) H 0 r H com 0=4x10‐77 H.m‐11 permeabilidade b l d d do d vazio r permeabilidade relativa do material SUSCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA m=Vm ‐ susceptibilidade MOLAR (Vm: volume molar) g=/ ‐ susceptibilidade MÁSSICA susceptibilidade MÁSSICA (m3kg‐1) g 10‐5 m3kg‐1 (paramagnete); ‐10‐8 m3kg‐1 (diamagnete) COMO RESPONDE A MAGNETIZAÇÃO DE UM DADO MATERIAL A UM CAMPO MAGNÉTICO APLICADO? • depende do material, • depende da temperatura, temperatura • e por vezes, do historial do campo magnético e da direcção em que foi aplicado. p DIAMAGNETISMO Cap. 7.2 TIPOS DE MAGNETISMO À ESCALA MACROSCÓPICA PARAMAGNETISMO FERROMAGNETISMO ANTIFERROMAGNETISMO FERRIMAGNETISMO Cap 7 3 Cap. 7.3 DIAMAGNETISMO Sob a acção de um campo magnético externo os momentos magnéticos induzidos são ã muito it pequenos. Consequência da LEI DE LENZ: Forma muito fraca de magnetismo não permanente. (i) materiais com átomos não magnéticos (ii) a magnetização induzida pelo campo é pequena e com direcção oposta ao campo (iii) r<1, m<0, m‐10‐5 Todos odos os eelementos e e tos co com ca camadas adas tota totalmente e te p preenchidas ee c das (se (sempre p e co com número ú eo atómico par). Gases nobres, H2, Cu, H2O, NaCl, Bi, ..., iões alcalinos e halogéneos. PARAMAGNETISMO (i) materiais t i i cujos j átomos át tê momentos têm t magnéticos éti permanentes (ii) pouca (ou nenhuma) interacção distribuição livre e aleatória (iii) magnetização induzida por um campo magnético (iv) r>1, m>0, m10‐5 a 10‐2 (v) desvios à lei de Curie (1/T) paramagnetismo de Van Vleck À temperatura ambiente: Mn, Al, Pt, O2 (gases e líquidos), iões de terras raras, ... FERROMAGNETISMO Os momentos permanentes resultam principalmente do spin dos electrões: (i) A interacção entre momentos magnéticos favorece o seu alinhamento paralelo em átomos vizinhos (como se existisse no interior do material um campo magnético, campo molecular). l l ) (ii) Temperatura de transição: TC – temperatura de Curie ( ) A altas temperaturas, (iii) p , a agitação g ç térmica conduz a uma susceptibilidade semelhante à de um paramagnete lei de Curie Weiss (iv) = a temperatura não nula TT=TTC (v) T<TC domina a interacção magnética e surge uma magnetização espontânea ( i) existência (vi) i ê i de d domínios d í i magnéticos éi e de d histerese hi M0 m10 106 H<<M H<<M B0M M T0 T1 T2 Exemplos: Metais de transição ferro C b lt Cobalto Níquel Alguns metais terras‐raras ANTIFERROMAGNETISMO A interacção entre momentos magnéticos favorece o seu alinhamento antiparalelo em átomos vizinhos g fraco: >0 e p pequeno q Magnetismo apresenta um máximo à temperatura de Néel ordenação magnética Se T<TN, diminui : agitação térmica diminui FERRIMAGNETISMO (i) Duas subredes, semelhantes às de um material AF, mas com magnetizações diferentes. (ii) T<TC a magnetização não é nula ti ã ã é l (comportamento ( t t semelhante ao de um ferromagnete). (iii) A altas temperaturas 1/ varia linearmente com T µr >> 1 para ferromagnetismo µr » 1 para antiferromagnetismo µr > 1 para ferrimagnetismo PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS ELEMENTOS (isolados) J=0 não magnéticos J=0, não magnéticos PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS ELEMENTOS PUROS (estado sólido) A baixas temperaturas b Supercondutores a baixas temperaturas Supercondutores a baixas temperaturas Substâncias ordenadas Alguns comportamentos de materiais magnéticos 1 DOMÍNIOS (magnéticos) de Weiss 1. DOMÍNIOS ( éti ) d W i Qualquer pedaço de ferro (TC>Tamb) deveria apresentar magnetização não nula i material ferromagnético; g ; M M Tal não acontece … por vezes, 0 ! V Weiss propôs: existem “domínios magnéticos”, cada um com uma magnetização espontânea cuja direcção varia de domínio para domínio. M COBALTO ‐ // eixo c (hexagonal) (2 domínios) (2 domínios) FERRO ‐ (cúbico) ‐ os momentos (M ) são //s ao eixo quaternário [100], [010], [001], … (6 domínios) “Paredes” dos domínios (paredes de Bloch) com espessura de alguns planos atómicos HISTERESE: efeito da aplicação de um campo magnético (movimento das paredes) 2. ANISOTROPIA MAGNÉTICA A magnetização orienta‐se preferencialmente em determinadas direcções direcções de fácil (e difícil) magnetização Ausência de anisotropia magnética nos sólidos amorfos e nos líquidos (distribuição estatística dos vizinhos) Anisotropia magneto cristalina – nos sólidos cristalinos. Importante nas terras raras/lantanídeos FENÓMENOS FÍSICOS ASSOCIADOS AO MAGNETISMO FENÓMENOS FÍSICOS ASSOCIADOS AO MAGNETISMO 1. Contribuição magnética para Cv “Pico” Pico em TTC implica variação de entropia (aumento, na passagem do estado ordenado paramagnético) Magnetic specific heat as a function of temperature for DyPO4: The points (o) represent experimental results, the solid line represents the results of a calculation based on high‐ and low‐temperature series expansions with one adjustable constant. 2. Variação da resistividade reduzida (/0) e derivada A contribuição magnética decresce com T crescente e anula se para T=TC anula‐se A derivada apresenta um pico “ ” 3. Dilatação térmica A T<TC há em ggeral uma contracção ç – diminuição do parâmetro da rede – magnetostricção Resultado de acoplamento magnetoelástico Todos estes efeitos resultam de acoplamento entre propriedades físicas (magnéticas e outras) do material R E V I SÃO E A N Á L I S E D E CO N C E I TO S : ÁTOMO DE HIDROGÉNIO 1. Numero quântico principal, n – quantização da energia En: n=1, 2, 3, … m e4 En 1 E1 2 2 2 2 2 32 0 n n 2. Numero quântico orbital, l – quantização do módulo do momento angular orbital, : L l=0, 1, 2, …, (n‐1) l L l l 1 l l 1 B 3. Numero quântico magnético, m 3 N â ti éti ti ã d di ã d t l – quantização da direcção do momento angular orbital, : L Lz ml z ml B ml=0, 1, 2, …, l As únicas transições que podem ocorrer entre estados com valores de n diferentes são dadas pelas REGRAS DE SELECÇÃO transições permitidas: são dadas pelas REGRAS DE SELECÇÃO transições permitidas: l 1 ml 0, 1 ELECTRÃO Um electrão que descreve uma órbita circular é equivalente a uma corrente microscópica, I dS Esta corrente é equivalente a um dipolo magnético com momento dipolar magnético: I dS Com: e L L 2m sendo e L antiparalelos sendo a RAZÃO GIROMAGNÉTICA Na presença de um campo magnético a energia de um momento magnético é: U m .B B cos e e Um cos LB U m ml B 2 m 2m ml e B magnetão cos tã de d Bohr B h l (l 1) 2m O magnetão de Bohr é uma unidade conveniente da grandeza dos momentos magnéticos éti atómicos. tó i No estado fundamental: L B B = 9.274 x 10‐24 A m2 Ficando sujeito a um binário ca do suje o a u b á o de de momento: o e to dL d M B sendo M , i.e., B dt dt B O campo magnético faz com o momento magnético precesse em torno do campo magnético (em vez de alinhar com ele) com frequência de Larmor Larmor:: L B pode determinar‐se medindo L Nota: N t Interacção I t ã com átomos át vizinhos ii h movimento amortecido o momento acaba por se alinhar paralelo ao campo aplicado. (Isto acontece rapidamente, se não for fornecida energia – 10‐7 a 10‐11 s) Resumindo: e B 2m e L 2m e L B B 2m MOMENTO CANÓNICO – Mecânica clássica Força que actua na partícula com carga q, na presença de : í l d E, E B F q E v B dv A F m B rotA E grad V dt t dv ‐ força aplicada à partícula num sistema de eixos que se move com ela m dt A A ‐ taxa de variação de com o tempo, num ponto fixo t dA A v . A ‐ mede a taxa de variação temporal no ponto onde está a partícula móvel dt t d mv qA qV v. A 2ª lei de Newton dt " p" " gradd E p " 2 p qA 1 Define‐se momento canónico: p mv qA Ec mv 2 2 2m Se não houver campo magnético e o momento canónico é mv A0 MOMENTO MAGNÉTICO DE SPIN O electrão possui um momento magnético intrínseco, associado a um momento angular intrínseco 2. Numero quântico de spin, s – quantização do módulo do momento angular de spin S : de spin, : s=1/2 s S ss 1 3. Numero quântico magnético de spin, m 3 N â ti éti d i ti ã d di ã d t s – quantização da direcção do momento S angular de spin, : S ms ms= 1/2 S ss 1 Momento magnético de spin: g 2 3 1 e S z ms 2 2 e e s g S S 2m m g2 g o factor de Landé ou factor‐gg com sendo g sz g B ms B B Na presença de um campo magnético os níveis de energia degenerados separam‐se: separam se: E g B B splitting de Zeeman ÁTOMOS COM MUITOS ELECTRÕES – ESTRUTURAS ATÓMICAS Camadas (n) e subcamadas (l) de electrões PRINCÍPIO DE EXCLUSÃO: cada electrão num átomo tem um conjunto diferente de números quânticos: 1. Um sistema de partículas é estável quando a sua energia total é um mínimo 2. Num átomo, apenas 1 electrão pode existir num determinado estado quântico ACOPLAMENTO SPIN‐‐ORBITAL ACOPLAMENTO SPIN A estrutura de desdobramento fino das linhas espectrais provem da interacção e ect o ag ét ca eentre electromagnética t e os momentos o e tos aangulares gu a es de sp spin e o orbital b ta de u um electrão atómico interacção spin‐orbital No referencial do electrão, o núcleo está a rodar em torno dele, criando um campo magnético éti que vaii interactuar i t t com o momento t magnético éti de d spin i do d electrão: l tã U m B cos U m B B cos B Acoplamento spin‐orbital Dependendo da orientação do momento angular de spin, a energia de um electrão atómico será BB maior ou menor que a energia sem acoplamento (excepto para estados s, para os quais não há momento angular orbital). MOMENTO ANGULAR TOTAL Cada electrão num átomo tem um determinado momento angular orbital L e um momento angular de spin S , contribuindo ambos para o momento angular total J do átomo I – Átomo cujo momento angular total é devido apenas a um electrão apenas a um electrão 1 j lsl J J ( J 1) 2 J LS mj j , j 1,..., j 1, j J z m j II – Átomo cujo momento angular total é devido a mais de um electrão L Li S Si (i) (i) ACOPLAMENTO L (i) ACOPLAMENTO L‐ ACOPLAMENTO L‐S J L S São os momentos L e S que interactuam num efeito spin orbital de acoplamento spin‐orbital par dar J (padrão normal) (iiii) ACOPLAMENTO J ii))) ACOPLAMENTO J‐ ACOPLAMENTO JJ‐‐J J i Li Si L L(L 1) Lz M L S S(S 1) S z MS J J (J 1) J z MJ J Ji i REGRAS DE HUND Momentos angulares de electrões em camadas incompletas combinam‐se para dar origem a momento angular orbital e de spin NÃO NULOS Momentos angulares combinam‐se de (2L+1)(2S+1) formas diferentes A combinações diferentes correspondem configurações diferentes e energias diferentes • As regras de Hund determinam a configuração de energia mínima estado fundamental do ião • Supõe‐se os momentos angulares orbital e de spin acoplados via interacção spin‐orbital i bit l tipo ti L‐S L S L.S • O valor espectável da energia associada é: L.S J ( J 1) L( L 1) S ( S 1) 2 Logo, a configuração de energia mínima corresponde a: 1. Maximizar S – minimiza‐se a energia coulombiana: o princípio de Pauli impede electrões com spins paralelos de terem a mesma distribuição espacial 2. Maximizar L ‐ electrões em órbitas percorridas no mesmo sentido – menor energia de repulsão 3 Camada menos que meio preenchida J=|L‐S| 3. J=|L S| Camada mais que meio prenchida J=|L+S| A combinação de A combinação de L=3 e S=3/2 dá (2L+1)(2S+1)=28 tipos com J tipos com J desde |L‐S|=3/2 a |L+S|=9/2 S, L e J para iões 3d e 4f segundo as regras de Hund. n representa o número de p electrões na subcamada (3d ou 4f) Acoplamento L‐S: a interacção spin spin‐‐orbital é uma perturbação fraca Os termos principais da energia são determinados pelas interacções electrostáticas que controlam os valores de L e de S Combinando, separadamente, os momentos angulares orbital e de spin dos electrões Só depois os momentos angulares orbital e de spin totais se combinam originando níveis identificados por J Acoplamento J‐J: a interacção spin‐ spin‐orbital não é uma perturbação fraca para números atómicos altos A energia de interacção spin‐orbital é proporcional a Z4 A interacção spin‐orbital é o termo da energia dominante Dá‐se o acoplamento dos momentos angulares orbital e de spin para cada electrão, separadamente Só depois d i o efeito f it electrostático l t táti faz f o acoplamento l t do d momento t angular l total de todos os electrões do átomo Consequentemente o factor g factor g pode ter valores diferentes conforme a contribuição relativa dos momentos angulares orbital e de spin