Risco Biológico Atualização Santa Casa de

Propaganda
Ano XX • Nº 65
Janeiro a abril de 2008
Tiragem: 25 mil exemplares
Venda proibida
Exemplar de assinante
Esta edição comemorativa de Controle de Infecção marca duas décadas de compromisso histórico
do jornal com seus leitores, profissionais que se dedicam à cura de doenças, à redução do impacto
das infecções hospitalares e à melhoria dos serviços de saúde. A longevidade da publicação reforça
o caráter da BD como uma companhia que mantém sua sustentabilidade através da missão de
ajudar as pessoas a viverem vidas saudáveis e na geração de benefícios à sociedade.
Risco Biológico
• Entrevista com a diretora do Departamento de Enfermagem do
Instituto de Infectologia “Emílio
Ribas”, Márcia de Souza Moraes.
Página 3
• Artigo da dra. Rosana Richtmann,
presidente da CCIH do Hospital e
Maternidade Santa Joana e Pro
Matre Paulista.
Páginas 4 e 5
Controle de Infecção no
Pronto Atendimento
• Os procedimentos adotados pela
CCIH do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.
Página 6
Acidentes ocupacionais
• O diretor da Previdência Social,
Remígio Todeschini, explica o Fator
Acidentário Previdenciário (FAP) e o
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) na área da saúde.
Página 7
Atualização
Santa Casa de Sorocaba inova
com seringa de segurança
Cumprindo determinação da NR 32,
a Santa Casa de Sorocaba está adotando dispositivos
de segurança contra acidentes ocupacionais, entre eles a BD SoloMedTM.
Veja matéria na página 8.
Homenagem
Editorial
COMPROMISSO PERENE COM A SAÚDE
Por: Esteban Rossi - Diretor da BD Medical - South Latin America
O
s 20 anos de publicação do jornal Controle de Infecção marcam o comprometimento da BD
com os profissionais da saúde e com toda
sociedade. Esta edição de aniversário é
mais um atestado da missão de uma companhia que está ajudando as pessoas a viverem vidas saudáveis. Desde sua fundação, há mais de 100 anos, a BD vem se
empenhando em produzir dispositivos e
tecnologia para o tratamento da saúde.
Este esforço também envolve a companhia no trabalho de combate às infecções
hospitalares e toda espécie de doenças.
A responsabilidade de uma empresa que
atua no mercado de artigos médicos e tecnologia para a saúde vai muito além da fabricação e comercialização de produtos de
alta qualidade, elaborados dentro das normas regulamentares nacionais e internacionais. Por isso, a BD também está empenhada em informar e educar a comunidade
da saúde em práticas que possibilitem aos
profissionais prestarem excelente atendimento aos pacientes, evitando o sofrimento desnecessário por dor e, ao mesmo tempo, garantindo a máxima proteção contra
riscos de acidentes biológicos. O jornal
Controle de Infecção é um dos serviços que
disponibilizamos na busca deste objetivo.
Desde a sua fundação em 1897, a BD já
se preocupava em desenvolver uma tecnologia para produzir a melhor seringa de
vidro e agulha hipordémica que suportassem os processos de assepsia e esterilização utilizados na época. Numa linha do
tempo, em 1943 a empresa inovou com a
criação de produtos para a coleta de sangue a vácuo em exames laboratoriais, com
o sistema BD Vacutainer®. Alguns anos
mais tarde, a companhia investiu de forma efetiva na pesquisa para o desenvolvimento de produtos descartáveis. Finalmente em 1961, a BD lançava a BD PlastipakTM,
a primeira seringa descartável, que até hoje
é a marca líder mundial.
Nas décadas seguintes, a empresa trouxe ao Brasil novos conceitos de segurança, como o descarte de perfurocortante,
lançando o BD Descartex, um coletor para
este tipo de material infectado. Em 2005
foi lançando o primeiro cateter de segurança, o BD Insyte Autoguard, com agulha retrátil para a redução do risco de
punção acidental pelo profissional da saúde. Neste ano, a companhia lançou novos dispositivos de segurança na aplicação de injetáveis, a seringa BD SoloMed
com agulha BD Eclipse.
Estas e outras iniciativas fazem com que
a BD seja reconhecida pela
comunidade
médica como
uma organização que busca
e oferece soluEsteban Rossi
ções inovadoras para a redução do impacto das infecções hospitalares e na prevenção de exposição com
material perfurocortante. O jornal Controle de Infecção faz parte deste plano ao
cumprir o papel de ferramenta de informação e fórum para o compartilhamento
de experiências entre profissionais da saúde de todo o Brasil.
Convidamos nossos leitores a compartilharem conosco, da BD, a responsabilidade de atuar como multiplicadores das
informações divulgadas no Controle de
Infecção. Com tal receptividade, cada edição não tem prazo de validade e possibilita que a publicação perdure por muito mais
tempo. Esta sinergia entre empresa e comunidade hospitalar é um ótimo caminho
para alcançarmos no Brasil um estágio mais
à vanguarda, com tecnologia e informação para proporcionarmos maiores benefícios à sociedade.
REFERÊNCIA HISTÓRICA
D
orothee Völker Arantes é um
nome de referência na Enfermagem do Brasil e uma pessoa muito querida pelos profissionais de saúde que
a conhecem. Hoje aposentada, por mais
de 20 anos ela foi uma ativa chefe do serviço de Enfermagem no Instituto de Infectologia Emílio Ribas em São Paulo.
Dorothee Völkers Arantes com o secretário adjunto da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo,
Renilson Rehem de Souza e a chefe do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola
de Enfermagem da USP, profª Anna Maria Chiesa.
Em nossa primeira edição, publicamos
uma entrevista com ela, na qual afirmava que os líderes da Administração Hospitalar deveriam compreender melhor a
importância do controle de infecção e,
assim terem uma visão mais ampla para
planejarem métodos racionais de gestão.
Embora reconheça hoje a grande evolução e as marcantes conquistas na área em
nosso país, Dorothee adverte para um
2
cuidado básico, ainda hoje nem sempre
compreendido e adotado: a técnica correta na lavagem de mãos antes e após
qualquer procedimento.
Ela foi muito clara quando deu esta mensagem na edição de 20 anos do Controle
de Infecção. “Todos os profissionais de enfermagem, especialmente os técnicos e auxiliares, profissionais extremamente exigidos no bom atendimento ao paciente,
não podem se distrair e deixar de lavar as
mãos. Devem também exigir que as instituições onde trabalham adotem métodos
e dispositivos de segurança que os protejam contra risco de infecções adquiridas
em serviço.”
Obrigado mais uma vez, Dorothee.
Entrevista
EM AMBIENTE DE RISCO,
CONHECIMENTO É FUNDAMENTAL
A diretora do Departamento de Enfermagem do Instituto de Infectologia “Emílio
Ribas”, profª dra. Márcia de Souza Moraes, comenta nesta entrevista alguns
aspectos da evolução, nas duas últimas décadas, do conhecimento em Biossegurança
no Brasil e no mundo.
JCI: Na questão da Biossegurança e prevenção a acidentes ocupacionais na área
de saúde, o que ocorreu de importante
nestas duas últimas décadas no Brasil?
– Dra. Márcia de Souza Moraes: Há pouco mais de 20 anos, o drama do HIV colocou a humanidade diante de uma epidemia sobre a qual muito pouco se sabia. De
lá para cá, a Saúde Pública buscou maior
conhecimento sobre o vírus, novos processos de acompanhamento epidemiológico e controle de endemias. Através de
grandes projetos de pesquisa, chegamos a
um conhecimento claro sobre as formas
de transmissão e os riscos ocupacionais
inerentes. É interessante notar que por receio de adquirir o HIV, os profissionais de
saúde também têm adotado cuidados diversificados na prevenção de outras infecções oportunistas, como a Tripanossomíase Americana ou doença de Chagas, a tuberculose, as hepatites B e C, além das
infecções oportunísticas. Em conseqüência disso, há hoje uma grande demanda
por novas medidas preventivas através de
procedimentos, instrumentais e dispositivos com tecnologia que proporcionam
segurança tanto ao paciente como ao próprio profissional.
Na passagem das décadas de 80 para
90, as Precauções Universais evoluíram
para Precauções Padrão e se tornaram
uma das plataformas de medidas efetivas recomendadas pelo CDC na prevenção do risco por exposição a agentes patogênicos de transmissão sangüínea. Reconhecidas pelos profissionais médicos,
as PP passaram a integrar a grade curricular no ensino da Enfermagem. Com
isso, certos procedimentos que eram ensinados, como por exemplo, o rencape de
agulhas, deixaram de ser recomendados
depois de várias revisões e inovações técnicas que envolvem terapêuticas, medicamentos e materiais. O conhecimento adquirido proporcionou o estabelecimento
de protocolos de medidas preventivas e
terapêuticas com quimioprofilaxia, acompanhamento e uso de anti-retrovirais.
Consequentemente, os profissionais da
saúde assumiram uma postura de maior
consciência diante dos riscos ocupacionais e as instituições passaram a trabalhar no relato de casos de exposição a
resíduos biológicos. Dados do CDC* demonstram que embora o risco de contaminação por HIV pelo profissional de
saúde em decorrência de acidente com
perfurocortante seja pequeno, ou seja, em
torno de 0,3%, a incidência média de soroconversão após um acidente percutâneo de fonte VHB positiva vai de 22 a
31%. Já no caso do VHC o risco chega a
1,8%, porém ainda não há profilaxia pré
e pós-exposição ao vírus da hepatite C.
Até o momento a única prevenção é o
seguimento correto das normas de PP
para que se evite contato com o VHC.
JCI: Houve evolução nos programas de
profilaxia aos profissionais de saúde?
– Dra. Márcia: Em se tratando da vacinação contra o VHB, vale comentar que nos
últimos anos aumentou significativamente a adesão dos profissionais dos serviços
médico-hospitalares. Porém, verifica-se
que a maior resistência aos programas de
vacinação continua entre os que têm maior tempo de serviço. Isso pode ser explicado, em parte, pelo fato de que tais profissionais não receberam informação e
orientação sobre a importância da profilaxia vacinal na época em que ainda eram
estudantes. A falta de uso de barreiras,
como luvas em aplicações de injetáveis e
procedimentos intravasculares, além de
respiradores com filtro N 95 no trato da
tuberculose, ainda são falhas entre os auxiliares de enfermagem que acreditam serem imunes às infecções por exposição.
JCI: É possível superar de vez estes obstáculos no Brasil?
– Dra. Márcia: O Instituto de Infectologia Emílio Ribas adota a Educação Continuada e as Precauções Padrão como as
ferramentas poderosas para vencer resistências à vacinação e corrigir as distorções
em procedimentos de risco. O estabeleci-
3
Profª dra. Márcia de Souza Moraes
E-mail: [email protected]
mento da NR 32 em 2005 pelo MTE veio
consolidar de vez os programas e planos
de prevenção a acidentes com material
biológico, pelo seu caráter regulamentador, fazendo com que todos nós atuemos
em sinergia, como vem ocorrendo já há
alguns anos com as equipes de CCIH,
Enfermagem, Comissão de Risco, CIPA,
SESMT e demais setores da Instituição.
JCI: Quais os desafios para o “Emílio
Ribas” em promover maior segurança aos
seus profissionais contra o risco associado à exposição biológica, como ocorre nos
acidentes com perfurocortantes?
– Dra. Márcia: Acreditamos ser fundamental continuar na busca de conhecimentos sobre os riscos representados
pelas novas infecções, como a Gripe Aviária, assim como as patologias reemergentes que vão desde a doença meningocócica, ao mal de Chagas, passando pela
tuberculose e a dengue. Precisamos estar
atentos para o fato que a velocidade de
transmissão de epidemias e endemias no
mundo globalizado é muito maior do que
em séculos anteriores. A todo instante
recebemos uma informação nova. Portanto, devemos estar alertas para não cometermos erros e não sermos pegos de
surpresa por eventuais epidemias. Em segundo lugar: devemos implantar dispositivos de segurança e métodos para
utilizá-los adequadamente. Isso já vem
ocorrendo, estamos testando diversos
produtos de segurança, como seringas e
cateteres, além de já utilizarmos vários
materiais que atuam como barreiras,
como é o caso dos coletores de perfurocortantes. O desafio é avaliarmos tudo
o que existe hoje para podermos justificar o uso de dispositivos de segurança,
com uma boa relação custo/benefício
para a instituição.
* Centers for Disease Control and Prevention.
Updated U.S. Public health service Guidelines for
the management of occupational exposure to HBV,
HCV, and HIV and recommendations for
postexposure prophylaxis. MMWR Recomm Rep.
2001; 50 (RR11): 1- 42.
Biossegurança
RISCO BIOLÓGICO PARA O PACIENTE:
A RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Por: Rosana Richtmann
Médica Infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas e Presidente da CCIH do Hospital e Maternidade Santa Joana e Pro Matre Paulista.
S
empre que se debate o tema “risco biológico” são priorizadas a
saúde e segurança do profissional da saúde que fica exposto freqüentemente ao material biológico (sangue e secreções) de seus pacientes. Para estas situações e para os possíveis acidentes profissionais, as medidas preventivas pós-exposição estão muito bem estabelecidas.
Sabemos hoje que podemos ser expostos
a vários microorganismos denominados
“hematogênicos”, como o vírus da hepatite B (VHB), o HIV, o vírus da hepatite C (VHC), entre outros.
O que se discute muito menos e conseqüentemente está muito menos determinado na literatura é o risco que o profissional da saúde infectado com um dos
vírus supracitados, pode acarretar para
os pacientes. Iremos discutir neste texto
o que há de dados na literatura e qual é o
posicionamento de alguns países sobre
este tema.
Quando estudamos a epidemiologia
hospitalar das infecções veiculadas pelo
sangue, vemos que a transmissão do
paciente para o profissional da saúde é
freqüente, de paciente para paciente é
infreqüente e que, do profissional da
saúde para o paciente é rara. No caso
do VHB, existem alguns relatos de casos
de transmissão do profissional de saúde
antígeno e positivo (HbeAg +) para o paciente, na sua maioria envolvendo cirurgiões infectados, dentistas, acupuntores
e, mais raramente, técnicos de enfermagem realizando procedimentos invasivos.
Estima-se que 1% dos cirurgiões seja portador do VHB e que o risco de um cirurgião infectado com HbeAg positivo
infectar um paciente é da ordem de 6/
100 procedimentos cirúrgicos realizados.
Profissionais da saúde com HbeAg negativos com viremia elevada (106 - 107
HBV DNA/mL) apresentam risco de
transmissão do VHB de 1,5%. Não há
relato de transmissão do HBV a partir
de profissionais da saúde para pacientes
se carga viral < 105 HBV DNA/mL, sendo o risco nesta situação < 1:100.000.
Há relato na literatura que, dos 48 pro-
fissionais da saúde infectados com o VHB,
39 são cirurgiões e que estes infectaram
aproximadamente 500 pacientes. Com
base nestes dados, países estabeleceram regras para o profissional da saúde infectado com o VHB de acordo com sua carga
viral ou caso seja HbeAg positivo.
Em relação ao vírus da hepatite C
(VHC) estima-se que o risco de infecção
do paciente a partir de profissional da
saúde virêmico seja de 0,15%. Na maioria dos casos de transmissão do VHC, a
carga viral do profissional da saúde encontrava-se > 106 VHC RNA /mL. Acredita-se que o risco de transmissão do
VHC do profissional da saúde para o paciente dependa de alguns fatores:
tipo de procedimento;
técnica cirúrgica usada;
procedimentos que envolvam
manipulação cega de
instrumentos cortantes na
cavidade do paciente;
adesão às medidas de
precaução e isolamento;
carga viral do profissional;
susceptibilidade do paciente a
infecção.
“
Temos a convicção de
que medidas preventivas
abordando os profissionais
da saúde devem ser
elaboradas e praticadas
para o bem-estar
de nossos pacientes.
”
Outra característica a ser analisada na
transmissão profissional do VHC é a possibilidade do profissional da saúde ser
usuário de droga ilícita e se auto-inocular
a droga com a mesmo agulha e seringa
que irá injetar no paciente. Existem vários surtos na literatura desta modalidade de transmissão, envolvendo principalmente anestesiologistas.
4
Em relação às especialidades médicas
mais envolvidas nos surtos e transmissão
dos vírus “hematogênicos” encontram-se
os obstetras, ginecologistas, ortopedista
e cirurgião cardio-torácico.
De maneira resumida, estima-se os seguintes riscos de infecção do paciente a
partir de profissional da saúde infectado:
HIV: 0,5%
VHC: 0,36- 2,25%
VHB: 5 – 13%
Segundo estudo realizado em São
José do Rio Preto, a prevalência de
profissionais da saúde infectados pelo
VHB foi de 0,8%, contra 0,2% da prevalência nos candidatos a doadores de
sangue. Da mesma forma, a prevalência do VHC nos profissionais da saúde
foi significativamente maior nos profissionais da saúde (1,7%) quando comparada aos trabalhadores administrativos (0,5%) e aos candidatos a doação
de sangue (0,2%).
Em relação ao HIV, apesar de 25 anos
de epidemia em todo mundo, existem
apenas 9 casos comprovados de transmissão do vírus a partir do profissional
da saúde para seus pacientes, levando a
acreditar que este risco não é zero, porém é muito baixo. Destes 9 casos relatados na literatura, 6 ocorreram a partir do mesmo profissional (dentista da
Flórida), 2 casos na França, um envolvendo um cirurgião ortopédico e outro
caso envolvendo uma enfermeira que
também era portadora do VHC e que
assistia o paciente no pós-operatório. O
último caso relatado ocorreu na Espanha, envolvendo um ginecologista que
aparentemente transmitiu o HIV para
apenas uma paciente durante um parto
cesariano. O que chama atenção no caso
do dentista da Flórida, é que das 6 pacientes infectadas, uma havia realizado
apenas duas consultas odontológicas.
Este profissional faleceu logo após as
contaminações e este caso até hoje permanece não totalmente esclarecido.
Biossegurança
Melhorando o Uso
de Antimicrobianos
em Hospitais
Profilaxia em VHB e
procedimentos de segurança
Diante de tudo acima relatado, temos
a convicção de que medidas preventivas
abordando os profissionais da saúde devem ser elaboradas e praticadas para o
bem-estar de nossos pacientes. A principal medida preventiva é a vacinação de
todos os profissionais da saúde contra o
VHB. Esta imunização deveria ocorrer no
primeiro dia de aula do aluno da faculdade de medicina. Infelizmente até o presente momento não dispomos de vacinas contra o HIV e VHC.
Outras medidas contam com artigos
médico-hospitalares próprios para evitar
sempre o contato de material biológico
e sangue entre o paciente e o profissional da saúde. Em alguns países existem
normas para a atuação do profissional da
saúde infectado com vírus “hematogênicos”. No Reino Unido, todo profissional
da saúde portador do VHB e HbeAg positivo não deverá realizar procedimentos invasivos, assim como os profissionais HbeAg negativos e com carga viral
>1000 VHB DNA/mL. Se houver carga
viral < 1000, o profissional deverá ser
seguido e novamente testado anualmente. Da mesma forma, profissionais portadores do HIV e/ou VHC também não
deverão realizar procedimentos invasivos.
Já o “European Consensus Group” recomenda que profissionais com carga viral
do VHB <10.000 podem trabalhar sem
restrições. O mesmo conceito é estabelecido na Holanda, porém de maneira
mais liberal, ou seja, com carga viral
< 100.000. Em relação aos EUA, não
existe uma definição nacional a respeito
deste tema. No Canadá, há a recomendação de discussão caso a caso, sendo o
mesmo analisado individualmente por
um “expert panel”, ou seja, um grupo de
peritos que irá definir a conduta. Este
grupo se baseia nos seguintes itens:
1
a infecção específica e a carga
viral;
2
análise do risco da atividade
profissional específica;
3
procedimentos técnicos;
4
destreza e experiência do
profissional;
5
evidência de transmissão prévia;
6 adesão às medidas de precaução
do controle de infecção;
7
probabilidade de adesão às
recomendações práticas;
8
princípios éticos relevantes.
Publicações
E
Rosana Richtmann
E-mail: [email protected]
No Brasil, a posição do CRM/SP em
relação ao profissional médico infectado
pelo HIV, é que não há risco definido de
transmissão deste vírus, caso sejam respeitadas as normas de biossegurança. O
CRM/SP discute a necessidade ética de
informar o paciente que o profissional é
infectado pelo HIV, visto que inquéritos
comprovaram que pacientes prefeririam
ser cuidados por médicos não infectados
pelo HIV. Segue a opinião do CRM/SP
que quando o médico é sabidamente infectado, porém não apresenta doença em
estado capaz de prejudicar-lhe a competência profissional, considera-se tal informação como não obrigatória.
Minha opinião pessoal sobre este tema
tão controverso é que cada caso de profissional da saúde infectado pelos denominados vírus “hematogênicos” deve ser
avaliado por um grupo específico, levando-se em consideração as características
já relatadas neste texto e, a partir daí sim,
definir a melhor conduta em relação à
segurança da saúde dos pacientes e do
próprio profissional da saúde. Não podemos esquecer jamais da importância da
imunização contra o vírus da hepatite B
e cumprir sempre as normas de biossegurança já muito bem estabelecidas nas
instituições de saúde.
Bibliografia consultada:
1) Aids e ética médica (CRM/SP – 2001)
2) Ciorlia LA et cols. Hepatitis C in health care
profissionals: prevalence and association with risk
factors. Rev Saúde Pública, 2007; 41(2): 229-35
3) Ciorlia LA. Hepatitis B in healthcare workers:
prevalence, vaccination and relation to occupacional factors. Braz J Infect Dis. 205; 9(5): 384-9
4) Bosch X. Secound case of dactor-to-patient HIV
transmission. Lancet Infect Dis, 2003; 2:261
5) www.riscobiologico.org
5
sta 2ª edição revisada, ampliada e
elaborada pela Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH) reúne monografias de vários autores, com a proposta
de estabelecer um programa de racionalização do uso de antimicrobianos, utilizando-se mínimos recursos terapêuticos
para o tratamento de pacientes.
No Brasil, o Ministério da Saúde tornou obrigatório que as CCIHs contemplem um programa de racionalização do
uso de antimicrobianos em todos os hospitais. A dra. Luci Corrêa avalia que infelizmente, em muitas instituições de saúde
brasileiras “o objetivo secundário tornase primário e o controle do uso de antimicrobianos é encarado como uma forma eficiente de reduzir custos, especialmente quando se considera que estes fármacos são responsáveis por mais de 30%
dos gastos da farmácia. A redução de custos em muitas situações, porém, implica
em riscos para a qualidade do cuidado”.
A secretária da APECIH acredita que
ao estabelecerem estratégias para impedir a disseminação da resistência antimicrobiana, os profissionais de saúde melhoram a qualidade da assistência, ao
mesmo tempo em que o uso adequado
de antimicrobianos passa a ser encarado
como essencial para a segurança do paciente. “Embora sejam necessários mais
estudos para elucidar a contribuição de
alguns aspectos, o uso de antimicrobianos e, sobretudo, o seu uso abusivo, é
considerado como um dos fatores mais
importantes para o desenvolvimento da
resistência”, explica a médica.
Em síntese: o uso racional de antimicrobianos deve ter como objetivo não
somente a manutenção dos recursos terapêuticos
atuais, mas o
controle do desenvolvimento
da resistência.
A nova edição com 200
páginas custa
R$ 25,00 e
pode ser adquirida pelo telefone: (11) 3253-822
ou pelo e-mail: [email protected]
Metodologia
CONTROLE DE INFECÇÃO NO PRONTO ATENDIMENTO DO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG
Artigo elaborado pela equipe da CCIH do HC – UFMG
C
om 384 leitos ativos e cerca de
12 mil pessoas entre acompanhantes, visitantes, profissionais
e alunos que circulam diariamente em suas dependências, o HC-UFMG é
um hospital escola de alta complexidade,
cuja demanda é basicamente do SUS. A
unidade de Pronto Atendimento (PA) é
composta por uma sala de observação
pediátrica e duas salas de observação de
adultos, com capacidade de atendimento
de 15 leitos por sala. Possui 7 consultórios e uma sala de emergência com 9 leitos. A permanência máxima prevista é de
24 horas, mas a impossibilidade de transferência faz com que a estadia do paciente vá além deste período, inclusive aqueles em cuidados intensivos da Sala de
Emergência (SE), ocorrendo indesejada
superlotação.
A abordagem do paciente no PA visa o
controle da situação clínica crítica. Tal
abordagem, por ocorrer às vezes em condições físicas e assepsia inadequadas e com
superlotação, há o risco da disseminação
de patógenos hospitalares e da infecção
hospitalar decorrente dessa assistência à
saúde, sendo causa relevante de morbimortalidade, com danos de ordem social
e econômica. A prevenção e o controle
das infecções dependem de toda a comunidade hospitalar, assessorada pela CCIH
responsável por desenvolver ações para a
redução das taxas de infecções através da
interface com diversas unidades gerenciais
da instituição, consultorias internas, busca ativa de infecções e dos fatores determinantes destas.
Dentre as atividades desenvolvidas,
pontuamos a seguir algumas delas.
Medidas de precauções (Padrão,
Contato, Perdigoto e Ar): a CCIH reali-
za precauções conforme o Guideline for
Isolation Precaution do Center for Disease
Control and Prevention (CDC 1996). Portanto, pacientes colonizados ou infectados com bactérias/MR, assim como portadores de doenças contagiosas, são submetidos à segregação associados ao uso
de paramentação adequada dos profissionais de saúde. As precauções de contato
são as mais freqüentes na instituição e
relacionadas à colonização ou infecção de
pacientes com bactérias resistentes. As orientações da indicação são realizadas pela
CCIH e pela equipe assistencial. A CCIH
encaminha cartaz de orientação visual, registra a indicação da precaução em prontuário do paciente e disponibiliza-se para
esclarecimentos de qualquer dúvida. Nos
casos de doenças infecto-contagiosas, a
orientação técnica é do setor de Biossegurança. Este setor elabora, atualiza e distribui normas para condutas adequadas
face aos agentes biológicos mais prováveis (tuberculose, varicela, meningites,
HIV, Hepatite B e C, herpes e outros). O
ambiente atual do PA não oferece condições estruturais adequadas, sendo os pacientes alocados em locais adaptados e,
logo que possível, são transferidos para
quartos de isolamento respiratório, em
quarto privativo ou em enfermaria com
pacientes com a mesma indicação de precaução. Um instrumento importante que
a CCIH utiliza é o mapeamento de todos
os pacientes internados sob precauções,
denominado “quadro de isolados”, diariamente atualizado e distribuído onde há internação ou realização de procedimentos
de pacientes.
Vigilância epidemiológica: é feita na
Sala de Emergência (SE) com o objetivo de
verificar as infecções mais freqüentes relacionados à assistência. Pela diversidade e alta
rotatividade de pacientes, a metodologia de
vigilância tem sofrido adaptações. É realizado o rastreamento de multi-resistência
bacteriana nos pacientes internados, conforme protocolo específico. Esta vigilância
contribuiu para estreitar a relação do PA e
a CCIH e viabilizar estratégias para atuação da educação continuada.
Auditoria de antimicrobianos: é realizada através da busca ativa diária, pelos formulários preenchidos pelos médicos prescritores, onde o auditor avalia a
indicação, dose, intervalo e duração do
tratamento. As prescrições fora do protocolo da HC são discutidas pessoalmente com o médico prescritor e a mudança
do antimicrobiano é sugerida. Os antimicrobianos de uso restrito de amplo espectro devem ter liberação do auditor da
CCIH, independente do preenchimento
do formulário. O seqüencial oral tem sido
6
estimulado. A auditoria na SE é feita através de corrida de leitos no setor.
Educação continuada: ações educativas são ferramentas valiosas para a sensibilização e adesão da equipe assistencial e
de apoio às medidas de controle de infecção. Periodicamente, cursos internos relacionados às precauções e higienização das
mãos são realizados. Em casos de surtos,
esta orientação é intensificada. Há situações em que as ações educativas relacionadas ao controle de infecção não necessitam ser realizadas por profissionais da
CCIH e podem ser delegadas à equipe assistencial ou de apoio, desde que o planejamento do treinamento seja assessorado pela
CCIH como ocorre, por exemplo, com os
profissionais do serviço de limpeza.
Biossegurança: o programa de prevenção de riscos é baseado em educação
permanente dos profissionais que atuam
no setor através de orientações de condutas dadas pela Biossegurança, em visitas diárias ou à distância (por telefone).
Os dispositivos de segurança fazem parte
da rotina básica de trabalho. É recomendado o uso de máscara comum para atendimento aos pacientes sintomáticos respiratórios e substituição pelo respirador
N-95 ou PFF-2 quando há suspeita ou
confirmação de TB e varicela no setor. Em
caso de exposição inadvertida a caso bacilífero de TB, os profissionais são encaminhados ao Serviço de Atenção à Saúde
do Trabalhador (SAST) para avaliação,
recomendada pela Comissão de Controle da Tuberculose. A educação continuada tem sido o recurso mais utilizado para
a prevenção de riscos biológicos.
As instituições públicas que dispõem de
Serviços de Pronto Atendimento encontram-se, na maioria das vezes, com a capacidade além do recomendado e permanência prolongada dos pacientes. A vigilância
das infecções hospitalares nestas unidades
não são contempladas nos guidelines de
referência e há poucos estudos direcionados para esta área. A inserção da CCIH no
Pronto Atendimento do HC da UFMG tem
sido um desafio para os controladores de
infecção, mas relevante para as medidas de
prevenção e controle de infecção no setor e
para a adesão à equipe assistencial.
Legislação
FAP E NTEP INCENTIVAM A
PREVENÇÃO DE RISCOS
O governo definiu nova data para o Fator Acidentário Previdenciário (FAP) entrar
em vigor. O novo método de cálculo previdenciário para acidentes em ambiente de
trabalho, que utilizará o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), passará
a valer a partir de janeiro de 2009. Isso dá maior prazo para as empresas ajustaremse ao Decreto nº 6.042. O diretor do Departamento de Políticas em Saúde e
Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social, Remígio Todeschini,
explica as vantagens para os serviços de saúde, lembrando que o FAP trará benefícios
às empresas e instituições que registrarem menores índices de acidente ocupacionais.
JCI: Em sua avaliação, as instituições e
ocorrências de acidentes. Esteve em
empresas prestadoras de serviços de saúprimeiro lugar nos números absolutos
de estão se preparando para procederem
comparativamente a outros setores ecode acordo com o que determina o Decrenômicos. O NTEP nos dará um quadro
to 6042?
mais preciso das doenças relacionadas
ao trabalho neste setor, e isso será um
– Remígio Todeschini: O Decreto basifator de estudos e pesquisas mais acuracamente faz a nova distribuição coletiva
das para tratarmos de ações preventipor CNAE, ou seja por atividade ecovas. Quanto ao FAP, que é decorrência
nômica preponderante, das novas taxas
do NTEP, teremos um forte incentivo
do Seguro Acidente do Trabalho, para
para a prevenção, pois o setor de saúde
termos a partir daí o Fator Acidentário
mostrará que estará mais atento às quesde Prevenção por empresa. Haverá uma
tões de saúde de seus próprios trabadisputa sadia entre as empresas para folhadores para o atendimento geral da
mentar mais concretamente a cultura da
população ou seus clientes.
prevenção. Todas as empresas pensarão
muito mais, a partir de agora, na preJCI: A data em que o FAP deve vigovenção, pois terão a ganhar com a dimirar foi postergada de 01/01/2008 para
nuição da Taxa de Acidentes que será
01/01/2009. Por
o FAP por empreque foi adiada?
sa. O FAP por
É uma oportuniempresa será um
dade para as emQuem trabalha num
forte indutor da
presas, incluinclima de bem-estar e sem
cultura prevencido as que presonista entre as
tam serviços de
acidentes e doenças,
empresas, conforsaúde, se adetrabalhará com mais
me estabelece a
quarem às nonova Convenção
vas regras de
qualidade.
187 da Organizacálculo do segução Internacional
ro de acidente
do Trabalho.
de trabalho?
– Remígio Todeschini: Foi adiada para dar
JCI: Quais mudanças o sr. considera
mais tempo às empresas conhecerem memais representativas para o setor da saúlhor seus dados e mostrar-lhes depois
de com a implementação do Nexo Téccomo se destacam em relação às demais.
nico Epidemiológico Previdenciário
Vai estabelecer uma concorrência e com(NTEP) e do Fator Acidentário de Prepetitividade benéfica, já que os consumivenção (FAP)?
dores estarão mais atentos à prestação de
– Remígio Todeschini: No setor saúde
serviços que não tenham como compotemos presentes vários fatores de risnente a saúde e a qualidade de vida de
co: químicos, físicos e principalmente
seus próprios trabalhadores. Quem trabiológicos, além da questão da radioabalha num clima de bem-estar e sem acitividade. É bom observar que, mesmo
dentes e doenças, trabalhará com mais
com as estatísticas de registro a partir
qualidade e se eleva o valor agregado desda Comunicação de Acidentes do Trasas empresas que prestam serviços.
balho, o setor saúde apresentou 28.760
“
”
7
Remígio Todeschini, da Previdência: setor
de saúde é o 1º em acidentes de trabalho.
E-mail: [email protected]
JCI: O sr. acredita que o atendimento à
NR 32 do Ministério do Trabalho e Emprego possa melhorar o cálculo do FAP
para as instituições hospitalares e empresas da área de saúde, para que obtenham
benefícios previdenciários?
– Remígio Todeschini: Um dos componentes fundamentais da prevenção é a
observância de normas em matéria de
Saúde e Segurança do Trabalho. Quem
observar mais estritamente as normas estará contribuindo para a diminuição dos
acidentes e doenças e será beneficiado
com taxas menores de seguro através do
FAP individual por empresa.
JCI: Como e onde os administradores,
médicos, engenheiros, técnicos de segurança e demais profissionais que atuam
na área de saúde podem obter maiores
esclarecimentos sobre estes novos conceitos previstos no Decreto 6042?
– Remígio Todeschini: As informações em
geral estão disponíveis no próprio site da
Previdência Social (www. previdencia.
gov.br). Esta preocupação do NTEP e
FAP amplia a necessidade de mais profissionais atuando na área de Saúde de
segurança do trabalho, pois será econômico para as empresas, diminuiremos o
custo de benefícios para a Previdência
Social, cuja soma de custos diretos e indiretos está por volta de 38 bilhões. Também fará bem para o Brasil, pois evitaremos mortes, doenças e acidentes que
tanto afligem as pessoas neste país.
Atualização
SANTA CASA DE SOROCABA AVANÇA NA PREVENÇÃO DO
RISCO BIOLÓGICO E ADOTA SERINGA DE SEGURANÇA
C
riada em dezembro de 1803,
ser usada no hospital, já se percebe
a Irmandade da Santa Casa
significativa redução de acidentes
de Misericórdia de Sorocaem procedimentos de aplicações inba adotou nas últimas décatramusculares. “A qualidade da BD
das uma gestão focada no desenvolSoloMed é indiscutível, pois a sevimento sustentado que a colocou
ringa possui um protetor de agulha
entre os principais serviços de saúde
do tipo articulado que é acionado
do setor filantrópico no Brasil. Com
impedindo o reencape após a apli312 leitos, atendendo a quase 30 mil
cação, além de um dispositivo que
pacientes por mês, incluindo cerca
rompe o êmbolo, impedindo a reude 1.600 internações, a Irmandade
tilização”, explica a enfermeira.
mantém hoje parcerias com entida“Para o que se propõe, é um prodes de classe, como o SENAC e uniduto eficaz, prático e fácil de usar”,
Célia Fekete, Coordenadora de Enfermagem da Instituição,
versidades, estabelecendo programas
confirma Fasiaben. O provedor rese Jose Antônio Fasiaben, Provedor da Irmandade.
de qualificação para seus profissiosalta também que durante o períonais, ao mesmo tempo em que investe em didas de prevenção de acidentes nos ser- do em que a seringa foi testada nas duas
projetos de expansão em procedimentos de viços de saúde. Uma das medidas adota- unidades do hospital, a BD disponibilizou
alta complexidade.
das recentemente foi a utilização da BD o serviço de Consultoria Educacional para
Com uma estrutura básica, mas bastante SoloMed, a seringa com trava de seguran- dar treinamento à equipe de profissionais
eficiente, a Santa Casa de Sorocaba tornou- ça na agulha contra punções acidentais e do PA e da UE, orientando quanto ao uso
se referência em Ortopedia, Pediatria, Gi- dispositivo que impede sua reutilização.
correto da BD SoloMed.
necologia, Neurologia e Clínica Cirúrgica
Segundo o provedor da Irmandade, Jose
De acordo com a Provedoria, a Santa
no DRS 16, regional que abrange 48 mu- Antônio Fasiaben, a opção por uma serin- Casa dará continuidade à sua política de
nicípios. Em breve, a Instituição também ga de segurança visa reduzir o número de prevenção ao risco biológico. A implanaprimorará especialidades como Cardiolo- acidentes com perfurocortantes e, conse- tação da seringa de segurança foi apenas
gia e UTI Pediátrica e Neonatal. Um novo qüentemente, prevenir doenças infecciosas mais um passo nesta direção. “Entendehospital está sendo construído para abri- relacionadas a este tipo de risco. A BD mos que há uma excelente relação custo/
gar estes serviços e deverá estar em funcio- SoloMed está sendo utilizada há três me- benefício no uso de equipamentos e disnamento neste ano. Recentemente, a Ir- ses no Pronto Atendimento e na Unidade positivos de segurança, pois são produmandade também iniciou um ambicioso de Emergência. “O serviço de Segurança tos que contribuem para reduzir gastos
projeto juntamente com sua Comissão Ocupacional e a CCIH do hospital avalia- decorrentes de acidentes”, observa José
Intra-Hospitalar de Doação Órgãos e Teci- ram que o risco biológico no Pronto Aten- Antonio Fasiaben. “Promover a segurandos para Transplantes em parceria com o dimento e na Unidade de Emergência é ça do profissional da saúde é valorizar o
Ministério da saúde, para a realização de bastante elevado devido às manobras rá- capital humano”, salienta Célia Fekete.
transplantes de rins.
pidas nos atendimentos de urgência, prin- Em sua opinião, produtos de segurança
cipalmente pelo fato do profissional ficar melhoram o desempenho do profissional
Um passo à frente com
exposto a perfurocortantes, fluidos, secre- de saúde da Instituição. “Desde que pasBD SoloMed
ções e excretas de pacientes. Por isso, acre- samos a usar a BD SoloMed nossas equiNos últimos anos, a Santa Casa de Soro- ditamos que acertamos ao adotar um novo pes no Pronto Atendimento e na Unidacaba também vem investindo na implanta- dispositivo de segurança nas aplicações de de de Emergência estão trabalhando com
maior rapidez e adequação, resultando
ção de um Programa de Prevenção de Ris- injetáveis”, relata.
Na avaliação da coordenadora de En- em maior giro dos pacientes graças à
cos Ambientais (PPRA), como previsto pela
NR 32 do Ministério do Trabalho e Em- fermagem da Instituição, Célia Fekete, agilização que o produto proporciona”,
prego (MTE), a norma que estabelece me- desde que a seringa de segurança passou a completa a enfermeira.
FAÇA SUA
ASSINATURA
Receba gratuitamente o jornal Controle de Infecção
Cadastre-se em nosso site www.ctav.com.br - Se você preferir, envie esta ficha preenchida para
nossa Caixa Postal 21.254 - CEP 04602-970, São Paulo-SP:
Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Endereço: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CEP: __ __ __ __ __ - __ __ __ Cidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estado: __ __
Fone: ........................................................... Fax: ...............................................................
E-mail: .............................................................................................................................
Função ou cargo que ocupa na entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Controle de Infecção é uma publicação da
Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1976, Chácara Santo
Antônio - CEP 04717-004 - São Paulo-SP • Tel.
CRC: 0800-0555654 • E-mail: [email protected]
• Diretor da publicação: Fabrício Simões •
Coordenador: Bruno Campello • Coordenação
científica: Silmara Malaguti • Jornalista
responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP
[email protected]) • Revisão: Solange
Martinez • Projeto gráfico e diagramação:
[email protected]. As matérias desta
publicação podem ser reproduzidas, desde que
citada a fonte. As opiniões e conceitos
publicados são de responsabilidade dos
entrevistados e colaboradores dos artigos.
Download