estratégias da prefeitura da usp para a prevenção da dengue e

ESTRATÉGIAS DA PREFEITURA DA USP PARA A PREVENÇÃO DA
DENGUE E MONITORAMENTO DO VETOR NO CAMPUS DA CAPITAL
PAULO ROBERTO URBINATTI¹, DELSIO NATAL¹, JOSÉ EDUARDO DE SÁ SONNEWEND², GIULIA BALDACONI DA SILVA BISPO², ALANA BARBOSA GOUVEIA ²
¹Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública/USP, ²Divisão Socioambiental da Prefeitura do Campus USP da Capital – PUSP-C
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
O mosquito Aedes aegypti, principal vetor dos vírus da dengue e da febre amarela, infesta a maioria
das cidades paulistas, incluindo a capital. A consequência se manifesta na persistência da dengue e na
perspectiva do aumento de sua incidência. Esse vetor tem sido registrado de forma contínua no campus
da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. Ao se considerar a circulação diária de 80 mil pessoas
nesse território, configura-se um espaço favorável à transmissão dos vírus da dengue. Em decorrência,
está em andamento um programa destinado a investigar alguns aspectos do comportamento desse
mosquito no ambiente interno da Cidade Universitária.
No período de setembro de 2009 a outubro de 2012 foi coletado um total de 707 culicídeos,
os quais foram identificados pelo Laboratório de Entomologia em Saúde Pública da FSP-USP,
sendo: Culex quinquefasciatus (58,0%); Aedes aegypti (25,9%); Aedes fluviatilis (5,0%);
Psorophora ferox (2,3%); outras espécies da tribo Aedini (8,6%); outras espécies (7,5%),
considerando todas as técnicas de captura utilizadas.
OBJETIVOS
Monitorar a presença e a frequência do mosquito em toda área e a partir dos dados e informações
orientar para as medidas de controle.
Outros da tribo Aedini
8,6%
Culex quinquefasciatus
58,0%
MÉTODOS
As técnicas para avaliar a presença do mosquito adulto foram a utilização de armadilhas Adultrap® e
de aspiradores mecânicos. Foram instaladas, em pontos estrategicamente georreferenciados, 82
armadilhas distribuídas pelas unidades físicas e áreas de lazer do campus. As coletas foram mensais,
sendo as Adultrap® expostas por 48 horas e a aspiração mecânica realizada em diferentes abrigos por
períodos de 20 minutos. Paralelamente os locais onde eram localizados conteúdos de água represada
foram examinados em busca de formas imaturas da espécie, usando conchas e pesca-larvas.
Aedes aegypti
25,9%
Outros culicídeos
7,5%
Figura 1. Frequência por espécies de culicídeos coletados na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, São Paulo, SP, no período de setembro
de 2009 a outubro de 2012.
A
B
C
E
Figura 2. Campus da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. Os pontos vermelhos representam as unidades onde os espécimes de Aedes
aegypti foram coletados.
CONCLUSÕES
D
F
A – Armadilha Adultrap; B – Aspirador elétrico; C – Coleta de imaturos; D – Fêmea de Aedes aegypti (vista dorsal); E – Detalhe do mesonoto de fêmea de Aedes
aegypti; F – Larva de Aedes aegypti
• Aedes aegypti destacou-se como a segunda espécie mais frequente; condição que representa
risco de transmissão dos vírus da dengue.
• O quadro epidemiológico diagnosticado no Campus exige ações contínuas de controle do vetor;
acompanhadas de iniciativas educativas, sendo a área de Gestão Ambiental da Prefeitura, a
esfera responsável pela operacionalização desse programa.
• Recomenda-se a continuidade do monitoramento e pesquisa para aprofundar o conhecimento
do vetor com vista ao aperfeiçoamento das medidas preventivas e proteção da saúde, nesse
ambiente impar e desafiador.