HIV

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Infecções obstétrica e
perinais
Prof. Claudia Vitral
Infecções obstétricas e perinatais
Durante a gestação, surge um novo conjunto de tecidos
potencialmente suscetíveis, incluindo o feto, a placenta e as
glândulas mamárias lactantes
Infecções durante a gestação
Alterações imunológicas e hormonais durante a gestação
agravam ou reativam certas infecções
Feto: transplante imunologicamente
incompatível que não pode ser
rejeitado pela mãe:
• A ausência ou baixa densidade de
antígenos do MHC nas células
placentárias
• A cobertura de antígenos por
anticorpos bloqueadores
• Defeitos sutis na resposta imune
materna
TRANSMISSÃO VERTICAL
Rotas de infecção
do feto e do
neonato
Causas importantes de infecções congênitas
A infecção intrauterina pode resultar em óbito fetal,
malformações congênitas ou alterações patológicas
Vírus
que
induzem
malformações
fetais
causam danos semelhantes
a agentes teratogênicos
(drogas, radiações). Feto
tende
a
apresentar
repercussões
clínicas
similares: lesões oculares
baixo peso ao nascer,
microcefalia,
hepatoesplenomegalia, encefalite,,
PREVENÇÃO: triagem prénatal de rotina
Rubéola congênita
Infecção Materna
Trato respiratório superior

Linfonodos locais

Rash cutâneo  viremia
Infecção Fetal
Riscos de infecção pelo vírus da rubéola
durante a gravidez
Efeito teratogênico viral: diminuição da taxa mitótica
celular durante a organogênese
0-12 semanas
Alto risco do feto ser infectado e de desenvolver
importantes anomalias congênitas. Aborto espontâneo
ocorre em 20% dos casos.
13-16 semanas
15% risco de surdez e retinopatia
após 16 semanas
Desenvolvimento normal
Rubéola congênita
Diagnóstico laboratorial
Pesquisa de anticorpos IgM e IgG
para o vírus da rubéola:
1.
Avaliação da imunidade
mulheres (IgG)
em
2.
Surgimento de rash no primeiro
trim da gravidez ou contato com
paciente com rubéola (IgM e
IgG): acompanhar durante o
tempo provável do período de
incubação (até 21 dias)
3.
Diagnóstico
sorológico
da
síndrome da rubéola congênita
(IgM)
Infecção congênita pelo Citomegalovirus (CMV)
 Herpesvirus
 Origem do nome: citomegalia (formação de sincícios)
 O CMV raramente causa doença em pessoas saudáveis,
especialmente quando a infecção ocorre na infância.
 Infecção normalmente adquirida na infância, de forma
subclínica. O vírus então se torna latente sendo
periodicamente reativado ao longo da vida.
 60% da população eventualmente se torna infectada,
podendo chegar a 95% em países em desenvolvimento
Infecção congênita pelo CMV
 Situações clínicas onde a infecção pelo CMV pode causar
uma doença séria:
infecção congênita: causa viral mais comum de anomalias
congênitas (afetando 0.3 - 1% de todos os bebes).
Segunda causa mais comum de retardo mental após a
Síndrome de Down
indivíduos imunocomprometidos (transplantados e
indivíduos com aids); importante patógeno oportunista
 Porta de entrada da infecção: oral, sexual e sangue
 Transmitido pela saliva, leite materno, urina, secreções
sexuais e sangue
Infecção congênita pelo CMV
 Infecção materna normalmente assintomática. Feto pode ser
afetado em qualquer época da gestação.
 Tanto a infecção primária quanto a reativação podem resultar em
infeção fetal (chance de transmissão depende da carga viral
materna)
 Não há evidência de teratogenicidade; o dano ao feto é resultado
da destruição das células alvo uma vez que elas são formadas.
Doença de inclusão citomegálica
 Anormalidades no SNC – microcefalia, retardo mental, epilepsia,
calcificação periventricular
 Olho – retinite e atrofia ótica
 Ouvido - surdez neurosensorial
 Fígado - hepatoesplenomegalia e icterícia devido a hepatite.
 Pulmão - pneumonia
 Coração - miocardite
 Trombocitopenia púrpura, anemia hemolítica
 Sequelas tardias em indivíduos assintomáticos ao nascimento –
defeitos de audição e inteligência reduzida
Diagnóstico
•
•
Isolamento de CMV a partir da urina
ou saliva do neonato/Detecção DNA
viral
Detecção de IgM específico no sangue
do neonato
Transmissão vertical do CMV
MÃE
Infecção
recorrente
Infecção
primária
30-40%
FETO
Infecção sintomática
(5-10%)
Morrem
durante a
infância
(20%)
Seqüelas
neurológicas
(80 %)
0.5 – 1 %
Infecção assintomática
(até 90 %)
Até 15%
Seqüelas tardias: surdez,
inteligência reduzida
HIV e aids- Histórico
1981: 5 casos de pneumonia por
Pneumocystis carinii em Los Angeles
1981: 26 casos de sarcoma de Kaposi
em Nova York e São Francisco
Final 1981: 300 casos reportados em
HSH jovens
Síndrome* similar observada em IVDUs,
hemofílicos, receptores de sangue e em
seus parceiros sexuais
Agente infeccioso transmitido por
via sexual ou parenteral
Principal aspecto da infecção:
perda seletiva de cels CD4+
Infecção VIRAL
1983: isolamento do vírus (BarréSinousi e cols/Robert Gallo)
1986: adoção do termo HIV e
identificação do HIV 2
Prêmios Nobel
em 2008
“Não se imaginava na época a
extensão da epidemia....”
Indivíduos doentes
Indivíduos infectados
Em 35 anos, mais de 34
milhões de óbitos
Origem do HIV
Global HIV/AIDS epidemic
https://www.aids.gov/federal-resources/around-the-world/global-aids-overview/
Queda (35%) nos casos novos
da doença desde 2000
Queda (42%) nos óbitos
associados ao HIV desde 2004
15,8 milhões de pessoas tem
acesso a terapia antiretroviral
https://nacoesunidas.org/unaids-mundo-supera-metas-contra-a-aids-nove-meses-antes-do-prazo/
Dados da infecção pelo
HIV no Brasil
Tendência contrária da epidemia no país: novos casos de infecção pelo HIV e
de mortes associadas à doença cresceram nos últimos oito anos.
Pessoas vivendo com HIV/aids: 797
mil (desconhecido por 123 mil)
Casos novos em 2013 (aumento de
11% em relação a 2005): 42.000
Óbitos em 2013: 15.000 ( aumento
de 7% em relação a 2005)
35 anos de aids: principais
progressos obtidos
• Descoberta da origem da doença
• Melhor compreensão dos mecanismos virais
• Desenvolvimento de tratamentos eficazes: até
90% sucesso terapêutico, com melhoria da saúde
e da expectativa de vida, redução do risco da
transmissão vertical e sexual
• Simplificação do tratamento: aumento da adesão
35 anos de aids: desafios a
serem vencidos
• Metade das pessoas que precisam do
tratamento ainda não são tratadas
• Muitas pessoas infectadas ignoram que sejam
portadoras do vírus: progressão da epidemia
• Permanece a dificuldade no desenvolvimento
de vacinas
• Eliminação dos reservatórios do vírus: cels T
memória, outros reservatórios (?)
Família Retroviridae
 Subfamília Oncovirinae
Gênero Oncovirus
HTLV-I (leucemias e linfomas de cels T)
HTLV-II (não associado a patologia)
 Subfamília Lentivirinae
Gênero Lentivirus
HIV-1 (epidêmico)
HIV-2 (endêmico – África
ocidental)
Representação esquemática da
classificação filogenética do HIV
Distribuição mundial dos subtipos
do HIV
Distribuição geográfica dos subtipos e formas
recombinantes do HIV1, Brasil
Morgado et al, 2012
Estrutura do HIV
HIV - A partícula viral
Retrovirus
Três genes estruturais
GAG – POL – ENV
três poliproteínas
HIV - A partícula viral
Retrovirus
Gp120
Gp41
Duas glicoproteínas associadas ao envelope:
gp120 (superfície) e gp41 (transmembrana)
ENV gene
HIV - A partícula viral
Retrovirus
Antígenos grupo específicos
p17: proteína matriz
P24: proteínas de nucleocapsídeo
p9: ptn associada ao RNA
GAG gene
HIV - A partícula viral
Retrovirus
Enzimas
Transcriptase reversa
Integrase
Protease
POL gene
Estrutura do HIV
Gp120 (superfície)
Gp41
(transmembrana)
Transcriptase
reversa
P17 (matriz)
P24
(capsídeo)
Integrase e
protease
envelope
RNA
Mapa do genoma do HIV
Variabilidade genética do HIV
Consequências:
Aumenta chance de transmissão, dificulta o tratamento e o
desenvolvimento de vacinas, garante o sucesso do vírus no
hospedeiro
Taxa de erro de 1 em 2,000-10,000 nucleotídeos
O genoma do HIV tem 9749 nucleotideos
Portanto CADA vírus novo possui pelo menos uma mutação!
10 bilhões PV/dia
Resultado: muitos vírus diferentes são
formados a cada dia da infecção
HIV - Ciclo de multiplicação viral
HIV - Ciclo de multiplicação viral
Células infectadas pelo HIV
Linfócitos CD4+ (T4)
Destruiçao viral específica
Monócitos e macrófagos (Fc ou C)
Células dendríticas foliculares
Células endoteliais, células epiteliais
intestinais, oligodendrócitos,
astrócitos, neurônios e células glia
(galactocerebrosídeos)
Sem lise: reservatórios
Macrófagos podem ser
infectados por duas vias
HIV
gp120
CD4
HIV gp120 se liga ao
antígeno CD4
Vírus é opsonizado por Acs
anti-gp120 que se ligam a
receptores Fc de
macrófagos
Fc receptor
Anti-gp120
HIV
Macrófagos – O cavalo de Tróia
Macrófagos formam um reservatório viral fora da corrente
sanguínea, levando o vírus para tecidos extravasculares
Produção viral por um longo período sem serem eliminados
Não existe latência nestas células
São vitais na dissseminação do HIV no organismo:
Como o HIV entra na célula
Receptor celular: antígeno CD4
Human HeLa
Cell
NÃO INFECTADA
Célula HeLa Humana
transfectada com
antígeno CD4
INFECTADA
HIV - Multiplicação viral
HIV
quimiocina
CD4
CD4
CCR5
CCR5
CD4
Mutant
CCR5
macrophage
Receptores de quimiocinas
são necessários como co-receptores
junto com CD4 antigeno (CCR5 e CXCR4)
CICLO DE MULTIPLICAÇÃO DO HIV
Adsorção ao receptor celular via GP 120
Transcrição reversa
Fusão celular (sincício) em
linfonodos infectados pelo HIV
Ligação
Penetração
Integração
ssRNA (mRNA viral + RNA da progênie)
Proteínas virais
montagem
nucleocapsídeo
Proteínas do envelope
viral
brotamento
liberação
Microscopia eletrônica
mostrando partículas do HIV
brotando no meio extracelular
Transmissão do HIV
Vias de transmissão
 Sexual (homo ou hetero)
 Parenteral (transfusão, IVDU, ocupacional)
 Vertical (intrauterina ou perinatal)
Principais fontes de infecção
 Sangue
 Secreções sexuais
 Leite materno
Fatores de risco biológicos e comportamentais:
 Concentração do vírus nos fluidos biológicos (CARGA VIRAL)
 Estágio da infecção (primeiros 6 meses)
 Integridade da mucosa envolvida
 Co-infecções (outras DSTs)
 Multiplicidade de parceiros, não uso de preservativos
 Intercurso anal, compartilhamento de seringas
1. Infecção aguda
Alto título viral (até 10 milhões
vírus por ml sangue)
Queda de células CD4+ com
recuperação
Sintomática 50-90% indivíduos
Principais sinais e sintomas relacionados
a infecção aguda pelo HIV
Infecção pelo HIV
2. Uma resposta imune vigorosa
Resposta imune humoral e celular essenciais no
controle da infecção, porém INSUFICIENTES
Os vírus quase desaparecem da circulação: Queda
da carga viral a um nível preditor da progressão da
doença (set point)
HIV e AIDS
“Set point” viral estabelecido durante a latência
clínica: fator preditivo para o início da doença
clínica
< 10.000 cópias / ml sangue: período latência > 10
anos
10.000-100.000: período latência < 10 anos
3. Um estado de latência clínica: fase assintomática
Fase assintomática (Latência clínica):
fase crônico inflamatória
Produção viral constante e destruição
maciça de linfócitos T
Estabelecimento de um equilíbrio
dinâmico durante a infecção
(“turnover viral”)
Infecção pelo HIV
4. O início da doença
Fase sintomática/aids: primeiros sintomas
pela dificuldade de controle de infecções
oportunistas
Infecção pelo HIV
5. Doença avançada - AIDS
A medida que a contagem de cels CD4+ cai abaixo de 200
cels/mm3, o título viral aumenta rapidamente
Infecções oportunistas: morte em 2 anos sem intervenção
Doenças relacionadas a AIDS
Infecções oportunistas:
Vírus: Citomegalovirus, Herpes simplex,
Varicela-zoster
Cistos de Pneumocystis
carinii no pulmão
Prozoários: Pneumocystis carinii,
Cryptosporidium
Bacteria: Toxoplasma, Mycobacterium
avium, Nocardia, Salmonella
Fungos: Candida, Cryptococcus
neoformans, coccidioides immitis,
Histoplasma capsulatum
Candidíase e herpes
oral
Cryptococcus no
pulmão
Tumores
Linfomas (incluindo linfomas de cels B
associados ao EBV)
Sarcoma de Kaposi
Carcinoma Cervical
Sarcoma de Kaposi no
estômago
Sarcoma de Kaposi
Evolução natural da infecção
pelo HIV
• Doença crônico progressiva
• Característica principal: progressão da infecção em
direção a perda do controle imunológico sobre patógenos
e neoplasias
• Infecção preferencial: LT CD4+ ativados
• Reservatório: LT em repouso, MO, monócitos, glia
(mantém a população viral mesmo na TARV)
Dinâmica das cels T CD4 na
infecção
pelo
HIV
Remoção por
Cels T memória
apoptose
Cel T não
infectada
ativada
cronicamente
infectadas com
provirus
Infecção
Retorno
ao estado
de
memória
Vida longa!
Reativação
cel T
memória
Morte celular
destruição imune
Vida longa!
Adapted from Saag and Kilby
Nat Med 5: 609, 1999
HIV latente
Antígenos
Cel T4 memória
Cel T4 ativada
Este fato torna impossível a cura de um paciente com HIV
HIVdo HIV
Mesmo se a terapia parar aProdução
replicação
Progressão da infecção pelo HIV
• Infecção aguda: sintomática 50-90% indivíduos
• Fase assintomática (fase crônico-inflamatória)
• Fase sintomática/aids
~70% com aids em 10 anos
~20% evolução rápida
~ 5% evolução lenta (limitação espontânea da replicação viral):
- progressores de longo prazo (carga viral baixa)
- controladores de elite (carga viral indetectável)
Novos conceitos sobre a infecção pelo
HIV
Resultado da infecção pelo HIV é decorrente:
 Queda das células CD4
 Processo inflamatório crônico gerado pelo desgaste
do Sistema Imune
Resultado:
 Infecções oportunistas
 Doenças crônico-degenerativas e neoplasias não
diretamente relacionadas a infecção viral (doenças
vasculares, nefropatias, neuropatias e problemas
neurocognitivos)
 Redução tempo de vida em relação aos HIV- mesmo
indivíduos tratados e “controladores de elite”
Porque surgem doenças crônico degenerativas e
neoplasias não diretamente relacionadas a
infecção?
Em função da manutenção de um estado
inflamatório crônico no hospedeiro:
• por conta da infecção viral direta
• Pela profusão de fragmentos bacterianos na
corrente sanguínea do indivíduo, oriundos da
infecção da mucosa intestinal
Trato entérico concentra a maior concentração de LT do organismo, o que
favorece a ocorrência de infecção microbiana e aumento de resposta
inflamatória
Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
a.
Triagem inicial: pesquisa de anticorpos anti-HIV* (4-12
semanas após infecção)
-
Fluxograma 1: Dois testes rápidos realizados em sequência com amostras
de sangue (venoso ou capilar)
Fluxograma 2: Dois testes rápidos realizados em sequência, sendo o
primeiro com fluido oral e o segundo com amostra de sangue (venoso ou
capilar)
-
* A Portaria no. 29 de 14 de dezembro de 2013 normatiza o algoritmo para o diagnóstico
da infecção pelo HIV utilizando exclusivamente testes rápidos
* Exceção: crianças < 18 meses, carga viral
b.
-
Acompanhamento de pacientes
Linfometria (contagem de CD4+)
Carga viral (cópias de RNA/ml)
Manual Técnico para o
Diagnóstico da Infecção pelo HIV,
MS, 2013
HAART: terapia antiretroviral
altamente ativa (a partir de
1996)
Número atual e projetado de pessoas recebendo TARV
em países de acordo com a renda, OMS, 2003-2015
Cobertura da TARV por país, OMS, 2013
Global AIDS Response Progress Reporting, WHO, 2013:
Brasil
• Tratamento gratuito desde 1996
• Um dos únicos países da AL a atingir a cobertura
de tratamento universal
• 2005/2013: 165 mil para 353 mil pessoas em
tratamento
• Maior cobertura de testagem para HIV para a
população de HSH (54%) e profissionais do sexo
(65%) da AL
Quando iniciar a
TARV ?
Protocolo clínico e
diretrizes terapêuticas
para adultos vivendo
com HIV/aids, MS, 2013
TARV: Escolha do esquema
inicial
Medicamentos pertencem a 3 classes:
•Inibidores da transcriptase reversa análogos de
nucleosídeos e nucleotídeos (ITRN/ITRNt)
•Inibidores da transcriptase reversa não análogos
de nucleosídeos (ITRNN)
•Inibidores da protease reforçados com ritonavir
(IP/r)
TARV: Escolha do esquema
inicial
A terapia inicial deve incluir a combinação de três antivirais: aumenta a barreira genética
que o vírus deve transpor para gerar resistência
ITRN
AZT: zidovudina
TDF: tenofovir
ITRNt
3TC: lamivudina
ITRNN
EFV: efanvirenz
NVP: nevirapina
IP/r
LPV: lopinavir
TARV: Escolha dos
medicamentos
Escolha da dupla de ITRN/ITRNt :
•associação zidovudina/lamivudina (AZT/3TC) : bem tolerada, custo accessível
Monitorar risco de toxicidade hematológica e lipoatrofia
•associação tenofovir / lamivudina (TDF/3TC)
Monitorar risco de nefrotoxicidade
Escolha entre ITRNN e IP/r:
Apresentam equivalência de resposta virológica, mas os ITRNN apresentam
melhor perfil de toxicidade
Limitações do TARV
- Efeitos adversos
- Incapacidade de erradicar o vírus do
hospedeiro, mesmo após anos de
terapia:
• Alta taxa de
mutação/recombinação viral
• Reservatórios virais: LT CD4+
em repouso, células
dendríticas, macrófagos,
células glia
Replicação viral continuada
permitindo o repovoamento
do hospedeiro com o vírus
Novos antivirais
Existem atualmente 32 novos antivirais já aprovados:
• Inibidores de integrase (Raltegravir)
• Inibidores de ptns não estruturais (Vif – degrada uma enzima
celular que destrói DNA viral)
• Bloqueadores de CCR5 (Maraviroc)
• Drogas combinadas: Truvada (dois inibidores TR), Atripla (+
inib protease) e Quad pill (+ inibidor integrase)
O antiviral ideal contra o HIV…
“Certamente o melhor tratamento contra o
HIV será aquele que não apenas suprima a
replicação viral, mas que elimine a infecção
do organismo – um ideal que está apenas
começando a se tornar possível “.
Cura a vista ? A questão da
cura funcional (terapia na fase
aguda)
- Paciente de Berlim: indivíduo HIV+ com leucemia, que recebeu
tx de medula de indivíduo CCR5Δa32: CURA ESTERILIZANTE
- Bebe de Mississipi: criança nascida de mãe HIV+, tratada
desde o nascimento por 18 meses quando o tratamento foi
interrompido, 10 meses depois ao retornar não tinha sinais da
infecção. Após dois anos sem tratamento, o vírus foi
novamente detectado.
- Pacientes de Visconti: grupo de 14/70 indivíduos que
receberam TARV na fase aguda, foram tratados por 3 anos e
depois a terapia foi interrompida. Permaneciam com carga
viral indetectável após 7 anos.
Deixaram
saudades...
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