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Revista Diálogos Interdisciplinares
2014, vol. 3, n°.3, (Edição Especial) ISSN 2317-3793
O Mercado Pirata e seu Impacto aos seus Consumidores e às
Marcas Legítimas
Nathália Scarlati Libardi1
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Mauro Maia Laruccia2
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Universidade de Sorocaba, São Paulo, SP, Brasil
Recebido em: 30/10/2014. Aprovado em: 04/12/2014
Este artigo apresenta uma discussão teórica sobre o impacto de produtos falsificados sobre os seus
consumidores e às marcas legítimas, principalmente as de luxo. Complementando o estudo, os objetivos
específicos do presente artigo são: analisar como os produtos de vestuário e acessórios falsos afetam a
dinâmica de vendas no mercado de luxo; descobrir a causa pela qual os compradores adquirem os produtos
piratas; identificar qual o público-alvo e o público comprador destes produtos falsificados; mapear os
principais mercados de produtos de vestuários e acessórios falsos; e identificar quais danos à saúde estes
produtos podem trazer em função do material utilizado na produção destes produtos.
Palavras-chave: Pirataria; mercado de luxo; consumidores; status.
This paper presents a theoretical discussion about the faked products influence on consumers and on
legitimate brands, mainly luxury brands. To improve the study, the specific objectives are: Analyze how
fake products affect the luxury market sales; Discover why consumers buy this kind of products; Identify
what is the main public and the consumer public of fake products; Map the main market of fake products;
and identify what health problems this kind of products can offer to consumers because of the material
used to produce of this products.
Keywords: Piracy; luxury market; consumers; status.
Introdução 
O mercado de luxo brasileiro vem crescendo expressivamente nos últimos anos, entre 30 e
35% ao ano desde 2000, em função da abertura do mercado para exportações, abertura de
lojas e vinda de novas marcas de luxo para o Brasil e, principalmente, a ascensão de uma
nova classe média que é grande consumidora dos produtos de “pequeno luxo”, já que as
vendas podem ser parceladas e muitas marcas estão diversificando sua linha de produtos
para alcançar mais consumidores, além do Brasil ganhar aproximadamente 19 milionários
todos os dias, desde 2007, segundo o site “O pequeno Investidor”.
Segundo Suzane Strehlau (2004), o marketing define luxo a partir de um composto
mercadológico formado por: alta qualidade de uma mercadoria, com marca forte, preço
premium, comunicação seletiva ressaltando a imagem e distribuição exclusiva. “Tudo que é
supérfluo, que ultrapassa os limites do necessário”.
É a partir dessa segunda definição que surge o entendimento do motivo pelo qual os
produtos de luxo são falsificados. O marketing não cria necessidades, porém estimula
desejos, e o luxo então especifica essa necessidade.
Suzane Strehlau conduziu um estudo sobre falsificações de artigos de luxo e
discriminou dois tipos diferentes de consumidores de bens falsificados: os que esperam
comprar um produto genuíno e são enganados, e os que sabem que estão comprando um
produto falsificado. Entre os motivos listados pela autora para agirem desta última maneira,
destacam-se dois principais: o fato do consumidor não possuir dinheiro para comprar o
produto legítimo e sente-se satisfeito por ser visto pelos outros como consumidor da marca,
1
Graduada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Candidata à pós-graduação pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Bancária. E-mail: [email protected]
2
Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professor da Universidade de
Sorocaba, da FEA-PUCSP. E-mail: [email protected]
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além de não admitir que tenha comprado uma falsificação; e o caso do consumidor que acha
que não vale a pena pagar muito por um produto se existe um similar, o qual reconhece a
compra de um produto distinto, e não uma cópia.
As pessoas, de uma forma geral, querem criar e manter distinções sociais e, para isso,
aquelas que não pertencem às classes altas buscam um mercado paralelo como forma de
atender seus desejos. Tal interesse gerou a oportunidade para o atual grande crescimento da
falsificação das mercadorias que, segundo a Interpol, tem sido o crime mais lucrativo do
mundo.
O papel da marca neste mercado é de extrema importância, existindo hoje cerca de 700
marcas de luxo, todas representadas através de imagens, conceitos, sensações que são
associados pelo consumidor que está disposto a pagar um preço maior ao que seriam
equivalentes de marcas populares. Esta preferência de consumo de uma marca em relação à
outra por parte do consumidor é o que determina o valor de uma marca (LIPOVETSKY,
2005).
Benéfico para as organizações criminosas e para os consumidores de classe baixa, os
produtos de vestuário e acessórios falsos podem gerar alterações negativas no fluxo de caixa
da empresa e prejudicar a imagem da marca, fazendo com que a clientela consumidora dos
produtos originais não queira ser comparada às classes mais baixas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, o Brasil perde R$40 bilhões
todos os anos por causa da indústria ilegal, além de causar danos à saúde em função dos
materiais utilizados nos produtos falsificados, assunto o qual será abordado ao longo do
trabalho.
O mercado de luxo nos dias de hoje
O mercado de luxo foi um setor que sofreu um crescimento forte e sustentável no país,
crescendo até mais rápido que a própria economia brasileira. Este mercado obteve uma
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evolução um pouco menor em 2013, em função da alta inflação e dificuldades
econômico-financeiras, entretanto, ainda assim evoluíram 10% em suas vendas.
Até a década de 1990, o mercado de luxo no Brasil era um mercado emergente e pouco
explorado. Por ser relativamente novo, ainda apresenta um grande potencial de expansão.
Apesar disso, esse mercado ainda possui informações escassas e a gestão de luxo se dá
essencialmente pela percepção dos profissionais que atuam no segmento. Esse setor seria
capaz de triplicar de tamanho, se não fosse a alta tributação sobre artigos de luxo, a qual faz
com que a maior parte dos consumidores aguarde pela chance de viajar ao exterior para se
abastecer lá fora ou nas lojas de “duty free” (lojas localizadas em salas de embarque e
desembarque de aeroportos, onde produtos são vendidos com isenção ou redução de
impostos), sendo 38% das vendas mundiais de produtos de luxos feitas durante viagens.
O consumidor brasileiro de luxo segue a tendência de comprar basicamente as marcas
tradicionais, como Louis Vuitton, Dior, Chanel e Hermes. A razão deste fato é que ele sabe
que não tem como errar ao comprar um produto de uma marca tradicional, enquanto há
sempre um “risco” envolvido ao comprar uma marca não estabelecida. Além disso, um
evento que contava com grande aumento das vendas nacionais era a Copa do Mundo, a qual
possuiu efeito reverso ao esperado em função da queda da produção e vendas de varejo, em
função da grande quantidade de “feriados” e dias parados em função de jogos, abertura da
copa e etc. Com exceção dos setores de turismo, lazer e bares e restaurantes, as indústrias e
outros setores foram levemente prejudicados, efeito totalmente reverso ao esperado antes do
acontecimento da copa.
Strehlau expõe: o produto de luxo não é somente um objeto, reflete um gosto e está
abrigado sob uma marca bem estabelecida. Tal serve como suporte para o sistema de
referências usado no mercado de luxo, baseada na representação de uma distinção social que
implica em conhecimento das regras de consumo e dos aspectos mutantes de sua
representação. Em suma, o conceito de luxo fornece a base para as associações que a marca
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deve estabelecer e manter.
O luxo, segundo Lipovetsky (2005), é construído pelo conjunto de atributos de uma
marca, as marcas de luxo prometem experiências únicas, viabilização do desejo de
exclusividade/unidade, sensações de realização e autovalorização. As marcas já existem
desde a pré-história, onde serviam para representar propriedade ou posse, mas seu
desenvolvimento como um fenômeno econômico e social se deu com a Segunda Revolução
Industrial no século XX.
As finalidades do uso de marcas de luxo podem ser explicadas por seus tipos de
consumidores existentes. O consumidor que deseja ostentação, ou seja, pretende
impressionar os outros; o que deseja se igualar, que adquiri o produto pois tal é possuído por
outras pessoas e para melhorar seu autoconceito podendo afiliar-se a um grupo almejado; o
que deseja ser único, deseja diferenciação e exclusividade (é influenciado pelo
comportamento dos outros e ao mesmo tempo pelos seus desejos emocionais); o consumidor
que deseja perfeição, nesse caso a posse do produto é explicada por sua qualidade e
desempenho superior; os hedonistas que desejam experiência, envolve os sentimentos e
imaginação, querem sentir prazer a partir de uma experiência maravilhosa que dará origem a
sensações; e, por último, o de gosto educado, que compreende, avalia, aprecia e usa o “luxo”
em determinados contextos.
Capital Cultural
Na visão do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o que diferencia um consumidor de produtos
de luxo legítimos de um falsificado chama-se capital cultural. O capital cultural é um dos
diferentes capitais existentes entre os membros de cada classe social, o qual pode ser
dividido em três tipos: 1. No “estado incorporado“, ele faz parte integrante da pessoa. 2. No
“estado objetivado”, sob a forma de bens culturais (quadros, livros, etc.) 3. No “estado
institucionalizado”, forma de objetivação que se verifica, por exemplo, em relação ao
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certificado escolar, que confere ao capital cultural uma espécie de garantia.
O capital econômico permite “comprar” o capital cultural, mas nunca será igual a um
capital cultural incorporado. Assim, o tipo de capital cultural mais “valorizado” é o
incorporado. Ele foi transmitido ao indivíduo desde sua mais tenra infância, exigindo dele
tempo e dedicação. Essa aprendizagem faz com que ele aja com naturalidade em relação a
objetos de arte, música erudita, esportes de elite ou marcas de luxo, por exemplo. Assim, em
pesquisas que já realizamos com consumidores de luxo brasileiros, identificamos que o
capital cultural traduzia-se, entre outros fatores, no entendimento de arte, no falar línguas
estrangeiras, nas viagens regulares para fora do Brasil (Europa, especialmente, por causa da
associação à história e cultura), hábitos culinários refinados e na convivência durável com o
mundo do consumo de luxo, suas lojas e suas grifes. (Ainda a título de exemplo, esse
consumidor pronuncia corretamente o nome da marca “Hermès” e não “Hermé” em uma
tentativa mal sucedida de soar francês.)
O consumidor munido de capital cultural não iria comprar um produto de luxo
falsificado. Ele compra um objeto de luxo não por causa da logomarca desse, mas por causa
da tradição que há por trás da grife (e, consequentemente, da logomarca). Esse consumidor
compra uma Birkin não porque ela é vista no braço de todas as estrelas e socialites pelo
mundo, mas porque ele sabe do processo artesanal extremamente cuidadoso que levou a sua
elaboração e da qualidade superior dos materiais utilizados.
Ao consumo de luxo efetuado em decorrência da posse de capital cultural, pode-se
contrapor o consumo realizado pela mera e simples busca de status. É esse tipo de consumo
que “justifica” a compra de uma falsificação. De fato, em pesquisas já realizadas com
consumidores das marcas de luxo, encontra-se clientes desprovidos de capital cultural, mas
que, graças ao seu capital econômico, consumiam bens de grifes luxuosas legítimas porque
estavam na moda, ou posicionavam-nos socialmente. Por outro lado, também foram
identificados consumidores que se encaixavam na descrição feita anteriormente: possuíam o
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dinheiro, mas não o conhecimento para adquirir bens legítimos.
São esses últimos que frequentam lugares como a 25 de Março, em São Paulo, em busca
de um “bom negócio”, que ostentam falsas bolsas gigantes da Louis Vuitton (símbolo
máximo de status no Brasil pós-Collor) ou óculos Chanel comprados por uma “pechincha”.
“Não vejo por que gastaria 20 vezes mais em uma carteira da Gucci se consigo a mesma
por muito menos”, disse uma das consumidoras na pesquisa citada acima.
A consumidora pode ter razão: a carteira que ela comprou pode ser muito parecida com
a da Gucci, (hoje, cada vez mais há “ótimas” cópias; algumas até difíceis de serem
identificadas por experts) e nos círculos sociais que frequenta, ela provavelmente recebe o
mesmo reconhecimento que receberia se carregasse uma legítima. Em seu livro Deluxe:
How luxury lost its luster, Dana Thomas apontou o porquê do sucesso atual dos objetos de
luxo falsificados: “os consumidores não compram mais artigos de marcas de luxo pelo que
eles são, mas pelo que representam. E as falsificações bem feitas – aquelas que parecem
legítimas – hoje em dia representam socialmente a mesma coisa que os artigos legítimos.” A
cliente acima, como muitas outras consumidoras desprovidas de capital cultural, comprou a
carteira dela, bem como outros objetos de luxo falsificados que possui, para posicionar-se
socialmente.
Se as marcas participam ativamente da construção da nossa identidade e daquilo que
desejamos parecer, pode-se afirmar, nesse caso, que as suas imitações não participam da
formação de uma identidade legítima e autêntica, particularmente para os segmentos de
pessoas em que o capital cultural é um valor essencial em suas vidas. Para os demais, os
simulacros mais acessíveis, à venda na 25 de março e outros mercados, também alimentam
sua identidade social, orientada porém por outros valores distintos do que é o capital cultural.
Difícil estabelecer juízos de valor entre os dois caminhos. Ambos, de formas diferentes,
contribuem na constituição de projetos de felicidade desses dois estilos de consumidor.
Satisfação na hora da compra e no pós-compra
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Como pode ser deduzido, o sucesso de um produto ou serviços é satisfazer o cliente. Cliente
satisfeito é aquele que tem suas expectativas do pós-compra atendidas e superadas. Grande
parte das companhias hoje em dia se preocupa com a questão de satisfazer seus clientes,
prestando grande atenção na arte de manter o cliente, já que atrair novos pode custar até
cinco vezes mais do que manter aquele já existente.
“Satisfação é a resposta à completude do consumidor. É um julgamento de que uma
característica do produto/serviços ou o produto/serviços em si ofereceu (ou está oferecendo)
um nível prazeroso de completude relativa ao consumo, incluindo níveis maiores ou
menores de completude” (apud GASTAL, LUCE, 2005, p.2).
Para Kotler (1998, p.53), “satisfação é o sentimento de prazer ou desapontamento
resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação
às expectativas da pessoa”. As empresas de hoje em dia devem privilegiar, em primeira
instância, satisfazer o cliente por completo, pois é muito difícil que clientes satisfeitos
abandonem os locais que frequentam. Contudo, há uma difusão de pensamentos em relação
ao marketing. O departamento de marketing faz seu trabalho com o intuito de atrair novos
clientes, não desenvolvendo técnicas para satisfazer o cliente já existente. Entretanto,
deve-se lembrar que cliente insatisfeito, além de não retornar mais ao estabelecimento, irá
contar à outras pessoas a experiência ruim que obteve naquele local, fazendo uma
propaganda negativa da empresa e prejudicando, assim, sua imagem.
A mensuração da satisfação “é um processo e não um episódio”. Ela visa transformar
dados obtidos através dos consumidores em dados de decisão, aliando uma atitude de
melhoria ao desempenho à sobrevivência e lucratividades (MOTTA, 1991, p.1). Assim,
pode-se dizer que administrar reclamações é fundamental para criação de laços duradouros
entre empresa e cliente.
Pode-se considerar isso como uma ótima ferramenta para manter o cliente fiel à empresa.
Contudo, vale ressaltar que a má administração desta poderosa cartada pode gerar o
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chamado “duplo desvio” onde a empresa falha duas vezes a tentar satisfazer o cliente. A
primeira é que a empresa gerou o problema da reclamação e a segunda, o problema não é
solucionado (PIZATTI e FERNANDES, 2005). Portanto, deve-se tomar muito cuidado ao
trabalhar com “ferramentas mágicas” para satisfazer, pois caso saia algo errado, a perda será
muito maior do que parece.
Tendências, em sua definição, nada mais são do que previsões e especulações quanto ao
uso de determinada cor, tecido, estilos, manualidades, acessórios, aviamentos, etc.
Entretanto, estas previsões não são infundadas ou sem base. Elas são produto do ciclo da
moda. São os resultados do ritmo contínuo deste mercado e reflexo do interesse social no
mesmo.
As tendências são obtidas através da pesquisa de consumo, comunas de acordo, análise
de valores sociais, de desejos particulares dos consumidores, de criações inovadoras de
estilistas, de releituras de quadros históricos, etc. Uma tendência bem trabalhada pode
consagrar e focar uma infinidade de coisas e valores: costumes e valores midiatizas,
consagração de ídolos e ícones, costumes étnicos, personagens, personalidades, cores e
formas determinadas pelo sentido.
O objetivo do emprego de determinadas cores, texturas e formas nas roupas, levado por
uma tendência, é impressionar os sentidos, e educa-los a sentir as emoções impressas pelo
conjunto. Daí o porquê de cores reflexivas ou memorativas (PORTAL DA MODA). O
emprego deverdes ao falar da natureza, rosas ao exaltar carinho, fetiches aos vermelhos e
carnais, são exemplos de cores memorativas.
Vale ressaltar que tendência é algo adaptativo. Ou seja, uma tendência pode se adaptar
em diferentes localidades, baseando-se em características homogêneas. Algo que nasce nos
Estados Unidos ou Europa pode facilmente ser transmitido no Brasil, caso o clima seja o
mesmo, a visão social quanto ao significado seja o mesmo do exterior, entre outros. É por
isso que existem os desfiles de moda. O desfile tem como foco trazer o externo para o
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interno. É a lógica de trazer algo das marcas americanas para o mercado nacional. Por isso,
Dior, Channel e outras marcas são consagradas do mercado de luxo possuem tanto “glamour”
no Brasil.
Com relação ao, Gloria Kalil (Livro Alô, Chics!;2004), coloca que “estilo são modos,
não as modas e modismo). A moda é uma proposta da indústria. O estilo é uma escolha
pessoal”.
Em sua definição, estilo é o modo como a pessoa se apresenta, afim de que esse modo
reflita sua identidade, ou seja, suas roupas, seu cabelo, acessórios, maquiagem, gestos e
modos transmitem um sinal que as outras pessoas vão identificar e perceber como você é e
como gostaria que fosse tratado. Em outras palavras, é algo pessoal, que reflete a
personalidade individual de cada um, sendo influenciado por qualquer coisa.
O estilo é a marca registrada de uma pessoa, quem tem a capacidade de se vestir e se
comportar adequadamente com seu estilo vai ser sempre lembrado e reconhecido pelo seu
visual característico, ou seja, pela sua personalidade. Seguindo esse raciocínio, pode-se
concluir que moda é algo efêmero e coletivo – pois depende de muitos seguidores – e estilo
é algo permanente e individual.
Vestuário Falso
Falsificação é o ato de copiar, reproduzir ou adulterar, sem autorização, documentos,
produtos ou serviços, de forma a obter vantagem econômica ou de status social. Além do
fato de driblar a boa-fé objetiva, a falsificação implica no não pagamento de impostos, sendo
tal prática conhecida como pirataria moderna.
Artigos e produtos constantemente falsificados incluem CDs, DVDs, uísque e bebidas
caras, joias, remédios, bolsas, perfumes, roupas e acessórios de grife, artigos esportivos,
obras de arte, entre outros. Além disso, no que diz respeito à falsificação, títulos de crédito,
títulos da dívida pública, cheques e dinheiro (em moedas ou em cédulas) podem ser objeto
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do crime de falsificação.
O papel-moeda moderno é produzido de forma a incluir elementos que dificultam a
falsificação do dinheiro, como marcas d’água e faixas holográficas. A nova família do real
brasileiro incorpora tais medidas de segurança.
Blusas, óculos de sol, sapatos e bolsas são os produtos falsificados e contrabandeados
preferidos de quem vende e4 de quem compra nesse mercado “paralelo”. Basta andar pela
cidade para encontrar nas esquinas, centros e comércios especializados, os produtos
similares e aos originais. O preço acessível e a sensação de ter algo “de marca” são atrativos
para os consumidores. No entanto, vender ou transportar esse tipo de produto é crime,
passível de pena correspondente a quatro anos de reclusão.
“Por ano, são apreendidos 3 milhões de mercadorias e mais de 1000 pessoas são
indiciadas por venda, distribuição, ou fabricação de produtos falsificados. Essas falsificações
chegam até o consumidor por existirem muitas vias de entrada, podendo ser terrestre, viárias,
hidroviárias, sendo as favoritas via embarcações ou caminhões” (GLOBO;2014).
Priceminister é uma loja online que conta com mais de 70 milhões de produtos em
catálogos de vendas, e para além da França, opera em países como Espanha, Bélgica e Suiça.
Segundo um estudo realizado pela empresa, o número de produtos falsificados anda na
ordem de 63% para os artigos relacionados com a indústria da moda, e 29% corresponde ao
setor de tecnologia. Para a empresa francesa, na área de tecnologia são os produtos da Apple
que sofrem mais alterações por terceiros. Outras empresas do mesmo ramo como a
Microsoft, Nokia, Nintendo e Sony também são objeto de falsificações por parte dos
vendedores mal intencionados.
Até o final de 2013, segundo pesquisa realizada pela jornalista Magali Moser, o
primeiro produto pirata mais consumido são CDs e DVDs, desde que a Federação do
Comércio do Estado do Rio de Janeiro iniciou estudos sobre o assunto, em 2006. Segundo a
pesquisa, 77% dos entrevistados compraram pelo menos um DVD. 76% comparam pelo
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menos um CD pirata. Só neste ano, mais de dois milhões de CDs e DVDs foram
apreendidos nas rodovias pela Policia Rodoviária Federal. Por outro lado, a compra destes
itens vem caindo por causa do aumento de download ilegal de filmes e músicas pela
internet.
Os óculos escuros falsificados são o segundo produto com maior índice de vendas. Um
dos principais problemas nestes óculos é a falta de proteção, nas lentes, para os raios
ultravioletas (UVA e UVB). Óculos de sol são muito utilizados no Brasil. De acordo com o
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), os óculos têm
registrado demanda crescente com o instrumento de proteção contra os efeitos nocivos do
sol no país, que tem altos índices de radiação. Apesar de recomendado por entidades ligadas
ao segmento de oftalmologia, o uso de óculos de sol pode ser perigoso nos casos em que as
lentes não oferecem uma proteção adequada, podendo causar até deficiência visual, segundo
o Procon-SP.
Em terceiro lugar, aparecem as roupas como produtos falsificados mais vendidos.
Um
dos riscos que roupas falsificadas trazem é a soltura de tintas, causando, por exemplo,
alergias ou doenças mais sérias aos consumidores. Além disso, em função da falta de
qualidade, um mau acabamento pode trazer dores ou incômodo à quem lhe usa. As roupas
que costumam ser aqlv de falsificações são: uniformes da ADIDAS e Nike, além de blusas e
calças de marcas de luxo como Diesel, Calvin Klein, entre outras.
Em quarto lugar, os calçados (em especial tênis) aparecem como os mais falsificados.
Sonho de consumo especialmente para adolescentes, as cópias grosseiras e malfeitas estão
por toda a parte. Porém, o tênis falso oferece riscos à saúde de quem os usa, pois segundo
especialistas podem causar lesões nos calcanhares, tornozelos, joelhos e coluna. Os
amortecedores de impacto dos tênis falsificados que são feitos de plástico e pouco flexíveis.
Como não dispõe de um sistema de amortecimento, todo o impacto no solo é transmitido
diretamente para as articulações do pé, aumento o risco de fraturas.
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Em quinto e último lugar dos mais falsificados, segundo pesquisa da Jornalista Moser
são os equipamentos eletrônicos, como máquinas fotográficas e celulares, junto com os
equipamentos para informática. O site conjunto da Associação brasileira das empresas de
Software (ABES) e Business Software Alliance (BSA) diz que, de cada dez programas
adquiridos ou baixados pela internet no Brasil, mais de cinco são obtidos ilegalmente. Uma
diminuição das atividades ilegais ligadas à pirataria poderia criar mais empregos e aumentar
a receita da indústria local.
O que muitas pessoas não ligam ou não possuem conhecimento é que os artigos
falsificados podem oferecer danos à saúde. Comprar óculos de sol falso, por exemplo, pode
prejudicar a visão, ou a compra de um tênis com a marca falsificada pode prejudicar os pés
na hora de andar, trazendo até problemas em longo prazo.
Além dos riscos para a saúde e da má, outra questão é a falta de garantia nos produtos
falsificados, os quais podem apresentar problemas em menos de 1 mês de utilização e não
consegue-se recuperar o dinheiro investido.
Nos últimos 5 anos, as empresas cujos produtos tiveram maior número de falsificações,
segundo a Priceminister, foram: Apple, Nike, Puma, Adidas, Microsoft, Nkia, Nintendo,
Sony,Diesel, Samsung, Adobe, Chanel, Lacoste e Calvin Klein. Segundo especialistas deste
assunto, os principais fatores que levam uma pessoa a consumir um objeto pirata são: o fato
de não ter dinheiro suficiente para comprar o objeto da marca original, mas tem o desejo de
mostrar para os outros que possui alto desta marca, se importando com o status social que
ela remete, normalmente não revelando sua não originalidade; outro fator é do consumidor
ter dinheiro, mas achar que não vale a pena gastá-lo se pode comprar um falsificado
“praticamente igual” esteticamente. No fundo, este consumidor não valoriza o bem, mas a
marca, e o faz de forma errada.
Sofisticação das Falsificações
LIBARDI, Nathália S.; LARUCCIA, Mauro M. O Mercado Pirata e seu Impacto aos seus Consumidores e às Marcas Legítimas.
Em seu blog, a jornalista Fernanda Marcial relata casos em quem os consumidores se
enganam ao adquirirem produtos os quais os qualificavam como “ de marca” e descobriram
que eram falsos.
“Quando uma alça da bolsa Yves Saint Laurent de Karineh Gurjian-Angelo arrebentou,
ela a levou a uma butique da grife. Em vez de consertá-la, o gerente lhe disse que a bolsa era
falsa.
Ele lhe mostrou vários sinais de que a bolsa não era autêntica, inclusive falhas no forro
e falta de impressão em relevo no fundo. Ela ficou mortificada.
"Eu me senti como se estivesse de volta à escola, na sala do diretor", disse
Gurjian-Angelo, fotógrafa novaiorquina que costuma fotografar acessórios e está
familiarizada com bolsas de luxo.
Ela havia se entusiasmado ao comprar a lustrosa bolsa preta YSL na eBay por US$ 300.
A descrição alegava que a bolsa era autêntica e as fotos mostravam etiquetas de preço, como
se tivesse sido comprada direto da grife.
Gurjian-Angelo foi vítima de uma nova geração de artigos de moda falsificados, que são
imitações muito mais convincentes dos produtos reais. Estão muito longe das cópias baratas,
com logotipos como "Prado" ou "Cucci", guardados em sacos de lixo e vendidos nas
esquinas para consumidores que sabem que estão comprando produtos falsos. Essas novas
mercadorias são feitas com materiais de alta qualidade, com zíperes e ilhoses ostentando o
nome da grife, e trazem carimbos que parecem indicar uma data e local adequados de
fabricação. E estão enganando até os compradores experientes.
Na internet, os vendedores podem facilmente criar sites que parecem legítimos, com
descrições e dimensões completas, bem como imagens de marketing e logotipos como os
dos sites que vendem os produtos autênticos. Eles também compram anúncios de
palavra-chave em ferramentas de busca como Google para atrair os compradores de
pechinchas, diz Fred Felman, diretor de marketing da MarkMonitor, firma que ajuda as
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empresas a proteger suas marcas.
Além disso, o preço dessas imitações vem aumentando, confundindo os clientes que
procuram artigos genuínos a um custo mais baixo. Mesmo assim, as falsificações mais caras
custam apenas uma fração do que custaria o produto verdadeiro. Gurjian-Angelo comprou
sua bolsa falsa por US$ 300. A versão YSL autêntica custa mais de US$ 1.500.
O mercado de segunda mão, em sites como eBay, onde Gurjian-Angelo comprou sua
bolsa, é onde muitos falsificadores vendem produtos de imitação para clientes desavisados.
A eBay afirma que combate as falsificações agressivamente, em parte por um programa
em que as grifes podem se registrar para receber ferramentas especiais para monitorar seus
itens. Quando as grifes identificam uma oferta como falsificada, ela é removida em questão
de horas, afirma a eBay. Ela também verifica independentemente seus milhões de ofertas em
busca de falsificações.
Em um comunicado, Dan Dougherty, consultor jurídico associado para propriedade
intelectual da eBay, afirmou: "Nos raros casos em que um item falsificado aparece no site,
os compradores estão cobertos e podem se candidatar a trocar por outras compras, através de
nossos programas de Proteção ao Comprador." Os programas permitem que os compradores
devolvam algo se não for o que o vendedor prometeu.
Gurijan-Angelo não tomou nenhuma medida em relação a sua bolsa falsa. "Estava
traumatizada demais", disse.
Alguns fabricantes estão reagindo, incorporando dispositivos de segurança ocultos em
seus produtos e vasculhando a web para identificar sites não autorizados e tentar impedir
que vendessem seus produtos.
A Câmara de Comércio Internacional estima que o valor dos produtos falsificados e
pirateados em todo o mundo atinge cerca de US$ 600 bilhões, e sua projeção é que esse
número dobre até 2015. No ano passado, agentes dos Estados Unidos realizaram cerca de
20.000 apreensões de mercadorias que infringiam direitos de propriedade intelectual, um
LIBARDI, Nathália S.; LARUCCIA, Mauro M. O Mercado Pirata e seu Impacto aos seus Consumidores e às Marcas Legítimas.
aumento de quase 34% em relação a 2010, segundo relatório do governo.
Os calçados são o principal produto apreendido, segundo o governo. Roupas e bolsas
ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente.
Antes de comprar uma bolsa que achava que era Chanel vintage em uma loja local de
segunda mão, Vickie Laliotis, estudante e blogueira de moda, a examinou com cuidado. O
produto tinha o nome da empresa e o fecho frontal mostrava os Cs entrelaçados que são a
assinatura da grife. Laliotis até cheirou a bolsa vermelha acolchoada para ver se o aroma era
de couro verdadeiro.
Convencida de que o produto era genuíno, Laliotis pagou mais de US$ 100 pela bolsa.
"Pensei: por que eles haveriam de fazer uma falsificação com um couro tão bom?", disse a
jovem de 27 anos, residente na cidade canadense de Victoria, Colúmbia Britânica. Mais
tarde, Laliotis deduziu a partir do forro e outros sinais que a bolsa era falsa, e a enfiou no
fundo do armário. "Não consigo usá-la. Eu me sentiria uma fraude", disse.
Uma bolsa Chanel acolchoada nova custaria mais de dez vezes o preço pago por Laliotis.
"Combater os produtos falsificados é uma grande preocupação", disse uma porta-voz da
Chanel em um comunicado, acrescentando que a marca dedica "consideráveis recursos
financeiros e humanos" para perseguir os produtores de mercadorias falsas. A empresa
admite que "alguns artigos de couro falsificados realmente se parecem muito com os
genuínos". Segundo ela, a única maneira de garantir que uma bolsa seja uma Chanel
verdadeira é comprá-la diretamente da Chanel ou de seus revendedores autorizados.
Dois terços dos bens falsificados apreendidos por agentes americanos no ano passado
procedem da China, que tem um contingente considerável de mão de obra altamente
qualificada e é, cada vez mais, o país onde se fabricam bens de luxo legítimos.
As vendas on-line de produtos falsificados tornam a luta muito mais complexa do que
era antes, diz Thomas Onda, consultor chefe de propriedade intelectual da Levi Strauss &
Co. Em vez de vasculhar os mercados de pulgas e invadir lojas de varejo, as grifes precisam
Revista Diálogos Interdisciplinares, 2014, vol. 3, n°.3, (Edição Especial). ISSN 2317-3793
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pesquisar constantemente a web. "Tentar monitorar a internet é uma tarefa hercúlea", disse
ele.
A grande fabricante de jeans tem uma equipe de 40 funcionários no mundo inteiro
investigando sites não autorizados que vendem seu produto. Quando uma intimação judicial
não basta, a empresa inicia uma ação litigiosa contra o hospedeiro do domínio do site. Mas
tirar um site do ar não significa retirar o produto do mercado, disse Onda. Muitas vezes o
comerciante simplesmente cria um novo site com outro domínio.
Para combater o problema, mais marcas vêm acrescentando dispositivos de autenticação
em suas mercadorias. A Levi's está pesquisando um novo tipo de tecnologia de rotulagem
para ajudar a identificar seus produtos, mas Onda não quis dar detalhes. A marca de jeans de
luxo True Religion Apparel Inc. coloca um dispositivo de segurança em cada par de jeans
que fabrica, disse Deborah Greaves, consultora jurídica e de segurança. Tanto Onda como
Greaves não quiseram dar detalhes, citando sua preocupação em não prejudicar os esforços
de segurança.
Na Chanel, a empresa controla cada parte do processo de produção de uma bolsa
utilizando um número único, tal como o número de identificação de um carro novo, que
depois é impresso em um cartão que acompanha a bolsa, disse uma porta-voz.
Para o consumidor, os dispositivos só são úteis se o produto for levado para verificação
em algum lugar, como uma butique da própria grife.
Benefícios e Malefícios da Falsificação para as Legítimas Marcas
Um dos pontos a serem abordados no presente trabalho é se a falsificação de produtos de
vestuário e acessórios, de alguma forma, beneficiam as marcas legítimas. Em uma pesquisa
realizada em Abril de 2013 pela Autora Suzanna Strehlau, foi identificado que o único (e
talvez significativo) benefício para as legítimas marcas que têm seus produtos falsificados é
o fato da importância da marca ao ser reconhecida como muito desejada aos consumidores e,
LIBARDI, Nathália S.; LARUCCIA, Mauro M. O Mercado Pirata e seu Impacto aos seus Consumidores e às Marcas Legítimas.
por isso, realizarem “cópias” destas para a comercialização, pois parte-se do pressuposto que
a marca só é falsificada se há muita demanda por esta. Além disso, se um maior número de
pessoas circula pelas ruas com este produto, este pode ser visto (e “apreciado) com maior
frequência, pois a marca legítima restringe o número de consumidores em função do alto
valor de seus produtos.
Em contra partida ao parágrafo acima, a pesquisa de Suzanna Strehlau também relata
pontos negativos da falsificação de produtos de vestuário e acessórios das marcas luxuosas,
como por exemplo: o fato do acesso à todos os públicos de, por exemplo, uma bolsa da
Louis Vuitton, pode não agradar os consumidores da marca legítima, os quais apreciam a
utilização restrita deste acessório apenas para pessoas com alto poder de compra, e como os
produtos não legítimos possuem um preço significativamente menor, pessoas das classes B e
C também possuem poder aquisitivo para obter este mesmo acessório (aparentemente muito
parecido, porém “pirata”).
Outro ponto prejudicial à imagem da marca é que alguns produtos podem não se parecer
exatamente com o produto real, por exemplo se o símbolo da marca estiver distorcido, o
tecido diferente do verdadeiro, ou produzirem estampas que a própria marca não produz, e
não serem aceitas de forma positiva por fugirem do estilo da marca. Como nem todos os
produtos falsificados são reconhecíveis, muitas pessoas podem circular com estes produtos
com características distintas da marca real e esta ser “queimada” no mercado.
Considerações Finais
O mercado de luxo é um dos principais a terem suas marcas falsificadas, principalmente em
função da possibilidade de uma pessoa com baixo poder aquisitivo de poder comprar uma
peça de uma marca cara e famosa por um valor acessivo. Entretanto, estas peças costumam
ter uma qualidade inferior às legítimas, por serem produzidas com outros materiais muito
mais baratos, mas aparentam serem idênticas aos produtos reais, o que leva ao maior
Revista Diálogos Interdisciplinares, 2014, vol. 3, n°.3, (Edição Especial). ISSN 2317-3793
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consumo de produtos piratas.
Além de a qualidade ser inferior, em alguns casos estes produtos podem trazer danos à
saúde dos consumidores, como por exemplo, óculos escuros falsificados (os quais não
protegem dos raios ultravioleta e forçam a visão de quem lhes usa), tênis falsificados que
não possuem os mesmos amortecedores e estrutura da marca legítima, entre outros. Muitos
dos seus consumidores acreditam que o “status” que estes produtos lhes trazem, por serem
marcas ostentadas e de caras, compensa qualquer imperfeição/danos á saúde/probabilidade
de defeito que estes podem trazer aos consumidores.
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