Aula 1: Introdução – Inovação e Design DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS No design, muito se discute as formas e idéias em prol da função. Por mais bela que seja uma peça, não estará completa se não cumprir sua função principal, que é comunicar algo, se a área for comunicação visual. Às vezes, essas formas e idéias são restringidas em função de uma comunicação mais clara e eficaz. Mas, quando você pode fazer uma associação entre formas e comunicação, o resultado pode ser satisfatório e interessante. Os fabricantes de remédios patenteados e produtores de tabaco dos Estados Unidos foram os pioneiros na utilização das marcas. No início de 1800, os fabricantes tinham fardos de tabaco embalados com rótulos como Smith’s Plug e Brown e Black’s Twist. Na década de 1850, muitos produtores de tabaco reconheceram que nomes mais criativos como: Cantaloupe, Rock Candy, Wedding Cake e Lone Jack; eram úteis para vender seus produtos de tabaco. Na década de 1860 eles começaram a vender suas mercadorias acondicionadas em saquinhos, diretamente aos consumidores. Embalagens de aparência atraente também passam a ser consideradas importantes e, como resultado, foram desenhados símbolos, figuras e elementos decorativos nos rótulos. Inovação e Design Caminho da Inovação Preparar + Descobrir + Criar Prototipar + Entregar Tem que ser um empreendedor com competência para propor soluções criativas e inovadoras, ser transformador do mercado agregar valores e novas tecnologias, propostas originais que dizem respeito e ergonomia ao produto final. Domine um Briefing O briefing é um conjunto de informações e instruções fundamentais para desenvolver um trabalho de comunicação. É o ponto de partida de um projeto. O cliente expõe o problema a ser resolvido e os fatores que condicionam sua resolução. Estabeleça objetivos claros para a sua empresa, todo o seu trabalho de comunicação só deverá existir para ajudá-lo a alcançar esses objetivos. "Uma boa marca não é, necessariamente, a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante. Por onde começar um projeto de Identidade Visual O primeiro passo é bater um longo papo com quem está encomendando o projeto. Não o subestime, ele pode não saber traduzir muito bem o que quer mas, provavelmente, entende mais do seu negócio do que ninguém. Ele o vivência vinte e quatro horas por dia. Para facilitar, um questionário básico. Ele poderá ser ampliado ou reduzido segundo a complexidade do projeto e, é claro, a vivência de cada um. Pode também ser adaptado para produtos ou serviços. Briefing 1. Qual o objetivo do projeto? 2. Qual o tipo de negócio da empresa? 3. O que vende ou que tipo de serviço presta? 4. Qual o seu posicionamento mercadológico? Qual o tipo de conceito a ser passado a seus públicos? 5. Que público é esse? 6. Qual o tamanho do negócio (faturamento, número de funcionários)? 7. Está associado a algum grupo? Isso deverá ficar explícito no projeto? 8. Qual a sua posição em relação à concorrência hoje? 9. Como acha que será esta posição daqui a uns três anos? 10. Pretende alguma alteração de mercado em termos de negócio? 11. E em termos geográficos? 12. Quais os itens prováveis nos quais a identidade visual irá se manifestar? 13. Quais os meios prováveis de reprodução dos elementos institucionais? Pesquisa É o levantamento de dados. Conceituação/Solução A partir da compreensão do problema, são propostas uma diretriz conceitual. Desenvolvimento É o momento em que diretrizes propostas e aprovadas vão enfrentar o problema em todas as suas escalas e minúcias. Produção Momento em que o trabalho se transforma e um produto concreto e as intenções do designer ganham existência material, ou seja, impressos e recursos técnicos, relacionados às mídias envolvidas no projeto. Ergonomia é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema. Aplica-se teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global dos sistemas, contribuindo para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. O objeto que tem que adaptar a pessoa. Ex.: squeeze As respostas a estas perguntas irão formar um tipo básico do público-alvo visado, propiciando o conhecimento de uma série de signos que teremos que manipular adequadamente, para estabelecer com essas pessoas um nível ideal de comunicação. Conquiste o seu público. Uma campanha de publicidade deve atender às expectativas, pessoais ou profissionais. Um bom anúncio deve ter o objetivo de chamar a atenção do público, de "desarmá-lo", de emocioná-lo ou de fazê-lo rir. Quando faço um anúncio, não quero que o cliente ache apenas criativo, mas que o considere tão interessante que vá comprar o produto". A VALORIZAÇÃO DAS MARCAS O homem se utiliza das marcas há séculos. Sua motivação era de identificar objetos pessoais e de modo que estes pudessem ser reconhecidos. COMO ANALISAR SE O DESENHO DE UM LOGOTIPO OU SIMBOLO É BOM A partir do questionário básico respondido pelo Cliente, vários fatores devem ser considerados. Destaco alguns. Conceito O desenho é compatível com o conceito que deve ser transmitido? Legibilidade O desenho tem características óticas perfeitas? Personalidade Ele é original? Irá se destacar em meio à sua concorrência? Contemporaneidade O desenho será ainda bom daqui a uns três ou cinco anos ou está relacionado a algum modismo gráfico? Pregnância É fácil sua memorização? Uso O desenho é compatível com as aplicações pretendidas em termos de processos e custos? Uma marca forte passa a ser fator determinante do sucesso de um produto e de uma companhia. As marcas podem ter tamanha força que chegam a ultrapassar barreiras geográficas e seu sucesso independe da publicidade. Os designers de todo o mundo utilizam de dezenas de recursos para garantir uma comunicação eficaz. O mais evidente de todos é a COR. Experiências realizadas por psicólogos demonstram que as cores se relacionam diretamente com a emoção. Uma atenção deve ser dada nos projetos de identidade visual. Investigar as cores da concorrência. Se o projeto viera ter uma circulação internacional, essa pesquisa deve ser bem mais cuidadosa, porque os significados e preferências pelas cores costumam variar conforme as culturas. Ex.: suco de laranja Cuidado também com o modismo. Cores cítricas e outras, costumam entrar, e sair. Se seu projeto for ser usado por muito tempo, seja crítico em sua escolha. VERMELHO Ação, Atenção, Fogo, Poder, Seduz, Encoraja, Envolve, Amor, Provoca, Dinâmica, Guerreira, Sinalização Muito utilizado na indústria alimentícia em embalagens de produtos altamente calóricos e de consumo imediato. É uma cor que estimula a necessidade fisiológica de fome. AMARELO Luz, Acidez, Brilho, Cuidado, Eternidade, Ouro, Sofisticação, Riqueza, Dominação, Poder, Felicidade Por ser gritante e causar desconforto, na indústria alimentícia o amarelo é normalmente utilizado junto da cor vermelha. É uma cor que encoraja o ser humano a agir. VERDE Paz, Siga, Frescor, Acalma, Aprovação, Tranquiliza, Tonifica Na indústria alimentícia, o verde é normalmente utilizado para remeter a produtos saudáveis e não industrializados. Também é utilizado em embalagens de produtos de limpeza pois passa a sensação de frescor. AZUL Água, Frio, Aconchego, Razão, Verdade, Lógica, Limpeza, Técnologia, Equilibrio, Nobreza Muito utilizado em embalagens de sabão em pó pois provoca a sensação de higiene e frescor. Também utilizado em materiais de comunicação corporativa pois representa credibilidade. Dê ao seu produto uma identidade própria, como um nome, um conceito, um slogan ou uma qualidade que o destaque em relação a concorrência. Destaque seu produto da concorrência O ponto-de-venda, o lugar onde o público fará a escolha. Portanto, o layout deve diferenciar os seus produtos dos concorrentes e atrair a atenção dos consumidores para fazê-los comprar. Criar uma linguagem visual forte e objetiva garante a rápida identificação do produto no mercado e no ponto de venda. Quanto mais coerentes forem as mensagens transmitidas pela marca, mais fácil será sua assimilação pelos consumidores. Mais sentido essa marca fará na cabeça deles. Maior credibilidade ele terá por esta marca. Mais importante que a compra de um determinado produto é sua re-compra. Dependendo do tipo de negócio, custa de 6 a 10 vezes mais conquistar do que manter um consumidor. Assim, normalmente 90% dos lucros vêm das repetições de compra. Nem só de publicidade vivem as marcas. Outros fatores também são responsáveis por formar e fortalecer a imagem da marca e estes não devem ser desprezados. O caminhão da empresa, o atendimento no SAC, o uniforme dos funcionários, suas instalações, responsabilidade social, etc; também são ferramentas de construção e comunicação de uma marca. As marcas precisam construir a fidelização e credibilidade com seus consumidores. Assim será possível gerar mais negócios com este consumidor satisfeito. Anuncie seu endereço eletrônico em todas as mídias que você usar. É uma maneira de interagir com o cliente. Os consumidores também são multiplicadores da imagem da marca no mercado. A comunicação deve ser voltada para nichos de mercado, com as quais o público-alvo se identifica. O consumidor diz mas faz o que sente! o que pensa, MARCAS DE LUXO Estes consumidores representam 0,27% da população brasileira e buscam exclusividade, qualidade, prazer, tradição e serviços impecáveis. Em se tratando de marcas de luxo, o fator decisor na hora da compra é a emoção e não o produto em si. Em outras palavras, a tendência é de que o luxo deixe de ser um símbolo de status social e passe a ser encarado como um símbolo de desenvolvimento, evolução individual e de escolha pessoal. Esta tendência pode ser percebida tanto no Brasil quanto no exterior. O Brasil vive um momento bastante positivo no que diz respeito à identidade, criatividade, profissionalização e reconhecimento do País em todo o mundo. O segredo do sucesso. A diversidade cultural e as riquezas naturais fazem do Brasil uma marca de sucesso no mundo. O brasileiro é hospitaleiro, se esforça para falar a Língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem. Assim, aumentam as associações do luxo com conscientização ecológica, segurança e diversidade cultural. Bibliografia: ABRE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA EMBALGEM, www.abre.org.br