CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO - Relatório e Contas

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CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO-FEI
Fundo Especial de Investimento Aberto
RELATÓRIO & CONTAS
1º SEMESTRE 2007
ÍNDICE
AMBIENTE MACROECONÓMICO E MERCADOS FINANCEIROS
2
A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FIM EM PORTUGAL
4
RELATÓRIO DE GESTÃO
5
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
6
EM ANEXO:
RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO
Caixagest Valor Absoluto-FEI
AMBIENTE MACROECONÓMICO E MERCADOS FINANCEIROS
A actividade económica mundial continuou a revelar no primeiro semestre de 2007, em termos globais,
uma taxa de expansão elevada. Enquanto a zona euro e o Reino Unido continuaram a crescer acima
do potencial, a actividade económica nos EUA revelou uma aceleração apenas no segundo trimestre.
O agravamento de volatilidade a que se assistiu, ainda no primeiro trimestre, impulsionado pelos
receios de um forte arrefecimento da economia chinesa, e pelas dúvidas em torno do impacto que
deverá ter o abrandamento do mercado habitacional / actividade de construção nos EUA, não foi
suficiente para alterar a retórica dos bancos centrais daqueles blocos económicos. Os elevados níveis
de capacidade utilizada, corroborados igualmente pela contínua tendência de descida do desemprego,
permitiram justificar os receios demonstrados com uma possível subida de inflação no futuro, embora
esta tenha permanecido, de uma forma global, bastante contida.
A melhoria dos indicadores económicos continuou particularmente visível na União Económica e
Monetária. A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de decretar mais dois aumentos da taxa
directora em Março e Junho, acabou, contudo, por não surpreender os investidores, os quais
assistiram, ainda, a uma alterações em alta das estimativas do banco central para o crescimento quer
em 2007, quer em 2008.
Nos EUA, os indicadores respeitantes ao mercado de habitação permaneceram negativos. As vendas
de novas casas mantiveram uma tendência de forte descida, contribuindo para que o investimento
residencial permanecesse negativo. Apesar disso, os números relativos ao consumo privado
continuaram muito positivos, impulsionados, provavelmente, pela contínua descida do nível de
desemprego.
No Japão, sublinhe-se o facto do crescimento económico, ainda respeitante ao primeiro trimestre de
2007, ter voltado a conhecer um arrefecimento, devido a uma variação negativa do investimento
privado. A inflação voltou, entretanto, a revelar um crescimento negativo, numa base homóloga,
contribuindo desta forma para que o BoJ optasse por não decretar qualquer acréscimo dos juros
directores.
Ainda relativamente à Ásia, destaque para a China. A economia continuou a apresentar uma expansão
sólida. Relatórios respeitantes ao consumo, actividade industrial e crescimento das exportações
apresentaram, sem excepção, ganhos acima do previsto, dando origem a mais dois acréscimos das
taxas de juro directoras por parte do respectivo banco central.
Em Portugal, o crescimento económico, referente ainda aos primeiros três meses do ano, registou o
maior ganho do último ano, impulsionado sobretudo pelo investimento privado, logo seguido pelo
consumo das famílias. Ainda assim, a taxa de desemprego manteve a tendência de acréscimo
evidenciada ao longo dos últimos anos, tendo mesmo atingido o valor mais elevado das últimas
décadas. Depois da trajectória de subida de 2006, a confiança dos consumidores permaneceu
estagnada durante o segundo trimestre. O crescimento dos preços no consumidor, em termos
RELATÓRIO&CONTAS 1ºS 2007
2
Caixagest Valor Absoluto-FEI
homólogos, deu a conhecer ao longo do período em análise uma variação em torno dos 2.5%, ainda
assim o melhor comportamento dos últimos dois anos.
O mercado de acções europeu manteve, durante praticamente todo o primeiro semestre de 2007, um
registo de valorização, mantendo desta forma intacta a tendência de subida dos últimos anos. Os
principais índices bolsistas alcançaram, em alguns casos novos máximos. A subida de mercado
continuou, por um lado, a ser impulsionada pelo bom momento de crescimento económico que
continua a caracterizar a economia mundial, por outro, pelos bons resultados das empresas que foram
sendo divulgados, respeitantes ainda ao primeiro trimestre, tanto nos EUA, como na Europa.
Simultaneamente, a actividade de M&A e de Private Equity permaneceu muito forte. No final do mês de
Junho, assistimos a um aumento da volatilidade, explicado pelo reajustamento em alta dos níveis de
aversão ao risco.
Com uma valorização de 19.5%, o mercado accionista português conheceu uma performance superior
aos principais mercados europeus, apenas ultrapassado pelo mercado espanhol.
RELATÓRIO&CONTAS 1ºS 2007
3
Caixagest Valor Absoluto-FEI
A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FIM EM PORTUGAL
Durante o primeiro semestre de 2007, o mercado de fundos de investimento mobiliário português
voltou a registar uma taxa de crescimento positiva. O valor dos activos geridos pelo conjunto das
sociedades gestoras portuguesas aumentou 3,5%, para 30.144 Milhões de Euros (M€).
Este crescimento centrou-se fundamentalmente nos Fundos de Acções e nos Fundos Especiais de
Investimento (FEI) que registaram aumentos de 716M€ e 499M€, respectivamente.
MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS PORTUGUÊS
FEI
35.000 €
PPA e PPR
30.000 €
25.000 €
20.000 €
15.000 €
10.000 €
Milhões de euros
Capital Garantido
5.000 €
Acções Internacionais
Acções Nacionais
Fundos de Fundos
Mistos
Obrigações
Tesouraria
0€
2003
2004
2005
2006
2007-1ºSEM.
Fonte: Apfipp
No que concerne a variações negativas, a maior diminuição registou-se nos Fundos de Tesouraria que
baixaram 283 M€, seguidos dos Fundos de Fundos que desceram 215M€.
O lançamento de novos fundos foi particularmente dinâmico na primeira metade 2007, tendo sido
constituídos 21 novos fundos, maioritariamente Fundos Especiais de Investimento, e extintos apenas 4
Fundos, elevando assim para 280, o número de fundos mobiliários portugueses.
No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras de fundos mobiliários geriam 87% do volume de
Fundos portugueses. A Caixagest, em particular, consolidou a posição de líder de mercado ao atingir
uma quota de 23,46%.
O volume de fundos estrangeiros subscrito em Portugal durante o primeiro trimestre de 2007,
aumentou +9% para 1082 milhões de euros; sendo os bancos electrónicos as principais entidades
comercializadoras destes fundos.
RELATÓRIO&CONTAS 1ºS 2007
4
Caixagest Valor Absoluto-FEI
RELATÓRIO DE GESTÃO
Caracterização do Fundo
O Fundo Caixagest Valor Absoluto-FEI iniciou a sua actividade como Fundo Especial de Investimento
Aberto em 4 de Outubro de 2006. Sendo comercializado na CGD, este Fundo destina-se a investidores
que pretendem fazer aplicações a longo prazo superiores a 1.000 €, com capitalização dos rendimentos
gerados e distribuição no final do terceiro ano.
O Fundo adopta uma política de investimento que tem como objectivo a distribuição de um rendimento,
com um mínimo de 3%, que resulta da participação em 50% da variação média mensal acumulada de
um cabaz de fundos de acções da Caixagest (Acções Europa, Acções Portugal e o Acções EUA) em
valor absoluto. O fundo efectuará sempre uma distribuição de rendimentos ao investidor, quer a
Variação do Cabaz seja positiva ou negativa.
Estratégia de Investimento
Com o objectivo de dar cumprimento à garantia inerente à política de investimento, o Fundo mantém em
carteira um conjunto de obrigações de dívida, emitidas pela Caixa Geral de Depósitos ao abrigo do
programa European Medium Term Notes (EMTN) com maturidade coincidente com a data de liquidação
do Fundo e que asseguram um rendimento associado à rentabilidade do cabaz de referência.
Avaliação do desempenho
No 1º semestre de 2007, o valor da carteira do Fundo Caixagest Valor Absoluto-FEI ascendia a
48.645.067€, distribuídos por 9.800.000 unidades de participação.
RELATÓRIO&CONTAS 1ºS 2007
5
Caixagest Valor Absoluto-FEI
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
RELATÓRIO&CONTAS 1ºS 2007
6
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO
"CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO"
BALANÇO EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
ACTIVO
CARTEIRA DE TÍTULOS
Obrigações:
Obrigações diversas
DISPONIBILIDADES
Depósitos à ordem
Notas
3 e 12
3
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Outros acréscimos e diferimentos
Total do Activo
Número total de unidades de participação
em circulação
1
Activo
bruto
Mais-valias
Menos-valias
48.911.800
-
89.671
-
230
-
49.001.701
-
Activo
líquido
(334.740)
-
(334.740)
48.577.060
CAPITAL DO FUNDO E PASSIVO
CAPITAL DO FUNDO
Unidades de participação
Resultados transitados
Resultado líquido do período
Nota
1
1
1
49.000.000
(2.108.342)
1.753.409
48.645.067
89.671
230
48.666.961
9.800.000
O anexo faz parte integrante deste balanço.
TERCEIROS
Comissões a pagar
Outras contas de credores
17.528
4.366
21.894
48.666.961
Total do Capital do Fundo e do Passivo
Valor unitário da unidade de participação
1
4,9638
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO
"CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO"
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA O PERÍODO DE SEIS MESES FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
CUSTOS
CUSTOS E PERDAS CORRENTES
Comissões:
Outras, de operações correntes
Perdas em operações financeiras:
Na carteira de títulos
Impostos sobre o rendimento
CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS
Perdas imputáveis a exercícios anteriores
Resultado líquido do período
Notas
PROVEITOS
15
11.664
9
85.491
3.229
100.384
PROVEITOS E GANHOS CORRENTES
Juros e proveitos equiparados:
Outros, de operações correntes
Ganhos em operações financeiras:
Na carteira de títulos
1.569
1.852.242
1.853.811
18
1.753.409
1.853.811
O anexo faz parte integrante desta demonstração.
1.853.811
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO
"CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO"
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO DE SEIS MESES FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO
Recebimentos:
Subscrições de unidades de participação
Pagamentos
Resgates de unidades de participação
Fluxo das operações sobre as unidades do Fundo
OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE
Recebimentos:
Juros de depósitos bancários
Fluxo das operações de gestão corrente
503.395
(503.395)
-
1.212
1.212
Saldo dos fluxos monetários do período
1.212
Depósitos à ordem no início do período
88.459
Depósitos à ordem no fim do período
89.671
O anexo faz parte integrante desta demonstração.
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO “CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO”
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
INTRODUÇÃO
O Fundo Especial de Investimento Aberto “Caixagest Valor Absoluto” (adiante igualmente designado por
“Fundo”) foi autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 31 de Agosto de 2006. Este Fundo
foi constituído por um período de 3 anos, com início em 2 de Outubro de 2006 e liquidação no dia 2 de Outubro
de 2009.
Nos termos do regulamento de gestão do Fundo, este garante ao participante o capital inicialmente investido,
acrescido de 50% da média simples, em valor absoluto, das valorizações de um cabaz de três fundos de
investimento mobiliário, apuradas mensalmente durante a duração do Fundo com um limite mínimo de 3% (no
final do período de 3 anos) e sem limite máximo.
Os fundos de investimento mobiliário que compõem o cabaz e o seu respectivo peso, é o seguinte:
Fundo
Peso
Caixagest Acções Portugal – Fundo de Acções
Caixagest Acções Europa – Fundo de Acções
Caixagest Acções EUA – Fundo de Acções
33,33%
33,33%
33,33%
O património inicial do Fundo é constituído por cinco emissões de obrigações de dívida emitidas pela Caixa
Geral de Depósitos, S.A. (CGD) ao abrigo do seu programa de European Medium Term Notes (EMTN) com
maturidade coincidente com a data de liquidação do Fundo e rendimento ajustado aos objectivos do Fundo.
O Fundo poder deter outras obrigações emitidas pela CGD, com rendimento ajustado aos objectivos descritos
anteriormente, bem como outros activos de curto prazo, nomeadamente bilhetes do tesouro, certificados de
depósito, depósitos bancários, papel comercial, fundos de investimento de tesouraria e aplicações nos mercados
interbancários.
O Fundo é administrado, gerido e representado pela Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.. As
funções de banco depositário são exercidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A..
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Fundo, mantidos de
acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade, na sequência da
competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 252/03, de 17 de Outubro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Organismos de
Investimento Colectivo. As notas cuja numeração se encontra ausente não são exigidas para efeitos do anexo
às contas semestrais, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras
anexas.
1.
CAPITAL DO FUNDO
O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, com características iguais, as
quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcional ao
número de unidades que representam.
1
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO “CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO”
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
O movimento ocorrido no capital do Fundo, durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de
2007, apresenta o seguinte detalhe:
Saldos em
31.12.2006
Valor base
Diferença para o valor base
Resultados transitados
Resultado líquido do período
Número de unidades de
participação em circulação
Valor unitário da
unidade de participação
Subscrições
Resgates
Transferências
Resultado
líquido do
período
Saldos em
30.06.2007
(2.108.342)
2.108.342
-
1.753.409
1.753.409
49.000.000
(2.108.342)
1.753.409
48.645.067
49.000.000
(2.108.342)
46.891.658
514.460
(11.065)
503.395
(514.460)
11.065
(503.395)
9.800.000
102.892
(102.892)
-
-
9.800.000
4,7849
4,8925
4,8925
-
-
4,9638
O valor líquido global do Fundo, o valor de cada unidade de participação e o número de unidades de
participação em circulação no último dia de cada mês do semestre findo em 30 de Junho de 2007, foi o
seguinte:
Meses
Valor líquido
global do Fundo
Valor da
unidade de participação
Número de unidades de
participação em circulação
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
47.417.207
47.594.498
47.506.719
48.037.336
48.535.790
48.645.067
4,8385
4,8566
4,8476
4,9018
4,9526
4,9638
9.800.000
9.800.000
9.800.000
9.800.000
9.800.000
9.800.000
Em 30 de Junho de 2007, o número de participantes em função do Valor líquido global do Fundo,
apresenta o seguinte detalhe:
Entre 2% e 5%
Entre 0,5% e 2%
Até 0,5%
1
2
3.005
-------3.008
====
Total de participantes
3.
CARTEIRA DE TÍTULOS
Em 30 de Junho de 2007, a carteira de títulos apresenta a seguinte composição:
Custo de
aquisição
Valores mobiliários cotados:
Mercado de Bolsa de Estados Membros UE
Obrigações diversas
CX.VAL.ABSOLUTO/9 B1
9.782.360
CX.VAL.ABSOLUTO/9 B2
9.782.360
CX.VAL.ABSOLUTO/9 B3
9.782.360
CX.VAL.ABSOLUTO/9 B4
9.782.360
CX.VAL.ABSOLUTO/9 B5
9.782.360
48.911.800
2
Mais
valias
Menos
valias
-
(66.948)
(66.948)
(66.948)
(66.948)
(66.948)
(334.740)
Valor de
mercado
9.715.412
9.715.412
9.715.412
9.715.412
9.715.412
48.577.060
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO “CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO”
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
O movimento ocorrido na rubrica de disponibilidades, no período de seis meses findo em 30 de Junho de
2007, foi o seguinte:
Depósitos
à ordem
Saldo em 31 de Dezembro de 2006
. Aumentos
. Reduções
88.459
1.212
---------89.671
=====
Saldo em 30 de Junho de 2007
Em 30 de Junho de 2007, os depósitos à ordem (todos denominados em Euros) encontram-se domiciliados
na CGD, vencendo juros à taxa anual bruta de 3,97%.
4.
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras,
foram as seguintes:
a)
Carteira de títulos
As compras de títulos são registadas, na data da transacção, pelo seu valor efectivo de aquisição.
Os títulos em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, de acordo com as seguintes regras:
i)
Os valores mobiliários admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num
mercado regulamentado e com transacções efectuadas nos últimos 15 dias, são valorizados à
cotação de fecho fornecida pelas entidades gestoras do mercado onde os valores se encontram
admitidos à cotação e captados através da NetBolsa (mercado nacional), da Reuters e da
Bloomberg (mercados estrangeiros);
ii)
Os valores mobiliários cotados sem transacções nos últimos 15 dias e os não cotados são
ambos valorizados à melhor oferta de compra fornecida pelos market makers do mercado,
através da Reuters e da Bloomberg;
iii)
Se os valores mobiliários forem cotados em mais de uma bolsa, será considerado o preço
praticado no mercado que apresenta maior liquidez, frequência e regularidade de transacções.
As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas
anteriormente são reconhecidas na demonstração dos resultados do período nas rubricas de
“Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos”, por contrapartida das rubricas
“Mais-valias” e “Menos-valias” do activo.
b)
Valorização das unidades de participação
O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o valor líquido do património do Fundo
pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde
ao somatório das rubricas do capital do Fundo.
c)
Comissão de gestão e de depositário
A comissão de gestão e a comissão de depositário constituem um encargo do Fundo, a título de
remuneração de serviços a si prestados.
De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, estas comissões são calculadas diariamente, por
aplicação de uma taxa fixa anual de 0,024% para a comissão de gestão e para a comissão de
depositário, sobre o valor inicial do património do Fundo.
A comissão de gestão e a comissão de depositário só serão pagas no quinto dia útil subsequente à
data de liquidação do Fundo, através da aplicação das percentagens acima definidas, sendo
registadas na rubrica “Comissões – Outras, de operações correntes” da demonstração dos resultados,
por contrapartida da rubrica “Comissões a pagar”, do balanço.
3
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO “CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO”
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
d)
Rentabilidade para o participante
Tal como indicado na Introdução do presente anexo, o Fundo encontra-se estruturado por forma a
que na data da sua liquidação, o valor líquido do seu património corresponda ao capital investido
inicialmente, acrescido da rentabilidade garantida aos participantes, nos termos do regulamento de
gestão.
Por outro lado, os títulos em carteira são valorizados diariamente ao valor de mercado fornecido pela
CGD e divulgado em página específica da Reuters, o qual, ao longo do prazo de vida do Fundo, pode
divergir da rentabilidade garantida ao participante.
Em 30 de Junho de 2007, esta situação conduziu a uma subavaliação do valor líquido do património
do Fundo em 2.187.360 Euros, face ao que resultaria da valorização do mesmo caso se procedesse
ao seu encerramento nesta data, o que representa uma redução do valor unitário da unidade de
participação de 5,1870 Euros para 4,9638 Euros.
e)
Taxa de supervisão
A taxa de supervisão devida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários constitui um encargo da
Sociedade Gestora. Esta remuneração é calculada por aplicação de uma taxa sobre o valor global do
Fundo no final de cada mês. Em 30 de Junho de 2007, esta taxa ascendia a 0,03%o. Sempre que o
resultado obtido seja inferior a 200 Euros ou superior a 20.000 Euros, a taxa mensal devida,
corresponderá a um desses limites.
9.
IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Em conformidade com o Artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos de títulos de dívida,
que não sejam mais valias, obtidos fora do território português por fundos especiais de investimento
nacionais são tributados, autonomamente, à taxa de 20%.
Em 30 de Junho de 2007, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Impostos sobre o rendimento pagos em Portugal:
. Mais-valias da carteira
. Juros de depósitos à ordem
2.915
314
-------3.229
====
Em 30 de Junho de 2007, a rubrica de “Mais-valias da carteira” corresponde ao apuramento da retenção na
fonte de imposto decorrente da valorização dos activos do Fundo. Para efeitos deste apuramento, o Fundo
procede ao cálculo do imposto a liquidar relativo ao desconto na aquisição das obrigações, de forma linear
até à sua maturidade, assumindo que as mesmas permanecem em carteira até à data da sua liquidação.
12. EXPOSIÇÃO AO RISCO TAXA DE JURO
Em 30 de Junho de 2007, os prazos residuais até à data de vencimento dos títulos de taxa fixa,
apresentam a seguinte composição:
Valor de
mercado
Maturidade
De 1 a 3 anos
48.577.060
=========
4
FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO ABERTO “CAIXAGEST VALOR ABSOLUTO”
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007
(Montantes expressos em Euros)
15. CUSTOS IMPUTADOS
Os custos imputados ao Fundo durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2007,
apresentam o seguinte detalhe:
Custos
Valor
Comissão de gestão:
Componente fixa
Componente variável
Comissão de depósito
Taxa de supervisão
5.832
5.832
11.664
Valor médio líquido global do Fundo
Taxa global de custos (TGC)
47.815.141
0,0244%
5
% Valor médio líquido
global do Fundo
0,0122%
0,0122%
-
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