Biologia e Geologia – Ano 2 Ano Lectivo 2009/2010 Professoras: Natércia Charruadas; Paula Barbosa e Isabel Ribeiro 1- Os ácidos nucleicos, concretamente o DNA, foram descobertos em meados do século XIX, por Friedrich Miescher, mas essa descoberta teve pouca importância para a época porque essas moléculas foram consideradas demasiado simples. Em 1928, trabalhos realizados pelo bacteriologista Frederick Griffith constituíram o primeiro passo para a descoberta da importância do DNA. Este investigador trabalhava com bactérias da espécie Diplococcus pneumoniae, que provocam a pneumonia em mamíferos, pretendendo encontrar uma vacina para esta doença. Griffith verificou que esta bactéria apresentava duas formas: tipo R (desprovidas de cápsula e com aspecto rugoso) e tipo S (envolvidas por uma cápsula de polissacarídeos que lhes confere um aspecto liso). Griffith procedeu de acordo com o esquematizado na figura seguinte. 1.1- Identifica a estirpe patogénica para os ratos. 1.2- Explica a sobrevivência dos ratos do lote 3. 1.3- Procura explicar o surgimento de bactérias vivas do tipo S no sangue dos ratos do lote 4. 2- Em 1944, uma equipa de investigadores liderada por Oswald Avery obteve uma mistura de bactérias do tipo R vivas com bactérias do tipo S mortas pelo calor. Tratou uma amostra A dessa mistura com uma protease (enzima que degrada as proteínas) e uma amostra B da mesma mistura com uma DNAase (enzima que degrada o DNA) e inoculou dois lotes de ratos, um com a amostra A e outro com a amostra B. Os ratos do lote A morreram, e os ratos do lote B permaneceram saudáveis. 2.1- Refere o objectivo dos trabalhos de Avery. 2.2- Indica em qual das amostras o “princípio transformante” se manteve activo. 2.3- Indica que molécula responsável pela transformação de um tipo de bactérias noutro. 2.4- Justifica a resposta anterior. 2.5- Interpreta os resultados das experiências de Griffith com base nas observações de Avery. 3- Em 1953, Alfred Hershey e Marta Chase utilizaram bacteriófagos - vírus (1) que infectam bactérias. Antes de iniciarem as suas experiências, estes investigadores consideraram que as proteínas da cápsula do vírus não têm fósforo (P), mas apresentam enxofre (S) e que o DNA apresenta na sua constituição fósforo (P), mas não enxofre (S). Isolaram, então, dois lotes de bacteriófagos, que marcaram radioactivamente: num dos lotes marcaram só o enxofre das proteínas (35S) e no outro somente o fósforo do DNA (32P). 3.1- Indica a razão pela qual estes investigadores marcaram radioactivamente as proteínas e o DNA dos vírus. 3.2- Explica o facto de os novos vírus não apresentarem proteínas marcadas radioactivamente nas suas cápsulas. 3.3- Retira uma conclusão desta experiência. (1)- Os vírus não são considerados seres vivos devido à sua simplicidade e dado não apresentarem metabolismo próprio. São constituídos por ácidos nucleicos (DNA ou RNA) envolvidos por uma cápsula de natureza proteica e geometria variável). Como não são capazes de se reproduzirem, dependem de outros seres vivos que infectam, como, por exemplo, as bactérias. No processo de infecção, o vírus só introduz na célula que vai parasitar o seu material genético, ficando a cápsula no exterior. Uma vez no interior da bactéria, o DNA do vírus multiplica-se e, por outro lado, a bactéria passa a produzir proteínas virais, que vão constituir a cápsula dos novos vírus, ou seja, a bactéria passa a “obedecer” a ordens do vírus.