ID: 36665249 25-07-2011 | Carreiras Tiragem: 19667 Pág: 2 País: Portugal Cores: Preto e Branco Period.: Ocasional Área: 26,63 x 33,47 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 Empresas recrutam talentos nos estágios de Verão Utilizar as ferias para aprender, trabalhar e ganhar currículo. Os estágios de Verão são uma óptima oportunidade para viver novas experiências e aperfeiçoar os conhecimentos. D os 3.200 candidatos, estão na sala do Banco Espírito Santos (BES) Arte e Finanças 195 futuros estagiários de Verão. Ouvem com atenção Ricardo Salgado, presidente do banco, falar de talento e da história do BES. “ Queremos aprofundar os vossos conhecimentos profissionais”, diz Ricardo Salgado. Os estágios de Verão das empresas são mais do que uma forma produtiva de passar os meses mais quentes. As empresas seleccionam e captam talento, enquanto os estagiários aperfeiçoam também o que aprenderam durante o ano lectivo. Além disso, podem ser uma excelente forma de conhecer diferentes empresas e experimentar diversas áreas de saber. “Aquilo que visamos é, por um lado, criar valor para os alunos, sobretudo aos finalistas e pré-finalistas, que estão a terminar a sua formação, e proporcionar-lhes uma experiência de trabalho para os preparar para escolher a sua profissão”, exemplifica Madalena Torres, responsável pelos estágios de Verão do BES. “Além disso, podem também aprofundar os conhecimentos teóricos que são ministrados nos estabelecimentos de ensino superior que frequentam”, acrescenta. “Sendo um programa que existe já há vários anos, é muito procurado por jovens filhos de colaboradores e outros estudantes de universidades, que assim conseguem ganhar uma experiência e ao mesmo tempo ganhar um vencimento que pode ser importante, nalguns casos para ajudar nos estudos”, diz fonte oficial do Santander Totta. Neste banco, o programa de “experiências de Verão” consiste “numa oferta de trabalho temporário de Verão, destinado a jovens e que vêm reforçar os nossos balcões em época de férias”. “Através destes estágios pretendemos confirmar as impressões do trabalho feito nas escolas, se são pessoas alinhadas connosco, com as características que precisamos, com a qualidade de trabalho e a capacidade de trazer ideias TESTEMUNHOS Num campo de deslocados do Haiti pós-terramoto, em 2010, Cristiano Figueiredo deu consultas e ajudou no que foi preciso. “Surpreendeu-me ter um papel tão activo dentro da missão”, conta Cristinano. O ex-estudante de Medicina critica que nas universidades não se dê valor a experiências de voluntariado. novas e rejuvenescer a inteligência do banco”, sustenta Ana Pereira, responsável pelo Programa “Come and grow with us” do Millenium, que este ano recebeu 45 estagiários. Estes programas têm outra coisa em comum: são dirigidos a universitários finalistas ou pré-finalistas. As áreas de formação, no entanto, são as mais diversas. “O Millenniumm bcp considera estudantes oriundos de diversas áreas tais como economia, finanças, gestão, marketing, direito, engenharias, entre outras”, revela Ana Pereira. Já o BES, muito ligado à área da Saúde, inclui na sua lista alunos de Medicina e Enfermagem. “Envolvemos diversas entidades neste programa, desde empresas a associações como a AMI e sociedades de advogados, para permitir que haja uma grande diversidade em termos dos estágios que proporcionamos, para que se adequem às motivações dos vários grupos de estagiários que nos procuram”, sublinha Madalena Torres. As universidades de onde vêm estes estagiários também podem ser as mais variadas. “Consideramos várias universidades ainda que o Millennium bcp tenha parcerias por exemplo no CEMS Master International Management da Universidade Nova ou Lisbon MBA das universidades Católica e Nova. Na verdade, consideramos igualmente o ISCTE, ISEG, Instituto Superior Técnico, Universidade do Porto, Minho e Aveiro, entre outras”, aponta Ana Pereira. O BES também tem uma lista de instituições do ensino superior que inclui “as mais reputadas do país”, mas recorda o protocolo que tem com a Universidade Católica. “Todos os estágios, com excepção dos estágios de cooperação internacional, são remunerados”, frisa Madalena Torres. Os estágios de cooperação internacional, que o BES organiza com a AMI, envolvem uma viagem ao Brasil (ao Ceará), Guiné-Bissau ou São Tomé e Príncipe para prestar apoio humanitário naqueles países. “Os estágios de cooperação internacional nós não remuneramos porque já temos um custo muito elevado, pagamos a viagem, dos seguros e todos os custos das estadias. Nos outros, os estagiários têm uma bolsa de 500 euros por mês”, completa Madalena Torres. ■ Andrea Duarte TESTEMUNHOS “Os estágios de Verão do Millennium bcp são desenhados para as pessoas se desenvolverem e serem produtivas”, afirma Tomás Mendes. Veio directamente de um curso de engenharia do Técnico para o departamento de marketing onde sente que “as suas ideias são ouvidas e exploradas”. “Participei em projectos inovadores, conheci pessoas muito interessantes. A experiência superou as minhas expectativas” revela Inês Relvas que está a estagiar no Millennium bcp desde o início do mês. A frequentar o 2º ano do mestrado em Gestão na Católica desfez o “preconceito de que trabalhar na banca é cinzento e rotineiro”. “Cansativo e gratificante” foi o estágio de Manuel Abecasis, estudante do exto ano de Medicina. No ano passado, integrou uma equipa do Hospital Residencial do Mar, do BES, numa experiência “diferente”, que o fez ganhar autonomia, “o que se notou” no resto do curso. O estágio ajudou-o também a escolher a especialidade. “Ao fim de três semanas já consigo notar que existe uma evolução na forma e no ritmo como trabalho” relata Nuno Vasconcellos e Sá, que está a estagiar na BCG. Este economista da Católica afirma que foi “recebido de forma espectacular” na consultora e garante que ao longo da sua vida recolherá “frutos desta experiência”. “Uma oportunidade de aprendizagem única!”. Sara Loureiro que desde Julho está a estagiar na BCG não têm dúvidas da utilidade do estágio. Licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa sente que todos os dias é “apresentada a novas realidades” e que a empresa se preocupa com o “desenvolvimentos e formação das suas pessoas”. ID: 36665249 25-07-2011 | Carreiras Tiragem: 19667 Pág: 3 País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 26,33 x 36,48 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 195 É o número de estagiários que o BES recebe este Verão. fotos : João Paulo Dias “Procuramos sempre recrutar a nata do talento nacional” MIGUEL ABECASSIS Partner & Managing Director da “The Boston Consulting Group” A consultora procura pessoas com “vontade, dinâmica e ambição de fazer sempre mais e melhor”. F “ ortes compotências analíticas, criatividade na busca de soluções e facilidades na apresentação e comunicação”, são algumas das características procuradas pelo BCG. Ana Pereira, responsável pelo Programa Come and Grow with Us com os estagiários Inês Relvas e Tomás Mendes. Ricardo Salgado, presidente do BES e Madalena Torres, responsável pelos estágios de Verão rodeados de um grupo de estagiários. Na hora de recrutar quais as competências que mais valorizam e que talentos mais procuram? A BCG (The Boston Consulting Group) procura sempre recrutar a nata do talento nacional. Para isso buscamos pessoas com fortes competências analíticas, capacidade de estruturação de problemas, criatividade na busca de soluções e facilidade na apresentação e comunicação das mesmas, bem como no estabelecimento de empatia com os seus interlocutores, espírito de equipa e, por último, um factor adicional que é aquilo a que chamamos “drive”, isto é, a vontade, dinâmica e ambição de fazer sempre mais e melhor em qualquer circunstância. Estas características estão presentes em pessoas com os mais diversos “backgrounds”, o que se reflecte na diversidade de origens das pessoas que integram os nossos quadros. Tipicamente enfocamos os nossos esforços de recrutamento nas melhores escolas e melhores cursos do país, no caso de licenciaturas e agora dos mestrados de Bolonha, com quem trabalhamos muito de perto não só no próprio processo de contratação, mas também na formação dos alunos e na sua tomada de conhecimento com o mundo empresarial, em geral, e da consultoria em particular. Para perfis mais seniores trabalhamos sobretudo com os MBAs de topo na Europa e nos Estados Unidos, mas também exploramos oportunidades ao nível de doutorados e de pessoas com carreiras em curso noutras áreas. O mercado de trabalho português disponibiliza quadros com as competências necessárias ou têm que recorrer ao mercado internacional? O mercado de trabalho português tem, para o nicho em que trabalhamos, uma oferta suficiente de pessoas com enormes qualidades. A formação em Portugal nas melhores universidades é muito sólida e completa, o que fica mais do que comprovado pelo sucesso que têm os alunos Portugueses posteriormente nos melhores MBAs e programas de doutoramento do Mundo. Os problemas no ensino e formação no nosso país verificam-se a outros níveis que não o ensino superior de topo. ■ ID: 36665249 25-07-2011 | Carreiras Tiragem: 19667 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Ocasional Área: 26,16 x 29,32 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 3 O ento e Supl m as Carreir m ae regress ro Setemb Carlos Santos Ferreira, presidente do Millennium BCP Ricardo Salgado, presidente do BES Nuno Amado, presidente do Santander Totta Estágios de Verão: uma porta para o emprego Bancos e grandes empresas oferecem uma oportunidade única: estágios de Verão que podem muito bem ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho. P.2 A 3