Programa e Resumos VII JORNADA CIENTÍFICA EM PESQUISA SOCIAL 19, 20 E 21 DE MAIO DE 2010 Campus Aterrado Fundação Oswaldo Aranha VII JORNADA DE PESQUISA SOCIAL APRESENTAÇÃO O curso de Serviço Social do Centro Universitário de Volta Redonda promove pelo sétimo ano consecutivo a sua Jornada de Pesquisa Social. O evento congregra os resultados das pesquisas desenvolvidas tanto pelos docentes quanto pelos discentes dos cursos de ciências humanas do UniFOA. Esta é uma forma de criar intercâmbio entre os diversos saberes acadêmicos. Neste ano, além das apresentações dos trabalhos apresentados pelos estudantes, sendo alguns decorrentes de projetos de iniciação científica, o evento traz o debate sobre a importância da pesquisa no Serviço Social, que há anos luta contra a formação técnica e/ou assistencialista dos seus acadêmicos. O objetivo, em consonância com as diretrizes da ABPESS, é mostrar que o assistente social deve ter uma forte base teórica para intervir diretamente nas expressões da "questão social". No encerramento haverá um debate sobre o legado da luta política dos militantes de esquerda no período da ditaduta civil-militar (1964-1985). Na ocasião, o prof. Edson Teixeira lançará os livros Carlos: a face oculta de Marighella (ed. Expressão Popular) e Virgílio Gomes da Silva: de retirante a guerrilheiro (Plena Editora). Com isto, o curso de Serviço Social prossegue firme em manter a sua tradição de estimular a produção e o debate na academia, tão necessário para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito da nossa "questão social". Boa Jornada a todos! A Comissão Organizadora Prof Edson Teixeira Junior Profa Karin Escobar Profa Mônica Barison Prof Rodrigo Castelo Profa Rozana de Souza Profa Syrléa Pereira Fundação Oswaldo Aranha PROGRAMAÇÃO Dia 19/05 Mesa de Abertura Local: Auditório do Colégio Anglo Americano (proximo ao Campus Aterrado) Hora: 19 horas Tema: “A importância da pesquisa no Serviço Social – apresentação de um estudo sobre as representações sociais da pobreza no âmbito da política de assistência social”. Debatedora: Sávia Oliveira Mestre em Serviço Social Assistente Social do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Mediadora: Rozana Aparecida de Souza Dia 20/05 Mesas Simultâneas Local: Andar 01 do Campus Aterrado Hora: 19 horas Mesa 01: Estado, Sociedade e Políticas Sociais Mediador: Prof Rodrigo Castelo Gramsci e a Questão Meridional Autora: Debora Tavares Rodrigues Orientador: Rodrigo Castelo Crise Orgânica, Revolução Passiva e Fascismo na Obra de Antônio Gramsci Autora: Fabiola Salvador Costa Orientador: Rodrigo Castelo Gramsci e os Conselhos de Fábrica Autora: Flaviane Cerqueira Machado Leitoguinho Orientador: Rodrigo Castelo Perfil Sócio-Econômico da População em Situação de Vulnerabilidade Social no Município de Barra do Piraí/RJ Autoras: Suellen das Chagas e Vania da Costa Diniz Mishima Orientadora: Prof Ana Lole Fundação Oswaldo Aranha Mesa 02: História e Sociedade Mediadora: Professora Syrléa Pereira Atuação da Câmara de Vereadores de Volta Redonda na Privatização da CSN Autor: Davi de Almeida Silva Queiroga Orientador: Prof Edson Teixeira Junior Arigó preso na gaiola não voa: A trajetória do sindicato dos metalúrgicos de Volta Redonda durante a década de 90 Autor: Danilo da Silva Ramos Mesa 03: Práticas Sociais e Cidadania; Interdisciplinaridade e Trabalho Profissional; Produção de Subjetividades e Saberes. Mediadora: Profa Rozana Aparecida de Souza O movimento negro em Volta Redonda Autora: Ivanilde de Souza da Silva Cuidando da História: Os Paradigmas da Disciplina. Da Historiografia à Sala de Aula, Dos Documentos à realidade Autor: Rafael Willian Clemente “Homem com H Maiusculo”: A construção Social da Masculinidade Autor: Alvaro Monteiro Carvalho Orientador: Prof Marcel Alvaro de Amorim Dia 21/05 Coffe Break Lançamento de Livros Local: Auditório do Colégio Anglo Americano (proximo ao Campus Aterrado) Hora: 19 horas Autor: Dr. Edson Teixeira da Silva Junior Tema: O legado da Luta Política de Carlos Marighella e Vírgílio Gomes da Silva Livros: Carlos: a face oculta de Carlos Marighella - Expressão Popular Virgílio Gomes da Silva: de Retirante a Guerrilheiro –Plena Editora Mediador: Rodrigo Castelo Fundação Oswaldo Aranha PERFIL SOCIOECONÔMICO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL NO MUNICÍPIO DE BARRA DO PIRAI/RJ Autoras: BITENCOURT, Suellen das Chagas; MISHIMA, Vânia Costa Diniz. Orientadora: LOLE, Ana. RESUMO O projeto de pesquisa envolve atividades de pesquisa, de ensino e de extensão, tendo como um dos eixos temáticos a Política de Assistência Social, com destaque ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em implantação no país, o qual prevê o atendimento a população mais vulnerabilizada. O projeto se justifica pelo fato da temática proposta para estudo é de extrema relevância para atuação profissional dos Assistentes Sociais, uma vez que para intervir na realidade é necessário conhecer as demandas e seu público-alvo. A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS/1993), como política social pública, a Assistência Social, inicia, nesta última década, seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. Nesta perspectiva, pode-se afirmar que a LOAS criou uma nova matriz para a política de Assistência Social, iniciando um processo que a tornou visível como política pública e direito dos que dela necessitarem. A Assistência Social ao ser inserida no Sistema de Seguridade Social apontou para seu caráter de Política de Proteção Social articulada a outras políticas sociais visando garantir direitos e condições dignas de vida para seus usuários (PNAS, 2004). A LOAS traz um avanço em relação à organização, conteúdo, responsabilidades, competências, diretrizes e princípios da política pública de Assistência Social, reafirmando a responsabilidade do Estado. Porém, a noção introduzida na Constituição e na LOAS de que a Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, se tornou um elemento que tem contribuído para práticas focalizadas. Palavras-chave: Assistência Social, Sistema Único de Assistência Social, Perfil Socioeconômico Fundação Oswaldo Aranha O MOVIMENTO NEGRO EM VOLTA REDONDA Autora: SILVA, Ivanilde de Sousa da. RESUMO O objetivo deste trabalho é identificar o Movimento Negro em Volta Redonda, através do Clube Palmares - Entidade Negra fundada na cidade em 1965 que, desenvolveu atividades para buscar melhorar os aspectos sociais relacionados à comunidade negra. Diversos trabalhos foram implantados socialmente pelo Movimento Negro Brasileiro, proporcionando à comunidade negra um novo conceito, fazendo uma ponte com a ancestralidade africana, construindo uma identidade racial. E assim prosseguindo a luta social e política do negro na sociedade. Assim delinear historicamente a organização dos negros através deste grupo na cidade numa perspectiva social e política e daí apresentar algumas reflexões sobre a construção proposta por este. Neste sentido, este trabalho pretende contribuir para a historiografia retratando o trabalho desenvolvido pelo Clube Palmares como Movimento Negro, fazendo um paralelo no tempo com o passado/presente para identificar a construção social e política que o Clube procedeu na sociedade de Volta Redonda. Palavras-chave: história regional, movimento negro, Volta Redonda, Clube Palmares, identidade racial. Fundação Oswaldo Aranha GRAMSCI E OS CONSELHOS DE FÁBRICA Autor: LEITOGUINHO, Flaviane Cerqueira Machado. Orientador: CASTELO, Rodrigo. RESUMO Os Conselhos de Fábrica representam, na obra de Gramsci, um avanço na conquista dos trabalhadores. A sua finalidade é desestruturar o modo de produção capitalista, gerando novas relações sociais, políticas e culturais. Embora tenham surgido em 1906, na Itália, de modo tímido, as Comissões Internas jamais foram um fato aceito pacificamente. Somente no fim de guerra, em 1919 é que a Associação dos Industriais estipula com a Federação dos Metalúrgicos a aceitação das comissões, ou seja, o reconhecimento efetivo do direito dos operários de ter uma representação no chão da própria fábrica, considerando a ação dos trabalhadores na própria estrutura de trabalho. Além disso, as comissões também afirmam a importância da preparação ideológica dos trabalhadores na construção de uma nova concepção de mundo, um dos elementos essenciais na luta pela revolução socialista. Dentro deste contexto de mobilização dos trabalhadores, em abril de 1919, Gramsci cria em Turim uma resenha semanal de cultura socialista – o L’Ordine Nuovo. A idéia é formar sujeitos para serem militantes de seus ideais, terem críticas para atuarem na sociedade, para promover condições subjetivas da práxis revolucionária. Podemos concluir que o período de mobilização e agitação dos conselhos de fábrica, caracteriza-se como um período transitório entre a tomada do poder via a ditadura do proletariado e a efetiva implementação do novo modelo de governo, ou seja, uma transição socialista ao comunismo. Neste período o Estado seria controlado pelos operários em aliança com os camponeses. Seria a democracia de uma maioria, esmagando os interesses de uma minoria. Palavra-chave: Gramsci; Comissões Internas; Trabalho; Ideologia Fundação Oswaldo Aranha CRISE ORGÂNICA, REVOLUÇÃO PASSIVA E FASCISMO NA OBRA DE ANTONIO GRAMSCI Autora: COSTA, Fabíola Salvador. Orientador: CASTELO, Rodrigo. RESUMO O presente texto busca analisar a concepção do filósofo italiano Antônio Gramsci acerca do fascismo, do ponto de vista da estrutura sócio-econômica e da superestrutura política – ideológico. Dentre todas as tentativas de entendimento acerca do fenômeno fascista, Gramsci se destaca como um dos primeiros autores marxistas ao tentar defini-lo de forma mais rica e real. Gramsci entende o fascismo como um movimento reacionário de base de massa da pequena burguesia europeia no final da crise orgânica do início do século XX. Neste período, com as mudanças no “bloco histórico” capitalista – do capitalismo concorrencial para o monopolista – a burguesia perde parte da sua legitimidade e surge, daí, a necessidade da criação de respostas rápidas e estratégicas da classe dominante frente à “crise orgânica” do sistema. É no contexto desta crise social e política que a pequena burguesia, na busca pela sobrevivência de sua classe e temendo o progresso do movimento socialista, luta para conservar-se no poder e eliminar qualquer ameaça, via consenso e coerção. Organiza-se, então, um bloco aristocrático burguês, guiado por uma ideologia radical e manipulatória e um partido político de tipo novo, que avança promovendo uma “revolução passiva”. Portanto, estamos diante de uma complexa dinâmica de restauração e revolução, no qual o partido fascista tem o objetivo de sustentar o sistema capitalista italiano. Palavras-chave: Gramsci; Fascismo; Crise Orgânica; Revolução Passiva Fundação Oswaldo Aranha ATUAÇÃO DA CÂMARA DE VEREADORES DE VOLTA REDONDA NA PRIVATIZAÇÃO DA CSN. Autor: QUEIROGA, Davi de Almeida Silva. Orientador: JUNIOR, Edson Teixeira Junior. RESUMO A presente pesquisa tem como questão essencial o Poder Legislativo da cidade de Volta Redonda no período em que ocorreu a privatização da Companhia Siderúrgica Nacional. Em primeiro, traz um histórico da cidade, e sua vida em torno da siderúrgica. Traça o período sindical no país chamado de “Novo Sindicalismo”. Sua atuação em Volta Redonda fez dos metalúrgicos e seu sindicato referência nacional na luta por melhores salários e condições de trabalho, onde se mostraram organizados e sábios na questão de greves e enfrentamento contra o governo. Com as mudanças no campo político-econômico que começam a ocorrer na década de 1980(Consenso de Washington), essa referência se torna um fator perturbador para implementação dessa nova política liberal, onde as privatizações de estatais e as diminuições de direitos trabalhistas são essenciais para o sucesso dessa nova diretriz econômica mundial. Então, surge no inicio da década de 1990 o sindicalismo de parceria no intuito de “arrumar” o sindicalismo brasileiro para essa nova tendência neoliberal. O estudo faz uma análise dos “meios” para persuadir o trabalhador sobre os benefícios para a empresa deixar de ser estatal, o modelo usado na venda da siderúrgica, e as manifestações dos vereadores da Câmara Municipal a favor ou contra o processo de privatização que alterou a relação da CSN com a cidade. Palavras-chave: Economia; Sindicalismo; Parlamento; Greve; Liberalismo. Fundação Oswaldo Aranha GRAMSCI E A QUESTÃO MERIDIONAL Autora: RODRIGUES, Débora Tavares. Orientador: CASTELO, Rodrigo. RESUMO De acordo com Antonio Gramsci, entende-se por Questão Meridional a situação de privilégio econômico, social e político do norte industrial da Itália sobre o sul agrário e subdesenvolvido, unindo características de desenvolvimento capitalista com resquícios do sistema feudal. Tais diferenças regionais exprimem a forma como o capital organiza os diferentes modos de produção dentro de uma mesma formação econômico-social, o que determina as alianças entre as classes hegemônicas - a burguesia industrial e os grandes proprietários rurais - a fim de manter a estrutura fundiária e conservar o domínio político sobre aquele país. O presente artigo utiliza como referencial teórico a obra deste autor para abordar o tema da Questão Meridional, mostrando os recortes que tal assunto possui, a origem desta teoria e sua fundamentação na obra do escritor sardo. O objeto é o contexto histórico do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo italiano e as propostas de Gramsci para esta questão, uma estratégia socialista de aliança entre operários e camponeses, visto que o assunto é elemento de discussão de nível mundial, uma vez que o sistema capitalista tende a manter as diferenças econômicas e sociais dentre seus diferentes territórios. O objetivo deste trabalho é analisar tal teoria, assim como conhecer o contexto de sua elaboração, traçando um paralelo entre a formação ideológica do intelectual italiano Antonio Gramsci, influenciada pela teoria marxista, e sua militância política a respeito deste tema. Daremos ênfase à compreensão do tema proposto, conforme escritos políticos do autor, a fim de obter um estudo fiel às idéias do mesmo. Palavras-chave: Gramsci; questão meridional; Risorgimento; desenvolvimento desigual e combinado. Fundação Oswaldo Aranha CUIDANDO DA HISTÓRIA: OS PARADIGMAS DA DISCIPLINA. DA HISTORIOGRAFIA À SALA DE AULA, DOS DOCUMENTOS À REALIDADE. Autor: CLEMENTE, Rafael Willian. RESUMO A reflexão constante sobre a disciplina histórica não é fato recente nos debates e contestações do ambiente acadêmico. Mais do que entende-la como ciência faz-se necessário a sua compreensão como ferramenta ativa de transformação da sociedade, isso expande os seus limites epistemológicos e tange às atividades de uma vivência surgida do contato entre docentes e seus públicos – seja ele a academia, o aluno do ensino médio ou mesmo o leigo. Tal estudo debate as questões pertinentes ao questionamento que cotidianamente é realizado aos historiadores: História, o que é e para quê serve? Se para alguns o conhecimento histórico se restringe aos documentos, para outros a história tem o poder de ao ser aberta pelo espectador, torna-lo integrante dos fatos que ela traz à tona; como no conto infantil que o livro aberto vira realidade em pura magia. Entretanto, a história não é ilusão, ficção ou mesmo só literatura. A disciplina é fato e debate, estudo e constatação - realizada por profissionais que se utilizam das diversas fontes disponíveis. Enfim, é resultado de vivências sociais de personagens, famosos ou não, mas que com suas vidas construíram e influenciaram o mundo ao seu redor. Palavras-chave: Historiografia; disciplina histórica; ensino de história Fundação Oswaldo Aranha ARIGÓ PRESO NA GAIOLA NÃO VOA: A TRAJETÓRIA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE VOLTA REDONDA DURANTE A DÉCADA DE 90. Autor: RAMOS, Danilo da Silva. RESUMO O presente trabalho tem por objetivo analisar e discutir a influência do neoliberalismo na concepção (ideologia) e atuação (práticas) do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda durante a década de 90. Onde os processos de lutas do proletariado surgidos ao fim da década de 80 - com auge na greve de 1988 – teriam de ser derrotados como forma de demonstração que as práticas de um sindicato classista estavam obsoletas para aquele período histórico. Desse modo, é necessário abordar os principais planos de ação e as relações entre as características políticas, sociais e econômicas inerentes a historicidade a qual se encontra o fenômeno do neoliberalismo sendo implantado no Brasil e posteriormente nas relações da CSN X SMVR (via Força Sindical) e proletariado X consciência de classe. A crise estrutural do capitalismo foi o principal fator responsável para introdução do neoliberalismo no Brasil, assim, a luta nos planos ideológicos para refluir as lutas do proletariado no país tiveram que ganhar uma central sindical que tivesse como orientação ideológica as políticas neoliberais, ou ao menos que tivesse paralelamente este pensamento como ponto periférico de sua ação tática e estratégica. Para cumprir esta tarefa, foi formada uma central sindical “moderna”com discurso de conciliação de classes, onde o proletariado e a burguesia não estavam mais polarizados, tendo de dialogar em prol do desenvolvimento do país. Surge então a Força Sindical que “lutava” em defesa de uma militância em torno de algumas práticas neoliberais como o privatismo, o anti-estatismo e a flexibilização dos direitos trabalhistas, e é esta central sindical que detém o poder do SMVR durante a maior parte da década de 90 (pós eleições de 1992). Palavras-chave: História do Tempo Presente; Movimento Sindical; Neoliberalismo. Fundação Oswaldo Aranha “HOMEM COM H MAIÚSCULO”: A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA MASCULINIDADE Autor: CARVALHO, Alvaro Monteiro. Orientador: AMORIM, Marcel Alvaro de. RESUMO Durante muito tempo dominou a visão do homem como detentor do sexo forte, chefe de família, entre outras expressões conhecidas pela população. Entretanto, nos últimos anos, especialmente depois do surgimento dos movimentos feministas e do movimento gay, essa estrutura masculina vem sendo alvo de muitas críticas. Atualmente, muitas mulheres ocupam o cargo de chefe de família ou de empresas, não sendo mais consideradas como pertencentes ao sexo frágil; e a visão do homem como forte, que não chora, durão, cai a cada dia. Então, frente a esse mundo contemporâneo, a masculinidade hegemônica entra em crise. A tão forte instituição “homem” começa a performar diversas masculinidades e, assim, surgem outras formas de ser homem. Tais performances são construções discursivas dado que não há uma essência biológica relativa a formas de ser masculinas ou femininas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estudar como aconteceu a (re)-construção da masculinidade de um jovem com base numa visão socioconstrucionista do discurso e da identidade social. Para alcançar o proposto, foi realizado um estudo de caso a partir de questionários e entrevista não-estruturada que visavam a coletar os dados provenientes do sujeito. Para analisar os mesmos, foram utilizados os pressupostos da análise de discurso crítica, de linha anglo, que tem como seu principal expoente o linguista Norman Fairclough ([1992] 2008). Palavras-chave: socioconstrucionismo; discurso; identidade; masculinidades.