Gestão Social

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COMPARTILHANDO CONCEITOS
=> ESTADO
é a estrutura de organização burocrática da sociedade, com o
poder de legislar e tributar sobre a população.
Atua em três segmentos: executivo, legislativo e judiciário,
exercendo as funções
administrativa,
legislativa e
jurisdicional, respectivamente.
O Estado tem poder extroverso; o poder de constituir
unilateralmente obrigações para terceiros ou impor restrições
(o poder de criar atos dentro do limite da lei).
Conservação do direito a vida. Manuntenção da paz interna e
boa organização.
=> GOVERNO
 É comum se confundir Estado com Governo.
Governo e Estado não são a mesma coisa.
 GOVERNO faz parte do Estado; se constitui na
sua base administrativa.
 O Estado é mais abrangente, compõe-se de
diversos segmentos, com regras próprias e
racionalidade própria.

OS APARELHOS DE ESTADO (Utilizados pelas classes
dirigentes para manter e reproduzir a estrutura do Estado)
Aparelhos burocráticos: governo, tribunais, polícia,
exército, etc, Atuam como instrumento de repressão, com
regras que impedem determinados procedimentos, para
garantir a manutenção da ordem social. Atuam como
mediador de interesses entre o sistema econômico
dominante e a população.
Aparelhos Ideológicos: igrejas, escolas, sindicatos,
clubes, meios de comunicação de massa. Estruturas de
organização da sociedade, controladas pelas estruturas de
poder do Estado para manter seus interesses. Atuam com
função estratégica (dialética) de conservar e minar as
estruturas capitalistas.
=> ADMINISTRAÇÃO
Tarefa de interpretar os objetivos propostos pela
Organização e transformá-los em ação organizacional
por meio de planejamento, organização, direção e
controle de todos os esforços realizados em todas as
áreas e em todos os níveis (...).” (Idalberto
Chiavenato
Introdução
à
Teoria
Geral
da
Administração p.11)
=> GESTÃO
A atividade de gerir vai além da de administrar, pois
implica
paradigmas
conceituais,
teóricos
e
pragmáticos diferentes daqueles que norteiam a
administração
clássica,
seguida
pelo
modelo
burocrático pensado por Max Weber (QUINTANEIRO,
at al, 1995).
A atividade de gestão é mais adequada à sociedade
atual, como demonstram os estudos de Peter
Drucker.
Não se limita ao exercício do controle da
organização nem de conduta hierárquica, mas utiliza
o conhecimento como instrumento de influência
sobre uma estrutura organizativa, inserida num
sistema complexo, que exige a articulação de
relações e negociações, bem como a substituição da
forma
hierarquizada,
presente
no
modelo
burocrático, pela estrutura de rede, composta por
uma multiplicidade de atores e organizações
(OSÓRIO, 2005)
Administrar e Gerir são Conceitos Que Se Distinguem).
De acordo com Manuel Castells, estrutura em rede é uma forma
de organização da sociedade, possibilitada pela convergência
entre evolução social e das tecnologias da informação,
consistindo numa nova base material de conexão dos processos
e funções predominantes na sociedade contemporânea.
Nas palavras deste autor, “Redes são instrumentos apropriados
para a economia capitalista, baseada na inovação, globalização e
concentração descentralizada; para o trabalhado, trabalhadores e
empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; para
uma cultura de desconstrução e reconstrução contínuas; para
uma política destinada ao processamento instantâneo de novos
valores e humores públicos; e para uma organização social que
vise a suplantação (vantagem) do espaço e invalidação do
tempo” (CASTELLS, 1999, p. 498).
POLÍTICAS PÚBLICAS:
Instrumento utilizado pelo Estado para gerir as disfunções e os
problemas da vida social, nos diversos setores (Muller, 1990), entende
as políticas públicas como um processo de mediação social que busca
promover ajustes entre setores da sociedade ou entre um setor e a
sociedade global, visando à gestão dessa relação global/setorial.
É um conceito evolutivo, se constitui num processo de transformações
históricas nas relações entre Estado e sociedade, que é permeada por
mediações de natureza variada, mas que, cada vez mais estão referidas
aos processos de democratização das sociedades contemporâneas.
Configuram-se como instrumentos de afirmação e consolidação dos
direitos sociais conquistados por lutas de setores organizados da
sociedade (GOHN, 2003), valendo salientar que o seu desenho,
implementação e avaliação, ocorrem sob influência das disputas de
interesses dos diferentes sujeitos sociais e dos condicionantes
contextuais: econômicos, políticos e sociais (SILVA e SILVA, 2001)
=> POLÍTICA SOCIAL
Refere-se às formas de proteção social desenvolvidas a partir da
segunda metade do século XIX. Sua compreensão está referida a um
conceito mais amplo, de sistema de proteção social, um fato social
universal, na acepção de Èmile Durkheim, presente em todas as
sociedades humanas.
Os sistemas assim constituídos forneceram os alicerces para aquelas
formas de proteção social que ficaram conhecidas, no período posterior
à Segunda Guerra Mundial, como Welfare States, que floresceram na
Europa, em quase todos os grandes países.
O aumento de volume de intervenções do Estado na vida das
sociedades, dessas políticas públicas, dirigiu-se à proteção social dos
cidadãos, deu origem ao significado atual da expressão “política social”.
Em outras palavras, nessa acepção entende-se por política social o
conjunto das políticas públicas, voltadas para o campo da proteção
social.
O grande fluxo dessas políticas públicas, dirigidas à proteção social dos
cidadãos, deu origem ao significado atual da expressão “política social”.
=> SOCIEDADE
Sistema social que se distingue por suas características
culturais, estruturais e demográficas/ecológicas. Maior sistema
com o qual indivíduos se identificam como membro.
Nível em que são criados e organizados os elementos mais
importantes da vida social (JOHNSON, 1997)
=> SOCIEDADE CIVIL:
É “o conjunto de organismos designados vulgarmente como
‘privados’ (...)” (Gramsci, 2001b:20), formada pelas
organizações responsáveis tanto pela elaboração quanto pela
difusão das ideologias:
o sistema escolar, as igrejas, os sindicatos, os partidos
políticos, as organizações profissionais, a organização
material da cultura (que se dá pelos jornais, revistas,
editoras, meios de comunicação de massa), etc.
Tal sociedade civil é considerada uma das esferas principais do
Estado visto em seu sentido ampliado; a outra seria a sociedade
política: o conjunto de mecanismos através dos quais a classe
dominante detém o monopólio legal da repressão e da violência
e que se identifica com os aparelhos de coerção sob controle das
burocracias executivas e policial-militar. (Gramsci, 2004:112).
No sentido dado por Gramsci: “sociedade civil não é um mero
terreno de iniciativas ‘privadas’, mas tem [...] Uma ‘função
estatal’, na medida em que se põe como ‘hegemonia política e
cultural de um grupo social sobre toda a sociedade, como
conteúdo ético do Estado” ( NOGUEIRA, 2003, p. 187, apud
GRAMSCI, 2000 ).
Sociedade e
distinguem
Sociedade
Civil
são
conceitos
que
se
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