E-book/PDF - O Estandarte de Cristo

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VOCÊ REALMENTE
VEIO A CRISTO?
A. W. Pink
Traduzido do original em Inglês
Have You Truly Come To Christ?
By A. W. Pink
Via: PBMinistries.org
(Providence Baptist Ministries)
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Dezembro de 2014
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão
do ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons AttributionNonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
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desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
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Você Realmente Veio a Cristo?
Por A. W. Pink
Como forma de introdução, apresentaremos ao leitor as seguintes passagens:
(1) “E não quereis vir a mim para terdes vida” (João 5:40).
(2) “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus
11:28).
(3) “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44).
(4) “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora” (João 6:37).
(5) “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos,
e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que
não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26-27).
(6) “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para
com Deus eleita e preciosa” (1 Pedro 2:4).
(7) “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25).
***
(1) “E não quereis vir a mim para terdes vida” (João 5:40).
A primeira destas passagens se aplica a todo homem e mulher não regenerados nesta
terra. Enquanto estiver em um estado natural, ninguém pode vir a Cristo. Apesar de todas
as excelências, tanto Divinas quanto humanas, serem encontradas no Senhor Jesus, embora Ele seja “totalmente desejável” (Cânticos 5:16), ainda assim, os caídos filhos de Adão
não veem nEle nenhuma beleza para que O desejem. Eles podem ser bem instruídos na
“doutrina de Cristo”, eles podem acreditar sem hesitação em tudo o que a Escritura afirma
a respeito dEle, eles podem frequentemente carregar o Seu nome em seus lábios, professar
que estão descansando em Sua obra consumada, cantar louvores, mas seus corações
estão longe de Deus. As coisas deste mundo têm o primeiro lugar em suas afeições. A
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gratificação de si mesmos é a sua preocupação dominante. Eles não entregam as suas
vidas a Ele. Ele é santo demais para se adequar ao seu amor pelo pecado; as Suas
reivindicações são demasiado exigentes para atender aos seus corações egoístas; os Seus
termos de discipulado são muito severos para atender aos seus caminhos carnais. Eles
não cederão ao Seu Senhorio, tal como acontece com cada um de nós, até que Deus opere
um milagre da graça em nossos corações.
(2) “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus
11:28).
A segunda dessas passagens contém um convite gracioso, feito pelo compassivo Salvador
para uma determinada classe de pecadores. O “todos” é ao mesmo tempo caracterizado,
clara e definitivamente, com as palavras que o seguem imediatamente. O caráter daqueles
a quem esta palavra de amor pertence está claramente definido: estes são aqueles “cansados” e que estão “oprimidos”. Mui claramente, então, isto não se aplica à grande maioria de
nossos companheiros de cabeça-despreocupada, felizes de coração, buscadores de deleites, que não têm nenhuma consideração pela glória de Deus e nenhuma preocupação com
seu bem-estar eterno. Não, a palavra para essas miseráveis criaturas é preferivelmente:
“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade,
e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por
todas estas coisas te trará Deus a juízo” (Eclesiastes 11:9). Mas, para aqueles que têm “se
cansado” severamente buscando guardar a lei e agradar a Deus, que estão “oprimidos”
com um sincero senso da sua total inabilidade para satisfazer os Seus requisitos, e que
anelam por serem libertos do poder e corrupção do pecado, Cristo diz: “Vinde a mim, e eu
vos aliviarei”.
(3) “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44).
A terceira passagem citada acima, ao mesmo tempo, nos diz que “vir a Cristo” não é a
questão fácil que muitos imaginam, nem uma coisa tão simples como a maioria dos pregadores apresentam que seja. Em vez de ser assim, o Filho encarnado de Deus declara
positivamente que tal ação é absolutamente impossível para uma criatura caída e depravada,
a menos que, e até que, o poder Divino seja exercido sobre ela. Esta palavra é a que mais
humilha o orgulho, a que mais mortifica a carne e rebaixa o homem. “Vir a Cristo” é algo
muitíssimo diferente de levantar a mão para receber oração por algum “Sacerdote” protestante, vir à frente e segurar a mão de algum evangelista barato, assinar algum cartão
“de decisão”, unir-se a alguma “igreja”, ou qualquer outra das “muitas invenções” do homem
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(Eclesiastes 7:29). Antes que qualquer um possa ou deseje “vir a Cristo”, o entendimento
deve ser sobrenaturalmente iluminado, o coração deve ser sobrenaturalmente transformado,
a vontade obstinada deve ser sobrenaturalmente quebrada.
(4) “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora” (João 6:37).
A quarta passagem é também uma que é desagradável para a mente carnal, mas é uma
porção preciosa aos filhos de Deus ensinados pelo Espírito. Ela estabelece a bendita verdade da eleição incondicional, ou a graça distintiva de Deus. Ela fala sobre um povo favorecido
ao qual o Pai deu ao Seu Filho. Ela declara que cada um desta bendita companhia virá a
Cristo. Nem os efeitos de sua queda em Adão, nem o poder do pecado inato, nem o ódio e
incansáveis esforços de Satanás, nem as ilusões enganosas de pregadores cegos, serão
capazes de, finalmente, impedi-los. Quando a hora designada por Deus chega, cada um
dos Seus eleitos é liberto do poder das trevas e é traduzido para o reino do Seu Filho
amado. Ela anuncia que cada pessoa que vem a Cristo, não importa quão indigna e vil seja
em si mesma, não importa o quão sombrio e longo seja o terrível catálogo de seus pecados,
Ele não a desprezará ou deixará de recebê-la, e sob nenhuma circunstância Ele alguma
vez a lançará fora.
(5) “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos,
e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que
não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26-27).
A quinta passagem é uma que revela os únicos termos em que Cristo está disposto a receber os pecadores. Aqui as inflexíveis reivindicações da Sua santidade são estabelecidas.
Ele deve ser coroado Senhor de tudo, ou Ele não será Senhor em absoluto. Aqui deve
haver a completa renúncia de coração de tudo o que permanece em concorrência com Ele.
Ele não admitirá nenhum rival. Tudo o que diz respeito à “carne”, seja encontrado em um
ente querido ou em si mesmo, tem que ser odiado. A “cruz” é o emblema do discipulado
Cristão; não uma cruz de ouro usada no corpo, mas o princípio da autonegação e do autossacrifício governando o coração. Quão evidente é, então, que uma poderosa e sobrenatural
obra Divina deve ser operada no coração humano, se algum homem mesmo desejará
atender a tais termos!
(6) “E, chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para
com Deus eleita e preciosa” (1 Pedro 2:4).
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A sexta passagem nos diz que o Cristão deve continuar como ele começou. Devemos “vir
a Cristo” não de uma vez por todas, mas frequentemente, diariamente. Ele é o Único que
pode ministrar às nossas necessidades, e para Ele nós devemos constantemente voltar,
para o suprimento delas. Para cada fraqueza que percebemos em nós, devemos buscar
busca o que nos é necessário de Sua “plenitude” (João 1:6). Em nossa fraqueza, devemos
nos voltar para Ele por força. Em nossa ignorância, devemos solicitá-lO por sabedoria. Em
nossas quedas em pecado, devemos buscar renovação em Sua purificação. Tudo o que
precisamos para o momento e para a eternidade está armazenado nEle: refrigério quando
estamos cansados (Isaías 40:31), a cura do corpo quando estamos doentes (Êxodo 15:26),
consolo quando estamos tristes (1 Pedro 5:7), a libertação quando somos tentados (Hebreus 2:18). Se temos nos afastado dEle, deixado o nosso primeiro amor, então, o remédio
é “arrepender-se e voltar às primeiras obras” (Apocalipse 2:5), ou seja, nos lançarmos sobre
Ele novamente, vindo, assim como fizemos na primeira vez em que fomos até Ele — como
pecadores indignos, penitente, buscando Sua misericórdia e perdão.
(7) “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25).
A sétima passagem certifica-nos sobre a segurança eterna daqueles que vem. Cristo salva
“perfeitamente” ou “para todo o sempre” aqueles que vêm a Deus por meio dEle. Ele não é
de uma disposição hoje e de outra amanhã. Não, Ele é “o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). “Como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até
o fim” (João 13:1), e felizmente Ele prova isso, pois “Ele vive sempre para interceder por
eles”. Na medida em que suas orações são eficazes, pois Ele declara que o Pai “sempre”
O ouve (João 11:42), ninguém cujo nome está indelevelmente gravado no coração de nosso
grande Sumo Sacerdote perecerá jamais. Aleluia!
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
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Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
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Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
 Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
 Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
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 Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Pink
 Oração — Thomas Watson
 Pacto da Graça, O — Mike Renihan
 Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
 Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
 Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
 Plenitude do Mediador, A — John Gill
 Porção do Ímpios, A — J. Edwards
 Pregação Chocante — Paul Washer
 Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
 Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
 Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
 Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
 Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
 Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
 Sangue, O — C. H. Spurgeon
 Semper Idem — Thomas Adams
 Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
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 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
 Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
 Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
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 Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
 Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
 Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
 Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
 Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria
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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12
13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.
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