9 Elementos de um Casamento Cristocêntrico Phil Newton Traduzido do original em Inglês Elements of a Christ-Centered Marriage By Phil Newton Via: Founders.org Tradução por Camila Rebeca Teixeira Revisão e Capa por William Teixeira 1ª Edição: Outubro de 2016 Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, de Tom Ascol (diretor executivo da Founders Ministries), sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercialNoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais. Issuu.com/oEstandarteDeCristo Nove Elementos de Um Casamento Cristocêntrico Por Phil Newton O casamento é um trabalho árduo. Não consiste em 40 ou 50 horas semanais de trabalho, mas em 168 horas por semana, 365 dias por ano, “até que a morte nos separe”. Não existem dias de folga ou de férias ou licença médica. Porém, o trabalho árduo não significa miséria, tristeza ou escravidão. Por trabalho árduo, quero dizer que o casamento exige que prestemos atenção aos detalhes na relação conjugal, que aprendamos a servir o nosso cônjuge sacrificialmente e que nos dediquemos àqueles elementos que edificam, fortalecem e melhoram o casamento. Mas alguns não querem se esforçar pelo casamento. Eles proferiram os seus votos com os dedos cruzados ou com paraquedas em suas costas. Eles não têm a intenção de fazer o que é preciso para que tenham um casamento que reflete Jesus Cristo e Sua Noiva (Efésios 5). No entanto, é suficiente dizer que quando Paulo descreve a relação que Jesus tem com a Igreja como a Sua Esposa, ele relata a história e a instrução sobre o casamento, para que todos vejam. O que ele nos apresenta é isso: o casamento não é sobre vocês; não se trata de agir do seu modo; trata-se de Jesus Cristo ser glorificado por meio de um homem pecador e de uma mulher pecadora, redimidos por Sua morte sangrenta, habitados pelo Seu Espírito e que vivem juntos como seguidores de Cristo. Então, com o que esse tipo de vida se parece? Vamos pensar em nove elementos de um casamento cristocêntrico. 1. Um casamento cristocêntrico envolve mútua devoção a Jesus Cristo. Em outras palavras, um casal pode se casar, se esforçar por seu relacionamento, aprender a servir um ao outro e acabar por ter um bom relacionamento. Mas isso não é centrado em Cristo. Ao colocarmos o nome de “Cristo” como o adjetivo que confere definição e poder para a palavra “centrado”, queremos dizer que Ele é o Sol em torno do qual o marido e a esposa orbitam. Todo o seu universo encontra a sua existência e finalidade em relação a Jesus Cristo. Na prática, isso significa que marido e mulher buscam crescer juntos em suas caminhadas Cristãs. Eles se ajudam em tempos difíceis ou naquelas ocasiões quando as dificuldades da paternidade ou do emprego ou da escola ou confusões na família mais ampla tornam-se mais complicadas. Eles realmente agem em relação um ao outro como ferro afiando ferro. 2. Um casamento cristocêntrico é caracterizado por serviço mútuo. Ninguém deu uma ilustração mais emocionante do serviço do que Jesus Cristo, mesmo sendo Deus encarnado que voltou ao Pai através da cruz e do túmulo, ainda assim Ele se inclinou para Issuu.com/oEstandarteDeCristo lavar os pés dos discípulos antes da Última Ceia (João 13). Não é de admirar que Pedro se opôs! Ele sentiu sua indignidade de ter os pés sujos lavados por Jesus, mas Jesus insistiu. O casamento é o laboratório do serviço que reflete a Cristo. O egoísmo, a preguiça e a letargia matam casamentos. O serviço humilde evidencia o amor verdadeiro para com o cônjuge. 3. Um casamento cristocêntrico pratica a humildade. Jesus declarou: “Porque sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). A humildade vive tendo a cruz diante de seus olhos. Em vez de considerar tudo que gira em torno de satisfazer os seus desejos, a humildade cede ao outro no casamento, ouve atentamente em vez de interromper a conversa, procura formas de servir e rapidamente perdoa quando ofendida. 4. Um casamento cristocêntrico pratica o perdão. Embora sejam redimidos, dois pecadores unidos em matrimônio viverão momentos em que as palavras, atitudes, ações, silêncio e olhares ofenderão. Se deixarem uma amargura permanecer, o casamento não consegue avançar. Ele não poderá! Se nos é dito que no corpo de Cristo devemos ser bondosos, compassivos e perdoar uns aos outros, quanto mais no casamento (Efésios 4:32)! 5. Um casamento cristocêntrico é vivido em amor sacrificial. Esse é o padrão que Jesus estabeleceu quando Ele entregou a Si mesmo pela Igreja em morte sacrificial (Efésios 5:25). Mas esta não é simplesmente uma questão de entregar a própria vida por sua esposa. Alguns homens estão dispostos a morrer por suas esposas, mas não vivem abnegadamente em relação a elas. O amor sacrificial tem como objetivo o que for o melhor para o nosso cônjuge. O amor sacrificial de Jesus visava apresentar a Igreja a Si mesmo “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5:27). Vá e faça o mesmo. 6. Um casamento cristocêntrico comunica. O apóstolo João enfatizou a comunhão dos Cristãos com Cristo, bem como uns com os outros (1 João 1:3). Comunhão ou compartilhar a vida juntos, envolve comunicação. E a comunicação envolve dois ouvintes e dois falantes envolvidos em uma vida comum. Vamos admitir, a maioria dos homens falham miseravelmente em se comunicar, como se houvesse algo não masculino em falar com ternura e amor com suas esposas. Em vez disso, há algo muito viril em um homem que aprende a ouvir e falar com sua esposa, e que dedica tempo a esse tipo de doce comunhão e comunicação. Portanto, rapazes, ajam como homens de verdade! 7. Um casamento cristocêntrico cresce em intimidade. Não fazemos isso com Cristo? Procuremos crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. A oração de Paulo pela Issuu.com/oEstandarteDeCristo Igreja de Éfeso é por crescente em intimidade com Jesus (Efésios 5:14-19). Deus concedeu a intimidade conjugal apenas para o casamento (Gênesis 2:24; Hebreus 13:4). Jesus não é menos glorificado por nosso crescimento na intimidade conjugal do que Ele é por nosso serviço uns aos outros. 8. Um casamento cristocêntrico é vivido com os dois juntos na esperança de Cristo. Em vez de centrar tudo em filhos, casas, carros, carreiras, férias e contas bancárias, quando somos unidos Cristo a nossa viva esperança está estabelecida sobre Ele e Suas promessas. Podemos ficar decepcionados com a forma como os nossos filhos vivem ou com a perda de um emprego ou por uma conta bancária insuficiente. Mas nunca seremos decepcionados com Ele (Romanos 10:11; 1 João 3:3). Sua esperança nos sustenta, mesmo nos momentos mais difíceis. Deus concebeu e revelou a Sua misteriosa vontade, para que pudéssemos conhecer “Cristo em vós, a esperança da glória” (Colossenses 1:24-27). Juntos, marido e mulher aprendem a valorizar a sua esperança em Cristo mais do que todas as coisas temporais da vida. 9. Um casamento cristocêntrico é envolvido com a igreja. Se Cristo morreu para salvar a igreja (Atos 20:28), então, um casamento centrado em Cristo não pode tratar a igreja como uma parte periférica de suas vidas. Nós precisamos nos envolver com a igreja, para ajudar a nos nutrir em Cristo, para nos unir uns com os outros em serviço amoroso, para desenvolver os nossos dons e ministérios, para adorarmos juntos, aprendermos a viver sacrificialmente juntos, para aguçar a nossa compreensão da vida e piedade e para nos preparar para vermos a Cristo. Uma vez que a Igreja está acima do casamento na economia de Deus (não somos informados de que Jesus morreu pelo casamento), então, devemos nos envolver juntos como marido e mulher com o corpo de Cristo. Você pode adicionar mais alguns elementos que poderiam caracterizar um casamento cristocêntrico. Os nove que eu já observei não ocorrem com o pressionar de um botão. Eles exigem trabalho árduo, viver o Evangelho, confiar no Espírito e o desejo apaixonado de glorificar a Jesus Cristo em todas as coisas, especialmente no casamento. Busquemos aprofundar a satisfação no casamento por ter Jesus Cristo como o seu centro. Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria! Issuu.com/oEstandarteDeCristo OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com. 10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink Jesus! – C. H. Spurgeon Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink Oração — Thomas Watson Pacto da Graça, O — Mike Renihan Paixão de Cristo, A — Thomas Adams Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston Plenitude do Mediador, A — John Gill Porção do Ímpios, A — J. Edwards Pregação Chocante — Paul Washer Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon Sangue, O — C. H. Spurgeon Semper Idem — Thomas Adams Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone Issuu.com/oEstandarteDeCristo — Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria — 2 Coríntios 4 1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5 de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas. 2