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DOSSIÊTÉCNICO
CULTIVO DA BANANA
Ivo Pessoa Neves
Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA
ABRIL/2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
TÉCNICAS DE IMPLANTAÇÃO DE AREAS CULTIVÁVEIS
EM ESCALA E POMARES .............................................................................................. 2
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS ............................................................................................ 3
EXIGÊNCIAS QUANTO AO SOLO.................................................................................. 3
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA .............................................................................................. 4
ESCOLHA DA VARIEDADE ............................................................................................ 4
DISTRIBUIR AS MUDAS AO LADO DAS COVAS ADUBADAS.................................... 12
PLANTAR AS MUDAS .................................................................................................... 12
FAZER A CONSORCIAÇÃO ........................................................................................... 12
TRATOS CULTURAIS ..................................................................................................... 13
TRATOS FITOSSANITÁRIOS ......................................................................................... 16
COLHEITA ....................................................................................................................... 20
TRANSPORTE ................................................................................................................. 21
COMERCIALIZAÇÃO ...................................................................................................... 22
REFERÊNCIA .................................................................................................................. 23
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DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Cultivo da banana
Assunto
Cultivo de banana
Resumo
Técnicas de implantação de áreas cultiváveis em escala e pomares, tratos culturais, tratos
fitossanitários, colheita e comercialização.
Palavras chave
Agricultura; banana;cultivo
Conteúdo
INTRODUÇÃO
A bananeira é uma das fruteiras mais importantes em todo o mundo, sendo cultivada em
mais de 80 países tropicais, especialmente por milhões de pequenos produtores. O Brasil,
juntamente com a Índia e o Equador são os maiores produtores de banana para o consumo
in natura.
Além da importância socioeconômica da cultura, deve ser destacado o alto valor nutritivo da
fruta. A banana contém vitaminas A, B e C, alto teor de potássio e nenhum colesterol, por
isso é ideal para a dieta alimentar de crianças e adultos.
Também apresenta usos medicinais, sendo indicada para enfermidades renais, nefrite, gota,
obesidade, prisão de ventre crônica, acidez gástrica, entre outras.
Para a produção de bananas de boa qualidade é necessário o conhecimento das diversas
etapas da cadeia produtiva, desde a escolha da área para a implantação do pomar até a
colheita dos frutos, seu manejo pós-colheita e sua comercialização.
TÉCNICAS DE IMPLANTAÇÃO DE AREAS CULTIVÁVEIS EM ESCALA E POMARES
IMPLANTAR O POMAR
Compreende a execução de todas as etapas necessárias para o estabelecimento das
plantas no campo.
PLANEJAR O POMAR
O planejamento das etapas para a implantação do pomar é de fundamental importância
para se obter sucesso com a cultura, pois permite definir a área mais indicada para plantio e
a variedade a ser utilizada.
ESCOLHER A ÁREA
A área deve ser escolhida em função das condições do clima e do tipo de solo exigidos
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pela bananeira e, também, deve ser levada em conta a sua localização em relação ao
mercado consumidor.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
Temperatura: a faixa indicada para plantios comerciais está entre 18ºC a 34ºC, sendo a
faixa ideal de 26ºC a 28ºC. Em regiões mais frias, com temperaturas abaixo de 18ºC, ocorre
à paralisação do crescimento, e, em locais mais quentes, acima de 34ºC, pode ocorrer à
desidratação e a queima da planta e dos frutos, não sendo recomendados para o cultivo da
bananeira.
Precipitação: a bananeira necessita de 1.200 a 1.800 mm/ano de chuvas bem distribuídas
durante o ano. Em áreas com estação seca prolongada, é necessário o uso de irrigação
suplementar.
Luminosidade: maior quantidade de horas/luz acelera o desenvolvimento da bananeira e
permite colheitas mais precoces. A quantidade ideal de horas/luz/ano para se produzir uma
colheita econômica de banana é de 1.500 horas, com quatro horas diárias como média.
Vento: pode causar desde pequenos danos, até a destruição do bananal. Em áreas
submetidas a ventos fortes, recomenda-se o uso de sistema de escoramento e de quebraventos, utilizando variedades de menor porte e maior vigor. Ventos com velocidade superior
a 55 km/hora podem ocasionar destruição total.
Altitude: a bananeira pode ser cultivada desde 0 m a 1.000 m acima do nível do mar.
Plantios em altitudes superiores resultam em aumento do ciclo de produção.
Umidade relativa: a bananeira desenvolve-se bem em áreas com umidade acima de 80%.
EXIGÊNCIAS QUANTO AO SOLO
A bananeira desenvolve-se melhor em solos profundos, ricos em matéria orgânica, não
sujeitos a encharcamento e de topografia plana a levemente ondulada.
Devem-se evitar solos muitos arenosos, pois geralmente são mais pobres e apresentam
baixa capacidade de armazenamento de água.
Nas áreas com declive acentuado são necessárias medidas de conservação do solo
(plantios em curva de nível, terraços e uso de cobertura morta), pois a enxurrada ocasiona a
erosão, empobrecendo e desgastando o solo.
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA
A área destinada à instalação do bananal deve estar próxima da estrada principal e dispor
de boas estradas secundárias, para o fácil acesso de veículos durante o ano todo. Os
caminhos dentro da propriedade também devem ser bem conservados para facilitar a
locomoção.
ESCOLHA DA VARIEDADE
Na formação de um bananal devem-se utilizar variedades mais tolerantes às pragas e
doenças, ao frio e à seca que sejam preferidas pelo mercado consumidor a que se
destinam.
Devem-se escolher variedades com mudas disponíveis no mercado, de porte baixo, com
alta produtividade e que possibilitem alto preço no mercado.
As variedades mais cultivadas no Brasil são a Prata, Pacovan, Prata Anã, Maçã, Terra,
D’Angola, Nanica, Nanicão, Grande Naine, Caipira, Pioneira e Thap Maeo.
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CARACTERÍSTICAS DE CULTIVARES DE BANANA DO BRASIL
Variedades
Porte
Ciclo
(dias)
Peso por Rendimento cacho (kg)
(t/ha./ciclo)
Prata
Alto
392
14
13
457
16
15
Prata Anã
Médio/Baixo 407
14
15
Maçã
Médio/Alto
390
15
10
Nanica
Baixo
395
25
25
Nanicão
Médio/Baixo 400
30
25
Grande
Médio/Baixo 389
30
25
545
25
20
Médio
338
12
12
Médio/ Alto
383
16
20
Pioneira
Médio/Baixo 346
16
25
Thap Maeo
Médio/Alto
13
30
Pacovan
Naine Terra Alto
D'Angola
395
PREPARAR A ÁREA PARA O PLANTIO
A bananeira necessita de um bom preparo do solo para o melhor desenvolvimento das
raízes e utilização dos nutrientes. O preparo do solo pode ser manual ou mecânico.
PREPARAR A ÁREA MANUALMENTE
Esse método é utilizado em pequenos plantios.
•
Realize a derrubada ou roçagem do mato com machado ou foice
•
Faça a destoca com chibanca ou enxadeta
•
Faça o encoivaramento com o forcado ou manualmente
•
Retire a coivara da área
VERIFICAR A NECESSIDADE DE PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO
Atenção: Em terrenos inclinados, devem ser adotadas práticas de conservação do solo,
portanto, é necessário consultar um técnico para orientação sobre os procedimentos
adequados.
COLETAR AMOSTRAS DE SOLO PARA ANÁLISE
A amostragem do solo deve ser feita antes da instalação do pomar e anualmente para
acompanhar e manter a fertilidade do solo para a bananeira.
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DISTRIBUIR O CALCÁRIO A LANÇO
A aplicação do calcário, quando recomendada pela análise do solo, deve ser feita com
antecedência mínima de 30 dias antes do plantio. A incorporação do calcário no solo é
realizada com enxada na época da capina
DEFINIR DO ESPAÇAMENTO
Cada variedade deve ser plantada em um espaçamento, de acordo com o porte da planta,
em fileiras simples ou duplas.
Variedades
Prata
Pacovan
Prata Anã
Maçã Nanica
Porte
Espaçamento
Fileiras
Fileiras
simples
duplas (m)
( )
Alto
3x3
4x2x3
Alto
3x3
4x2x3
Médio/Baixo 2,5x2,5
4x2x2
4x2x2,5
3x2x2
2,5 x 2,5 4x2x2
2x2,5
4x2x2
3x3 3x2
4x2x3
4x2x2,5
3x2,5 2x2
Caipira
Pioneira
Médio/Alto
Baixo
Médio/Baixo
Médio/
Alto
Médio
Médio/Alto
Médio/
Thap Maeo
Médio/Alto
3x2,5
Nanicão
Grande Naine
Terra
D'Angola
3 x 2, 5 4x2x2,5
2,5x2,5
4x2x2
4x2x2,5
O plantio em fileiras duplas apresenta como vantagens maior facilidade para inspeção do
pomar e para a execução dos tratos culturais e fitossanitáros, além da possibilidade de
consórcio com outras culturas por períodos mais longos.
FAZER O BALIZAMENTO
Escolha um ponto na área em relação ao seu maior comprimento (A)
•
•
Fixe um piquete sobre esse ponto, com auxílio de batedor;
Arme um triângulo → Estabeleça um ponto móvel (B), a 3 m de distância (ponto 3 m na
trena), a partir do ponto A (0 m na trena);
→ Marque outro ponto móvel (C) a 4 m de distância (ponto 7 m na trena)
→ Feche o triângulo de forma que o ponto final da trena (A) feche em 12 m
•
Alinhe um dos lados da área (linha 1);
→ A linha 1 deve passar pelos pontos A e B e atingir a extremidade da área.
•
Alinhe outro lado da área (linha 2);
→ A linha deve passar pelos pontos A e C e atingir a outra extremidade da área.
•
•
Puxe as linhas 3 e 4 de forma que a linha 3 tenha o mesmo comprimento da linha 1 e a
linha 4 o mesmo comprimento da linha 2;
Trace linhas paralelas, obedecendo ao espaçamento entre linhas;
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•
•
Marque as covas com piquetes, obedecendo ao espaçamento entre plantas dentro das
linhas;
Deixe ruas mais largas (cerca de 4 m) entre os talhões para a movimentação de veículos
Atenção: O balizamento em terrenos inclinados deve seguir as normas de conservação do
solo.
FAZER AS COVAS
As covas de vem ser abertas com enxadão, próximo da época de plantio, nas dimensões de
40 x 40 x 40 cm ou 30x 30 x 30 cm.
•
Separe cerca de 20 cm da terra da superfície em um dos lados da cova;
•
Coloque a terra da camada mais profunda do outro lado da cova;
•
Adube a terra retirada da superfície, de acordo com a análise solo;
•
Na ausência dessa análise, coloque adubo orgânico curtido (10 a 20 litros de esterco
de curral ou 1 a 2 kg de esterco de aves ou 0,5 a 1 kg de torta de mamona) e 150 a 200 g
de superfosfato simples;
•
Misture os adubos ao solo;
•
Retorne a terra superficial adubada para o fundo da cova
PREPARAR A ÁREA MECANICAMENTE
Esse método é utilizado para plantios de grandes áreas, quando o terreno permite o uso de
máquinas. Porém, algumas ações são realizadas manualmente.
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LIMPAR A ÁREA
A derrubada ou roçagem do mato destoca encoivaramento são feitos com máquinas
conduzidas por pessoa habilitada.
RETIRAR A COIVARA DA ÁREA
VERIFICAR A NECESSIDADE DE PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO
Atenção: Em terrenos inclinados, devem ser adotadas práticas de conservação do solo,
portanto, é necessário consultar um técnico para orientação sobre os procedimentos
adequados.
COLETAR AMOSTRAS DE SOLO PARA ANÁLISE
A amostragem do solo deve ser feita antes da instalação do pomar e anualmente para
acompanhar e manter os níveis adequados de nutrientes para a bananeira.
Atenção: Para efetuar uma amostragem correta, deve-se solicitar a orientação de um
técnico.
FAZER A ARAÇÃO
O arado deve ser utilizado a uma profundidade mínima de 20 cm conduzido por pessoa
habilitada. Áreas com solos compactados devem ser subsoladas a 50-70 cm de
profundidade, antes da aração.
DISTRIBUIR O CALCÁRIO
A aplicação do calcário, quando recomendada pela análise do solo, deve ser feita no mínimo
30 dias antes do plantio. A incorporação do calcário no solo é realizada pela gradagem ou
por enxada rotativa acoplada ao trator.
FAZER A GRADAGEM
Duas gradagens cruzadas são recomendadas para um perfeito preparo do solo. As
gradagens devem ser realizadas por pessoas habilitadas
FAZER O BALIZAMENTO DA ÁREA
Este balizamento deve ser realizado conforme indicado para o preparo manual.
FAZER AS COVAS
As covas devem ser abertas nas dimensões de 40 x 40 x 40 cm ou 30 x 30 x 30 cm, com
trado mecânico acoplado ao trator, conduzido por pessoa habilitada.
Pode-se também abrir sulcos de 30 cm de profundidade.
ADUBAR AS COVAS DE ACORDO COM O ÁNALISE DO SOL
Na ausência da análise, coloque adubo orgânico (10 a 20 litros de esterco de curral ou 1 a 2
kg de esterco de aves ou 0,5 a 1 kg de torta de mamona) e 150 a 200 g de superfosfato
simples. Os adubos são colocados no solo retirado das covas abertas pelo trado.
ƒ
ƒ
ƒ
Coloque os adubos
Misture os adubos com a terra
Coloque a mistura dentro da cova
ADQUIRA AS MUDAS
As mudas devem ser adquiridas de bons viveiristas, obtidas de áreas estabelecidas com a
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finalidade exclusiva de produção de mudas.
Tipos de mudas:
•
•
•
•
•
•
•
•
Chifrinho: mudas de 20 a 30 cm de altura, 2 a 3 meses de idade com peso de 1 a 2
kg e que apresentam folhas em forma de lança;
Chifre: mudas de 50 a 60 cm de altura, 3 a 6 meses de idade, com peso de 1,5 a 2
kg e que apresentam folhas em forma de lança;
Chifrão: Mudas de 60 a 150 cm de altura, 6 a 9 meses de idade, com peso de 2 a 3
kg e que apresentam uma mistura de folhas em forma de lança com folhas típicas de
planta adulta. Essas mudas devem ser as preferidas para o plantio, por serem
vigorosas, proporcionarem redução do ciclo vegetativo e melhores colheitas;
Adulta ou muda alta: mudas com rizoma bem desenvolvido, com peso maior que 4
kg;
Rizoma com filho aderido: mudas que apresentam uma brotação desenvolvida
junto com o rizoma e, por isso, exigem maiores cuidados em seu manuseio para
evitar danos ao broto;
Pedaço de rizoma: mudas provenientes de frações de rizoma, com peso de 800 a
1.200 g que apresentam, no mínimo, uma gema desenvolvida;
Muda guarda-chuva: mudas pequenas, com 15 a 30 cm de altura, de rizoma
pequeno, folhas típicas de planta adulta. Estas mudas não devem ser utilizadas, pois
possuem pouca reserva e resultam em longo ciclo vegetativo;
Mudas obtidas por propagação acelerada in vivo: processo realizado sob
condições controladas, em viveiros. As mudas obtidas são livres de pragas,
apresentam altura de 15 a 20 cm, peso de 80 a 150g, folhas levemente
arredondadas, rizoma pequeno e presença de raízes. Essas mudas devem ser
colocadas em sacos plásticos com terra apropriada até atingir o tamanho adequado
para ir ao campo (cerca de 30 cm de altura).
Fracionamento de rizoma
Propagação rápida: Mudas obtidas por propagação acelerada in vitro, sob condições
controladas, em laboratório. São produzidas um grande número de mudas livres de pragas e
doenças. As mudas passam do laboratório para as câmaras de aclimatação e então para
sacos plásticos, até atingirem o tamanho ideal para ir ao campo (cerca de 30 cm).
PREPARAR AS MUDAS
As mudas devem ser preparadas no próprio local onde são adquiridas. Esta prática diminui
o peso para o transporte e o perigo de introdução de pragas e doenças no novo bananal.
•
•
Elimine as raízes e a terra aderida, utilizando facão;
Corte o pseudocaule deixando 10 a 15 cm acima do rizoma
SEPARAR AS MUDAS EM LOTES HOMOGÊNEOS (DO MESMO TIPO E VARIEDADE)
Esta prática visa facilitar a aplicação dos tratos culturais e uniformiza a colheita em cada
talhão.
DISTRIBUIR AS MUDAS AO LADO DAS COVAS ADUBADAS
Em cada talhão devem ser colocadas mudas do mesmo tipo e da mesma variedade.
PLANTAR AS MUDAS
O plantio deve ser realizado no início do período de chuvas ou em qualquer época do ano,
se houver irrigação.
COLOQUE A MUDA DENTRO DA COVA JÁ ADUBADA
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Atenção: O contato da muda com o adubo deve ser evitado, para que não ocorra queima.
•
•
•
Coloque inseticida nematicida;
Chegue terra em volta da muda;
Firme bem as mudas.
Essa prática deve ser realizada para evitar encharcamento e posterior apodrecimento das
mudas.
REPLANTAR AS MUDAS NÃO GERMINADAS
O replantio deve ser realizado de 30 a 45 dias após o plantio, utilizando mudas de tamanho
maior do que as inicialmente plantadas.
Atenção: As mudas utilizadas para o replantio devem ser arrancadas e plantadas no
mesmo dia, para facilitar o pegamento.
FAZER A CONSORCIAÇÃO
O uso da consorciação no bananal é indicado para cobrir os custos iniciais de implantação,
possibilitar ao produtor fonte de alimentação e renda suplementar e utilizar melhor o solo.
No consórcio, pode-se utilizar culturas anuais como: feijão, milho, mandioca, batata doce,
inhame, pimenta e outras. A cultura intercalar deve ser plantada nas entrelinhas do bananal,
deixando-se uma faixa de cerca de 1,5 m das bananeiras, para evitar competição por água e
nutrientes.
Tratos culturais e fitossanitários devem ser realizados na cultura consorciada, para não
prejudicar a cultura principal (banana).
TRATOS CULTURAIS
Consiste em fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas, resultando em
maior produção e frutos de qualidade.
FAZER A CAPINA
A eliminação das ervas daninhas pode ser realizada por capinas manuais, mecânicas ou por
herbicidas, isoladas ou combinadas. Devem ser executadas principalmente nos cinco
primeiros meses.
FAÇA A CAPINA MANUAL
A eliminação das plantas daninhas em cultivos tradicionais, não mecanizáveis, deve ser
efetuada com enxada, estrovenga ou roçadeira manual, sempre que necessário.
FAÇA A CAPINA MECÂNICA - USAR GRADE, ROÇADEIRA OU ENXADA ROTATIVA
NAS ENTRELINHAS
A grade pode ser usada até o terceiro mês e a roçadeira ou enxada rotativa até o quinto
mês após o plantio, para não prejudicar o sistema radicular da planta.
USE CAPINA MANUAL NAS LINHAS DE PLANTIO
A eliminação do mato próximo às plantas deve ser feita com enxada, para não prejudicar as
plantas.
FAÇA A CAPINA QUÍMICA
Atenção: A seleção do herbicida ou mistura de herbicidas depende das plantas daninhas
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presentes na área e deve ser orientada por técnico especializado Precaução: Durante a
aplicação de herbicidas devem-se usar os equipamentos de proteção individual (EPIs): bota,
macacão, luva, óculos e chapéu.
Alerta ecológico: As embalagens vazias dos produtos químicos devem ser armazenadas
em local apropriado, de forma a não prejudicar o meio ambiente.
REALIZAR O DESBASTE
Consiste na eliminação do excesso de filhotes (rebentos) para melhor manejo do pomar e
produção de cachos de qualidade. Geralmente o desbaste é realizado a partir do quarto mês
do plantio. condução do bananal é realizada em cada ciclo, deixando-se, normalmente, uma
família por cova: planta-mãe, um filho e um neto.
SELECIONAR OS FILHOTES A SEREM DESBASTADOS
Os filhotes devem ser desbastados quando atingirem 20 a 30 cm de altura, eliminando-se
aqueles que estão fora do alinhamento original do plantio.
CORTAR O FILHOTE RENTE AO SOLO COM FACÃO
DESTRUIR A GEMA APICAL (“OLHO”)
Essa operação é necessária para que a planta não rebrote e deve ser realizada com a
“lurdinha”.
COLOQUE A “LURDINHA” NA SUPERFÍCIE DO CORTE
•
•
•
•
Introduzir a “lurdinha”
Retirar a “lurdinha” com a gema apical
Repitir os procedimentos anteriores para retirar os filhotes em excesso
Colocar a terra sobre o buraco aberto pela “lurdinha” esta operação evita contaminação
por pragas e doenças.
A eliminação das folhas secas ou mortas, ou ainda das folhas verdes com pecíolos
quebrados, melhora o desenvolvimento dos filhotes, facilita o controle de pragas e doenças
e reduz o atrito com os frutos em formação. As folhas devem ser cortadas rente ao
pseudocaule, de baixo para cima, para não romper as bainhas, utilizando facão, faca ou
podão.
Atenção: A desfolha não deve ser feita em períodos muito quentes, pois nestas épocas as
folhas servem para proteger o pseudocaule do excesso de raios solares.
UTILIZAR A COBERTURA MORTA
Os restos vegetais do próprio bananal, por exemplo, folhas eliminadas na época da desfolha
e pedaços de pseudocaule de plantas cujos cachos foram colhidos, são picados e
espalhados em toda a área. À medida que o material for se degradando, a cobertura morta
deve ser reposta. A cobertura morta aumenta a retenção de água no solo, reduz os custos
com capinas e adubos, além de melhorar as condições do solo.
FAZER O ESCORAMENTO
Plantas altas, com cachos pesados, devem ser escoradas para evitar perda dos frutos por
quebra ou tombamento da planta.
ESCORAR AS PLANTAS COM VARAS
A vara deve ser amarrada no ponto de saída do engaço, com o auxílio de escada.
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•
•
•
•
•
•
•
•
•
Cave um buraco;
Firme a vara com terra;
Coloque a escada;
Amarre a vara no ponto de saída do engaço, com auxílio de um fitilho;
Escore as plantas com fitilhos;
Amarre o fitilho em um pedaço de madeira;
Firme o pedaço de madeira no ponto de saída do engaço, com o auxílio de uma escada;
Finque uma estaca em direção oposta à saída do cacho;
Prenda a outra extremidade do fitilho na estaca
FAZER O ENSACAMENTO DO CACHO
Esta prática é utilizada para evitar o ataque de pragas, aumentar a velocidade de
crescimento e melhorar a qualidade dos frutos. O ensacamento deve ser feito para evitar o
ataque de pragas, aumentar a velocidade de crescimento e melhorar a qualidade dos frutos.
ensacamento deve ser feito duas semanas após a emissão da última penca, usando sacos
transparentes com pequenas perfurações, abertos nas duas extremidades.
•
•
•
Colocar o saco em torno do cacho, de baixo para cima;
Amarrar a parte superior do saco no engaço;
Cortar o coração a 10 ou 12 cm da última penca
A eliminação do coração visa aumentar o comprimento da última penca e também o peso do
cacho, além de afugentar pragas. O coração deve ser cortado após a formação da última
penca
IRRIGUE O BANANAL
A bananeira é muito sensível à falta d’água e a irrigação suplementar é necessária em
regiões muito secas. Diversos métodos de irrigação podem ser usados em bananeira, no
entanto, a planta não suporta encharcamento por períodos superiores a 24 horas.
Atenção: Antes da implantação de um sistema de irrigação recomenda-se a consulta a um
técnico especializado.
ADUBAR O BANANAL COM BASE NA ANÁLISE DO SOLO
O sucesso da adubação depende da quantidade aplicada, da época e da localização dos
adubos.
Atenção: A adubação deve ser feita antes da desfolha e após o desbaste. A aplicação dos
adubos deve ocorrer em períodos com umidade adequada no solo.
ADUBAR AS PLANTAS NOVAS
As adubações de cobertura nas plantas jovens devem ser feitas em círculos, a 40 cm de
distância da planta.
ADUBAR AS PLANTAS ADULTAS
No bananal adulto, os adubos são distribuídos em meia-lua, em frente às plantas filha e
neta, a 40 cm de distância da planta neta.
ADUBAR PLANTAS EM TERRENOS INCLINADOS
O adubo deve ser distribuído em meia-lua, do lado de cima da cova e ligeiramente
incorporado ao solo.
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ESQUEMA DE APLICAÇÃO DE ADUBOS EM COBERTURA
Adubação
nitrogenada
Adubação fosfatada
• Em condições de sequeiro, a quantidade
recomendada deve ser dividida em 3 a 4
aplicações;
• Em condições de irrigação, a quantidade
recomendada deve ser dividida em aplicações
mensais ou a cada 2 meses;
• Primeira aplicação: 30 a 45 dias após o plantio.
• Anualmente, se indicada.
Adubação potássica
Adubação orgânica
• Em condições de sequeiro, a quantidade
recomendada deve ser dividida em 3 a 4
aplicações;
• Em condições de irrigação, a quantidade
recomendada deve ser dividida em aplicações
mensais ou a cada 2 meses;
• Primeira aplicação: 3° ao 4° mês após o plantio,
coincidindo com a 2a aplicação de nitrogênio;
• De acordo com a recomendação da análise de
solo.
TRATOS FITOSSANITÁRIOS
Consiste em identificar e controlar agentes causadores de pragas, doenças e nematóides. O
aparecimento desses problemas durante o desenvolvimento das plantas determina prejuízos
sérios à produção, sendo necessário vistoriar o pomar freqüentemente para identificar e
estabelecer formas de controle.
CONTROLAR AS DOENÇAS
SIGATOKA AMARELA (Mycosphaerella musicola)
As plantas atacadas apresentam, inicialmente, pequenos pontos entre nervuras das folhas
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mais novas, que se transformam em estrias. As estrias passam as manchas necróticas e
alongadas que evoluem para lesões escuras, com a parte central acinzentada e bordos
amarelos.
Em fases mais avançadas, grande parte das folhas fica comprometida, ocorrendo à morte
prematura delas.
CONTROLAR QUIMICAMENTE
Consiste na aplicação de óleo mineral para uso na agricultura, puro ou misturado à
fungicida.
Atenção: Para a definição dos fungicidas, deve-se consultar um técnico especializado.
•
•
Prepare a mistura;
Aplique 15 L/ha. casa 2 a 3 semanas;
A aplicação deve ser feita nas horas mais frescas do dia, direcionado o líquido para as
folhas mais novas, mais suscetíveis.
CONTROLAR COM PRÁTICAS CULTURAIS
A eliminação das folhas atacadas ou parte delas pode reduzir a intensidade da doença no
bananal.
CONTROLAR COM AS VARIEDADES RESISTENTES
As variedades Terra, D’Angola, Thap Maeo e caipira apresentam resistência à doença.
SIGATOKA NEGRA (Mycosphaerella fijiensis)
Os sintomas da sigatoka negra são bastante semelhantes aos da sigatoka amarela,
diferenciando-se pela predominância de coloração escura nas folhas.
CONTROLAR QUIMICAMENTE
As mesmas medidas de controle químico para a sigatoka amarela são utilizadas para a
sigatoka negra, porém com maior número de aplicações de fungicidas.
CONTROLAR COM AS VARIEDADES RESISTENTES
As variedades Caipira e Thap Maeo apresentam resistência à sigatoka negra, sendo
indicadas para o cultivo em regiões onde a doença está presente.
MAL-DO-PANAMÁ (Fusarium oxysporium f. Sp. Cubense)
Os sintomas externos iniciam com o amarelecimento progressivo das folhas mais velhas
para as mais novas. Posteriormente as folhas murcham, secam e quebram junto ao
pseudocaule, dando à planta um aspecto de guarda-chuva fechado.
As plantas podem também apresentar rachaduras na base do pseudocaule. Cortes
transversais em pseudocaules e rizomas de plantas atacadas apresentam manchas pardoavermelhadas.
O controle é feito com variedades resistentes, sendo recomendadas: Nanica, Grande Naine,
Terra, Terrinha, D’Angola, Thap Maeo, Ouro da Mata e Caipira.
Atenção: Novos plantios devem ser instalados em áreas sem registros da doença,
preferindo-se solo férteis e ricos em matéria orgânica. Solos mal drenados e ácidos devem
ser evitados.
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MOKO (Pseudomonas solanacearum)
Plantas jovens infectadas apresentam coloração verde pálida nas folhas, que
posteriormente amarelecem, murcham e curvam-se. Em plantas adultas, os sintomas
externos podem ser confundidos com aqueles do mal-do-panamá, entretanto o moko ataca
todas as partes da planta, incluindo o fruto, o que não ocorre com o mal-do-panamá. Frutos
atacados apresentam podridão seca e escurecimento da polpa.
Em cortes transversais do pseudocaule, observam-se manchas pardo-avermelhadas na
região central.
CONTROLAR CULTURAL
•
•
•
•
Plantio de mudas sadias;
Eliminação do coração;
Desinfecção das ferramentas utilizadas nos diversos tratos culturais;
Utilização de herbicidas para o combate de plantas daninhas, evitando ferimentos nas
raízes.
CONTROLAR COM AS VARIEDADE RESISTENTE
Apenas a variedade Pelipita apresenta resistência à doença.
CONTROLAR AS PRAGAS
A praga economicamente mais importante para a bananeira é a broca do rizoma ou
moleque da bananeira, que está distribuída em todas as áreas produtoras. Na forma adulta,
a broca do rizoma é um besouro de coleção preta.
Os prejuízos à bananeira são causados pelas larvas que penetram no rizoma e dele se
alimentam, formando galerias. As plantas atacadas apresentam amarelecimento e
secamento das folhas, são mais sujeitas ao tombamento suscetíveis à penetração de outros
agentes causadores de doenças.
CONTROLAR QUIMICAMENTE
O controle químico pode ser feito mergulhando-se as mudas em solução com inseticida
registrado para a cultura.
CONTROLAR COM ISCAS
Iscas tipo “telha” ou tipo “queijo” na proporção de 50 a 100 iscas por hectare podem ser
utilizadas como controle.
PREPARAR AS ISCAS TIPO QUEIJO
As iscas tipo “queijo” são preparadas em bananeiras que já produziram cacho.
Corte o pseudocaule a uma altura de aproximadamente 30 cm;
Faça um corte horizontal profundo próximo à base do pseudocaule, sem decepá-lo
totalmente;
• Coloque um calço na fenda aberta;
• Capture os insetos manualmente;
• A catação manual dos insetos é feita duas vezes por semana;
• Destrua os insetos.
Em grandes áreas pode-se utilizar inseticida na isca, não havendo necessidade de catação
manual.
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PREPARAR AS ISCAS TIPO “TELHA”
Essas iscas são preparadas com pseudocaules de bananeiras que já produziram cacho.
•
•
•
•
•
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Corte um pedaço do pseudocaule com 50 cm, aproximadamente;
Abra o pseudocaule em duas partes no sentido de seu comprimento, formando “telhas”;
Coloque as iscas próximo às plantas, com a parte cortada voltada para baixo;
Capture os insetos manualmente;
A catação manual do inseto é feita duas vezes por semana;
Destrua os insetos
Em grandes áreas pode-se utilizar inseticida na isca, não havendo necessidade de catação
manual.
CONTROLAR OS NEMATÓIDES
Os nematóides são vermes muito pequenos, que causam severos danos aos plantios de
banana.
CONTROLAR QUIMICAMENTE
Recomenda-se o uso de nematicidas três vezes ao ano, já que todos possuem atividade
inseticida e são de fácil aplicação. A primeira aplicação deve ser feita na cova de plantio e
as demais em cobertura.
CONTROLAR POR MANEJO CULTURAL
A prática de rotação de culturas é recomendada para o controle de nematóides, por
exemplo, soja perene e Crotalaria juncea, pelo período de um ano.
CONTROLAR COM AS VARIEDADES RESISTENTES
O ideal é plantar muda de variedades resistentes aos nematóides, como Pacovan, Prata
Anã e Maçã, de boa aceitação pelos consumidores.
COLHEITA
Consiste na retirada dos cachos em época adequada e com os cuidados que resultem em
frutos de boa qualidade.
DETERMINE O PONTO IDEAL DE COLHEITA
A colheita deve ser realizada quando os frutos atingirem o desenvolvimento conveniente,
segundo a distância do mercado consumidor ou a finalidade a que se destina o produto. Na
determinação do ponto de colheita muitos critérios são usados:
•
•
•
Padrão visual do fruto (mudança da cor da casca e arredondamento dos frutos devido à
redução das quinas);
Determinação do diâmetro do fruto central da segunda penca, com auxílio do calibrador;
Determinação do número de dias entre o lançamento do cacho e a época adequada
para colheita
COLHER AS PLANTAS DE PORTE ALTO
A colheita de plantas altas deve ser efetuada por duas pessoas. Esta técnica é
recomendada também para plantas que produzem cachos grandes e pesados.
ESCORAR AS PLANTAS COM ESTRONCA
A estronca deve ser apoiada na parte superior do pseudocaule pela pessoa 1
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•
•
•
•
Faça um corte parcial na metade do pseudocaule;
Segure o cacho pela extremidade ou ampare no ombro;
Corte o engaço;
Proteja os cachos
Os cachos devem ser colocados em local sombreado sobre palhas ou espuma. Podem-se
colocar os cachos diretamente no meio de transporte, devidamente protegidos, para evitar
danos aos frutos.
COLHER AS PLANTAS DE PORTE MÉDIO A BAIXO
A colheita é mais fácil, sendo executada por uma única pessoa.
•
•
•
Segure o cacho com uma das mãos;
Corte o engaço com facão;
Proteja os cachos
Os cachos devem ser colocados em local sombreado sobre palhas ou espuma. Podem-se
colocar os cachos diretamente no meio de transporte, devidamente protegidos para evitar
danos aos frutos.
CORTAR O PSEUDOCAULE APÓS A COLHEITA, PRÓXIMO AO SOLO
A finalidade desta prática é evitar que o pseudocaule sirva como fonte de contaminação de
pragas e doenças. O pseudocaule cortado deve ser picado e usado na área como cobertura
morta.
Atenção: As ferramentas utilizadas devem ser desinfetadas após a colheita de cada talhão.
TRANSPORTE
O transporte dos cachos da lavoura até o local de despencamento e embalagem pode ser
realizado por uma pessoa ou por meio de animais, em carroças, carros-de-boi, carretas,
caminhonetes ou caminhões.
Em função da crescente exigência de qualidade pelo mercado, segurança na
comercialização e melhores preços, devem ser empregados cuidados especiais no
transporte dos cachos.
O atrito entre os frutos deve ser evitado e para isso usam-se materiais diversos, como
palhas vegetais, espumas e colchões; também deve ser evitado o empilhamento dos cachos
e o contato destes com o solo, para reduzir pressões entre os frutos.
Em cultivos mais tecnificados, pode-se utilizar sistema de transporte por cabos aéreos, que
reduz totalmente os danos, pois não existem choques entre os frutos.
DESCARREGAR OS CAHOS PARA BENEFICIAMENTO
EFETUAR O DESPENCAMENTO DOS CACHOS
O despencamento dos cachos deve ser realizado em locais apropriados.
•
•
•
Faça o despencamento em propriedades sem galpões de embalagens;
Coloque os cachos em local coberto, no chão forrado com palhas, espumas ou
colchões;
Faça o despencamento com faca comum, faca curva ou faca espátula
FAZER O DESPENCAMENTO EM PROPRIEDADES COM GALÕES DE EMBALAGEM
•
Coloque os cachos um ao lado do outro, suspensos em ganchos que correm sobre
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•
trilhos;
Faça o despencamento com faca comum, faca curva ou faca espátula.
ELIMINAR PENCAS DEFEITUOSAS
Essa eliminação deve ser iniciada no momento do despencamento
RETIRAR OS RESTOS FLORAIS
LAVAR AS PENCAS
A lavagem das pencas de banana em tanques com água ou água mais detergente (1 litro de
detergente em 100 litros d’água, por 10 a 20 minutos), dá melhor aparência aos frutos.
CLASSIFICAR AS PENCAS
As pencas são classificadas de acordo com o tamanho, pesou e grau de maturação,
dependendo do mercado consumidor.
EMBALAR AS FRUTAS
Vários tipos de embalagens são utilizadas no comércio de banana. Existe uma grande
variação de caixas para 10, 15, 18, 20, 23 e 25 kg de banana, construídas com madeira
duratex, plástico ou papelão dependendo do local ou fabricante.
Existem também embalagens especiais para mercados mais exigentes e para exportação.
As embalagens são feitas de caixas de papelão onde as frutas são arrumadas em 2, 3 ou 4
filas.
COMERCIALIZAÇÃO
Comercialização consiste em um conjunto de medidas que permitem ao produtor colocar no
mercado o produto colhido, com qualidade e a preços compensadores.
A comercialização é um processo tão importante quanto à produção, podendo definir a
lucratividade dos empreendimentos com banana.
A maior parte da banana vendida no país não é de boa qualidade devido, principalmente, às
péssimas condições de transporte do produto.
OBTENHA OS MELHORES PREÇOS
A produção brasileira é basicamente destinada ao mercado interno, que absorve 99%.
Durante o processo de comercialização, quando o objetivo é conseguir melhores preços,
deve-se considerar que:
•
•
A banana é muito perecível, o que requer rapidez nos negócios;
A qualidade dos frutos é um dos fatores mais importantes para se conseguir melhores
preços.
A análise das variações de preço durante o ano é fundamental para que se possa produzir
bananas na entressafra, onde o produto é melhor remunerado.
CONHEÇA OS CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO
O produtor deve escolher o canal de comercialização que melhor se adapta às suas
condições. Existem cinco alternativas para o bananicultor:
•
•
Vendas diretas para o consumidor, sem nenhum intermediário;
Vendas diretas ao varejista (verdureiro, feirante, quitanda, supermercado);
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•
•
•
Vendas ao atacadista instalado junto à zona de produção;
Vendas ao atacadista instalado próximo ao centro urbano a ser abastecido;
Vendas do produto diretamente para a indústria.
Referências
ALVES, E. J. A cultura da banana: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais.
Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1999. 585 p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical. O cultivo dá
banana. Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1997. 109 p. (EMBRAPA-CNPMF. Circular
Técnica, 27).
LICHTEMBERG, L.A. Colheita e pós-colheita de banana. Informe Agropecuárío, Belo
Horizonte, v. 20, n. 196. p. 73-90, 1990.
RODRIGUES, F. & ABOBOREIRA, M. Proposta de normas de qualidade e processo de
embalagem para banana prata anã in natura, para o norte de Minas Gerais: banana de 1ª
qualidade padrão exportação. Janaúba/Minas Gerais, Brasil, 1998. Inédito.
RODRIGUES, F. & ABOBOREIRA, M. Guia de colheita e pós-colheita de banana prata anã.
Janaúba/Minas Gerais, Brasil, 1999.
SOUTO, R.F.; RODRIGUES, M.G.V; ALVARENGA, C.D. et ai. Sistema de produção para
cultura da banana prata-anã. Belo Horizonte: EPAMIG. 1997. 32 p. (Boletim Técnico. 48)
Nome do técnico responsável
Ivo Pessoa Neves
Nome da Instituição do SBRT responsável
Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA
Data de finalização
24 maio 2007
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