Você é uma pessoa diurna ou noturna? Algumas

Você é uma pessoa diurna ou noturna? Algumas pessoas
são mais bem humoradas pela manhã, e algumas de noite
– e alguns, eu acho, nunca estão! Mas se estou em meu
melhor humor em algum momento do dia, provavelmente
é de manhã. Eu acordo cheio de energia, mas com o
passar do dia minha energia vai diminuindo, e às nove
horas estou pronto pra ir pra cama; às dez horas já estou adormecendo, e às onze horas estou
dormindo, onde quer que eu esteja.
Eu sempre fui assim. Mesmo quando estava na universidade eu era assim. E você sabe, se na
universidade você vai dormir antes das onze todo dia, é triste! Eu tinha fama de sempre estar
na cama antes das onze.
Quando eu tinha 21 anos, no final do meu tempo em Cambridge, aconteceu um Baile de
Maio, e eu encontrei alguém que eu já conhecia um pouco, era uma jovem mais ou menos da
minha idade, e começamos a conversar, e começamos a dançar, e dançamos um pouco mais e
conversamos um pouco mais, e onze horas chegou e passou, três horas chegou e passou,
cinco horas chegou e passou. Às sete da manhã começamos a jogar tênis! Depois fomos jogar
perto do rio, e almoçamos. Eu não tinha dormido nada. Eu não me sentia nem um pouco
cansado. Depois eu descobri que meus amigos decidiram que eu ia me casar com esta mulher,
porque eu estava acordado depois das onze da noite! E eles estavam certos – eu casei com
ela.
O ALPHA
E para mim, a vida nunca foi a mesma. Minha velha vida acabou, e uma nova vida começou.
Paulo, escrevendo aos Coríntios em 2 Coríntios 5, versículo 17, diz o seguinte: Portanto, se
alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram
coisas novas! Relacionamentos são empolgantes, e o relacionamento mais empolgante de
todos é o nosso relacionamento com Deus.
Deixe-me ler para vocês algumas coisas que pessoas escreveram em seus questionários no
final do último curso. Fico muito grato às pessoas pela forma como escrevem tão
honestamente sobre suas experiências.
Uma pessoa escreveu o seguinte: “Eu experimentei a Deus pela primeira vez; o sentimento de
completude e necessidade de perdão que eu tanto precisava foi satisfeito”.
Outro escreveu: “Minha vida mudou radicalmente e para melhor. Sou uma nova pessoa agora
– um Cristão. O que isto significa, ‘um Cristão’?”
Às vezes as pessoas dizem “Cristão certamente deve significar uma ‘pessoa boa’”: “Ah, é
uma pessoa cristã”. Mas este não é o sentido original, porque você pode ser um ateu muito
bom, mas não gostaria necessariamente de ser chamado de cristão, porque você não é.
Algumas pessoas diriam, “Certamente todos somos cristãos porque este é um país cristão. E
se você nasceu em um país cristão então você é cristão”. Mas nascer em um país cristão não o
torna mais cristão que, digamos, nascer no McDonalds te faria ser um hambúrguer. Não
procede.
Às vezes as pessoas dizem, “Bom, eu acredito em Deus. Isso significa que sou um cristão?”
Não. Uma das coisas que os escritores do Novo Testamento dizem é que até mesmo
demônios crêem em Deus. Eles sabem que existe um Deus, mas isso não os torna cristãos.
Um cristão é um seguidor de Jesus Cristo, alguém que tem um relacionamento com Deus
através de Jesus Cristo. Agora, a forma como este relacionamento acontece varia muito.
Quero dizer, algumas pessoas sabem a data exata. Eu sei a data exata: 16 de Fevereiro de
1974. Antes disso eu não era cristão. Eu me tornei cristão nesta data, e desde então sou um
cristão.
Outras pessoas – e eu espero que isso seja verdade para meus filhos – diriam, “Na verdade
não lembro um tempo em que eu não era cristão”. Outros diriam, “Bem, eu acho que houve
um tempo em que eu não era cristão, e acho que sou cristão agora, mas eu não sei bem como
aconteceu. Foi um processo”. Não importa em qual categoria você se encaixa; o que importa
é que você sabe que é um cristão agora.
C.S. Lewis usou essa analogia: ele disse que é como se você estivesse em um trem de Paris
para Berlim. Algumas pessoas estarão acordadas no momento em que cruzarem a fronteira,
eles saberão o momento exato em que aconteceu. Outras pessoas não. Isso não importa; o que
importa é que você sabe que está em Berlim agora. E o que importa é que você sabe que é um
Cristão agora – e você pode saber isso.
João escreveu o seguinte:
Contudo, aos que o receberam, todos que receberam a Jesus, aos que creram em seu nome,
deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus – em outras palavras, no relacionamento
mais íntimo possível com Deus, um filho de Deus. Esta é uma analogia comum no Novo
Testamento. O Novo Testamento às vezes também usa a analogia de marido e esposa. É um
relacionamento íntimo. Mas a questão é a seguinte: se você está neste relacionamento, você
sabe disso.
Mais uma vez, nos questionários fazemos a pergunta, “Você se considerava cristão no
começo do Alpha?” Aqui estão algumas das respostas para a pergunta “Você se considerava
cristão no começo do Alpha?”, que já obtive. Uma pessoa escreveu: “Sim, mas sem qualquer
experiência real de relacionamento com Deus”. Outra escreveu: “Mais ou menos”. Outro:
“Não tenho certeza”. Outro: “Acho que sim”. Outro: “Hmmm”. Outro: “Sim, mas olhando
para trás, possivelmente não”.
Você sabe quando está em um relacionamento. Suponhamos que você perguntasse para
minha esposa Pippa, “Pippa, você é casada?”, e ela dissesse, “Sim, mas sem qualquer
experiência deste relacionamento”, ou “Mais ou menos”, ou “Acho que sim”, ou “Não tenho
certeza”, ou “Hmmm”, ou “Sim, mas olhando para trás, talvez não!”.
Deus quer que tenhamos certeza. Mais uma vez, João escreve o seguinte – e eu acho que este
versículo está nos manuais de vocês: Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do
Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna. Como podemos saber isso?
Como podemos saber que somos cristãos? Como podemos saber que temos vida eterna?
1. A PALAVRA DE DEUS
Nossa confiança, nosso conhecimento é baseado como as três pernas de um tripé: cada uma é
essencial. E cada uma é um membro da trindade: o Pai, o Filho, o Espírito Santo. O primeiro
é este: a palavra de Deus. Nossa confiança está baseada neste livro, nas promessas deste livro.
E, portanto está baseado em fatos e não em sentimentos.
Se você me perguntasse como eu sei que sou casado, uma resposta que eu poderia lhe dar é
lhe mostrar isto: isto é um documento. É nossa certidão de casamento. Isto é evidência de que
somos casados. E se você me perguntasse como sei que sou cristão, eu te mostraria este livro.
Vejam, nossos sentimentos mudam. Eles oscilam – com o clima, com o que comemos na
noite anterior ou bebemos na noite anterior. E se sua fé dependesse de seus sentimentos, seria
um sobe e desce constante, porque nossos sentimentos oscilam o tempo todo.
Falei com vocês que sou membro de uma academia, e prometo não contar mais histórias de
academia ou squash depois desta – esta é a última! Mas uma vez eu fui jogar squash e mais
uma vez não tinha ninguém lá, então eu fui pra academia e vi que tinham um desafio: era
chamado de o Grande Desafio. Na verdade nessa época eu tinha acabado de entrar pra
academia. E eu gostei do desafio, então pensei, “Ah, vou fazer isto!”. E eles disseram, “Você
precisa treinar por seis semanas antes de participar”. E eu falei “Sem problema. Eu gostaria
de participar assim mesmo”. Eles disseram, “Você pode participar em diferentes níveis. Você
pode ficar no Super Forma, no Lutador em Forma, você pode lutar no Ficando em Forma ou
nos Mais Velhos e Mais sábios – recomendamos que você fique no `Mais velhos e Mais
sábios’”.
Eu disse, “Não, não, não, eu vou participar do Super Forma”. E eles disseram “Não...” –
vejam que eles estavam educadamente tentando me desencorajar. Mas sou teimoso e muito
competitivo, então eu disse, “Tá bom, eu vou fazer o Super Forma”. Então eles disseram,
“Certo. Então é isso que tem que fazer: pedalar 5 quilômetros, fazer 40 extensões verticais,
100 abdominais, correr 4 quilômetros de subida, então você...” – tinha dez exercícios
desenhados para usar todos os músculos do corpo. E você tinha que fazer isso em menos de
45 minutos.
Então eu disse, “Certo, vou fazer”. Eu não tinha percebido quanto são cinco quilômetros de
bicicleta, e quando eu – mesmo com este exercício eu estava pingando de suor, e as pessoas
ouviram que eu estava fazendo o desafio então tinha gente me assistindo, e isso me deixou
mais determinado e competitivo, apesar de que eu estava pensando que este era o primeiro
exercício e ainda tinha outros nove! Mas foi somente meu orgulho que me fez conseguir,
porque eu não estava pronto.
Mas de alguma forma eu consegui, e eles disseram: “Parabéns, você sobreviveu ao Grande
Desafio. Aqui está uma camiseta escrito Eu Sobrevivi ao Grande Desafio”. Eu fiquei tão feliz
comigo mesmo! Me deram uma bebida grátis, e um cupom de 5 reais – fiquei tão satisfeito!
Fui pra casa para contar pra minha família. Eu falei, “Olhem, Eu sobrevivi ao grande
desafio!”. Eu disse, “Olhe, me deram um cupom de 5 reais!”. Eu até guardei a bebida grátis
porque queria mostrar o que ganhei por esta grande conquista. E eu estava lá no alto, tão
satisfeito.
Na manhã seguinte eu estava bem. Desci as escadas e falei, “Olhem, estou bem!” Alonguei
um pouco. Na manhã seguinte eu não conseguia me mexer! Todo músculo do meu corpo
tinha congelado. Eu não conseguia sair da cama! A Pippa teve que me ajudar a sair da cama.
Foi uma agonia descer as escadas. Eu não conseguia tomar café – era... – levantar aquilo,
era...! Eu não podia pedalar pro trabalho. Eu nem podia dirigir para o trabalho! Eu não
conseguiria fazer isto ou aquilo com o pé! Então a Pippa gentilmente me levou ao trabalho.
Eu estava determinado a não deixar ninguém saber o que fiz. Então tentei entrar na reunião
de equipe como se estivesse bem... e a primeira pessoa que me viu disse, “Nicky, o que
aconteceu com você?” E eu me senti tão idiota. Eu senti como se tivesse despencado de cima
para baixo.
Como você sabe, isso acontece todo dia em nossas vidas por vários motivos. E se nossa fé
dependesse de como nos sentimos, nunca saberíamos se somos ou não cristãos. Alguns dias
seríamos e outros não. Mas não é assim, ser cristão depende é das promessas de Deus.
A primeira que quero olhar está em Apocalipse, capítulo 3, versículo 20. Isto é Jesus falando
à igreja – e a igreja, claro, é feita de indivíduos. Ele diz o seguinte:
Apocalipse
Capítulo 3
Versículo 20
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei
com ele, e ele comigo.”
O pintor renascentista Holman Hunt ilustrou este versículo com esta pintura. Ele a pintou em
três versões. A mais famosa se encontra na Catedral de São Paulo. É chamada A Luz do
Mundo. E ilustra este versículo: Jesus, a Luz do Mundo, está em pé diante da porta da casa de
alguém. Esta porta representa a sua vida, a minha vida.
A pessoa em questão jamais abriu sua vida a Cristo, e isto é mostrado pelo fato de que
trepadeiras com ervas daninhas e espinhos cresceram ao redor dela. E Jesus está dizendo: “Eis
que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele,
e ele comigo”.
Cear juntos, no Oriente Médio e nos tempos antigos, assim como hoje, é sinal de amizade.
Ele está dizendo, em outras palavras, “Eu quero vir e ter uma amizade, um relacionamento
com você, uma amizade com você”.
Quando Holman Hunt pintou este quadro, alguém chegou até ele e disse “Espere um
momento, você cometeu um erro”, e ele disse, “Qual?”. A pessoa falou, “Você se esqueceu
de pintar uma maçaneta na porta”. E Holman Hunt respondeu, “Não foi um erro. Existe uma
maçaneta, mas está do lado de dentro”.
Em outras palavras, Jesus não vai se forçar para dentro de nossas vidas. Ele diz, “Eis que
estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei.” Ele não diz
“Talvez eu entre” – é uma promessa: “Entrarei”. Por exemplo, se um de vocês fez a oração
que fizemos no final da última conversa semana passada e convidou Jesus para entrar em sua
vida, você pode ter certeza que ele entrou, independente de como você se sentiu. Não
depende de seus sentimentos; é uma promessa: “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
eu entrarei”.
Outra promessa é: Eu estarei sempre com vocês. Uma vez que ele entrou, ele sempre estará
conosco. Isso não significa que sempre estaremos em conversa direta com ele. É como estar
trabalhando na mesma sala com alguém: você não está sempre necessariamente falando com
aquela pessoa, mas você está consciente de que ela está na sala com você.
E então ele diz: Eu lhes dou vida eterna. Na primeira semana vimos evidências da
Ressurreição. As implicações da ressurreição são desconcertantes, porque a ressurreição de
Jesus dentre os mortos primeiramente nos assegura quanto ao passado. Significa que
realmente podemos saber que fomos perdoados. Quando olhamos para a cruz semana
passada, é um assunto tão difícil de entender e pensamos, “Como podemos saber o que
realmente aconteceu quando Jesus morreu na cruz?” A resposta é que sabemos disso porque
ele ressuscitou dentre os mortos. Deus o ressuscitou dentre os mortos.
Portanto a ressurreição não é o reverso de uma derrota que aconteceu na cruz; foi a
manifestação de uma vitória. É a evidência de que realmente funcionou, que podemos ser
perdoados, que o passado pode ser limpo.
Em segundo lugar é uma garantia quanto ao presente: que realmente podemos ter um
relacionamento com Jesus. Jesus não está morto; ele vive. E, portanto você pode conhecê-lo,
e eu posso conhecê-lo.
É uma garantia quanto ao futuro: porque se Jesus foi enterrado – morto, enterrado, e ressuscitou,
isso significa que um dia, quando eu e você morrermos e formos enterrados, também podemos
ressuscitar para uma nova vida. Esta vida não é o fim. A história não é um ciclo sem sentido.
Ela se move para um clímax glorioso. Um dia Jesus retornará, e haverá novo céu e nova terra.
Aqueles que colocam sua fé em Cristo irão com ele para sempre, em um lugar onde não
haverá choro nem dor, nem tentação ou pecado, ou sofrimento ou separação daqueles que
amamos. Receberemos gloriosos corpos ressuscitados, sem dor. Seremos transformados à
semelhança de Cristo. Existe vida além do túmulo.
Algumas pessoas pensam, “A vida eterna parece ser muito monótona”. Mas Paulo escreveu o
seguinte: olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus
preparou para aqueles que o amam.
C.S. Lewis usa esta analogia. Ele diz: se você acha que esta vida é como estar em período de
aulas e o céu é como estar de férias, sobre as pessoas que morreram, ele diz:
“Acabaram-se as aulas: chegaram as férias! Acabou-se o sonho: rompeu a manhã!
Toda a vida deles neste mundo... havia sido apenas a capa e a primeira página do livro.
Agora, finalmente, estavam começando o Capítulo Um da Grande História que
ninguém na terra jamais leu: a história que continua eternamente e na qual cada
capítulo é muito melhor do que o anterior”.
Estas são as promessas de Deus, a palavra de Deus.
2. A OBRA DE JESUS
A segunda base do tripé é a obra de Jesus. Ela está baseada não no que fazemos, mas no que
Jesus fez por nós.
Mais uma vez, se você me perguntasse como sei que sou casado, eu poderia te mostrar minha
certidão de casamento, mas outra coisa que posso fazer é te falar de um evento que aconteceu
aqui em 7 de Janeiro de 1978. E se você me perguntar como sei que sou um cristão, te falaria
de um evento na história: a morte e ressurreição de Jesus Cristo. É assim que sabemos que
Deus nos ama.
Abra em Romanos, capítulo 6, versículo 23. Paulo escreve o seguinte:
Romanos
Capítulo 6
Versículo 23
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor.
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus — ou, como colocam outras versões, o dom gratuito de Deus.
Não sei como você se sente quando ouve a expressão “dom gratuito”, mas se for como eu –
sou desconfiado quanto a presentes gratuitos, porque recebemos pelo telefone: “Você ganhou
um milhão de dólares”. Existem pessoas que circulam oferecendo presentes gratuitos. E
sempre pensamos que tem uma pegadinha – e tem uma pegadinha. Voltei de um feriado uma
vez e achei este panfleto. Ele dizia:
“O milhão em potencial de N. Gumbel! N. Gumbel, você seria o vencedor do Reino
Unido? O Sr. N. Gumbel é um sortudo residente selecionado de Londres. Prezado Sr.
Gumbel, por que te selecionamos? Porque acreditamos que você merece!” – Legal, né?
Afinal de contas, você trabalha há muito tempo, e trabalha duro pela sua porção de
coisas boas na vida – eu não acho que eles tenham percebido que sou um pároco!
“Está na hora de você ser recompensado. Você poderia estar segurando o número vencedor
neste instante, Sr. N. Gumbel!” – Acho que eles pensaram que quanto mais repetissem
meu nome, mais impressionante seria!
“O Certificado Gumbel é apenas seu. Aja agora, Sr. N. Gumbel, e você pode ter tudo.
Acredite quando eu digo, Sr. N. Gumbel, que não há nenhuma pegadinha!”
E então fui olhar o que eu realmente tinha ganhado, e era uma agenda eletrônica gratuito.
Como eu pegaria isto? “Cadastre-me no milhão de dólares” – não sei por que dólares na
Inglaterra! – “dos sonhos e envie minha agenda gratuito e inicie minha assinatura de 40
semanas da Revista Time” – aí está a pegadinha.
Então fui olhar a próxima carta no correio, mas não estava endereçada a mim, mas sim à
minha esposa. A chamada era a seguinte:
“Um fabuloso prêmio para você, Sra. Gumbel! É um cheque de 30.000 dólares ou é
um Ford Mondeo? Ótimas notícias – você realmente é ganhadora em nosso Prêmio
Principal” – Ela realmente tinha ganho alguma coisa! Que empolgante. O que ela
ganhou? Aqui temos:
“Presente gratuito: Jogo para sal e pimenta. Este charmoso par de galinhas senta
confortavelmente em uma cesta de vime, alinhavada com tecido de algodão colorido –
uma bela adição à sua mesa de jantar. Grátis para você se seu pedido for acima de 80
dólares”.
Sempre tem uma pegadinha. Mas não com o presente de Deus. O dom de Deus é gratuito.
Não é barato, mas é gratuito para nós. Para Jesus, custou tudo.
Abra em 2 Coríntios, capítulo 5, versículo 21. O apóstolo Paulo escreve o seguinte:
2 Coríntios
Capítulo 5
Versículo 21
Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos
tornássemos justiça de Deus.
Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos
justiça de Deus.
Semana passada vimos um versículo do Velho Testamento, Isaías capítulo 53, versículo 6,
que diz o seguinte: Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos – isto nos representava,
representava as coisas que fizemos errado. Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada
um de nós se voltou para o seu próprio caminho – e eu disse, deixe que esta mão represente
Jesus Cristo, que nunca fez nada errado. E o que este versículo diz é: na cruz o Senhor fez
cair sobre ele – sobre Jesus – a iniqüidade de nós todos.
O apóstolo Paulo adiciona algo a este versículo. Deixe este lenço branco representar a justiça
de Cristo. Jesus viveu uma vida sem pecado; ele nunca fez nada de errado. Ele era justo aos
olhos de Deus. Não havia nada entre ele e Deus. Ele tinha o relacionamento perfeito com
Deus Pai.
O que este versículo diz é que Deus o fez, na cruz – diz o seguinte: Deus tornou pecado por
nós aquele que não tinha pecado. Na cruz Jesus levou nosso pecado – tornou pecado por nós
aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.
Não é maravilhoso: uma troca aconteceu, o que significa que é possível para nós, por causa
do que Jesus fez, estar em um relacionamento justo – é isto que “justiça” significa – um
relacionamento justo com Deus, e como resultado, relacionamentos justos com outras
pessoas. Para que Deus olhe para nós da mesma forma que ele olhou para seu próprio Filho,
Jesus Cristo, por causa do que ele fez na cruz por nós. É quase inacreditável.
Como recebemos este dom que Deus nos dá? Recebemos através de arrependimento e de fé.
Arrependimento é se afastar das coisas ruins, das coisas que prejudicam nossa vida. Deus não
nos pede para deixar para trás as coisas que são boas para nós, mas sim as coisas que podem ser
externamente atraentes, mas que sabemos que não fazem bem às nossas vidas. O que deixamos
para trás não é nada comparado ao que recebemos, e não é nada comparado com o que Jesus
sacrificou na cruz. Mas temos que nos afastar das coisas ruins. Isto é arrependimento.
Recebemos por arrependimento e fé. O que é fé? Fé é confiança. Todos nós exercitamos a fé
– vocês estão exercitando a fé esta noite: ao sentarem nestas cadeiras estão exercitando a fé.
Estão colocando sua confiança nestas cadeiras ao sentarem nelas. De uma forma mais
profunda, quando duas pessoas se casam elas exercitam a fé. Quando você diz, “Eu Aceito”,
você está confiando sua vida à outra pessoa. Isto é fé.
Blondin, cujo nome verdadeiro era Jean-François Gravelet, nasceu em 1824. Ele era um
acrobata, andava na corda bamba. E sua apresentação preferida era andar na corda bamba
sobre as Cataratas do Niágara, 50 metros sobre as Cataratas, 335 metros de corda. E ele
atravessava – acho que ele fez isso 17 vezes ao todo; ele fazia coisas diferentes toda vez que
atravessava.
Certa ocasião um grupo da realeza britânica foi assistir, e incluía o Duque de Newcastle.
Nesta ocasião específica Blondin, tendo atravessado, pegou um carrinho de mão, e atravessou
com ele de volta. E havia uma grande multidão o aplaudindo. E Blondin foi até o grupo real e
disse, “Vocês acreditam que eu poderia colocar alguém dentro do carrinho de mão e
atravessar com ele?” E todos disseram que sim. O Duque de Newcastle disse que sim, e o
acrobata se voltou para o duque e disse “Então embarca!”
Agora, isto é fé! Teria sido tolice – e ele não entrou! Mas ele foi sábio em não fazer, bom,
certamente eu não gostaria de colocar minha fé em um equilibrista na corda bamba. Mas
colocar sua fé em Deus é um passo sábio, porque Jesus é completamente digno de confiança.
Alguém estava em nosso pequeno grupo no Alpha uma vez, e um tempo depois a mãe desta
pessoa morreu e ele me pediu para assumir o funeral. No dia após o funeral ele me escreveu
dizendo o seguinte:
“Durante o funeral eu finalmente entendi o que significava ser um Cristão. Naqueles
trinta minutos meus olhos foram abertos completamente pela primeira vez. Eu
percebi porque eu não estava perdido em tristeza e amargura pela perda da minha
mãe.
Sim, eu chorei e me entristeci, mas eu sabia – eu sei – que sua fé em Jesus Cristo a
tinha salvado e que ela viveria a vida eterna. Eu havia visto isto em seus olhos antes
de sua morte na quinta passada, e ontem eu senti uma onda de realização em mim,
quente, rica e confortante. Foi então que eu finalmente percebi a grandeza do
sacrifício que Jesus fez por nós na cruz: que realmente podemos ter a vida eterna no
céu através dele”.
3. O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO
Aquela é a segunda base do tripé. A terceira base do tripé é o testemunho do Espírito Santo.
Então, a palavra de Deus, a obra de Jesus, e em terceiro lugar, o testemunho do Espírito
Santo. É baseado nele, e não em nós.
Se você me perguntasse como sei que sou casado, posso mostrar minha certidão de
casamento, posso mostrar um evento que aconteceu aqui, mas a terceira coisa que posso
mostrar são vinte e oito anos de experiência de casado. E se você me perguntar como sei que
sou cristão, posso mostrar este livro, um evento histórico, e também posso falar da
experiência.
Vimos este versículo em que Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a
minha voz e abrir a porta, entrarei.” Na realidade não é Jesus que entra, é o Espírito Santo,
que é o Espírito de Jesus. Jesus entra através do Espírito Santo. Jesus pode estar em apenas
um lugar de cada vez, mas o Espírito de Deus pode estar em todos os lugares. E o Espírito de
Deus pode entrar em sua vida e em minha vida.
O que acontece quando ele entra? Ele começa a nos transformar. E algumas destas coisas
podem ser vistas objetivamente. Abra em Gálatas, capítulo 5, versículo 22. Paulo escreve o
seguinte:
Gálatas
Capítulo 5
Versículos 22–23
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio.
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio.
Às vezes as pessoas dizem, “Fico um pouco preocupado com o que aconteceria se eu me tornar
um cristão”. Eles dizem, “Eu não quero mudar, e se eu mudasse como eu mudaria?” Aqui está a
resposta: o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade – estas são as
características que começam a se desenvolver em nossas vidas. Não acontece do dia para a noite.
Charlie Mackesy é um bom amigo nosso, o artista que fez estes... mmm, estes, os... o que são
chamados? Qual o nome disso, Charlie? Figuras, isso! Não, são outra coisa. Ilustrações, é isto!
Os desenhos no manual.
Uma vez ele fez uma brincadeira comigo porque alguém tinha nos dado um pé de pêras e nós a
plantamos em nosso jardim. Eu estava muito feliz com isso, porque eu achava que seria muito
bom, eu estaria comendo pêras. Eu ia até o jardim pra ver se pêras estavam crescendo, e é claro
que não estavam. E o Charlie sabia disso. Então um dia ele pegou uma maçã bem bonita e
prendeu em um galho na árvore. E eu posso ser bobo, mas não tanto assim! Mas a questão é que
você não tem frutos completamente crescidos do dia pra noite; leva tempo para crescer.
Este fruto do Espírito em nossa vida leva tempo. E no meu caso, está levando bastante tempo!
Mas eu espero que na medida em que a vida continua nos tornemos mais amáveis, mais
alegres, mais bondosos, mais pacientes.
Então nossos relacionamentos mudarão. Uma das coisas que percebi, e não sei se algum de
vocês começou a perceber isso nas últimas semanas: minha atitude em relação a Deus
mudou; em relação a Jesus. Antes, para mim, Jesus era uma palavra para reclamações. Ou se
eu ouvisse sobre Jesus no rádio, eu mudava para outra estação, porque eu não estava
interessado em religião. De repente, quando eu ouvia sobre Jesus, eu aumentava o som,
porque eu estava em um relacionamento com ele, eu o conhecia, eu estava interessado.
Meu relacionamento com outros cristãos mudou. Antes de me tornar um cristão, outros
cristãos – eu os evitava. Eu suspeitava deles. Achava que eles eram estranhos, ou muito
diferentes, ou pessoas muito tristes.
Na universidade em que eu estudava eles tinham a festa do mingau! Quer dizer, quem faz
festas do mingau! Mas então eu me tornei um Cristão, e fui a uma festa do mingau – e
descobri que na realidade eram pessoas maravilhosas.
Minha atitude em relação a outras pessoas, mesmo pessoas que eu nunca havia conhecido
mudou. Mais uma vez lembro de Charlie dizendo como sua atitude em relação a outros
mudou. Ele sentia amor pelas pessoas. Lembro que uma vez ele me contou que foi a um local
de bebidas e sentiu um amor impressionante pela pessoa que o servia – não só por causa do
que lhe servia! Mas este é o amor que vem do Espírito Santo.
É um amor que nos leva a fazer a diferença em nosso mundo. Não é apenas algo egoísta, que
nos sentimos bem; é que recebemos o desejo e a paixão para fazer algo a respeito do nosso
mundo e fazer a diferença em nosso mundo. Não é algo fácil – ser um cristão nunca será
fácil. É altamente desafiador, altamente empolgante, mas não é fácil.
E não existem apenas mudanças objetivas, também existe a experiência subjetiva. O Espírito
Santo nos dá uma convicção pessoal, profunda de que somos filhos de Deus. Em Romanos 8,
versículo 16, Paulo escreve que o próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos
filhos de Deus.
Qual é a diferença entre fé e conhecimento? Permitam-me a seguinte ilustração. Eu disse que
já fui advogado. Uma vez eu – eu pratiquei tanto a defesa quanto a acusação, mas nesta
ocasião eu estava acusando no tribunal.
Eu estava acusando alguém por roubar jóias de uma joalheria, no valor de 20.000 dólares. A
única evidência contra este homem eram suas digitais. Bom, visto que ninguém, nem mesmo
gêmeos idênticos, tem a mesma digital, normalmente se existem digitais a pessoa se declara
culpada. Mas este homem não se declarou culpado, ele disse: “Sim, minhas digitais estavam
naquela cabine de vidro”, de onde as jóias sumiram, “mas eu estava naquela loja com minha
namorada aquele dia, e eu devo ter colocado minhas mãos sobre o vidro, e por isso que
minhas digitais estavam lá”.
Eu não sabia se o júri acreditaria nele ou não, porque toda decisão do júri é um ato de fé. Eles
não estavam lá. Eles não sabiam. Eles ouvem a evidência e dão um passo de fé – que não é
inteiramente diferente de colocar sua fé em Cristo. Você toma uma decisão e dá um passo de
fé. Não é irracional, não é um passo cego de fé; é um de fé baseado em evidências.
Mas eu não sabia se eles dariam este passo de fé ou não. E deram. Eles o acusaram. Então um
policial se ofereceu para testemunhar. Ele foi à frente e testemunhou algo que eles não
podiam saber enquanto tomavam aquela decisão, e eram as convicções prévias daquele
homem, que tinham duas páginas e meia, por roubar jóias de lojas de departamento. Ele
estava também aguardando julgamento por dois casos de roubo de jóias de lojas de
departamento. E era visível no rosto dos jurados: alívio – eles sabiam. Eles tinham dado um
passo de fé, mas agora sabiam.
Convidar Jesus para entrar é um passo de fé. Mas quando ele entra, o Espírito Santo testifica:
ele testifica em nosso espírito que somos filhos de Deus e que somos amados por ele.
Tenho três filhos e todos já são adultos. Mas eu lembro de uma vez em que estava vivendo
uma situação – tenho dois filhos e uma filha mais nova. Na época minha filha tinha 13 anos e
eu estava olhando seus boletins. Eu estou longe de ser um pai exemplar em qualquer área,
então não estou colocando isso para vocês como exemplo a seguir – provavelmente seja a
forma errada de se olhar os boletins de seus filhos. Mas sempre sinto que exigem demais das
crianças, e sempre disse pra eles, “Não trabalhem demais”. E sempre acho que os boletins
deles são, sabe – bom qualquer professor os criticaria, mas eu não acreditava! E sempre achei
que estavam fantásticos.
E então eu estava olhando os boletins e dizendo pra minha filha, “Você é fantástica! Você é
maravilhosa” E ela dizia, “É, mas eu não fui bem em Francês”. E eu dizia “Ah, você é tão
fantástica! Sabe... eu estou...” Você sabe, sou completamente influenciado – acho
absolutamente maravilhoso. Eu disse: “Eu acho que você é maravilhosa! Eu te amo! Eu te
adoro! Eu te amo porque te amo”. Ela deve ter morrido de vergonha, pode imaginar, com 13
anos! Mas eu disse, “Eu – eu te amo, eu te amo porque te amo”. E naquele momento alguma
coisa aconteceu comigo: porque ao passar pela vida muitas vezes me sinto um fracasso. Eu
muitas vezes sinto que errei, “Falhei mais uma vez!”. E naquele momento eu senti o Espírito
Santo testemunhar ao meu espírito dizendo, “Você não percebe que eu te amo mais do que
você ama sua própria filha? Eu te amo porque te amo”.
É assim que sabemos que estamos em um relacionamento com Deus: sabemos por causa da
promessa de Deus – ele entrará. Sabemos por causa da morte de Jesus por nós, o que ele fez
por nós. E sabemos por que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo.
Vamos fazer uma oração. Mais uma vez eu quero dar uma oportunidade às pessoas. Fique em
silêncio por um momento e talvez você diga que não está pronto para uma oração. Mas pode
haver uma pessoa aqui que gostaria de fazer uma oração. E eu quero fazer uma oração
semelhante à que fiz semana passada. E Jesus está vivo, está aqui esta noite. Você pode fazer
esta oração em seu coração, ecoe em seu coração. Apenas diga:
Senhor Jesus Cristo, obrigado por me amar tanto. Obrigado por ficar em pé à porta da minha
vida e bater.
Esta noite quero te convidar para entrar. Eu deixo para trás todas as coisas ruins em minha
vida, todas as coisas que sei serem erradas. Arrependo-me disto e peço seu perdão.
Obrigado por morrer por mim na cruz para que eu pudesse ser completamente perdoado, a
lousa ser limpa e para que eu pudesse começar de novo.
Esta noite eu coloco minha confiança em ti. Peço que venha me encher com teu Espírito
Santo, para me ajudar a ter o tipo de vida que em meu íntimo eu tenho desejado ter. Obrigado
Senhor Jesus. Amém.