Mofo branco Mofo branco

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Impresso
Especial
9912200533
AGOPA
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CORREIOS
Ano VIII/ n°143 Goiás - Março de 2012
Mofo
branco
Ataque da doença pode causar
grandes prejuízos ao cotonicultor.
Manejo adequado e prevenção
são as medidas mais indicadas
para o combate
Sefaz
Adiado prazo para
obrigatoriedade do uso
de Nota Fiscal Eletrônica
Meio ambiente
Adesão ao Programa
ABC, do governo
federal, ainda é pouca
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Editorial
Opinião - Haroldo Rodrigues da Cunha é presidente
do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA)
Doença
na lavoura
Mercado volátil
Período úmido e temperatura
amena têm contribuído para a
disseminação do mofo branco
nas lavouras de algodão de
Goiás. Por esta razão, a preocupação com o fungo Sclerotinia sclerotiorum, causador da
doença, aumentou nesta safra
de 2011/2012. O manejo encontra dificuldades, mas a integração de medidas (como o
controle biológico, o controle
químico e o uso de sementes
certificadas, entre outras práticas) deve ser implementada.
Portanto, o produtor deve ficar muito atento às formas de
evitar a doença e de controlá-la. Saiba mais sobre o mofo
branco nesta edição do Promoalgo.
Boa leitura!
Alessandra Goiaz
Impresso
Especial
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CORREIOS
Ano VIII/ n°143 Goiás - Março de 2012
Mofo
branco
Ataque da doença pode causar
grandes prejuízos ao cotonicultor.
Manejo adequado e prevenção
são as medidas mais indicadas
para o combate
Sefaz
Adiado prazo para
obrigatoriedade do uso
de Nota Fiscal Eletrônica
Meio ambiente
Adesão ao Programa
ABC, do governo
federal, ainda é pouca
Capa: OOT - Design e Comunicação
Ex­pe­di­en­te
O mercado de algodão vive hoje o momento mais volátil de toda
a sua história. Entre os anos de 2010 e 2011, os preços do algodão
mais do que triplicaram, antes de voltar para quase o mesmo valor de
dois anos antes. No início de 2010, o produto foi cotado a US$ 0,78;
em março daquele ano, chegou a US$ 2,43, para voltar a US$ 0,88
em dezembro do ano passado. Trata-se de uma situação que expõe
a indústria do algodão a um enorme risco, uma vez que produtores e
compradores são obrigados a repensar seus negócios e adotar novas
medidas para sobreviver.
Contudo, sobreviver apenas não basta. São imprescindíveis medidas audaciosas para o País se manter em um nível elevado de competitividade no mercado mundial de algodão. Devem ser combatidas, com
medidas corajosas, adversidades como a volatilidade dos preços, a diminuição potencial da indústria têxtil nacional, a variação da área cultivada de um ano para outro (como o aumento de 65% em 2010/2011),
a infraestrutura precária, a falta de mão de obra qualificada e o fato de
que muitos produtores não adotam mecanismos de cobertura para a
produção e comercialização dos produtos.
Apesar destas limitações, há muitas oportunidades para o algodão
brasileiro. Entre elas, destaque para a disponibilidade de terras para a
agricultura. Em algumas regiões onde o algodão foi plantado nestes
últimos anos, observou-se um potencial para a cultura que merece registro. Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, em uma região chamada
“Mapitoba” (cujo termo é uma combinação dos nomes desses estados), apresentam certamente uma das áreas promissoras para o algodão. Além disso, hoje adotamos o algodão geneticamente modificado,
que atualmente responde por cerca de 20% da produção nacional. A
perspectiva é que nos próximos dois anos este percentual seja ainda
mais significativo.
O setor pode contar, ainda, com o Instituto Brasileiro do Algodão
(IBA), cuja tarefa é promover o desenvolvimento e o fortalecimento da
indústria de algodão brasileira, além de investir em projetos sustentáveis que refletem os interesses dos produtores brasileiros.
O futuro do algodão vai depender de como esses desafios são trabalhados utilizando-se as ferramentas corretas para minimizá-los e maximizar as potencialidades da cultura do algodão no Brasil. Tudo, é claro,
baseado na produção de um algodão sustentável.
Jor­n a­l is­tas res­pon­sá­v eis
Mi­g uel Bu­e­n o
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Co­o r­de­na­dor do Pro­mo­a l­go
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(Di­re­tor exe­cu­ti­vo da Ago­pa)
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Pre­si­den­te: Mar­ce­lo Swart
Vi­ce-pre­si­den­te: José Fava Neto
Vi­ce-pre­si­den­te: Lu­iz Re­na­to Zap­pa­ro­li
Di­re­tor-exe­cu­ti­vo: Dul­ci­mar Pes­sat­to Fi­lho
Co­or­de­na­dor do Con­se­lho Ges­tor: Mar­ce­lo Swart
Di­re­tor-exe­cu­ti­vo: Pau­lo Cé­sar Pei­xo­to
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Vi­ce-pre­si­den­te: Ro­land van de Groes
Diretor-executivo: Mauricio Bernardo Scholtem
Goiânia, março de 2012
Meio ambiente
Pouca adesão
Burocracia, falta de
informação e de mais
incentivos são fatores que
emperram o Programa ABC
C
riado em 2010 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) não tem atingido o seu
principal público: o produtor rural.
Burocracia, desconhecimento das linhas de crédito e questões de ordem
legal (especialmente no tocante às
legislações fundiária e ambiental) são
alguns fatores que têm limitado a adesão e representado um entrave para a
liberação das linhas oficiais de crédito.
Somente o Banco do Brasil possui R$
850 milhões para o financiamento de
projetos da agricultura de baixo carbono no ano safra 2011/2012. Conforme o gerente-executivo da Diretoria
de Agronegócios do Banco do Brasil,
Álvaro Tosetto, em seminário realizado em fevereiro na Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),
durante o período de julho de 2011 até
30 de janeiro de 2012, o banco liberou
R$ 249 milhões para o programa.
Na teoria, a proposta do programa
parece interessante. O Programa ABC
dispõe de um montante de R$ 3,15
bilhões para financiar práticas sustentáveis que devem ser adotadas pelos
produtores rurais na safra 2011/2012.
A ideia não é só reduzir a emissão dos
gases que causam o efeito estufa, mas
também proporcionar o aumento da
rentabilidade dos produtores por meio
da adoção dessas práticas. Cada produtor pode financiar até R$ 1 milhão,
com uma taxa de juros de 5,5% ao
ano, prazo de carência de até oito anos
e pode quitá-lo em até 15 anos.
Porém, na prática, os interessados
têm enfrentado obstáculos para conseguir o crédito. Segundo o assessor
técnico para a área de meio ambiente
da Federação da Agricultura e Pecuária
de Goiás (Faeg), Marcelo Lessa, o primeiro impasse é a falta de informação
sobre como o programa realmente
funciona. “Falta mais divulgação para
atingir diretamente o público-alvo”,
diz. O segundo ponto refere-se às exigências para se conseguir a linha de
crédito. Uma delas é a obrigatoriedade
da elaboração de um projeto técnico
minucioso sobre a utilização da verba
na propriedade rural, o que gera um
custo maior ao interessado. “Outra
questão que inviabiliza a adesão ao
programa é a necessidade de se ter
a Reserva Legal [RL] averbada. Com
a discussão sobre o novo Código Florestal em andamento e a falta de definições sobre esta questão, o produtor
não vai averbar a RL até que ocorra
uma decisão definitiva”, explica Lessa.
A terceira questão, conforme salienta o assessor técnico, diz respeito
à falta de incentivos. Mesmo que os
juros sejam de 5,5% ao ano, o produtor vê que o governo federal poderia
oferecer mais benefícios, uma vez que
Carlos Costa - Faeg/Senar
o Programa ABC faz parte da Política
Nacional sobre Mudança do Clima.
Política esta que foi instituída por meio
da Lei nº 12.187/09, que estabelece
como uma das diretrizes da referida
política o compromisso, feito pelo
Brasil, de reduzir de 36,1% a 38,9%
as emissões de gases de efeito estufa
projetadas até 2020. O compromisso
foi firmado durante a 15ª Conferência
das Partes das Nações Unidas sobre o
Clima (COP-15), realizada em Copenhague (Dinamarca) em 2009. “Neste
caso, o produtor pagará por um compromisso feito pelo próprio governo”,
completa Marcelo Lessa.
Devido a todos estes empecilhos,
segundo o assessor técnico, os produtores rurais que têm desenvolvido
projetos de recuperação ambiental em
suas propriedades têm optado por linhas de crédito menos burocráticas e
já conhecidas, mesmo que as taxas de
juros sejam maiores.
Ação do governo
Com o intuito de difundir e incentivar a adoção de práticas sustentáveis
nas propriedades rurais, o governo
federal ampliará as ações do Programa ABC em 2012. Uma das iniciativas
previstas para este ano é a capacitação
de 5 mil técnicos e 25 mil produtores
rurais. Porém, de acordo com Marcelo
Lessa, quanto à diminuição da burocracia e à adoção de mais incentivos para a
adesão, ainda não há nenhuma sinalização de que tais ações serão realizadas.
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Manejo
Ataque
branco
Clima favorece disseminação do mofo
branco nas lavouras de algodão
Fotos: Nelson Suassuna/Embrapa Algodão
A
s lavouras goianas de algodão têm
sofrido com o mofo branco, uma doença causada pelo fungo Sclerotinia
sclerotiorum e que tem sido considerada
uma das principais doenças do algodoeiro,
tanto em áreas irrigadas quanto de sequeiro.
A doença tem sido observada em regiões de
altitude, causando baixas no estande inicial
de plantas e com alta severidade em plantas
adultas, em especial sob condições de temperatura amena associada a chuvas frequentes ou à irrigação. Condições estas que favorecem o desenvolvimento da doença.
O fungo causa a doença em várias espécies de plantas, muitas delas de importância
econômica com plantios de larga escala,
como é o caso do algodoeiro, da soja, do feijão e do girassol. Considerando-se o aumento em áreas infestadas, o número de plantas
de algodão infectadas no campo e a severidade dos sintomas observados em diferentes partes da planta, a referida doença deve
ser motivo de preocupação do produtor.
Em áreas livres de S. sclerotiorum, uma
epidemia de mofo branco pode ser iniciada
por meio de sementes contaminadas pelo
fungo ou com escleródios (estrutura de resistência) transportados junto ao lote de sementes. “Quando as áreas estão semeadas
e sob condições favoráveis de umidade e
temperatura, o micélio [parte vegetativa do
fungo] se desenvolve e dá início à infecção.
Muitas das sementes assim contaminadas
podem não germinar, mas podem produzir
micélio e escleródios”, explica o pesquisador da Embrapa Algodão, especialista em
Fitopatologia, Nelson Suassuna.
O pesquisador explica também que a
ocorrência do mofo branco em lavouras de
algodão está condicionada aos escleródios já
presentes na área, produzidos por outra cultura suscetível (como soja, feijão ou girassol)
ou por ascósporos (esporos que são formados na fase reprodutiva do fungo) produzidos
em áreas vizinhas e conduzidos pelo vento.
Capulho de algodão com o mofo branco
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Goiânia, março de 2012
Manejo da doença
Para os estudiosos da doença, o manejo é dificultado pela capacidade do mofo branco de formar estruturas de resistência que garantem sua sobrevivência
por vários anos, mesmo em condições adversas, o
que limita as culturas não hospedeiras do patógeno
na prática de rotação de cultura. “Não são conhecidos
cultivares resistentes de algodoeiro e o controle químico nem sempre é eficaz, uma vez que a planta deve
estar protegida de maneira preventiva com fungicida
durante todo o período de florescimento”, acrescenta
Nelson Suassuna. O pesquisador ressalta também que
o desafio para a cultura do
algodoeiro é que o período
de florescimento é amplo
e ocorre simultaneamente
em várias partes da planta,
o que dificulta atingir o alvo
(pétalas das flores) com cobertura adequada.
Por outro lado, segundo o
pesquisador Nelson Suassuna, a integração de medidas,
como o controle biológico,
o controle químico durante
o florescimento da cultura,
o uso de sementes certificadas e a rotação de culturas
com plantas não hospedeiras, entre outras práticas,
deve ser implementada para
o manejo da doença. “OuDoença pode ser iniciada por meio de
sementes ou áreas contamidas
tra medida importante que
pode ser utilizada em áreas
de cultivo convencional é o revolvimento do solo para
enterrar parte dos escleródios presentes na área. Em
áreas de plantio direto na palha onde ocorra infestação de mofo branco, um desequilíbrio na sucessão de
culturas suscetíveis pode agravar o problema. Nessas
áreas é necessário o uso mais intenso de culturas não
hospedeiras, como as gramíneas, e espécies formadoras de palha com maior produção de matéria seca,
bem como um controle rigoroso de plantas invasoras
hospedeiras da doença em períodos de entressafra”.
Planta atacada pelo fungo
Pesquisas na área
Mesmo com um manejo mais difícil, as pesquisas em torno de uma
solução para o problema têm sido
realizadas e os resultados obtidos
são considerados positivos. Nelson
Suassuna conta que recentemente
tem-se buscado reduzir os custos
de produção do algodoeiro, sendo o
cultivo em espaçamentos mais reduzidos e em segunda safra (safrinha)
uma opção a ser pesquisada. “Neste
contexto, o aumento da população de
plantas pode favorecer o desenvolvimento de epidemias de mofo branco
em áreas de ocorrência do fungo S.
sclerotiorum. Neste sistema de cultivo, maiores incidências e maior severidade da doença ocorreram quando
se cultivou algodoeiro com maior
densidade”, diz.
Outra opção para manejo em um
futuro breve será o uso de plantas
transgênicas contendo enzimas capazes de degradar o ácido oxálico, como
oxalato decarboxilase. Essa abordagem já tem sido usada para produzir
plantas transgênicas resistentes ao
mofo branco, como alface e soja, e
representam uma solução viável para
a cultura do algodoeiro.
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Mercado
Procura pelo algodão
Segundo
especialista, estimase que cerca de 35%
da safra goiana que
será colhida já foi
negociada
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A
demanda pelo algodão goiano
está a todo o vapor. De acordo
com o Sistema de Registro da
Bolsa Brasileira de Mercadorias, 50 mil
toneladas de pluma produzida na safra
2011/2012, em Goiás, já foram negociadas, o que representa cerca de 35% do
que será colhido no Estado. Segundo o
assessor técnico para a área de cereais,
fibras e oleaginosas da Federação da
Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg),
Leonardo Machado, do total comercializado, 75% tem como destino a exportação. “O que mostra que, mesmo com
o preço do algodão chegando ao porto
mais caro do que o produto de outros países, nossa exportação segue acelerada”,
comenta.
Para Leonardo Machado, embora o
preço do algodão tenha alcançado melhores valores na Bolsa de Nova York
(NYMEX, sigla em inglês) na última quinzena de fevereiro, a tendência não parece
ser a de romper o patamar de US$ 0,95/
libra-peso. “Isso mostra que o mercado
não deve buscar elevações constantes.
O câmbio, outro formador de preço do
mercado interno de algodão, também
não parece ser favorável após romper o
limite de R$ 1,70; portanto, a tendência é
que permaneça em baixa. Sendo assim,
a expectativa é que a pluma continue na
casa de R$ 50 a arroba”, explica.
Quanto ao mercado comprador, o
assessor técnico da Faeg ressalta que a
indústria têxtil tem se mostrado presente, com uma demanda maior do que a
apresentada nos últimos anos. Segundo
Machado, dois fatores contribuíram para
isso: os baixos preços praticados (o que
trouxe as indústrias ao mercado novamente) e a paridade de importação (o
que tem mostrado que a pluma nacional
está mais competitiva do que a importada). “Acredito também que as fibras sintéticas não serão um grande concorrente
da fibra natural, uma vez que os preços
da sintética têm acompanhado o preço
do algodão em suas variações, o que
permite que este mercado acompanhe as
idas e vindas da pluma, ainda mais agora
que os preços voltaram aos patamares
praticados na média histórica”.
Leonardo Machado lembra também
que o cenário econômico chinês tende a
contribuir para o mercado brasileiro, pois
– com o recuo de aproximadamente 6%
nas áreas plantadas na China – a demanda
pelo algodão importado deverá aumentar. “Além disso, mesmo com a desaceleração da sua economia, a demanda pela
pluma deve continuar forte. Com o recuo
dos preços, a demanda pode se elevar”.
Goiânia, março de 2012
ICMS
Sefaz adia prazo
para a exigência
da Nota Fiscal
Eletrônica para
produtor rural
goiano
Grupo se reuniu na Faeg para discutir a
obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica
Prazo adiado
A
Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz) decidiu
adiar o prazo final para a adequação dos produtores rurais
goianos à Escrituração Fiscal Digital (EFD), à emissão de Nota
Fiscal Eletrônica e à migração da escrituração (de CPF para CNPJ).
A obrigatoriedade da medida vale para todos os produtores rurais
goianos cujas propriedades se enquadrem nas diretrizes da Instrução Normativa (IN) nº 673. Ou seja, até que uma nova decisão seja
divulgada pelo órgão, os agropecuaristas poderão utilizar o bloco de
nota fiscal próprio e fazer o processo de escrituração fiscal (livros
Larissa Melo/Faeg-senar
fiscais) em papel. O prazo final para o ajuste, que
se iniciaria no dia 1º de março, ainda não foi marcado. A mesma regra vale para a comercialização
de milho, cujo prazo limite terminaria no dia 1º de
fevereiro.
A decisão foi anunciada pelo superintendente
de Administração Tributária e Receita Estadual da
Sefaz, Glaucus Moreira Nascimento e Silva, durante reunião realizada no dia 27 de fevereiro junto aos
representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a alguns produtores rurais.
No encontro foi definida a implementação da
nota fiscal avulsa pela internet para a grande maioria dos produtores cujas propriedades se enquadrem na IN 673, com crédito presumido. “Neste caso, não haverá
migração do CPF para o CNPJ e os produtores poderão fazer a emissão de maneira mais viável, sem a necessidade de se deslocar aos
órgãos fazendários (Agenfas) para fazer a apuração do seu imposto”, explica Glaucus Moreira.
O superintendente acrescenta também que somente depois da
disponibilização do serviço pela internet, que deve ocorrer a partir
de maio, é que a secretaria divulgará o novo prazo limite para a
obrigatoriedade da adequação do produtor rural à EFD e à emissão
da Nota Fiscal Eletrônica. Os demais produtores rurais enquadrados na categoria Lucro Real também serão beneficiados com a não
obrigatoriedade até que a Sefaz e a Faeg voltem a se reunir para
discutir a situação.
Para o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner,
é com o diálogo que são resolvidos impasses que envolvem o setor
agropecuário. “No caso da obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica, há exemplos de municípios sem internet, agência de arrecadação
estadual distante 110 quilômetros da propriedade e produtor rural
que emite mais de 215 notas fiscais por dia, fatos que impossibilitam
a emissão do documento digital”, acrescenta. A nova reunião para
discutir o assunto ainda não foi agendada pela entidade e pelo órgão.
(Com informações da Gerência de Comunicação do Sistema Faeg/Senar)
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PRODUTOS E FATOS
Avanço do cultivo de transgênicos
Pelo terceiro ano seguido, o Brasil foi
o grande responsável pela expansão
do cultivo mundial de lavouras geneticamente modificadas em 2011. É o
que mostram os dados divulgados pelo
Serviço Internacional para a Aquisição
de Aplicações Biotecnológicas (ISAAA,
sigla em inglês), uma organização não
governamental pró-transgênicos. No
ano passado, a área global plantada
com sementes geneticamente modificadas cresceu em 8% (ou 12 milhões
de hectares), para a obtenção de um
total de 160 milhões de hectares. O
Brasil sozinho respondeu por 40% dessa expansão. Em 2011, a área ocupada
com transgênicos no País somou 30,3
milhões de hectares, um aumento de
quase 20% ou 4,9 milhões de hectares em relação à safra anterior. Foram
20,6 milhões de hectares de soja, 9,1
milhões de milho e 600 mil de algodão. Deste modo, o País isolou-se na
segunda posição entre os países que
mais plantam transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos. Até 2009, o
País perdia também para a Argentina.
(Valor Econômico)
30,3 milhões
de hectares compreendem a
área plantada com transgênicos
no Brasil em 2011
Estande na Tecnoshow
Comigo
A Casa do Algodão será uma das
participantes da Tecnoshow Comigo 2012, que será realizada entre
os dias 09 e 13 de abril, em Rio
Verde. Em um estande, promovido pela Agopa, pelo Fialgo e pela
Fundação Goiás, em parceria com
a Embrapa, serão apresentadas as
novidades da cadeia produtiva do
algodão goiano, como pesquisas
e demais trabalhos e projetos das
entidades voltadas para a cotonicultura goiana. Na ocasião, pesquisadores da Embrapa Algodão,
monitores do Projeto de Controle
e Supressão do Bicudo do Algodoeiro e os agrônomos da Fundação Goiás estarão presentes
para esclarecimentos de dúvidas e
informações sobre o setor. A Tecnoshow Comigo está em sua 11ª
edição e é considerada uma das
mais importantes feiras de tecnologia rural do Centro-Oeste.
Divulgação
Curso de Meio Ambiente
O debate sobre o novo Código
Florestal brasileiro impulsionou a
procura pelo curso de Meio Ambiente do programa Escola do
Pensamento Agropecuário, do
portal de Educação à Distância do
Senar. O curso é voltado a pessoas de todas as faixas etárias ligadas
ao meio rural, tais como membros
de sindicatos rurais, estudantes de
Agronomia, Sociologia, Engenharia Agrária, Direito, Medicina Veterinária, Serviço Social, Zootecnia e demais áreas afins. O curso
é gratuito, oferece certificação e
possui três módulos, que totalizam
10 horas/aula. O aluno pode concluir o curso em 15 dias ou antes,
caso dedique mais tempo à plataforma. Para fazer o curso de Meio
Ambiente, basta acessar o portal
de EaD/Senar: <www.canaldoprodutor.com.br/eadsenar>.
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Cotonicultores
brasileiros nos EUA
A Bayer CropScience organizou um encontro entre um grupo de produtores e consultores
brasileiros com a equipe técnica da multinacional nos Estados Unidos (EUA), durante o
Congresso Americano do Algodão – Beltwide, em Orlando, na
Flórida. O objetivo foi apresentar o processo de certificação
FiberMax®, já disponibilizado
pela empresa aos produtores
americanos e à indústria têxtil
daquele país. Produtores inseridos no programa que utilizarem sementes FiberMax®
serão acompanhados pelas
equipes da Bayer CropScience,
do plantio à comercialização,
com a oferta da qualidade que
o mercado requer, para a obtenção do reconhecimento da
indústria e, consequentemente, do diferencial em rentabilidade. (Bayer CropScience)
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