Farmácia 71 TCC em Re-vista • 2010 FIGUEIREDO, Cristiane Dias de12. Estudo da atividade do medicamento homeopático “isoterápico G.L 15CH” em paciente parasitado por Giardia lamblia resistente. 2010. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade de Franca, Franca-SP. Orientador: Prof.a Dr.a Rosa Domingues Ribeiro. A Giardia lamblia, o mais frequente dos protozoários do intestino do homem, tem ampla distribuição mundial e é causador de um importante problema de saúde pública responsável por ocasionar diarreia, síndrome de má absorção e perda de peso da população, em especial, a pediátrica. O tratamento da giardíase é realizado quase que exclusivamente por nitroimidazólicos. A falência terapêutica tem sido frequentemente relatada incluindo agentes como o metronidazol, quinacrina, furazolidona e albendazol, apesar de não estar muito bem definido por meio de qual mecanismo isso ocorra. A resistência do parasito aos medicamentos acentua os efeitos mórbidos da doença que atinge, principalmente, as camadas menos favorecidas das populações, na sua maioria localizada em países como o Brasil. Tal fato revela que apesar de um bom diagnóstico clínico, em pacientes com sintomatologia típica, o exame laboratorial não pode ser descartado e a administração de medicamentos, aleatoriamente, pode levar à resistência do parasito. A realização deste trabalho teve por objetivo o estudo da atividade medicamentosa do “isoterápico G.l 15CH” em paciente parasitado por Giardia lamblia resistente. O autoisoterápico, que é um medicamento homeopático, foi preparado com material biológico do paciente, contendo cistos do parasito. O paciente foi submetido ao tratamento com medicamento homeopático, administrando-se cinco glóbulos ou pingando cinco gotas sublinguais, quatro vezes ao dia, durante seis meses, sendo nesse período realizados exames coproparasitológicos para pesquisa de cistos de Giardia lamblia. Ao final do tratamento o paciente não apresentava mais sintomas; e, devido às peculiaridades do ciclo biológico, o controle de cura foi efetuado estabelecendo-se a realização do exame de fezes a partir do sétimo dia do término da medicação, sendo que nos exames realizados, em intervalos de sete dias, em três coletas, os resultados foram sempre negativos, ou seja, ausência do parasito. Tais resultados levam à conclusão de que o autoisoterápico utilizado pelo paciente produziu a cura do mesmo, pois ocorreu a eliminação do parasito e, consequentemente, o desaparecimento dos sintomas, elementos que identificam a doença. Deve-se ainda ressaltar a importância desses resultados na contribuição alternativa do uso de um medicamento vibracional no tratamento da giardíase. Palavras-chave: resistência; autoisoterápico; medicamento homeopático. FIGUEIREDO, Cristiane Dias de. Estudo da atividade do medicamento homeopático “isoterápico G.L 15CH” em paciente parasitado por Giardia lamblia resistente. Indicado como o melhor trabalho no curso de Farmácia, no ano letivo de 2010. Recebeu o prêmio “Dr. Clovis Eduardo Pinto Ludovice”, instituído pela Resolução CONSUV nº 02/2000, o que possibilitou a continuidade dos estudos no curso de pós-graduação desta Universidade. 12 Universidade de Franca 72 TCC em Re-vista • 2010 LIMA, Gabriel Coelho Scott; LUCARINI, Rodrigo; DOMINIQUINI, Thiago. Determinação do potencial antimicobacteriano do extrato bruto de Usnea sp e ácido úsnico. 2010. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade de Franca, Franca-SP. Orientador: Prof. Dr. Carlos Henrique Gomes Martins e Coorientador: Prof. Dr. Wilson Roberto Cunha. O constante interesse por produtos biologicamente ativos tem promovido a descoberta de novos compostos capazes de eliminar micobactérias. Dentre inúmeros produtos naturais pesquisados com a finalidade de descoberta de novos compostos com propriedade antimicobacteriana, substâncias extraídas de liquens têm chamado a atenção. O estudo tem por objetivo avaliar a atividade antimicobacteriana dos extratos brutos de Usnea sp e ácido úsnico (AU) frente a cepas patogênicas de micobactérias. Os extratos foram obtidos por maceração em etanol e acetona, concentrados em rotaevaporador; para obtenção do ácido úsnico foi utilizada cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para avaliação da atividade antimicobacterina utilizou-se a metodologia de Resazurin Microtiter Assay (REMA) na determinação da concentração inibitória mínima (CIM) dos extratos bruto acetônico e etanólico de Usnea sp e substância isolada – ácido úsnico, frente a cepas-padrão de Mycobacterium tuberculosis H37Rv (ATCC 27294), Mycobacterium kansasii (ATCC 12478) e Mycobacterium avium (ATCC 25291). Todos os compostos avaliados mostraram-se ativos frente aos microrganismos avaliados, evidenciando os melhores valores de CIM para o AU frente ao M. tuberculosis e M. kansasii (8 μ��������������������������������������������������������� ���������������������������������������������������������� g/mL). Resultados promissores foram obtidos quando comparados com a droga utilizada como controle positivo (isoniazida) se, no entanto, este estudo demonstrou que os extratos brutos de Usnea sp e ácido úsnico podem apresentar como alternativas e/ou protótipos para o desenvolvimento de fármacos no tratamento de infecções causadas por micobactérias. Palavras-chave: Usnea sp; ácido úsnico; REMA; Mycobacterium; atividade antimicobacteriana. ANDRADE, Bruna Beraldo de. Determinação da concentração inibitória mínima, concentração bactericida mínima e tempo de morte para diterpenos do tipo caurano frente a bactérias cariogênicas. 2010. 19 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade de Franca, Franca-SP. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Cássio Sola Veneziani. A cárie é a principal patologia que acomete a cavidade bucal, sendo encontrada em cerca de noventa e sete por cento da população brasileira. Além da remoção mecânica (esUniversidade de Franca 73 TCC em Re-vista • 2010 covação), uma das medidas para sua prevenção é a utilização de enxaguatórios bucais para controle da placa bacteriana; entretanto as soluções antissépticas utilizadas para este fim não são totalmente eficientes. Os diterpenos do tipo caurano são uma ampla classe de micromoléculas, encontrados em várias espécies vegetais, sendo característicos do gênero Mikania. A literatura científica apresenta um grande número de estudos de atividades biológicas envolvendo esses compostos, com destaque para a atividade antimicrobiana. Estudo prévio, realizado pelo grupo de pesquisa GPNUF – UNIFRAN em que foi avaliada a atividade de cauranos frente a patógenos bucais, demonstrou resultados promissores para o ácido ent caur16-en-19-oico (AC; ácido caurenoico), sugerindo uma possível utilização desta substância no desenvolvimento de novos produtos de higiene bucal. Neste artigo foi proposta a avaliação do potencial antimicrobiano dos compostos obtidos através de ensaios específicos para patógenos bucais, tais como determinação da concentração inibitória mínima, concentração bactericida mínima e avaliação da cinética bactericida através da curva de morte. Pelos resultados obtidos, conclui-se que o ent caur-16-en-19-oato de sódio foi o metabólito mais ativo avaliado até o presente momento, tendo apresentado atividade antimicrobiana mais acentuada frente aos patógenos bucais que o metabólito isolado de M. glomerata. Palavras-chave: diterpenos do tipo caurano; cárie; atividade antimicrobiana; ácido caurenoico. URBAN, Amanda Migliorini. Estudo da liberação controlada de fármacos em alginatos modificados via sol-gel. 2010. 18 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade de Franca, Franca-SP. Orientadores: Prof. Dr. Sérgio Ricardo Ambrósio e Prof. Dr. Eduardo José Nassar. O desenvolvimento de medicamentos mais eficazes bem como a descoberta de alvos específicos e estudos de biodisponibilidade têm contribuído para o avanço do arsenal terapêutico. Nesse sentido, sistemas de liberação controlada de fármacos têm sido desenvolvidos com o intuito de torná-los disponíveis para um alvo determinado, demonstrando taxas de liberação e duração adequadas para produzir o efeito desejado. Muitos materiais têm sido utilizados para suportar fármacos, os quais necessitam apresentar certas características para que não causem danos aos organismos. O alginato, hidrocoloide irreversível de origem natural, extraído de algas marrons do tipo Phaeophyceae, tem sido utilizado como matriz para liberação de fármacos. Este material possui a característica de formar gel em temperatura ambiente e tem sido utilizado em diversas áreas, tais como a alimentícia, farmacêutica, têxtil e a odontológica. Os objetivos do presente estudo foram: 1- incorporar fármacos ao alginato, Universidade de Franca 74 TCC em Re-vista • 2010 avaliando suas interações para aplicação em cobrimento na forma de curativo; 2- estudar a liberação do fármaco em sistemas que estimulem os fluidos corpóreos; 3- discutir a possibilidade do preparo de “Scaffolds” com o processo “Drug Delivery” para reposição óssea. Foi adicionado 0,5 g de alginato de cálcio a uma solução aquoetanólica (0,1 mol/L) até que o mesmo atingisse sua fase gel. Os fármacos dipirona e sulfadiazina de prata foram incorporados individualmente a essa solução sob agitação constante à temperatura de 37 oC e, após esse procedimento, as amostras do monolito formado foram secas à temperatura ambiente. Alíquotas de 2 mL de uma suspensão (20 mL) do monolito em água destilada foram retiradas em intervalos constantes de trinta minutos durante treze dias e a liberação dos fármacos foi caracterizada por meio de espectroscopia na região do ultravioleta-visível (UV-Vis). O monolito também foi caracterizado por meio de espectroscopia na região do infravermelho e por análise termogravimétrica. O valor máximo de liberação da dipirona foi atingido após trinta minutos, permanecendo, então, constante. O gráfico de liberação da sulfadiazina de prata apresentou pico de liberação após cento e vinte minutos, em seguida, um decréscimo brusco até ficar praticamente constante. As soluções de dipirona e de sulfadiazina de prata absorvem na região do UV-Vis em 227 nm e 261 nm, respectivamente. Após a incorporação das drogas no alginato, essas bandas deslocaram-se para as regiões de 262 nm e 268 nm, respectivamente, indicando que houve interação entre a matriz e cada fármaco. Essas interações foram comprovadas através do deslocamento das bandas atribuídas às vibrações dos grupos – OH do alginato, – NH da sulfadiazina de prata e – CH3 da dipirona. As análises termogravimétricas demonstraram um aumento na temperatura de decomposição do alginato, provavelmente devido à interação entre os reagentes. Palavras-chave: alginato; sistema de liberação controlada de fármaco; sol-gel; dipirona; sulfadiazina de prata. SANCHEZ, Felipe. Investigação de reações de esterificação de Fischer por cromatografia em camada delgada. 2010. 15 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) – Universidade de Franca, Franca-SP. Orientador: Prof.a Dr.a Ana Lúcia Bassi Pinheiro. O uso de uma ou mais substâncias químicas em alimentos e medicamentos para realçar ou modificar seu gosto é de importância milenar na história da humanidade. Em geral, os ésteres de baixa massa molar apresentam aromas agradáveis. Em 1895, Fischer e Speyer constataram que era possível a obtenção de ésteres através do aquecimento de um ácido carboxílico e um álcool na presença de catalisador ácido. O objetivo deste trabalho é sintetizar via catálise homogênea o acetato de octila e também o acetato de isobutila por Universidade de Franca 75 TCC em Re-vista • 2010 meio da reação de Fischer, bem como comprovar a formação dos respectivos ésteres através da técnica de cromatografia em camada delgada. A metodologia empregada na esterificação foi realizada em três etapas. Na primeira etapa misturou-se o ácido acético em excesso com álcool octílico catalizado por ácido sulfúrico e submetido a refluxo e destilação e repetiu-se o experimento com a mudança do álcool octílico pelo álcool isobutílico. Na segunda etapa misturou-se anidrido acético em excesso com álcool octílico catalizado por ácido sulfúrico a temperatura ambiente e após separação do éster houve a destilação, repetiu-se o experimento com a troca do álcool octílico por álcool isobutílico. Na terceira etapa utilizou-se excesso dos alcoóis octílico e isobutílico com anidrido acético catalizado pelo ácido sulfúrico à temperatura ambiente e posteriormente destilação dos ésteres. O acompanhamento das reações foi feito através de cromatografia em camada delgada utilizando placas de vidro de520cm, com sílica gel como fase estacionária. A fase móvel utilizada na cuba cromatográfica foi uma mistura de éter de petróleo, éter etílico e ácido acético. As placas cromatográficas após eluição foram reveladas com iodo. Os produtos finais apresentaram aromas característicos dos ésteres. Nas cromatografias os resultados não se mostraram esclarecedores, devido ao fato de na cromatografia em camada delgada as substâncias iniciais se apresentarem de forma semelhante aos produtos finais. Conclui-se que houve formação de pequena quantidade dos ésteres devido ao aroma característico, mas como a reação é reversível, houve a hidrólise do éster, não sendo possível a identificação dos produtos na placa cromatográfica. Palavras-chave: reação de esterificação de Fischer; cromatografia; acetato de octila; acetato de isobutila. Universidade de Franca