JOÃO ZANUZZO

Obtenção de alginato em escala para aplicação
farmacêutica a partir de Sargassum cymosum C. Agardh. (Phaeophyta)
João Gilbeto S. ZANUZZO
Orientadores: Tânia M. B. Bresolin, Orlando F. Junior e Marcos L. Pessatti
Resumo:
O uso de polímeros naturais como excipientes tem se destacado no campo
farmacêutico devido a sua biocompatibilidade, capacidade de controle na liberação do
fármaco, diminuição do número de doses necessárias e boas propriedades de fluxo durante o
processo de produção, entre outras. Os alginatos, derivados de algas marrons (Phaeophyta),
são copolímeros lineares de dois tipos de resíduos de uronatos, β-D-manuronato e α-Lguluronato, unidos por ligações glicosídicas (1→4) com proporções e seqüências amplamente
variáveis, cuja composição varia em função da fonte do polímero e é influenciada pela estação
do ano, habitat e fase reprodutiva. As amostras de Sargassum cymosum foram coletadas em
diferentes estações do ano e vários protocolos de extração de alginato foram avaliados. Os
produtos extraídos foram avaliados do ponto de vista físico (aparência, granulometria,
rendimento), físico-químico (perda por dessecação, pH, viscosidade dinâmica e viscosidade
intrínseca) e químico (hidrólise parcial monitorada por CCD). Dentre os protocolos de
extração de alginato analisados foram selecionados dois métodos (M1 e M2), os quais foram
adaptados a fim de obter produtos com qualidade adequada a avaliação físico-química. O
método M1 apresentou maior rendimento e viscosidade, além de maior praticidade. Utilizando
o M1 foi avaliada a influência das estações do ano (primavera, verão, outono e inverno) nas
características físico-químicas do alginato. Foi observado um rendimento superior na alga
coletada na primavera (21 %), porém nesta amostra o polímero apresentou a menor
viscosidade de (23,9 mPas, em solução de NaCl 0,1 M) e a menor massa molar (250.100) em
comparação com a amostra proveniente de outono, que apresentou rendimento baixo (11 %),
com viscosidades (405,4 mPas) e massa molar (1.434.000) alta.
PALAVRAS CHAVES: alginato, avaliação sazonal, características físico-químicas