A revolução Industrial

Propaganda
"A Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra durante o século
XVIII, trouxe a necessidade de um mercado consumidor cada vez maior em função do
aumento de produção. Para isso, o investimento em publicidade tornou-se um fator
essencial para ampliar as vendas das mercadorias produzidas. Na sociedade atual,
percebe-se as crianças como um dos focos de publicidade. Tal prática deve ser
restringida pelo Estado para garantir que as crianças não sejam persuadidas a
comprar
determinado
produto.
A partir da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator
primordial para a manutenção do sistema capitalista. De acordo com Karl Marx, filósofo
alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a
mercadoria: constroi-se a ilusão de que a felicidade seria alcançada a partir da compra
do produto. Assim, as crianças tornaram-se um grande foco das empresas por não
possuírem elevado grau de esclarecimento e por serem facilmente persuadidas a
realizarem
determinada
ação.
Para atingir esse objetivo, as empresas utilizam da linguagem infantil, de personagens
de desenhos animados e de vários outros meios para atrair as crianças. O Conselho
Nacional de Direitos de Criança e do Adolescente aprovou uma resolução que
considera a publicidade infantil abusiva, porém não há um direcionamento concreto
sobre como isso vai ocorrer. É imprescindível uma maior rigidez do Estado sobre as
campanhas publicitárias infantis, pois as crianças farão parte do mercado consumidor
e devem ser educadas para se tornarem consumidores conscientes.
Logo, o Estado deve estabelecer um limite para os comerciais voltados ao público
infantil por meio da proibição parcial, que estabelece horários de transmissão e faixas
etárias. Além disso, o uso de personagens de desenhos animados em campanhas
publicitárias infantis deve ser proibido. Para efetivar as ações estatais, instituições
como a família e a escola devem educar as crianças para consumirem apenas o que é
necessário. Apenas assim o consumo consciente poderá se realizar a médio prazo."
Júlia Neves Silva Dutra, Minas Gerais
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