Reações Alérgicas (de Hipersensibilidade) Este medicamento não deve ser administrado caso a criança seja alérgica (hipersensível) à mecassermina ou a algum dos seus componentes. Foram notificadas reações alérgicas em alguns doentes tratados com Increlex que podem ocorrer no local da injeção (reação local) ou afetar todo o corpo (reação sistémica). As reações alérgicas no local de injeção incluem comichão (prurido), vermelhidão e bolhas (urticária) e estes tipos de reações localizadas normalmente não precisam de tratamento. Informação de segurança para o doente sobre a deficiência primária de IGF-1 e o Increlex As reações alérgicas sistémicas afetam todo o corpo, com inchaço da cara, especialmente à volta da boca e na língua (angioedema), pápulas em todo o corpo (urticária generalizada) ou inchaço da garganta que dificulta a respiração (dispneia). Esta condição pode ser fatal e requer internamento hospitalar. Outros efeitos secundários Deve contactar o seu médico caso a criança se sinta mal ou apresente algum dos seguintes sintomas: Agravamento do ressonar, problemas respiratórios durante o sono, dores nos ouvidos, problemas de audição ou sensação de ouvidos tapados (que podem ocorrer caso o Increlex origine aumento das amígdalas e/ou dos adenóides da criança). Agravamento da curvatura da coluna (escoliose). Coxear, caminhar com dificuldade ou dores na anca ou nos joelhos. Outras informações Se tiver mais alguma questão ou preocupação acerca da condição da sua criança ou do tratamento com Increlex, por favor fale com o seu médico(a) ou enfermeiro(a). Increlex está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança. Poderá ajudar, comunicando quaisquer efeitos secundários que tenha. Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos seguintes contactos: INFARMED, I.P. Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage (preferencialmente) ou para Direção de Gestão do Risco de Medicamentos Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 73 73 Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita) Fax: + 351 21 798 73 97 E-mail: [email protected] Versão 4 - Julho 2016 É importante ter um cuidado especial caso a criança apresente uma reação alérgica sistémica com Increlex. Deve interromper o tratamento e pedir ajuda médica imediata se a criança apresentar uma irritação da pele generalizada ou pápulas no corpo numa zona afastada do local de injeção, começar a ter problemas em respirar, desmaios, colapso ou sensação de mal-estar geral. Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Leia sempre o folheto informativo antes de usar o medicamento. Introdução Pais, Doentes e Cuidadores – as respostas às vossas perguntas Como pai ou cuidador, a sua maior preocupação é o bem-estar da sua criança. Assim, quando lhe dizem que existe um motivo clínico para ela ser mais baixa do que as outras crianças com a mesma idade, naturalmente irá querer informar-se o mais detalhadamente possível sobre a sua condição clínica e sobre o tratamento que lhe foi prescrito. O que é Increlex? Esta pequena brochura foi concebida para o ajudar a compreender melhor a doença e o tratamento prescrito e inclui uma secção de perguntas e respostas que pode ser lida tanto pelos adultos como pelas crianças. Ele é utilizado para tratar crianças e adolescentes dos 2 aos 18 anos que têm problemas de crescimento devido a terem níveis baixos de IGF-1 no sangue. Este medicamento contém uma forma recombinante (feita pelo Homem) de IGF-1, também chamada de mecassermina. Ela possui a mesma estrutura química e atua da mesma forma que o IGF-1 produzido de forma natural pelo organismo. Como se administra Increlex? O que é a deficiência primária grave de IGF-1? A deficiência primária grave de IGF-1 é uma das causas da baixa estatura e as crianças com esta doença são muito mais baixas do que as outras crianças da sua idade. As crianças com deficiência primária grave de IGF-1 têm níveis baixos de uma hormona chamada IGF-1 no sangue, mas têm níveis normais de outra hormona chamada hormona do crescimento. Este medicamento é administrado sob a forma de injeção logo abaixo da pele (subcutânea), duas vezes ao dia. Deve ser administrado pouco antes ou logo após uma refeição, devido a apresentar efeitos semelhantes aos da insulina e por isso reduzir os níveis de açúcar no sangue. Quais os possíveis efeitos secundários? O IGF-1 é o fator de crescimento-1 insulin-like, uma hormona natural que desempenha um papel central no crescimento da criança. A deficiência em IGF-1, ou IGFD, é um termo que descreve níveis de IGF-1 no sangue mais baixos do que os esperados. Quando os níveis de IGF-1 são baixos, o crescimento não decorre como devia. Esta condição clínica é conhecida como deficiência primária grave de IGF-1. Os possíveis efeitos secundários e formas de os evitar encontram-se descritos a seguir. O termo “grave” é usado pelos médicos apenas com o objectivo de classificação dos níveis de IGF-1. O termo "primária" significa que a deficiência de IGF-1 não resulta de outra condição médica. Os sinais e sintomas de hipoglicemia podem ser alguns ou todos os seguintes: tonturas, cansaço, impaciência, irritabilidade, fome, dificuldade de concentração, suores, náuseas e batimentos cardíacos rápidos ou irregulares. Hipoglicemia O efeito secundário mais frequente é a hipoglicemia, um nível anormalmente baixo de açúcar no sangue. Este efeito ocorre habitualmente no início do tratamento e, na maioria dos casos, a ocorrência diminuiu com a sua continuação. A hipoglicemia pode ser normalmente evitada administrando cada injeção um pouco antes ou logo após uma refeição (no prazo de 20 minutos). A criança deve dispor sempre de uma fonte de açúcar como sumo de laranja, gel de glicose, rebuçados ou leite, para o caso de ocorrerem sintomas de hipoglicemia. É importante que a criança tenha uma dieta equilibrada, incluindo proteínas e gorduras tais como carne e queijo, para além de alimentos contendo açúcar. Em caso de hipoglicemia grave (quando os sintomas não melhoram ou pioram mesmo após comer ou beber uma fonte de açúcar) ou se não for possível beber líquidos que contenham açúcar, deve procurar-se ajuda médica, uma vez que a criança pode precisar de uma injeção de glucagom para aumentar o nível de açúcar no sangue. O glucagom, quando injetado, aumenta o nível de açúcar no sangue. A equipa médica do seu hospital pode ensiná-lo a usar o glucagom, no caso de ter que o administrar à criança. Increlex não deve ser administrado se a criança, por qualquer razão, for incapaz de comer. A dose de Increlex também não deverá ser aumentada para compensar uma ou mais doses omitidas. Como precaução, a criança deve ainda evitar participar em quaisquer atividades de alto risco, tal como atividade física intensa, nas 2-3 horas seguintes à administração da injeção, até ter sido estabelecida uma dose de Increlex bem tolerada. Isto é particularmente importante no início do tratamento ou se a dose de IGF-1 tiver sido aumentada por alguma razão. Hipertensão Intracraniana (Aumento da Pressão no Cérebro) Pode ocorrer um aumento da pressão no líquido que está à volta do cérebro (hipertensão intracraniana) em alguns doentes sob este tratamento. O aumento da pressão no cérebro pode ser causado por vários fatores para além do tratamento . Por esta razão, se a criança apresentar sintomas de aumento da pressão no cérebro, é importante determinar a causa dos mesmos. É importante que informe o seu médico caso a criança apresente dores de cabeça inesperadas, fortes e persistentes ou alterações da visão. Ao examinar os olhos da criança, o médico pode confirmar se há aumento da pressão no cérebro. O médico poderá realizar outros testes para determinar a causa destes sintomas e pode ajustar a dose de Increlex ou parar o tratamento, se necessário. Pode ser possível reiniciar o tratamento após desaparecimento dos sintomas. Lipohipertrofia Este medicamento pode ser dado em diferentes locais em cada injeção, normalmente na barriga, coxa, nádegas ou na parte superior do braço, para evitar um aumento de tecido gordo, também conhecido como lipohipertrofia, à volta da zona injetada. É muito importante ter o cuidado em alternar os locais de injeção, uma vez que a lipohipertrofia evita que o Increlex seja absorvido para o organismo, pelo que assim ele não será eficaz.