MODELOS E PROCESSOS DE BASE

22-09-2014
PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
Ciências da Comunicação
MODELOS E PROCESSOS DE
BASE
Aspectos básicos
Modelo Telegráfico e Orquestral da
Comunicação
A Pragmática da Comunicação Humana
Copyright, 2014© José Farinha, ESEC
Aspectos básicos
Comunicação
Define o mundo moderno
Sentido inicial (communicare) = partilha
Sentido actual = transmissão /deslocação
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Modelos telegráficos em
comunicação
Modelo de LASSWELL
(Harold D LASSWELL 1902-1978)
Descrição do acto de comunicar
– resposta a 5 questões:
1.
2.
3.
4.
5.
Quem,
Diz o quê,
Através de que canal,
A quem,
Com que efeito
Harold Dwight LASSWELL
(1902 — 1978)
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Modelo de Shannon & Weaver
Comunicação = transmissão de
informação;
A quantidade de informação é a
medida quantitativa da incerteza
de uma mensagem em função do
grau de probabilidade de cada sinal
que compõe a mensagem;
O fluxo de informação é
caracterizado pela linearidade –
transmissão da mensagem.
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Claude Elwood
SHANNON (1916-2001)
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Modelo linear da comunicação
de Shannon & Weaver
Níveis de análise:
Nível técnico
preocupa-se com a exactidão
da transmissão da informação
Nível semântico
trata dos significados da
informação para E e R
Nível de eficiência
trata da influência da
informação sobre o receptor
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Modelo orquestral da comunicação
Aspectos gerais
G. Bateson, R. Birdwhistell, E. Goffman, E. T.
Hall, D. Jackson, P. Watzlawick
Comunicação = processo social permanente
integrando múltiplos modos de
comportamento: - palavras, gestos, olhar,
espaço, etc.
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O sentido dos sinais comunicativos é
perceptível a partir do contexto da
interacção comunicativa
A comunicação deve ser abordada a partir dos
seus níveis de complexidade, contextos
múltiplos e de sistemas circulares.
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Pragmática da Comunicação
Humana
Paul Watzlawick e o Grupo de Palo
Alto
1950s: Gregory Bateson (1904-1980)
aplica um modelo cibernético à
interacção/comunicação humana e
animal;
1959: MRI (Mental Research Institute),
Palo Alto, CA.
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Paul Watzlawick
(1921-2007)
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The Pragmatics of Human Communication,
Watzlawick, Beavin & Jackson, 1967:
Quando falamos estamos a realizar uma acção
“o acto da fala é uma forma, extremamente
complexa e deliberada, de acção humana. [... Que]
é originada pela intenção de algum membro da
comunidade para influenciar um ou vários dos seus
pares no que diz respeito a uma coisa particular”
Gardiner (1932)
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A axiomática da comunicação
Cinco “Axiomas” da comunicação:
proposições básicas a partir das quais deverá ser
fundada uma pragmática da comunicação humana
- efeitos comportamentais dos processos de
comunicação.
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Axioma 1: Não se pode não comunicar
Há comunicação mesmo quando esta não é
intencional, consciente ou bem sucedida
(compreensão mútua)
Numa interação todo o comportamento tem valor
de mensagem - afecta sempre de qualquer modo o
comportamento das pessoas à sua volta é um
compromisso;
Há diferentes tipos de mensagens/comportamentos
- verbal, tonal, postural, contextual, etc..
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Axioma 2: Toda a comunicação processa-se a
dois níveis: nível de conteúdo e nível de
contexto/relação
Conteúdo
- o que é dito;
Contexto/relação - como é dito,
• determina o que é dito, isto é, a forma como deve
ser entendido o que foi dito - Metacomunicação.
• define a relação entre os seres comunicantes
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O nível de relação
• É hierarquicamente superior ao nível de conteúdo
• Deverá ter a possibilidade de ser claramente
discriminado SENÃO... Verifica-se um paradoxo:
o que está escrito dentro
deste rectângulo é falso
• O que está escrito dentro do rectângulo é ao mesmo
tempo conteúdo e contexto (relação).
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Distinção entre contradição e paradoxo
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Axioma 3: A natureza de uma relação
depende da forma como ambos os parceiros
pontuam as sequências de comunicação
De um ponto de vista exterior, a comunicação
pode ser definida como uma sequência
ininterrupta de trocas;
A pontuação:
• dá estrutura e sentido à comunicação;
• é perfeitamente arbitrária
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O desacordo sobre a forma de pontuar uma
sequência de factos está na origem de muitos
conflitos sobre a relação- Exs:
• Conflitos conjugais (o marido adopta um
comportamento de retracção e passividade como
resposta às críticas da mulher que, por sua vez,
afirma criticar a sua passividade);
• Conflitos internacionais (corrida aos armamentos)
Cada parceiro define-se como autor (estímulo) ou
reactor (resposta) de forma consistente com a sua
definição da relação.
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Axioma 4: Os seres humanos comunicam de
forma digital e de forma analógica
Codificação digital:
representação por um nome;
arbitrariedade na relação significado / significante “Eu estou zangado” e “I am angry” representam a
mesma coisa;
é utilizado um sistema simbólico convencional e com
uma sintaxe complexa).
Codificação analógica:
Baseada na semelhança - a zanga pode ser expressa
por uma dureza no tom ou elevação do nível da voz,
face vermelha, etc..
Existem dificuldades na tradução de um para
outro destes tipos de codificação.
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Axioma 5: Qualquer comunicação pode ser
definida como sendo simétrica ou complementar
A comunicação simétrica é baseada na igualdade
os parceiros têm a mesma posição e fazem a mesma
coisa (comportamento em espelho) - relação
prof./prof.; aluno/aluno;
A comunicação complementar é baseada na
diferença
os parceiros têm posições complementares (one up
ou one down) - relação prof./aluno; médico/doente.
Escalada simétrica / complementar:
• Os elementos comunicantes estão encalhados num
tipo de interacção sem capacidade para por si
próprios mudarem.
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Conclusão
Axiomas:
• pontos de partida, estímulo da reflexão sobre
comunicação;
• Conjunto heterogéneo resultado de observações
em registos diferenciados.
Importância pragmática.
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