O processo cognitivo - Agrupamento Escolas João da Silva Correia

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A cognição
O que são os processos cognitivos?
Sensação e perceção
Mente e cognição
 A mente humana é um sistema integrador de processos que são
fundamentais para a interação com o mundo e para a nossa
capacidade adaptativa.
 Estes processos são de natureza cognitiva (conhecer),
emocional (sentir) e motivacional (agir) e associam-se,
respetivamente, às questões «o quê?», «como?» e «porquê?».
Mente e cognição
 No caso específico dos processos cognitivos falamos de aspetos
relacionados com a criação, transformação e utilização de
informação, que ligam os meios interno e externo.
Mente e cognição
 Cognição – do latim cognoscere, conhecer.
 Ato ou processo de conhecer.
 O que significa conhecer?
 O “conhecimento” designa o processo que coloca o sujeito em
interação com o mundo e o produto desse processo
Mente e cognição
Mente e cognição
 A cognição é o conjunto de mecanismos através dos quais cada
um de nós adquire, trata, conserva e explora informação
produzindo conhecimento.
 A cognição diz respeito a importantes funções que asseguram
ao organismo os ganhos de informação necessários às suas
trocas ativas com o meio, incluindo:
 Sensação e perceção.
 Memória e atenção.
 Aprendizagem.
 inteligência.
As sensações
 Os nossos sentidos (visão, audição, tacto, olfato, paladar, dor e
movimento) são importantes janelas de comunicação com o mundo.
Como funcionam? Como se geram as sensações?
As sensações
 Os recetores sensoriais localizados nos órgãos dos sentidos (por
exemplo, na retina, no canal auditivo, na pele, no nariz…)
recebem a energia do estímulo (luminoso, mecânico ou
químico).
 Depois transformam essa energia num impulso elétrico que
segue pelos neurónios até ao cérebro.
LIMIAR ABSOLUTO
• Corresponde
à
quantidade mínima de
energia
necessária
para que um estímulo
seja identificado pelo
observador
pelo
menos 50 % das vezes
em que é gerado.
LIMIAR DIFERENCIAL
• Diz
respeito
à
diferença
mínima
necessária entre dois
estímulos para que o
observador os
reconheça
como
distintos um do outro.
ADAPTAÇÃO SENSORIAL
• Relativa à tendência para o
declínio da nossa capacidade de
resposta a estímulos imutáveis,
constantes ou repetitivos, para
que consigamos concentrar a
nossa atenção na informação
útil do meio.
A perceção
 O que acontece à informação sensorial quando chega
ao cérebro permite-nos distinguir sensação de
perceção.
 Sensação e perceção são o princípio e o fim de um
processo relativamente contínuo.
 Designam formas diferentes de funcionamento do
cérebro.
 A diferença corresponde à diferença entre matérias –
primas e produto final.
A perceção
 A sensação diz respeito ao modo como os órgãos sensoriais
captam os estímulos e aos mecanismos que permitem que essas
informações sejam transmitidas ao cérebro.
 A perceção refere-se ao processamento posterior da
informação sensorial, cujo resultado são as representações ou
construções mentais dos estímulos.
Sensação e perceção
 A sensação é a reação de um órgão sensorial ao meio.
 A partir do momento em que dizemos o que sentimos
e identificamos o objeto ou pessoa, entramos no
plano da interpretação, logo, da perceção.
Sensação e perceção
 A sensação é a receção de informações sensoriais.
 A perceção é a interpretação, organização e
descodificação dos dados sensíveis.
 A sensação é recetiva.
 A perceção é um processo mental ativo, embora
dependa da sensação.
 A perceção é sempre uma apreensão subjetiva do
mundo envolvente.
Perceção
 Importância para o comportamento
 O comportamento das pessoas é baseado naquilo
que elas percebem como real, e não na realidade
objetiva
 Realidade objetiva
Realidade percebida
(PERCEÇÃO)
Sensação e perceção ligam, assim, o mundo físico e o
universo psicológico.
A perceção
 A organização percetual, isto é, a forma como percebemos
e organizamos a realidade envolve um conjunto de aspetos
importantes, incluindo:
a distinção entre figura e fundo.
os princípios de agrupamento das unidades percetivas.
a perceção de profundidade.
a constância percetiva
A perceção
 Distinção entre figura e fundo
 Por exemplo, as letras (figura) do papel branco onde estão
impressas (fundo).
 Figuras-fundo reversíveis permitem compreender como um
mesmo estímulo pode gerar várias perceções.
 Percecionamos mais facilmente as figuras bem definidas e
salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal
contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num
fundo preto)
Distinção entre figura e fundo
A perceção
 Princípios de agrupamento das unidades percetivas
 Proximidade, semelhança, continuidade e fechamento são
princípios que nos mostram como organizamos a informação.
A perceção
 Perceção de profundidade
 Os indicadores binoculares e os indicadores monoculares.
 Indicadores binoculares – indicadores de profundidade que
dependem do funcionamento simultâneo dos dois olhos. A
perceção da profundidade é a capacidade de ver
tridimensionalmente , avaliando a distância dos objetos.
 Indicadores monoculares – indicadores de profundidade que se
baseiam no funcionamento independente de cada olho.
Como percecionamos?
 A teoria da Gestalt
 (forma, padrão, configuração)
 Princípio fundamental: o todo não é igual à simples soma das
partes. Quando percecionamos algo fazemo-lo na sua
globalidade e não por partes. Quando escutamos uma melodia
ouvimo-la na sua globalidade e não como um somatório de
notas individuais que a compõem.
A perceção
 Constância percetiva
 Permite garantir imutabilidade ao mundo que nos rodeia em
termos de tamanho, forma, localização, brilho e cor.
 Constância quanto à dimensão / tamanho – um objeto continua
a ser o mesmo, ou a ter a mesma dimensão independentemente
de a sua imagem na retina mudar. Conforme os objetos se
movem no espaço e se afastam ou aproximam, nós ajustamos
em conformidade relativa as nossas perceções quanto à sua
dimensão.
A perceção
 Os vários indicadores que utilizamos para organizar o mundo
que nos rodeia deixam espaço para automatismos falíveis e, por
vezes, o nosso cérebro interpreta incorretamente a informação
percetiva.
 Existem inúmeras ilusões, isto é, perceções distorcidas de uma
situação, produzidas por fatores físicos ou psicológicos, que o
comprovam.
 As ilusões, independentemente da modalidade sensorial em que
ocorrem, resultam da deficiente captação e interpretação dos
estímulos.
A perceção
 Influenciados por mecanismos fisiológicos, mas também por
necessidades, crenças, emoções, expectativas, etc., os nossos
processos
percetivos
encontram-se
simultaneamente
dependentes de fatores inatos e aprendidos.
Fatores inatos
 As experiências com o precipício visual, de Eleanor Gibson e
Richard Walk, apontam para a importância da dimensão inata
da perceção, mostrando como a perceção de profundidade nos
bebés se reflete na relutância em se aproximarem de áreas
percebidas como profundas.
A perceção
Fatores aprendidos
 Várias são as experiências com ilusões que alertam para o papel
do meio e da cultura na forma como percebemos o mundo.
 Por exemplo, a ilusão de Ponzo mostra-nos como o facto de
estarmos habituados a recorrer a determinados indicadores de
profundidade nos leva a interpretar incorretamente a
informação.
Concluindo…
 A perceção constitui uma função imprescindível à cognição.
Sem ela, memória, aprendizagem, pensamento e inteligência
não passariam de conceitos inúteis. O exemplo mais concreto
prende-se com o caso de pacientes que padecem de agnosias.
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