A GEOGRAFIA DA RELIGIÃO E O CASO DO ESPIRITISMO EM UBERABA (MG) – BRASIL Frederico Garcia Cunha1 INTRODUÇÃO Em meados do século XIX, a Ciência regia o mundo e a aceitação do sobrenatural estava excluído, pois somente deste modo aceitava-se o moderno, carro chefe do século das luzes. Dogmas até então imutáveis foram quebrados e a humanidade procurava, desenfreadamente, novas leis, tanto naturais quanto sociais. Darwin, Comte e Marx, entre outros ilustres da época, davam vida a seus pensamentos, que repercutiam estrondosamente. O progresso intelectual, técnico e moral de todo o globo era construído sob a bandeira do positivismo. Deus era colocado de lado, em nossas vidas. Ciência e materialismo entrelaçaram as mãos, constituindo um laicismo religioso, que encontrava na Ciência todas as explicações para o conhecimento, afastando as causas transcendentais para explicar os fenômenos sobrenaturais. Estes nem eram considerados. Em meio a esta tendência dominante foram aparecendo reações como: uma forte corrente católica conservadora, aumento de inúmeros movimentos dissidentes, crescimento de sociedades maçônicas e de grupos de estudos e práticas ocultistas. Neste contexto sociocultural, surgiam vários grupos religiosos: os Mórmons; as Testemunhas de Jeová, organizadas por Charles Taze Russel; a Teosofia, do Coronel Olcott e de Madame Blavatski; o Adventismo, de Mrs. White; a Ciência Cristã de Mary Eddy, fundadora da Igreja de Cristo; todavia, a Ciência, devido seus estreitos limites de então, não legitimava tais religiões, pois as mesmas permaneciam secundárias frente ao núcleo secular de princípios e valores que organizavam a vida social da época. A partir de 1848, através dos poderes mediúnicos das irmãs Fox (Kate e Margaret), nascia nos Estados Unidos da América o Moderno Espiritualismo, baseado na velha crença da existência da vida após a morte, acrescida da possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados. O termo espiritualismo designa, em filosofia, um estado ou condição da mente oposto às concepções materialistas. Vertente do Espiritualismo, temos o Espiritismo, termo criado por Allan Kardec para distinguir a doutrina revelada pelos espíritos. Allan Kardec não foi propriamente o fundador do espiritismo, mas um cuidadoso compilador e analista dos materiais que ele e outros amigos coletaram em várias reuniões em que inúmeros espíritos afirmavam estar presentes. Por causa deste fato, ele sempre preferiu ser chamado de codificador da nova doutrina, uma vez que “sua privilegiada mente analítica ordenou uma teoria que cartografa uma fatia considerável do mundo invisível ao nosso redor, em íntima relação com o dia a dia de cada um de nós. Detalhou o imenso intercâmbio de informações e energias entre vivos e mortos, extraindo daí as leis naturais que o regem...” (ARAIA: 1996,11). Aliado aos pilares teóricos da ciência, Kardec enquadrou e procurou justificar o espiritismo num triplo aspecto: Filosófico, Científico e Religioso. Sua codificação fez ressurgir a presença de Deus na vida dos homens, afirmando que o sobrenatural não existe. Os “fenômenos sobrenaturais” passariam a ter, daquele momento em diante, leis próprias que os regiam. Assim, as mesmas leis naturais que regem o mundo material também se aplicam ao mundo espiritual. A doutrina que Kardec moldou na França encontrou no Brasil seu solo mais fértil e está em Uberaba (MG) a pessoa mais eminente do espiritismo atual: o médium Chico Xavier. Chico Xavier, com sua obra psicografada e exemplo de vida, ampliou e ilustrou os conceitos estabelecidos por Kardec, sendo responsável direto pelas atuais dimensões da doutrina no Brasil. 1 Mestrando em Geografia – Universidade Federal de Uberlândia – Brasil – email: [email protected] Objetivos O objetivo geral deste trabalho foi entender a importância do Espiritismo em Uberaba (MG), cidade de costumes ocidentais, dentro de um sistema capitalista de produção, depois da chegada de Chico Xavier ao município, em 1959. Especificamente, procurou-se também, possibilitar, através do estudo de caso, uma melhor compreensão dos valores espirituais face aos valores materiais da vida. Justificativa Muitos estudos sobre religião foram realizados ao longo do tempo, principalmente por sociólogos, interessados nas relações sociais vinculadas ao sagrado, e por antropólogos, no intuito de melhor compreender a cultura religiosa de um povo. Entretanto, abordagens geográficas sobre o assunto são estudadas com rara freqüência. A Geografia, por entender que a materialização das práticas humanas reflete-se no espaço, preocupa-se com a religião enquanto fenômeno cultural de um povo, que se materializa neste espaço. A religião, passada adiante por meio de seus cultos e doutrina, é um dos elementos culturais mais importantes na formação cultural dos indivíduos na sociedade. Deste modo, a religião está espelhada na sociedade como parte inseparável de seu corpo. Em pleno ano 2000, em nosso planeta, onde o apego aos valores materiais supera os valores espirituais, as religiões têm um importante papel na inversão destes valores, sendo o espiritismo uma religião que prega abertamente o desapego aos bens materiais. Religião de 1.644.355 brasileiros, o que representa 1,12% das preferências religiosas da população brasileira, de acordo com o censo populacional de 1991 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo, que propaga em seus centros o lema “fora da caridade não existe salvação”, vai assim, contra a ordem atual reinante em nossa sociedade, caracterizada pela extrema competitividade, auto-suficiência, visibilidade social e utilitarismo. Não obstante este pequeno percentual, a Federação Espírita Brasileira estima, conforme informações obtidas em 1998, um total de quase 30 milhões de simpatizantes da doutrina espírita espalhados pelas mais diversas regiões do país, o que eqüivale a 20,4% da população do país. O Espiritismo não vive na dependência de Chico Xavier e isto se refletirá nas relações de vida e na estrutura urbana do município. Em pequenas localidades, onde a prática religiosa é função primordial, é comum, muitas vezes, a religião se tornar a base da economia, da organização social e da cultura. A literatura geográfica-religiosa denomina hierópolis ou cidades-santuários aquelas que possuem sua atividade urbana fortemente especializada e associada a funções básicas de natureza sacra. Em Uberaba tais fatos não acontecem. É uma cidade de porte médio, com uma grande diversidade econômica e religiosa. Agropecuária, indústrias, prestação de serviços, centros educacionais em todos os níveis, bem como catolicismo, espiritismo, protestantes históricos e pentecostais aí vivem sem grandes conflitos. Seu dinamismo permite-lhe viver com outras funções que não aquela religiosa. Existe na cidade diferentes culturas e valores. Mesmo a presença de Chico Xavier, maior representante espírita mundial no tempo presente, não altera as características da cidade, pois é apenas um dentre os 232.134 habitantes do município (IBGE - 1996). METODOLOGIA A orientação metodológica estabelecida para atingir os objetivos propostos iniciou-se com o levantamento bibliográfico da produção existente sobre o assunto e, em seguida, leituras e análises relacionando o tema delimitado. Outro passo foram as pesquisas de gabinete: na AME (Aliança Municipal Espírita), na Prefeitura Municipal de Uberaba e no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve a necessidade de elaborar um questionário à população uberabense para descobrir a percepção do povo em relação à sua religiosidade e à figura de Chico Xavier. Este instrumento de medida segui a linha da percepção, o que permitiu captar as atitudes e valores de cada um dos entrevistados. A redação final visou demonstrar, primeiramente, a visão geral de diversas religiões e correntes filosóficas mundiais, mostrando a importância do espiritismo no bojo destas. Logo após, foi especificado o espaço geográfico do mundo ocidental, no caso, o Brasil e Uberaba (MG), chamando a atenção para uma figura proeminente no Espiritismo, o médium Francisco Cândido Xavier. Concomitantemente, este trabalho contemplou uma ordem cronológica, cuja linha de tempo fluiu do antigo ao contemporâneo. RESULTADOS Alguns dos resultados a que chegamos estão expressos à seguir e dizem respeito às grandes civilizações mundiais atuais, à hierarquização da organização espírita mineira, o significado de Chico Xavier, a mensagem de Chico Xavier mais significante, amostragem sobre a confiança nas mensagens de Chico Xavier, crença na mensagem de Chico Xavier e identificação da mensagem mais significante para a vida. Quadro 1 - As civilizações mundiais Civilização Elementos unificadores Ocidental O Materialismo Islâmica Religião Muçulmana Principais características 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 Indiana O Hinduísmo (religião e 9 filosofia) 9 9 Língua escrita; 9 Chinesa ou Sistema 9 Oriental filosófico/religioso: 9 Confucionismo, 9 Taoísmo e Budismo Comunidades tribais; 9 Negro-africana Religiões fetichistas ou 9 animistas 9 9 Fonte: CUNHA, 1996 Herdeira dos gregos e romanos Religiões: Cristianismo e Judaísmo Grande número de ateus e agnósticos Separação entre o homem e a natureza Indivíduo com direitos democráticos Religião que mais cresce no mundo Regimes teocráticos, com a religião sendo fonte de poder Resistência à ocidentalização Riqueza cultural e científica Valorização da introspecção e da busca do equilíbrio Crença na transmigração da alma Sociedade extremamente hierarquizada É marcada pelo conflito entre as diversas etnias A possibilidade de ser e não ser ao mesmo tempo Respeito às tradições, à família e à pátria Valorização do ensino e do saber Desvalorização do indivíduo e da relatividade das coisas Artificialismo dos países Elites dominantes com tendências ocidentalizantes Urbanização acelerada Crescimento do islamismo Para o Estado de Minas Gerais, a organização do espiritismo se dá com os seguintes níveis: FEB - Federação Espírita Brasileira Ø× CFN - Conselho Federativo Nacional Ø× UEM - União Espírita Mineira Ø× COFEMG - Conselho Federativo Espírita de Minas Ø× CRE’s - Conselho Regional Espírita Ø× AME’s - Aliança Municipal Espírita Ø× CENTROS ESPÍRITAS Quadro 2 - O significado de Chico Xavier, Uberaba, 1998 O QUE SIGNIFICA CHICO XAVIER Qualidade das informações • Bondade • Um líder espiritual • Caridade 4 • Respeito CITAÇÕES • Uma pessoa comum • Uma pessoa humana • Amorosidade 3 CITAÇÕES • Um exemplo de fé • Humildade • Uma grande pessoa • Tudo 2 CITAÇÕES • Paz • Um exemplo de solidariedade • Não sabe • É um ser superior • É uma fonte de confiança • Uma pessoa com inteligência acima do normal • Nada • É um mensageiro de Jesus na Terra • Um ídolo • Uma pessoa nobre • Um exemplo para a nação 1 CITAÇÃO • Um irmão meu • Uma excelente pessoa • Testemunho de vida cristã • Uma pessoa bem triste • Uma benção • Uma pessoa maravilhosa • Um exemplo de pessoa • Uma pessoa que pode estar bem intencionada, mas não está no caminho correto porque não agrada a Deus Fonte: Pesquisa direta – 1998 Nº de vezes 6 CITAÇÕES 5 CITAÇÕES Quadro 3 - A mensagem de Chico Xavier mais significante, Uberaba, 1998 MENSAGEM DE CHICO XAVIER MAIS SIGNIFICANTE Qualidade das informações • Caridade • Amorosidade • Humildade • Conforto espiritual • Paz • Nenhuma • Humanidade • Bondade 2 CITAÇÕES • Fé • Esperança • Não sabe • Sinceridade • Coragem de assumir o que fala • A evolução espiritual • O desprendimento das coisas materiais 1 CITAÇÃO • Força de vontade • Disciplina • Trabalho • A prática do cristianismo • A paciência Fonte: Pesquisa direta – 1998 Nº de vezes 11 CITAÇÕES 10 CITAÇÕES 6 CITAÇÕES 4 CITAÇÕES 3 CITAÇÕES Gráfico 1- Distribuição da amostragem sobre a confiança nas mensagens de Chico Xavier, 10% 5% 5% 80% Sim Em Termos Uberaba, 1998 Fonte: Pesquisa direta - 1998 Não Não responderam Quadro 4 - Crença na mensagem de Chico Xavier, Uberaba, 1998 VOCÊ ACREDITA NESSA MENSAGEM SIM Nº de vezes Qualidade das informações 8 CITAÇÕES • Por causa do exemplo do próprio Chico Xavier 4 CITAÇÕES • Porque é verdadeira • Por causa da paz que ela transmite 3 CITAÇÕES • Porque fora da caridade não há salvação • Porque é a lógica, tendência e resumo da própria vida 2 CITAÇÕES • Por motivos de fé • Por causa do que as pessoas falam • Porque é ir ao encontro de Jesus, independente da religião que se possua • Porque acredita • Porque Chico Xavier é uma fonte de aprendizado • Por causa do calor humano de Chico Xavier • Porque Chico Xavier é inteligente e culto • Porque acredita na vida após a morte • Porque foi transformado por uma pessoa que conhecia essas mensagens 1 CITAÇÃO • Porque precisamos acreditar • Porque já teve experiências muito boas com essas mensagens • Porque é divina • Porque a finalidade delas é a melhor possível • Porque transmitem tudo de bom NÃO Nº de vezes Qualidade das informações • Porque não • Porque por trás de Chico Xavier estão agindo demônios disfarçados de pessoas 1 CITAÇÃO do bem • Porque não tem conhecimento • Porque não acredita na vida após a morte EM TERMOS Nº de vezes Qualidade das informações 1 CITAÇÃO • Porque tem medo das coisas do além • Porque as pessoas que cercam Chico Xavier atrapalham-no NÃO RESPONDERAM Nº de vezes Qualidade das informações 2 CITAÇÕES • Porque não conhecem Fonte: Pesquisa direta – 1998 Quadro 5 - Identificação da mensagem mais significante para a vida, Uberaba, 1998 QUAL A MENSAGEM MAIS SIGNIFICANTE PARA A SUA VIDA Qualidade das informações • Amor • Saúde • Paz • Acreditar e ter fé em Deus 3 CITAÇÕES • Humildade • Crer em Jesus Cristo como único salvador • Honestidade • Felicidade • Caridade • União familiar 2 CITAÇÕES • Viver • Respeito • Responsabilidade • Aprender a natureza da vida • A graça divina • Testemunhar Jesus Cristo • Sinceridade • A evolução • Bom senso 1 CITAÇÃO • Equilíbrio • Tolerância • Determinação • Disciplina • Solidariedade • A capacidade humana de se adaptar às dificuldades da vida Fonte: Pesquisa direta – 1998 Nº de vezes 11 CITAÇÕES 5 CITAÇÕES 4 CITAÇÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste mundo globalizado, CASTELLS (1999) identifica a geografia do local como sendo a instância em que a cultura é socialmente construída e organizada, em torno de um conjunto de valores cujo significado e uso compartilhado são marcados por códigos específicos de auto-identificação. Deste modo, a realidade acerca do caso apresentado estimula um estudo mais aprofundado na temática da Geografia da Religião e requer uma adição de conhecimentos de várias áreas do saber. Assim, procuramos enriquecer os trabalhos geográficos-religiosos e estimular futuros estudos acerca desta questão. Através deste trabalho, conhecermos um pouquinho mais da sociedade particular em que se inseriu esta pesquisa e propiciamos o desenvolvimento de futuros trabalhos que se encaixaram na mesma abordagem apresentada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, C. Bezerra de Menezes: subsídios para a história do espiritismo no Brasil até o ano de 1895. 4.ed. São Paulo: Feesp, 1991. 96p. ALVES, Rubem. O que é religião?. São Paulo: Edições Loyola, 1999. 126p. ARAIA, Eduardo. Espiritismo: doutrina de fé e ciência. São Paulo: Ática, 1996. 150p. BUSCA pela fé: fé ano 2000. Folha de São Paulo, São Paulo, 26 dezembro 1999. Especial. 16p. CASTELLS, Manuel. O Poder da Identidade. 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