Estação de trabalho: Francisco Buchmann Laboratório de

Propaganda
Francisco
Buchmann
Fotos Cristiano Burmester
A área de trabalho de
Chico, como prefere ser
chamado o oceanógrafo
da Unesp de São Vicente, é
pequena. A metade de uma
sala, dividida com outro
professor. Mas ele até
que não se importa tanto.
“O meu laboratório é o
maior do mundo. O oceano
Atlântico, do Uruguai ao
Rio de Janeiro, é todo
meu”, brinca olhando para
um mapa. É no litoral que
ele busca por paleotocas
de tatus gigantes, por
fósseis de tubarões e de
mamíferos da megafauna
e por indícios que mostrem
como o nível do mar
variou ao longo dos
milênios. Parte do material
coletado é acumulada
nesta salinha, mas a
maioria fica na casa dele à
espera de análises.
paleopraia
18 unespciência .:. setembro de 2010
lar de
gigantes
peso nas
juntas
canela
ancestral
davi e golias
Na região em que o
rio Itaguaré deságua
Réplica de gesso de
Este joelho de
Para o pesquisador,
um fragmento
no mar (SP), Chico
um molde feito com
toxodonte (Toxodon
é bastante comum
de carapaça de
investiga uma praia
silicone no interior
platensis) é uma
encontrar fósseis
tatu-gigante
que se formou há 120
de uma paleotoca
das joias de Chico.
da megafauna,
(à dir.), que habitou
mil anos; para isso,
no RS mostra
Toda a ordem desse
como esta tíbia de
principalmente a
analisa fragmentos
as marcas que os
herbívoro parecido
preguiça-gigante,
região Sul há 120 mil
de diferentes
tatuzões faziam
com o hipopótamo
“rolando” nas
anos, com o de
profundidades
com suas garras
foi extinta
praias do RS
um tatu moderno
Chico compara
setembro de 2010 .:. unespciência
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