PARECER NORMATIVO Nº 001, DE 21 DE AGOSTO DE 2014. “Fica aprovado o Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Geração do Futuro, situada na Avenida Paulo Souto, S/Nº, Alto da Barra, nesta cidade de Barra da Estiva, estado da Bahia, e dá outras providências correlatas”. O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO no uso de suas atribuições legais, por decisão do Conselho Pleno do CME – Conselho Municipal de Educação em Sessão Ordinária, realizada no dia 17 de julho de 2014 e com fundamento na legislação vigente. RESOLVE: ART. 1º – Fica aprovado o PPP – Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Geração do Futuro, situada na Avenida Paulo Souto, S/Nº, Alto da Barra, nesta cidade de Barra da Estiva, estado da Bahia, conforme disposto no ANEXO ÚNICO deste Parecer. ART. 2º – Este Parecer Normativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogando – se as disposições em contrário. Barra da Estiva – BA, em 21 de agosto de 2014. HOMOLOGUE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE. Barra da Estiva – BA, em 21 de agosto de 2014. ____________________________________________________________________________________________ Praça Pedro Rodrigues de Souza, n° 14 – Centro – CEP 46.650–000 – Barra da Estiva – Bahia Fone/Fax: (77) 3450 – 1220 / E-mail: [email protected] / www.cmebarradaestiva.com ANEXO ÚNICO ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO BARRA DA ESTIVA 2014 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO DIRETORA Elenice Rodolfo Caires Pires AUXILIAR DE DIREÇÃO Neida de Fátima Vieira Wobeto COORDENADORA PEDAGÓGICA Elaine Caires Luz da Silva SECRETÁRIA Neyla Elaine dos Santos Silva PORTEIRO Mateus Freitas Santos BARRA DA ESTIVA – BA 2014 É a esperança que nos impulsiona a progredir e avançar, apesar de situações adversas. Esperar é desejar, confiar, propor objetivos. Em nada significa a acomodação, conclusão ou descomprometimento. Ao contrário: admite a riqueza da processualidade do cotidiano, que não é composto só de entraves, mas de possibilidades. (CAVAGNARI) AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por nos proporcionar sabedoria e espírito de equipe que nos ajudou a realizar este trabalho; A todos os funcionários, professores e comunidade escolar que demonstraram interesse e dedicação na construção deste documento. Ao Conselho Municipal de Educação pela ajuda e parceria nas atividades da escola; Aos pais pela colaboração, contribuição e apoio no processo de democratização da escola; E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração do Projeto Político Pedagógico. SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 8 2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 11 CAPÍTULO I 1 A História Sócio – Econômica da Cidade de Barra da Estiva ............................................ 14 1.1 A Colonização e origem do nome de Barra da Estiva ................................................. 14 1.2. O Contexto atual da cidade de Barra da Estiva ......................................................... 14 CAPÍTULO II 2. Identificação e Caracterização da Escola Municipal Geração do Futuro ...................... 15 2.1 Dados da Instituição de Ensino .................................................................................. 15 2.1.1 Nome da Escola................................................................................................... 15 2.1.2 Endereço ............................................................................................................. 15 2.1.3 Órgão Mantenedor ............................................................................................... 15 2.1.4 Oferta de cursos e modalidades .......................................................................... 15 2.1.5 As bases legais .................................................................................................... 16 2.2 Breve histórico da instituição ...................................................................................... 17 2.3 Espaço físico .............................................................................................................. 18 2.3.1 Descrição do Espaço Físico- Instalações e equipamentos................................... 18 2.4 Material didático e equipamento de apoio pedagógico ............................................... 18 2.5 Quantidade dos alunos no ano de 2010/2011/2012/2013........................................... 19 2.5.1 Relação das Turmas ............................................................................................ 19 CAPÍTULO III 3 Recursos Humanos .......................................................................................................... 20 3.1 Relação do corpo docente e técnico-administrativo dos anos de 2010/2011/2012/2013 ...................................................................................................... 20 3.2 Cargo ou Função/Escolaridade/Especialização .......................................................... 21 CAPÍTULO IV 4 Estrutura Organizacional da Secretaria da Educação ...................................................... 23 4.1 Histórico ..................................................................................................................... 23 4.1.1 Organograma....................................................................................................... 23 4.2 Estruturação do Conselho Municipal de Educação ..................................................... 24 4.2.1- Organograma ..................................................................................................... 24 CAPÍTULO V 5 Ambiente Economico e Cultural da Escola Municipal Geração do Futuro ......................... 25 5.1 Perfil da comunidade escolar ..................................................................................... 25 5.1.1 Ambiente socioeconômico e cultural .................................................................... 25 5.1.2 Campo profissional dos Pais dos alunos .............................................................. 26 5.1.3 Nível de escolaridade dos Pais ............................................................................ 26 5.1.4 Renda Familiar .................................................................................................... 26 O que os pais esperam da escola: ................................................................................ 27 CAPÍTULO VI 6 Estrutura Educacional da Escola Municipal Geração do Futuro ........................................ 28 6.1 Organograma da estrutura escolar ............................................................................. 28 CAPÍTULO VII 7 Organização Administrativa da Escola Municipal Geração do Futuro ............................... 29 7.1 Da direção da unidade de ensino ............................................................................... 29 7.2 Do Serviço De Coordenação Pedagógica .................................................................. 30 CAPÍTULO VIII 8 Organização dos Conselhos Escolares............................................................................. 32 8.1 Conselho escolar e caixa escolar ............................................................................... 32 8.1.1 Segmento do Conselho Escolar ........................................................................... 32 8.2 Caixa Escolar ............................................................................................................. 33 8.2.1 Segmento do Caixa Escolar ................................................................................. 33 8.3 Gestão de Recursos ................................................................................................... 34 8.3.1 Investimento / financiamento................................................................................ 34 CAPÍTULO IX 9 Marco Conceitual da Escola Municipal Geração do Futuro ............................................... 35 9.1 Nossa visão de futuro ................................................................................................. 35 9.1.1 Valores e Estratégias ........................................................................................... 35 9.1.2 Nossa Missão ...................................................................................................... 35 9.2 Objetivos educacionais............................................................................................... 36 9.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 36 9.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 36 CAPÍTULO X 10 Fundamentos Educacionais da Escola Municipal Geração do Futuro ............................. 38 10.1 Fundamentos didático-pedagógicos ......................................................................... 38 CAPÍTULO XI 11 Organização Escolar e Disciplinar ............................................................................... 42 11.1 Gestão e desenvolvimento da equipe ................................................................... 42 11.2 Organização do corpo docente e discente................................................................ 42 11.3 Organização do pessoal administrativo .................................................................... 42 11.4 Organização dos Pais .............................................................................................. 43 11.5 Organização e convivência na escola ...................................................................... 43 11.6 Organização interna e externa escolar ..................................................................... 44 CAPÍTULO XII 12 Concepções Educacionais da Escola Municipal Geração do Futuro ............................... 45 12.1 Perspectiva Pedagógico-filosófica da Escola............................................................ 45 12.2 Concepção de homem ............................................................................................. 46 12.3 Concepção de educação .......................................................................................... 46 12.4 Concepção de sociedade ......................................................................................... 47 12.5 Concepção de cultura............................................................................................... 47 12.6 Concepção de escola ............................................................................................... 47 12.7 Concepção de conhecimento ................................................................................... 48 12.8 Concepção de ensino ............................................................................................... 49 12.9 Concepção de aprendizagem ................................................................................... 49 12.10 Concepção de ensino-aprendizagem ..................................................................... 49 12.11 Concepção de inclusão e diversidade .................................................................... 50 CAPÍTULO XIII 13 Princípios e Relações Educacionais da Escola Municipal Geração do Futuro ................ 52 13.1 Princípios norteadores.............................................................................................. 52 CAPÍTULO XIV 14 Capacitação Continuada de Educadores e Qualidade do Ensino – Aprendizagem da Escola Municipal Geração do Futuro .............................................................................. 53 CAPÍTULO XV 15 Pressupostos Pedagógicos do Ensino Fundamental de 09 Anos.................................... 55 CAPÍTULO XVI 16 Organização do Trabalho Pedagógico Escolar a Escola Municipal Geração do Futuro .................................................................................................................................. 57 16.1 A matriz Curricular .................................................................................................... 58 16.1.1 Ensino Fundamental Séries Iniciais Regular – DiurnoAdaptação À Lei Nº 9.394/96. Duração: 09(Nove) Anos ............................................................................... 58 16.1.2 Matriz Curricular do Ensino Fundamental Séries Iniciais – diurno ...................... 59 16.1.3 Ensino Fundamental Séries Iniciais Regular – DiurnoAdaptação À Lei Nº 9.394/96. Duração: 08 (Oito) Anos................................................................................ 60 16.1.4 Matriz Curricular do Ensino Fundamental de 08 anos Séries Iniciais – diurno ........................................................................................................................... 61 CAPÍTULO XVII 17 Processo da Avaliação da Escola Municipal Geração do Futuro..................................... 62 17.1 Considerações Sobre a Avaliação ............................................................................ 63 CAPÍTULO XVIII 18 Áreas do Conhecimento – Ensino Fundamental da Escola Municipal Geração do Futuro .................................................................................................................................. 64 18.1 Língua Portuguesa ................................................................................................... 64 18.1.1 Objetivos ............................................................................................................ 64 18.2 Matemática............................................................................................................... 64 18.2.1 Objetivos ............................................................................................................ 65 18.3 Geografia ................................................................................................................. 65 18.3.1 Objetivos ............................................................................................................ 65 18.4 História ..................................................................................................................... 66 18.4.1 Objetivos ............................................................................................................ 67 18.5 Ciências Naturais ..................................................................................................... 67 18.5.1 Objetivos ............................................................................................................ 67 18.6 Arte .......................................................................................................................... 68 18.6.1 Objetivos ............................................................................................................ 68 18.7 Educação Física ....................................................................................................... 68 18.7.1 Objetivos ............................................................................................................ 68 CAPÍTULO XIX 19 Projetos da Escola Municipal Geração do Futuro............................................................ 70 CAPÍTULO XX 20 Avaliação do Projeto Político Pedagógico ....................................................................... 71 Referencias.............................................................................................................................72 Anexos....................................................................................................................................73 8 1. APRESENTAÇÃO Sabemos que a escola é o segundo ambiente mais importante na vida do indivíduo. Mas para que este ambiente tenha uma educação de qualidade e formação adequada é necessário que haja uma organização e direcionamento de suas funções. É através do Projeto Político Pedagógico que a escola alcança estes objetivos. O projeto político-pedagógico de uma escola é o instrumento teórico metodológico, definidor das relações da escola com a comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, porque se vai fazer, para que se vai fazer para quem se vai fazer e como se vai fazer. (ARANHA, 2004, p. 10) Ao construirmos nosso Projeto Político Pedagógico, elaborado por pais, professores, alunos, direção, funcionários, enfim, toda a comunidade escolar da Escola Municipal “Geração do Futuro”, buscou-se discutir, refletir, repensar e expor, de forma clara, valores coletivos, delimitando prioridades, definindo os resultados desejados e as metas que a mesma deseja alcançar. Orienta-se pela compreensão de que o processoeducacional é uma "atividade mediadora", no contexto sócioeconômico-cultural de uma processoeducativo centrado, nação. numa Neste sentido, concepção busca humanística construir que um pressupõe ahistoricidade do ser humano na plenitude de suas relações sociais. Sua elaboração exigiu uma atitude de pesquisa e reflexão sobre a realidade social, econômica, política e cultural do aluno, da escola e da comunidade na qual está inserida, com encontros envolvendo toda a comunidade escolar. Este documento tem como finalidade apresentar as propostas de trabalho desenvolvidas na Escola Municipal Geração do Futuro, cujo trabalho apoia-se na perspectiva de uma educação de qualidade, buscando, para atender esse objetivo, ações voltadas para melhores condições de trabalho; uma prática pedagógica em consonância com o contexto atual de modo a formar cidadãos críticos e conscientes do seu papel social; como também, a integração da escola com a comunidade, tendo em vista que a participação desta última torna-se primordial no desenvolvimento do cidadão que almejamos. 9 O presente projeto explicita os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação e avaliação da Escola e lhe dá uma nova identidade. Esta terá autonomia para avaliá-lo, ajustá-lo permanentemente, pois é um processo sempre em construção. A elaboração e sistematização deste Projeto foram efetivadas pela Equipe Pedagógica e Administrativa deste Estabelecimento de Ensino com a participação direta dos professores que contribuíram com suas reflexões, suas sugestões e ideias para o enriquecimento do Projeto. Para o estudo fizemos uma seleção de referências bibliográficas objetivando aprofundamento teórico e metodológico, bem como para desenvolvermos reflexões sobre o assunto e promover as reuniões com a equipe escolar, e comunidade. A equipe gestora da escola elaborou os questionários e entrevistas a serem apresentados a todos os envolvidos no processo educacional, que também formam sujeitos da pesquisa. A partir dos resultados obtidos, iniciou-se a construção do Projeto Político-Pedagógico da Escola Municipal de Ensino Fundamental I Geração do Futuro. Levantamos dados através de questionário, pesquisas e reuniões, o que nos permitiu uma visão da realidade da escola, envolvendo, de forma dinâmica e criativa, a participação coletiva de todos: gestores, professores, funcionários, pais, alunos e comunidade local. Foram analisados arquivos e dados escolares tais como, os pedagógicos, financeiros e administrativos. Com isso coletamos dados suficientes para iniciar a construção do Projeto Político-Pedagógico. Esses elementos foram essenciais para sua construção. Foi levado em consideração que a não abordagem de quaisquer itens compromete a estrutura e a execução do mesmo, uma vez que esses elementos são interdependentes. Conhecer a escola mais de perto é ter uma visão dinâmica das relações e interações que constitui seu dia-a-dia, apreendendo as forças que impulsionam, identificando as estruturas de poder e os modos de organização do trabalho na escola. Com base nos dados que identificamos na unidade escolar, conforme a realidade da comunidade local, realizamos a construção do Projeto Político-Pedagógico. Buscou-se também através da origem histórica onde a escola está inserida construir um parâmetro, pois acreditamos que a realidade de nossos alunos baseia-se em fatos ocorridos anteriormente e que são de suma importância como processo em sua formação acadêmica. 10 O referido não está pronto e acabado, pois necessita de estudos e reflexões contínuas, podendo ser reelaborado diante de novas situações, buscando constantemente alternativas viáveis à efetivação do trabalho político pedagógico da escola. Ao concluirmos este documento coletivamente, a escola terá dado um grande passo, não apenas pela definição do trabalho pedagógico, mas pela vivência de um trabalho onde foi possível exercitar a cidadania. Estarão disponíveis para a comunidade escolar, as autoridades competentes e para os pais dos alunos interessados em conhecer os documentos. O Projeto Político Pedagógico é orientado pela RESOLUÇÃO CME Nº 020/2010 com embasamento na Lei Federal nº 9.394/96. 11 2. JUSTIFICATIVA A Escola Geração do Futuro é uma escola identificada com o processo de construção de uma sociedade mais justa, onde a mesma oferece uma educação pautada não numa simples visão reducionista de ensinar a ler, escrever e tão somente com o vislumbre da formação profissional. Mais que isso, a “Escola” se compromete com a cidadania, formando seres humanos plenos e pensantes, que certamente terão maiores oportunidades na vida dos tempos modernos. Nessa visão de uma Educação que busca a formação plena do aluno há uma gama de possibilidades de ações e trabalhos que podem ser realizados com foco na criação de oportunidades. Com um espaço em que a prática pedagógica é entendida como uma prática de vida, de todos e com todos, na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. Uma escola com profissionais competentes e comprometidos com a aprendizagem significativa, buscando transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos, onde expressa a sua identidade institucional na busca de seus valores, missão, objetivos e métodos institucionais construídos com base em sua proposta pedagógica. Portanto, este projeto é construído através de pesquisas, estudos e análises com a participação dos profissionais da educação e pessoas envolvidas no contexto escolar. Em sua essência encontra-se a liberdade de pensamento, a busca pela pluralidade de ideias, o respeito e o crescimento humano de todos os indivíduos, preparando-os para uma sociedade cada vez melhor, globalizada, multicultural, competitiva e apta a acompanhar as constantes transformações da sociedade e do mundo. “(...) a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a construção do projeto pedagógico. Assentado na concepção de sociedade, educação que vise a emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E ao se constituir como processo, o projeto pedagógico reforça o trabalho integrado e organizado da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja o seu objetivo”. (VEIGA, 1996, p. 157) 12 Este documento compõe o trabalho desenvolvido nesta instituição de ensino em consonância com as Diretrizes Curriculares, os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Regimento Escolar. A nova LDB, Lei nº9.394/96, prevê no art. 12, inciso 1, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seu sistema de ensino terão a incumbência de elaborar e executar a sua proposta pedagógica”. Para além de um documento técnico-burocrático ou de gestão, ele representa um propósito, uma ação intencional, e, como um processo, deve ser retomado continuada e coletivamente, para que seus princípios se efetivem em ações transformadoras. Deve ser considerado como um instrumento de ação política e pedagógica, destinado a garantir “uma formação global e crítica para os envolvidos no processo, como forma de capacitá-los para o exercício da cidadania, a formação profissional e o pleno desenvolvimento pessoal”. (Veiga: 2004, p. 16). Para Gadotti: Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente à determinada ruptura. As promessas tornam visíveis os campos de ação possíveis, comprometendo seus atores e autores. (GADOTTI, 2000, p. 38). É com base nesta perspectiva que o documento aqui apresentado não deverá ser meramente lido e arquivado, mas sim, vivenciado em todas as práticas de nosso cotidiano, por todos os envolvidos que constituem a Equipe Escolar. Neste sentido, ele se apresenta como um fator de motivação e reflexão sobre a interação com a realidade, que seja capaz de permear toda ação, de forma intencional e explícita, projetando valores, oriundos da identidade da instituição, os quais não se referem apenas à visão de um grupo determinado de pessoas. Eles são frutos de uma realidade social inserida na cidade de Barra da Estiva, que exige da instituição um posicionamento que seja capaz de determinar objetivos e metas que atenda a sociedade e a localidade onde a mesma faz parte. Este projeto resulta, pois, do ideal de uma nova sociedade e do reconhecimento claro das necessidades sociais dos seres humanos que nos cercam, consistindo basicamente em oferecer qualidade educacional e também uma formação cidadã às populações que buscam e precisam encontrar formas de sobrevivência e convivência com dignidade e bem-estar. 13 Acreditamos que os princípios aqui analisados e o aprofundamento dos estudos sobre os anseios da escola e do trabalho pedagógico trarão contribuições relevantes para a compreensão dos limites e das possibilidades para a melhoria da educação e acredita-se que através do Projeto Político Pedagógico a escola conquiste sua “autonomia”, entendida com a capacidade de governar-se, e dirigirem-se, dentro de certos limites, definidas pelas legislações e pelos órgãos do sistema educacional, ajudando os diversos atores a estabelecer, com responsabilidade, os caminhos que a escola escolha para percorrer. Assim este projeto pedagógico procurou a construção do documento da escola, formando seu direcionamento e o empenho dos sujeitos da comunidade escolar a localizar em torno de uma visão comum e de uso geral de educação, norteando a tomada de decisão e garantindo a unidade da ação e o empenho de todos na ação pedagógica. 14 CAPÍTULO I 1. A HISTÓRIA SÓCIO – ECONÔMICA DA CIDADE DE BARRA DA ESTIVA 1.1 A Colonização e origem do nome de Barra da Estiva O município de Barra da Estiva Pertence à zona de fisiográfica da Chapada Diamantina, tendo seu território totalmente incluído no polígono das secas. Situa-se na parte Centro-oeste do Estado da Bahia e faz parte da bacia hidrográfica do Rio de Contas. Recebeu esse nome devido a existência do Rio Barra da Estiva, que banhavam o seu território. Localiza-se na Chapada Diamantina, no setor meridional, limitando-se com Ibicoara, Iramaia, Ituaçu, Jussiape e Manoel Vitorino. Em finais do século XVIII o sertanista Sebastião da Rocha Pinto chegou às margens do rio de Contas. Com a morte de Sebastião Pinto, Manuel Saldanha da Gama, conde da ponte, tomou posse das terras, surgindo então os primeiros habitantes dos lugarejos de Geraizinho e Ponto da Pedra. Em 1876 ganhou a categoria de freguesia. O distrito foi criado por Resolução Provincial em 1884 e o município, com a denominação de Jussiape, em 1890. O conselho Municipal de Jussiape promulgou em lei mudando para Barra da Estiva a sede do município, sendo revogada em 1900. A sede foi novamente transferida em 1920. Em 1921, retorna a localizar-se em Barra da Estiva. Em 1927, a povoação foi elevada à categoria de cidade. Barra da Estiva possui uma preciosa herança do processo de colonização da região, impulsionado pela exploração de lavras de diamante. 1.2. O Contexto atual da cidade de Barra da Estiva O município da Barra da Estiva fica no Sudoeste da Bahia, a cerca de 550 km da capital Salvador e tem uma área de 1.782 km². A população avaliada em 2010 era de 21.190 habitantes, dos quais 15.696 são eleitores, de acordo com o Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE. A Densidade Demográfica é de 23,16 habitantes por km². O índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,688 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).A sede municipal possui as seguintes coordenadas geográficas: 13°37’38 de latitude Sul e 41°19’37”de longitude oeste. Rumo partindo da capital do Estado, da qual dista em linha reta - 317Km. 15 CAPÍTULO II 2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO 2.1 Dados da Instituição de Ensino 2.1.1 Nome da Escola Escola Municipal Geração do Futuro. 2.1.2 Endereço Avenida Paulo Souto, S/N, Alto da Barra. 2.1.3 Órgão Mantenedor Prefeitura Municipal de Barra da Estiva. 2.1.4 Oferta de cursos e modalidades A Escola funciona em dois turnos: matutino e vespertino atendendo a partir do 1º ano até o 5º ano, tendo atualmente 362 alunos. O horário de entrada e saída dos alunos: 07h50min às 11h50min e 12h50m às 16h50m. Possui 32 profissionais da 16 educação, sendo 16 professores, 01 monitora, 01 diretora, 01 auxiliar de direção, 01 porteiro, 01 secretária, 01 coordenadora pedagógica, 11 auxiliares administrativos. 2.1.5 As bases legais A LDB (Lei nº 9394/96), em seu art.12 & I, art. 13 & I e no art. 14 & I e II, estabelece orientação legal de confiar à escola a responsabilidade de elaborar, executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios estabelecidos pelo art.14: I. participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes.A participação dos professores e especialistas na elaboração do projeto pedagógico promove uma dimensão democrática na escola e nessa perspectiva, as decisões não centralizadas no Gestor cedem lugar a um processo de fortalecimento da função social e dialética da escola por meio de um trabalho coletivo entre todos os segmentos participantes e a comunidade escolar. Lei nº 8069/90 – ECA – Dispõe sobre os direitos e deveres da criança e do Adolescente. Lei Federal nº 11.525/07 – Dispõe sobre os Direitos das Crianças e do Adolescente; Ato de autorização do Calendário Escolar: Resolução CME nº 001,14 de dezembro de 2010. Ato de Implantação e Funcionamento do Ensino Fundamental de 9 anos:Resolução CME nº 002,14 de dezembro de 2010. Ato da Organização da Grade Curricular do Ensino Fundamental de 8(oito) e 9(nove) anos: Resolução CME nº 003,14 de dezembro de 2010. Ato de Elaboração e Aprovação do Regimento Escolar das Instituições de Educação Básica:Resolução CME nº 004, 29 de dezembro de 2010. 17 Ato de Autorização de Funcionamento de Unidades Escolares do Sistema Municipal de Ensino: Resolução CME nº 007, 29 de dezembro de 2010. Ato das Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei Nº 9394, DE 20 de dezembro de 1996. Ato das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Alterada):Lei Nº11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Ato das Resoluções do CME 002/98. 2.2 Breve histórico da instituição A Escola Municipal Geração do Futuro iniciou suas atividades no governo da prefeita Ana Lúcia Aguiar Viana, em um prédio alugado pela Prefeitura Municipal de Barra da Estiva onde permaneceu por três anos, até que fosse concluída a obra da atual Escola Municipal Geração do Futuro. A inauguração da instituição ocorreu no dia 18 de maio de 2013, com a presença do Governador da Bahia JakquesWagner, da ex-prefeita Ana Lúcia Aguiar Viana e do Prefeito Adriano Carlos Dias Pires. A Escola nos anos 2010,2011, ofertou 01 turma no Ensino de 08 anos. Nos anos seguintes, na faixa etária de 6 a 10 anos do Ensino Fundamental de nove anos, Conforme a Lei 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que altera a redação dos artigos, 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. A inclusão de crianças de seis anos de idade não significa a antecipação dos conteúdos e atividades que tradicionalmente foram compreendidos como adequados à primeira série. Destacamos, portanto, a construção de uma nova estrutura e organização dos conteúdos em um ensino fundamental, agora de nove anos. A LDB (Lei nº 9394/96), em seu art.12 & I, art. 13 & I e no art. 14 & I e II, estabelece orientação legal de confiar à escola a responsabilidade de elaborar, executar e avaliar seu projeto pedagógico. A legislação define normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios estabelecidos pelo art.14: I. Participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes. Segue as Leis, os Atos de autorização e renovação. 18 2.3 Espaço físico 2.3.1 Descrição do Espaço Físico- Instalações e equipamentos A Escola possui uma área total de 3.613.10 m2, medindo na área escolar 1.418.63m2 na área da quadra esportiva 717.73m2 e 1.476.74 restante em pátio, jardim e estacionamento (em construção). Existem no ambiente escolar 08 salas de aula, 01 laboratório de informática(sem mobília), 01 laboratório de ciências (sem mobília), 01 biblioteca, 01 sala de professores, 01 sala de reuniões, 01 cozinha com 01 dispensa, 02 depósito, 02 almoxarifado, 01 direção, 01 secretaria, 01 sala da coordenação, 01 quadra esportiva, 04 banheiros e 02 pátios cobertos. A escola possui alunos em média de 6 a 12 anos, com 362 alunos matriculados. Nos anos de 2010, 2011, 2012, a escola desenvolvia suas atividades em um prédio adaptado e alugado pela prefeitura Municipal de Barra da Estiva – Bahia. A escola obteve no ano de 2013 um prédio próprio com infraestrutura adequada aos padrões para uma educação de qualidade. As salas são amplas, com carteiras e cadeiras apropriadas, armário para guardar materiais. Existem várias dependências para realização de atividades tais como: quadra esportiva (em construção), auditório, sala de educadores, salas administrativas (secretaria e sala da direção, coordenação) cozinha juntamente com cantina com todos os equipamentos e utensílios necessários. 2.4 Material didático e equipamento de apoio pedagógico O material didático são considerados como instrumentos importantes a prática docente, vendo-o como material auxiliar desta prática. Dispomos dos seguintes materiais didáticos: Livros didáticos, que são fornecidos pelo Programa Nacional do Livro DidáticoPNLD/MEC, para os alunos e professores, os quais são distribuídos no início de cada ano letivo e ao final do mesmo, são recolhidos para que possam ser usados por outros alunos; Um acervo literário infanto-juvenil do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental; 03 Sons; 01 Caixa amplificada; 01 data show; 19 02 Globos terrestres; 01 Kit de material dourado; 01 DVD‘s; 03 TV‘s; 01 sala de informática (em construção); 05 computadores, para uso da Secretaria e professores; 01 Notebook; 06 Impressoras; 01 Máquina de fotografia. OBS: O material didático é disponível aos professores e alunos desta Unidade Escolar. 2.5 Quantidade dos alunos no ano de 2010/2011/2012/2013. 2.5.1 Relação das Turmas ANO 2010 ANOS/ SÉRIES Classe QDE ALUNOS ANO 2011 QDE ALUNOS ANO 2012 QDE ALUNOS ANO 2013 QDE ALUNOS - 13 11 - 1º ano 61 42 69 49 2º ano 76 148 102 89 3º ano - 85 136 110 4º ano - - - 117 1ª série - 12 - - 2ª série 25 - - - TOTAL 162 300 318 365 Especial Obs: No ano de 2012 a escola não ofertava mais o Ensino de 08 anos passando a duração de 9(nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. 20 CAPÍTULO III 3. RECURSOS HUMANOS 3.1 Relação do corpo docente e técnico-administrativo dos anos de 2010/2011/2012/2013 ANO DE 2010 ANO DE 2011 ANO DE 2012 ANO DE 2013 1. Alba Leite Lêdo Alba Leite Lêdo Alba Leite Ledo Alba Leite Ledo 2. Amelina Silva Miranda Amelina Silva Amelina Silva Miranda Amelina Silva Miranda Dorane Santos Aguiar Cristina Pereira de Miranda 3. Ednar Amorim Silva Dorane Santos Aguiar 4. Elaine Caires Luz Da Novais Ednar Amorim Silva Ednar Amorim Silva Dorane Santos Aguiar Elenice Rodolfo Caires Erivan Elaine Caires Luz da Ednar Amorim Silva Pires Caires Eluzineide Raimundo Eva Nascimento Silva 5. 6. 7. 8. 9. Ferreira Silva Freitas Elenice Rodolfo Caires Elaine Caires Luz da Guimarâes Pires Silva Helenilda Caires Elaine Caires Luz Eliane Ferreira Caires Elenice Rodolfo Caires Barbosa Silva Da Silva Ribeiro Pires Leila De Oliveira Caires Elenice Rodolfo Eliane Ribeiro de Eliane Ferreira Caires Caires Pires Souza Freitas Ribeiro Lucineide Oliveira Eluzineide Eluzineide Raimundo Eliane Ribeiro de Souza Amorim Raimundo Nascimento Freitas Erivan Ferreira Caires Euzelaine Pires Nascimento 10. Magna Moura da Silva Euzelaine Pires Dourado 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Marizete Rocha Silva Mateus Freitas Santos Dourado Geany Caires Bento Helenilda Caires Euzelaine Pires Eva Freitas da Silva Dourado Guimarães Eva Freitas da Silva Geisla Luz Caires Barbosa Silva Guimarães Natália Alves Dos Leila de Oliveira Geany Caires Bento Helenilda Caires Bento Santos Caires NeidilauraMacena Lucineide Oliveira Geisla Luz Caires Joelma Silva Amorim Trindade Amorim Rosângela Caires da Magna Silva Silva Silvana de Oliveira Marizete Costa Novais Silva Caires Moura da Helenilda Caires Bento Juscélia Ribeiro do Nascimento Leila de Oliveira Caires Leila de Oliveira Caires Mateus Freitas Lucineide Oliveira Lucineide Oliveira Santos Amorim Amorim Magna Moura da Silva Márcia Antônia Nágila Rocha Rocha 21 Caires 19. 20. Castelhano Natália Alves Dos Marinalva Alves dos Marinalva Alves dos Santos Santos Ribeiro Santos Ribeiro NeidilauraMacena Marizete Rocha Silva Mateus Freitas Santos Mateus Freitas Santos Michele Santana Trindade Patrícia 21. Silva Borges Santos Sandra 22. Rosa Nágila Rocha Caires Nadabe Aguiar Melo Neida de Fátima Vieira Nágila Rocha Caires Soares 23. Silvana de Oliveira Wobeto Costa Novais 24. 25. NeidilauraMacena Natália Alves dos Trindade Santos Patrícia Silva Borges Neida de Fátima Vieira Wobeto 26. 27. Silvana de Oliveira Neyla Elaine dos Costa Novais Santos Silva Sandra Rosa Soares Regiane Pires Ferreira Moura Caires Roseane Luísa Freitas 28. Novais Sandra Rosa Soares 29. Silvana de Oliveira Costa Novais Vanderli Gonçalves 30. Santa Virgínia Caires Coelho 31. Luz Com regime de Contrato Estabilidade por tempo de serviço 3.2 Cargo ou Função/Escolaridade/Especialização NOME CARGO OU FUNÇÃO NÍVEL DE ESCOLARIDADE/ GRADUAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO Alba Leite Lêdo Professora Pedagogia/Pós Educação Infantil Amelina Silva Miranda Merendeira Fundamental incompleto Aux administrativo Ensino Médio Incompleto Dorane Santos Aguiar Professora Pedagogia/Pós Educação Esp Inclusiva Ednar Amorim Silva Professora Pedagogia/Pós Ed. EspInclusiva Cristina Elaine Caires Luz Da Silva Coordenadora Pedagogia/Coord e Planej/Gestão 22 Pedagógica Elenice Rodolfo Caires Pires Diretora Escolar Pedagogia/Coordenação e Planejamento/Gestão Escolar Eliane Ferreira Caires Ribeiro Professora Pedagogia/ Pós Educação Infantil Eliane Ribeiro De Souza Freitas Professora Pedagogia/Pós Psicopedagogia Euzelaine Pires Dourado Professora Pedagogia Incompleto Aux administrativo 1º GRAU Geisla Luz Caires Professora Pedagogia Helenilda Caires Barbosa Silva Professora Pedagogia Joelma Silva Amorim Caires Aux administrativo Ensino Médio Jucélia Ribeiro Do Nascimento Aux administrativo Ensino Médio Professora Pedagogia/Pós Educação Infantil Lucineide Oliveira Amorim Aux administrativo Ensino Médio Márcia Antonia Castelhano Aux administrativo Fundamental incompleto Aux Merendeira Fundamental incompleto Porteiro Ensino Médio Eva Freitas Guimarães Leila De Oliveira Caires Marinalva Alves Dos Santos Ribeiro Mateus Freitas Santos Michele Santana Santos Professora Pedagogia Incompleto Nadabe Aguiar Melo Professora Pedagogia incompleto Nágila Rocha Caires Professora Pedagogia incompleto Neida De Fátima Vieira Wobeto Aux direção Institucional e Clínica/ Gestão Escolar Natália Alves Dos Santos Professora Pedagogia Neyla Elaine Dos Santos Silva Secretária Ensino Médio Regiane Pires Ferreira Moura Professora Pedagogia Aux administrativo Ensino Médio Professora Pedagogia/ Pós Ed. EspInclusiva Silvana De Oliveira Costa Novais Aux administrativo Ensino Médio Vanderli Gonçalves Santana Aux administrativo Fundamental incompleto Professora Pedagogia/Pós Ed. EspInclusiva Pedagogia/Pós Psicopedagogia Caires Roseane Luisa Freitas Novais Sandra Rosa Soares Duarte Virgínia Caires Coelho Luz 23 CAPÍTULO IV 4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 4.1 Histórico O Conselho Municipal de Educação – CME foi criado pela Lei Municipal nº 017/1997, de 21 de novembro de 1997 e alterado pela Lei Municipal nº 018/2010, órgão colegiado, integrado ao Sistema Municipal de Ensino – SME, de natureza participativa e representativa da comunidade na gestão da educação. O CME regulamentado em Regimento Interno exercerá as funções normativa, consultiva, propositiva, deliberativa, fiscalizadora, mobilizadora e a participação na formulação da política educacional do Município. 4.1.1 Organograma Conselho Municipal da Educação Secretaria Municipal da Educação Conselho Municipal de Alimentação Conselho de Acompanhamento e Controle Social doFUNDEB Direção escolar/Secretaria geral Unidade Executora Conselho Escolar Corpo docente, discente e administrativo Conselho de classe PAIS E COMUNIDADE 24 4.2 Estruturação do Conselho Municipal de Educação O Conselho Municipal de Educação – CME foi criado pela Lei Municipal nº 017/1997, de 21 de novembro de 1997 e alterado pela Lei Municipal nº 018/2010, órgão colegiado, integrado ao Sistema Municipal de Ensino – SME, de natureza participativa e representativa da comunidade na gestão da educação. Tem como objetivo básico, ampliar o espaço político de discussão sobre educação e cidadania, concorrendo para elevar a qualidade dos serviços educacionais e da sociedade como um todo garantindo-lhe o direito de participar da definição das diretrizes educacionais Propositiva, no município, Deliberativa, assumindo Fiscalizadora, as funções Mobilizadora Normativa, e a Consultiva, Participação na Formulação da Política Educacional do Município. O Conselho Municipal de Educação é composto por 12 (doze) membros titulares e iguais o número de suplentes, nomeados por Decreto pelo Prefeito Municipal. 4.2.1 – Organograma 1 Representante Executivo 1 Representante SME 1 Representante Escolas Privadas 1 Representante Administrativo Escolar 1 Representante Conselhos Escolares 1 Representante Auxiliar Administrativo Escolar Conselho Municipal De Educação (CME) 1 Representante Pais Educação Básica maiores de 18 anos 1 Representante Suporte Pedagógico 1 Representante Professor Educação Infantil 1 Representante Ensino Fundamental 1 Representante Pais Educação Básica 1 Representante Conselho Tutelar 25 CAPÍTULO V 5. AMBIENTE ECONOMICO E CULTURAL DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO 5.1 Perfil da comunidade escolar 5.1.1 Ambiente socioeconômico e cultural As diferenças socioeconômicas são certamente observadas no cotidiano de nossa escola, uma parte dos alunos encontra-se baseada na renda mínima, como também temos famílias com bom poder aquisitivo e algumas famílias que recebem auxílio governamental (Bolsa Família), totalizando 51%. A escola possui em média de 10% de crianças com necessidades especiais e 15% com dificuldades de aprendizagem. A economia familiar dos alunos se vincula na maioria ao trabalho no campo, conforme se pode observar na profissão do pai, construído a partir de Pesquisa, realizada pela Escola através de questionário escrito (Arquivo da Escolajulho/2013), Aliados a Profissão dos pais, Nível de escolaridade dos pais, Renda familiar e Área onde reside o aluno. É possível levantar indícios de que a economia local, movimentada pelo trabalho agropecuário, está vinculada ao pouco estudo dos pais, pois a maioria declararam ter apenas o Ens. Fund. Incompleto, pois estes trabalhadores, em sua maioria, ou são empregados ou trabalhadores informais das propriedades, 93% das famílias reside em área urbana e 7%, na área rural. Sendo o número de pessoas que compõem a família em média entre quatro e cinco componentes, 90% possuem casa própria, 10% moram em casa alugada. Grande parcela da comunidade escolar pratica a religião Católica Apostólica Romana, havendo também Evangélicos, o que caracteriza uma diversidade religiosa em nossa escola, mas que não há problemas de relacionamento quanto a estas crenças. A escola atende alunos de todas as comunidades, sendo atendidos pelo transporte escolar. A escola conta com a participação de toda a comunidade escolar (pais, professores, funcionários e alunos) em sua gestão, pois conta com o Conselho Escolar que participam durante todo o ano letivo das decisões e ações da escola. O diagnóstico para caracterizar a situação sócio – econômica dos alunos foi feito a partir de questionários (em anexo) com questões abertas e de múltipla 26 escolhas, entregues aos alunos e os pais para responderem. O resultado pode ser visualizado conforme segue: 5.1.2 Campo profissional dos Pais dos alunos Do Pai: Agricultor 20%, 10% serviços gerais, 10%Pedreiro, 60%outras profissões como frentista, caminhoneiro, feirante, vendedor, mecânico, autônomo. Da Mãe: 40% dona de casa, 20% agricultora, 5% funcionárias públicas e 35% outras profissões como empregada doméstica, costureira, secretária, professora, comerciante, cabelereira, manicure. Fonte: Pesquisa feita através de diagnóstico realizado pela escola 5.1.3 Nível de escolaridade dos Pais Nível de escolaridade dos pais Pai Mãe Nenhuma instrução 10% 8% Ensino Fundamental incompleto 40% 28% Ensino Fundamental completo 10% 14% Ensino Médio incompleto 10% 11% Ensino Médio completo 19% 28% Ensino Superior incompleto 5% 5% Ensino Superior completo 4% 4% Pós-graduação 2% 2% Fonte: Pesquisa feita através de diagnóstico realizado pela escola 5.1.4 Renda Familiar Remuneração 01 salário mínimo 58% 2 a 3 salários mínimos 25% 4 a 5 salários mínimos 5% 8 a 10 salários mínimos 1% Menos de 01 salário 10% Nenhum salário 1% Fonte: Pesquisa feita através de diagnóstico realizado pela escola. 27 O que os pais esperam da escola: Que seja uma escola afetiva, dinâmica e que se preocupe com a aprendizagem dos alunos; Bom desempenho e participação; Ensino de qualidade; Bom desempenho dos educadores; Estar sempre em contato com os pais; Funcionários competentes e felizes; Dedicação e incentivo; Método de ensino eficaz; Equipe escolar responsável; Comprometimento na aprendizagem dos alunos; Que seja uma escola aberta, com missão e meta voltada para o educando; Um ambiente que proporcione o interagir, o relacionar, o opinar, o conhecer, o questionar e o respeitar; Desenvolver projetos em que os alunos participem ativamente; Bons profissionais da educação; Que contribua na formação integral do aluno; Forme alunos críticos e reflexivos; Uma equipe organizada e dedicada; Um trabalho de qualidade e humanitário; Preocupação com a aprendizagem para a vida e não somente conteudista; Contribuir para que a criança se torne uma boa cidadã; Que aprendam para enfrentar o futuro; Fonte: Pesquisa feita através de diagnóstico realizado pela escola 28 CAPÍTULO VI 6. ESTRUTURA EDUCACIONAL DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO A escola é uma organização que combina esforços individuais de pais, alunos, professores, funcionários, diretor, coordenadores pedagógicos e membros da comunidade para realizar o propósito coletivo da educação. O que diferencia a organização escolar de outras equipes sociais é a existência de um objetivo definido e compartilhado por todos (educar pessoas), a contribuição individual para a realização desse objetivo (ensino, aprendizagem, apoio pedagógico, orientação, apoio administrativo, incentivo, acompanhamento familiar...) e a harmonização das diversas contribuições individuais (coordenação de esforços). Como a escola, outros tipos de organizações existem porque algumas atividades não podem ser realizadas por um único indivíduo, ou ainda, porque algumas pessoas descobrem que, se unirem suas forças, conseguirão fazer coisas mais fáceis e melhor. A missão da escola é educar, preparando o cidadão e o profissional para a vida em sociedade. 6.1 Organograma da estrutura escolar ORGANOGRAMA PARA A ESTRUTURA ESCOLAR GESTORES É aquele profissional que está aberto para novas discussões. É a ponte que faz o encontro da escola com a comunidade, numa perspectiva de que todos os envolvidos sintam-se motivados e interagidos. É o profissional que escuta e junto a todos planeja e responde sobre o financeiro, administrativo, pedagógico e político CONSELHO ESCOLAR Unidade Executora responsável em tomadas de decisões no que diz respeito ao financeiro, pedagógico, organizacional e político junto aos gestores. O Conselho Escolar é formado por equipedocente, discente, pais, funcionários e comunidade SECRETÁRIA Profissional responsável pela organização documental da escola e responde pela escola na ausência dos gestores AUXILIAR ADMINISTRATIVO São responsáveis pela manutenção e conservação do patrimônio, da segurança e do funcionamento da Escola COORDENADOR PEDAGÓGICO Profissional responsável pelo apoio pedagógico e suporte aos professores PROFESSORES Profissional responsável pelo processo ensino aprendizagem na formação do cidadão 29 CAPÍTULO VII 7. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO 7.1 Da direção da unidade de ensino No Art. 22 da LEI MUNICIPAL Nº 010/2011. Dispõe sobre aregulamentação da Gestão Democrática do Ensino Público Municipal de Barra da Estiva – A direção será exercida pelo diretor, vice-diretor eleitos e por sua equipe gestora. A equipe gestora, obedecendo à modulação de cada unidade de ensino, será submetida à aprovação da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer. A escola, organização social bastante complexa, exige dos gestores, do Conselho Escolar, da comunidade escolar e da sociedade, importantes papeis e responsabilidades. O gestor – cidadão e educador – é a pessoa de maior importância e de maior influência individual numa escola. Ele é o responsável por todas as atividades na escola e as que ocorrem ao seu redor e afetam diretamente o trabalho escolar. É a sua liderança que dá o tom das atividades escolares, que cria o clima para a aprendizagem, o nível de profissionalismo e a atitude dos professores e dos alunos, bem como a credibilidade junto à comunidade, por ser o principal elo entre esses elementos. Sua atuação determina, em grande parte, as características de uma gestão democrática ou individualista e autoritária. Dentro desse contexto, o desenvolvimento da gestão escolar enfrenta, como um dos principais desafios, a profissionalização fundamental para a qualidade do processo educativo. Trata-se, em primeiro lugar, de promover um novo tipo de liderança, motivada pela capacidade de diálogo, que alie uma sólida base conceitual e prática sobre gestão da educação, trabalhe com as diferenças, media avanços e conflitos, facilita a integração entre segmentos da comunidade e as representações sociais e, sobretudo, toma decisões que visem à melhoria e elevação dos padrões dos resultados da aprendizagem dos alunos, em direção à gestão democrática que deve ser uma prática cotidiana, tendo como princípios a reflexão, a compreensão e a transformação de uma realidade que às vezes, pode não estar satisfazendo às necessidades dos educandos. Ela deve articular práticas democráticas no exercício da cidadania, efetivando-se com uma prática permanente de formação de sujeitos críticos, participativos, democráticos e solidários. Portanto, a construção de uma 30 educação emancipatória e, portanto, democrática se constrói por meio da garantia de novas formas de organização e gestão, distribuição de poder que só é possível a partir da participação ativa dos cidadãos na vida pública. Assim, o gestor escolar deve ser um profissional com consciência crítica do trabalho que desenvolve que realize planejamento, através de ações participativas e coletivas em que a avaliação dos resultados envolva todos os responsáveis pelo processo de ensino. Esta forma de gerir possibilita uma permanente reflexão sobre as metas da escola, enquanto instituição de ensino, comprometida com os resultados da aprendizagem. Constitui a Direção da Escola Municipal Geração do Futuro, uma Diretora e uma Auxiliar de direção, legalmente habilitadas em curso de nível superior comespecializações, apoiadas pelos Órgãos Colegiados.O que compete ao Diretor ver em anexo. 7.2 Do Serviço de Coordenação Pedagógica A Coordenação Pedagógica é um processo dinamizador docrescimento pessoal e profissional dos educadores, e cujas funções são de assessorar, coordenar, acompanhar e avaliar as atividades de caráter técnico pedagógico do processo ensino aprendizagem. Para o exercício da Coordenação Pedagógica exige-se a Graduação de Nível Superior em Pedagogia, de acordo com a LDB 9394/96 – Art. 64. Esse profissional tem que ir além do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática como nos fala NOVOA (2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a formação” com esse pensamento ainda é necessário destacar que o trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo de ligação entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para 31 uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o coordenador não pode perder seu foco. O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória, cabe ao coordenador refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem. O trabalho em equipe é fonte inesgotável de superação e valorização do profissional. O que Compete ao Coordenador Pedagógico ver em anexo. 32 CAPÍTULO VIII 8. ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS ESCOLARES Embora tenha o poder de decisão, a direção, busca envolver o quadro de funcionários, através de reuniões especificas onde há uma troca de ideias e são passadas as atividades pré-estabelecidas. Os professores coordenadores são escolhidos pela Secretaria de Educação Municipal. Para garantir a qualidade do ensino foi designada a coordenação pedagógica responsável pelo cumprimento da responsabilidade de ajuda e orientação ao quadro de professores assessorando nos aspectos administrativos e pedagógicos. 8.1 Conselho escolar e caixa escolar A escola possuicom base na LDB 9394/96 e na Lei Orgânica Municipal. O Conselho Escolar tem peso de decisão enquanto órgão máximo da instituição, de caráter deliberativo, consultivo e normativo no referente a quaisquer assuntos relacionados à escola. O Conselho é composto pelo diretor, professores representantes dos anos iniciais, um servidor, um auxiliar. O mandato da equipe eleita tem duração de um ano podendo ser estendido por mais um ano. 8.1.1 Segmento do Conselho Escolar O Diretor da Unidade Escolar Representante dos Pais Representante do Corpo Docente CONSELHO ESCOLAR Representante da Comunidade local Representante dos Servidores Administrativo 33 8.2 Caixa Escolar A Caixa Escolar é uma Instituição jurídica, de direito privado, sem fins lucrativos, que tem como função básica administrar os recursos financeiros da escola, oriundos da União, estados e municípios, e aqueles arrecadados pelas unidades escolares. Ou seja, são unidades financeiras executoras, na expressão genérica definida pelo Ministério da Educação. Os recursos recolhidos por ela destinam-se à aquisição de bens e serviços necessários à melhoria das condições de funcionamento da escola, incluídos no seu plano de desenvolvimento.Ela é composta de três órgãos: assembleia geral, diretoria e conselho fiscal. Este último compõe-se de representantes de pais de alunos e de outras pessoas da comunidade. A Caixa Escolar e o Conselho Escolar, juntos, se complementam, cabendo ao colegiado aprovar as prioridades propostas pela escola para a alocação de recursos e a prestação de contas de sua aplicação. A caixa viabiliza a aplicação dos recursos, observando os instrumentos legais em vigor e de acordo com as prioridades aprovadas pelo colegiado. 8.2.1 Segmento da Caixa Escolar O Diretor da Unidade Escolar Representante do Corpo Docente Tesoureiro CAIXA ESCOLAR Representante da Comunidade local Representante dos Servidores Administrativo Representante dos Pais 34 8.3 Gestão de Recursos A gestão dos recursos oriundos do Governo Municipal e Federal é administrada de maneira transparente e democrática, contando com a participação da comunidade escolar na aprovação dos planos de aplicação. Os recursos são aplicados na compra de bens permanentes e na manutenção. As atividades são organizadas de maneira que favoreçam o trabalho em grupo de professores, de alunos e de professores com seus alunos, tais como: desenvolvimento de projetos interdisciplinares, ida a passeios extraclasse a utilização do vídeo, dos computadores, do pátio da escola, da quadra de esportes, etc. 8.3.1 Investimento / financiamento Sendo a escola autônoma, os investimentos financeiros recebidos provem do FNDE, via Banco do Brasil (programa nacional de alimentação – PNAE, programa dinheiro direto na escola – PDDE, programa de desenvolvimento da educação – PDE e rapace da secretaria municipal de educação – SME- gás), chegando a escola, esse recurso é utilizado na manutenção da instituição e com material didático e permanente acompanhado pelo conselho escolar e gestores. A prestação de contas é feita pelos gestores, junto ao conselho escolar e nas reuniões dos professores. Com a atuação da gestão democrática a escola está trabalhando a pratica da descentralização. A organização e aplicação do controle e prestação e contas é feita através de reuniões, onde é atribuído a cada representante fazer o repasse ao segmento correspondente. 35 CAPÍTULO IX 9. MARCO CONCEITUAL DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO O cotidiano escolar exerce um papel expressivo na formação cognitiva, afetiva, social, política e cultural dos alunos que passam parte de suas vidas nesse ambiente pedagógico e educativo. Sendo assim, a Escola Municipal Geração do Futuro é um espaço privilegiado para o desenvolvimento das relações sociais. É nesse ambiente que a criança interage com grupos de sua idade, criam vínculos e laços de convivência, além de desenvolverem habilidades e competências para continuar seu processo de aprendizagem. 9.1 Nossa visão de futuro Buscar a formação plena do aluno na perspectiva de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. Uma escola com profissionais competentes e comprometidos com a aprendizagem significativa, buscando transformar informações em saberes necessários à vida dos alunos. Sermos uma Escola de referência dentro do Município de Barra da Estiva pelo trabalho que prestamos a nossa sociedade. 9.1.1 Valores e Estratégias Ética, profissionalismo, respeito, solidariedade, liberdade, responsabilidade, justiça, verdade, consciência ambiental, companheirismo, humildade, amor. 9.1.2 Nossa Missão Assegurar um ensino de qualidade, formando cidadãos críticos e conscientes de sua atuação enquanto sujeitos parte de uma sociedade e preparados para o exercício da vida profissional e para os desafios do mundo tecnológico. 36 9.2 Objetivos educacionais Na Escola Geração do Futuro, os objetivos cumprem importante papel na definição de ações e propósitos mais amplos que, por sua vez, respondem às expectativas e às exigências da comunidade escolar. Assim, a Escola se propõe a: 9.2.1 Objetivo Geral Proporcionar ao educando a formação indispensável ao desenvolvimento de suas potencialidades, como elemento de auto- realização, preparando-o para o exercício consciente da cidadania e fornecendo-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, buscando o seu desempenho acadêmico; Incentivando a participação de sua família na Escola. 9.2.2 Objetivos Específicos Subsidiar a organização coletiva da prática pedagógica, visando o acesso, a permanência e a garantia da efetiva aprendizagem; Garantir igualdade de atendimento para todos os alunos a fim de que o processo ensino-aprendizagem se efetive, considerando que alguns necessitam de condições específicas. Oportunizar e dar condições, nas diferentes etapas da Educação Básica, para que todos os sujeitos desenvolvam suas capacidades para a formação plena. Educar para a transformação da realidade social, valorizando a vida e a dignidade humana, orientada pelo conhecimento e pela ética. Orientar o sujeito para gestar e construir seu projeto de vida de forma responsável durante o seu percurso formativo. Ensinar com vistas à aprendizagem e aos conhecimentos historicamente produzidos e socialmente válidos. Proporcionar aos estudantes instrumentos para a aprendizagem de valores e conhecimentos por meio de estimulação frequente. 37 Promover a participação de todos os segmentos e instâncias colegiadas nas decisões referentes ao processo pedagógico através da gestão democrática. Tais objetivos encontram-se amparados em concepções epistemológicas e filosóficas que balizam a proposta pedagógica da Escola em sua materialização sistemática. 38 CAPÍTULO X 10. FUNDAMENTOS EDUCACIONAIS DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO Ao definir seu Projeto Político-Pedagógico, o Escola Municipal Geração do Futuro, assume como valor fundamental o valor da pessoa humana em sua dignidade. Consequentemente, propõe uma educação ética que crie condições para a construção de identidades, que se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a igualdade, orientando as condutas para que respondam as exigências de nosso tempo.Todo homem enquanto pessoa, constitui um valor em si mesmo. Uma educação comprometida com o aprimoramento pessoal deve respeitar o homem em sua dignidade, repudiando qualquer tipo de discriminação. 10.1 Fundamentos didático-pedagógicos Como organização qualificadora, a Escola Municipal Geração do Futuro tem papel de educar para a liberdade do sujeito, com vistas às exigências do mundo atual na função de respeitar as individualidades e trabalhar para a construção da autonomia e do comprometimento. Deve ainda desenvolver o espírito crítico e a autoestima dos educandos, para que sejam capazes de ser protagonistas de sua história e de transformação social, embasados pelas competências e comportamentos desenvolvidos dentro e fora do ambiente escolar. Educar é consequência de uma ação comunitária. Por meio do diálogo e do encontro que se dá a comunicação de um sujeito com o outro, onde educador e educando se educam. Dessa forma, a escola institucionaliza este caráter social e político da natureza humana. A necessidade do educar dá origem à escola. Para que o ensino se transforme em Educação é preciso, antes, que haja domínio completo entre educador e educando, escola e comunidade, numa linguagem ímpar. Com base nestes princípios, a Escola Municipal Geração do Futuro fez a opção por desenvolver um trabalho didático-pedagógico e humanista baseado na Concepção Sócio Interacionista da Educação. Segundo esta concepção de educação, o papel da escola é o de socializar o saber elaborado e sistematizado - não cabendo nela, a fragmentação dos saberes -, valorizando a história que o aluno adquiriu por meio das suas experiências. Mas não basta a existência deste saber, é preciso que a 39 escola ofereça condições de sua transmissão/assimilação, dosando-o, sequenciando-o. Assim, o aluno passa a dominá-lo. A este saber nominamos de "saber escolar". Somente isso não basta, faz-se necessário oportunizar a produção pelos alunos, a fim de que possam produzir criar e recriar novos conhecimentos e aqueles historicamente produzidos pela humanidade, uma vez que estes não são estáticos, mas suscetíveis de transformação. Dessa maneira, eles poderão fazer a leitura da realidade concreta de forma crítica. Nossa proposta, ainda, inspira-se numa perspectiva de Educação para a cidadania, o que significa educar para a democracia, de modo que se possa acreditar que é possível intervir nas questões sociais e culturais, de forma inteligente e constante. A participação de todos possibilita uma educação para a liberdade e para a responsabilidade. Nesse contexto, a escola deve exercer um papel de humanização a partir da socialização e da produção de conhecimentos e de valores necessários à conquista do exercício pleno da cidadania. Para tanto, nossa escola contribui para a formação de crianças e adolescentes construtores ativos da sociedade, capazes de viver no dia-a-dia, nos distintos espaços sociais incluídos a escola, uma cidadania consciente, crítica e atuante. Isto exige uma prática educativa participativa, dialógica e democrática, que elimina a cultura profundamente autoritária presente em todas as relações humanas e, em especial, na escola. A proposta educacional da Escola Municipal Geração do Futuro está organizada em torno dos quatro pilares propostos por Delors (1998), durante a Conferência da UNESCO: Conteúdos conceituais: aprender a conhecer: Aprender a conhecer, cujo objetivo é favorecer o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, aprendendo e compreendendo o mundo, despertando a curiosidade intelectual, estimulando o sentido crítico, adquirindo autonomia na capacidade de decidir; onde todos os conteúdos necessitam de uma base teórica, denominados conceitos. Os conceitos nos transportam pela vida sejam: científicos, intelectuais, filosóficos, calculistas ou de outros parâmetros. Estes nos revelam a verdadeira base da descoberta do saber, estimulando a curiosidade de aprender. Os conceitos passam a desenvolver a parte cognitiva do ser levando este a desenvolver o intelecto, o raciocínio, a dedução, a memória, proporcionando a construção do conhecimento. O 40 conceito é considerado um instrumento do conhecimento, através dele é que o ser humano desenvolve sua compreensão do mundo que o rodeia, ele capacita para o mercado de trabalho e torna-se o maior alvo de pesquisa estudantil. Os conteúdos conceituais fazem parte da construção do pensamento, nele o indivíduo aprende a discernir o real do abstrato; ou ilusório. Abrem-se as portas da dúvida, esta dúvida estimula a descoberta do conhecimento, gerando novas dúvidas possibilitando descobertas infinitas. Sendo este, um processo onde: "o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente [...], o processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado" Os conteúdos conceituais são a base do aprender a conhecer concebendo-nos a oportunidade de lembrar que aprendemos vastamente com as experiências que adquirimos durante a nossa vivência, e acrescentando que "aprender a conhecer e aprender a fazer são, em larga medida, indissociáveis" Conteúdos procedimentais: aprender a fazer: Aprender a fazer, de modo que o educando adquira competências que o tornem apto a enfrentar diferentes situações e a trabalhar em equipe, pondo em prática os seus conhecimentos e o conhecimento que adquirimos com os conteúdos conceituais. Seja em forma de maquete utilizando-se de escala, reprodução de um ambiente visitado, ou uma letra de música transformada em paródia. Toda produção ou reprodução é determinada pelos conteúdos procedimentais. Como antes citado primeiramente o conceito do assunto posteriormente o fazer, e para fazer é preciso procedimentos corretos para o resultado esperado. Os conteúdos procedimentais também são de caráter profissionalizante, onde se visa que o aluno compreenda o ofício de determinadas profissões, auxiliando no processo da escolha profissional no futuro, desenvolvendo todas as habilidades anteriormente citadas; trabalhando a memória, o intelecto, a dedução, habilidades motoras, e outras especificidades. Caracterizado pelo estudo de técnicas e estratégias para o avanço do conhecimento proporcionado através da experiência do fazer.E como pode ser notado, nenhum conhecimento se faz por si só, todos possuem sua base, assim como aprender a conhecer é base do aprender a fazer, aprender a fazer também torna-se base de aprender a viver juntos, pois existem projetos, processos e procedimentos que não poderão ser feitos ou produzidos por um único ser. Para que um livro seja publicado é preciso que haja um escritor, alguém que revise, alguém que publique; para que um edifício se erga é 41 necessário um engenheiro, um técnico, pedreiros, serventes e outras especificidades, ou seja, um conjunto.Mesmo não possuindo muitas afinidades é possível vivermos juntos, para que o mundo possa desenvolver-se e nós também. Conteúdos atitudinais: aprender a viver juntos aprendendo a ser:Os conteúdos atitudinais são a vivencia do ser com o mundo que o rodeia. O aprendizado de normas e valores torna-se alvo principal para que este conteúdo seja adquirido por quem quer que seja, e na sua proporção e qualificação só é desenvolvido na prática e em seu uso contínuo. O indivíduo é moldado de acordo com suas vivências, porém, não é escravo destas, podendo redimir-se ou simplesmente questionar-se. Os conteúdos atitudinais passam pelo processo sociedade-indivíduo-sociedade. Tratando-se de grupos, tribos, comunidades de diferentes escalões sejam eles econômicos ou culturais. Todos seguindo normas estabelecidas por todos: respeito, compreensão, solidariedade, humildade, muitos outros de suma importância. No meio escolar estes conteúdos são trabalhados todo o tempo, seja ele nos trabalhos individuais ou em grupos, sendo ele melhor trabalhado em grupo já que o tema proposto é aprender a viver juntos respeitando uns aos outros em suas opiniões concordando ou discordando de determinadas atitudes que ferem as normas e os valores estabelecidos normalmente. Os conteúdos atitudinais "proporcionam ao aluno posicionar-se perante o que apreendem. Detentores dos fatos e de como resolvê-los, é imprescindível que o aluno tenha uma postura perante eles." Através da convivência o indivíduo vê valores e torna-se ser pensantes de suas próprias atitudes amadurecendo seu interior e descobrindo-se membro de sua sociedade, e não mais um indivíduo, mas alguém que pode fazer a diferença. 42 CAPÍTULO XI 11. ORGANIZAÇÃOESCOLAR E DISCIPLINAR 11.1 Gestão e desenvolvimento da equipe Uma instituição não tem identidade, muito menos história. São as pessoas que lhe dão forma e rosto. Na Escola Geração do Futuro, os colaboradores, sejam professores, funcionários ou direção, são considerados sujeitos históricos e sociais, que imprimem, no seu fazer diário, a dinamicidade necessária para a materialização de seus projetos. O perfil do profissional requerido pela escola engloba ser correto e honesto, conduzir sua vida e seu trabalho de acordo com os princípios ético, ter a seu favor a consideração, o apreço, a admiração e a confiança das pessoas, bem como atitudes profissionais e dialógicas, como busca de novos conhecimentos, próatividade, criatividade, organização e responsabilidade. Igualmente é fundamental que tenha habilidade para se relacionar com as pessoas. A Organização Disciplinar do Corpo Técnico-Pedagógico, Administrativo, Docente, Discente e Pessoal de Apoio, além de lhes assegurar os direitos e deveres, prescritos em Lei, que deverão no âmbito escolar ser observados, traça normas de convivência escolar nas relações Inter profissionais e interpessoais, objetivando uma Gestão Democrática, Participativa, possibilitando maior autonomia a esta Unidade Escolar, conforme ao Regimento Interno da escola, (em anexo). 11.2 Organização do corpo docente e discente O Corpo Docente da Escola Municipal Geração, é constituído deProfessoresqualificados e habilitados de acordo com a legislação vigente. O corpo discenteé constituído de todos os alunos regularmente matriculados na Unidade, comoconsta no Regimento Interno da Escola. (em anexo) 11.3 Organização do pessoal administrativo O pessoal Administrativo constitui-se de funcionários que prestam apoioaadministração escolar. Seus direitos e deveres são aqueles definidos na legislação em vigor e nos dispositivos deste Regimento. O corpo Administrativo da Escola consta de: Secretário, Porteiro, Auxiliar de serviço geral, Merendeira. Consta no Regimento Interno da Escola. (em anexo) 43 11.4 Organização dos Pais Aos pais de alunos caberá colaborar com a escola para a consecução, por parte do alunado, do máximo de rendimento possível em cada nível ouano dos cursos e o máximo de aproveitamento dos recursos pedagógicos disponibilizados pela escola. 11.5 Organização e convivência na escola A convivência nesta escola é produtiva e solidária, porque toda informação atualizada circula democraticamente, de maneira que todos participem e opinam, pois entendemos que uma equipe produz bem se todos estiverem engajados num mesmo objetivo, apesar de se fazerem necessárias as opiniões divergentes. Na Escola Geração do Futuro busca-se lidar com as diferenças (gênero, cor, religião, condições especiais de aprendizagem) para promover o respeito e o acolhimento da diversidade, respeitando e valorizando as diferenças individuais num processo de inclusão ampla, especialmente àqueles que ainda estão à margem do processo educacional escolar, os alunos com necessidades educacionais especiais.A escola acolheu alunos com necessidades especiais, exercendo as atividades sobre a regência de 01 professor regente e 01 professor auxiliar, vindas do Colégio Zoppi nos anos de 2010, 2011 e 2012, motivo pela qual a escola em que os mesmos estavam inseridos realizava reforma. Conforme LEI Nº 7.853 - DE 24 DE OUTUBRO DE 1989, Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei, sendo, portanto, inclusas no ano de 2013 em salas neste estabelecimento e nos demais próximos de suas residências. Acolhemos e respeitamos os anseios da comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, pais) promovendo assembleias e reuniões para discutirmos regulamentos e projetos dentro dos princípios da LDBN, das normas curriculares nacionais, da Secretaria Municipal da Educação e do Conselho Municipal da Educação, de forma que possam atender às expectativas de todos. Temos como lema respeitar as divergências culturais, incentivamos as expressões de ideias, pois acreditamos que a troca de experiências contribui muito para o desenvolvimento e aprendizado. Conforme consta no Regimento Interno da Escola. (Em anexo). 44 11.6 Organização interna e externa escolar A Escola Municipal Geração do Futuro promoveatividades extraclasse com o acompanhamento dos pais ou responsáveis, incentivamos os alunos a assumir lideranças dentro e fora da escola, em projetos e em outras formas de mobilização, como passeios e visitas, possibilitando ao aluno tornar-se protagonista da construção do próprio conhecimento, das ideias e sentimentos. A organização interna da escola é distribuída em: Dias de Atividade Complementar (A/C) em turno oposto; Dias destinados a reuniões Pedagógicas; Dias de comemorações estabelecidas por Lei ou próprias do Colégio; Períodos de férias para professores e alunos; A Escola Municipal Geração do Futuro segue o Calendário Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino de Barra da Estiva, Estado da Bahia. Atuando com necessidade de compatibilização da programação com eventos municipais ou por motivos extraordinários e relevantes, a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esportes e Lazer poderá alterar o Calendário, resguardando o cumprimento da exigência de, no mínimo, 200 dias letivos e 800 horas aulas. Assim, como também esta Unidade de Ensino com a convocação do Conselho Escolar, para modificação e aprovação do mesmo. 45 CAPÍTULO XII 12. CONCEPÇÕES EDUCACIONAIS DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO As concepções apresentadas a seguir – perspectiva pedagógico-filosófica da escola e concepção de homem, educação, sociedade, cultura, escola, conhecimento, ensino, aprendizagem, ensino-aprendizagem, de conhecimento e de inclusão – balizam a Proposta Curricular da Escola Geração do Futuro, documento correlato a este, bem como suas práticas pedagógicas, a fim de garantir um percurso formativo que assegure a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e dos estudantes. 12.1 Perspectiva Pedagógico-filosófica da Escola A organização do trabalho na Escola Municipal Geração do Futuro está embasada nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Estes princípios são os princípios da igualdade, da qualidade da gestão democrática e da valorização do magistério, fundamentados na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9.394/96). A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205 garante a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será ministrado, a todos, com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; da oportunidade de aprender, de ensinar, de pesquisar e de divulgar o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público; da garantia do padrão de qualidade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96), reitera os princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e estabelece que a educação escolar deva vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído dentro dos princípios citados que favorecem o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e 46 tecnológicos produzidos historicamente e devem ser resultantes de um processo coletivo de avaliação emancipatória. As concepções apresentadas a seguir balizam a Proposta Curricular da Escola Geração do Futuro, bem como suas práticas pedagógicas, a fim de garantir um percurso formativo que assegure a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e dos estudantes. Diante das concepções existentes dentro da educação a escola busca conhecê-las para melhor exercer seu papel dentro da comunidade escolar e social. 12.2 Concepção de homem Para Vygotsky (1998) o homem é um ser social, ciente do seu papel histórico na sociedade, pois se constitui pelas relações sociais que estabelece com outros homens e com a natureza, sendo produtor destas relações num processo histórico. Para haver uma autentica relação homem- realidade é preciso respeitar e valorizar as características próprias do ser humano e aquelas das realidades que o circundam, pois só assim poderá haver um encontro criador. 12.3 Concepção de educação “A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer.” (Dewey). Ainda, para Saviani “o trabalhoeducativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente em cada indivíduo, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da educação é, por um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos a fim de que se tornem parte da humanidade; por outro lado, diz respeito à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.” (Saviani. 2000, p.23). Sendo assim, acreditamos que a educação ocupa um lugar bastante significativo na vida de um indivíduo, pois, o espaço escolar deverá ser aquele onde, além de desenvolver as capacidades intelectuais do aluno, desenvolve suas potencialidades sociais, ou seja, atuará de forma a compreender e interferir na maneira de pensar, no resgate da cultura, no favorecimento do diálogo, na compreensão dos fenômenos sociais, bem como as relações de trabalho, modelo do qual está inserida nossa sociedade. 47 12.4 Concepção de sociedade A função social da escola é “produzir conhecimentos e criar relações positivas e democráticas entre os sujeitos envolvidos no processo educativo, para que a Escola seja efetivamente uma Escola Cidadã, que priorize o acesso, permanência e sucesso dos alunos”. (Vasconcellos, 2000) Assim, a Escola Geração do Futuro deseja construir uma sociedade mais justa e solidária, onde as diferenças entre as classes sociais (dominantes e dominados) sejam amenizadas, onde todos os cidadãos tenham seus direitos respeitados e cumpram seus deveres, onde o ser humano seja visto como mais importante do que o lucro, que ele seja o sujeito de sua própria história, agente transformador de seu meio, visando sempre o bem comum. 12.5 Concepção de cultura De acordo com Giddens (2005) “cultura refere-se aos membros de vida de uma sociedade, ou de grupos dentro da mesma”. Inclui a arte, a literatura e a pintura, mas também vai muito além. Outros itens culturais, por exemplo, são o modo de vestir das pessoas, seus costumes, seus padrões de trabalho e cerimônias religiosas. Os valores e as normas trabalham juntos para moldar o comportamento dos membros de uma cultura dentro do seu espaço. Assim como a sociologia defendemos também que a diversidade cultural seja respeitada porque o conceito de etnocentrismo (julgamento de outras culturas com base na nossa) foi responsável pela dominação e exclusão das minorias, como os indígenas e negros no Brasil por exemplo. Acreditamos também que os costumes e hábitos não devem ser aceitos apenas pela autoridade da tradição. Os ideais de auto aperfeiçoamento, direito à vida, liberdade, igualdade e participação democrática devem nortear qualquer projeto de mudança. 12.6 Concepção de escola A Escola deve ter claro que, 48 Seu papel é a transmissão e assimilação da cultura elaborada pela humanidade ao longo do tempo, uma vez que, o conhecimento é uma forma de entender a realidade como ela é e no seu funcionamento, a partir dos múltiplos elementos que a explicam. A apropriação do conhecimento elaborado é uma forma fundamental de elevação cultural de quem o apropria. Isso porque o conhecimento elaborado é um meio exterior que obriga aquele que o apropria a produzir uma nova síntese de seus entendimentos do mundo e da realidade (Luckesi, 1991, p.86). A concepção de cidadania refere-se à capacidade de decidir, de forma democrática quais os rumos que a sociedade deve seguir. Isso implica em cumprir deveres e usufruir de direitos. Atualmente só é cidadão quem é consumidor, os demais ficam excluídos da vida em sociedade. Diante disso compreendemos que a escola sozinha não consegue formar o cidadão. É necessário que continue ocorrendo mudanças na macroestrutura para que a diminuição da desigualdade ocorra. Porém, a escola tem uma importante contribuição no processo de construção do caráter, e da consciência das novas gerações, na medida em que propicia condições favoráveis à aquisição do conhecimento científico, e essas passam a compreender o mundo em que vivem, usufruir dele e sobretudo transformá-lo. 12.7 Concepção de conhecimento O conhecimento deve ser entendido como uma produção histórico-social. Sua construção deverá partir da prática social do educando, passar por um processo de reflexão e problematização, para assim, retornar a sua prática social, transformando o conhecimento espontâneo no saber elaborado. Cabe à escola, proporcionar a inter-relação entre o saber espontâneo (leitura de mundo do aluno) e o conhecimento científico. Portanto, a Escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular. (Saviani, 2000) O conhecimento deverá ser entendido como um processo de construção e reconstrução e, enquanto processo não está pronto, sendo revestido de significado a partir das experiências dos sujeitos-educandos, uma vez que toda criança, jovem ou adulto quando chega à escola traz consigo vivências pessoais, familiares e práticas 49 culturais comunitárias e sociais, as quais deverão ser articuladas com novos conhecimentos, transformando o saber popular em saber elaborado através da ação--reflexão-ação. 12.8 Concepção de ensino Segundo Paulo Freire (1996) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. Desta forma o ensino deve ser entendido como um processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais, por meio de atividades que promovam a reflexão-ação sobre a realidade. Sendo assim, para esta comunidade o ensino é a busca de ampliação de conhecimentos visando o aperfeiçoamento de condutas sociais e éticas bem como a inserção efetiva no meio social pelo trabalho e formação pessoal. Os agentes responsáveis pelo ensino sistematizado científico e historicamente acumulado pelo homem são transmitidos de geração para geração, primeiramente pelo núcleo familiar e sociedade do qual está inserido e posteriormente concomitante no âmbito escolar em seus princípios pedagógicos. 12.9 Concepção de aprendizagem A aprendizagem é um processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente. Ocorre no e pelo processo de interação e mediação entre sujeitos. O educador atua como mediador do conhecimento ampliando seu repertório de conhecimentos oferecendo o que há de mais elaborado na apropriação do conhecimento. O educando deve ser entendido como aquele que, participando do processo, aprende e se desenvolve, formando-se tanto como sujeito ativo de sua história pessoal quanto como da história humana. (Luckesi, 1991, p. 114). 12.10 Concepção de ensino-aprendizagem Para que aconteça uma relação de ensino - aprendizagem pautada no respeito e na qualidade é preciso, que os educadores se percebam como organizadores de situações didáticas e de atividades que tenham sentido para os alunos, envolvendo-os e, ao mesmo tempo, gerando aprendizagens fundamentais. Com metodologias participativas e reflexivas que valorizem o educando em sua experiência social como indivíduo. Educadores estes, que busquem a transmissão 50 dos saberes acumulado historicamente pela humanidade e que considerem a individualidade e o ritmo de aprendizagem de cada um, priorizando a construção coletiva do conhecimento; Oportuniza situações concretas para o crescimento integral da pessoa humana, desenvolvendo sua capacidade de pensar, criar, produzir, criticar, ser agente de transformação social. No entanto, os saberes que cada criança, estudante e professor trazem para a escola, frutam de suas experiências como sujeitos, são reconhecidos, levando em consideração os tempos e os ritmos. Ainda assim, para que aconteça esse processo de ensinar e aprender, a escola oferece espaços de aprendizagem e instrumentos mediadores, como cadernos pedagógicos, livros didáticos e paradidáticos, tecnologias educacionais, jogos e brinquedos. Igualmente oferece todos os recursos necessários para que a aprendizagem aconteça de forma eficaz e significativa. O ensino requer planejamento, organização e sistematização dos conhecimentos, buscando atingir, em cada etapa de ensino, as expectativas de aprendizagem. Por isso, a Escola Municipal Geração do Futuro defende o ensino não apenas de conteúdo, mas também de valores, conceitos, atitudes e competências, que, certamente, contribuirão com a formação de cada indivíduo. A centralidade do processo pedagógico é a aprendizagem. A Escola Geração do Futuro se organiza a partir das necessidades da criança e do estudante, a fim de garantir um percurso formativo fundamentado na inseparabilidade do educar e do cuidar, de modo que as etapas da Educação Básica sejam respeitadas em suas especificidades, atentando para a articulação das dimensões orgânica e sequencial. 12.11 Concepção de inclusão e diversidade Para algumas pessoas e escola é o espaço relacional, para outras é um ambiente educativo, uns a veem como o lugar onde as ações pedagógicas acontecem, outros, como o espaço físico da aprendizagem... A escola é maior que isso, na escola está a esperança da mobilidade social, para os que possuem ou não deficiência, seja efetivada em sua mais nobre composição (ALMEIDA, 2008). O espaço escolar se apresenta hoje com grandes desafios com relação aos alunos especiais. Falamos de formação aos educadores, falamos de estrutura física, falamos de estrutura ética e social. Ora, se o cidadão desprovido de suas capacidades físicas e intelectuais, ditas normais aos parâmetros sociais, seja ele um cidadão com direitos e deveres, que a sua inserção escolar seja efetivada, de modo 51 a atender suas necessidades tanto física, como intelectuais. Entender a inclusão como a redenção do conhecimento e que os avanços cognitivos individuais sejam alcançados, nos propõe uma reflexão acerca da garantia de igualdade a todos os cidadãos. Trabalhar a inclusão implica em buscar subsídios teóricos, filosóficos e acima de tudo humanos para que a mesma aconteça. A postura profissional e os desafios que a educação inclusiva nos oferece estão pautados no olhar além dos paradigmas de que não sabemos como fazer, pois temos as intervenções, observações e diálogos que a ciência nos oferece. Cabe aqui dizer que a diversidade, a cidadania e os princípios da coletividade estão o tempo todo nos reinventando, lançando ideias, técnicas, métodos o mais amplos possíveis para que o fazer pedagógico aconteça também com os alunos que apresentam necessidades especiais. 52 CAPÍTULO XIII 13. PRINCÍPIOS E RELAÇÕES EDUCACIONAIS DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO 13.1 Princípios norteadores Os princípios norteadores estabelecidos na Constituição Brasileira e também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) estão diretamente observados no título II, que trata "dos princípios e fins da Educação Nacional", no artigo 3º, onde ressalta que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola: É preciso observar o respeito à todas as diferenças sociais, raciais, religiosas, etc, inclusive criando condições especiais para alunos com necessidades educativas especiais; b) Qualidade. A qualidade buscada não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. Deve propiciar uma qualidade para todos. c) Valorização do profissional da educação escolar: e através da oportunizarão na promoção, na formação continuada, condições dignas de salários e de carreira que se realizará a valorização dos trabalhadores em educação; d) Gestão Democrática do Ensino Público: esta gestão democrática deverá ser garantida pela participação na criação e desenvolvimento de instrumentos que viabilizem esta gestão democrática com eleições diretas para o governo da escola, participação consciente no Conselho Escolar e em outros órgãos representativos dos demais segmentos que ajudam a compor a vida escolar de um estabelecimento de ensino; com autonomia pedagógica, jurídica, administrativa e financeira que for garantida na forma da lei. e) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber: nenhuma sociedade é dona do que aprendeu. É preciso transmitir às novas gerações. Às culturas diversas tudo aquilo que aprendeu pelo saber informal e notadamente tudo aquilo que adquiriu pelo saber de forma científica, sob pena de levar para o túmulo o descobrimento de novos informes que possibilitam o desenvolvimento do saber global. f) Autonomia: A comunidade escolar usufruirá da autonomia que lhe for garantida na forma da lei. A efetivação do Projeto Político Pedagógico se dará através da gestão democrática, Currículo e Avaliação. 53 CAPÍTULO XIV 14. CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES E QUALIDADE DO ENSINO – APRENDIZAGEM DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO A sociedade vivencia processos contínuos de mudanças. A cada época exigem novos desafios, novas atitudes, comportamentos e conhecimentos em torno da realidade a qual vivemos. As tecnologias, as informações, os mercados, as ideologias vão se impondo e contagiando o mundo. No entanto, um dos desafios é de como a educação compreenda este momento e garanta ações e políticas que possam ser referência para todos sistematizando avanços significativos. A formação docente é um dos requisitos a ser pensado numa perspectiva de desenvolvimento da sua capacidade indagativa, crítica e reflexiva. E, segundo a LDB n° 9394/96, o professor é um profissional que deve ter acesso à formação continuada e condições adequada de trabalho. Considerando que os docentes exercem um papel fundamental frente à educação é que os professores desta escola buscam aperfeiçoamento profissional participando ativamente de todas as propostas em grupos. A formação da Escola Municipal Geração do Futuro, vem contribuindo de forma qualitativa a postura do professor em sala de aula a partir das inovações e conhecimentos adquiridos durante a formação continuada através do PACTO e PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) e encontros realizados entre a equipe da direção, professores e coordenação pedagógica (fotos em anexo) Na final do século XX e início do século XXI, no Brasil, a formação de professores e profissionais que atuam na educação teve avanços muito importantes. Em virtude dos debates e teorizações realizadas, tanto as instituições de formação quanto as próprias instituições educativas vêm se ocupando, com muito afinco, dessa tarefa. As ideias levaram os estudiosos da área a considerarem que a formação profissional deve acontecer durante toda a vida profissional. Por isso, na atualidade, entende-se que a qualificação profissional depende tanto da formação inicial, nos cursos de graduação, como da formação contínua e da continuada. A política de formação institucional da Escola Geração do Futuro se assenta na garantia do estudo e das possibilidades de intervenção no cotidiano escolar, permitindo o aperfeiçoamento do trabalho. A aposta é em uma formação de caráter 54 coletivo, contextualizada, atrelada às necessidades e problemáticas do dia-a-dia escolar. Em outras palavras, uma formação que se dá num contínuo por meio do compartilhamento de experiências, de debates sobre livros lidos, dos grupos de estudo, de atividades de pesquisa-ação, da escrita de projetos, do desenvolvimento e da melhoria do currículo, do planejamento conjunto de atividades de aprendizagem, da elaboração de diários, da aplicação das tecnologias da informação e da comunicação, entre outros. 55 CAPÍTULO XV 15. PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS As ações pedagógicas no Ensino Fundamental estão pautadas na Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL, 2010b) e nos Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação (IECLB, 2005). De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 07/2010, o Ensino Fundamental representa o direito à educação, entendido como bem inalienável para a formação do Ser Humano, tendo como norteadores das ações pedagógicas princípios éticos, políticos e estéticos. (BRASIL, 2010b). Com base nos Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação (IECLB, 2005), o fazer pedagógico deve valorizar, de forma especial, a formação humanística, considerando o contexto econômico, político, social e cultural em que se insere. Ainda de acordo com os princípios citados e, em conformidade com os Artigos 22 e 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, são objetivos dessa etapa de escolarização: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 2010; 2005; BRASIL, 1996). No que diz respeito à dimensão do conhecimento, a proposta pedagógica deve considerar a educação como: a) integral, porque vê o ser humano como um todo, respeitando-o como sujeito histórico e relacional; b) integradora, porque respeita, contextualiza e inter-relaciona diferentes saberes e conhecimentos; c) integrada, porque está aberta para a diversidade e a multiplicidade. Em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de 9 anos 56 (BRASIL, 2010b), a proposta pedagógica do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Geração do Futuro, considera essa etapa de educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura, imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade. Nessa etapa de ensino, na Escola Municipal Geração do Futuro, o cuidar e o educar também são considerados indissociáveis nas funções da escola. Ações integradas entre os diversos setores e os serviços disponíveis na Escola se articulam para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões. 57 CAPÍTULO XVI 16. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO Para que a escola atinja seus objetivos e cumpra realmente seu papel, é primordial que haja à organização curricular, que se constitui no resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. Para o êxito da organização curricular é preciso saber o que escolher, o que implica conhecer e em primeiro lugar o que norteia nossas escolhas, para então, evitar a perca do tempo com atividades secundárias e que não fazem parte dos objetivos da escola. Segundo Saviani, o currículo deve ser uma organização das atividades nucleares, distribuídas no espaço e tempo escolar. Um currículo é, pois, uma escola funcionando, uma escola desempenhando a função que lhe é própria. O papel do currículo então é fazer com que o saber sistematizado seja organizado de tal forma que os educandos possam adquiri-lo gradativamente ao longo de um determinado tempo escolar, dispondo de agentes e instrumentos próprios. Para a elaboração do currículo é necessário respeitar algumas características que lhes são essenciais, pois se trata de um instrumento organizador do processo educativo. Para tanto, deve ser construído em conjunto, deve envolver escolhas democráticas, intenções almejadas e práticas possíveis no alcance das intenções. [...] constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivência e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes. (BRASIL, 2010b, p. 28). A Escola Geração do Futuro concebe o currículo como o coração que pulsa e determina o caminho percorrido por professores e estudantes para a ampliação do repertório cultural. O currículo deve ser o sustentáculo para as ações do processo educacional, apontando os princípios, as diretrizes, os objetivos, as estratégias, os conceitos e os métodos, contextualizados pela realidade, com o compromisso de corresponder aos anseios da comunidade escolar, tendo como foco o referencial para orientar as atividades de autonomia e liberdade.Nas etapas do ensino, o 58 currículo abarca o que preveem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2010a) e demais legislações vigente, atentando-se para as especificidades, os objetivos e as expectativas de aprendizagem definidas na Proposta Curricular da própria Escola. Através do ensino proposto pela LDB, que é o de propiciar toda a formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem para: “I - o desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; “IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32). Verifica-se, pois, como os atuais dispositivos relativos à organização curricular da educação escolar caminham no sentido de conferir ao aluno, dentro da estrutura federativa, efetivação dos objetivos da educação democrática. Segundo o Conselho Municipal De Educação, no ART. 1º – Fica estabelecida a organização da Grade Curricular da Rede Pública Municipal de Ensino, do município de Barra da Estiva, Estado da Bahia, conforme os ANEXOS 01 a 06, que integra esta Resolução. 16.1 A matriz Curricular 16.1.1ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES INICIAIS REGULAR – DIURNO ADAPTAÇÃO À LEI Nº 9.394/96. DURAÇÃO: 09(NOVE) ANOS Semanas letivas: 40. Saúde x x x x x x Física /Educação *** Arte História Geografia Cidadã Matemática Língua Aspectos da Vida Nº de Horas/Dia: 04 BASE NACIONAL COMUM Portuguesa ÁREAS DE CONHECIMENTO Dias Semanais: 05. Ciências Dias letivos: 200. 59 Sexualidade x x x x x x Vida Familiar x x x x x x Meio Ambiente x x x x x x Trabalho x x x x x x Ciência e Tecnologia Cultura x x x x x x x x x x x x Linguagens x x x x x x e Social C. H. TOTAL CARGA HORÁRIA POR ÁREAS DE CONHECIMENTO 1º Ano 360 240 120 40 40 *** 800 2º Ano 360 240 120 40 40 *** 800 3º Ano 360 240 120 40 40 *** 800 4º Ano 360 240 80 80 80 *** 800 5º Ano 360 240 80 80 80 *** 800 1.720 1.200 520 280 280 *** 4.000 Total Geral *** Os conteúdos de Arte e Educação Física devem ser inseridos em todas as atividades curriculares com tratamento globalizado. Essas Áreas de Conhecimento NÃO devem ter avaliação de aproveitamento para efeito de promoção. 16.1.2 Matriz Curricular do Ensino Fundamental Séries Iniciais – diurno ÁREAS DE CONHECIMENTO COMPONENTES 1º Ano CARGA HORÁRIA CURRICULARES Língua Linguagens e 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 09 09 09 08 08 1.720 Portuguesa Códigos e suas Tecnologias Ciências da Natureza e Matemática e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias Arte *** *** *** *** *** Educação Física * Matemática *** 06 *** 06 *** 06 *** 06 *** 06 1.200 Ciências 03 03 03 02 02 520 História 01 01 01 02 02 280 Geografia 01 01 01 02 02 280 20 20 20 20 20 4.000 TOTAL DE AULAS/SEMANAL NOTAS: 1) O Currículo é composto de uma BASE NACIONAL COMUM, integrando e articulando os Aspectos da Vida Cidadã com as Áreas de Conhecimento, visando a formação integral do educando. 2) As Áreas que integram o Currículo do 1º Ano devem ser trabalhadas de forma articulada, sendo essencial o respeito às culturas, à ludicidade, à espontaneidade, à autonomia e à organização das crianças, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento humano. 60 3) Ao final do 1º e 2º Ano não haverá retenção. Entretanto, é necessário que o aluno atinja os objetivos definidos para esse ano, tendo em vistas referenciais de aprendizagem adotados para a avaliação do processo de desenvolvimento humano do aluno. 4) No 2º Ano, será dada continuidade ao processo iniciado no 1º Ano, com aprofundamento dos conhecimentos, para assegurar ao aluno o princípio da aquisição da engenharia da lecto-escrita. 16.1.3 ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES INICIAIS REGULAR – DIURNO ADAPTAÇÃO À LEI Nº 9.394/96. DURAÇÃO: 08 (OITO) ANOS Semanas letivas: 40. ÁREAS DE CONHECIMENTO Nº de Horas/Dia: 04 Saúde x x x x x x Sexualidade x x x x x x Vida Familiar e Social Meio Ambiente x x x x x x x x x x x x Trabalho x x x x x x Ciência e Tecnologia Cultura x x x x x x x x x x x x Linguagens x x x x x x Física C. H. TOTAL CARGA HORÁRIA POR ÁREAS DE CONHECIMENTO 1ª Série 360 240 120 40 40 *** 800 2ª Série 360 240 120 40 40 *** 800 3ª Série 320 240 80 80 80 *** 800 4ª Série 320 240 80 80 80 *** 800 1.360 960 400 240 240 *** 3.200 Total Geral /Educação *** Arte História Geografia Cidadã Matemática Portuguesa BASE NACIONAL COMUM Língua Aspectos da Vida Dias Semanais: 05. Ciências Dias letivos: 200. Os conteúdos de Arte e Educação Física devem ser inseridos em todas as atividades curriculares com tratamento globalizado. Essas Áreas de Conhecimento NÃO devem ter avaliação de aproveitamento para efeito de promoção. 61 16.1.4 Matriz Curricular do Ensino Fundamental de 08 anosSéries Iniciais – diurno ÁREAS DE COMPONENTES CONHECIMENTO CURRICULARES Língua Linguagens e 1ª série 2ª série 3ªsérie 4ªsérie CARGA HORÁRIA 09 09 08 08 1.360 *** *** *** *** *** * *** *** *** *** *** Matemática 06 06 06 06 1.200 Ciências 03 03 02 02 520 História 01 01 02 02 280 Geografia 01 01 02 02 280 20 20 20 20 3.200 Portuguesa Códigos e suas Arte Tecnologias Educação Física Ciências da Natureza e Matemática e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias TOTAL DE AULAS/SEMANAL NOTAS:1) O Currículo é composto de uma BASE NACIONAL COMUM, integrando e articulando os Aspectos da Vida Cidadã com as Áreas de Conhecimento, visando a formação integral do educando. 2) As Áreas que integram o Currículo da 1ª Série devem ser trabalhadas de forma articulada, sendo essencial o respeito às culturas, à ludicidade, à espontaneidade, à autonomia e à organização das crianças, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento humano. 3) Ao final da 1ª Série é necessário que o aluno atinja os objetivos definidos para essa série, tendo em vistas referenciais de aprendizagem adotados para a avaliação do processo de desenvolvimento humano do aluno. 4) Na 2ª Série, será dada continuidade ao processo iniciado na 1ª Série, com aprofundamento dos conhecimentos, para assegurar ao aluno o princípio da aquisição da engenharia da lecto-escrita. 62 CAPÍTULO XVII 17. PROCESSO DA AVALIAÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO A avaliação da escola acompanha a aprendizagem do aluno e diagnostica as causas que interferem no processo de forma positiva ou negativa e, a partir disso, reorienta as ações que compõem o trabalho pedagógico. Para avaliar, é preciso ter claro aonde se quer chegar, quais os alvos que se quer atingir com os educandos, olhá-lo por inteiro, como um todo. Por isso, a avaliação deve ser diagnóstica e contínua, permitindo a melhoria da qualidade de ensino nos diferentes contextos de aprendizagem, possibilitando assim, uma diminuição na reprova e evasão escolar. Segundo (Luckesi,1991) a avaliação diagnóstica é a ideal, porque constantemente subsidia a construção do conhecimento. Sendo assim, o professor, mediante os resultados obtidos, deverá orientar sua prática pedagógica desde o planejamento até a recuperação. Ela será uma ajuda ao processo ensino-aprendizagem, pois fornecerá aos professores os elementos que permitam identificar os conhecimentos prévios dos educandos, bem como os pontos críticos para que este avance na construção do conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não excludente. Há muitos modos e métodos de se avaliar, tanto aos educandos como educadores: ter provas, dar notas, fazer testes, são expressões comuns no cotidiano escolar. No entanto, elas não são independentes do ato de ensinar e aprender. Só existirá um, se existir o outro. Em nosso Estabelecimento de Ensino, a avaliação deverá ser diagnóstica e contínua e de acordo com as exigências legais e do sistema de avaliação da Escola expresso no Regimento Interno. Esses itens devem obedecer às particularidades de cada indivíduo, experiências educativas, a pluralidade e a diversidade de cultura, diferentes tipos de capacidade, diferentes formas de expressão, conteúdos fundamentais para a continuidade da aprendizagem no ano seguinte. Para isto, os educadores deverão utilizar diferentes instrumentos de avaliação como prova, testes, trabalhos, debates, seminários, pesquisas, atividades, observações. É importante destacar aqui que o professor não fará uso somente de um instrumento para avaliar, pois a construção do conhecimento é um processo mais amplo do que a verificação por uma única prova. A recuperação dos conteúdos deve ser parte integrante no processo avaliativo e terá que acontecer no cotidiano da sala de aula. Através dos instrumentos utilizados na avaliação diagnóstica, o 63 professor detectará as dificuldades e a partir disso, replanejará suas ações, buscando novas metodologias, novas maneiras de se trabalhar para a superação das dificuldades e a efetiva aprendizagem. Espera-se, deste modo, que a escola venha contribuir significativamente para que a abordagem diagnóstica da avaliação leve a construção de uma Escola democrática e participativa. (Em anexo no Regimento Interno da Escola). 17.1 Considerações Sobre a Avaliação 1- Frequência mínima de 75% conforme legislação em vigor; 2- O controle da frequência diária será da competência e compromisso do/a professor/a das séries ou respectivas disciplinas e deverá ser registrado em diário próprio fornecido pela secretaria da escola assim como o registro de todas as atividades e produções desenvolvidas em sala de aula; 3- Registro das avaliações realizadas e instrumentos avaliativos empregados em diário de classe pelo/a professor/a; 4- O conselho de classe será, preferencialmente participativo, isto é, com a presença da direção, professores/a, orientação escolar. 5- Planejamentos constantes e realizados em reuniões previamente agendadas com grupos de professores/as a fim de pensar as atividades a serem desenvolvidas. 6- Coordenador que articule e supervisione o trabalho em conjunto com a direção; 64 CAPÍTULO XVIII 18. ÁREAS DO CONHECIMENTO – ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO 18.1 Língua Portuguesa A construção do conhecimento em Língua Portuguesa deve ser seqüencial e progressiva. A partir dos 1º ano deve ser iniciada com atividades de entendimento da linguagem como instrumento de comunicação através das várias modalidades textuais, utilizando os vários tipos de linguagem: gestual, simbólica, prática, visual, auditiva e sinestésica. Assim a metodologia de trabalho deve possibilitar a construção de habilidades para usar a palavra e produzir textos orais e escritos com coerência e coesão. O domínio dos aspectos ortográficos e gramaticais que possibilitem o entendimento da linguagem como um instrumento de comunicação deve ser também objetivo da escola. 18.1.1 Objetivos Esperamos que os alunos possam utilizar as diferentes linguagens: verbal, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, comunicar e expressar suas ideias, como forma de interpretar suas produções culturais, seu pensamento lógico, sua criatividade, com segurança, tendo como ponto de chegada a construção do conhecimento; Aluno deve possuir habilidades básicas para: falar, escutar, ler e devemos considerar e respeitar o conhecimento prévio do aluno; mostrar ao aluno que se aprende a ser, lendo; Desenvolver o prazer pela leitura, oferecendo lhes textos que despertem interesse e não somente atividades de sala de aula ou livro didático; Solicitar aos alunos que produzam textos muito antes de saber grafá-los. 18.2 Matemática A partir das ideias matemáticas de contagem, correspondência, relações quantitativas espaciais próprias dos 1º ano do Ensino Fundamental os conhecimentos matemáticos deverão evoluir para conhecimentos mais complexos, pois serão suporte para a aprendizagem mais sistematizada da própria Matemática e outras disciplinas do currículo nas séries mais adiantadas. Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo de Matemática no Ensino 65 Fundamental por isso, a geometria deve ser desenvolvida na escola a partir da observação do próprio corpo, de jogos e brincadeiras para a iniciação deste conhecimento em situações numéricas, através da habilidade de observar, comparar, manusear, representar, etc., formas em duas ou três dimensões respeitando-se suas experiências, desenvolvendo atividades problematizadoras relacionadas a outras áreas do conhecimento que o desafie na construção da aprendizagem. 18.2.1 Objetivos Construir o significado do número natural a partir de seus diferentes usos nocontexto social, explorando situações-problema que envolva contagens, medidas e códigos numéricos; Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com base na observação, utilizando-se da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática; Resolver situações-problema e construir, a partir delas, os significados das operações, buscando reconhecer que uma mesma operação está relacionada a problemas diferentes e um mesmo problema podem ser resolvidos pelo uso de diferentes operações; Desenvolver procedimentos de cálculos: mental, escrito, exato, etc.; Perceber semelhanças e diferenças entre objetos no espaço; 18.3 Geografia Entender a Geografia a partir da construção espacial do que se observa, do que se vê em termos de paisagens geográficas envolve procedimentos de problematização, observação, registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que se encontram em interação. 18.3.1 Objetivos Situar-se no contexto social; Compreender o espaço geográfico onde está inserido; Observar os diferentes aspectos da natureza no local de moradia; 66 Construir com eles os conceitos que levarão a compreender melhor sua realidade; Construir e transformar essas relações que se dão sempre em determinado lugar e em determinado momento; Desenvolver o espírito crítico e uma formação voltada para a compreensão e transformação da realidade, visando à formação do cidadão; Entender a relação existente entre o próximo e o distante no mundo atual; Compreender a unidade dos aspectos da natureza e a necessidade de sua preservação; Conscientizar-se sobre as novas formas tecnológicas de se relacionar com a natureza. Situar-se no contexto social; Compreender o espaço geográfico onde está inserido; Observar os diferentes aspectos da natureza no local de moradia; Construir com eles os conceitos que levarão a compreender melhor sua realidade; Construir e transformar essas relações que se dão sempre em determinado lugar e em determinado momento; Desenvolver o espírito crítico e uma formação voltada para a compreensão e transformação da realidade, visando à formação do cidadão; Entender a relação existente entre o próximo e o distante no mundo atual; Compreender a unidade dos aspectos da natureza e a necessidade de sua preservação; Conscientizar-se sobre as novas formas tecnológicas de se relacionar com a natureza. 18.4 História A História deve considerar as vivencias do aluno, suas experiências de vida, sua origem, a origem de sua família, do seu nome para que o aluno vá construindoos primeiros embasamentos da noção de História, enquanto ciência da vida, que demonstra claramente o presente, o passado e o futuro. 67 18.4.1 Objetivos Contribuir para a formação de um indivíduo crítico da realidade, capaz de registrar asa experiências humanas, analisando-as e estabelecendo relações entre elas numa dimensão espaço-temporal; Partir do mundo conhecido e vivenciado pela criança; Identificar traços culturais dos grupos de classe, percebendo suas semelhanças e diferenças; Reconhecer as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que a coletividade estabelece ou estabeleceu, no presente e no passado; Identificar as ascendências e descendências das pessoas que pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes, contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos em diversos momentos históricos nacionais; Fazer com que o aluno conheça seus direitos e deveres e que com isso tenha senso crítico com relação à realidade brasileira; Identificar as relações de poder estabelecidas entre sua localidade e os demais centros políticos, econômicos e culturais em diferentes tempos. 18.5 Ciências Naturais Nesta área está toda a explicação da evolução científico-tecnológica da humanidade está na relação homem, natureza, sociedade. Desenvolver a habilidade de observação, investigação, levantamento de hipóteses sobre o mundo que cerca o educando, tendo como temática básica o ambiente é objetivo da escola que utiliza a contextualização e interdisciplinaridade, respeitando-se a capacidade cognitiva do aluno, para concretizar o objetivo de estudo da área. 18.5.1 Objetivos Proporcionar condições, à criança, para interpretar o mundo de uma forma mais justa e crítica; Adquirir conhecimentos científicos; Desenvolver habilidades de observação, pesquisas e coletas de dados; Compreender a inter-relação dos fenômenos, dos seres com o ambiente; Proteger os recursos naturais. 68 18.6 Arte Concretiza-se no currículo forma interdisciplinar no contexto das outras disciplinas que utilizam as linguagens especificas Dança, Teatro, Música e Artes Plástica, como forma de expressar o belo, o sentimento, o que vai à alma dos sujeitos que através do canto, da dança, etc. podem ser evidenciados atrelados a qualquer outro conhecimento no processo pleno do desenvolvimento emocional, afetivo, cognitivo. 18.6.1 Objetivos Desenvolver a habilidade de descobrir e apreciar os valores estéticos; Adquirir e desenvolver a habilidade de distinguir cor, forma, dimensão e espaço; Adquirir uma linguagem própria, desenhando, pintando, construindo, modelando e esculpindo; Expressar, por meio das atividades artísticas, as vivências emocionais; Adquirir e desenvolver a habilidade de distinguir cor, forma, dimensão e espaço; Desenvolver e apreciar os valores éticos, morais e estéticos. 18.7 Educação Física Desenvolve atividades que favorecem o desenvolvimento da motricidade, da postura corporal, tratando de aspectos teórico-práticos que dinamizam a disciplina e a torna efetiva na Unidade Escolar. 18.7.1 Objetivos Fazer com que o aluno: Aprimore as capacidades físicas e habilidades motoras; Demonstre desenvoltura, segurança e coordenação na execução das atividades físicas propostas; Estabeleça seu próprio programa de desenvolvimento de condição física e motora; Utilize adequadamente os fundamentos na prática do jogo; 69 Aceite as disputas como elementos da disputa e não como uma atitude de rivalidade frente aos demais; Respeite a si e ao outro (limites corporais, desempenho, interesse biotípico, gênero, classe social, habilidades, erros). 70 CAPÍTULO XIX 19. PROJETOS DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO A Escola Municipal Geração do Futuro objetiva formar cidadãos autônomos e participativos na sociedade. Para conseguir formar este cidadão, é preciso desenvolver nos alunos a autonomia, a qual deve ser despertada desde os primeiros anos escolares. O trabalho com Projetos é uma metodologia educacional que tem por objetivo organizar a construção dos conhecimentos em torno de metas previamente definidas, de forma coletiva, entre alunos e professores. Os projetos devem ser considerados como um recurso, uma ajuda, uma metodologia de trabalho destinada a dar vida ao conteúdo tornando a escola mais atraente, valorizando o que os alunos já sabem ou respeitando o que desejam aprender naquele momento. Na elaboração de Projetos, a atividade do sujeito aprendiz é determinante na construção de seu saber operatório e esse sujeito, que nunca está sozinho ou isolado, age em constante interação com os meios ao seu redor. Segundo Paulo Freire(1997) "o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo". O papel do educador, em suas intervenções, é o de estimular, observar e mediar, criando situações de aprendizagem significativa. É fundamental que este saiba produzir perguntas pertinentes que façam os alunos pensarem a respeito do conhecimento que se espera construir, pois uma das tarefas do educador é, não só fazer o aluno pensar, mas acima de tudo, ensiná-lo a pensar certo. O mais importante no trabalho com projetos não é a origem do tema, mas o tratamento dispensado a ele, só assim o estudo envolverá a todos de maneira ativa e participativa nas diferentes etapas. É importante perceber a criança como um ser em desenvolvimento, com vontade e decisões próprias, cujos conhecimentos, habilidades e atitudes são adquiridos em função de suas experiências, em contato com o meio, e através de uma participação ativa na resolução de problemas e dificuldades. A Escola Geração do Futuro trabalhou no ano de 2010 com o projeto: “Projeto de Leitura” No ano de 2011”Projeto Família na Escola”, no ano de 2012 “Projeto Reciclagem” e no ano de 2013,” Projeto de Leitura” (Em anexo). 71 CAPÍTULO XX 20. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Geração do Futuro, uma construção coletiva, que teve seu início no ano de 2012, deverá ser avaliado e revisado por todos que integram a escola, a cada final de ano ou sempre que houver necessidade.Todos os segmentos da escola não podem perder de vista a necessidade de identificação dos responsáveis por determinadas ações assumidas no coletivo. Para assegurar isso, são fundamentais encontros periódicos com o coletivo da escola para a discussão e avaliação de como as ações estão sendo encaminhadas efetivamente. Nesses encontros, os vários atores da escola podem: Retomar as ações, corrigindo o seu fluxo, com base na avaliação de como estão sendo desenvolvidas. Avaliar se as ações definidas como prioridades pelos segmentos são realmente viáveis, ou seja, realistas. Acrescentar ou sugerir novas ações para alcançar com melhor êxito as metas sugeridas Desta forma, a avaliação do Projeto Político Pedagógico acontecerá anualmente, através de instrumentos como questionários e entrevistas, onde professores, funcionários, alunos e pais responderão a questões pertinentes a avaliação do projeto. Que no final de cada ano letivo, especificamente no mês de dezembro se faça a implementação necessária para o próximo ano. Que assim, o Projeto Político Pedagógico se torne o caminho seguro a seguir, transformando em realidade o que foi sonhado coletivamente. 72 REFERÊNCIAS __________As Legislações do Ensino Fundamental de Nove Anos. Disponível em: http://educador.brasilescola.com/politica-educacional/ensino-fundamental-denove-anos.htmAcesso em 22 de julho de 2013. ALMEIDA, Laurinda Ramalho de, CHRISTOV, Luiza Helena da Silva. (orgs.) O Coordenador Pedagógico e a Formação Docente. 2008. 9ª Ed. São Paulo: Edições Loyola. ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva: transformação social ou retórica?, 2004.Marília, SP: Fundepe Publicações. __________Barra da Estiva História. Disponível em: http://www.barradaestiva.ba.gov.br/baestiva_historia.htm Acesso em 15/05/2013. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação – Lei 9.393/96. DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102. DEWEY, John. (1971). Vida e Educação. São Paulo, Edições Melhoramento. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 4. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997. GADOTTI, M. Construindo a escola cidadã, projeto político pedagógico. Secretaria da Educação a Distância. Brasília: ministério da Educação e do Desporto, SEED, 2000. GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2000 GIDDENS, Anthony. Sociologia. 2005.Porto Alegre: Artmed. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 7.ed. São Paulo: Cortez Editora, 1991. NÓVOA, Antônio. O Professor Pesquisador e Reflexivo. In: Salto para o Futuro. Entrevista concedida em 13 de setembro 2001 SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Mercado de Letras. 2000. 20ª ed. VASCONCELLOS, C. dos S. Planejamento: projeto de ensino aprendizagem e projeto político-pedagógico. 2000. 9 ed. São Paulo: Libertad. VEIGA, I. P.A. (org.) Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. 1996. Campinas, SP: Papirus. VIGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Trad. José Cipolla Neto. 1994. Martins Fontes. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 73 ANEXOS ANEXOS I FOTOS REUNIÕES COM PAIS ANEXOS II FOTOS REUNIÕES COM PROFESSORES ANEXO III PROJETOS DA ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO PROJETO DE LEITURA A CAMINHO DO LETRAMENTO PROJETO DE LEITURA IDENTIFICAÇÃO Escola Municipal Geração do Futuro Período:A partir de 16 de Agosto de 2010 Público alvo: Toda comunidade escolar, 1º e 2º anos e 2ª série. Elaboração: Equipe Geração do Futuro. JUSTIFICATIVA Ler e escrever hoje constitui de uma necessidade básica, já que a leitura e a escrita estão presentes por toda parte. Nessa perspectiva, nós, equipe da geração do Futuro, vendo a necessidade de desenvolver a leitura e a escrita das nossas crianças, para que sejam inseridas no processo ensino aprendizagem significativas, estaremos desenvolvendo este projeto de leitura com toda a comunidade escolar. OBJETIVO GERAL Incentivar os educandos a terem um contato direto com o mundo da leitura e escrita, bem como narrativas populares, dando ênfase aos contos e fábulas. HABILILADES Fazer coreografias de músicas folclóricas; Promover a interação entre os educandos; Conhecer novos contos e fábulas; Familiarizar com a função da linguagem oral e escrita; Participar de brincadeiras, dramatizações e apresentações; Participar de pesquisas, desenvolvendo a criatividade; Resgatar a importância e a valorização da cultura folclórica; Promover a caça ao gibi; Ouvir e cantar músicas folclóricas; Confeccionar o baú de leitura; Fazer visita à Biblioteca Municipal; Fazer Piquenique Cultural na Praça da Amizade; Fazer exposições de alguns artesanatos. CONTEÚDOS INTERDISCIPLINARES Língua Portuguesa Construindo textos coletivos; Adivinhações; Fazer reconto das histórias; Fazer ilustrações; Caça-palavras (ortografia); Personagens folclóricos (lendas e crenças); Textos informativos; Interpretação de texto; Receitas; Rimas. Matemática Operações matemáticas; Gráficos; Situações-problemas; sistema de numeração decimal; Contagem numérica através de jogos e brincadeiras; Ciências Pesquisar chás e ervas medicinais; Conhecendo os animais; As partes das plantas. Geografia / História Conhecendo a origem do folclore; A Família; Conhecendo os nossos vizinhos. RECURSOS Aparelho de data show; 4 200 Xerox (todos os educandos da comunidade escolar); Livros infantis; Jornais, revistas; CDs e aparelho de som; Artesanato (bordado, pinturas, etc.). CULMINÂNCIA Para o encerramento do Projeto será realizado pelas turmas, no auditório da escola, a dramatização de contos, onde os pais e demais pessoas serão convidados para prestigiarem o sucesso das crianças. AVALIAÇÃO A avaliação será feita através de registros por parte do educador em sala de aula frente à participação de cada educando de forma individual e coletiva e de desenvolvimento da aprendizagem durante as atividades propostas. Escola Municipal Geração do Futuro PROJETO Família e Escola Barra da Estiva – Ba 2011 Resgatando Valores Tema: Família e Escola resgatando valores Subtema: Família presente, desenvolvimento constante. Justificativa O envolvimento e a participação da família no ambiente escolar nos dias atuais são considerados fundamentais na formação de qualquer indivíduo culturalmente e socialmente, como cidadão e como ser humano. Por isso, a necessidade de uma maior clareza sobre a responsabilidade e alcance da escola na formação da criança tem favorecido o debate entre os profissionais da educação. Isso porque, há uma contínua transferência de papéis e funções que a família transfere para a escola. Neste sentido, a família moderna, dentro de todas as transformações históricas apresenta hoje uma das maiores problemáticas, a falta de tempo para conviver, interagir, dialogar, enfim, fazer-se presente junto aos seus filhos. Assim, “a educação acaba sendo um jogo de transferências de responsabilidade entre a família e a escola”. Esse jogo precisa ser cada vez mais discutido entre essas duas instâncias, a fim de que ambas possam cumprir integralmente a sua função social. A questão é por demais complexas e tem gerado uma série de problemas para a escola e preocupações para os profissionais da educação. Por isso, a Escola Municipal Geração do Futuro, na tentativa de minimizar esses problemas e cumprir o seu compromisso social, elaborou este projeto, com o tema Família e Escola no resgate dos valores. Isso decorre da compreensão de que o processo formativo integral pressupõe a participação efetiva tanto da escola quanto da família. A proposta comporta atividades que envolvem a família no desenvolvimento e construção de alguns valores que estão sendo esquecidos e tenta resgatar os mesmos tanto para o ambiente escolar quanto fora dele. É importante destacar que todo o trabalho empreendido fundamenta-se na proposta pedagógica oferecida pela nossa instituição de ensino. Assim, o projeto visualiza a reflexão e intervenção da família nos processos adotados pela Instituição como caminho para uma construção pedagógica mais ampla. O ambiente escolar tem sem dúvida, uma função importantíssima, a de educar. Por isso se faz necessário que a família procure acompanhar o desenvolvimento da criança em todo o seu processo de aprendizagem, tanto no lar quanto na sua atividade na escola.·. Publico alvo: Este projeto destina-se as crianças, que estão cursando: 1º, 2º, 3º ano, 3º série do Ensino Fundamentale Educação Especial. O mesmo também está destinado aos pais que estarão contribuindo diretamente ou indiretamente para realização do mesmo. Tempo de duração Terá uma duração de um bimestre, podendo o mesmo estender-se. Objetivo Geral Desenvolver um trabalho coletivo no ambiente escolar incluindo a família no processo ensino-aprendizagem, como parceira e colaboradora, estimulando assim o crescimento do aluno, resgatando o fortalecimento da sua autoestima e de valores esquecidos, bem como incentivar o mesmo juntamente com sua família na prática de esportes, no cuidado e prevenção de doenças, visando atender também, a um dos subtemas do Projeto do Selo UNICEF (Saúde). Objetivos específicos Visando sempre o bem estar e a aprendizagem dos alunos, o referido projeto tem como objetivos: Promover a integração entre família e escola, estimulando o rendimento e o comportamento escolar; Ressaltar a importância da afetividade na escola e na família; Possibilitar a ampliação de espaço de interação e diálogo entre a família e a escola; Estimular a participação ativa da família nos processos formativos conduzidos pela escola; Orientar os alunos sobre os direitos e deveres de cada um (normas da escola); Adotar atitudes de solidariedade, companheirismo, respeito e cooperação; Aprender a resolver conflitos por meio do diálogo, ouvindo e respeitando os outros Oferecer aos pais oportunidade de participar da rotina escolar de seus filhos, partilhando seus conhecimentos; Valorizar a cultura e os saberes dos pais; Favorecer ao aluno, através da participação dos pais, oportunidades de aprofundar conhecimentos sobre: respeito, cultura, atitudes e valores; Reconhecer que os pais são os primeiros educadores das crianças; Promover a interação entre comunidade escolar: pais, professores, alunos, gestão e demais funcionários da escola. Estimular o educando a prática de esporte, mostrando ao mesmo a importância do esporte para o seu desenvolvimento. Desenvolver através de aulas práticas conceitos sobre algumas doenças e cuidados que devemos ter sobre a prevenção das mesmas. Conteúdos Apresentação do projeto Família e Escola no resgate dos valores. Relação família e educando; Família e sua formação; Cuidados com o corpo e o ambiente; Resgatando os valores; Estimulando a prática de esportes; Prevenção de doença. Metodologia Apresentação do projeto para a família e toda comunidade escolar; Conhecimentos prévios sobre a importância da família na vida do educando; Participação da família na vida social e afetiva da criança, mostrando que em muitas situações são os afetos, as emoções que norteiam nosso comportamento; Construção de painéis e da árvore genealógica; Confecção de cartazes, ressaltando a importância do trabalho em grupo e o respeito ao próximo; Construção do mural da família (com fotos ou recortes), mostrando as diversas estruturas familiares, ressaltando a importância do amor, respeito, solidariedade, perdão; Construção de mural feito pelas crianças com palavras mágicas que ajudam na boa convivência; Apresentação de filmes sobre a família; Elaboração de histórias em quadrinhos, literárias, músicas, fantoches, teatro e conto partindo do tema; Discussão em grupo sobre a função de cada membro da família, diferenças e semelhanças; Construindo com a criança mural com os valores religiosos, éticos e culturais recebidos das gerações anteriores; Discussão em grupo sobre a importância da prática esportiva para o desenvolvimento saudável da criança; Palestras abordando temas como cuidar da saúde e modos de prevenção de algumas doenças; Caminhada nas principais ruas da cidade envolvendo escola e pais de alunos, usando cartazes, faixas, incentivando a comunidade à prática de esportes. Recursos Aparelhos de TV e DVD, mídias de DVD; livros de história; cartolina, papel metro, cola,hidrocor, lápis de cor; tinta guache; papel ofício; aparelho de som, mídia de cd, textos impressos, tesoura, cola, TNT, EVA, materiais concretos, isopor e recursos humanos( educadores, educandos, pais e funcionários da instituição) Avaliação A avaliação do projeto ocorrerá durante todo o processo de seu desenvolvimento, envolvendo a observação e atuação dos alunos, comunidade escolar e pais nas atividades de produção escrita, oral, confecção de murais ilustrados, atividades de interpretação e resolução de problemas desenvolvidas bem como o desempenho na dramatização, considerando-se ainda os avanços obtidos e demonstrados pelos alunos no decorrer e ao final do projeto. Conclusão A família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo independente de sua formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprende os primeiros valores e hábitos. Se a escola cria espaços para a participação dos pais, favorecendo uma relação de confiança dos pais com a escola, que vai se refletir no desenvolvimento físico, intelectual e emocional das crianças, deste modo a escola passa a cumprir na sua totalidade seu papel de instituição transmissora, não só dos saberes, formal, mas também, dos saberes informais repassados pela família na escola. Tal convivência é fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de relacionamento disciplinar, entre ela e os outros. Sabe-se que é importante a responsabilidade familiar de educar e cuidar dos filhos, pois o efeito positivo da presença assídua da família na escola favorece para o desenvolvimento escolar das crianças. Esperamos que haja êxito neste projeto, que o mesmo seja realmente uma parceria de sucesso entre escola e família. Para a elaboração deste projeto, os educadores reuniram-se juntamente com a coordenação e direção da unidade para que fosse organizado de início um cronograma de atividades mensais, onde os pais seriam envolvidos colaborando com tais atividades. Sendo assim, a proposta de trabalho compreende a participação de toda a equipe da unidade escolar (educadores, educandos, pais, coordenação, direção e funcionários). Culminância Ficará a critério de cada educador a apresentação que sua turma realizará. Sugestões: Palestras; Dramatizações; Exposições de trabalhos artísticos; Coreografias etc. Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL.Parametros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF. 1997 PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação.3 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processo psicológicos superiores.4.ª ed, livraria Martins fontes editora ltda, São Paulo, 1991. EMGF - ESCOLA MUNICIPAL GERAÇÃO DO FUTURO PROJETO: RECICLE HOJE; PRESERVE O AMANHÃ PERÍODO: 1º Semestre de 2012 PÚBLICO ALVO: Alunos da Escola Municipal Geração do Futuro e toda comunidade escolar; RESPONSÁVEIS PELO PROJETO: Equipe escolar. APRESENTAÇÃO: As questões lixo, reciclagem e reutilização vêm sendo consideradas cada vez mais urgentes e importantes na sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis. Neste projeto abordaremos sobre a necessidade de conscientização e mudança de valores e atitudes para que os alunos venham inserir no seu cotidiano. Para tanto utilizaremos uma metodologia interdisciplinar voltada a atingir os objetivos propostos e consequentemente os discentes serão avaliados durante todo o processo de desenvolvimento deste projeto. INTRODUÇÃO: Considerando que o homem faz parte do ambiente em que vive, dele depende para sobreviver e sua influência no mesmo aumentou muito depois da Revolução Industrial, com isso as novas tecnologias possibilitaram progressivamente, melhores condições de vida, mas por outro lado, o progresso acarretou dificuldades. A expansão das indústrias e o crescimento das cidades levaram ao aumento excessivo da quantidade de lixo que se deve ao crescimento do poder aquisitivo e pelo perfil do consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas, etc. Grande parte do que chamamos de lixo e que formará os chamados “lixões” é composto de materiais que podem ser reciclados utilizando técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001): “É preciso fazer considerações sobre o lixo como um importante arsenal de matéria a ser aproveitada, como composto orgânico, ou reciclada, e o problema da produção de materiais não degradáveis ”(p.59). A indústria de reciclagem brasileira apesar de muito deficiente, emprega milhares de catadores de lixo. O investimento em reciclagem pode ser uma medida que dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram, diminui o desperdício, os resíduos não são destinados a lixões ou aterros sanitários e, portanto, não contaminam o solo, os rios e o ar, que indiretamente causariam doenças, e também não favorecem a proliferação de agentes patogênicos (que causam doenças diretamente), além de melhorar a limpeza da cidade. O desperdício é uma forma irracional de utilização dos recursos, pois muitos deles podem ser reutilizados antes de serem descartados, podendo ser usados na função original ou na criação de novas formas de utilização. Como exemplo tem: confecção de blocos para rascunhos com papel escrito ou impresso em apenas um dos lados, a reutilização de envelopes, sacos e embalagens plásticas. A reutilização dos restos dos materiais e entulhos que são triturados e podem ser usados em construções simples. Além de reciclar e reutilizar é preciso sensibilizar todos os envolvidos no projeto sobre um método bastante relevante que é reduzir significativamente a quantidade de lixo, e isso só é possível se consumirmos menos e de maneira eficiente, sempre racionalizando o uso de materiais e de produtos em nosso cotidiano. Como afirmou Lavoisier (1743-1749): “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. JUSTIFICATIVA: Todos os seres da natureza dependem do meio ambiente para viver. Logo os bens da terra são patrimônio de toda humanidade. Seu uso deve estar sujeito a regras de respeito às condições básicas da vida em sociedade, e dentre elas a qualidade de vida dos que dependem desses bens. Por isso, nós da Escola Municipal Geração do Futuro,propomos com o projeto, RECICLE HOJE PRESERVE O AMANHÃ, trabalhar com atitudes, formação de valores e conceitos, buscando sensibilizar os alunos sobre a importância da reciclagem e reutilização a fim de diminuir o acúmulo de lixo, além de evitar doenças. Diante deste contexto acreditamos que a escola possui um papel relevante no que diz respeito a desenvolver o senso crítico dos alunos. Como discorre os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001): O convívio escolar será um fator determinante para a aprendizagem de valores e atitudes. OBJETIVO GERAL: Sensibilizar os alunos para se tornarem cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade por meio de atitudes e cuidados com o meio ambiente através da reutilização e redução do lixo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Refletir criticamente sobre o significado e a atuação do ser humano sobre o planeta na formação da cidadania; Utilizar a linguagem escrita como instrumento de aprendizagem; Utilizar a leitura como meio de transformação; Conhecer a importância da “Coleta seletiva de lixo”; Entender os reais benefícios da reciclagem para a saúde; Estabelecer a diferença entre separar, reciclar e reutilizar; Reconhecer a importância de materiais reutilizáveis; METODOLOGIA: Trabalharemos com atividades que venham possibilitar o desenvolvimento da sensibilidade e senso crítico dos alunos de modo que haja uma mudança de atitude. Como pontua Guimarães (1995), a sensibilização do educando deverá ser conseguida por uma relação prazerosa dele com o processo. Assim sendo, destacase na educação ambiental a importância do aspecto lúdico e criativo das atividades e dos procedimentos para envolver integralmente o educando, tanto em seu lado racional como emocional – o que deve ser considerado em um plano de ação. Iniciaremos este Projeto com o filme “A Terra pede socorro”, trazendo uma reflexão sobre a sujeira do planeta e as formas de reciclar, reutilizar ou reduzir muitos materiais que são jogados fora de maneira indevida. Após, teremos debate sobre o mesmo, com questões envolvendo essa temática e apresentação de propostas e sugestões de como trabalhar com o lixo na escola. Abordaremos também a questão da coleta seletiva e da sua importância. Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos com a participação das famílias e comunidade. PORTUGUÊS - Leituras diferenciadas: textos, notícias, poemas, letras de músicas como: “Lilás” (Djavan) e “Planeta Água” (Guilherme Arantes). Poema ecológico: “Separe”. - Leitura do poema “Paraíso”. Dividir a turma em quatro grupos para discutirem cada um desses sites: O que você faria se... Se a rua fosse sua Se a mata fosse sua Se o rio fosse seu Se o mundo fosse seu. Depois cada um irá escrever sua opinião. Procurar em jornais, notícias em que apareçam problemas ambientais que o poema mostra e colar no mural ecológico. - Leitura do texto: “Consumir com sabedoria privilegia a qualidade de vida”. Após a leitura, levaremos o aluno a refletir sobre o desperdício de comida, água, etc; deverá elaborar dicas para evitar o desperdício em sua casa e na escola. - Leitura e discussão da letra da música “Planeta Azul” de Chitãozinho e Xororó. Em seguida o aluno deverá elaborar um verso ou poema o qual busque sensibilizar a sociedade, levando-a a cuidar do meio ambiente. Com a letra desta música pode-se trabalhar substantivos, adjetivos, verbo... - Seleção de palavras com o tema reciclagem, para que os alunos descubram antônimos, sinônimos, coletivos, etc. - Elaboração de paródia, slogans e cartazes, para serem expostos nas dependências da escola.·. CIÊNCIAS - O aluno deverá fazer uma listagem dos impactos ambientais causados pela poluição conforme a música: Planeta Azul de Chitãozinho e Xororó. - Leitura e discussão do texto: Cuidados com o lixo. Em seguida a turma será dividida em grupos para responder algumas questões sobre o texto. - Elaboração de questões sobre a coleta do lixo, para serem respondidaspelos alunos e pais. Depois debate na escola sobre estas questões. - Palestras sobre doenças causadas pelo acumulo do lixo. - Amostra de reciclagem de papel feita pelos alunos. GEOGRAFIA -Documentário “Estamira”, uma mulher que vivia no lixão. Em seguida uma produção de texto feita pelos alunos sobre o documentário. -Distribuição de panfletos nas ruas próximas à escola visando sensibilizar os moradores da necessidade de separar o lixo para a reutilização e reciclagem. -Passeio ecológico com observação sobre a realidade ambiental. HISTÓRIA - Trabalhar o capítulo VI da Constituição Brasileira sobre o “Meio Ambiente”, fazendo comparações com reportagens de jornais ou revistas sobre a situação atual do meio ambiente. - Reflexão sobre a história: “Vamos reconstruir o mundo”. ARTES - Confeccionar com os alunos um “mural ecológico”. - Oficina de reutilização onde os alunos poderão criar com garrafas pet, dentre outros materiais recicláveis, diferentes objetos. MATEMÁTICA - Pesquisa feita pelos alunos sobre os dados de desperdício em nossa cidade. - Gráfico feito com os alunos sobre o tempo que a natureza leva para absorver os detritos. CULMINÂNCIA - Coreografia e desfile. Sugestões: Palestras; Dramatizações; Exposições de trabalhos artísticos; Coreografias; Passeatas envolvendo a escola e comunidade em geral; Confecções de lembrancinhas. AVALIAÇÃO Dar-se-á de forma processual visando observar a participação e o envolvimento dos alunos nas aulas e na realização das atividades. Utilizaremos também alguns instrumentos de avaliação como questionamentos, redações, poesia, pesquisa, comentário de filme, produção de textos e confecção de cartazes. RECURSOS Garrafas PET; Mídias de CDs; Embalagem de ovos; Retalhos de tecidos; Latas de alumínio; Tintas; Pincel; TV; Data show; TNT; Caixas de leite; Agulhas; Linha; Tesoura; Transporte; Pincéis; Cartolina; Madeira; Folhas de ofício; Recargas de toner; Embalagens plásticas; Rolos de papel higiênico; Barbantes; Aparelho de som; Lacres de latinhas; Cola quente; Caixa de papelão; Botões; Pote de Danone; Placas de RX; Papel filtro; Caixa de fósforo; Palito de picolé; Copo descartável; Duplex; Fita adesiva; Pistola; Pneus. Folhas de jornal; REFERÊNCIAS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Meio Ambiente e Saúde. Temas Transversais. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. – 3. ed. – Brasília: A secretaria, 2001. GUIMARÂES, M. A dimensão Ambiental na Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995. PRADO, M. Estamira. Rio de Janeiro, 2006. DJAVAN. Lilás, 1984. ARANTES, Guilherme. Planeta Água, 1981. XORORÓ. Aldemir, Planeta Azul, 1992 PINTO, Gerusa R. LIMA, Regina Célia V. O dia-a-dia do professor. Ed. FAPI. 3ª ed. Vol. 6. ANEXOS Lilás Composição: Djavan Amanhã Outro dia Lua sai Ventania abraça Uma nuvem que passa no ar Beija Brinca E deixa passar E no ar De outro dia Meu olhar Surgia nas pontas De estrelas perdidas no mar Pra chover de emoção Trovejar... Raio se libertou Clareou Muito mais Se encantou Pela cor lilás Prata na luz do amor Céu azul Eu quero ver O pôr do sol Lindo como ele só E gente pra ver E viajar No seu mar De raio. Planeta Água Composição: Guilherme Arantes Água que nasce na fonte Serena do mundo E que abre um Profundo grotão Água que faz inocente Riacho e deságua Na corrente do ribeirão... Águas escuras dos rios Que levam A fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população... Águas que caem das pedras No véu das cascatas Ronco de trovão E depois dormem tranquilas No leito dos lagos No leito dos lagos... Água dos igarapés Onde Iara, a mãe d'água É misteriosa canção Água que o sol evapora Pro céu vai embora Virar nuvens de algodão... Gotas de água da chuva Alegre arco-íris Sobre a plantação Gotas de água da chuva Tão tristes, são lágrimas Na inundação... Águas que movem moinhos São as mesmas águas Que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra Pro fundo da terra... Terra! Planeta Água Terra! Planeta Água Terra! Planeta Água...(2x) PAPEL VIDRO METAL PLÁSTICO ORGÂNICO Separe Autora: Berenice Gehlen Adams Separe, separe, separe o seu lixo Pois você é cidadão Que respeita o ambiente Separar é muito fácil Preste muita atenção Todo lixo que for de plástico Vai para o latão Da cor... Vermelha Separar é muito fácil Preste muita atenção Todo lixo que for de papel Vai para o latão Da cor... Azul Separar é muito fácil Preste muita atenção Todo lixo que for de vidro Vai para o latão Da cor... Verde Benefícios econômicos da reciclagem: A reciclagem de papel economiza matéria-prima (celulose). A reciclagem de 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo, economizando 1,3 kg de matérias-primas (minérios). A cada 10% de utilização de cacos, há uma economia de 2,9% de energia. A reciclagem de alumínio economiza 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário. A reciclagem de lixo orgânico, por meio da compostagem, resulta em adubo de excelente qualidade para a agricultura. Uma única latinha de alumínio reciclada economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas . Benefícios ambientais da reciclagem: 50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore de 7 anos. Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2 de monocultura de eucalipto. Uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e 1.200 litros de óleo combustível. A reciclagem de vidro diminui a emissão de gases poluidores pelas fábricas. A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente, pois o material é muito resistente a radiações, calor, ar e água. A cada quilo de alumínio reciclado, 5 kg de bauxita (minério com que se produz o alumínio) são poupados. A reciclagem de vidro aumenta a vida útil dos aterros sanitários e poupa a extração de minérios como areia, barrilha, calcário, feldspato etc Benefícios sociais da reciclagem: A reciclagem contribui para a diminuição do volume de lixo: o Brasil produz atualmente 240 mil toneladas de lixo por dia. Recoloca no ciclo de produção um material que pode contaminar o solo, a água e o ar. Dá a destinação correta ao produto que, caso contrário, é muitas vezes acumulado em infectos lixões. A reciclagem de papel gera milhares de empregos: dos catadores de papel aos empregados em empresas de intermediação e recicladoras. O CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) fornece manuais e cartilhas que orientam como montar um programa de coleta seletiva. A reciclagem de plástico no Brasil gera cerca de 20 mil empregos diretos em 300 indústrias de reciclagem. No Brasil, estima-se que 100 mil pessoas vivam exclusivamente de coletar latas de alumínio para reciclagem, conseguindo um rendimento mensal, cada uma, de três salários mínimos. A RECICLAGEM Embora a reciclagem apresente muitas vantagens, a decisão de reciclar um determinado resíduo deve ser precedida de um estudo de viabilidade econômica, que deve considerar os seguintes aspectos principais: • Proximidade do local de geração em relação ao de recuperação do resíduo; • Volume de resíduo gerado disponível para a reciclagem; • Custo das etapas de preparo do resíduo antes do processamento, incluindo a coleta, transporte, separação, lavagem e armazenamento; • Existência de demanda para o produto resultante da reciclagem; • Existência de tecnologia (processo) para transformação do resíduo; • Custo do processamento e transformação do resíduo em um novo produto, sem prejuízo de suas características e aplicabilidade. Barra da Estiva – BA, em 21 de agosto de 2014. HOMOLOGUE-SE. PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE. Barra da Estiva – BA, em 21 de agosto de 2014.