1 AVALIAÇÃO DO RISCO CARDÍACO

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AVALIAÇÃO DO RISCO CARDÍACO ATRAVÉS DO ESCORE
DEFRAMINGHAMEM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA
SUBMETIDOS ÀVIBRAÇÃO GERADA EM PLATAFORMA
OSCILANTE/VIBRATÓRIA
Paineiras-Domingos LL1;Paes-Costa AP1; Kutter CR1; Guedes-Aguiar EO1;CostaCavalcanti RG1;Frederico EHFF1; Neves MF2; Bernardo-Filho M1
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Hospital Universitário Pedro Ernesto
Introdução: Vibrações mecânicas geradas por plataforma oscilante/vibratória (POV)
podem produzir exercícios de vibração no corpo inteiro (EVCI), modalidade de
atividade física, que tem sido recomendada para a prevenção e tratamento de condições
clínicas associadas à síndrome metabólica (SM). O Escore de Framingham (EF) permite
calcular o risco do indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) em um
período de dez anos. Objetivo: Avaliar o risco cardíaco através do EF em pacientes
com SM submetidos a EVCI. Métodos: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE
0025.0.228.000-11). Pacientes (14 feminino e 4 masculino) após diagnóstico de SM,
foram submetidos a EVCI. 5 não concluíram os exames laboratoriais. Colesterol total e
HDL colhidos antes da 1ª e ao final da 10ª sessão de EVCI. Idade, a presença do
diabetes mellitus (DM) e o tabagismo informados na anamnese. A pressão arterial (PA)
sistólica e diastólica mensuradas antes e depois de cada sessão. O paciente posicionado
na base da plataforma (Novaplate) em pé, flexão de joelho (130o) e submetido ao EVCI,
total de 10 sessões, 2 x semana, frequência de 5 até 14 Hz, deslocamentos pico-a-pico
(2,5, 5,0 e 7,5 mm). O tempo de trabalho 1 min seguido de repouso de 1 min, repetido
mais duas vezes. Realizada a pontuação pelo EF e a análise estatística utilizando o
Bioestat, p<0,05. Resultados: 50% dos pacientes apresentaram risco baixo e 50% risco
médio antes e após os EVCI; média inicial PA sistólica foi de 127±17,48 e diastólica
67±11,36, enquanto que a média final PA foi reduzida para 124±14,77 e 65±8,20
mmHg, sem alteração estatística (p>0,05). Conclusão: Não houve alteração no risco
cardíaco dos pacientes com SM submetidos aos EVCI, mas redução da PA sistólica
e diastólica, o que poderá trazer benefícios a médio e longo prazo.
Palavras-chave: SM, vibrações mecânicas, POV, risco cardíaco, EF.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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OS EFEITOS DOS EXERCÍCIOS DE VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO NA
FLEXIBILIDADE DE TRONCO DOS PACIENTES COM SÍNDROME
METABÓLICA
Paes-Costa AP1; Paineiras-Domingos LL1; Kütter CR1; Sá-Caputo DC1; CostaCavalcanti RG1; Farias CHA1; Guedes-Aguiar EO1, NevesMF1; Nogueira Neto
JF1; Mario Bernardo-Filho M1.
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma doença definida como
multifatorial que aumenta os riscos cardiovasculares. Os exercícios de vibração de
corpo inteiro (EVCI), podem ser considerados como exercício aeróbico e importantes
para os pacientes com SM. Protocolos envolvendo EVCI são variados, parâmetros como
distância pico a pico, frequência, tempo de trabalho e repouso devem ser
ajustados. Objetivo: Analisar os efeitos dos EVCI na flexão anterior de tronco (FAT)
de indivíduos com SM. Métodos: Projeto aprovado pelo CEP-HUPE/CAAE
0025.0.228.000-11. Foram selecionadas 10 mulheres com SM no ambulatório de
Clínica Médica do HUPE, divididas em 2 grupos. O Grupo EVCI (GEVCI) realizou 10
sessões, com plataforma oscilante/vibratória (POV) ligada e Grupo Controle (GC)
realizou 5 sessões, com POV desligada. As pacientes foram posicionadas em pé sobre a
base da POV. A frequência utilizada foi de 5 Hz no inicio, sendo acrescido 1Hz a cada
sessão, chegando a 14 Hz na última sessão. Os deslocamentos pico a pico utilizados
foram 2,5 5,0 e 7,0 mm. Cada posicionamento foi mantido por 1 minuto de trabalho e 1
minuto de repouso. Para aferir a FAT foi utilizada a medida da distância entre o dedo
médio da mão e o chão, em centímetros, com joelhos estendidos e pés paralelos. Esta
aferição foi realizada antes e após cada sessão de EVCI. Análise estatística através do
Bioestat, com teste pareado. Resultados: No GC, FAT antes da 1ª sessão de 15,80±8,85
e após a 5ª sessão de 10,40±4,26 cm, p=0,10. No GEVCI, a FAT antes da 1ª sessão de
10,60±3,20 e após a 10ª sessão de 7,5±6,10 cm, com p=0,20. Conclusão: Resultados
preliminares com um reduzido número de pacientes indicam uma melhora, embora não
significativa, na FAT devido aos EVCI, nessas pacientes com SM.
Palavras-chave:Flexão anterior de tronco, Exercício de vibração de corpo inteiro,
Síndrome Metabólica.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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A INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA REABILITAÇÃO
FUNCIONAL DE IDOSOS COM ALTERAÇÕES ORTOPÉDICAS
INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA
Loureiro HA1; Braga MAF1; Nunes CP1; Teixeira WL1 .
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Hospital Risoleta Tolentino Neves/ Universidade Federal de Minas Gerais.
Introdução: A Terapia Ocupacional (TO) na reabilitação ortopédica auxilia a aquisição
da função para restaurar a funcionalidade. Na fase aguda atua para aliviar a dor,
minimizar o edema, inflamação e manter o alinhamento da articulação. O TO treina as
Atividades de Vida Diária (AVD) e a Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF) proporciona linguagem padronizada e estrutura as
intervenções. Objetivos: Descrever quantitativamente as intervenções da Terapia
Ocupacional na reabilitação funcional de idosos com alterações ortopédicas. Métodos:
Estudo retrospectivo de prontuários no período do dia 02 de março à 02 de maio de
2015. Incluíram idosos com fraturas acompanhados pelos Terapeutas Ocupacionais
Residentes do Hospital. Resultados: Dos 20 pacientes, 5 eram homens com idade
média de 79 anos. O tempo de internação variou entre 1 a 32 dias, média de 10,1 dias.
As fraturas mais comuns: fêmur (16) e úmero (4). As funções do corpo (função
neuromusculoesquelética e função mental), atividade (mobilidade) e participação
(treinos funcionais), fatores ambientais (intervenção adaptativa e educativa).
predominaram na intervenção. A restauração da função neuromusculoesquelética foi
realizada com 11 pacientes, totalizando 21; as funções mentais com 9 pacientes pois, na
avaliação de rastreio, mostraram alteração cognitiva, totalizando 28 intervenções. A
restauração de atividades, apenas atividades de mobilidade, foram abordadas com 18
pacientes, totalizando 74 intervenções. Com 15 pacientes, em um ou mais atendimentos,
totalizou 47 treinos funcionais. A intervenção educativa foi com 19 pacientes e seus
cuidadores, totalizando 77 intervenções. Durante a internação, 18 pacientes
necessitaram de alguma adaptação. Conclusão: As restrições para movimentação ou
para atividades após fratura são inúmeras e estão diretamente relacionadas à severidade,
localização da lesão, abordagem cirúrgica, do peso do paciente e de sua capacidade
cognitiva. O TO utiliza raciocínio de resolução de problemas quanto a saúde funcional.
Os resultados confirmam a assistência centrada no cliente.
Palavras-chave: Terapia Ocupacional; Idoso, Ortopedia, Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF); Hospital de Urgência e Emergência.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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FUNCIONALIDADE VISUAL: ASSOCIAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL COM
OS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA VISÃO FUNCIONAL (AVIF- 2 a 6
ANOS) EM CRIANÇAS COM TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Brandão AO¹; Vasconcelos GC¹; Andrade QMG¹; Tibúrcio JD¹; Rabelo TV¹.
¹ Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: O déficit visual pode comprometer o desenvolvimento global da criança.
A Toxoplasmose Congênita (TC) pode atingir a região macular da retina, com a
existência de placa na região central da visão. A Terapia Ocupacional atua em
Estimulação Visual a fim de incentivar o uso da visão funcional promovendo maior
funcionalidade em todas as tarefas diárias, no Brincar e na escola. A Avaliação da Visão
Funcional (AVIF-2 a 6 anos) foi desenvolvida para mensurar a visão funcional de
crianças com baixa visão. Composto por sete domínios: fixação visual, seguimento
visual, campo visual funcional, coordenação olho mão, localização de objetos na
superfície, deslocamento no ambiente e percepção de cores. A Acuidade Visual é a
medida oftalmológica que define a perda visual. Crianças com TC podem apresentar
bom uso da visão funcional. A AVIF direciona a intervenção. Métodos: 96 crianças de
4 a 6 anos, com (TC), da triagem do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico
(NUPAD), UFMG. Com a avaliação da Acuidade Visual e aplicado o teste AVIF,
realizou-se a associação dos resultados das duas medidas, classificando a perda visual
em grupos pela OMS. Foi feita associação com o domínio do teste com pior resultado.
A análise considerou p<0,05. Resultados: Em relação às duas medidas totais, obtevese p =0,005 entre os grupos de crianças com visão normal x perda moderada/grave. O
domínio seguimento visual obteve o pior resultado e foi associado à acuidade visual.
Para este, nos grupos de visão normal x perda visual moderada/grave, obteve-se p=
0,004, e Perda leve x perda moderada/grave. p=0,012. Conclusão: De acordo
com AVIF - 2 a 6 anos, crianças com TC podem apresentar menor desempenho no uso
da visão funcional apenas quando apresentam perda visual moderada/grave, que está na
faixa de Visão Subnormal e é quando inicia a estimulação visual.
Palavras-chave: Estimulação visual,Toxoplasmose
funcional, Terapia Ocupacional.
congênita,
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
Desenvolvimento
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O USO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE E A ESTRUTURA DA PRÁTICA DA AOTA NA
INTERNAÇÃO NA UNIDADE DE AVE DO HOSPITAL RISOLETA
TOLENTINO NEVES (HRTN/UFMG)
Braga MAF1; Nunes CP1; Teixeira WL1;Auler H1
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Hospital Risoleta Tolentino Neves/ Universidade Federal de Minas Gerais.
Introdução: A Estrutura da Prática da Associação Americana de Terapia Ocupacional
(AOTA), descreve os conceitos que fundamentam a prática da terapia ocupacional. A
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é uma
referência universal para descrever afuncionalidadee aincapacidade. No Hospital
Universitário Risoleta Tolentino Neves (HRTN), ambos os conceitos são adotados pela
terapia ocupacional. Objetivos: Estudo qualitativo e descritivo de procedimentos da
terapia ocupacional na Unidade de Acidente Vascular Encefálico (UAVE). Método:
Descrever a complexidade das intervenções e o impacto na funcionalidade do paciente
sob a ótica da AOTA e da CIF. Resultados: Os Terapeutas Ocupacionais delineiam
planos de intervenção - baseados na ocupação - que facilitam a mudança nos fatores do
cliente (funções e estruturas do corpo, valores e espiritualidade) e habilidades (motora,
processual e de interação social) para uma participação adequada. A intervenção
objetiva o máximo de funcionalidade pós evento e, portanto, o treino funcional é a
intervenção predominante. Para as funções do corpo, as intervenções restauradoras da
função mental (global e específica), das funções sensoriais e dor (funções tátil e
proprioceptiva) e das funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(função da mobilidade das articulações, função do controle do movimento voluntário)
são avaliadas e abordadas de forma individualizada. A restauração da atividade de
mobilidade (mudar e manter a posição básica do corpo) é precocemente abordada com
impacto no tempo de internação. As intervenções adaptativas são facilitadoras para
maior independência. As intervenções educativas objetivam promover aprendizagem e
mudança de comportamento quanto aos fatores de risco de novos eventos. Conclusão:
A adoção de modelos teóricos como a Estrutura da Prática e a classificação da CIF
permite considerar o sujeito em sua unidade e evitar negligência em domínios que são
primordiais para sua funcionalidade mesmo após evento agudo, como o AVE, durante
sua internação hospitalar.
Palavras-chave: Terapia Ocupacional, AOTA, CIF, intervenções, Acidente Vascular
Cerebral
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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SIMILARIDADE CONCEITUAL DA CIF, DA ERGONOMIA E DA TERAPIA
OCUPACIONAL NA ATUAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Nunes CMP1
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Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: O desenvolvimento conceitual e experimental nas situações de trabalho é
tão complexo quanto o próprio mundo do trabalho. A fragmentação conceitual e de
atuação é resultante da própria divisão do trabalho que separou em especialidades
técnicas os profissionais dedicados à saúde e, também, aqueles dedicados à saúde do
trabalhador. Objetivo: Apresentar a similaridade conceitual entre CIF, ergonomia e
terapia ocupacional.Método: Comparação do procedimento de análise da atividade de
trabalho para CIF, ergonomia e terapia ocupacional: tarefas observadas, mensuradas e
registradas no contexto da produção.Resultados: Modelo pessoa-ambiente-ocupação
pensado como trabalhador-trabalho-empresa. Trabalhador sente a carga do trabalho
como expressão das exigências da produção sobre suas características pessoais sob
certas condições ambientais, caracterizando a atividade como centro da integração
humana ao trabalho. A CIF aproxima a terapia ocupacional à ergonomia, resgata e
organiza o conhecimento que lhe é próprio como a identificação, diagnóstico, promoção
ou restauração do papel humano na atividade de trabalho. Acrescenta a metodologia dos
princípios ergonômicos centrados na atividade: integra a empresa, a tarefa prescrita, e as
características dos trabalhadoresnas tarefas reais. Decompor a atividade para recompô-la
sob novas bases: análise de trabalho real e participação do trabalhador em todo o
processo, com as definições conceituais, associações e procedimentos classificados e
hierarquizados pela CIF, a partir do olhar ergonômico. Conclusão: A ergonomia
acrescenta a análise ampla e direta do contexto da produção com todas as variáveis que
envolvem, direta ou indiretamente, o trabalho e a terapia ocupacional empreende a
análise da relação trabalhador-trabalho-empresa, na perspectiva da saúde e do bem-estar
A construção de metodologia própria estabelecida pela relação trabalhador-trabalhoempresa é a reflexão que resulta desta proposição para a ampliação da comunidade da
terapia ocupacional no campo da saúde do trabalhador, ocupando o lugar que deu
origem a profissão e resgatando sua especificidade.
Palavras-chave: CIF, Ergonomia, Terapia Ocupacional, Saúde do Trabalhador.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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OITO ANOS DE CIF EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA E DE
EMERGÊNCIA EM BELO HORIZONTE
Nunes CMP1
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Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: Análise de atividade é o processo para determinar as demandas de uma
ação e os problemas de desempenho. No contexto hospitalar de Urgência e de
Emergência os desafios são a conciliação de medidas de avaliação e de intervenção que
registrem a especificidade da incapacidade e da funcionalidade. Objetivo: Associar a
análise de atividade da terapia ocupacional com os conceitos da CIF em um
hospital.Métodos Análise de atividade da Terapia Ocupacional: ênfase na tarefa (1);
ênfase na teoria (2); ênfase no indivíduo (3) e ênfase no ambiente (4). O predomínio
diferente das ênfases se articula às necessidades de quem é cuidado e do contexto
hospitalar.Resultados São cinco prioridades na intervenção terapêutica ocupacional
hospitalar: 1. funcionalidade na participação ao treinar a ação ou tarefa através do
desenvolvimento de pré-habilidades que antecedem a aquisição de independência em
determinada ação complexa e treino de habilidade para independência em atividades do
contexto hospitalar. 2. restauração da capacidade por atuação nas funções e estruturas
do corpo necessárias para a funcionalidade para que as deficiências do corpo sejam
mantidas, restauradas ou compensadas. 3. adaptação da tarefa para compensação ou
facilitação das dificuldades na participação.4. educação e aprendizagem como um dos
recursos para promover mudança de comportamento com técnicas específicas,
relacionadas ao aprendizado por vivências, para facilitar o aprendizado do cuidado, das
condições clínicas e das potencialidades desse que é cuidado. 5. dispositivos ortóticos
com objetivo de melhorar, manter ou prevenir déficits nas funções e estruturas do corpo
que limitam ou podem limitar a participação. Conclusão: A participação da CIFpode
estar restrita pelos fatores ambientais; fatores pessoais; pelo comprometimento das
funções e estruturas do corpo e pela maneira de executar uma ação. A análise da
atividade, objeto da terapia ocupacional, organiza as ações em contexto hospitalar de
Urgência e de Emergência.
Palavras-chave: CIF, Terapia Ocupacional, Análise de Atividade, Contexto Hospitalar,
Urgência e Emergência
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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A CIF NO ENSINO DA TERAPIA OCUPACIONAL
Nunes CMP1
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Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: O ensino na Terapia Ocupacional tinha a limitação dos métodos de
construção do pensamento ‘heurístico’ – atalho mental linear que pode criar estereótipos
– e a funcionalidade ampliou os métodos de construção do pensamento ‘algoritmo’ –
rede de processamento que se constrói dinâmica e individualmente.Objetivo:
Demonstrar como o ensino de Cinesioterapia como primeira disciplina como ferramenta
de intervenção clínica em Terapia Ocupacional é estruturada com educação em
raciocínio clínico, simultânea ao ensino de patologia, a partir do foco na funcionalidade
– participação, além dos achados do exame físico das capacidades – atividade.Método:
Iniciar com o processo de avaliação para identificar os diferentes domínios da CIF.
Avaliação como processo que não se restringe às diferentes medidas e associa
narrativas, exame clínico e funcionalidade. Resultados: O estudante aplica a
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) quando a
avaliação está concluída e depois das reavaliações posteriores – focaliza o impacto na
participação. As vantagens dessa metodologia de ensino é conhecer as aplicações
Cinesioterápicas em profundidade e conhecer as limitações das intervenções dirigidas à
restauração da função e da capacidade sem abordar a participação.A intervenção
Cinesioterápica melhora índices físicos – funções e estruturas do corpo - mas não
necessariamente melhora funcionalidade. A prática da técnica se diferencia quando
associa ao ensino os três pilares da terapia ocupacional: reconhecer, reeducar e
redimensionar.Conclusão: O Modelo de Saúde Biopsicossocial, a distinção entre
avaliação e classificação, o raciocínio clínico, e a integração de procedimentos técnicos
possibilitam reconhecer o corpo através de procedimentos que envolvem o
desenvolvimento e resgate da consciência corporal; reeducar a utilização do corpo como
maior e mais importante, e redimensionar o cotidiano com a prática de atividades
prazerosas e ao mesmo tempo dignificantes e voltadas tanto para a reconstrução da
autoestima quanto para a promoção da autonomia à emancipação.
Palavras-chave: CIF, Cinesioterapia, Terapia Ocupacional, Ensino, Metodologia de
Ensino
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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O MODELO DA OMS NO ENSINO DA TERAPIA OCUPACIONAL EM
DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS DA IDADE ADULTA E VELHICE
Nunes CMP1
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Universidade Federal de Minas Gerais
Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou a Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) há quatorze anos e ainda é
um desafio incorporar o conceito de funcionalidade e incapacidade no ensino e na
prática clínica da Terapia Ocupacional (TO). O ensino das disfunções neurológicas da
idade adulta e velhice (DNIAV) se constitui em superação constante na formação dos
TO pela amplitude dos temas e profundidade necessária à formação profissional. As
metodologias ativas e o raciocínio clínico a partir de evidências científicas na busca de
soluções aos achados clínicos e ocupacionais permitem avaliar e selecionar as
informações por precisão, relevância e aplicabilidade.Objetivo: Apresentar a
construção e o resultado do processo de ensino da TO em DNIAV a partir do modelo da
CIF.Métodos: Casos clínicos para elaboração do processo de avaliação e intervenção
em TO a partir da CIF. Após a avaliação com instrumentos padronizados há o
preenchimento da CIF e o processo é repetido entre cada passagem institucional e
consulta domiciliar. Resultados são analisados em participação e valor dos
qualificadores.Resultados: Capacidade de decisão e variedade de alternativas no
processo de intervenção em TO se ampliaram e a participação social foi incorporada no
cotidiano prático em encaminhamentos e acompanhamentos após alta da internação
hospitalar integrados aos polos do PSF. O registro se efetuou por resultados dos
protocolos de avaliação padronizados crescentes em participação nos qualificadores da
CIF. Conclusão: O desprendimento da clássica valorização do diagnóstico continua
sendo um grande desafio, particularmente no trabalho em equipe onde outros
profissionais parecem distantes do conceito da OMS. A assertiva da CIF se reflete no
aprendizado ativo e na capacidade de implementação do raciocínio clínico e na
incorporação dos achados científicos na prática clínica em TO atuando nas DNIAV em
toda amplitude de atenção à saúde.
Palavras-chave: CIF, Disfunções Neurológicas, Terapia Ocupacional, Ensino,
Metodologia de Ensino
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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ABORDAGEM CARDIORESPIRATÓRIA NA NEUROFIBROMATOSE:
RELATO DE CASO
Moreira BKS1; Duarte IC1;Orlandi LCL1
1 Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Introdução:A neurofibromatose tipo 1 (NF-1) é uma doença de origem genética,
autossômica dominante (17q11.2) de expressividade variável, que resulta na mutação do
código genético que altera a produção de algumas proteínas que controlam o
crescimento das células, dos tecidos e dos órgãos. O paciente apresenta múltiplos
neurofibromas que vão desencadear alteração de estrutura e função de vários órgãos e
sistemas comprometendo sua atividade e participação social afetando de maneira
negativa a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo:Relatar melhora do impacto
das dinfunçõescardiorespiratóriasatraves da abordagem fisioterapêutica considerando as
alterações das estruturas e funções corporais. Metodo:Estudo de caso único de um
paciente atendido no Ambulatório de Fisioterapia da Faculdade Ciências Medicas de
Minas Gerais no ano 2015. Sendo avaliado atraves de uma entrevista,medidas
antropométricas e exames de imagem sendo eles tomografia computadorizada, teste de
caminhada em 6 minutos, teste de endurance dos músculos respiratórios, espirometria,
pressão máxima inspiratória, pressão máxima expiratória e índice de massa corporal .
Foram realizados 43 sessões. Sua condição de saúde foi analisada de acordo com a
CIF, considerando as disfunções observadas em estrutura e função, atividade e
participação, fatores ambientais e pessoais através de entrevista e coleta de dados no
prontuário.Resultados:Foram encontrados como alterações de estrutura e funções:
alterações moderadas de estrutura dos pulmões (s43018.2), alterações leves na estrutura
do coração (s41008.1) alterações moderadas da caixa torácica (s4302.2),alterações
moderadas de estrutura musculoesqueléticas adicionais relacionados com movimento
(s7708.2),alterações graves da estrutura de membro superior (s7308.3), alterações
moderadas da deglutição esofágica (s51052.2),alterações graves da função da pele
(s489.3),alterações moderadas da funções do aparelho respiratório (s449.2),alterações
moderadas das funções dos músculos respiratórios torácicos(s4450.2).No final do
tratamento apresentou melhora significativa em todos os itens classificados pela
CIF.Conclusão:Diante da conduta fisioterapêutica proposta para o paciente, houve
melhora da função respiratória associada com redução da dispnéia aumentando assim a
capacidade funcional desse individuo nas atividades de vida diária. Sendo assim, a
conduta baseada nas disfunções apresentadas pelo paciente e sua interpretação de
acordo com a CIF, contribuiu para melhor conduzir o tratamento fisioterapêutico
alcançando melhorias significativas em sua qualidade de vida.
Palavras-chave:Neurofibromatose, FisioterapiaCardiorespiratória,CIF.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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APLICAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE
FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE - CIF - EM INDIVÍDUOS
COM MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV-1
Cruz ARP¹; de Paula ERC¹; Barros TO¹; Costa CMB¹;Drumond AS¹
¹Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Introdução: A mielopatia associada ao HTLV-1 é considerada uma causa infecciosa da
lesão medular não traumática (LMNT), condição que limita as atividades funcionais do
indivíduo em relação ao que executava antes da lesão. Uma avaliação fisioterápica
individualizada é importante, pois permite a definição do diagnóstico cinético-funcional
para escolher a melhor condução do tratamento. Objetivo: O objetivo do estudo é
apresentar e discutir a condição física e funcional de acordo com a Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) em indivíduos com
mielopatia associada ao HTLV-1. Métodos: Foi realizado uma avaliação e aplicação de
um questionário dentro dos domínios da CIF em indivíduos com mielopatia associada
ao HTLV-1. Resultados: O individuo A relatou dificuldade para realizar todas as
atividades apontadas e restrição na participação social. O indivíduo B relatou
dificuldade máxima em todas as atividades propostas, na participação social sua
restrição foi moderada e demonstrou uma oscilação no humor como fator pessoal. O
indivíduo C relatou dificuldade mínima nas atividades e não possui nenhuma restrição
em sua participação social, e mostrou-se muito otimista em relação ao tratamento e a
vida. Conclusão: O uso da CIF proporcionou uma estrutura padronizada para a
identificação dos componentes envolvidos nos processos de funcionalidade e
incapacidade e a partir disso, foi possível desenvolver um raciocínio clínico da condição
de saúde dos indivíduos com mielopatia associado ao HTLV-1.
Palavras-chave: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
Mielopatia associada ao HTLV-1. Fisioterapia
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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ANÁLISE SUBJETIVA E FUNCIONAL DOS EFEITOS DAS VIBRAÇÕES
GERADAS EM PLATAFORMA OSCILANTE/VIBRATÓRIA EM PACIENTES
COM GONARTROSE.
KutterCR1; Castelpoggi JM1;Paineiras-Domingos LL1; Moreira-Marconi E1;Paes-Costa
AP1; Cavalcanti-Costa RG1; Sá-Caputo DC1;Bernardo-Filho M1.
1
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Introdução:A gonartrose, doença crônica, degenerativa e progressiva, é o tipo mais
frequente de osteoartrite (OA). O exercício físico é o tratamento não farmacológico mais
recomendado, melhora a estabilidade, função e reduz a dor. Exercícios de vibração de corpo
inteiro (EVCI), decorrentes de vibrações mecânicas produzidas por plataforma
oscilante/vibratória (POV), acontecem quando a pessoa está em contato com a base da POV
ligada e são ajustáveis às características clínicas individuais pela adequação de parâmetros
biomecânicos como frequência, amplitude, posição do indivíduo, tempo de trabalho e de
repouso. O InternationalKneeDocumentationCommittee(IKDC), aplicado na forma de
questionário, é destinado a avaliar as condições clínicas e as limitações causadas pela doença
articular do joelho. Objetivo: Avaliar a influência dos EVCI na funcionalidade, sintomas e
atividades diárias de pacientes com gonartrose através do questionário IKDC. Métodos:
Aprovado pelo Comitê de Ética (HUPE/UERJ CAAE 19826413.8.0000.5259). Foram
selecionados sete pacientes atendidosno Setor de Ortopedia do HUPE/UERJ com diagnóstico
confirmado de gonartrose. O IKDC foi aplicado antes e após a realização dos EVCI. Os
pacientes foram posicionados sentados em uma cadeira com as mãos apoiadas nos joelhos e
com os pés apoiados na base da plataforma (Novaplate, Fitness Evolution®, SP) em 3
distâncias pico-a-pico (2,5, 5,0 e 7,5 mm), permanecendo em cada amplitude por 3 min com
1 min de repouso entre elas. Foram realizadas dez sessões, durante cinco semanas, com
variação de frequência (5 -14Hz). Análise estatística utilizando software BioEstat 5.3 e teste
Wilcoxon (Signed-rank-test), p≤0,05. Resultados: os resultados obtidos antes (41,04±9,09) e
após (38,58±6,18), sem alteração significativa (p=0,24), não evidenciaram efeitos dos EVCI.
Conclusão: Considerando o IKDC, os EVCI não influenciaram as condições clínicas e
funcionais dos pacientes avaliados, sendo sugeridos como uma modalidade de exercício para
os pacientes com gonartrose.
Palavras-chave: gonartrose, vibrações geradas em plataforma oscilante/vibratória, IKDC.
Rev. CIF Brasil. 2015;4(4):01-49
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