Câncer de estômago O maior No de casos está no Japão (pp), China, Chile e Irlanda. No BR tem↑ incidência no Sul e NE. Fatores de risco: >35 anos H 2:1 M Genética Dieta: ↑nitritos/nitratos (alimento secos, defumados ou salgados) por estimularem a transformação da mucosa, alimentos parcialmente decompostos // Vit. A e C reduzem risco H.pylori gastrite crônica, perda da acidez e proliferação bacteriana Grupo sanguíneo tipo A ↓acidez: cirurgia de úlcera péptica, acloridria, gastrite atrófica e anemia perniciosa Patologias gástricas prévias: anemia perniciosa (macrocítica) metaplasia intestinal (causadas por acloridria, que leva a intestinização. Isso ocorre por destruição das cel. Parietais importantes na absorção de B12 e na produção de HCl) úlceras gástricas crônicas (causam acloridria) cirurgias gástricas anteriores gastrites crônicas doença de Ménétrier – hipertrofia extrema das pregas gástricas pólipos gástricos (displasia malignização: Ca mesenquinal, adenocarcinoma // Ex. Sd. de Peutz-Jegher). - se houver displasia: vigilância constante Status socioeconômico: o risco é menor nas classes mais altas, por melhor alimentação, uso de geladeira, alimentos frescos Migração: filhos de emigrantes assumem risco do país de destino Endêmicos: tumores de antro, mucinosos, mais comuns em jovens, ligados a fatores genéticos. Epidêmicos: idosos com dieta desregrada e exposição crônica a carcinógenos. Estômago é pobre em tecido linfóide, mas é o que mais dá linfoma Evolução clínica: Sinais e sintomas pouco específicos (ex. Pirose) Assintomáticos (superficiais), desconforto abdominal insidioso, anorexia, náuseas leves Náusea e vômitos: tumores de piloro Disfagia: tumores da cárdia Dificuldade de diagnóstico precoce – sintomas são mascarados pelo uso de IBP, antiácidos. Quando descobre, já há hemorragias, grande perda de peso, dificuldade de ingestão, comprometimento hepático (metástases por contigüidade ou sangue), icterícia, anemia (hemorragia – microcítica hipocrômica – ferropênica), dor abdominal, vômitos, astenia, massas hepáticas e abdominais, linfadenomegalia. Metástases por contigüidade: (pâncreas, cólon, fígado, útero, peritônio) Tumor de Krukenberg: metástase gástrica para o útero Prateleira de Brumer: metástase para o fundo-de-saco peritoneal, região pélvica – detecta pelo toque retal, ou vaginal (podem haver outras metástases para o peritônio, formando massas abdominais ou até retroesternais) Metástases pelo sangue: Fígado, pulmão, osso e linfonodos: - - Sinal de Virshow: adenomegalia supraclavicular (linfonodo sentinela para o estômago, diferente do linfonodo sentinela do câncer de mama: o 1o que drena as células malignas do tumor na cadeia de drenagem. Útil pesquisá-lo para analisar retirada cirúrgica) Linfonodo da Irmã-maria-josé: linfonodos periumbilicais Síndromes paraneoplásicas: Acantose nigrans: escurecimento em dobras (NÃO patognomônica do tumor) Tromboflebites migratórias Exame físico: Pesquisa das metástases mais comuns: - Fígado: contigüidade e sangue - Peritônio: contigüidade, semeadura - Pulmão: sangue - Ossos: sangue Ovário: contigüidade Exames complementares: a) Laboratorial: anemia b) Radiologia: SEED (não usada mais – apresenta sinal da garrafa de couro: ausência de peristaltismo na região acometida – durante o exame deve-se tentar distender o estômago para diferenciar o tipo infiltrante difuso); USG e TC (observar estruturas, permitindo estadiamento pré-tratamento) c) Endoscopia: diagnóstico / estadiamento – as biópsias devem ser profundas, devido à localização submucosa de tumores linfóides. d) Medicina nuclear: cintigrafia hepática e óssea Histopatologia: Adenocarcinoma (85-95%) Linfomas (3-15%) Sarcomas (1-3%) Restante (1%) Adenocarcinoma: Difuso – sem coesão celular, células individuais infiltram e espessam a parede gástrica, sem formar massa definida. Mais em jovens, em todo o estômago, ↓distensibilidade (bolsa de couro) e tem pior prognóstico. Intestinal – células neoplásicas coesas, formando estruturas tubulares. Lesões ulcerativas, mais no antro e curvatura menor. 37% acomete o 1/3 proximal; 30% distal; 20% parte média, 13% todo o estômago. Tumores distais tem > sobrevida do que os proximais. Relativamente radiorresistente Tratamento: a) Cirúrgico: único curativo (quando localizado tem bom prognóstico, mas quando extenso deve-se avaliar riscos) – ressecção total do tumor e linfonodos adjacentes (<1/3 é operável) b) Radioterapia: PALIATIVA (para reduzir hemorragias, quando não operável) - local ou metástases ósseas c) Quimioterapia: ADJUVANTE (realizada após a cirurgia) – usada em estágios avançados, junto à cirurgia, para evitar recidivas; NEO-ADJUVANTE (realizada antes da cirurgia) – redução do tamanho do tumor, facilitando a cirurgia - em casos de tumores hematológicos (liquidos): QT é tto de 1a escolha, não há envolvimento cirúrgico Pós-cirurgia: Acompanhamento ambulatorial: exames anuais (em caso de pólipos acompanhar com colono/endoscopia para identificar displasias e retirá-los a tempo) Avaliar locais de possíveis metástases - Ex. Físico e complementares: endoscopia Vit. B12: pela gastrectomia não há mais absorção dessa vitamina, levando a marcha escarrante (perda da sensibilidade profunda) e anemia macrocítica (aparece apos acabarem as reservas corporais). Estadiamento: TNM Classificação de Bormann (I-IV) I = doença inicial; IV = pior prognóstico (M1) Prognóstico: Sobrevida de 5 anos - Sd de Linch: tumores TGI e as vezes TGU