centro de apoio ao turista em mampituba rs

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INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE – CAMPUS AVANÇADO SOMBRIO
THAIANI SILVEIRA SARTOR
CENTRO DE APOIO AO TURISTA
Um plano de ação para o município de Mampituba (RS)
Sombrio (SC)
2016
THAIANI SILVEIRA SARTOR
CENTRO DE APOIO AO TURISTA
Um plano de ação para o município de Mampituba (RS)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como
requisito para a obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão de Turismo, no Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Turismo, do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Catarinense – Campus Avançado Sombrio.
Orientador: Prof. Me. Carolina BraghirolliStoll
Sombrio (SC)
2016
THAIANI SILVEIRA SARTOR
CENTRO DE APOIO AO TURISTA
Um plano de ação para o município de Mampituba (RS)
Esta Produção Técnica-Científica foi julgada
adequada para obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão de Turismo e aprovada pelo Curso Superior
de Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto
Federal Catarinense – Campus Avançado Sombrio.
Área de Concentração:Gestão de Turismo
Sombrio, 02 de dezembro de 2016.
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Prof. Carolina BraghirolliStoll
Prof.Kênia Zanella
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Membro
Prof. Leonardo Lincoln Leite de Lacerda
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Membro
AGRADECIMENTO
Agradeço a minha família, aos meus pais Otavio e Eliana, a minha irmã Thaís, ao
meu irmão Caio e ao Cássio, por acreditarem sempre em mim e por me darem
apoio, todo carinho e amor que todos os dias recebo. Ao meu namorado Jakson,
que esteve do meu lado nos momentos mais difíceis e por não me deixar desistir em
momento algum, por estar sempre comigo nas horas em que eu mais preciso
sempre me dando todo amor e apoio necessário para eu continuar e chegar até o
fim. Por ter emprestado também seu notebook durante o período de elaboração
deste trabalho. A minha orientadora Carolina Braghirolli Stoll que acreditou e confiou
em meu potencial, durante esses meses de orientação e nesses anos de faculdade,
agradeço por toda amizade, paciência de ter me ensinado e por ser uma ótima
profissional naquilo que faz. À professora Kênia Zanella que entrou em contato
comigo, foi atrás e fez com que eu não desistisse de elaborar um novo Trabalho de
Conclusão de Curso. Aos meus amigos em geral, que considero minha segunda
família, obrigado por todo afeto e apoio. Ao Secretário de Turismo e Desporto da
prefeitura de Mampituba (RS), Sr. Rafael da Silva Lopes, por me oferecer toda a
assistência necessária durante o período de estágio realizado.
“O turismo é a voz dos caminhos na melodia das viagens: pelo
corpo do Mundo.’’
JoniBalt
RESUMO
A realização do estágio tem como princípios desenvolver técnicas e conhecimentos
adquiridos em sala de aula no Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo.
O estágio foi desenvolvido na Secretaria Municipal de Turismo e Desporto na
Prefeitura Municipal de Mampituba (RS) com um total de 300 horas, permitindo aliar
conhecimentos da experiência acadêmica na Gestão de Turismo com as atividades
da esfera pública, com participação nas atividades internas administrativas e
externas, e em ações de planejamento na Secretaria. O trabalho acadêmico relata
as atividades desenvolvidas no estágio, bem como fundamenta conceitos de turismo,
hospitalidade, produto turístico e seus componentes e serviços turísticos. A partir da
experiência vivida no período de estágio, observaram-se os pontos positivos e
negativos, resultando em uma proposta de ação, levando em consideração os
conhecimentos teóricos obtidos durante o Curso. A criação de um Centro de Apoio
ao turista (CAT) pode assim contribuir para um atendimento com profissionalismo
para contribuir no fomento do turismo no município e região, possibilitando uma
receptividade que possa agregar às ações da gestão pública e o trade turístico do
município.
Palavras chaves: Hospitalidade, Centro de Apoio ao Turista, Mampituba (RS).
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Prefeitura Municipal de Mampituba...........................................04
Figura 02 –Secretaria Municipal De Turismo e Desporto.............................06
Figura 03 – Organograma da Prefeitura.......................................................06
Figura 04 – Organograma da Secretaria de Turismo e Desporto................10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................01
1.1 Problema de Pesquisa ......................................................................................01
1.2 Objetivos ............................................................................................................02
1.2.1 Objetivo Geral...................................................................................................02
1.2.2 Objetivos Específicos........................................................................................02
1.2 Organização de Capítulos.................................................................................02
2. ESTÁGIO...............................................................................................................03
2.1 Dados da Empresa ............................................................................................03
2.2 Histórico da Empresa........................................................................................04
2.3 Estrutura física Empresa...................................................................................05
2.4Setores/Departamentos/Organograma.............................................................06
2.5 Setores estagiados na Empresa.......................................................................09
2.5.1 Atividades desenvolvidas no processo de aprendizagem…......................10
2.6 Aspectos positivos, aspectos limitantes e conhecimentos adquiridos.......13
2.6.1 Pontos Positivos.............................................................................................13
2.6.2 Aspectos Limitantes ......................................................................................14
2.6.3 Conhecimentos Adquiridos...........................................................................14
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................16
3.1Turismo:histórico, definições e tipologia.........................................................16
3.1.1 Turismo Receptivo..........................................................................................18
3.1.1.1 Hospitalidade ................................................................................................19
3.2 Produto Turístico...............................................................................................20
3.2.1 Recursos Turísticos.......................................................................................20
3.2.2 Infraestrutura.....................................................................................................21
3.2.3 Serviços............................................................................................................22
3.2.3.1 Serviços de Informações ..............................................................................23
4 METODOLOGIA CIENTÍFICA E TÉCNICAS DE PESQUISA ..............................25
4.1 Metodologia........................................................................................................25
4.2 Métodos de Pesquisa .......................................................................................25
4.3 Tipos e Fonte de Dados ...................................................................................25
4.4 Abordagens da Pesquisa .................................................................................26
4.5 Tipos de Pesquisa..............................................................................................27
4.5.1 Pesquisa Descritiva .......................................................................................27
4.5.2 Pesquisa Ação ..........................................................................................28
5 Proposta de Ação.............................................................................................29
5.1Análise da Proposta de construção de um Centro de Apoio ao Turista..29
5.2 Descrição Física e Operacional do Centro de Apoio ao Turista...............30
5.3 Atividades que serão desenvolvidas no Centro de Apoio ao Turista......33
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................34
REFERÊNCIAS.....................................................................................................36
ANEXOS
..........................................................................................................40
1
1 INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado é uma das atividades obrigatórias que o acadêmico
do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo deve realizar. É quando os
conhecimentos adquiridos em sala de aula e nas atividades práticas são aplicados
em situações reais do dia a dia de uma empresa, seja na iniciativa privada ou em
órgãos públicos.
Este trabalho apresenta um relato sobre o período de estágio realizado entre
os meses de julho a setembro na Secretaria de Turismo e Desporto da Prefeitura
Municipal do município de Mampituba(RS). Apresenta informações sobre o local de
estágio, a descrição das atividades desenvolvidas a análise dos aspectos positivos,
limitantes e conhecimentos adquiridos durante o período de estágio.
O objetivo geral do trabalho é propor a criação de um local de apoio ao turista
no município de Mampituba (RS), analisando a viabilidade da proposta, descrevendo
física e operacionalmente o local e elencando as atividades que serão
desenvolvidas, de maneira que proporcione resultados positivos para o município de
Mampituba (RS) e para o aumento do fluxo turístico.
Para o melhor desenvolver do município em relação ao turismo, é de extrema
importância que a comunidade, o trade turístico e o poder público andem juntos com
o objetivo de proporcionar o bem comum a todos. Com o aumento do turismo, existe
a possibilidade de maior movimentação no comércio local, maiores possibilidades de
preservação do espaço público, buscando assim, qualidade no atendimento aos
visitantes, e consequentemente, maior a satisfação dos mesmos.
1.1 Problema de Pesquisa
Após a realização do estágio, percebeu-se a necessidade de criação de um
Centro de Apoio ao Turista. Desta forma, identificou-se como problema de pesquisa
o seguinte questionamento: de que forma um Centro de Atendimento ao Turista
(CAT) pode contribuir para que o turista aproveite melhor os atrativos do município
de Mampituba (RS)?
2
1.2 Objetivos
Para elaboração deste trabalho elencaram-se objetivos geral e específicos, os
quais direcionarão a resposta ao problema identificado.
1.2.1 Objetivo Geral
Propor a criação de um Centro de Apoio ao Turista no município de
Mampituba (RS).
1.2.2 Objetivos Específicos

Analisar a proposta número 1165012015 para ao Ministério do Turismo /
Portal dos Convênios / SICONV – Sistema de Gestão de Convênios, que trata


da construção de um Centro de Apoio ao Turista em Mampituba (RS);
Descrever a proposta do local física e operacionalmente;
Elencar as atividades que podem ser desenvolvidas a partir da criação do
Centro de Apoio ao Turista.
1.3 Organização dos Capítulos
Este trabalho apresentará, primeiramente, o relatório com os dados da
empresa, histórico, estrutura física e o setor no qual foi realizado o estágio, seguido
da descrição das atividades desenvolvidas e os aspectos positivos, limitantes e os
conhecimentos adquiridos.
Na sequência tem-se a fundamentação teórica, composta de referenciais
necessários para a compreensão do tema em questão. A metodologia e as técnicas
de pesquisas compõem a próxima parte do trabalho, com definição dos conceitos
utilizados e aplicação dos mesmos no desenvolvimento do trabalho.
A proposta de ação é a próxima a ser apresentada, descrevendo as
perspectivas para as potencialidades de implantação do projeto do Centro de Apoio
ao Turista no município de Mampituba (RS).
Por fim, as considerações finais, com a apresentação da avaliação geral do
trabalho aqui apresentado, além das referências bibliográficas e dos elementos pós
textuais.
3
2 ESTÁGIO
Neste capítulo serão apresentadas informações sobre a empresa, as
atividades desenvolvidas e aspectos positivos, limitantes e conhecimentos
adquiridos durante o período de estágio. O estágio é de grande importância para a
formação do acadêmico, pois é através dele que acontece o primeiro contato com a
prática profissional na área da gestão de turismo, interagindo com uma equipe e seu
futuro mercado de trabalho. Para a efetivação do estágio, o acadêmico deve buscar
uma empresa com atuação nas áreas de ênfase do Curso.
A realização do estágio aconteceu na Prefeitura Municipal de Mampituba (RS)
no período de 11 de Julho a 16 de Setembro de 2016, na Secretaria Municipal de
Turismo e Desporto, sendo o Secretário Municipal e também supervisor de estágio, o
senhor Rafael da Silva Lopes. A seguir serão citados alguns itens relacionados à
empresa na qual foi estagiada.
2.1 Dados da Empresa
O seguinte subcapítulo fornece informações sobre o local onde o estágio foi
realizado.











Razão Social: Prefeitura Municipal de Mampituba-RS
Nome Fantasia: Prefeitura Municipal de Mampituba-RS
CNPJ: 01.613.501/0001-06
Endereço: Avenida Herculano Lopes, nº 220, Centro, Mampituba/RS
CEP: 95572-000
Telefone: (51) 3615.2024 / 3615.2058
E-mail: [email protected]
Supervisor de Estágio: Rafael Lopes da Silva
Área de atuação: Turismo e Esporte
Período de realização do estágio: 11 de julho a 16 de setembro de 2016
Duração (horas): 300 horas




4
2.2 Histórico da Empresa
O Município de Mampituba possui uma área de 158 km² e localiza-se no litoral
norte gaúcho, fazendo divisa ao norte e ao oeste pelo Rio Mampituba com Santa
Catarina (municípios de São João do Sul e Praia Grande). Ao leste com Torres e ao
sul com Morrinhos do Sul e Três Forquilhas (MATOS, 2002).
A Prefeitura Municipal (Figura 1) fica localizada na Avenida Herculano Lopes,
220, no centro de Mampituba/RS, sendo composta por um prédio, onde estão
localizadas as Secretarias Municipais, além das demais dependências que compõem
a administração municipal.
Figura 1 – Prefeitura Municipal de Mampituba
Fonte: A autora, 2016.
De acordo com Matos (2002), as primeiras povoações de Mampituba
compõem-se de descendentes de açorianos. O município também foi colonizado por
imigrantes italianos e alemães. Segundo Prefeitura Municipal de Mampituba (2016),
estas terras pertenciam a uma fazendeira que residia em Cambará do Sul e que
mandava seus trabalhadores para encosta da serra para produzirem o milho, devido
à fartura de rios e nascentes, para alimentação do gado no inverno, quando as
pastagens ficavam secas. Sendo assim, a região ficou conhecida entre fazendeiros e
trabalhadores como Roça da Estância se tornando anos após, apenas uma das
comunidades do município de Mampituba. Esta região também serviu ao longo de
muitas décadas de caminho de passagem e parada dos tropeiros que transitavam
por esta região, além dos mascates, vendedores que circulavam comprando e
vendendo produtos entre a região da serra e as comunidades existentes em
Mampituba, Praia Grande e arredores (MATOS, 2002).
5
Após um breve trabalho de conscientização realizado no município através de
uma comissão de emancipação, no dia 15 de março de 1995, saiu a credencial
através do deputado José Otavio Germano, presidente da Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul, tendo em vista o parecer favorável da procuradora do poder
legislativo, que credencia a comissão Emancipacionista constituída pelo distrito de
Rua Nova e Glória no município de Torres, ficando assim constituída pelo presidente
Élio de Farias Matos, tendo como vice Santos Bedinot. Com a emancipação do
município de Mampituba em 28 de dezembro de 1995, desmembrando-se e
deixando de ser distrito de Torres/RS, surgiu a Prefeitura Municipal de Mampituba,
responsável pela estruturação de uma área de 158 km². (MATOS, 2002).
O primeiro prefeito da cidade foi Élio De Farias Matos, tendo como viceprefeito Valdir Joaquim do Nascimento, no período de 1997-2000. No ano de 2001 a
2004 ambos foram reeleitos (MATOS, 2002). Atualmente (2013-2016) o prefeito do
município é Pedro Joarez da Silva e seu vice é Dirceu Gonçalves Selau.
2.3 Estrutura Física da Empresa
A Prefeitura Municipal é composta por um prédio de dois andares, com
espaços para os seguintes órgãos: Gabinete do Prefeito e Vice, Secretaria de
Administração, Fazenda e Planejamento, Secretaria de Educação e Cultura,
Departamento de Transporte, Obras e Viação, Setor de Agricultura e Saneamento,
Departamento de Saúde, Setor de Assistência Social, Trabalho e Cidadania, Setor
de Finanças, Secretaria de Turismo e Desporto, Setor do Meio Ambiente e
Habilitação. Além disso, conta com ambientes destinados a cozinha, sala de
recepção, sala de arquivos e banheiros.
A Secretaria de Turismo e Desporto (Figura 2) conta com um espaço
localizado no térreo do prédio da Prefeitura Municipal onde tem como itens e
utensílios: dois notebooks, um telefone, duas mesas, duas cadeiras giratórias, um
armário, uma impressora colorida e seis cadeiras para recepcionar visitantes.
6
Figura 2– Secretaria Municipal de Turismo e Desporto
Fonte: A autora, 2015.
A Secretaria possui um espaço de 15 m² onde os dois funcionários
desenvolvem suas funções em conjunto, sem repartições ou qualquer tipo de
divisórias.
2.4 Setores / Departamentos / Organograma
A Prefeitura Municipal de Mampituba é uma estrutura recente, fruto do
processo emancipatório na década de 1990. O organograma a seguir (Figura 3)
apresenta as Secretarias e demais Departamentos que compõem a estrutura
político-administrativa da cidade.
Figura 3–Organograma
Fonte: Prefeitura Municipal, 2015.
No organograma, apresentam-se também as secretarias municipais, as quais
serão descritas na sequência, conforme informações da Prefeitura Municipal de
Mampituba (2016):
7

Secretaria Municipal de
Administração, Fazenda e Planejamento
(SMAFP): é o órgão encarregado dos assuntos relativos à administração de
pessoal, transporte administrativo, documentação e arquivo. É também órgão
de assessoramento do Prefeito, com atuação nas áreas de relacionamento
com o Legislativo, Vigilância e de Alistamento Militar. Reúne funções de
Secretaria do Prefeito e de controle de tramitação de Decretos do Executivo;
examina e prepara o expediente submetido a despacho do Prefeito; prepara
reuniões com os titulares de órgãos da administração municipal.


Secretaria Municipal de Transportes, Obras e Viação (SMTOV) : é o órgão
encarregado dos assuntos relativos à construção, conservação e manutenção
de obras viárias, praças e jardins, estradas municipais, rede de iluminação
urbana e rural, monumentos e prédios públicos municipais. Dentro das
diretrizes do Plano Diretor, controla a expansão, examinando e aprovando
projetos de obras particulares e fiscalizando sua execução. Cabe-lhe, também
opinar sobre a urbanização de terrenos situados no município e tratar da


desapropriação de imóveis que o Plano Diretor exige.

Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC): é o órgão
responsável para promover a educação e a cultura no município. Cabe-lhe
desenvolver as seguintes atividades: realizar supletivamente, o ensino
fundamental
no
Município
e
prover
dentro
das
possibilidades,
o
desenvolvimento cultural da população. Executar, orientar, coordenar e
controlar o sistema educacional do Município, segundo as normas da
legislação vigente. Compete manter, desenvolver e orientar a rede escolar do
Município; estudar convênios com o governo do Estado e da União sobre
projetos de interesse comum, realizar pesquisas técnicas, incentivar e
fiscalizar a frequência às escolas e adotar medidas que impeçam a evasão
escolar; executar os programas de seleção, aperfeiçoamento e treinamento
dos membros do magistério municipal;

Secretaria Municipal de Turismo e Desporto(SMTUDE): é o órgão
responsável para promover o turismo e o desporto no município. Cabe-lhe
desenvolver as seguintes atividades: responsabiliza-se por todas as
atividades desportivas do Município, estimulando e desenvolvendo trabalhos
8
na área, coordenando, orientando e acompanhando a execução de atividade
e projetos esportivos de recreação e lazer, permitindo o desenvolvimento de
novos talentos nas diversas modalidades esportivas, responsável pelo
intercâmbio de esportes com outros municípios da região e demais atividades
afins. Organizar o calendário esportivo anual do Município, de acordo com as
atividades esportivas planejadas; organizar o cadastro de entidades
esportivas do Município. Elencar atividades turísticas no município durante
todo o ano, organizando a divulgação dos seus atrativos junto a todo trade
turístico.

Secretaria Municipal de Saúde(SMS): é o Órgão responsável pelas políticas
públicas de saúde. Tem a seu encargo, dentro desse objetivo, planejar e
fiscalizar
o
atendimento
médico
–
social
à
população,
munícipes
economicamente incapazes, de acordo com o Plano Nacional de saúde –
SUS; estuda a celebração de convênios do município com outras entidades,
na área de sua competência. Planejar e orientar a política de saúde da
administração municipal, mantendo estudos estatísticos sobre o assunto;
encarregar-se pela área de medicina preventiva, convênios estaduais e
federais; 

Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Cidadania
(SMASTC): é o órgão responsável para promover o bem-estar social das
pessoas e fomentar políticas públicas que promovam o emprego e o trabalho
e respeitem a cidadania de todos os munícipes. Nas suas atividades deve
diagnosticar e acompanhar na solução dos problemas sociais da comunidade,
especialmente dos menores e suas famílias carentes; conceder auxílio
conforme legislação vigente; prestar assistência ao idoso, pessoas com
necessidades especiais; promover campanhas; dar suporte de sustentação as
ONGs (Organizações Não Governamentais); ao Conselho Tutelar e
Conselhos Diversos.


Secretaria Municipal de Agricultura e Saneamento(SMAS): é o órgão
responsável por fomentar o setor primário e elaborar políticas públicas de
saneamento básico; desempenhar as suas atividades buscando orientar,
coordenar
e
controlar
a
execução
da
política
de
desenvolvimento
9
agropecuário, industrial e comercial na esfera do município; promover a
realização de atividades relacionadas com o desenvolvimento agropecuário,
industrial e comercial do município; delimitar e implantar áreas destinadas à
exploração
hortigranjeira,
agropecuária,
industrial
e
comercial,
sem
descaracterizar ou alterar o meio ambiente; coordenar as atividades relativas
à orientação da produção primária e ao abastecimento público;

Secretaria do Meio Ambiente e Habilitação(SMAH): é o órgão responsável
na implementação de políticas públicas voltadas às ações de preservação de
meio ambiente e propiciar moradia digna aos munícipes. Neste sentido,
concretizar os objetivos e instrumentos da política do meio ambiente do
município de Mampituba. Para tanto, buscará executar, direta e indiretamente
a política ambiental do Município; coordenar ações e executar planos,
programas, projetos e atividades de preservação e recuperação ambiental;
identificar, implantar e administrar unidades de conservação e outras áreas
protegidas, visando à conservação de mananciais, ecossistemas naturais,
flora e fauna.
2.5 Setores estagiados na Empresa
O estágio obrigatório extracurricular realizou-se em 51 dias, totalizando 300
horas. A estagiária teve total apoio de funcionários da Prefeitura e de seu supervisor
durante a realização das atividades. Conforme Prefeitura Municipal de Mampituba
(2016) algumas das atribuições da Secretaria de Turismo e Desporto são: executar
tarefas correlatas, que lhe forem cometidas pelo Prefeito; estimular a iniciativa
privada no sentido de incremento do esporte e turismo; promover a realização de
eventos esportivos e turísticos, dando total suporte; promover e fomentar o
aproveitamento de recursos naturais, com fins esportivos; divulgar os eventos,
culturais a nível local; incentivar nas escolas o desenvolvimento de atividades
relacionadas ao esporte e ao turismo, relatar, analisar e acompanhar todo
desenvolvimento turístico local.
A Secretaria Municipal de Turismo e Desporto conta com um quadro de
funcionários composto por:



Secretário de Turismo e Desporto;
Estagiário de Turismo;
Estagiário de Esporte;
10

Serviços gerais da Secretaria.

Todas as atividades desenvolvidas passam pelo aval e acompanhamento do
Secretário, respeitando o planejamento semestral realizado conforme as diretrizes
da gestão pública. Observa-se que há somente a figura do Secretário como cargo
especifico para atuar nas duas pastas, sendo que somente dispõe de dois
estagiários para colocar em prática as ações.
A Secretaria de Turismo e Desporto conta com um organograma próprio,
mesmo com a escassez de funcionários, ele foi elaborado por estagiários de turismo,
e da área de administração e planejamento da prefeitura de Mampituba, conforme
pode-se constatar na figura 4.
Figura 04 – Organograma da Secretaria de Turismo e Desporto.
SECRETARIA MUNICIPAL DO TURISMO E DESPORTO
DEPARTAMENTO DE TURISMO
SETOR DE DESPORTO
NÚCLEO DE EVENTOS
Fonte: Prefeitura Municipal de Mampituba, 2015.
2.5.1 Atividades desenvolvidas no processo de aprendizagem
O período de estágio foi realizado na Secretaria de Turismo e Desporto da
Prefeitura de Mampituba (RS), totalizando 300 horas durante 51 dias. Após a
apresentação no local de estágio, e depois de conhecer funcionários e suas
dependências,
umas
das
primeiras
atividades
foi
buscar
compreender
o
funcionamento da gestão pública, podendo ter acesso às informações importantes
que frisam o trabalho em equipe, e suas atribuições.A partir disso, as atividades
desenvolvidas foram:
11

Desenvolvimento de materiais de convites para reuniões e afins: de acordo
com solicitação do Secretário, foi desenvolvido pela acadêmica em estágio,
convites para reuniões do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) para a
discussão de novos ideais, tendo como pauta principal o aprimoramento do
desenvolvimento turístico local.

Participações em Fóruns e Reuniões: O município de Mampituba pertence à
uma região turística, onde conta com representação no fórum de turismo
desenvolvido pela união deste município. Sendo assim, representantes da
Secretaria de Turismo e Desporto tem ativa participação nas reuniões, as
quais
proporcionaram um momento de aprendizado importante no que se
refere à troca de conhecimentos e experiências, bem como lidar com as
situações de decisões diretas que definem algum tipo de projeto. A estagiária
teve como dever anotar sugestões, e ideias que surgiam a cada reunião, e
logo após repassar ao Secretário de Turismo, para que ele pudesse ficar a
par de toda situação.

Busca e atualização de alguns dados no inventário turístico: uma das
atividades que mais foram expostas a estagiária foi a busca breve de novas
informações no que se refere ao estudo do potencial turístico de Mampituba,
tendo como objetivo escrever e atualizar novos dados e fatos que surgiram ao
longo de dois anos. Estas ações foram desencadeadas após a realização do
Inventário Municipal de Turismo, que foi entregue no mês de julho de 2014 e
desenvolvido pelos acadêmicos do Curso Superior de Tecnologia em Gestão
de Turismo (5ª fase) do Instituto Federal Catarinense - Campus Avançado
Sombrio, tendo como orientadora a professora Carolina Braghirolli Stoll.

Acompanhamento dos serviços na Secretaria de Turismo e Desporto:
Atendimento telefônico, tendo contato direto com trade turístico de
Mampituba, repassando recados ao secretário, organização de documentos
referentes ao turismo, como por exemplo, o de futuros projetos.

Atendimento ao público: Tanto nas dependências da Secretaria, tanto nos
eventos e reuniões realizados no período de estágio. Estando em contato
direto com os moradores da cidade, funcionários da prefeitura, com donos de
12
propriedades privadas que fazem parte da região, pode-se adquirir novos
conhecimentos e abranger cada vez mais o espírito de trabalhar em equipe.
Fornecendo informações, pode-se analisar o potencial que Mampituba tem a
oferecer ao turista.
13
2.6 Aspectos positivos, aspectos limitantes e conhecimentos adquiridos.
No decorrer das atividades, pontos de aprendizagem foram surgindo a cada
momento. Destacaram-se: organização e planejamento da Secretaria de Turismo e
Desporto, demonstrando a essência de um trabalho administrativo dentro de uma
estrutura pública. Analisando essas informações, pode-se verificar alguns pontos
necessários de busca pelo conhecimento, para adquirir novas oportunidades no
mercado de trabalho.
2.6.1 Pontos Positivos
Tendo como seu principal objetivo agregar conhecimento na gestão pública,
pode-se destacar alguns pontos positivos, citando-os a seguir:

Apoio do Secretário de Turismo nas atividades e ações desenvolvidas,
contribuindo assim com um melhor desempenho das atividades do estágio na
Secretaria.

Participação com o trade turístico para a discussão de trâmites e assuntos do
Conselho Municipal de Turismo (COMTUR)

Participação em reuniões, eventos turísticos ou Fóruns: destinados a discutir
e planejar ações conjuntas em relação a regiões turísticas do Litoral Norte Gaúcho e
Aparados da Serra.

Breve participação na discussão de processos legais de projetos e trâmites
burocráticos.

Contato direto com o público, ocasionando um melhor desempenho nas
atividades propostas. Sendo assim cada vez que as atividades eram propostas, uma
delas era poder ter o contato fácil com todos que fazem parte do trade turístico,
como proprietários de pousadas, campings e afins.

Constante relação pessoal com os funcionários de todos os setores da
Prefeitura Municipal de Mampituba: Tendo assim, ajuda na limpeza, organização da
14
sala da Secretaria, oferecendo a estagiária café, água, e materiais básicos para a
realização do estágio, alguns como notebook, canetas, papeis, telefone e etc.
2.6.2 Aspectos Limitantes
Mesmo com um número consideravelmente pequeno de habitantes, o
município de Mampituba (RS) possui grande custo para manter seus 158 km² de
extensão, tendo aproximadamente 250 quilômetros de estradas, destas com apenas
3,5 quilômetros pavimentados. Com isso, as maiores partes dos recursos acabam
concentradas na Secretaria Municipal de Transportes, Obras e Viação.
Outro fator observado é o grande número de veículos pertencentes à esta
Secretaria, tendo alto custo de manutenção mensalmente. Embora a manutenção de
estradas seja necessária para a locomoção da população local e de turistas, o
orçamento acaba limitando a difusão do turismo que também poderia ser uma
atividade geradora de renda para o município.
Estes fatores interferem diretamente na divisão de recursos às Secretarias,
ocasionando limitações a Secretaria de Turismo como: ausência de um carro
exclusivo, falta de um espaço mais amplo na sala da Secretaria, ausência de um
(CAT) Centro de Apoio ao turista. Apesar de ser um município pequeno, Mampituba
tem muitos recursos naturais que podem ser preparados para atrair o turista a sua
cidade.
2.6.3Conhecimentos Adquiridos
Realizar o estágio em uma prefeitura municipal contribui com o contato de
uma realidade que pouco existe ao longo das disciplinas do curso, que é a gestão
pública. A gestão pública e seus princípios são essenciais para obter uma
administração considerável com recursos muitas vezes limitados no qual devem
prestar contas constantemente.
Tendo isso como base, apresentaram-se possibilidades de adquirir novos
conhecimentos tanto práticos, como também teóricos. Algumas disciplinas de
planejamento do turismo, como a de roteirizarão, ecoturismo e outras, contribuem
com a teoria para vivência do estágio.
Embora o estágio não tenha coincidido com principais eventos da cidade,
vivenciar o cotidiano de um ambiente de trabalho público requer cuidadas, atenção e
15
organização para manter tudo sempre em ordem. Esta gestão na área do turismo é
bastante complexa e lida com diferentes contextos, com ações, que nesse sentido
precisam ser articuladas com a iniciativa privada, mas ao mesmo não podem se
sobrepor ao interesse da comunidade.
16
3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a realização de um trabalho acadêmico e científico é necessária a
fundamentação teórica, que consiste em pesquisar autores que abordaram os
conceitos e/ou teorias aceitas pela comunidade científica. Apresenta-se assim a
revisão do referencial teórico que foi utilizado para estudo, abordando, desta forma,
os principais conceitos que serão utilizados no trabalho.
3.1 Turismo: histórico, definições e tipologia
A Organização Mundial do Turismo e a Comissão de Estatísticas das Nações
Unidas definem o turismo como: “as atividades de pessoas, viajando para ou
permanecendo em lugares fora do seu ambiente usual por não mais do que um ano
consecutivo, a lazer, negócios ou outros objetivos”. (LOHMANN; NETTO, apud
TRIGO, 2009, p. 16). O turismo é uma atividade social com reflexos culturais, e
econômicos, que surgiu no século XIX, no contexto da Revolução Industrial. Mario
Beni (2001, p. 37) define o turismo como:
[...] um elaborado e complexo processo de decisão sobre o que
visitar, onde, como e a que preço. Nesse processo influem inúmeros
fatores de realização pessoal e social da natureza motivacional,
econômica, cultural, ecológica e cientifica que ditam a escolha dos
destinos, a permanência, os meios de transporte e o alojamento,
bem como o objetivo da viagem em si para a fruição tanto material
como subjetiva dos conteúdos de sonhos, desejos, de imaginação
projetiva, de enriquecimento histórico-humanístico, profissional e de
expansão de negócios.
Para um melhor entendimento do conceito de turismo, faz-se necessário
entender a definição de viajante. De acordo com Trigo (2009, p. 17) viajante é
“qualquer pessoa que se desloque de um ponto para outro, seja o deslocamento
temporário ou permanente, independentemente do motivo para a viagem”. Contudo,
deve-se considerar que nem todo viajante é turista, dessa forma, o viajante é
classificado em duas categorias: turista e excursionista. Trigo (2009, p. 17) ainda
afirma que:
Turistas: visitantes que pernoitam no lugar visitado (ou seja,
permanecem por, pelo menos, 24 horas). Excursionistas: visitantes
que não pernoitam no lugar visitado (por exemplo, passageiros de
cruzeiros marítimos, visitantes de um dia em excursões rodoviárias
ou ferroviárias rápidas ou, ainda, visitantes que aproveitam escalas
aéreas mais prolongadas para fazer city tours).
17
A compreensão desta distinção é importante ao se planejar um roteiro
turístico, pois precisa levar em conta o público que busca atender. Atrair o turista ou
o excursionista deve ser um item fundamental ao se propor alguma atividade
turística, pois isto acarretará as possibilidades de uma experiência positiva para este
visitante. A motivação desses visitantes tem inúmeras formas, como lazer,
entretenimento, recreação, férias, visitas a amigos ou parentes, questões que
envolvam saúde, eventos, negócios, dentre outras atividades.
O ser humano realiza deslocamentos desde a pré-história, pois inicialmente
eram nômades e necessitavam buscar o alimento em diferentes territórios e após o
surgimento da agricultura e os processos de sedentarização decorrentes em
inúmeras sociedades, muitos indivíduos continuaram a se deslocar, por serem
peregrinos, marinheiros, comerciantes, refugiados, soldados ou burocratas, dentre
outros. Os religiosos, por exemplo, no período medieval europeu viajavam em
peregrinação para lugares considerados sagrados ou para visitar centros de estudos
das ideias religiosas. Segundo Trigo (2009, p.12)
[…] Os nobres e os religiosos também viajavam, mas por outras
razões: a nobreza europeia realizava tours, para aprender novos
costumes e culturas, conhecer outras famílias reais e seus
aparentados, familiarizavam-se com outras sociedades e modelos
econômicos e políticos. Suas viagens duravam de alguns meses a
anos, e os jovens nobres eram acompanhados por tutores,
encarregados de proteger e ensinar os pupilos as complexas e
sutis teias sociais da época [...]
Diante disso, o turismo é um processo de decisão sobre estruturas e meios
utilizados, assim como lugares e preços a serem pagos. Sendo assim, se resume a
uma satisfação pessoal, podendo ser de cunho profissional, religioso, para
entretenimento, entre outros. Contudo, o pesquisador brasileiro Panosso Netto (apud
Trigo 2009, p.169) afirma:
Turismo é o fenômeno originado da saída e retorno do ser humano
do seu lugar habitual de residência, por motivos diversos que podem
ser revelados ou ocultos, que pressupões hospitalidade, encontro e
comunicação com outras pessoas, empresas que oferecem
condições e tecnologia para a efetivação do ato de ir e vir, gerando
experiências sensoriais e psicológicas e efeitos positivos e negativos
no meio ambiente econômico, político, ecológico e sociocultural.
Desta forma, o autor define o turismo como a troca de experiências e
participação em um processo no qual os envolvidos poderão ter uma experiência
18
positiva ou negativa, dentro de um determinado sistema econômico, político,
ecológico e sociocultural.
A atividade pode ser classificada de diversas formas. Em relação à sua
própria natureza, pode ser emissivo ou receptivo.
Barreto (1995) traz o conceito de Oscar La torre que afirma que: o turismo
emissivo é praticamente passivo, só que não traz fins lucrativos para o público
emissor. Já o turismo receptivo é ativo, por estar em constante movimento com a
economia local.
3.1.1 Turismo Receptivo
Para Oliveira (2009, p.94) turismo receptivo é aquele que se compreende
pelo conjunto de serviços de apoio e assistência destinados a recepção de pessoas,
seria uma infraestrutura organizacional para receber o humano. Segundo Pelizzer
(2004) o conceito de turismo receptivo resulta de um:
Processo empresarial pelo qual se explora uma forma ou
pratica de turismo, por ocasião de chegada de pessoas
(turistas, visitantes, excursionistas, hóspedes) em um destino
ou cidade ou polo turístico. E a forma inversa denominamos
turismo emissivo que é origem de pessoa, turista ou visitante.
Vaz (1999, p,67) define o turismo receptivo como um produto turístico
resultante de um conjunto de benefícios que o consumidor busca em uma
determinada localidade, e que são usufruídos tendo como suporte estrutural um
complexo de serviços oferecidos por diversas organizações.Para o turismo receptivo
ser considerado de qualidade é necessário planejar, orientar, e avaliar todos os
meios, buscando sempre dar ênfase no atrativo local, ao recepcionar os turistas,
dando prioridade ao bom atendimento. Faz-se necessário o planejamento do
produto turístico, por meio dos elementos que o compõem, como a infraestrutura e
seus equipamentos, que são as peças fundamentais para conseguir alcançar
resultados.
19
3.1.1.1 Hospitalidade
A hospitalidade é requisito indispensável para o turismo receptivo, pois a
hospitalidade é o ato de acolher pessoas por qualquer motivo e está relacionada ao
ato de receber e aquele que é recebido (GOTMAN, 2001).
A hospitalidade, de acordo com Guerrier (2000, p.40) é um fenômeno muito
mais amplo, que não se restringe a oferta, ao visitante, de abrigo e alimento, mas
sim ao ato de acolher, considerando em toda sua amplitude. Envolve um amplo
conjunto de estruturas, serviços e atitudes que, estão relacionados e proporcionam
bem-estar ao hóspede. Atualmente a discussão está nos seus sentidos e
significados para o turismo, pois é uma prática social que requer o deslocamento do
sujeito, no caso o turista, até o produto de seu consumo. Envolve também um
conjunto de objetos e de ações fundamentais ao bom funcionamento da chamada
“indústria do turismo”. A hospitalidade turística, de acordo com as teorias do seu
conceito, leva a uma identificação de dimensões denominadas “naturezas da
hospitalidade”, sendo assim a hospitalidade é um fenômeno sociocultural,
profissional, político e espacial. Como o turismo envolve deslocamento de pessoas e
sua permanência temporária em locais que não são o de sua residência habitual, há
essa relação fundamental entre turismo e hospitalidade.
Um dos aspectos mais importantes para bem receber o visitante é a
importância da escolha do destino, e se esse mesmo vai estar preparado para
melhor atender aos turistas. Ressalta-se que para manter a expectativa de um
turista, deve-se agregar a hospitalidade como item principal neste contexto, pois sem
ela fica difícil de obter bons resultados.
De acordo com Tanke (2004, p.4), no setor da hospitalidade, todos os
gerentes
são
gerentes
de
recursos
humanos,
já
que
dentre
as
suas
responsabilidades está o direcionamento de pessoas, sejam elas os colaboradores
ou hóspedes.
Ao prestarmos serviços a nossos hóspedes, nosso recurso principal
é representado por nosso pessoal, nossos trabalhadores, nossos
empregados. Por ser uma área tão intensiva em mão de obra, você
poderia pensar que seria difícil negligenciar esses recursos valiosos,
porém muitas vezes é o que ocorre.
Ainda que um lugar qualquer ofereça estruturas e serviços necessários (como
por exemplo, infraestrutura básica, meios de hospedagem, estruturas de restauração
20
e de lazer), os lugares e suas comunidades precisam estar atentos ao tipo de
modificação que o destino precisa para se manter, considerando inclusive o que
precisa ser mantido.
Para que um local seja considerado um produto turístico é preciso levar em
consideração os equipamentos turísticos, a infraestrutura e seus atrativos, elementos
necessários e de extrema importância para o desenvolvimento do turismo local.
3.2 Produto Turístico
Diversos autores conceituam o produto turístico de formas diferentes, porém a
essência de seu significado é comum entre eles. Ignarra (2003) traz um conceito de
Josep Francesc Valls, o qual ressalta que produto turístico é uma junção de
elementos tangíveis e intangíveis nos quais destacam-se os recursos, a
infraestrutura e seus equipamentos.
Com base na atividade de um destino, Dias (2011) traz o conceito de
Middleton, no qual destaca que Produto Turístico é notado pelo visitante local como
uma experiência turística, no qual se dispõe a um preço determinado.
Barbosa (2009) destaca o conceito de produto turístico, baseando-se na
satisfação e desejos do consumidor, mas sabe-se que suas definições se
concentram também nas atividades relacionadas a uma gestão integrada.
Já segundo a Organização Mundial do Turismo (2001), trata-se de um
conjunto de bens e serviços, que serão utilizados para o consumo turístico, o qual
possui três dimensões fundamentais: Recursos Turísticos, Infraestrutura e Serviços
(BARBOSA,2009).
3.2.1 Recursos Turísticos
Segundo Barbosa (2009), os recursos turísticos compõem-se de naturais,
socioculturais expressos no patrimônio do homem.
Ignarra (2011) relata que este conceito é complexo, dado que a atratividade
de certos elementos varia de forma acentuada de um turista para outro. Dessa
forma, o autor afirma que:
Os atrativos estão relacionados com as motivações de viagens dos
turistas e a avaliação que os mesmos fazem desses elementos. É
usual que elementos que compõe o cotidiano das pessoas que
residem em uma certa localidade não lhes chame atenção e se
mostrem extremamente atrativos para os visitantes que não
participam desse cotidiano (IGNARRA, 2011, p.53).
21
O atrativo turístico, levando em conta seu diferencial, receberá maior valor e
maior chance de atração do turista, por isso o visitante sempre procura conhecer
aquilo que é diferente do seu cotidiano, de seu local de vivência. Assim todo atrativo
que se torna único possui um valor especial para o turista. Beni (2008, p.59) afirma
que os atrativos turísticos podem ser transformados em recursos turísticos, e
aqueles constituem o patrimônio turístico. São elementos passíveis de provocar
deslocamentos de pessoas, e que integram o marco geográfico-ecológico-cultural de
um lugar, podendo, por sua origem, ser subdivididos em naturais e culturais.
(...) São os lugares turísticos mais densamente frequentados os que mais
atraem. Isso significa, ao mesmo tempo, que a oferta turística ocasiona a
demanda e que gente atrai gente. Apesar da moda recente do turismo de
natureza, a disseminação de pequenos grupos na natureza, a concentração
turística em lugares limitados e inteiramente transformados mobiliza os
maiores batalhões. É essa concentração, essa ‘’ saturação’’ do lugar turístico
que garante sua animação e, assim, uma grande parte de sua atratividade.
(Knafou,1996, p.67).
3.2.2 Infraestrutura
Diversos elementos fazem parte da infraestrutura, sendo elas básicas ou
turísticas. Transportes, comunicações e facilidades são alguns dos elementos que
podem ser citados (BARBOSA,2009).
Ignarra (2003, p.21) identifica a importância da infraestrutura básica como
parte do produto turístico, que somados aos atrativos turísticos, serviços turísticos e
os serviços urbanos de apoio ao turismo compõem os atrativos que motivam a
atividade turística. Segundo o mesmo autor, a infraestrutura geral pode ser definida
como:
“são elementos essenciais à qualidade de vida das comunidades e
que beneficiam completamente os turistas ou os empreendimentos
turísticos. Embora não sejam implantados para beneficiar
exclusivamente os turistas, podem contribuir para a qualidade do
produto turístico. Fazem parte desta infraestrutura básica os
seguintes elementos: vias de acesso, saneamento básico, rede de
energia elétrica, comunicações, sinalização turística e iluminação
pública, entre outros”.
A infraestrutura básica de uma destinação turística também é elemento
fundamental para a viabilização da atividade. A sua implantação em determinada
localidade depende da disponibilidade de alguns insumos básicos, sendo uma
condição fundamental para o desenvolvimento turístico.
22
Já a infraestrutura turística propicia as condições mínimas que viabilizam a
realização do produto: guias turísticos, pontos ou centros de informações turísticas
(FERREIRA; COUTINHO, 2002).
A atividade turística, para ter um pleno desenvolvimento, deve proporcionar
alguns meios necessários para um ambiente tranquilo e favorável, oferecendo uma
infraestrutura capaz de atender as demandas dos visitantes locais, como também,
deve ser capaz de dar o suporte necessário para o desenvolvimento da atividade
turística, dando capacitação e especialização para todos os profissionais envolvidos.
Oliveira (2002, p. 36) elenca os seguintes fatores capazes de proporcionar o
desenvolvimento da infraestrutura turística:
[...] ingresso de recursos financeiros pelos gastos turísticos; criação
de novas empresas de serviços; aumento da oferta de empregos nas
empresas públicas e privadas que atendem aos visitantes;
implantação da infraestrutura urbana (água, luz, rede de esgoto,
saneamento básico, comunicação etc.) capaz de responder às
necessidades da própria população e da população flutuante;
investimentos em lojas de suvenires, restaurantes, hotéis, parques
de diversões; criação de museus, elaboração de um plano diretor de
turismo, facilidades para aquisição de material informativo (mapas,
folhetos, revistas, filmes etc.); construção ou reforma de aeroportos,
rodoviárias e portos; aparecimento de escolas de formação de mãode-obra para o turismo; centros de eventos; aumento do ingresso de
impostos nos cofres públicos com melhoria do padrão de vida da
comunidade.[...]
Segundo Soares, Sobral e Veiga (2016) estes itens são essenciais para que a
atividade turística proporcione um desenvolvimento pleno para a região que pretende
adotá-la como fonte de desenvolvimento socioeconômico, tal atividade deve estar
dotada de estrutura completa, administrativa e física, tornando o deslocamento para
o turista menos oneroso e mais fácil. Isso também deverá vir acompanhado da plena
capacitação e conscientização do setor público, privado e, principalmente, da
comunidade, proporcionando essa integração e utilizando-a como fator positivo para
esse desenvolvimento.
3.2.3 Serviços
De acordo com Beni (2008, p.38) os serviços turísticos, destinados à
satisfação das motivações, necessidades e preferências do turista podem ser
classificados como:

Receptivos (atividades hoteleiras e extra hoteleiras);
23




Alimentação;
Transporte (da residência a destinação turística e no centro receptor);
Públicos (administração turística, postos de informações e etc.);
Recreação e entretenimento na área receptora.
De acordo com Ignarra (2011, p. 63-64) o produto turístico é composto, além
dos atrativos, pelos serviços turísticos. Para poder usufruir deste atrativo, o turista
necessita consumir uma série de serviços. Alguns destes, por atenderem exclusiva
ou preferencialmente turistas, são classificados como turísticos. Assim, um hotel
pode ter no seu restaurante ou área de eventos clientes que residam na mesma
cidade. Contudo, a maioria dos clientes reside em outras cidades, constituindo-se,
portanto, em um serviço turístico, o qual é o mais variado possível. Desta forma
define-se que:
Um conceito relevante na análise dos serviços turísticos é o da oferta
concorrente, que á aquela que disputa o mesmo consumidor, e o da
oferta complementar, que é a que contribui para a venda de
determinado serviço. (IGNARRA, 2011, p.67)
Cada tipo de serviço turístico possui características próprias importantes
oferta dos mesmos. Dentre tantos serviços importantes, o serviço de informações é o
que se destaca a seguir, pela relevância ao tema do estudo.
3.2.3.1 Serviços de informações
Os serviços de Informações podem ser oferecidos de várias formas: por sites
de buscas e aplicativos, na recepção do turista no destino, em hotéis, restaurantes,
postos de combustíveis, nos centros de atendimento ao turista, que podem ser
chamados de centro de informação ao turista, centro de apoio ao turista, casa do
turista, portais turísticos e etc. Todos eles com um único objetivo: fornecer toda a
informação necessária ao visitante, para que os mesmos possam desfrutar de forma
apropriada todos os locais de visitação e apreciar seus atrativos, com o intuito de
fazer com que o turista volte mais vezes à cidade.
De acordo com De Lucca (2005) a informação tem uma grande importância
para o setor turístico. Os turistas precisam de informação mesmo quando já
chegaram a seu destino. Essa necessidade de informação está associada a riscos
financeiros e emocionais para o consumidor. Apesar do constante aumento do
24
tempo livre, as férias anuais são o principal espaço temporal que pessoas possuem
para viajar. Caso ocorram problemas em seus momentos de férias, psicologicamente
o visitante fica abalado e possivelmente não retorna àquela localidade.
A necessidade de informação para o turista já existia na Europa Moderna,
como atesta Burke (2003, p.69-70):
Todo Turista sabe que, quanto maior a cidade maior a necessidade de
um guia, seja sob a forma de uma pessoa ou de um livro. No início da
Europa Moderna, havia uma demanda de ciceroni (... ) e também de
livros-guia. (...) No século XVIII, esses livros-guia passaram acrescentar
à descrição das igrejas e das obras de arte algumas informações
práticas, do tipo como negociar com os condutores de cabriolés ou
quais ruas deviam ser evitadas à noite.
Existem os Centros de Informações Turísticas (CIT) e os Centros de
Atendimento aos turistas, os quais são distintos, porém, com o mesmo objetivo de
fornecer toda informação e apoio necessários aos turistas, dando-lhes total suporte,
com objetivo de fazer com que eles conheçam o que a cidade tem de melhor a
oferecer em atrativos, infraestrutura e serviços.
Segundo De Lucca (2005) os Centros de Informações Turísticas (CIT) são
unidades de informação e o estudo dos fluxos de informações são fundamentais
para otimizar a prestação de serviços pertinentes a seus usuários. Os centros de
Informações turísticas (CIT) são responsabilidade do setor público, e se inserem no
sistema turístico como parte da infraestrutura de que uma localidade necessita para
atender o turista (BENI,2003).
A afirmação de que os centros de informações turísticas estabelecem a
primeira impressão de uma localidade é verdadeira somente em determinados
casos, dependendo da forma como foi buscada a informação virtual ou real e ainda
se o primeiro contato já no destino ocorreu no centro de informações.
As funções de um CIT variam bastante, dependendo de seu objetivo,
localização, porte, estruturação e gestão, destacando-se as seguintes: fornecer
informações turísticas; prestar serviços de agências de viagens - reservas de
serviços em estabelecimentos turísticos como meios de hospedagem, traslados,
guias de turismo, reservas em show e outros eventos; sugestões de atrativos
turísticos; e contatos de serviços de alimentação - restaurantes, lanchonetes e lojas
de conveniências entre outras (DE LUCCA, 2005).
Na literatura, a nomenclatura encontrada é Centro de Atendimento ao Turista
ou Centro de Informações ao Turista, porém, no projeto criado pela Prefeitura
Municipal de Mampituba (Anexo A), utiliza-se Centro de Apoio ao Turista, o qual
25
desempenhará as mesmas funções que um CIT, diferenciando-se apenas em sua
nomenclatura.
4 METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA
Este breve estudo caracteriza-se por ser um plano de ação, no qual se propõe
a criação de um local de atendimento ao turista no município de Mampituba (RS).
4.1 Metodologia
Para ajudar no processo de metodologia de um trabalho acadêmico cientifico
é necessário compreender amplamente os processos da investigação.
A metodologia é um pilar fundamental no desenvolvimento e construção da
pesquisa, é base necessária para o pesquisador realizar suas escolhas no processo
do trabalho científico.
4.2 Métodos de Pesquisa
Os métodos de pesquisa podem ser considerados como um esquema e para
isso tem etapas que devem ser seguidas para alcançar um objetivo. Segundo Matias
(2012, p. 34)
O método científico utilizado é o conjunto de procedimentos e
técnicas utilizadas de forma regular, passível de ser repetido, para
alcançar um objetivo material ou conceitual e compreender o
processo de investigação. Ou seja, é o roteiro apoiado em
procedimentos lógicos para se alcançar uma verdade científica, ou
seja, o conjunto de procedimentos que ordenam o pensamento e
esclarecem acerca dos meios adequados para chegar-se ao
conhecimento.
Sendo assim, os métodos de pesquisa são utilizados para determinar
caminhos que serão utilizados pelo pesquisador no desenvolvimento de sua
atividade. Sem um método definido, não é possível realizar um trabalho científico
claro e objetivo, além de inviabilizar possíveis comprovações dos resultados
alcançados.
4.3 Tipos e fontes de dados
Dentre os dados secundários, foram realizados dois tipos de pesquisa:
bibliográfica e documental, sendo que a pesquisa bibliográfica é a busca de uma
26
problematização de um projeto de pesquisa, a partir de referências publicadas,
analisando e discutindo as atribuições culturais e científicas. Ela constitui uma
excelente técnica para fornecer ao pesquisador abordagem teórica, de conhecimento
e treinamento científico que habilitam a produção de trabalhos originais e
pertinentes.
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.
Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o
assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam
unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências
teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se
procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de
pesquisa são sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à
análise das diversas posições acerca de um problema.
Para complementar a pesquisa bibliográfica, realizou-se também pesquisa
documental, para que fosse observado como se deu o desenvolvimento turístico no
local e ainda como surgiu o interesse em desenvolver um local para oferecer
serviços turísticos. Nesse item também se pode incluir o projeto do Centro de Apoio
ao Turista (Anexo A) como principal forma de buscas por melhorias no que se refere
a infraestrutura e do desenvolvimento turístico local.
A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da
pesquisa bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las. A
pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já
elaborado, constituído basicamente por livros e artigos
científicos localizados em bibliotecas. A pesquisa documental
recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem
tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais,
revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes,
fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos
de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, p. 32)
4.4 Abordagens da pesquisa
Para este estudo, primou-se por compreender a significância da proposta
de um local para ofertar informações ao turista. Assim sendo, realizou-se uma
análise de cunho qualitativo, que responde a questões particulares, ou seja, “trabalha
27
com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos
valores e das atividades” (Minayo, 2011, p. 21).
Esse conjunto de fenômenos humanos é considerado parte de uma realidade
social, pois o ser humano age, pensa e analisa suas ações dentro da realidade
vivida entre seus semelhantes. Minayo ainda explica que:
A diferença entre abordagem quantitativa e qualitativa da realidade
social e de natureza é não de escala hierárquica. Enquanto os
cientistas sociais que trabalham com estatística visam a criar
modelos abstratos ou a descrever e explicar fenômenos que
produzem regularidades, são recorrentes e exteriores aos sujeitos, a
abordagem qualitativa se aprofunda no mundo dos significados. Esse
nível de realidade não é visível, precisa ser exposta e interpretada,
em primeira instância, pelos próprios pesquisadores (MINAYO, 2006
p.22).
Assim a pesquisa qualitativa explora significados, os quais o pesquisador
expõe e interpreta a realidade encontrada e vivenciada no decorrer do processo.
4.5 Tipos de Pesquisa
Para este estudo, abordou-se a pesquisa-ação e também a pesquisa
descritiva.
4.5.1 Pesquisa descritiva
Este estudo caracterizou-se como uma pesquisa descritiva, por descrever a
experiência do estágio em um setor público, e também por viabilizar o projeto de
construção de um Centro de Apoio ao turista (CAT) com verbas do Ministério do
Turismo, destinadas ao desenvolvimento turístico do município de Mampituba-RS.
A pesquisa descritiva, de acordo com Lopes (2006), é o estudo de uma
determinada população, descrevendo suas características, estabelecendo variáveis
entre si, a partir de seus objetivos, servem também para proporcionar uma nova
visão do problema. As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de
relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob
esse título e uma das suas características mais significativas está na utilização de
técnicas padronizadas de coleta de dados.
Para Gil (1999, p.44) as pesquisas descritivas são juntamente com as
exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados
28
com a atuação prática. São também as mais solicitadas por organizações, como
instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc.
4.5.2 Pesquisa Ação
O presente estudo é considerado de ação, pois se propõe a uma análise
empírica, conforme define Thiollent (1988):
A pesquisa ação é um tipo de investigação social com base empírica
que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação
ou com a resolução de um problema coletivo no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
Por sua vez, Fonseca (2002) também define que a pesquisa ação é uma
metodologia de sistemas, que transforma realidades, conhecimento e compromisso
com todos os elementos envolvidos na pesquisa. Proporcionando um valor
significativo para o processo de mudança social.
Para Gil (2007, p. 55), a pesquisa-ação tem sido alvo de controvérsia devido
ao envolvimento ativo do pesquisador e à ação por parte das pessoas ou grupos
envolvidos no problema. Apesar das críticas, essa modalidade de pesquisa tem sido
usada por pesquisadores identificados pelas ideologias reformista e participativa.
No contexto deste estudo, considerando o interesse do município em criar
local para ofertar serviço de informação ao turista, a pesquisa-ação cumpre com
papel esclarecedor, uma vez que permite a participação de todos os atores locais,
como fornecedores de informação.
29
5 PROPOSTA DE AÇÃO - CENTRO DE APOIO AO TURISTA
A partir das observações e atividades realizadas no período de estágio,
observou-se a necessidade de propor a criação de um Centro de Apoio ao turista
(CAT), analisando a proposta, descrevendo a sua estrutura física e operacional, bem
como elencando as atividades que serão desenvolvidas no local.
Entende-se que o CAT pode contribuir para um atendimento com
profissionalismo e contribuir no fomento do turismo no município e região,
possibilitando uma receptividade que possa agregar às ações da gestão pública e o
trade turístico do município.
5.1 Análise da Proposta de Construção de um Centro de Apoio ao Turista
No ano de 2015, no dia onze de julho, após conversas entre o setor
financeiro, o prefeito de Mampituba, o Secretário de Turismo e Desporto, estagiários
e um arquiteto, logo surgiu a ideia de propor um projeto de melhoria da infraestrutura
turística local. Com isso, foi solicitado ao Ministério do Turismo o projeto de
construção de um Centro de Apoio ao Turista, sob a proposta número 1165012015
(ANEXO A).
Aprovado em 2016, com o intuito de agregar valor aos atrativos turísticos,
torna-se um importante componente ao produto turístico local e regional, sendo
também um substancial incremento para atrair o turista, tornando-se o ponto de
referência para a divulgação das potencialidades do município.
O valor deste projeto foi estipulado aproximadamente em torno de
R$255.000,00 (duzentos e cinquenta e cinco mil reais), de acordo com os possíveis
gastos de materiais para sua construção e afins. Este valor é viável, e foi aprovado
pelo ministério do turismo, sob a proposta aprovada pelo ministério do turismo no
ano de 2016, o investimento será válido para atribuir valores significativos no
desenvolvimento turístico local.
O Centro de Apoio ao Turista visa possibilitar a melhor recepção, com
informações acerca do município e opções turísticas, acolhendo o turista e
possibilitando o melhor aproveitamento do município e o que ele oferece, como
visitas às cachoeiras, atividades de turismo de aventura, artesanato local,
degustação de produtos coloniais, visitas a propriedades rurais, etc.
30
Além de apresentar as melhores opções de atrativos, o Centro pode orientar
sobre hospedagens, alimentação e outras informações importantes aos visitantes.
Diante da estruturação de um Centro de Apoio é possível a orientação e capacitação
de profissionais para oferecer informações com qualidade e maximizar os resultados
no turismo receptivo, por meio da hospitalidade.
Portanto, analisa-se que a criação de um Centro de Apoio ao turista (CAT)
pode contribuir no fomento do turismo no município e região, possibilitando uma
receptividade que possa agregar às ações da gestão pública e o trade turístico do
município.
5.2 Descrição física e operacional do Centro de Apoio ao Turista
O projeto da estrutura física do CAT foi desenvolvido pela prefeitura Municipal
e submetido ao projeto de criação de um Centro de Apoio ao Turista, sendo este
elaborado com o intuito de agregar valor ao turismo receptivo local, conforme a
planta baixa (Anexo A) aprovada pelo Ministério do Turismo.
O espaço do Centro de Apoio ocupará uma área de aproximadamente 51,67²,
com uma varanda de madeira e pedra de arenito, matérias-primas da região. A
varanda terá um espaço de 4.00m², coberto, em frente à recepção, tendo em sua
lateral janelas com vista panorâmica para a Serra do Faxinal. A recepção terá um
espaço de 25 m², contará com balcão para os recepcionistas, quadros de madeira
com fotos dos atrativos locais, cadeiras e poltronas para os visitantes descansarem,
logo ao lado, terá uma área de lazer ao turista com Internet Wifi, televisão com
aparelho de DVD.
O depósito contará com aproximadamente 3,82 m², com armários com
chaves, para os turistas quando precisarem deixar seus pertences, e levar consigo
só a chave.
O espaço contará também com banheiros com acessibilidade para
cadeirantes, área com chuveiro para que os turistas, quando chegam de alguma
trilha, tenham como se higienizar, além de um estacionamento em frente e ao lado
da construção.
Pretende-se
futuramente
ampliar
o
espaço,
inserindo
área
para
o
funcionamento da Secretaria de Turismo e Desporto, espaço para exposição e
venda de souvenir e artesanato, auditório, além de cobrir o estacionamento e
cozinha com área de refeição para os funcionários.
31
Para o completo funcionamento do espaço, serão necessários diversos
equipamentos, móveis e materiais, conforme elencados a seguir:

Balcão embutido, duas mesas, um livro de presença (para assinaturas dos
visitantes) dois computadores, uma impressora, um telefone e duas cadeiras

giratórias.
No espaço da recepção, logo ao lado, contará com três quadros de madeira
com fotos dos atrativos locais. Quatro poltronas ao lado do balcão central,



madeira.
No espaço de lazer ao turista, conexão de internet sem fio, (wifi) um mapa da
cidade na parede. Duas televisões e dois aparelhos de CD e DVD.
Itens de decoração.
O espaço do depósito, dois armários com chaves, para os turistas deixarem
seus pertences e objetos, enquanto fazem alguma trilha, ou visitação local.

Podendo então levar consigo a chave do armário.
A estrutura do banheiro contará com acessibilidade, com área para
cadeirantes, com um chuveiro, dois vasos sanitários e um balcão com pia na
saída deste espaço.
Tabela 1 – Descrição dos móveis e seus valores
Materiais
Quantidades Valores
Valor Total
Balcão De Recepção
1
530,00 R$
530,00 R$
Poltronas
4
370,00 R$
1480,00 R$
Cadeira Giratória
4
100,00 R$
400,00 R$
Televisão Led
1
990,00 R$
990,00 R$
Telefone
1
120,00 R$
120,00 R$
Quadros de Madeira
4
50,00 R$
200,00 R$
Vaso Sanitário
2
250,00 R$
500,00 R$
Armários
2
400,00 R$
800,00 R$
Computadores
2
799,00 R$
1598,00 R$
Balcão com Pia
1
250,00 R$
250,00 R$
Internet (Wifi)
1
50,00 R$
50,00 R$
Chuveiro
1
89,00 R$
89,00 R$
Impressora HD
1
159,49 R$
154,49 R$
32
ValorTotal: 6.416,49 R$
Fonte: A autora
Podem ser considerados recursos materiais tudo aquilo que será utilizado no
espaço físico utilizando-se dos equipamentos. Mensalmente serão feitos pedidos de
materiais, para recompor o estoque cada vez que falta.



Folhas A4.
Produtos de limpezas como desinfetantes, detergentes, papéis higiênicos,
sabonetes, toalhas, vassouras e etc.
Canetas, como as azuis e pretas, marcadores de texto coloridos,
grampeadores, caixas de clipes, tesouras, cartucho de tinta preta para a


impressora, calculadoras, livros, lápis de escrever, réguas, fita durex, e etc...
Folders e players de todo o trade turístico da cidade.
Algumas fotos dos atrativos para a divulgação. Essas fotos podem ser de
autoria de guias locais para que contribuem para a decoração do ambiente e
para que os visitantes possam analisar as possibilidades que são oferecidas
na cidade.
O Centro de Apoio ao Turista de Mampituba (RS) funcionará de segunda à sexta,
das 8 horas às 18 horas e nos finais de semanas e feriados das 7:30 às 19:30, sem
fechar ao meio dia.
A devida qualificação técnica e profissional dos recursos humanos também é
fundamental, pois é parte essencial para a hospitalidade e é o primeiro contato do
visitante no local. O conhecimento de outros idiomas, como o inglês e o espanhol, é
fundamental nesse aspecto e devem ser exigidos no processo de contratação dos
funcionários que irão trabalhar no Centro de Apoio ao Turista.
Pretende-se contratar dois profissionais formados na área de Turismo, que
sejam comunicativos, prestativos, pontuais e responsáveis, que trabalharão na
recepção, auxiliando e fornecendo toda a informação possível diretamente ao turista,
além de executar as ações pensadas pela Secretaria de Turismo e Desporto do
município e conduzir atividades de desenvolvimento turístico local, incrementando a
divulgação do município.
33
5.3 Atividades que serão desenvolvidas no Centro de Apoio ao Turista
Dentre as atividades desenvolvidas no Centro de Apoio ao Turista, destacamse o fornecimento de informações aos visitantes e apoio ao turismo do município e
da região, assim como de divulgação do turismo local. Esta atividade será
desenvolvida por profissionais do Turismo, devidamente capacitados, bilíngues e
com total conhecimento da região e seus atrativos.
O CAT prestará serviços de recepção aos turistas com a distribuição de
material informativo, exibição de vídeos, recepcionistas habilitados a falarem sobre
os atrativos e potencialidades de Mampituba, alertando sobre distância das trilhas,
vegetação, acesso às cachoeiras, entre outros.
O atendimento personalizado terá destaque no local, com a recomendação de
programas e atividades adequadas a cada perfil de turista, visando sempre a
satisfação, suas expectativas, interesses e necessidades.
No centro de Apoio ao Turista, os turistas também poderão encontrar à
disposição guias turísticos, mapas da cidade e folhetos de locais para visitação.
Além de prestar informações turísticas, o Centro de Apoio servirá para auxiliar
a Secretaria de Turismo e Desporto na execução de seu planejamento, por meio dos
profissionais previstos para atuar no Centro.
34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio é uma ferramenta essencial para formação de um profissional. Com
a realização do mesmo, foi possível desenvolver uma visão realista sobre a gestão
pública, dando ênfase nas atividades de planejamento, nas quais eram elaboradas.
Através do estágio obrigatório foi possível a troca de experiência entre
colegas de trabalho, contato direto com um órgão público. Junto disso foi possível
conhecer a realidade atual da Secretaria de Turismo, tendo em vista a proposta do
projeto já existente, tendo como principal objetivo a busca pelo desenvolvimento da
proposta de ação.
Deste modo situações como questões no atendimento ao público e ética se
fizeram presentes, levando em consideração exemplos a serem seguidos ao longo
da vida profissional.
A proposta de ação foi gerada através da necessidade de desenvolvimento do
turismo proposto, sendo que o centro de informações é porta de entrada, que recebe
os turistas.
Para que o desenvolvimento da atividade ocorra da melhor forma, será
necessária a aplicação de investimentos no setor turístico, possibilitando assim
contribuir para as melhorias propostas no desenvolver deste trabalho, auxiliando no
crescimento ao município, e preservando a identidade do local, proporcionando
então a qualidade no atendimento aos visitantes, que passam constantemente pelo
município de Mampituba (RS).
Os objetivos ao decorrer do trabalho foram traçados conforme a necessidade
do município. O objetivo geral será atingido assim que o projeto sair do papel. Os
específicos foram analisar e descrever o espaço fisicamente e operacionalmente
elencando as atividades que podem ser desenvolvidas a partir da criação do local de
apoio ao turista. Com base nessas afirmações podem ser atingidos os objetivos para
a implantação de uma infraestrutura turística de qualidade no município de
Mampituba (RS).
Desta forma, respondendo ao problema desta pesquisa, o Centro de
Atendimento ao Turista (CAT) pode contribuir para que o turista aproveite melhor os
atrativos do município de Mampituba (RS), pois torna-se uma ferramenta importante
para evolução do turismo local, sendo essencial para o desenvolvimento da atividade
turística onde as informações prestadas orientam os turistas em sua estada pelo
município, o qual poderá aproveitar melhor o que o município tem a oferecer.
35
Este Centro de Apoio poderá se tornar referência para os demais municípios
da região, pois se trata de uma proposta inovadora, no sentido de buscar aliar
receptividade, qualidade, modernidade e os atrativos naturais e culturais da cidade e
região. A busca por novas atividades a serem desenvolvidas, o interesse de
articulação do poder público e privado para colocar em prática essas propostas são
um dos modos de chamar a atenção dos moradores para usar o espaço, agregando
valor maior para o turismo.
Destaca-se com o desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso, o
contato com a realidade do turismo no município de Mampituba e os possíveis
projetos para a melhoria do desenvolvimento turístico local. Houve algumas
limitações durante o período de estágio e no decorrer do trabalho, devido ao período
de eleição que impediram o acesso a mais informações na área do turismo local.
Houve também uma significativa importância para a autora, pois possibilitou idealizar
propostas e ir atrás de informações importantes para o desenvolver do turismo local,
tendo total suporte na hora da escolha da cidade, local do estágio, do tema
abordado e as conclusões necessárias para então finalizar este mesmo.
36
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39
40
ANEXO A
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