Cadernos de Ciência e Cultura - Portal de Periódicos da URCA

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Caderno de Cultura e Ciência, Ano X, v.14, n.1, Set, 2015
Universidade Regional do Cariri – URCA
Artigo Científico
ISSN 1980-5861
24
FENOLOGIA E PRODUTIVIDADE DA MELANCIA NO SEMIÁRIDO
CEARENSE, COM KIT DE IRRIGAÇÃO DESENVOLVIDO PARA A
AGRICULTURA FAMILIAR
Francisco José Carvalho Moreira1, Manoel Valnir Junior2, Ozeládia Parente Araújo3, Neyreane de Souza Luna3,
Lívia de Sousa Sales3
Resumo
A melancia é originária das regiões secas da África tropical, planta herbácea de ciclo vegetativo anual, com
sistema radicular extenso, caules rastejantes. É uma espécie monoica. A fenologia estuda a ocorrência de eventos
biológicos repetitivos como os reprodutivos e os efeitos responsáveis pelo desencadeamento destes em relação a
fatores bióticos e abióticos dentro de uma ou várias espécies de plantas. Através do uso de tecnologias e
cuidados que possibilitem amenizar o efeito de fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas, tem-se na
irrigação uma dessas tecnologias, sendo abalizada como uma das alternativas para o crescimento
socioeconômico de regiões semiáridas. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia e
produtividade da melancia ‘Crimson Swett’ cultivada com kit de irrigação desenvolvida para a Agricultura
Familiar. O ensaio foi realizado de agosto a novembro de 2011, no Perímetro Irrigado Ayres de Sousa, no
distrito de Jaibaras, em Sobral - CE. As variáveis analisadas foram: número de folhas, área foliar, número e
comprimento das brotações, número de botões florais, número de flores e frutos vingados, produção e
produtividade. De posse dos resultados, observa-se que a melancia ‘Crimson Swett’ desenvolveu-se sem
restrição neste sistema de irrigação. Para as variáveis fenológicas analisadas, observou-se desenvolvimento
dentro dos padrões aceitáveis da cultivar; para a produção e produtividade verificou-se que os padrões esperados
foram alcançados quando comparados com os sistemas convencionais. Portanto, pode ser mais uma alternativa
de renda na Agricultura Familiar em pequenas áreas e com restrita disponibilidade de água.
Palavras chave: Fenofases. Cucurbitaceae. Desenvolvimento vegetative. sustentabilidade.
PHENOLOGY WATERMELON AND PRODUCTIVITY IN SEMIARID
CEARENSE, WITH IRRIGATION KIT DESIGNED TO AGRICULTURE
FAMILY.
Abstract
Watermelon is indigenous to the dry regions of tropical Africa, herbaceous annual growing season, with
extensive root system, creeping stems. It is a monoecious species. The phenology studying the occurrence of
repetitive biological events such as the reproductive and responsible for triggering these effects against biotic
and abiotics factors within one or more species of plants. Through the use of technology and care to enable ease
the effect of limiting factors for crop development has the irrigation of these technologies, and authoritative as an
alternative to the socioeconomic growth of semi-arid regions. Given the above, the objective of this study was to
evaluate the cycle and biomass Watermelon ‘Crimson Swett’, grown with irrigation kit developed for Family
Agriculture. The trial was conducted from August to November 2011, in the Irrigated Perimeter Ayres de Sousa,
in Jaibaras district of Sobral - CE. The variables analyzed were: number of leaves, leaf area, number and shoot
length, number of flower buds, number of flowers and fruits avenged, production and productivity. With the
results, it is observed that watermelon ‘Crimson Swett’ developed without restriction in this irrigation system.
For the analyzed phenological variables, there was development within acceptable standards of farming; for
production and productivity was found that the expected patterns were achieved compared with conventional
systems. Therefore, may be an alternative income in family farming in small areas and low water availability.
Keywords: Phenophases. Cucurbitaceae. Vegetative development. sustainability
________________
Eng. Agrônomo. Mestre em Agronomia/ Fitotecnia. Doutorando em Biotecnologia Renorbio. Professor IFCE – Campus Sobral – CE.
[email protected];
2
Instituto Federal do Ceará. [email protected];
3
Tecnóloga de Irrigação e Drenagem. Instituto Federal do Ceará . [email protected]; [email protected];
[email protected].
1
Cad. Cult. Ciênc. Ano X, v.14, n.1, Set, 2015
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Introdução
A qualidade da água utilizada para a irrigação é essencial para a produtividade e a
qualidade de culturas, manutenção da produtividade do solo e proteção do meio ambiente.
Segundo Almeida (2010) as águas utilizadas para irrigação normalmente são de origem
superficiais continentais que englobam, principalmente, as procedentes de rios e lagos, sendo
as águas dos rios as mais utilizadas na agricultura ou subterrâneas, águas que se infiltram
através da superfície do terreno e enchem os espaços vazios dos interstícios das rochas, sendo
que estas águas podem ser extraídas destes aquíferos para a superfície mediante a construção
de poços profundos.
A melancia (Citrillus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai) é uma das espécies da
Família Cucurbitaceae mais produzidas no Brasil, sendo também uma das mais consumidas,
podendo ser cultivada tanto em sequeiro como irrigada. O Nordeste destaca-se como a maior
região produtora, pois apresenta um clima favorável, possibilitando a ela um melhor
desenvolvimento já que em outras regiões onde o clima é frio, não propício ao seu
crescimento ela não consegue se desenvolver satisfatoriamente. É uma espécie que exige
solos férteis, profundos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.
Os pequenos produtores são os que mais se utilizam desta cultura, pois é de fácil
manejo e tem menor custo de produção, porém, o produtor precisa sim ter alguns cuidados
com o cultivo, devido às pragas e doenças que venham a existir durante a produção.
A fenologia estuda a ocorrência de eventos biológicos repetitivos como os reprodutivos
e os efeitos responsáveis pelo desencadeamento destes em relação a fatores bióticos e
abióticos dentro de uma ou várias espécies de plantas (TONINI, 2011). A principal
importância do estudo da fenologia está na necessidade de conhecer a biologia reprodutiva
das plantas para que se possam definir estratégias sustentáveis de manejo. Através da
fenologia é possível conhecer como é organizada a distribuição temporal dos recursos (fase
vegetativa, floração e frutificação); entender a dinâmica de reprodução e regeneração das
plantas; a relação entre as plantas e os animais (TONINI, 2011) podendo-se também gerar
bioindicadores para estudos de impactos climáticos (TALORA; MORELLATO, 2000).
A fenologia ainda estuda as mudanças exteriores (morfologia) e as transformações que
estão relacionadas ao longo do ciclo de cada cultura. Representa, portanto, o estudo de como a
planta se desenvolve ao longo de suas diferentes fases: germinação, emergência, crescimento
e desenvolvimento vegetativo, florescimento, frutificação, formação das sementes e
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maturação (BENINCASA, 2003). Com todas as informações disponíveis sobre o ciclo de vida
da planta, é possível identificar as relações e a influência dos fatores envolvidos no processo
de produção, favorecendo a previsão de problemas, o manejo e antecipação da tomada de
decisão.
A irrigação, quando não é bem conduzida na cultura da melancia, pode causar danos
indesejáveis, como salinização do solo, baixa produtividade e qualidade irregular dos frutos.
Segundo Freitas; Bezerra; Fontenele, (1999) a resposta da cultura em rendimento produtivo,
ao suprimento de água, é quantificada através do fator de resposta da cultura que relaciona a
queda de rendimento relativo com o déficit de evapotranspiração relativa. Tais autores
concluíram que a relação entre o rendimento relativo e a evapotranspiração relativa é linear e
válida para déficits hídricos até cerca de 50%. Afirmam, ainda, que em condições de
suprimento de água limitado à cultura sofrerá maior perda de rendimento quanto maior for o
valor de resposta da cultura.
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a fenologia e a produtividade da
melancia ‘Crimson Sweet’ cultivada com kits de irrigação desenvolvidas para a Agricultura
Familiar, no Semiárido cearense.
Material e Métodos
Local e período de realização do experimento
O experimento foi conduzido no Perímetro Irrigado Ayres de Souza, Setor VI, no
distrito de Jaibaras, localizado no município de Sobral - CE, o qual possui como coordenadas
geográficas 03º45'36" de Latitude Sul e 40º27'10" de Longitude Oeste. A região é
caracterizada por ter o clima do tipo Aw’, quente, com chuvas de verão e máximas em
outono, segundo classificação de Köppen, com temperatura média anual de 27,5 ºC e
precipitação média anual de 690 mm. O trabalho foi realizado no período de agosto a
novembro de 2011.
A área do experimento era distante 280 m do cabeçal de controle. Com isso optou-se
em não instalar uma bomba para isolar as irrigações do experimento, quer seja pelo custo
adicional com tubulação quer pela impossibilidade de instalação devido não haver tomada
d'água próximo ao cabeçal, já que esta é decorrente por gravidade direto do canal principal. A
tomada d'água foi feita a partir do final da adutora (4,0") que fazia as irrigações nos setores,
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da qual fez-se uma redução para 2,0" colocou-se um filtro de disco e registro para controle de
vazão.
Características do kit de irrigação
O kit de irrigação foi desenvolvido para pequenos agricultores familiares, por ser um
método alternativo mais em conta, uma vez que o produtor pode reparar as falhas que venham
a ocorrer, como entupimento nas instalações de um sistema por gotejamento, entre outros. Foi
utilizado um sistema de irrigação por gotejamento; com duas linhas de derivação; uma
tubulação principal de uma polegada; um filtro de disco de mesmo diâmetro; registros; uma
caixa d’água com capacidade para 1.000 L e altura de instalação de 4,0 m; um tanque classe
A; doze baterias de tensiômetros e um pluviômetro. Para as medições e aferições dispunha-se
de cronômetro digital; proveta graduada de 500 ml e manômetro. Foram realizadas duas
avaliações para medições das vazões dos emissores para se verificar a eficiência do sistema
(KELLER; KARMELLI, 1975).
Manejo da Irrigação
O método mais prático para se realizar o manejo é pela evapotranspiração acumulada
(ETca), que representa a soma dos valores da ETc diária entre duas irrigações. O valor limite
de ETca dependerá, principalmente do tipo de solo e do sistema de irrigação empregado,
variando normalmente entre 10 mm e 30 mm, sendo que a precipitação ocorrida no período
deve ser descontada do valor de ETca, conforme preceitua (CONCEIÇÃO, 2005).
Para saber se os critérios adotados no manejo estão adequados (Kc, turno de rega),
deve-se monitorar a umidade do solo, empregando-se aparelhos denominados tensiômetros,
que consistem em uma cápsula de porcelana porosa fixada a um tubo de PVC com tampa
onde é colocada água (Figura 1). O tubo é inserido no solo com a cápsula posicionada na
profundidade desejada. Quanto mais seco o solo mais a cápsula perderá água e maior será a
tensão registrada no vacuômetro. Deve-se repor, periodicamente, a água no tubo de PVC,
evitando a formação de bolhas de ar, o que prejudica a leitura do aparelho. A altura da coluna
de água dentro do tensiômetro deve ser descontada da leitura observada.
Foto: F. J. C. Moreira
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Foto: F. J. C. Moreira
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Figura 1. Instalação dos tensiômetros para monitoramento do Kc.
Muitos produtores costumam avaliar a umidade do solo apenas na sua superfície, o
que é um erro, uma vez que ela seca alguns dias após a irrigação, ajudando a reduzir as perdas
por evaporação. Deve-se ressaltar assim que, quando a superfície seca, é comum que a região
mais profunda do solo onde estão às raízes permaneça ainda com um alto teor de umidade
(CONCEIÇÃO, 2005).
Sistema de Irrigação por Gotejamento
Nesse ensaio utilizou-se o sistema de irrigação por gotejamento, em virtude do
objetivo que é de se trabalhar em pequenas áreas de agricultura familiar, onde a
disponibilidade de água geralmente é escassa, devendo-se, portanto, utilizar um sistema que
otimize a água disponível na propriedade ou comunidade rural.
Trata-se, portanto, de um sistema onde a água é levada sob pressão por tubos, até ser
aplicada ao solo através de emissores diretamente sobre a zona da raiz da planta, em alta
frequência e baixa intensidade (Figura 2).
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A
Foto: F. J. C. Moreira
B
Área = 500 m2
Figura 2. Em (A) detalhe da altura da caixa d água, característica do kit de irrigação; em (B) Área de realização
do ensaio, com 500 m2.
Possui uma eficiência na ordem de 90%. Tem, no entanto, um elevado custo de
implantação. É utilizado majoritariamente em culturas perenes e em fruticultura, embora
também seja usado por produtores de hortaliças e flores, em especial pela reduzida
necessidade de água, comparado aos demais sistemas de irrigação. Além de apresentar uma
boa eficiência o gotejamento também se destaca na questão do manejo da irrigação, onde tem
um menor gasto de água, economizando o recurso que em algumas regiões do nordeste é
escasso. Por ser um sistema de irrigação localizada, a cultura que é irrigada terá um bulbo
molhado maior, apresentando boas produções.
Baterias de Tensiômetros
O tensiômetro consiste em uma cápsula porosa, geralmente de cerâmica ou porcelana,
conectada a um medidor de vácuo, que pode ser um vacuômetro metálico ou um manômetro
de mercúrio, através de um tubo plástico ou de outro material, tendo todas as partes
preenchidas com água. A cápsula porosa é permeável à água e às soluções do solo, sendo,
entretanto, impermeável a gases e a matriz do solo, até determinado nível de tensão. Seu
funcionamento é simples, após estar completamente cheio de água e em solo saturado,
nenhuma água passará pela cápsula e não haverá vácuo. Seu funcionamento depende da
formação de vácuo em seu interior (AZEVEDO; SILVA, 1999).
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Taque Classe A
Dentre os vários métodos existentes para o manejo da irrigação, o tanque classe A
(Figura 3) tem sido amplamente utilizado em todo o mundo, devido, principalmente, ao seu
custo relativamente baixo, à possibilidade de instalação próximo da cultura a ser irrigada e à
sua facilidade de operação, aliado aos resultados satisfatórios para a estimativa hídrica das
culturas (SANTOS et al., 2004).
Foto: F. J. C. Moreira
Figura 3. Tanque classe A, instalado no centro do experimento, para medições diárias
de evaporação.
De acordo com Santos et al., (2004) a utilização do tanque classe “A” para o manejo
da irrigação pode ser adotado pelo produtor sem grandes dificuldades, pois o instrumental
requerido é relativamente simples.
Para este ensaio, as leituras eram feitas diariamente, sempre no período da manhã, e
eram anotadas a cada leitura.
Pluviômetro
O pluviômetro é um instrumento meteorológico utilizado para recolher e medir a
quantidade de líquidos ou sólidos como chuva ou granizo (e também neve para os países onde
ocorre). Como o equipamento mensura a quantidade de chuva que precipita, é elementar para
estudos meteorológicos e hidrológicos em conjunto com o sensor de temperatura.
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No presente trabalho, 46 dias após o plantio foram instalados cinco pluviômetros. No
período em que foi feito a instalação da cultura até a finalização da colheita, quase não
ocorreu chuva, mais quando choveu, foram anotadas as medições em mm.
Preparo da área, Manejo de Adubação e Agroquímicos
O preparo do solo constou de aração, gradagem, abertura dos sulcos e, em seguida
feito os camalhões. O tempo gasto na aquisição, montagem e ajustes do equipamento de
irrigação no campo foi de 30 dias, esse tempo pode ser recomendado para diminuir, por ação
do sol, a incidência de doenças e pragas advindas de patógenos abrigados no solo.
Com relação ao manejo de pragas e doenças, sempre que observado alguma alteração
no desenvolvimento normal das plantas, fazia-se o uso dos seguintes defensivos agrícolas,
listados no Quadro 1, de acordo com o diagnóstico feito in loco, e com as dosagens
recomendadas.
Quadro 1. Dados referentes às pragas/doenças diagnosticadas na área do experimento, com
nome técnico, formulação e dosagens que foram aplicados os defensivos químicos. IFCE –
Campus Sobral. Sobral-CE, 2015.
Praga/doença
Nome técnico
Dosagem
Mosca branca (Bemisia tabaci)
100 g.ha-1
(Tiametoxicam)
Pulgão das inflorescências (Aphis gossypi)
400 g.ha-1
Pulgão preto (Toxoptera citricida)
(Dimetoato)
150 ml.100L-1
(Cloridrato de
1,0 Kg .ha-1
Mosca-minadora (Lyriomyza sativae)
Pulgão-das-inflorescências (Aphis gossypii)
cartape)
1,0 Kg .ha-1
Formiga saúva (Ata ssp.)
(Cipermetrina 3%)
4,0 L.ha-1
Pulgão das inflorescências (Aphis gossypi)
(Acefato)
250 g.ha-1
Mosca branca (Bemisia tabaci)
(Acetamiprido)
5,0 mg.20L-1
Pulgão das inflorescências (Aphis gossypi)
Crestamento gomoso do caule (Didymella bryoniae)
(Difenoconazol)
30 ml.100 L-1
Fonte: Compêndio de Defensivos Agrícolas. ANDREI (2011).
Os defensivos agrícolas acima citados foram utilizados à medida em que se fazia o
diagnóstico das pragas e doenças relacionadas com à cultura e aplicados de acordo com as
instruções de recomendação de cada produto. Para as plantas daninhas não se fez aplicação de
herbicida, sendo estas manejas por meio de capinas manuais e com o auxílio de enxada para
não prejudicar as ramificações, botões florais, flores e frutos.
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Preparo das mudas e Plantio em campo
As mudas foram produzidas em bandejas de isopor de 128 células, contendo como
substrato esterco animal, areia, MAP (monoamônico fosfato) na proporção de 4:4:1 (pá)
respectivamente. Utilizou-se sementes de melancia ‘Crimson Swett’.
Aos 12 dias após a semeadura, as mudas foram transplantadas, sendo colocadas duas
mudas por emissor, distanciadas entre si de mais ou menos 12 cm, totalizando 24 plantas por
fileira, ou seja, quatro plantas por metro linear. Área total do experimento foi de 1.000 m2.
Após o transplantio e no dia seguinte aplicou-se três horas de irrigação contínua. Nos
dias subsequentes foram aplicadas duas horas de irrigação diária, em que optou-se por
submeter as plantas a um estresse (sem irrigação) para favorecer o desenvolvimento das
raízes, prática essa bastante utilizada na região.
Coleta de dados fenológicos
A melancia foi plantada em espaçamento de 2,5 x 0,8 m, as sementes foram semeadas
no dia seis de agosto de 2011, em bandejas de isopor e transplantadas manualmente no dia 18
de agosto de 2011, sempre salteando um gotejador para cada muda.
A partir daí foi realizado um acompanhamento diário da cultura e semanalmente foram
realizadas as medições dos aspectos fenológicos em 10 plantas aleatoriamente distribuídas,
avaliando-se: número de folhas, número de brotações, comprimento das brotações, área foliar,
número de botões florais, número de frutos vingados, produção e produtividade, conforme
metodologia descrita a seguir.
a. número de folhas: foram feitas avaliações semanalmente; foram contados a quantidade de
folhas a cada vez que eram feitas as avaliações, podendo observar sempre o seu
desenvolvimento ao longo do tempo; b. área foliar: foi feito a medição semanalmente, no
começo usando uma régua e conforme o crescimento utilizando-se uma trena. No início, foi
avaliada somente uma folha por planta, mas a medida de seu desenvolvimento passou-se a
avaliar duas folhas por plantas, sendo sempre uma grande e outra pequena; c. número de
brotações: foi avaliada semanalmente a contagem de brotações para melhor mensurar o
desenvolvimento da planta; d. comprimento das brotações: como as brotações mediam mais
de 2,0 metros de comprimento, a medição foi feita por meio de uma trena. No inicio das
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brotações era contados uma por planta, mas à medida que ela se desenvolvia aumentava a
quantidade a serem contadas, ou seja, foram escolhidas de forma aleatórias três brotações,
sendo sempre uma pequena, uma média e uma grande; e. número de botões florais: Pode-se
observar as primeiras flores com 26 dias após o plantio e sua contagem foi feita
semanalmente para avaliarmos seu desenvolvimento; f. número de frutos vingados: a
quantidade de frutos vingados pôde ser observada desde os 26 dias após o plantio sendo
sempre contabilizados semanalmente; g. colheita: foi realizado no período da tarde,
separando os frutos bons dos frutos podres, foram retiradas cabaçinhas, que são os frutos
menores, toda a colheita foi feita manualmente, sempre com bastante cuidado; h. produção e
produtividade: a colheita foi realizada 65 dias após o transplantio. Os frutos foram colhidos
manualmente, em duas etapas, com intervalo de uma semana, sendo contabilizados a cada
semana e após a colheita final a contabilização dos frutos foi valorada num total de 522
frutos.
Resultados e Discussão
De acordo com os resultados apresentados na Figura 4, observa-se que o número de
folhas de melancia cv. Crimson Swett foi crescente ao longo das nove semanas avaliadas.
Folhas/planta
Este resultado era esperado, visto que, o ciclo desta cultivar é de 80 dias.
Figura 4. Número de folhas de melancia, observadas ao longo de nove semanas. IFCE –
Campus Sobral. Sobral-CE, 2015.
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Em estudo realizado por Santana et al. (2011) estes verificaram que para a
característica de número de folhas os tratamentos realizados houve crescimento que foi
estatisticamente igual e se diferiram estatisticamente dos demais substratos avaliados, sendo o
substrato comercial o que apresentou o maior número de folhas (2,35). Por outro lado estes
resultados diferem dos obtidos por Silva et al. (2009) que verificaram que o maior numero de
folhas nas mudas de melancia foi encontrado no substrato T4 (4,80) (esterco bovino + solo).
Silva et al. (2009) observaram ainda que os resultados para número de folhas estavam acima
dos obtidos para mudas de pimentão pois observaram superioridade dos compostos 1 (esterco
bovino, esterco caprino, cama de galinha e folhas de cajueiro) e 2 (esterco bovino e restos
culturais de feijão, amendoim, gergelim e de plantas espontâneas) com 2,66 e 2,68 folhas por
planta, respectivamente; no entanto estes valores foram superiores ao substrato Plantmax ®
(2,44).
Na Figura 5, pode-se observar que o numero de brotações em plantas de melancia foi
crescente ao longo de nove semanas avaliadas, o resultado foi o esperado para o ciclo já que
Brotações /planta
tem um ciclo com 80 dias.
Figura 5. Número de brotações em melancia, observadas ao longo de nove semanas. IFCE
– Campus Sobral. Sobral-CE, 2015.
Segundo Melo et al. (2011) em uma avaliação na cultivar de melancia foi verificado o
crescimento do numero de brotações a cada vistoria realizada durante os períodos de 30, 60 e
90 dias após plantio, mas foi notório o índice de crescimento no período de 60 dias ficando
praticamente estável após os outros 30 dias. Já para Mielke et al. (1994) avaliou as variáveis
número de brotações e número de brotações enraizadas onde apresentaram variações de 4 até
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41 e de zero até 23, respectivamente, enquanto a percentagem de brotações enraizadas variou
de O até 100%. Foram encontradas correlações lineares significativas entre número de
brotações e número de brotações enraizadas, enquanto que a correlação entre o número de
brotações e percentagem de brotações enraizadas não foi significativa. Estes dados indicam
que um maior número de brotações por planta teve como consequência maior número de
brotações enraizadas, existindo uma variação muito grande quanto à percentagem de
brotações enraizadas por planta.
Na Figura 6, o comprimento das três maiores brotações em melancia, observadas ao
longo de nove semanas, pode-se perceber que ouve um aumento significativamente no
comprimento.
Segundo Moraes et al. (2007) em um trabalho realizado com melancia percebeu seu
aumento a cada contagem feita ao longo de 30, 60 e 90 dias e relatou que ouve um crescente
Comprimento das
brotações/planta
aumento, mas que estatisticamente não se deferiram entre si.
Figura 6. Comprimento das três maiores brotações em melancia, observadas ao longo de
nove semanas. IFCE – Campus Sobral, Sobral-CE, 2015.
Já Werle et al. (2008) estudando as brotações e a produção da videira ‘Niagara Rosada’
observaram que para o comprimento destas, a testemunha apresentou o menor comprimento.
O maior comprimento foi observado quando foi utilizada a dose de 30 mL L-1 de cianamida
hidrogenada aos 38 dias após a aplicação. Tanto o diâmetro quanto o comprimento das
brotações da videira dão uma idéia do vigor dos ramos, podendo estes ter relação com a
qualidade e produtividade das plantas.
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Na Figura 7, área foliar de plantas de melancia, observadas ao longo de 9 semanas,
observa-se que houve constante crescimento.
De acordo com resultados obtidos por Melo et al. (2011) a partir de uma avaliação feita
na cultivar de melão mostrou que a partir dos 18 DAT que a área foliar permaneceu em
constante crescimento até, aproximadamente, 53 DAT. Aos 28 DAT, as plantas atingiram
50% do valor máximo observado (3.725,64 cm²). De acordo com a função logística, 99,9% do
valor máximo para área foliar foi obtido aos 62 DAT, sendo 7.443,82 cm².
O contínuo crescimento da área foliar até 62 DAT indica que as folhas expandiram sua
área foliar individualmente, garantindo assim a produção de fotoassimilados para os frutos e a
planta em si. Já para Braga et al. (2011), a redução da área foliar ocasionada pelo autosombreamento das folhas e também pela intensa alocação de fotoassimilados para os frutos e
a manutenção dos órgãos já existentes, provocando aceleração na senescência e abscisão
foliar, provavelmente, contribuíram para reduzir, ao longo do ciclo, a eficiência da planta na
Área foliar/planta
produção diária de matéria seca.
Figura 7. Área foliar em melancia, observadas ao longo de nove semanas. IFCE – Campus
Sobral. Sobral-CE, 2015.
Para Lopes et al. (2007), o modelo de crescimento que estimou a área de folha por
planta, foi o mesmo modelo da relação área foliar e dias após o transplante. A soma térmica
necessária para o nastúrcio (Tropaeolum majus L.) atingir o máximo crescimento vegetativo
variou de acordo com a densidade considerada, sendo que, na maior densidade, as plantas
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atingiram a máxima área foliar (3.129 cm²) com menor soma térmica (622 Graus-Dia) do que
na menor densidade (695 Graus-Dia), em que obteve uma área foliar máxima estimada de
6.932 cm².
Na Figura 8, percebeu-se que o número de flores foi consideravelmente maior que o
Nº de Flores e frutos
vingados /planta
numero de frutos vingados em melancia, observados ao longo de nove semanas.
Figura 8. Número de flores e frutos vingados em melancia, observadas ao longo de nove
semanas. IFCE – Campus Sobral. Sobral-CE, 2015.
Braga et al. (2011), avaliando o crescimento de melancia ‘Mickylee’, observaram que a
fase reprodutiva iniciou-se por volta dos 25 DAT, com o acúmulo de massa seca de frutos
alcançando o valor máximo aos 55 DAT. Neste experimento, no final do ciclo, a participação
da parte vegetativa (folhas e hastes) foi de 36,10% e a dos frutos 63,90%. Em outro trabalho,
Pôrto (2003) também obteve resultados semelhantes, tendo a parte vegetativa do melão
cantaloupe ‘Torreon’ participado com 38% e os frutos com 63% da massa seca total. Para
Lopes et al. (2007), trabalhando com o crescimento inicial de nastúrcio (Tropaeolum majus
L.), o florescimento teve início antes da planta atingir a área foliar máxima e, contudo, apesar
da maior área foliar por planta em relação à maior densidade (0,30 x 0,25 m), o número de
flores produzidas foi menor.
O fato da produção máxima de flores por área ter sido obtida na maior densidade de
plantas indica que a competição entre plantas existente não foi suficiente para reduzir o
número de flores. Considerando-se que a flor é o produto final desejado, é importante
verificar que é possível produzir maior quantidade de flores em menor espaço, fato que está
de acordo com a necessidade de otimização de espaço disponível em ambiente protegido.
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Os frutos foram contabilizados em um total de 522 frutos, sendo 193 cabaçinhas, 78
podres e 251 frutos bons. Os frutos foram colhidos manualmente.
Com estes resultados é possível sugerir que mesmo com uma área pequena e com pouca
disponibilidade de água é factível se conseguir uma renda extra ou alternativa, com uma
cultura de maior valor agregado, no caso especifico da melancia, e com elevada facilidade de
comercialização nos comércios e feiras livres do interior do nordeste, em função da sua
aceitação e do preço.
Conclusões
De acordo com os dados observados e de posse dos resultados analisadas, pode-se
concluir, que:
o Para todas as variáveis fenológicas analisadas, observou-se desenvolvimento dentro das
potencialidades da cultivar;
o As plantas de melancia apresentaram área foliar de 7.443,82 cm², comprimento médio das
três maiores hastes foi de 570, 395 e 210 cm, respectivamente, máximo de 19 botões
florais e quatro frutos vingados por haste;
o A produção foi de 522 frutos de melancias, com produtividade de 5.220 melancias ha-1;
o Para a produção e produtividade verificou-se que os padrões também foram mantidos,
quando comparados com os sistemas de irrigação convencionais de produção desta cultura;
o A produção observada foi considerada satisfatória, podendo ser mais uma alternativa de
renda na Agricultura Familiar em áreas pequenas e com pouca disponibilidade de água.
Cad. Cult. Ciênc. Ano X, v.14, n.1, Set, 2015
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Agradecimentos
Os autores agradecem a FINEP pelo financiamento do Projeto de Desenvolvimento,
Difusão e Inovação Tecnológica na Irrigação – DDITI, pela concessão de bolsas de estudos
aos estudantes envolvidos e ao IFCE – Campus Sobral pelo suporte necessário a sua
concretização.
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Recebido: 12/05/2015
Aceito: 06/07/2015
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