DENSIDADE POPULACIONAL D FELISBERTO NEVES E

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64º Congresso Nacional de Botânica
otânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
DENSIDADE POPULACIONAL DE Kielmeyeracoriacea NO PARQUE
FELISBERTO NEVES, BETIM, MINAS GERAIS
1
1
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Isabela M. Maia¹*, Fernanda A.
A Brandão , Vanessa S. Alves , Marcelo F. de Vasconcelos .
1
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Unidade Betim; *[email protected]
Introdução
O Cerrado
errado ocupa 23% do território brasileiro, estendendoestendendo
se da margem da floresta Amazônica até os estados de
São Paulo e Paraná. (Ratter&Dargie 1992; Oliveira-Filho
Oliveira
&Ratter 1995), tratando-se
se do segundo maior domínio
fitogeográfico do país, sendo superado apenas
ap
pela
Floresta Amazônica (Ribeiro &Waller, 1998). [1]
Assim sendo, deve-se
se envidar esforços no sentido de
fornecer informações que possam contribuir para o
conhecimento e subsidiar ações de preservação dos
fragmentos existentes.[2]
O gênero Kielmeyera é endêmico da América do Sul,
compreende cerca de 47 espécies, sendo 45 nativas do
Brasil distribuindo-se
se amplamente pelo Brasil em áreas de
campo sujo, cerrado e cerradão (Pimenta 2011) [3].Vários
são os fatores bióticos e abióticos que podem influenciar
na distribuição etária e espacial da planta,
planta como o fogo,
patógenos e presença de diferentes microhábitats no
ambiente e que provocam mudanças quanto ao número
de indivíduos de sua população e que influenciam na
densidade. Pensando nisso, com a finalidade de conhecer
a densidade populacional da K. coriácea no parque, fezfez
se um estudo com seus indivíduos analisando numa área
específica, a altura da planta e circunferência do caule e
através dos resultados obtidos, verificar a ocorrência da
planta e a situação
o do parque através da avaliação
comparativa entre dados.
Metodologia
No Parque Municipal Felisberto Neves, município de
Betim (19º57’03”S – 44º11’31”W), foram
orammarcados três
transectos, com 50 m de comprimento cada, com
espaçamento de 12 m entre eles, com área avaliada
dentro de 2 mpara
para cada lado dos transectos. Todos
T
os
indivíduos de K. coriaceaencontrados
encontrados nesta
n
área
amostrada foram contados e medidos(altura
medid
e
circunferência à altura do peito);
Resultados e Discussão
Foram encontrados 64 indivíduos de K.coriacea dentro
dos transectos estudados, sendo que a menor planta
encontrada foi de 0,2 m de altura e a maior foi
aproximadamente 4 m, com o caule muito fino e as folhas
das plantas jovens danificadas, possivelmente por efeito
de queimadas frequentes no parque,
arque, o que pode ter
influenciado seu desenvolvimento.
O estudo realizado por Costa& Araújo (2001) [4] em área
mais preservada de cerrado, encontrouexemplares
deKielmeyeramais altas e com caule mais grosso,
divergindo do nosso estudo, no qual as plantas eram
inferiores a 1m sendo que apenas 11 indivíduos possuíam
altura superior a 1m.
A presente investigação ressalta as seguintes
características da área em questão: trata-se
trata
de um
fragmento
nto de cerradocuja maioria dos indivíduos
concentra-se
se no estrato inferior a 3m de altura, sendo
grande número de plantas em estádio jovem. Os
resultados acrescentam dados que poderão subsidiar as
ações de manutenção e preservação da vegetação em
remanescentes
centes do Cerrado no Estado de Minas Gerais.
Figura. Planta Kielmeyeracoriacea.
coriacea.
Conclusões
Os resultados sugerem que os impactos ocorrentes na
área de estudo tenham influenciado
enciado na densidade da
população de K.coriacea,assim
assim como naaltura e
espessura do caule das plantas,
plantas já que a maioria era
representadapor indivíduos muito baixos, com tronco fino.
Este resultado diverge de estudos referentes a
populações da espécie em outras regiões menos
impactadas, onde as árvores tendem a ser mais altas
alt e
com troncos mais espessos (Costa
Costa & Araújo 2004;
2004 Rios &
Mori, 2012). [5]
Agradecimentos
Agradecemos ao Parque Felisberto Neves, pela área de
estudo e por abrigar essa região de importância para a
Cidade de Betim, que nos permitiu realizar este trabalho.
Referências Bibliográficas
[1] RIBEIRO, J. F. & WALTER,, B. M. T. 1998. Fitofisionomias
do bioma cerrado. Pp. 89-166.
166. In: S. M. Sano & S.
P. Almeida (eds.), Cerrado: ambiente e flora.
flora
EMBRAPA – CPAC, Planaltina.
[2] FIDELIS, Alessandra Tomaselli,, GODOY, P. Silvana
Aparecida. Estrutura de um cerrado Strico Sensu na Gleba
Cerrado Pé-de-Gigante,
Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP.
SP Acta
bot. Brás. 17(4): 531-539. 2003
[3] PIMENTA, Suzana Magda; COELHO, Maria de Fátima;
SALES,Débora.
Germinação
de
Se
Sementes
de
KielmeyeraCoriacea em diferentes substratos e condições
de luz. Revista de Biologia e ciências da Terra. Vol. 11, n°2 - 2°
Semestre 2011.
[4] COSTA, Alexandre Augusto;; ARAÚJO, Glein Monteiro de.
Comparação da Vegetação Arbórea de cerradão e de cerrado
na Reserva do Panga, Uberlândia, Minas Gerais.Acta
Gerais
bot.
bras. 15(1): 63-72. 2001.
[5] RIOS, Polliana D'Angelo R.;; MORI, Fábio A. Estimativa de
Idade das Árvores, Massa Específica e Cubagem da Casca
de Kielmeyera coriácea. Mart. ScientiaLorestalis, Piracicaba,
v.40, n.93, p.085-093, 2012.
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