o herbário da faculdade de formação de professores, uma

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64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
O HERBÁRIO DA FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES,
UMA IMPORTANTE COLEÇÃO BOTÂNICA REPRESENTATIVA DA MATA
ATLÂNTICA DO LESTE METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO
*Lais da Silva Cunha¹, Davi Nepomuceno da Silva Machado¹, Mariana Monteiro de Almeida¹, Thalita dos
Santos Mendes¹, Brenda de Almeida Gomes¹, Ana Angélica M. de Barros¹, Marcelo Guerra Santos¹, Luiz
José Soares Pinto¹, Maria Cristina Ferreira dos Santos¹
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de Professores - Departamento de Ciências
*[email protected]
Introdução
Em face a intensificação da perda da diversidade
biológica na Mata Atlântica, os fragmentos florestais
remanescentes desse bioma assumem a função de
mantenedores do patrimônio genético das diferentes
formações florestais [1]. Estima-se que, na atualidade,
esse bioma ocupe apenas cerca de 11% da sua área
original [2]. Devido a essa situação, a Mata Atlântica é
considerada um dos 34 hotspots do mundo [3]. As
coleções científicas da Mata Atlântica têm como
objetivo promover um melhor levantamento de estudos
entre os alunos e pesquisadores de várias instituições;
além de
assegurar uma manutenção dos
representantes vegetais
encontrados no Leste
Metropolitano. Sendo assim, coleções botânicas
constituem uma importante estratégia de conservação
ex-situ, uma vez que são imprescindíveis para estudos
da diversidade florística, documentando a existência de
espécies em um determinado tempo e espaço [5]. O
Herbário da Faculdade de Formação de Professores
da UERJ (RFFP) foi criado em 1997, sendo sediado no
município de São Gonçalo, RJ. Tem como objetivos:
manter a coleção de plantas resultantes dos projetos
de pesquisa realizados na Mata Atlântica do estado do
Rio de Janeiro e vinculados ao Departamento de
Ciências da FFP-UERJ; auxiliar as atividades de
ensino e pesquisa nas áreas de botânica, ecologia,
zoologia e geografia nos cursos de graduação e pósgraduação (mestrado acadêmico), além de capacitar
estudantes nas técnicas de coleta, identificação e
preservação do material botânico.
Metodologia
A metodologia adotada compreende a coleta
de espécimes férteis em campo, que passam por um
processo de herborização que inclui a prensagem do
material coletado, secagem em uma estufa à 60ºC,
seguida de costura, etiquetagem e registro com
número de tombo [4]. A identificação é realizada com
bibliografia especializada, comparação em outros
herbários e auxílio dos pesquisadores especialistas,
sendo constante sua atualização. A manutenção da
coleção é permanente, sendo o acervo acondicionado
em armários de aço e conservado com naftalina. São
realizadas permutas com outros herbários fluminenses.
O herbário é informatizado e todas as informações que
constam das fichas de coleta estão incluídas no
software Microsoft Excel 2010.
Resultados e Discussão
A coleção do Herbário RFFP conta com um
acervo de 80,65% de angiospermas, 14,06% de
pteridófitas (Lycophyta e Samambaias), 3,31% de
briófitas (Bryophyta e Marchantiophyta), 1,56% de
fungos (Basidiomycota e fungos liquenizados), 0,38%
de algas (Chlorophyta, Ochrophyta-Phaeophyceae e
Rhodophyta) e 0,04% de gimnospermas. A região do
Leste Metropolitano do Rio de Janeiro está
representada por quase metade da coleção do RFFP
(48,83%). Os municípios com maior número de
registros são: Niterói (34,90%), São Gonçalo (9,74%),
Maricá (4,16%), Angra dos Reis (9,26%), Nova Iguaçu
(6,10%), Santa Maria Madalena (8,36%) e Magé
(3,95%). Esse número revela uma importante
contribuição ao conhecimento florístico desta parte do
estado, pouco representada em outros herbários
fluminenses. O RFFP também conta com o registro de
novas ocorrências de espécies para o estado do Rio
de
Janeiro.
Logo,
o
herbário
possui,
aproximadamente,15.800 espécimes.
Conclusões
Deste modo, além de constituir um importante
acervo da diversidade florística dessas regiões, o
herbário serve também, como uma importante
ferramenta para a formação acadêmica dos estudantes
da Faculdade de Formação de Professores da UERJ.
Agradecimentos
Ao CETREINA/UERJ pela bolsa concedida a
primeira autora. A todos os pesquisadores botânicos
que contribuíram para a identificação correta do acervo
do Herbário RFFP. A todos os estagiários que
participaram da criação e consolidação da coleção
científica desde 1997 até a atualidade.
Referências Bibliográficas
[1] Primack, R.B. & Rodrigues, E. 2002. Biologia da
conservação.
Londrina,
Editora
Efraim
Rodrigues.
[2] Ribeiro, M.C. 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How
much is left and how is the remaining forest distributed?
Implications for conservation. Biological Conservation 142
(6):1141-1153.
[3] Mittermeier, R.A. et al. 2004. Hotspots revisited. Earth’s
biologically richest and most endangered terrestrial
ecorregions. Ciudad de México, CEMEX, Conservation
International.
[4] Mori, S.A.; Silva, L.A.M.; Gildro, L. & Coradin, L. 1985.
Manual de manejo do herbário Fanerogâmico. Ilhéus,
Editora
Centro
de
Pesquisas
do
Cacau.
[5]. Vasconcellos, M.R. & Peixoto, A.L. 2003. Coleções
botânicas brasileiras: situação atual e perspectivas. Pp.:
113-125. In: A.L. Peixoto (org.). Coleções Botânicas: objetos e
dados para a ciência, Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
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