OPORTUNIDADES DE GERA‚ÌO DE RENDA NO CERRADO Texto para Discuss‹o Bras’lia, mar•o de 1999 Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural realizado com o apoio do Programa de Pequenos Projetos Ð GEF/PNUD Equipe TŽcnica Coordena•‹o geral: Maur’cio Galinkin 1-Textos B‡sicos produzidos por: - Cerrados: Profa. Maria Leonor Lopes Assad, UnB; - Transportes: Prof. DŽlio Moreira de Araœjo, UCG; - Agricultura no Cerrado: Eng. Agr™nomo DÕAllembert de Barros Jaccoud - Indicadores Socioecon™micos: Maur’cio Galinkin Mapas Georreferenciados/Samba/Cabral: Eng. Ronaldo Ramos Vasconcelos Outras contribui•›es: -Econ. F‡bio Ribeiro de Abreu; -Econ. Zenon SchŸller dos Reis; -Prof. Marco Ant™nio Sperb Leite, UFG; -Jorn. Washington Novaes. Texto final: Maur’cio Galinkin Os autores dos textos b‡sicos e colaboradores n‹o t•m responsabilidade por impropriedades que existam no texto final. Os pontos de vista que porventura apare•am no texto n‹o expressam, necessariamente, as opini›es dos autores dos textos b‡sicos nem dos demais colaboradores acima citados. Projeto realizado com o apoio do Programa de Pequenos Projetos ÐPPP- GEF/PNUD Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC SHCNorte, ComŽrcio Local, Quadra 112, Bloco B, loja 06. CEP 70.762-520 Bras’lia-DF tel.: 061 340-1020; fax: 061 340-1318 email: [email protected] Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC êNDICE P‡gina Equipe TŽcnica êndice êndice de Quadros e Mapas Apresenta•‹o Cap’tulo I- Cerrado Brasileiro: Sabendo Utilizar N‹o Vai Acabar diversidade de recursos e de possibilidades de uso 1. Introdu•‹o ii iii iv 03 04 04 O perigo est‡ dentro de n—s 05 2.Revendo alguns conceitos 05 3. Caracter’sticas dos recursos naturais na regi‹o do Cerrado brasileiro 07 As duas esta•›es do ano 08 Riqueza Biol—gica 09 4.Riscos decorrentes da utiliza•‹o inadequada dos recursos naturais dispon’veis 5. Possibilidades de uso dos recursos naturais dispon’veis 13 Cap’tulo II. Qualidade de Vida na Regi‹o Focalizada 14 1. Indicadores Sociais e Econ™micos 14 2.Popula•›es Ind’genas Cap’tulo III- A Estrutura Cerrado 19 dos Transportes na çrea do 11 22 1 - Introdu•‹o 22 2 Ð A forma•‹o da rede de transportes na regi‹o dos Cerrados 22 3. A Situa•‹o Atual da Rede de Transportes na çrea dos Cerrados 23 4. Projetos, planos e perspectivas 29 O Rodoviarismo e as Ferrovias 29 Os Corredores de Exporta•‹o 30 A DŽcada de 1990 e as Ferrovias 31 Os Projetos das hidrovias do Paraguai e Araguaia-Tocantins 32 5. Conclus›es 33 Cap’tulo IV - Alternativas de Atividades Econ™micas Sustent‡veis com Base Rural 34 1. Introdu•‹o 34 2. Sobre a Atividade Agropecu‡ria Regional 39 Planejamento por aptid‹o agr’cola 39 Pr‡ticas agr’colas 40 Consorcia•›es e rota•›es : 42 3. Flora: Potencial n‹o Madeireiro das Plantas do Cerrado Gr‹os, tubŽrculos e outros 44 44 Pastagens e forragens 46 Frutas Nativas 46 Palmeiras 49 Flores 51 Produtos para agroindœstria 53 Viveirismo 56 Alternativa de uso mœltiplo para pequenos reflorestamentos: o bambu 56 4 - Fauna: EspŽcies Silvestres com Adapta•‹o para Cria•‹o 57 Herb’voros 57 Aqu‡ticos 59 Insetos 60 5. Turismo Rural (Agroturismo, Ecoturismo e Pesca) 61 CAPêTULO V Ð Recomenda•›es ANEXOS: 62 A- Lista de 28 outras espŽcies de frutas do Cerrado B- Bibliografia Geral 64 68 C-Refer•ncias Bibliogr‡ficas por çreas Tem‡ticas 70 êndice de Mapas, Quadros e Boxes MAPAS IDH da Regi‹o Componentes IDH da Regi‹o Bovinocultura Varia•‹o çrea Plantada Arroz/Soja Mapa Esquem‡tico da Distribui•‹o das Bitolas Ferrovi‡rias Corredor de Transporte Centro-Leste QUADROS E BOXES Algumas Popula•›es Ind’genas de Goi‡s, Mato Grosso e Tocantins 1995 Eros‹o dos Solos no Cerrado Pr‡ticas de Prote•‹o do Solo Algumas EspŽcies de Flores para Arranjos, mais usadas em GO, DF e MG Plantas do Cerrado com Conhecido Uso Medicinal Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC P‡gina 15 16 17 18 25 28 P‡gina 20 36 41 52 55 Apresenta•‹o A esperan•a de muitas pessoas, e de quase todos nossos governantes, t•m repousado na radical transforma•‹o das terras do Cerrado brasileiro em produtoras de gr‹os, particularmente de soja, a serem exportados, o que ˆs vezes surge mesmo como um novo Eldorado nessa vis‹o de futuro. Para isso, pretendem lan•ar m‹o de um completo Òpacote tecnol—gicoÓ, no qual nossas terras servem apenas de suporte, como se planta um feij‹o em um chuma•o de algod‹o œmido, que depois Ž jogado fora. A regi‹o do Cerrado, entretanto, contŽm uma riqueza inestim‡vel que Ž pouco conhecida, e menos ainda valorizada. O aprofundamento da pesquisa e a realiza•‹o de novas experi•ncias v•m mostrando, cada vez mais, a capacidade de se desenvolver atividades econ™micas que elevem substancialmente a renda da popula•‹o local, sem destrui•‹o da natureza. O presente trabalho prop›e-se a divulgar informa•›es e servir para estimular o debate acerca do potencial do Cerrado, apresentando oportunidades que existem para novas atividades econ™micas que tragam a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da regi‹o, dentro de um perspectiva de desenvolvimento sustent‡vel. Pretende-se, com isso, apoiar a realiza•‹o de debates organizados com a participa•‹o de todos os segmentos sociais das popula•›es que vivem na regi‹o focalizada, de forma a se alcan•ar a defini•‹o de um projeto de futuro, de um plano de desenvolvimento sustent‡vel capaz de valorizar o Cerrado atravŽs da gera•‹o de riqueza - mas conservando a natureza - distribu’da de modo a beneficiar a grande maioria de seus habitantes. A realiza•‹o do presente estudo contou com o apoio financeiro do Programa de Pequenos Projetos ÐPPP, do GEF/PNUD, coordenado pelo Instituto Sociedade, Popula•‹o e Natureza-ISPN. Desejamos agradecer aqui a todos os participantes dos semin‡rios e discuss›es realizadas ao longo de 1998 e in’cio de 1999, que apresentaram dœvidas e sugest›es que contribuiram para o aperfei•oamento do texto, a Marco C. van der Ree e Bruno Pagnoccheschi, representantes do ISPN junto aos conveniados, pelo apoio durante a elabora•‹o do estudo, e aos profissionais que compuseram a equipe que realizou o presente trabalho. Ana Lœcia Galinkin Presidente Cap’tulo I- Cerrado Brasileiro: Sabendo Utilizar N‹o Vai Acabar - diversidade de recursos e de possibilidades de uso 1. Introdu•‹o Nos œltimos anos tem crescido os alertas quanto aos perigos que rondam a regi‹o do Cerrado. Reportagens denunciam os riscos de queimadas tanto nas ‡reas de preserva•‹o natural quanto nas ‡reas de pastagens, onde o fogo Ž utilizado propositadamente para limpeza do pasto. TŽcnicos de extens‹o rural e pesquisadores lembram que nas ‡reas de agricultura muito solo tem sido perdido por eros‹o e as ‡guas est‹o sendo contaminadas por excesso de fertilizantes e de defensivos agr’colas. Mais grave ainda Ž que muitos temem pela falta de ‡gua dentro de aproximadamente vinte anos, em cidades do Distrito Federal, de Goi‡s e do Tocantins, dado o crescimento acelerado do nœmero de sistemas de irriga•‹o instalados em ‡reas de nascentes. Os ecologistas denunciam que a perda da biodiversidade do Cerrado, a expans‹o da agricultura e da ocupa•‹o desordenada nas ‡reas urbanas est‹o amea•ando um dos maiores biomas do mundo. Prefeitos e administradores pœblicos reclamam que n‹o existem recursos suficientes para atender ˆs necessidades de saœde, educa•‹o, seguran•a e emprego para a popula•‹o da regi‹o, que praticamente dobrou nos œltimos vinte e cinco anos. Enfim, o crescimento das cidades e da ocupa•‹o do Cerrado parece ter trazido mais problemas para o ambiente do que qualidade de vida para sua popula•‹o. No entanto, atŽ cerca de 40 anos atr‡s, o Brasil Central, onde se estende grande parte do Cerrado, era uma regi‹o pouco povoada e esquecida. Poucos eram aqueles que se aventuravam a cultivar a terra onde as ‡rvores tortuosas imprimiam ˆ paisagem um aspecto agreste. As fazendas que existiam dedicavam-se basicamente ˆ cria•‹o de gado, que pastava nos campos abertos e se refugiava do calor e da seca na sombra de ‡rvores de caule lenhoso e copa frondosa. Muitos visitantes da regi‹o, incluindo aqueles que por ela passavam em busca de minŽrios e de terras œmidas na Amaz™nia, duvidavam da possibilidade de se produzir alimentos em terras onde o cascalho tem cor vermelho escuro (as lateritas) e a matŽria org‰nica mal consegue escurecer as camadas mais superficiais do solo. Com a mudan•a da Capital Federal do Rio de Janeiro para Bras’lia, em 1960, o Brasil Central come•ou a atrair gente de v‡rias regi›es. Muitos vinham em busca de trabalho, principalmente na constru•‹o civil, no comŽrcio e no servi•o pœblico. Aos poucos foram os agricultores que come•aram a chegar. Inicialmente de modo t’mido, tentando fazer o que aqui faziam os mais antigos Ð criar gado nos campos naturais. Em seguida, com o avan•o das pesquisas na regi‹o, descobriu-se que com aplica•‹o de fertilizantes e emprego de m‡quinas de preparo, plantio e colheita, podia-se produzir gr‹os para exporta•‹o. O Cerrado virou not’cia e muitas ‡reas foram abertas, derrubando-se aquelas ‡rvores tortas e substituindo-se a paisagem de vegeta•‹o arb—rea e arbustiva entremeada por vegeta•‹o rasteira por uma paisagem de monoculturas de arroz e de soja, principalmente. Aqueles que haviam aqui se instalado no final do sŽculo passado e nas primeiras dŽcadas do sŽculo XX, viram suas terras serem cercadas com a chegada dos Ònovos donosÓ. Isto porque, como o Brasil Central Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC era pouco explorado antes de 1950, n‹o haviam muitas cercas delimitando propriedades: quem chegava primeiro ia ficando e acabava dono do lugar. O perigo est‡ dentro de n—s Mas atŽ que ponto essa regi‹o natural corre perigo? Ser‡ que ela pode acabar? Ser‡ que os recursos naturais, aquilo que a Natureza fez, pode ser destru’do ou extinto pela a•‹o do homem? E a agricultura, ser‡ que ela causa tantos danos assim ao ambiente? Se for verdade que a agricultura coloca a sobreviv•ncia do Cerrado em risco, ser‡ que essa regi‹o deve voltar a ser o que era antes da dŽcada de 60? Por que se fala tanto de perda da biodiversidade do Cerrado, do perigo de se destruir espŽcies nativas da regi‹o? O que vem a ser isto? Quest›es e inquieta•›es n‹o faltam. TambŽm n‹o d‡ para pensar que aqueles que aqui chegaram e se instalaram devam voltar para suas regi›es de origem ou para a Amaz™nia, que continua pouco ocupada, e deixar o Cerrado preservado. Afinal, a popula•‹o brasileira vem aumentando nesses œltimos anos e n‹o basta mudar de um lugar para outro: isto s— leva a mudar o problema de lugar. ƒ preciso mudar a maneira como vemos o Cerrado, entender porque suas ‡rvores s‹o tortas, sua topografia Ž suave nas terras altas entremeadas por morros baixos; entender porque seus cursos dÕ‡gua s‹o t‹o numerosos mas muitas vezes secam nos meses de julho a setembro. ƒ preciso saber porque a ‡gua infiltra rapidamente no solo sob vegeta•‹o nativa mas uma chuva um pouco mais forte pode destruir uma planta•‹o inteira pela simples da eros‹o h’drica. ƒ preciso conhecer as potencialidades e os limites do Cerrado, e aprender a conviver com eles para melhor viver. ƒ fundamental que se compreenda que o ambiente do Cerrado - sua vegeta•‹o, seus solos, seus cursos dÕ‡gua, seu relevo - levou muito tempo para ser formado e, por isso mesmo, pode ser destru’do com muita facilidade. 2.Revendo alguns conceitos Entende-se por Cerrado a cobertura vegetal formada por ‡rvores e arbustos entremeados por vegeta•‹o rasteira onde predominam gram’neas com algumas leguminosas. A vegeta•‹o, assim como o solo, a ‡gua, as rochas e os animais, Ž um recurso natural, isto Ž, Ž uma fonte de riquezas materiais que existe na Natureza. Sua origem, comportamento e produtos s‹o resultantes de processos evolutivos naturais e, portanto, de longo prazo. Com efeito, h‡ cerca de 15.000 anos atr‡s j‡ existia vegeta•‹o de Cerrado no Planalto Central brasileiro. O desenvolvimento da vegeta•‹o de Cerrado nessa regi‹o n‹o se deu por um acaso. Na verdade, a vegeta•‹o tal qual ela se apresenta hoje reflete o resultado de v‡rias modifica•›es no clima, no relevo, nos rios, nas rochas e nos solos dessa regi‹o. Algumas dessas mudan•as foram espetaculares, atingiram uma ‡rea muito extensa e contribu’ram para a extin•‹o de espŽcies animais e vegetais. Outras, foram muito lentas e permitiram uma adapta•‹o gradual dos organismos vivos - plantas e animais, dos muito pequenos aos muito grandes - aos demais recursos naturais. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Essa adapta•‹o era - e continua sendo - apoiada em princ’pios da natureza que s‹o simples e s‡bios: a transforma•‹o Ž constante; as perdas s‹o compensadas por novos ganhos no sentido de se (re)estabelecer o equil’brio do meio; e todos os componentes do ambiente (animais, plantas, solos, ‡guas, relevo, etc) mantŽm entre si rela•›es de interdepend•ncia, onde a transforma•‹o de um implica na transforma•‹o de todos. Ou seja, a natureza possui sua pr—pria sustentabilidade que vem sendo constru’da e aperfei•oada ao longo dos v‡rios bilh›es de anos de hist—ria do planeta Terra e do Universo. O ser humano, que do ponto de vista da natureza, constitui mais um organismo dentro da cadeia de seres vivos que se sustentam, n‹o mantŽm com a natureza uma rela•‹o semelhante ˆ dos outros seres vivos. Como ele Ž dotado de intelig•ncia e de poder de decis‹o sobre o que julga ser melhor ou pior para si, ele interfere nos ciclos de transforma•‹o da natureza, quase sempre acelerando os processos de ganhos e de perdas para atender ˆs suas necessidades. Atualmente, diante dos crescentes problemas decorrentes da acelera•‹o dos processos naturais, muitos s‹o os que preconizam formas de utiliza•‹o dos recursos naturais que permitam o desenvolvimento sustent‡vel da humanidade. Por desenvolvimento sustent‡vel entende-se como o processo criativo de transforma•‹o do meio com ajuda de tŽcnicas ecologicamente prudentes, concebidas em fun•‹o das potencialidades deste meio, impedindo o desperd’cio, e cuidando para que estas sejam empregadas visando a satisfa•‹o das necessidades de todos os membros da sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contextos culturais. Considerando-se que a agricultura Ž uma atividade antr—pica que depende muito dos recursos naturais, Ž necess‡rio particularizar a no•‹o de desenvolvimento agr’cola sustent‡vel. No in’cio da dŽcada de 90, o Conselho da FAO (Food and Agriculture Organization, organiza•‹o do Sistema das Na•›es Unidas) adotou a seguinte defini•‹o de desenvolvimento agr’cola sustent‡vel: ÒŽ o gerenciamento e conserva•‹o da base dos recursos naturais e a orienta•‹o da mudan•a tecnol—gica e institucional, de modo a assegurar a realiza•‹o e a satisfa•‹o continuada das necessidades humanas para gera•›es presentes e futuras. Esse desenvolvimento sustent‡vel (nos setores agr’cola, florestal e pesqueiro) conserva terra, ‡gua, recursos genŽticos vegetais e animais; Ž ambientalmente n‹o degradante; tecnicamente apropriado; economicamente vi‡vel e socialmente aceit‡vel.Ó Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC 3. Caracter’sticas dos recursos naturais na regi‹o do Cerrado brasileiro A regi‹o do Cerrado brasileiro pode ser definida como um dom’nio de solo/vegeta•‹o/clima formado por um mosaico de diferentes tipos de vegeta•‹o, os quais refletem a diversidade de climas, de solos e de topografia existente nessa vasta regi‹o1. ƒ o segundo maior bioma do Brasil e da AmŽrica do Sul, ocupando 22 % do territ—rio nacional, o que equivale a cerca de 2 milh›es de km2; estende-se predominantemente na regi‹o Centro-Oeste, onde ocupa o Planalto Central Brasileiro. Encontramos vegeta•‹o de Cerrado nos Estados de S‹o Paulo, Minas Gerais, Goi‡s, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Maranh‹o, Piau’, Roraima e Rond™nia, e no Distrito Federal2. Uma caracter’stica marcante dos troncos e galhos mais grossos de ‡rvores e de arbustos do Cerrado Ž seu aspecto tortuoso e torcido, freqŸentemente inclinado e atŽ mesmo paralelo ao ch‹o. A casca dos troncos Ž usualmente grossa, corti•osa e as folhas s‹o em geral largas, duras e tesas e crepitam quando dobradas. Nos Cerrados, a biomassa subterr‰nea Ž maior do que a biomassa aŽrea e a densidade da vegeta•‹o varia bastante. As ra’zes das plantas de Cerrado podem atingir profundidades superiores a 10 metros, na busca de ‡gua e de elementos minerais nutritivos. AlŽm disso, a vegeta•‹o de Cerrado apresenta outras estratŽgias de adapta•‹o aos per’odos de seca, como germina•‹o de sementes na Žpoca das chuvas e pronunciado crescimento radicular nos primeiros est‡gios de desenvolvimento das plantas. Em fun•‹o de condi•›es locais e da ocorr•ncia de fogo (natural ou provocado pelo homem), a propor•‹o entre ‡rvores, arbustos e vegeta•‹o rasteira varia bastante. Assim, pode-se diferenciar forma•›es de cerrad‹o, de Cerrado, de campo Cerrado, de campo sujo e de campo limpo, conforme a diminui•‹o gradativa da quantidade e do porte de espŽcies arb—reas. No entanto, se forem adotados critŽrios de fisionomia (forma), como estrutura, forma de crescimento dominante, aspectos do ambiente (principalmente solos) e de composi•‹o da flora, podem ser distinguidos onze tipos fitofision™micos gerais3, que s‹o: ¨mata ciliar; ¨mata galeria; forma•›es florestais ¨mata seca e ¨cerrad‹o; ¨Cerrado sentido restrito; ¨parque de Cerrado; forma•›es sav‰nica ¨palmeiral e ¨vereda ; ¨campo sujo; ¨campo rupestre e forma•›es campestres ¨campo limpo 11 Resende et al. (1995) Eiten (1990) Ribeiro & Walter (1998) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC 2 3 No Cerrado, a paisagem Ž marcada pela presen•a de grandes chapadas e encostas extensas de declive suave, em geral com inclina•›es menores que 3%. Nessas ‡reas predominam latossolos (46 % da ‡rea de Cerrado) e as areias quartzosas (15 % da ‡rea). Esses solos s‹o, em geral, profundos a muito profundos, podendo atingir dez ou mais metros de profundidade. S‹o bastante perme‡veis, pois a ‡gua circula rapidamente para as camadas mais profundas devido ˆ porosidade elevada do solo. Possuem baixos teores de elementos como c‡lcio, magnŽsio, pot‡ssio e f—sforo, importantes para a nutri•‹o mineral das principais plantas cultivadas comercialmente. Os latossolos e as areias quartzosas apresentam como principais limita•›es ˆ agricultura comercial a baixa fertilidade e a alta satura•‹o de alum’nio solœvel. AlŽm desses fatores, esses solos apresentam defici•ncia de ‡gua bastante elevada, principalmente quando neles s‹o cultivadas culturas de sistema radicular superficial. Como na regi‹o do Cerrado as chuvas se concentram em seis meses do ano, a defici•ncia de ‡gua Ž acentuada. As ‡reas de chapada s‹o entremeadas por trechos acidentados com solos muito rasos (ˆs vezes com menos de um metro de profundidade), freqŸentemente cascalhentos e muito encrostados. Esses solos, que ocupam 12 % da ‡rea de Cerrado, pertencem aos grupos dos cambissolos e dos lit—licos. Eles n‹o apresentam aptid‹o para agricultura pois t•m fatores muito limitantes como baixa fertilidade, baixa disponibilidade de ‡gua para culturas e elevada suscetibilidade ˆ eros‹o. Os 27 % restantes da ‡rea de abrang•ncia do Cerrado s‹o ocupados por solos de textura, profundidade, porosidade e permeabilidade vari‡veis e que, de modo geral, s‹o de baixa fertilidade. ƒ interessante notar, aqui, que cerca de 90 % das terras na regi‹o do Cerrado s‹o de solos ditos distr—ficos, isto Ž, com teores baixos e muito baixos de elementos nutritivos. Os solos de boa fertilidade encontram-se geralmente relacionados com ‡reas de rochas m‡ficas (como basalto e gabro) ou calc‡reas. As duas esta•›es do ano O clima na regi‹o do Cerrado Ž caracterizado pelo seu aspecto sazonal, com a ocorr•ncia de duas esta•›es bem definidas: seca e œmida. Estudos de distribui•‹o de chuvas nessa regi‹o4 indicam que nela ocorrem cinco zonas distintas quanto a oferta pluviomŽtrica, cuja principal diferencia•‹o Ž a dura•‹o do per’odo seco que varia de quatro a sete meses. Essas as cinco zonas s‹o: I - ‡rea central dos Cerrados, com meses secos (menos de 60 mm de precipita•‹o mensal) acontecendo de abril a setembro; II - oeste dos Cerrados, com meses secos acontecendo de maio a setembro; III - leste da regi‹o, com meses secos de maio a setembro mas com precipita•›es menores do que a da ‡rea II em todos os meses; IV - sul da regi‹o, com meses secos de abril a setembro mas com precipita•›es menores do que a da ‡rea I em todos os meses; e V - norte da regi‹o dos Cerrados, com meses secos de junho a novembro. 4 Castro et al. (1994) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Em termos quantitativos, a precipita•‹o anual no Cerrado varia de 800 a 2.000 mm. Existe uma tend•ncia leste-oeste de aumento da precipita•‹o total anual5. No centro sul do Par‡ e na regi‹o do Jequitinhonha, em Minas Gerais, s‹o observados os menores valores de precipita•‹o. Ë medida que se avan•a nas dire•›es oeste e noroeste, a precipita•‹o aumenta substancialmente, atingindo valores de 1.800 a 2.000 mm anuais. Assim, cerca de 56 % da ‡rea do Cerrado apresenta precipita•‹o anual variando de 1.200 a 1.600 mm; em cerca de 10 % da ‡rea a precipita•‹o total anual Ž inferior a 1.000 mm; e em quase 11 % da ‡rea ela Ž superior a 1.600 mm. Riqueza Biol—gica A regi‹o do Cerrado, por diversas raz›es, se caracteriza por uma grande riqueza de recursos biol—gicos. V‡rios fatores contribuem para essa diversidade marcada pela presen•a de cerca de 1/3 do conjunto (biota) dos diferentes seres animais e vegetais brasileiros e 5 % da fauna e flora mundiais 6: a-nela encontram-se trechos das tr•s maiores bacias hidrogr‡ficas da AmŽrica do Sul (Amaz™nica, S‹o Francisco e Platina); b- ocupa uma posi•‹o geogr‡fica central, compartilhando espŽcies com a Mata Atl‰ntica, a Caatinga, a Floresta Amaz™nica e o Pantanal Matogrossense, biomas com os quais mantŽm fronteiras; c- encontra-se nos tr—picos, onde vivem cerca de dois ter•os das espŽcies de organismos descritas7. Trata-se portanto de um bioma que possui grande heterogeneidade biol—gica com importantes diferen•as regionais. AlŽm dessas caracter’sticas, alguns resultados obtidos pela pesquisa indicam que a vegeta•‹o de Cerrados desempenha um papel muito importante do ponto de vista da manuten•‹o do equil’brio das trocas clim‡ticas no ecossistema terrestre. Estudos conduzidos na Reserva Ecol—gica das çguas Emendadas no Distrito Federal8 constataram que o Cerrado sentido restrito, em fun•‹o do balan•o anual entre a atividade respirat—ria e de fotoss’ntese, absorve mais carbono do que emite. Estimase que nesse Cerrado a capacidade de armazenamento (seqŸestro de carbono) seja de cerca de 2 t de Carbono/ ha ano, que vem a ser o dobro do armazenamento estimado em estudo similar feito na floresta amaz™nica. Assim, se toda a ‡rea de Cerrado do Brasil fosse coberta por um Cerrado semelhante ao estudado no trabalho em quest‹o, a quantidade de carbono retirada da atmosfera seria de 400 milh›es de toneladas por ano. Outra importante contribui•‹o da pesquisa9,10 mostra que as folhas das espŽcies nativas de Cerrados sentido restrito apresentam baixos teores de nutrientes como pot‡ssio, c‡lcio e magnŽsio, indicando ser esta uma das estratŽgias da vegeta•‹o 5 Assad & Evangelista (1994) 6 Alho & Martins (1995) 7 Dias (1992) 8 Monteiro (1995) 9 Ribeiro (1985) 10 Araœjo e Haridassan (1988) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC natural para sobreviver em solos de baixa fertilidade. Algumas plantas, inclusive, acumulam alum’nio em seus tecidos sem que isto cause impedimento ˆ absor•‹o, ao transporte e ao metabolismo de outros nutrientes, como Ž o caso da grande maioria das espŽcies cultivadas11. No que concerne a adapta•‹o ˆs limita•›es de ‡gua, j‡ foi mencionado aqui a efici•ncia do sistema radicular das plantas de Cerrado. Uma outra estratŽgia desse tipo de vegeta•‹o Ž sua adapta•‹o ˆ sazonalidade. Estudos realizados em Cerrado sentido restrito do Distrito Federal12 indicam que sua taxa de transpira•‹o (ou seja, perda de ‡gua) durante a esta•‹o chuvosa Ž de 2,6 mm/dia e se reduz a cerca de 1,5 mm/dia, durante a esta•‹o seca. Por outro lado, coberturas vegetais de arroz, por exemplo, possuem taxa de transpira•‹o mŽdia de 4,3 mm/dia; na soja, a mŽdia Ž de 5,4 mm/dia; no girassol 5,6 mm/dia; e no eucalipto, 6,0 mm/dia. Isto significa que a substitui•‹o da vegeta•‹o de Cerrado por ‡reas muito extensas cultivadas com plantas de valor econ™mico, mas que utilizam mais ‡gua durante o ano, resultar‡ em algum tipo de impacto na disponibilidade de ‡gua Portanto, mudan•as abruptas na estrutura da vegeta•‹o de Cerrado podem causar grandes impactos, acarretando empobrecimento biol—gico que se manifesta na extin•‹o de espŽcies, na perda da capacidade produtiva dos solos, na altera•‹o dos ciclos biogeoqu’micos, no aquecimento global e na prolifera•‹o de espŽcies ex—ticas13. Assim, n‹o seria bastante l—gico que o uso agr’cola das terras na ‡rea de abrang•ncia do Cerrado brasileiro utilizasse modelos que se aproximem daqueles adotados pela natureza, para aproveitar de modo mais eficiente as reservas de nutrientes e de ‡gua que existem nos solos? Atualmente, dos 2.040.000 km2 da ‡rea total de Cerrado, cerca de 470.000 km2 encontram-se ocupados por agricultura, sendo 100.000 km2 com culturas anuais, 350.000 km2 com pastagens cultivadas e 20.000 km2 com culturas perenes e florestais14. A esses somam-se cerca de 900.000 km2 de ‡reas utilizadas como pastagens naturais15 e 103.000 km2 considerados como ‡reas produtivas sem uso, isto Ž, em descanso, em est‡gio avan•ado de degrada•‹o ou simplesmente abertas e n‹o utilizadas16. Estima-se que apenas cerca de 7% da regi‹o do Cerrado mantŽm a vegeta•‹o natural preservada17; ou seja, 93 % da vegeta•‹o de Cerrado j‡ foi submetida a alguns tipo de uso, intensivo ou extensivo. 11 12 13 14 15 16 17 Haridassan (1996) Miranda & Miranda (1996) Klink (1996) Embrapa-CPAC (1998) Haridassan (1996) Cunha et al. (1994) Dias (1994) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC 4.Riscos decorrentes da utiliza•‹o inadequada dos recursos naturais dispon’veis A partir dessas informa•›es preliminares, n‹o Ž dif’cil compreender os riscos ambientais decorrentes da substitui•‹o da vegeta•‹o natural de Cerrado por plantas que n‹o est‹o adaptadas ˆs caracter’sticas da regi‹o. Em primeiro lugar, deve-se considerar a diversidade da flora e suas diferentes estratŽgias de adapta•‹o ˆs limita•›es do ambiente, bem como sua inter-rela•‹o com os demais seres vivos existentes nessa regi‹o. AtŽ o momento, j‡ foram identificadas 6.429 espŽcies de plantas18, o que representa uma flora de grande riqueza. Quando essa vegeta•‹o Ž substitu’da por uma œnica espŽcie de planta (afinal, na agricultura comercial da regi‹o do Cerrado predomina a monocultura) ou por algumas espŽcies (se considerarmos grandes extens›es), sejam elas plantas gran’feras em cultura anual de ciclo curto (como soja, milho, feij‹o, arroz, etc), sejam elas gram’neas para forma•‹o de pastagens ou eucalipto e pinus para forma•‹o de floresta para produ•‹o de carv‹o ou celulose, o primeiro impacto Ž a perda da diversidade da ‡rea. Nesse caso, altera-se n‹o apenas a diversidade de plantas, mas tambŽm da fauna a ela associada. Essa fauna compreende animais como tatus, macacos, lobos, capivaras, on•as, gamb‡s, tamandu‡s, entre muitos outros, como tambŽm minhocas, abelhas, borboletas e diversas aves. A composi•‹o dos microorganismos como fungos, bactŽrias e nemat—ides tambŽm Ž alterada. Proliferam microorganismos nativos e ex—ticos, trazidos de outras ‡reas de agricultura. Em pouco tempo, passam a constituir pragas ou agentes de doen•as em plantas cultivadas. Para combat•-los, aplicam-se inseticidas, bactericidas e fungicidas, uma vez que, com a quebra da diversidade de espŽcies, os inimigos naturais dessas pragas e doen•as s‹o eliminados. Cabe salientar que, nesse caso, n‹o Ž apenas a ‡rea desmatada para cultivo agr’cola que tem sua biodiversidade alterada. As ‡reas de vegeta•‹o nativa adjacentes tambŽm podem ser afetadas, seja pela quebra de cadeias alimentares milenarmente estabelecidas, seja pela influ•ncia de res’duos de agroqu’micos e de sedimentos transportados superficialmente por ‡gua e por ventos. AlŽm disso, as ‡reas cont’nuas dispon’veis para grandes mam’feros s‹o reduzidas, levando-os ˆ maior dificuldade de sobreviv•ncia e, no limite, ˆ extin•‹o. Como muitos dos solos da regi‹o de Cerrados s‹o ‡cidos e possuem baixos teores de elementos nutritivos para as plantas ex—ticas de valor econ™mico, e como a agricultura, para ser economicamente rent‡vel, precisa de produtividades que para serem atingidas exigem concentra•›es elevadas desses mesmos elementos, s‹o necess‡rios aportes de fertilizantes e de corretivos. Estes n‹o s‹o totalmente retidos nas camadas superficiais do solo, onde se concentra a maior parte do sistema radicular das espŽcies cultivadas, para posterior absor•‹o pelas plantas. Primeiro porque, como os solos s‹o muito antigos (muito desgastados), os minerais neles existentes n‹o possuem capacidade, em termos qu’micos, de reter esses insumos. E tambŽm porque, como os solos s‹o em geral muito perme‡veis e as chuvas s‹o intensas e concentradas em alguns meses do ano, ocorre uma movimenta•‹o de parte desses adubos e corretivos. 18 Mendon•a et al (1998) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Esses produtos circulam com relativa facilidade ao longo do volume de solo e atingem as camadas mais profundas, indo acumular-se em ‡guas subterr‰neas, alterando sua composi•‹o qu’mica. N‹o s— os adubos e corretivos circulam rapidamente atravŽs dos solos. De um modo geral, todos os agroqu’micos tendem a se movimentar para as camadas subsuperficiais, atŽ a sua degrada•‹o total, com ou sem libera•‹o de metais t—xicos para animais e plantas. Outro fator de risco da agricultura intensiva nos Cerrados Ž a eros‹o h’drica. Em condi•›es naturais ocorre eros‹o h’drica em qualquer terreno onde a chuva atinge a superf’cie do solo. Essa eros‹o consiste na desagrega•‹o do solo pelo impacto das gotas de chuva, e seu posterior transporte pela a•‹o da ‡gua e da gravidade. Quanto maior o grau de cobertura do solo, menor o poder de impacto das gotas de chuva. E quanto maior a permeabilidade do solo, menor a quantidade de ‡gua que escoa na superf’cie por a•‹o da for•a da gravidade. Quando grandes ‡reas s‹o cultivadas, o trabalho de preparo da terra, de plantio, de manuten•‹o de culturas e de colheita, torna-se tanto mais eficiente quanto mais mecanizado for. A constante passagem de m‡quinas, em geral de porte grande e pesadas, forma uma camada adensada a alguns cent’metros de profundidade (em torno de 15 a 20 cm da superf’cie do solo). Essa camada adensada n‹o torna o solo imperme‡vel ˆ passagem de ‡gua, de adubos e de defensivos agr’colas. No entanto, quando ocorrem fortes chuvas (e elas s‹o muito comuns durante o per’odo de cultivo) a ‡gua se infiltra no solo com menor velocidade e acaba se acumulando, podendo escoar pela superf’cie e causar eros‹o acelerada. A ‡gua que escoa pela superf’cie leva consigo n‹o apenas grandes quantidades de solo, mas tambŽm parte dos adubos e agrot—xicos (que n‹o atravessaram a camada superficial) e matŽria org‰nica. Resultados obtidos em estudos de eros‹o nos solos da regi‹o do Cerrado19 indicam que anualmente s‹o perdidas grandes quantidades de solo fŽrtil, conforme pode ser visto no quadro ˆ p‡g. 36, no Cap’tulo IV. Toda essa terra erodida se deposita em ‡reas adjacentes que se encontram em posi•›es mais baixas que as ‡reas cultivadas, inclusive em cursos dÕ‡gua, provocando assoreamentos, e em outras ‡reas cultivadas, provocando preju’zos imediatos. Um evento caracter’stico do clima da regi‹o do Cerrado Ž a freqŸente ocorr•ncia de veranicos (per’odos sem chuva) durante a esta•‹o chuvosa. A forma•‹o da camada adensada diminui o volume de solo explorado pelas ra’zes das plantas cultivadas, reduzindo ainda mais sua capacidade de suportar os per’odos de veranico. Acrescentem-se a esses impactos a prolifera•‹o de formigas e de cupins, pela diminui•‹o dr‡stica dos inimigos naturais desses insetos; o aumento da concentra•‹o de terra formando latifœndios, devido aos custos elevados para manuten•‹o de n’veis adequados de produtividade das culturas; a conseqŸente diminui•‹o do emprego de m‹o-de-obra rural com aumento da concentra•‹o de popula•‹o de baixa renda e profissionalmente desqualificada em grandes centros urbanos; 19 Dedececk et al. (1986) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC o aumento das incid•ncias de queimadas, utilizadas como formas baratas de limpeza de ‡reas provocando polui•‹o do ar e riscos de inc•ndios em ‡reas naturais; e os impactos no ciclo hidrol—gico devido ˆ ado•‹o de sistemas de irriga•‹o, muitas vezes mal dimensionados e com capta•‹o de ‡guas em nascentes, ao aumento no consumo de ‡gua pelas plantas cultivadas e ˆ diminui•‹o da vaz‹o dos rios pelo assoreamento com sedimentos erodidos. O quadro visto apenas por esse ‰ngulo pode levar erroneamente a conclus‹o que a agricultura Ž invi‡vel na regi‹o do Cerrado. No entanto, esse bioma t‹o rico e t‹o vasto pode ser efetivamente utilizado, proporcionando melhor qualidade de vida ˆqueles que saibam utiliz‡-lo sem depredar seus recursos naturais. ƒ preciso aprender a conviver com as limita•›es e as potencialidades dos Cerrados para aproveitar a sua riqueza. 5. Possibilidades de uso dos recursos naturais dispon’veis Muitas s‹o as formas poss’veis de uso agr’cola dos Cerrados. Ali‡s, em se tratando de um bioma com grande diversidade de paisagens, as inœmeras formas de uso refletem essa heterogeneidade. Assim, na explora•‹o sustent‡vel da regi‹o dos Cerrados n‹o tem sentido definir um padr‹o para toda essa vasta ‡rea. O objetivo do presente texto, como j‡ ressaltado anteriormente, Ž de permitir uma ampla discuss‹o sobre o aproveitamento das potencialidades econ™micas do Cerrado. No Cap’tulo IV o leitor encontrar‡ informa•›es mais detalhadas das possibilidades que existem e das experi•ncias em andamento acerca da utiliza•‹o econ™mica dos produtos do Cerrado para a gera•‹o de renda. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cap’tulo II. Qualidade de Vida na Regi‹o Focalizada 1. Indicadores Sociais e Econ™micos Os êndices de Desenvolvimento Humano, recentemente divulgados pelo Programa das Na•›es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), calculados pelo IPEA e Funda•‹o Jo‹o Pinheiro para o ano de 1991, mostram que os munic’pios de Mato Grosso, Goi‡s e Tocantins focalizados no presente estudo atingem no m‡ximo a mŽdia brasileira. Observa-se, porŽm, que mais de 70% dos munic’pios encontram-se em n’veis abaixo da mŽdia brasileira. ƒ, naturalmente, uma quest‹o extremamente preocupante, mostrando a necessidade de se adotarem programas e a•›esÐ em diversas ‡reas Ð que elevem a qualidade de vida da popula•‹o regional. Ao se analisar os componentes do IDH, percebe-se que esse quadro Ž formado por uma situa•‹o ruim em todos eles, educa•‹o, saœde (longevidade) e renda. ƒ interessante notar que em alguns dos munic’pios ao sul de Tocantins encontram-se rendas mais elevadas, e mesmo assim eles n‹o conseguem sequer atingir o n’vel de .50 no IDH, tamanha Ž a defici•ncia quanto a educa•‹o e saœde . Em contraste, os munic’pios ao sul de Goi‡s e do Mato Grosso (na ‡rea de influ•ncia considerada), mesmo com um n’vel relativamemte mŽdio no indicador de renda conseguem alcan•ar a faixa de n’vel mais alto do IDH para a regi‹o gra•as ˆ situa•‹o da saœde e educa•‹o. A densidade populacional da regi‹o situa-se em torno de 4 habitantes por quil™metro quadrado, muito baixa, resultado influenciado fortemente pelos munic’pios de Mato Grosso (2,5h/km2) e Tocantins (3,8h/km2). A interpreta•‹o usual desse indicador leva, geralmente, a conclus›es equivocadas e proposi•›es err™neas: esse ÒvazioÓ populacional indicaria uma regi‹o Òa ser ocupadaÓ pelo homem, ser ÒdesbravadaÓ. Na realidade, pode-se perceber no Mapa de Varia•‹o do Rebanho Bovino, que temos um determinado tipo de ocupa•‹o econ™mica da regi‹o, com a cria•‹o extensiva de bovinos em praticamente todos os munic’pios, o que resulta em uma relativamente baixa capacidade de gera•‹o de emprego e renda. Existe uma popula•‹o ocupada nessa atividade. A altera•‹o da estrutura produtiva pode afetar tanto o emprego quanto a empregabilidade (pelo sucateamento de seu conhecimento, sem que haja um treinamento para novas atividades) dessas pessoas, especialmente se a pecu‡ria for substitu’da pela agricultura ÒmodernaÓ. Esse mesmo mapa mostra a ocorr•ncia, entre 1980 e 1994, de um relativo crescimento/adensamento do rebanho bovino na regi‹o Oeste do Estado de Goi‡s. A ‡rea dedicada ˆ cria•‹o expandiu-se no Mato Grosso, em munic’pios que apresentam redu•‹o de atŽ 50% na ‡rea plantada de arroz e pequena expans‹o no plantio de soja, para o per’odo citado, conforme pode ser visualizado no mapa da Varia•‹o da çrea Plantada de Arroz e Soja Ð 1980 a 1994. Esse mapa mostra, tambŽm, uma forte substitui•‹o do arroz pela soja em munic’pios do Mato Grosso ao longo da divisa com o Estado de Goi‡s, bem como em munic’pios no Sul deste Estado. ƒ importante ressaltar, conforme apresenta esse œltimo mapa, que em 66% dos munic’pios da regi‹o registraram-se redu•›es entre 50 e 100% da ‡rea plantada de arroz, e 50% dos munic’pios apresentam pequeno incremento na ‡rea plantada com soja, no referido per’odo. Mapa IDH da Regi‹o Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Mapa componentes IDH da Regi‹o Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Mapa Bovinocultura Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Mapa Varia•‹o çrea Plantada Arroz/Soja Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC 2.Popula•›es Ind’genas A ‡rea focalizada vem constituindo-se, tambŽm, ao longo dos sŽculos, em refœgio para as popula•›es nativas frente ao cont’nuo avan•o dos colonizadores europeus, inicialmente, e da fronteira agr’cola da sociedade brasileira, na segunda metade do presente sŽculo. Em seu modo de vida, essas popula•›es necessitam de uma ampla ‡rea para poderem se sustentar, o que vem se tornando cada vez mais dif’cil pelo avan•o da fronteira agropecu‡ria na regi‹o, com fazendas ocupando o entorno das reservas ind’genas. Alguns povos e aldeias ind’genas existentes nos Estados do Mato Grosso, Goi‡s e Tocantins s‹o listados no quadro seguinte, que tem como fonte a publica•‹o do Instituto Socioambiental denominada ÒPovos Ind’genas no Brasil, 1991/1995Ó. Essa listagem n‹o inclui todos os povos que vivem nesses estados e refere-se a uma ‡rea um pouco alŽm dos munic’pios inclu’dos nos mapas anteriores, mas que entendemos sofreriam impactos com a implanta•‹o do projeto da hidrovia nos rios das Mortes, Araguaia e Tocantins e seu consequente efeito na transforma•‹o da cobertura vegetal em monocultivos comerciais, na piscosidade dos rios, nos len•—is fre‡ticos, etc. As ‡reas referidas a seguir somam cerca de 7 milh›es de hectares identificados, com 18.611 habitantes ind’genas. Somente o Parque do Xingœ representa quase 40% da ‡rea total, abrigando 18% da popula•‹o considerada. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Algumas Popula•›es Ind’genas de Goi‡s, Mato Grosso e Tocantins 1995 UF MT MT MT MT Munic’pio/Ref. no Mapa do ISA Guarant‹ do Norte/813 Altamira (PA) S‹o Felix do Araguaia Sinop Luciara Paranatinga Canarana/346 Luciara/284 GO Sta. Terezinha Luciara Comodoro/302 Sta. Terezinha Confresa Porto Alegre do Norte/724 Tocantin—polis Itaguatins/17 Pium Cristal‰ndia Formoso do Araguaia/25 Arauan‹/426 MT Cocalinho/833 GO Aruan‹/834 GO Mina•u Cavalcante/41 Pium/59 MT TO TO TO GO Nova AmŽrica Rubiataba/76 GO Nova AmŽrica/77 TO Tocantinia/105 TO Goiatins Itacaj‡/177 Luciara MT MT Sta. Terezinha Luciara Comodoro Povo/Terra Ind’gena çrea/ha 488.000 N¼ de Pessoas - Data ref. - Panar‡ Aldeia Panar‡ Parque do Xingœ 2.642.003 3.331 1995 Karaj‡ Aldeia S‹o Domingos Karaj‡/TupinajŽ Aldeia TupinajŽ/Karaj‡ 5.705 93 - 66.166 384 - TupinajŽ Aldeia Urubu Branco 157.000 - - ApinayŽ 141.904 718 1989 Av‡ Canoeiro JvaŽ, Karaj‡ Parque Araguaia 1.395.000 2.249 1994 Karaj‡ Aldeia Aruan‹ I Karaj‡ Aldeia Aruan‹ II Karaj‡ Aldeia Aruan‹ III Av‡ Canoeiro Aldeia Av‡ Canoeiro JavaŽ Aldeia Boto Velho Tapuia Xavante Cl Carret‹o I Tapuia Xavante Cl Carret‹o II Xerente Aldeia Funil Krah™ Aldeia Kraol‰ndia Karaj‡ Aldeia S‹o Domingos Karaj‡ TapirapŽ Aldeia TapirapŽ/Karaj‡ 11 50 1994 769 - - 586 - - 38.000 6 1995 /2 - - 1.666 95 1995 77 - - 15.703 190 1994 302.533 1.198 1989 5.705 93 1989 66.166 384 1994 - Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC UF TO Munic’pio/Ref. no Mapa do ISA Sta. Terezinha Confresa Porto Alegre do Norte Aragua’na TO Tocant’nia MT GO/ MT GO S‹o Felix do Araguaia Aruan‹/GO Cocalinho/MT S‹o Miguel MT çgua Boa MT çgua Boa MT çgua Boa MT Paranatinga MT MT PoxorŽu Rondon—polis Alto da Boa Vista MT Paranatinga MT Barra dos Gar•as Gen. Gomes Carneiro çgua Boa Campin—polis Nova Xavantina MT MT Povo/Terra Ind’gena çrea/ha 157.000 N¼ de Pessoas - Data ref. - TapirapŽ Aldeia Urubu Branco Karaj‡ do Norte Guarani MÕbya Aldeia Xambio‡ Xerente Rl Xerente Karaj‡ Lago Grande Karaj‡ Mata Cor‡ JavaŽ Karaj‡ P. Lu’s Alves Xavante Rl Are›es Xavante Aldeia Are›es I Xavante Aldeia Are›es II Bakairi Aldeia Bakairi Bororo Aldeia Jarudore Xavante Aldeia Maraiwatsede Xavante Rl Marechal Rondon Bororo Rl Merure 3.265 176 1994 167.542 1.362 1994 /2 20 1996 /2 - 1996 /2 24 1996 218.515 688 1994 24.450 - - 16.650 - - 61.405 415 1989 4.706 0 /3 1988 - 168.000 - - 98.500 353 1994 82.301 362 1994 Xavante 224.447 2.800 1994 Rl Parabubure MT Xavante 328.966 845 1994 Rl Pimentel Barbosa MT Gen. Gomes Xavante 100.280 763 1994 Carneiro Bororo PoxorŽu Aldeia Sangradouro/ Novo S. Joaquim Volta Grande MT Nobres Bakairi 35.471 155 1989 Aldeia Santana MT Barra do Gar•as Xavante 188.478 1.655 1994 Rl S‹o Marcos (Xavante) MT Rondon—polis Bororo 9.785 202 1994 Aldeia Tadarimana Fonte: Povos Ind’genas no Brasil, 1991/1995, Carlos Alberto Ricardo (ed), Instituto Socioambiental, S‹o Paulo, 1996. Notas: 1)GO= Goi‡s; MT= Mato Grosso; TO= Tocantins. 2) ‡reas ainda por serem identificadas; 3) os Bororo que viviam nessa ‡rea foram expulsos pelos invasores n‹o ind’genas, existindo atualmente uma cidade dentro dessa aldeia/reserva, com milhares de moradores/invasores. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cap’tulo III- A Estrutura dos Transportes na çrea do Cerrado 1 - Introdu•‹o O presente cap’tulo enfocar‡, de modo muito breve e sucinto, o processo formador da malha dos modais de transporte que serve essa regi‹o brasileira. N‹o se pretende historiar nem detalhar os passos da forma•‹o da trama de meios de locomo•‹o de passageiros e cargas, nem sua distribui•‹o espacial na parcela territorial ocupada pelos Cerrados no Brasil. Somente ser‹o mencionados os t—picos e fatores hist—ricos, pol’ticos e socioecon™micos mais relevantes que levaram ˆ configura•‹o atual da rede de movimenta•‹o de cargas. O modelo de transporte rodovi‡rio adotado no Brasil nos œltimos 60 anos mostra-se inadequado ˆ transposi•‹o de grandes dist‰ncias, reduzindo sobremaneira a competitividade da regi‹o do Cerrado. Para agravar esse fato, Ž comum que os transportadores carreguem seus caminh›es com atŽ 45 toneladas de gr‹os, em dire•‹o aos portos, tendo como destino final os mercados externos, quando a carga n‹o deveria ultrapassar as 30 t. O excesso de carga danifica intensamente as rodovias e lhes diminui sensivelmente a vida œtil, elevando o custo social de sua manuten•‹o ao mesmo tempo que aumenta os lucros privados desses transportadores. O Distrito Federal e o Estado de S‹o Paulo, bem como os Estados de Roraima e Amap‡ n‹o ser‹o diretamente mencionados. Roraima e Amap‡ por n‹o se encaixarem na ‡rea cont’nua do Cerrado. O Distrito Federal e S‹o Paulo tambŽm n‹o ser‹o tratados, exceto quando estritamente necess‡rio para a compreens‹o do assunto, por n‹o serem considerados territ—rios ainda diretamente destinados ˆ ocupa•‹o econ™mica a ser ÒinduzidaÓ1 por melhorias diretas nos meios de transporte. TambŽm est‹o exclu’das as manchas de Cerrado encontradas de maneira esparsa nos Estados de Roraima, do Amazonas, Par‡ e Amap‡. 2 Ð A forma•‹o da rede de transportes na regi‹o dos Cerrados A rede de transportes da ‡rea do Cerrado brasileiro teve in’cio com as expedi•›es destinadas a garantir a ocupa•‹o do territ—rio por parte de Portugal. TambŽm ocorreram penetra•›es mission‡rias para evangelizar os povos nativos e entradas cuja finalidade era ou escravizar as popula•›es ind’genas ou encontrar ouro e 1 ƒ interessante observar, aqui, que a abertura de vias de penetra•‹o no interior do pa’s Ž sempre associada ao ÒdesenvolvimentoÓ, o que nem sempre Ž verdadeiro; gemas Ð o que era especialmente relevante na Žpoca do mercantilismo Ð ou, ainda, ocupar o interior mediante a cria•‹o do gado bovino. A an‡lise da evolu•‹o hist—rica da ocupa•‹o do territ—rio dos Cerrados mostra que as rotas seguidas pelos exploradores, expedicion‡rios, evangelizadores e militares se transformaram nos eixos do presente sistema dos transportes da regi‹o. A pr—pria Ferronorte segue, em seu trecho inicial, inaugurado em 1998, uma das rotas pioneiras de penetra•‹o e nela prosseguir‡ atŽ ˆ capital do Mato Grosso e atŽ Porto Velho, em Rond™nia. A interioriza•‹o da capital do Brasil muito contribuiu para o desenvolvimento, no Cerrado central, de uma rede rodovi‡ria relativamente extensa, de alto significado para os transportes regionais e interregionais. Essa malha, cujos principais troncos e trechos est‹o hoje pavimentados, Ž importante para a economia do Pa’s e da regi‹o de estudo, uma vez que, nesta œltima, n‹o existem malhas ferrovi‡ria e/ou hidrovi‡ria propriamente ditas, mas t‹o s— trechos hidrovi‡rios e linhas ferrovi‡rias. Com a constru•‹o da hidrelŽtrica de Tucuru’ foi inundado o leito da E.F. Tocantins e essa ferrovia n‹o mais existe. Com a usina de Itaipu, inundou-se o leito da E.F. Mate Laranjeira, da’ ocorrendo o conseqŸente abandono dessa ferrovia de liga•‹o entre o mŽdio e o baixo Paran‡. Em ambos os casos criou-se um forte obst‡culo ao aproveitamento desses rios para a navega•‹o cont’nua. No caso espec’fico do trecho superior do rio Paran‡, o governo do Estado de S‹o Paulo programou a constru•‹o, atravŽs de suas empresas de energia elŽtrica, de v‡rias usinas hidroelŽtricas com eclusas. Assim, possibilitou a explora•‹o da hidrovia Tiet•-Paran‡. No entanto, a navega•‹o p‡ra na Usina HidroelŽtrica de S‹o Sim‹o, no lado goiano do Rio Parana’ba, uma vez que esse projeto limitou-se ao uso energŽtico da ‡gua. 3. A Situa•‹o Atual da Rede de Transportes na çrea dos Cerrados O que se constata Ž que, tanto em termos de pa’s como em rela•‹o ˆ ‡rea dos Cerrados centrais, n‹o ocorreu a cobertura territorial ampla nem atravŽs da navega•‹o fluvial nem atravŽs das ferrovias, no per’odo anterior ˆ prefer•ncia pelo rodoviarismo. Essa prefer•ncia Ž datada do per’odo presidencial de Washington Luiz, 1926-1930, e toma corpo na dŽcada de 1940, no que se refere aos transportes terrestres no Brasil. O rodoviarismo recebeu o novo impulso durante o per’odo presidencial de Eurico Gaspar Dutra, 1946-1951. Consolidou-se com o Presidente Juscelino Kubitschek, que governou de 1956 a 1961. Enquanto na Europa, na AmŽrica do Norte e nos pa’ses desenvolvidos o ferroviarismo de penetra•‹o profunda, de interliga•‹o interregional e de cobertura nacional precedeu a fase rodovi‡ria, em nosso pa’s e em outros se deu o contr‡rio: a rodovia foi o modal que cobriu o territ—rio do pa’s. As ferrovias de penetra•‹o, implantadas em nosso pa’s a partir do sŽculo passado, foram abandonadas, sucateadas e perderam totalmente competitividade na medida em que os governos apoiaram a expans‹o dos transportes rodovi‡rio, o que se acentuou ˆ medida da implanta•‹o da indœstria automobil’stica. A implanta•‹o das redes de transportes ferrovi‡ria e hidrovi‡ria nos pa’ses capitalistas avan•ados ocorreu em uma Žpoca que os ve’culos rodovi‡rios praticamente n‹o existiam, ou seja, n‹o eram op•‹o de transporte, e hoje as redes ferrovi‡ria e rodovi‡ria neles existentes se Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC superp›em, permitindo a competi•‹o e a integra•‹o entre esses modais de transporte terrestre, viabilizando sobremodo a intermodalidade. Essa observa•‹o Ž importante porquanto dentro da vis‹o atual da teoria da Economia dos Transportes, a minimiza•‹o e a competitividade interna e externa dos fretes se tornam efetivas mediante o emprego da intermodalidade intensiva, quando isso Ž poss’vel. Com a globaliza•‹o, com a abertura de fronteiras ao comŽrcio internacional e com a inexor‡vel tend•ncia de crescimento da concorr•ncia entre na•›es, o custo do frete se tornou um dos principais fatores da conquista e da manuten•‹o de mercados de produtos prim‡rios, inclusive de mercados internos. Quanto aos transportes por ‡guas internas, somente nos œltimos vinte anos Ž que se prestou mais aten•‹o ˆ sua recupera•‹o e ˆ sua expans‹o. Mesmo ocorrendo essa conscientiza•‹o, n‹o disp›e ainda o pa’s e nem a ‡rea dos Cerrados, de rotas fluviais que facilitem a competitividade, no que concerne ao escoamento de gr‹os produzidos na regi‹o dos Cerrados centrais. De Porto Velho, em Rond™nia, parte a hidrovia do rio Madeira. Os comboios de chatas descem o rio atŽ Itacoatiara, no Amazonas, e a’ ocorre o trasbordo para a etapa de navega•‹o atŽ os portos europeus. Os ancoradouros de SantarŽm e BelŽm n‹o est‹o devidamente equipados para o armazenamento e a baldea•‹o de gr‹os e outros granŽis em alta escala. Uma hidrovia requer, como ocorre com qualquer meio de transporte, constante manuten•‹o, em especial no que concerne ˆ limpeza do leito do rio quanto a ‡rvores ca’das e bancos de areia, e ˆ manuten•‹o de canal suficientemente largo e profundo para a livre navega•‹o dos comboios de chatas e empurradores. A œnica conex‹o em Porto Velho Ž rodovi‡ria, o que encarece relativamente o frete e diminui a competitividade, em especial em termos de comŽrcio internacional, da produ•‹o dos Cerrados tribut‡rios dessa hidrovia. A hidrovia Tiet•-Paran‡ j‡ funciona entre S‹o Sim‹o, cidade goiana fronteira ao Tri‰ngulo Mineiro, na margem direita do Rio Parana’ba, desce pelo rio Paran‡ atŽ Gua’ra, cidade paranaense fronteiri•a com o Paraguai. A hidrovia sobe ainda o rio Tiet• atŽ ˆs proximidades de Santa Maria da Serra e de Dois C—rregos, no Estado de S‹o Paulo. No presente, o rio S‹o Francisco n‹o oferece perspectivas para a amplia•‹o da sua ‡rea de influ•ncia transportadora, por cortar perpendicularmente a dire•‹o dos fluxos de escoamento da produ•‹o do Cerrado do oeste do Estado da Bahia, dos Estados de Goi‡s e Tocantins, e do noroeste de Minas Gerais. Por outro lado, a barragem de Sobradinho, constru’da para alimentar a hidrelŽtrica do mesmo nome, interrompeu a navega•‹o direta atŽ Juazeiro. Consequentemente, o escoamento da produ•‹o da sub-regi‹o da ‡rea dos Cerrados, formada pelo oeste da Bahia e por Goi‡s, se d‡ preponderantemente por via rodovi‡ria e, em escala reduzida, por estrada de ferro, atravŽs da Ferrovia Centro-Atl‰ntica, para o porto de Tubar‹o, ES. Para transportar a produ•‹o da ‡rea mais interiorizada Ð Tocantins, Goi‡s, leste do Mato Grosso - do Cerrado central Ž que est‡ sendo proposta a constru•‹o da hidrovia do Araguaia-Rio das Mortes-Tocantins. J‡ existe mesmo a Ahitar, Administra•‹o da Hidrovia Tocantins-Araguaia, cuja meta reside em implantar essa via naveg‡vel artificial. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC ð Þ INSERIR MAPA Bitolas Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Passando agora ao sistema ferrovi‡rio nacional, para depois enfocar a rede de trilhos da regi‹o do Cerrado central, ressalte-se inicialmente um sŽrio entrave ˆ circula•‹o econ™mica das cargas, n‹o s— daquelas originadas na ‡rea de enfoque como tambŽm daquelas que lhe s‹o destinadas. Trata-se da multiplicidade das bitolas ferrovi‡rias, fato que constitui obst‡culo para a livre circula•‹o de trens de liga•‹o interregional e, em alguns casos, mesmo de liga•‹o inter e intra-estadual. A solu•‹o para esse impedimento econ™mico e tŽcnico, n‹o apresenta perspectivas temporais de viabiliza•‹o. A bitola ferrovi‡ria consiste na dist‰ncia entre os trilhos de uma estrada de ferro. A bitola mundialmente mais utilizada Ž a de 1,435 m. Esta, porŽm, Ž encontrada no Brasil apenas na E.F. Amap‡. Esta ferrovia escoava, atŽ o esgotamento recente das jazidas, o mangan•s dessa unidade federada. Atualmente n‹o h‡ tr‡fego de cargas nem de passageiros que lhe cubra os custos operacionais. S‹o pouco menos de 200 quil™metros de linha fŽrrea. Por se tratar de ferrovia isolada, desconectada do restante da rede brasileira de trilhos, sua bitola n‹o cria problema de interrup•‹o de tr‡fego de trens. Existe, tambŽm, a bitola de 1,60 m, ou bitola larga. De Santa FŽ do Sul sai a Ferronorte, em bitola de 1,60 m. Atravessa o Rio Paran‡ com o trecho inaugurado em 1998. No presente, termina em Inoc•ncia, MS. Essa estrada de ferro dever‡ futuramente atingir Cuiab‡, Porto Velho e SantarŽm. Como se v• no mapa abaixo, a bitola larga divide o sistema ferrovi‡rio em tr•s partes economicamente estanques: uma a leste das linhas da MRS Log’stica, outra ao norte de Belo Horizonte e ao sul do Estado de Minas Gerais, e a terceira a oeste da cidade de S‹o Paulo. Essas tr•s partes s‹o formadas pela rede de bitola de l m, ou bitola mŽtrica. Das cercanias de Belo Horizonte sai a E.F. Vit—ria a Minas, da Cia. Vale do Rio Doce, e chega a Vit—ria, ES, passando pelo Vale do A•o e por Governador Valadares. ƒ uma das mais eficientes e mais bem mantidas ferrovias do mundo. H‡, ainda, que se considerar um outro aspecto: a duplicidade das bitolas ferrovi‡rias em todos os pontos de fronteira com outro pa’s, exclusive em Corumb‡. A Bol’via Ž o œnico pa’s que pode trocar tr‡fego ferrovi‡rio com o Brasil sem baldea•‹o de cargas de ou para outra bitola. Toda a restante rede de ferrovias que chega ˆs cidades brasileiras fronteiri•as com a Argentina e o Uruguai tem a bitola internacional de 1,435 m. O Paraguai tambŽm a utiliza, embora sua estrada de ferro n‹o chegue ˆ fronteira com o Brasil. Portanto, a circula•‹o econ™mica internacional por trilhos, nessa ‡rea do Mercosul, Ž onerada por custos decorrentes, tambŽm, da multiplicidade das bitolas ferrovi‡rias em nosso pa’s. Outro fato que deve ser destacado: nenhuma das ferrovias brasileiras conseguiu, ap—s a privatiza•‹o, atingir as metas de capta•‹o de cargas, estabelecidas nos respectivos contratos. V‡rios fatores intervieram para que tal ocorresse, entre os quais destacam-se a desregulamenta•‹o do transporte de combust’veis l’quidos, com o transporte rodovi‡rio captando a maior parte desse tipo de carga, antes cativa das ferrovias e dos oleodutos, e os governos federal, estaduais e municipais foram liberados da imposi•‹o anteriormente existente de receberem (ou remeterem) por via fŽrrea, sempre que vi‡vel, suas mercadorias. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Como pode ser observado, em decorr•ncia de fatores hist—ricos e pol’ticos de diversas ordens, os servi•os de transporte de cargas por estradas de ferro s‹o qualitativamente e financeiramente onerosos para seus usu‡rios. Por isso Ž que o modal majorit‡rio quanto ao escoamento da produ•‹o e ao abastecimento Ž o transporte rodovi‡rio, em que pesem as contra-indica•›es econ™micas. Devido a esse fato, a rede de estradas de rodagem constitui o meio mais importante para a movimenta•‹o das cargas que ou se originam na ‡rea dos Cerrados ou a esta se destinam. Quanto ˆ amplitude geogr‡fica do transporte rodovi‡rio pela ‡rea dos Cerrados, veja o mapa na p‡gina seguinte. ƒ poss’vel verificar que a rede de estradas asfaltadas, embora ainda insuficiente quanto ˆ extens‹o e ˆ cobertura do territ—rio dos Cerrados, constitui a malha de maior interesse, no presente, para os transportes da regi‹o. Sendo assim, n‹o Ž de se estranhar que caminh›es transportem a maior parte das riquezas nela geradas e das que por ela circulam, muito embora, ao menos em termos te—ricos, seja mais recomend‡vel a utiliza•‹o das ferrovias ou das vias fluviais. Com rela•‹o a essa quest‹o, da prefer•ncia ÒirracionalÓ pelo transporte rodovi‡rio a longa dist‰ncia, Ž interessante notar que v‡rios fatores, alŽm da disponibilidade quase exclusiva de rodovias para a movimenta•‹o de cargas, contribuem para essa escolha. Apenas a t’tulo de ilustra•‹o, sem pretender esgotar a lista desses fatores, pode-se ver como dois deles acabam tornando essa escolha mais ÒracionalÓ, dentro das circunst‰ncias. O primeiro Ž o menor volume unit‡rio a ser transportado por caminh‹o, dando maior flexibilidade e permitindo que os pr—prios produtores enviem suas cargas diretamente aos portos, sem passar por um terminal que acumule volume suficiente para um carregamento ferrovi‡rio ou hidrovi‡rio. Esses terminais multimodais, diga-se de passagem, s‹o praticamente inexistentes, ou pouco significativos na regi‹o. A espera para o acœmulo de cargas gera um alto custo financeiro em Žpocas de infla•‹o alta, situa•‹o muito comum em passado recente, e os outros modais de transporte s‹o mais lentos, contribuindo tambŽm para o uso de caminh›es, que proporcionam entrega e faturamento mais r‡pido. O problema maior do transporte por rodovia na ‡rea dos Cerrados centrais reside mais na manuten•‹o de sua rede, tanto dos trechos j‡ pavimentados como daqueles que ainda n‹o receberam tal melhoramento, e menos na amplia•‹o da rede, embora a expans‹o seja relevante, em termos locais. Especialmente nas esta•›es chuvosas de 1995, 1996, 1997 e in’cio de 1998, longos e numerosos trajetos, espalhados por toda a ‡rea dos Cerrados, apresentaram pŽssimas condi•›es de tr‡fego. Com rela•‹o ao transporte aŽreo, bastar‡ mencionar que, para o tr‡fego de cargas, sua utiliza•‹o Ž limitada a produtos com maior valor unit‡rio, que possam suportar fretes mais elevados. Esse meio n‹o serve para o transporte em alta escala de produtos de baixo valor, como Ž o caso de gr‹os, o tipo de produ•‹o de maior interesse para aqueles que n‹o conhecem o valor e o potencial da regi‹o do Cerrado, e nele desejam implantar a monocultura. O aeroplano participa mais do tr‡fego de passageiros e, mesmo assim, o transporte aŽreo pouco compete, dado seu alto custo, com os ™nibus e ve’culos particulares apenas nas rotas que ligam as capitais e algumas cidades mais relevantes da regi‹o entre si e com outras capitais e cidades do pa’s. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Mapa Rodovi‡rio Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Enquanto a Uni‹o, Estados e Prefeituras apoiam o servi•o rodovi‡rio, construindo as vias e pavimentando-as, e atŽ mesmo construindo e mantendo esta•›es rodovi‡rias, as empresas ferrovi‡rias devem arcar com todos os custos de constru•‹o e de manuten•‹o de todas as benfeitorias relacionadas com esse tipo de transporte. Por conseguinte, o transporte rodovi‡rio Ž subsidiado indiretamente. O mesmo ocorre, de maneira similar, com o transporte aerovi‡rio e aquavi‡rio, pois tambŽm s‹o benefici‡rios de grandes economias indiretas. 4. Projetos, planos e perspectivas O Rodoviarismo e as Ferrovias N‹o faltaram, desde o final da guerra do Paraguai, projetos e planos cuja inten•‹o consistia em quebrar o isolamento da regi‹o dos Cerrados e abr’-la ˆ inser•‹o na economia brasileira e internacional. Torna-se desnecess‡rio, no entanto, focalizar planos e projetos mais antigos. Ser‡ suficiente sumariar as propostas oficiais mais interessantes para a ‡rea, apresentadas desde o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, 1946-1951. No per’odo do governo Dutra teve in’cio o prolongamento da E.F. Central do Brasil a partir de Buritizeiro, pequena localidade fronteiri•a a Pirapora, no rio S‹o Francisco. Pirapora era o ponto inicial da navega•‹o desse rio, conhecido como o rio da integra•‹o nacional. O Presidente Dutra pretendia levar os trilhos atŽ BelŽm do Par‡. Cortando o Cerrado do noroeste do Estado de Minas Gerais pelo vale dos rios Paracatu e Preto, passaria por Una’. Desceria pelo vale do Rio Paran‹, passando, j‡ no Estado de Goi‡s, pelas cidades de Formosa, Nova Roma, Paran‹, Peixe, Porto Nacional e Pedro Afonso. Entrando no Maranh‹o, passaria por Carolina e Imperatriz. No Par‡, ligar-se-ia ˆ E.F. Bragan•a e, por esta, chegaria ˆ capital BelŽm. Em Minas Gerais, o leito foi terraplanado em longa extens‹o. Os trilhos nunca foram lan•ados e as obras executadas se perderam. Com o Presidente Juscelino Kubitschek definitivamente se consolidou a preced•ncia do rodoviarismo, uma vez que 1) a rede ferrovi‡ria n‹o poderia ser estendida com a rapidez necess‡ria a todos os recantos carentes de transportes; 2) o governo federal, em virtude de ser o propriet‡rio da maior parte das estradas de ferro de ent‹o, n‹o dispunha do capital necess‡rio para construir e equipar estradas de ferro; 3) os governos estaduais, que operavam algumas das estradas de ferro de propriedade federal, eram ainda mais pobres, em termos de recursos financeiros, para construir e equipar suas ferrovias, e j‡ pretendiam entreg‡-las ao governo federal; 4) era amplamente admitida e reconhecida a inger•ncia pol’tica nas administra•›es ferrovi‡rias, de modo que sempre, nos bastidores do setor pœblico e do ent‹o MinistŽrio de Via•‹o, se tinha por certo que os servi•os seriam pouco confi‡veis e pouco competitivos com o transporte rodovi‡rio de longa, mŽdia e, muito mais ainda, de curta dist‰ncia; 5) por seu lado, para o transporte rodovi‡rio de cargas, bastaria ao setor pœblico arcar com a constru•‹o das pistas de rodagem, enquanto o setor privado colaboraria com a frota, com armazŽns e terminais, e com outras instala•›es e benfeitorias, alŽm de pagar impostos sobre o licenciamento dos ve’culos; por œltimo, Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC pode-se acrescentar o interesse do Governo Federal na cria•‹o/expans‹o do mercado para a indœstria automobil’stica que iniciava sua implanta•‹o no pa’s, consolidando a preval•ncia do transporte individual sobre o coletivo e do transporte rodovi‡rio de cargas sobre os ferrovi‡rios ou hidrovi‡rios. Os Corredores de Exporta•‹o No in’cio da dŽcada de 1970, em virtude dos efeitos iniciais do per’odo conhecido por milagre brasileiro, o Brasil passou a necessitar, com urg•ncia, de tornar competitiva sua pauta de exporta•›es. Dessa necessidade nasceu o projeto dos Corredores de Exporta•‹o, inclu’do no Plano Nacional de Desenvolvimento 1972/1974, dentro ao Programa Corredores de Transportes. Os corredores de exporta•‹o seriam constitu’dos por rotas de escoamento de grandes massas, principalmente gr‹os e outros granŽis, entre as ‡reas de produ•‹o e os locais de destino dos produtos. Esses locais de destino eram os polos internos de consumo intermedi‡rio e final, os polos internos de industrializa•‹o e os terminais mar’timos de exporta•‹o. No caso dos corredores de exporta•‹o, o destino, em territ—rio nacional, seriam os portos 1) de Rio Grande, RS; 2) de Paranagu‡, PR; 3) de Santos, SP, e 4) de Vit—ria, ES. Ë regi‹o do Cerrado central interessava principalmente os corredores de Santos e Vit—ria, e secundariamente o porto de Paranagu‡. Hoje, entretanto, em virtude das tarifas e outros custos e entraves portu‡rios, o porto de Paranagu‡ tem escoado por•‹o representativa da produ•‹o da ‡rea do Cerrado. Por essa ocasi‹o, o Banco Mundial alertara as autoridades brasileiras para o fato de que as ferrovias deveriam merecer tanta aten•‹o quanto as rodovias, dentro das perspectivas da Žpoca e futura do desenvolvimento brasileiro e da pol’tica brasileira de exporta•‹o de gr‹os em larga escala, que ent‹o tinha in’cio. O Cerrado teria, pois, duas grandes portas de sa’da: Goi‡s, noroeste de Minas e sudoeste da Bahia teriam primariamente o porto de Vit—ria e secundariamente o porto de Santos. O corredor do Mato Grosso (incluindo o atual Estado do Mato Grosso do Sul) teria, como terminal mar’timo, o porto de Santos. O sistema ferrovi‡rio tribut‡rio desses portos seria complementado por uma vasta rede de rodovias previstas no Prodoeste, e se propunham melhorias e asfaltamento das rotas Itumbiara-Jata’-Cuiab‡-Porto Velho, Ara•atuba-Tr•s Lagoas-Campo GrandeCorumb‡, Ponta Por‹-Campo Grande-Cuiab‡ e, em futuro mais distante, a rota Santa FŽ do Sul-Cuiab‡. O sistema rodovi‡rio recebeu, gradativamente, as melhorias previstas e expans›es n‹o previstas. As ferrovias n‹o receberam a maior parte dos melhoramentos no tra•ado, como as variantes Tr•s Lagoas-Campo Grande, MS, Uruburetama-Campos Altos, MG, alŽm de v‡rios outros. TambŽm n‹o se recuperou, como projetado, a via permanente. Como resultado, a ferrovia n‹o p™de competir com o transporte rodovi‡rio em termos de dist‰ncia, tempo de viagem e de frete. No Plano Nacional de Desenvolvimento 1972/1974 havia, portanto, a inten•‹o expl’cita de se desenvolver para o comŽrcio exterior, alŽm das ‡reas tribut‡rias dos portos de Rio Grande, de Paranagu‡, de Santos e de Vit—ria, o interior mais distante de Santos e de Vit—ria, ou seja, a regi‹o do Cerrado central. No entanto, a recupera•‹o das linhas fŽrreas de liga•‹o do Cerrado com esses portos n‹o foi executada, ficando muito aquŽm do previsto no subplano ferrovi‡rio. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC A DŽcada de 1990 e as Ferrovias Na dŽcada de 1990 voltou-se a focalizar a import‰ncia da ferrovia para o desenvolvimento da regi‹o do Cerrado. Em fins de mar•o de 1993 o ministro dos Transportes veio a Goi‡s para dar in’cio aos trabalhos de recupera•‹o do trecho ferrovi‡rio de Leopoldo de Bulh›es a An‡polis, quase fora de uso em conseqŸ•ncia do pŽssimo estado da linha fŽrrea. O Batalh‹o Ferrovi‡rio do ExŽrcito, sediado em Araguari, MG, foi encarregado da obra. A press‹o pela recupera•‹o havia partido do Conselho de Desenvolvimento do Corredor Centro-Leste. Ao longo do Corredor Centro-Leste haveria uma seqŸ•ncia de silos com capacidade de cerca de 60.000 toneladas. A capacidade de transporte da ferrovia seria de 300.000 toneladas/ano. No trecho Leopoldo de Bulh›es a An‡polis os comboios comportavam o m‡ximo de 6 vag›es: ap—s as obras, a capacidade subiu para 36 vag›es por trem. Em 1993, para se transportar, por caminh‹o, uma tonelada de soja de C‡ceres (MT), e coloc‡-la no porto de Vit—ria (ES), o produtor gastava US$70. Em abril de 1995, o frete por via ferrovi‡ria foi reduzido para US$27 ! As exporta•›es de gr‹os atravŽs do porto capixaba aumentaram de 352.000 toneladas, em 1992, para mais de 2 milh›es em 1994, sendo 1,1 milh‹o de toneladas de soja e de farelo de soja. Os gr‹os eram oriundos especialmente do Cerrado mineiro, goiano e, parcialmente, do matogrossense. No entanto, pouco a pouco caiu a qualidade do transporte devido ˆ m‡ situa•‹o tŽcnica e qualitativa da linha fŽrrea de Belo Horizonte (MG), a Goi‡s e ao Tri‰ngulo Mineiro. Ainda em 1995 ocorreu um aumento do frete ferrovi‡rio, da ordem de 25 %. Consequentemente, as exporta•›es cairam, em parte porque o transporte ferrovi‡rio n‹o p™de substituir totalmente a rota rodovi‡ria. O problema do frete ferrovi‡rio permanece relevante, portanto. Em 1996, o porto de Tubar‹o, de propriedade da Cia. Vale do Rio Doce, junto a Vit—ria (ES), recebeu tr•s novos ber•os de atraca•‹o, destinados prioritariamente a cargas de terceiros, granŽis l’quidos e s—lidos, e fertilizantes. A E.F. Vit—ria a Minas adquiriu da RFFSA o trecho de Nova Era em dire•‹o ˆ capital mineira. Construiu nele uma variante entre Costa Lacerda e Capit‹o Eduardo, j‡ perto de Belo Horizonte e junto a Santa Luzia. Essa variante melhorou em muito as condi•›es do tr‡fego tanto no sentido da exporta•‹o como de importa•‹o, favorecendo bastante o transporte em dire•‹o ao porto de Vit—ria. Ainda no tocante aos planos ferrovi‡rios, mencione-se a iniciativa da Ferronorte. Em lugar de esperar pela conclus‹o de seus 398 quil™metros iniciais, em 1998 inaugurou o primeiro trecho, entre Santa FŽ do Sul, SP, e Inoc•ncia, MS. Trens da Fepasa, chegar‹o ao terminal de Aparecida do Taboado, MS, para o carregamento de soja. No futuro, a Ferronorte chegar‡ Cuiab‡ e a Porto Velho, cortando a ‡rea dos Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cerrados centrais em sua dimens‹o maior. Uma outra linha da Ferronorte sair‡ de Uberl‰ndia, no Tri‰ngulo Mineiro, passar‡ pelas imedia•›es de Itumbiara, GO, seguir‡ na dire•‹o de Rio Verde e Jata’, GO, e se entroncar‡ com o tronco de bitola larga que parte de Santa FŽ do Sul, SP, e chegar‡ a Porto Velho. Das imedia•›es de Cuiab‡ dever‡ sair outra linha, desta vez para SantarŽm, PA. Como se v•, n‹o faltam projetos de transporte para movimenta•‹o Ð com pre•os competitivos - de gr‹os produzidos na ‡rea do Cerrado central. Os Cerrados do Estado do Tocantins e do sudoeste do Maranh‹o j‡ deveriam, caso os planos ferrovi‡rios tivessem sido obedecidos quanto aos cronogramas, estar conectados ao Porto da Madeira, terminal da E.F. Caraj‡s junto a S‹o Lu’s (MA), atravŽs desta estrada de ferro e da Ferrovia Norte-Sul. Da Norte-Sul est‡ conclu’do o trecho que vai de A•ail‰ndia a Imperatriz. O tr‡fego Ž rarefeito, no entanto, devido ˆ falta de conex‹o ferrovi‡ria com o restante do vale do Rio Tocantins. Os Projetos das hidrovias do Paraguai e Araguaia-Tocantins AlŽm da extens‹o da hidrovia Tiet•-Paran‡ atŽ Gua’ra, h‡ projetos para a implanta•‹o de hidrovias industriais nos rios Paraguai e das Mortes, Araguaia e Tocantins. No caso da hidrovia do rio Paraguai j‡ existem estudos indicando que seus impactos ambientais, sociais e econ™micos poder‹o ser altamente negativos, particularmente sobre o Pantanal matogrossense, com perigo de secar parte dessa imensa reserva natural. Esse impacto ambiental se daria principalmente no Brasil e Paraguai, com sŽrias repercuss›es econ™micas e sociais sobre as popula•›es tradicionais e ind’genas dos dois pa’ses. ƒ importante lembrar, aqui, que o leito do rio Paraguai Ž de curso livre, ou seja, n‹o apresenta qualquer obst‡culo ˆ navega•‹o e, desse modo, tem sido utilizado para transporte de carga e passageiros ao longo dos œltimos sŽculos. Sua capacidade de carga, no trecho mais restrito, de C‡ceres (MT) a Corumb‡ (MS), tem sido aproveitada em apenas 5%, n‹o se justificando economicamente as obras propostas para ampliar sua capacidade. O projeto ora em discuss‹o pretende transformar o rio em uma hidrovia industrial, aprofundando seu leito e ampliando a dimens‹o das embarca•›es utilizadas. Quanto ˆ hidrovia rio das Mortes, Araguaia e Tocantins, os impactos previstos s‹o ainda maiores, em rela•‹o ao projeto do rio Paraguai. Os cursos desses rios apresentam obst‡culos naturais ˆ navega•‹o, que precisar‹o ser removidos. Existem, tambŽm, obst‡culos artificiais introduzidos pelo homem, como a barragem de Tucuru’, exigindo a constru•‹o de uma enorme eclusa para transposi•‹o de barcos, com um custo or•ado da ordem de US$ 400 milh›es. AlŽm disso, a altura de ‡gua dispon’vel no rio Araguaia chega, em alguns pontos, a apenas 40 cm, em Žpoca de estiagem. O assoreamento do canal seria constante e exigiria opera•‹o diuturna e cara de dragagem da areia. As praias do Araguaia tenderiam a desaparecer, em grande extens‹o. Como esse rio n‹o disp›e de volume de ‡gua para viabilizar um canal com alta capacidade de tr‡fego de comboios de barca•as, segundo a previs‹o da AHITAR, Administra•‹o da Hidrovia Tocantins Ð Araguaia constante no seu primeiro Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC EIA/RIMA (que n‹o foi aprovado pelo IBAMA), dever‹o ser constru’das 11 eclusas. Seria necess‡rio construir, tambŽm, a dispendiosa eclusa de Tucuru’. Precisar-se-ia construir um ponto de transbordo de cargas para a E.F. Caraj‡s, pois o porto de BelŽm n‹o comporta grandes navios graneleiros, e os gr‹os deveriam ser enviados para o transporte mar’timo na Ponta da Madeira, nas proximidades de S‹o Lu’s. Dever-seiam transferir aldeias ind’genas e algumas de suas reservas seriam parcialmente inundadas. Cidades deveriam ser transferidas... 5. Conclus›es O transporte b‡sico de cargas na regi‹o focalizada ainda Ž o rodovi‡rio, em que pesem o custo do frete, a relativa baixa capacidade de movimenta•‹o de cargas, a insuficiente cobertura territorial das vias asfaltadas e a degrada•‹o da manuten•‹o das pistas de rolamento. Existem, hoje, v‡rias alternativas de transporte de mercadorias. A decis‹o de como compor a rede necess‡ria com um mosaico de modais, que a torne a mais eficiente poss’vel, depende de uma ampla discuss‹o que defina como deve ser o aproveitamento econ™mico da regi‹o. Para cada op•‹o adotada haver‡ uma composi•‹o de modais mais adequados. Dessa forma, a discuss‹o e decis‹o acerca da quest‹o de transporte de cargas na regi‹o do Cerrado central depende, em alto grau, de uma prŽvia formula•‹o e ado•‹o de um Plano de Desenvolvimento Regional definido em fun•‹o dos interesses da popula•‹o da regi‹o, levando em conta critŽrios como a sustentabilidade social e ambiental das atividades produtivas. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cap’tulo IV - Alternativas de Atividades Econ™micas Sustent‡veis com Base Rural Nos Cerrados, as necessidades de sobreviv•ncia e desenvolvimento de pequenos e mŽdios produtores rurais, das popula•›es tradicionais e ind’genas, dificilmente podem ser atendidas com um sistema œnico de produ•‹o, seja ele o extrativismo, cultivo de gr‹os, pecu‡ria, sistemas florestais, o turismo rural ou qualquer outra atividade isolada. Da mesma forma, a sustentabilidade de grandes empreendimentos depende da diversifica•‹o e de melhoramentos constantes nos sistemas produtivos: cultivos anuais e cont’nuos determinam, com o passar dos anos, significativas quedas de produtividade. A integra•‹o de atividades agr’colas, pecu‡rias, florestais e extrativistas, sistema praticado tradicionalmente na maioria das regi›es rurais do pa’s pelos pequenos e mŽdios propriet‡rios, permite distribuir as atividades durante todo o ano, aproveitando-se diferentes cultivos e cria•›es, de acordo com os recursos locais e o potencial de trabalho das unidades produtivas. O aprimoramento desses sistemas depende, sempre, de investimentos na capacita•‹o do produtor e de agilidade na pesquisa e informa•‹o agropecu‡ria. Nas pr—ximas se•›es ser‹o fornecidas informa•›es resumidas de espŽcies nativas cujos potenciais produtivos est‹o sendo explorados, em escala local, na pesquisa, produ•‹o, comŽrcio e/ou consumo. Os sistemas de produ•‹o variam, hoje, para cada localidade ou regi‹o, quase sempre entre o extrativismo predat—rio e a monocultura intensiva. Apresentamos, tambŽm, uma pequena rela•‹o de pr‡ticas agr’colas consagradas na melhoria e manuten•‹o do potencial produtivo no Cerrado, cujos resultados efetivos s‹o importantes em qualquer sistema de uso dos solos da regi‹o. O potencial produtivo dos recursos naturais s— pode ser pesquisado em escala local, tornando necess‡ria a realiza•‹o de discuss›es microrregionais sobre desenvolvimento rural. Foram consultados v‡rios tŽcnicos de entidades pœblicas e privadas, resultados de estudos e pesquisas, informa•›es da m’dia agr’cola e outras fontes, para identificar e selecionar os resultados mais interessantes, descritos a seguir. A divulga•‹o dessas informa•›es tem o objetivo de introduzir o leitor nos variados temas relacionados ao desenvolvimento rural na bacia do Araguaia-Tocantins. A experi•ncia pessoal das pessoas envolvidas nessas discuss›es, e a consulta mais aprofundada a novas fontes de informa•‹o, s‹o os principais instrumentos a serem utilizados na avalia•‹o do potencial local de utiliza•‹o das espŽcies nativas e de sistemas de produ•‹o adaptados ao Cerrado. 1. Introdu•‹o Apresenta-se, a seguir, um panorama preliminar das op•›es regionais para o desenvolvimento rural sustent‡vel, a partir de algumas tecnologias dispon’veis e de experi•ncias existentes nos Cerrados brasileiros, do ponto de vista do seu potencial de utiliza•‹o na bacia do Araguaia-Tocantins. Entretanto, qualquer generaliza•‹o para os Cerrados deve ser feita com muita cautela, pois existem 11 tipos distintos de Cerrados, como mostrado no Cap’tulo I do presente documento. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cada tipo de Cerrado est‡ associado a caracter’sticas pr—prias de ‡gua e solo, resultando em fauna, flora e paisagem distintas, o que torna extremamente importante a realiza•‹o de zoneamentos agr’colas, ecol—gicos e econ™micos e, consequentemente, o planejamento para o desenvolvimento regional. Com essas ressalvas, assume-se o risco das generaliza•›es necess‡rias sobre os Cerrados dessa regi‹o. Mas todo esfor•o de planejamento deve ser concentrado no reconhecimento dos recursos naturais em n’vel de microrregi›es. A cobertura vegetal natural na bacia do Araguaia-Tocantins Ž composta basicamente por Cerrado t’pico e campos Cerrados, e a ocorr•ncia de matas de galeria domina em torno de 10% da regi‹o. As diferentes florestas (cerrad‹o, mata seca e outras) t•m sido erradicadas pela explora•‹o madeireira, pelo carvoejamento e pela fronteira agropecu‡ria. O uso da terra Ž concentrado na pecu‡ria extensiva e nas culturas de arroz, milho, feij‹o e soja, as quais contam com tecnologia, assist•ncia tŽcnica e linhas de crŽdito dispon’veis em quase toda a regi‹o. Atualmente, cerca de 42% da produ•‹o de soja, 32% da produ•‹o de milho e 40% do rebanho bovino nacionais se concentram na regi‹o do Cerrado. A disponibilidade de luz, ‡gua e nutrientes s‹o fatores determinante do crescimento da vegeta•‹o, tanto nas matas naturais como nos agrossistemas. No Cerrado, temos luz em abund‰ncia e, na Žpoca das chuvas, ‡gua suficiente para a implanta•‹o dos mais variados cultivos. Por outro lado, a reservas de ‡gua no subsolo (len•ol fre‡tico) e na superf’cie (nascentes, rios e lagoas) representam alternativas para cultivos perenes e culturas irrigadas. Deve-se ressaltar, porŽm, que em v‡rias macrorregi›es essas reservas j‡ est‹o comprometidas devido ao excesso de uso para as atividades humanas e pela falta de prote•‹o dos recursos h’dricos. O fator limitante mais importante ˆ diversifica•‹o ou ˆ intensifica•‹o das atividades agr’colas na regi‹o Ž a estrutura dos solos, tanto por sua baixa fertilidade mineral como pelo seu alto risco de eros‹o. Quanto ˆ fertilidade, os solos predominantes na regi‹o s‹o fortemente ‡cidos (o que inibe o crescimento das plantas) e com altos de teores de alum’nio (que Ž t—xico ˆs plantas comercialmente cultivadas), apresentando ainda baixos teores de f—sforo, pot‡ssio, c‡lcio, magnŽsio, enxofre e de micronutrientes. Os baixos n’veis de matŽria org‰nica destes solos tambŽm determinam baixos teores de nitrog•nio. As taxas de eros‹o natural s‹o em grande parte respons‡veis, junto com a ocorr•ncia das queimadas, pela baixa fertilidade desses solos, devido a milh›es de anos de eros‹o dos nutrientes sob chuvas abundantes e altas temperaturas. Esses processos erosivos naturais est‹o sendo intensificados pela acelerada retirada da vegeta•‹o e pela falta de prote•‹o do solo e da ‡gua, como resultado da ocupa•‹o mal planejada da fronteira agr’cola, da utiliza•‹o de sistemas de produ•‹o n‹o adaptados ˆ regi‹o, pela explora•‹o predat—ria dos recursos minerais e tambŽm das consequ•ncias do crescimento urbano e industrial n‹o planejado. A intensifica•‹o da eros‹o causa a perda de nutrientes, a perda de camadas de solo, o aparecimento de vo•orocas e o assoreamento dos rios. Este processo come•a quando as primeiras chuvas, ap—s a esta•‹o seca, caem sobre o solo seco, sem cobertura vegetal e endurecido, o que provoca um grande escoamento superficial da ‡gua. Esta se concentra em canais naturais do relevo ou ao longo de estradas, e seu escoamento provoca o desabamento do solo nos pontos mais fr‡geis (as vo•orocas) e o acœmulo dos sedimentos (terra, Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC nutrientes, agroqu’micos e etc) nos rios e lagoas. Em latossolos com 5% de declividade, s‹o encontradas as seguintes taxas de eros‹o: Eros‹o de Solos no Cerrado Uso do Solo Eros‹o Anual,em t/ha Milho 29 Soja, plantio convencional 9 Soja, plantio direto 5 Pastagem 0,1 Solo Descoberto 50 Fonte: Dedececk et al (1986) O uso cont’nuo dessas terras, do ponto de vista agr’cola, est‡ condicionado, portanto, ao manejo correto do solo, o que envolve a corre•‹o da fertilidade, o controle da eros‹o, aumento da ciclagem dos minerais e matŽria org‰nica, aumento da diversidade de organismos melhoradores das caracter’sticas de solo (alguns microorganismos, insetos e outros artr—podes, plantas), a prote•‹o de nascentes e reservas nativas, alŽm de v‡rias outras tŽcnicas que se costumam chamar, no conjunto, de Òboas pr‡ticas agr’colasÓ. O manejo correto do solo n‹o se limita a implantar estas boas tŽcnicas ap—s a ocupa•‹o do Cerrado, mas sim no planejamento antecipado da ocupa•‹o. Entretanto, o conceito de sustentabilidade das atividades rurais n‹o se limita ˆ utiliza•‹o de boas pr‡ticas e tecnologias. A atividade agr’cola deve ter continuidade no plano econ™mico, ambiental e social, caso contr‡rio os sistemas de produ•‹o n‹o se sustentam com o tempo. Podemos exemplificar o conceito de sustentabilidade estudando, por exemplo, as grandes ‡reas cultivadas com soja. Sob a —tica da social e econ™mica, da sociedade como um todo, a produ•‹o de gr‹os (soja e milho, em especial), em grandes propriedades e com alta tecnifica•‹o, resulta, entre outros aspectos, em: baixa capacidade de gera•‹o de emprego; os empregos criados s‹o de baixa qualifica•‹o e remunera•‹o; baixa participa•‹o da renda do trabalho na renda gerada e maior concentra•‹o de renda; viabilidade econ™mica somente para grandes ‡reas e com cultivos altamente tecnificados; expuls‹o da pequeno produtor rural; aparecimento de problemas de fertilidade e fitossanit‡rios com os respectivos custos de controle, entre outras consequ•ncias diretas e indiretas. Apesar das restri•›es existentes, o Cerrado transformou-se rapidamente na nova fronteira agr’cola do pa’s e, em poucas dŽcadas, em uma das maiores regi›es produtoras de gr‹os. Entretanto, os sistemas de produ•‹o intensivos adaptados de outras regi›es, especialmente os que promovem as grandes monoculturas, t•m provocado graves consequ•ncias econ™micas, ambientais e sociais, como a deteriora•‹o dos solos, eros‹o, destrui•‹o de cursos de ‡gua, seca, extin•‹o das plantas nativas com potencial econ™mico ou valor medicinal, destrui•‹o de paisagens naturais, extin•‹o de animais nativos, contamina•‹o por agrot—xicos e outros agroqu’micos, custos adicionais de manuten•‹o de obras de engenharia de grande porte, e uma sŽrie de consequ•ncias sociais nas ‡reas de saœde, habita•‹o, saneamento, migra•‹o e •xodo rural. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC De que forma, ent‹o, poderemos definir qual a melhor maneira de utilizar o Cerrado ao longo do tempo? A variedade das respostas est‡ em fun•‹o da variedade dos recursos naturais que se encontram em cada tipo de Cerrado. O Òzoneamento agroecol—gicoÓ vem sendo utilizado mais recentemente pelo governo federal no planejamento de pol’ticas agr’colas. Ele acrescenta ao zoneamento agr’cola uma sŽrie de fatores ecol—gicos e novas metodologias de elabora•‹o dos seus estudos. Entre estas e outras experi•ncias de planejamento regional, os resultados obtidos nas dŽcadas de 70 e 80 com os projetos de microbacias hidrogr‡ficas merecem destaque de produtores, tŽcnicos e pol’ticos, tendo registrado o grande mŽrito de realizar o planejamento do desenvolvimento rural ao n’vel da regi‹o de influ•ncia de um pequeno rio. Desta maneira, n‹o somente Ž mais f‡cil realizar o zoneamento agr’cola e ambiental, devido ˆ diminui•‹o da ‡rea de abrang•ncia dos estudos, como se torna poss’vel a efetiva participa•‹o da sociedade (produtores, tŽcnicos, pol’ticos, empres‡rios, professores, trabalhadores rurais e urbanos, etc) no planejamento local, resultando em maior adequa•‹o e credibilidade social para os projetos de desenvolvimento. O desenvolvimento das regi›es do Cerrado, sustent‡vel nos planos econ™mico, ambiental e social, deve basear-se, portanto, em dois princ’pios fundamentais: conhecimento dos recursos naturais existentes em uma localidade ou microrregi‹o e planejamento estratŽgico com a participa•‹o efetiva da sociedade. A aplica•‹o destes dois princ’pios no Cerrado brasileiro enfrenta, entretanto, limita•›es: n‹o temos conhecimentos aprofundados sobre a maioria destes ecossistemas, nem temos a tradi•‹o da participa•‹o da popula•‹o nos planejamentos regionais. Essas dificuldades, no entanto, n‹o s‹o insuper‡veis: na medida em que a popula•‹o seja convocada, e participe efetivamente do processo de planejamento e tomada de decis›es, ela poder‡ contribuir com seu conhecimento espec’fico de cada regi‹o, ou micro-regi‹o, e seu ecossistema. Grande variedade de plantas nativas As fam’lias de plantas predominantes no Cerrado s‹o as gram’neas, as leguminosas e as orqu’deas. Somente o Distrito Federal tem 233 espŽcies identificadas de orqu’deas, dentre quase 500 espŽcies nativas do Cerrado. Cerca de 80 espŽcies nativas fornecem frutos, sementes ou palmitos saborosos e nutritivos ao homem, outras 20 fornecem corti•a, dezenas de espŽcies produzem —leos e resinas para v‡rias aplica•›es, mais de 100 espŽcies s‹o consideradas medicinais (algumas comercialmente utilizadas pela industria farmac•utica), outras 200 espŽcies de plantas t•m caracter’sticas ornamentais. As principais espŽcies de valor madeireiro, como a aroeira, perobas, copa’ba, jatob‡s, gon•alo-alves, jacarand‡ e o landim, est‹o desaparecendo da regi‹o, muitas vezes se transformando em lenha e carv‹o. Existem mais de 500 espŽcies de abelhas na regi‹o, cerca de 20 delas s‹o consideradas produtoras de mel, junto a mais de 200 espŽcies de plantas com potencial na produ•‹o de mel pela abelha europa. A CEASA de Goi‰nia registrou, em 1988, a comercializa•‹o de 780 toneladas de frutos de pequi e 850 toneladas de palmito de gueroba. As variedades silvestres de caju, mandioca, abacaxi, caqui, goiaba e amendoim, entre muitas outras, podem ser Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC aproveitadas no melhoramento das variedades cultivadas em todo o pa’s, por exemplo no aumento na resist•ncia a pragas e doen•as, podendo colaborar na diminui•‹o do uso de agrot—xicos. Percorrendo as cidades do Centro-Oeste, suas feiras populares e comŽrcios locais, encontram-se centenas de produtos nativos oferecidos na forma de p‹es e bolos, doces, licores, conservas, uma sŽrie diversificada de produtos naturais ou beneficiados, que formam base para uma economia informal tradicional na regi‹o. A lista das espŽcies conhecidas de animais e vegetais com potencial de aproveitamento econ™mico Ž enorme, mas faltam estudos que, em alguns casos, caracterizem sua utilidade direta e, em para a grande maioria, estabele•am formas de manejo visando escalas de produ•‹o comerciais. O fato Ž que estamos desmatando ‡reas de cerrad›es e matas para implantar culturas como soja e arroz. N‹o seria mais l—gico utilizar para fins florestais as ‡reas onde as ‡rvores de Cerrado crescem melhor? Quais as vantagens de desmatamento das florestas nativas para culturas de gr‹os, em vez de utilizar as ‡reas de Cerrado t’pico? Seria mais l—gico o aproveitamento dos solos do Cerrado utilizando um modelo que reproduza a natureza. Isso significa que devemos utilizar um conjunto de atividades agr’colas que envolva ‡rvores, arbustos, gram’neas e leguminosas rasteiras para aproveitar de uma maneira uniforme e eficiente as reservas de nutrientes e de ‡gua que existem no solo. As espŽcies com maior potencial de aproveitamento desses recursos naturais s‹o as nativas que, sendo capazes de se desenvolver na presen•a de alum’nio e acidez do solo, e resistentes ˆ seca, t•m grande potencial de responder econ™micamente a pr‡ticas b‡sicas de manejo agroflorestal, como aduba•‹o, capina, prote•‹o contra o fogo, consorcia•‹o, irriga•‹o e outras. As culturas de gr‹os nas regi›es de Cerrado exigem grandes ‡reas e alto investimento de capital para trazer retorno econ™mico. Ou seja, Ž neg—cio para poucas pessoas que disponham de capital, crŽdito e terras. Como resultado, temos extensas ‡reas de monocultivos, intensamente mecanizadas, com grande consumo de fertilizantes e agrot—xicos, que acabam provocando a quase total elimina•‹o das espŽcies animais e vegetais nativas nas ‡reas cultivadas. Diante desta riqueza desconhecida, v‡rias iniciativas t•m sido desenvolvidas, principalmente na œltima dŽcada, com o objetivo de explorar estes recursos nativos do Cerrado. Centros de pesquisa, ligados a universidades ou a empresas pœblicas, t•m estudados o potencial de aproveitamento de plantas e animais. Empresas ligadas ao setor farmac•utico e aliment’cio t•m fortalecido o comŽrcio de alguns produtos. Empreendimentos voltados ˆ cria•‹o, em cativeiro, de animais da regi‹o foram implementados e pequenas empresas t•m se especializado no mercado regional de alimentos. Organiza•›es n‹o-governamentais e governamentais t•m investido em projetos comunit‡rios de car‡ter inovador na explora•‹o sustent‡vel destes recursos. As dificuldades apontadas s‹o muitas, especialmente quanto ˆ falta de pol’ticas pœblicas que priorizem o aproveitamento destes recursos, nas ‡reas de pesquisa b‡sica, desenvolvimento de tecnologia, assist•ncia tŽcnica, linhas de crŽdito, pol’ticas agr’colas e agr‡rias, infra-estrutura de beneficiamento-transportecomercializa•‹o, etc. Sob esse aspecto, o apoio pœblico e pol’tico Ž fundamental, pois sem ele o Cerrado n‹o teria se transformado no celeiro de gr‹os do pa’s em apenas 20 anos . Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Cerrado e gera•‹o de renda O aproveitamento dos recursos naturais e da voca•‹o rural da regi‹o da bacia Araguaia-Tocantins, permite que o setor rural possa se beneficiar do valor existente na Natureza, tornando comercializ‡veis v‡rios produtos regionais, atendendo a variados mercados potenciais como, por exemplo: frutas e frutos naturais ou beneficiados; madeiras e produtos madeireiros; insumos para a indœstria qu’mica e de tecnologia; carne, couro e subprodutos animais silvestres; novos animais e plantas domŽsticos; mel, pr—polis e outros produtos ap’colas de v‡rias qualidades; pasta de pequi, bebidas energŽticas sabor perinha, doce de araticum, licor de cagaita, pomada de malva-docampo. Um setor de turismo regional pode ser desenvolvido, integrando a pesca amadora, o agroturismo e o ecoturismo. E outras possibilidades que, promovendo o desenvolvimento regional e a eleva•‹o do n’vel econ™mico e social dos produtores, consigam reduzir os impactos ambientais, sociais e econ™micos da ocupa•‹o com monocultivos de gr‹os, cana-de-a•œcar, eucaliptos e bovinocultura, atualmente existente. O fortalecimento do uso econ™mico dos Cerrados com espŽcies nativas e manejo sustentado pode criar novos produtos alimentares e indœstriais e atender a demandas variadas de consumo. A comercializa•‹o de g•neros aliment’cios deve focalizar, inicialmente, os mercados locais e regionais, com melhores condi•›es de absorver pequenas produ•›es de origem conhecida e de qualidade inovadora - por exemplo, o recŽm desenvolvido Òpequi em p—Ó (obtido da polpa desidratada e pulverizada, solœvel em ‡gua), para consolidar-se inicialmente no mercado do CentroOeste, antes de sair em busca de outros mercados. Esta estratŽgia permitiria aos produtores obterem, atravŽs do acœmulo de experi•ncia, condi•›es de qualidade, quantidade e const‰ncia exigidos pela agroindœstria: por exemplo, o fornecimento de pequi n‹o Ž problema em certas regi›es, mas as condi•›es de colheita, classifica•‹o, transporte e armazenamento s‹o, ainda, prec‡rias entre os produtores e intermedi‡rios. 2.Sobre a Atividade Agropecu‡ria Regional Planejamento por aptid‹o agr’cola O planejamento de ocupa•‹o dos solos tem por princ’pio que o potencial de uso de cada ‡rea dispon’vel Ž limitado no espa•o e no tempo, e deve ser mantido e mesmo melhorado para permitir a perpetua•‹o dos sistemas de produ•‹o aplicados. O uso sustent‡vel deve manter e melhorar as qualidades produtivas do solo, da ‡gua, da paisagem e das espŽcies presentes no ecossistema, bem como das condi•›es de trabalho e investimentos. A superexplora•‹o destes recursos tende a intensificar a depend•ncia de insumos externos e de grande infra-estrutura nos cultivos, bem como a ocorr•ncia de eros‹o, de pragas e doen•as, aumento de custos de produ•‹o, falta de ‡gua, escassez de recursos tradicionais para alimenta•‹o e comercializa•‹o, etc. V‡rias classes de usos de solo podem ser definidas no planejamento da ocupa•‹o de uma propriedade ou microrregi‹o, dependendo dos recursos locais e do valor dos produtos, como por exemplo: Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC a.reserva florestal: a escolha das ‡reas para a reserva florestal deve observar uma regra b‡sica: quanto mais rica a ‡rea, melhor para sua fun•‹o de reserva legal. Antigamente recomendava-se que as terras consideradas improdutivas, isto Ž, que necessitam para sua conserva•‹o de pr‡ticas tŽcnica e economicamente pouco vi‡veis, fossem indicadas com restri•‹o para pastagem ou silvicultura e, em casos mais desfavor‡veis, para a preserva•‹o da flora e da fauna. Como resultado, v‡rias empresas florestais e grandes propriet‡rios escolheram, para cumprir com o C—digo Florestal, as piores ‡reas agr’colas, como barrancos, grotas, solos rochosos, ‡reas degradadas ou aquelas mais fr‡geis quanto a eros‹o. Recentemente, porŽm, grandes empresas de reflorestamento tem buscado preservar ‡reas mais ricas em diversidade de espŽcies e de melhores condi•›es de solo e ‡gua, para dar sustenta•‹o a suas florestas homog•neas. b.reserva extrativista: vegetal, florestal, animal, apicultura, pesca, produtos para artesanato, indœstria civil, qu’mica, farmac•utica, etc. c.reserva energŽtica: florestas mistas de eucalipto, mogno, angico, landim, etc. d.pecu‡ria leiteira: leite, carne, esterco, reprodutores e matrizes. As tecnologias de forma•‹o de capineiras, de produ•‹o de feno e silo, e de bancos de leguminosas s‹o importantes para a viabilidade de todos os empreendimentos de pecu‡ria. e.pecu‡ria de pequenos animais: porcos, aves, animais silvestres: cria, recria, reprodutores e matrizes. f.fruticultura tropical: cons—rcios e sistemas agroflorestais, com orienta•‹o para agroindustrializa•‹o. g.produ•‹o de gr‹os e forragens: sistemas integrados de cons—rcio e rota•‹o entre culturas convencionais, alternativas e nativas. h.constru•›es, ‡reas habitadas, prote•‹o de solo e ‡gua: constru•‹o das estradas, conten•‹o de ‡gua ao longo das cercas e vias, bacias de capta•‹o, arboriza•‹o, quebra-ventos, saneamento b‡sico de cria•›es e habita•›es, hortas, pomares e jardins domŽsticos, etc. Pr‡ticas Agr’colas: a.preparo do solo: nas ‡reas de Cerrado todos os cultivos devem ser feitos em n’vel e com terraceamento, sofrendo corre•‹o de fertilidade atravŽs de calagem (aplica•‹o e incorpora•‹o de, geralmente, 2 a 4 ton./ha de calc‡rio) e buscando manter uma cobertura (viva ou morta) sobre o solo atravŽs da rota•‹o, sucess‹o ou consorcia•‹o de culturas. A mecaniza•‹o Ž favorecida pelo relevo plano ou pouco ondulado dos planaltos. A mecaniza•‹o incorreta e excessiva, como a pr‡tica j‡ demonstrou, traz consequ•ncias como altos custos de investimento e manuten•‹o de maquin‡rio, forma•‹o de camada compactada que impermeabiliza o solo, perda da boa estrutura f’sica do solo, aumento das taxas de eros‹o (eros‹o de solo e de nutrientes, assoreamento e contamina•‹o de rios e nascentes). Isso resulta em custos adicionais com obras de engenharia (canais, escoadouros, caixas de coleta, barreiros e bacias de capta•‹o, drenos, prote•‹o de nascentes e leitos de rios, controle de vo•orocas, etc). Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Por outro lado, todas as pr‡ticas de conserva•‹o de solo e ‡gua elevam a produtividade, reduzem os riscos de perda futura de produtividade, gerando maior estabilidade dos recursos f’sicos e dos investimentos em infra-estrutura. Mas nem sempre tŽcnicas de cultivo m’nimo de solo e manuten•‹o de cobertura resultam, por si s—, em melhoramento cont’nuo do solo. Por exemplo, nos v‡rios sistemas de plantio direto os ’ndices de mecaniza•‹o n‹o s‹o muito diferentes dos aplicados ao cultivo convencional, ocorrendo problemas com forma•‹o de pŽ-de-grade (camada compactada em subsuperf’cie) e com a ocorr•ncia de pragas e doen•as que, favorecidas pelas freqŸentes ara•›es de solo, se adaptam bem ao cultivo m’nimo. Pr‡ticas de Prote•‹o do Solo A partir da an‡lise de aptid‹o agr’cola das terras, recomenda-se convencionalmente tr•s conjuntos de pr‡ticas agr’colas para o preparo do solo, de acordo com a necessidade de pr‡ticas mais ou menos intensivas de prote•‹o do solo de cada ‡rea: 1) medidas simples, consideradas padr‹o para terras agricult‡veis: cultivo m’nimo (desmatamento e ara•‹o), rota•‹o de culturas, culturas em faixas (cada cultivo ocupa uma faixa de 20 a 50 metros de largura), cultivo em contorno (acompanhando a paisagem, em n’vel), pastoreio controlado (lota•‹o planejada do nœmero de animais por ‡rea); 2) medidas intensivas, aplicadas a declividades entre 6 e 12%: terra•os de base larga, cord›es vegetados sobre terra•os de base estreita (2 a 10 m de largura, distanciados entre 100 a 150 m um do outro), terra•os com canais largos e diques coletores de ‡gua, obras de prote•‹o de estradas e escoamento de ‡gua; 3) medidas muito intensivas e complexas, aplicadas a declives entre 12 e 20%: terra•os em n’vel, terra•os em patamar (obras de corte e aterro), banquetas individuais, interceptadores de ‡gua (obst‡culos) e controle de vo•orocas, todos exigindo orienta•‹o e manuten•‹o por projetos tŽcnicos. Obras em ‡reas com declividade maior que 20% s‹o tecnicamente e economicamente invi‡veis para o produtor rural, mas s‹o frequentemente usadas na constru•‹o de estradas, ferrovias, pontes, viadutos, represas, obras de conten•‹o de encostas, etc. b.controle integrado de pragas: o Cerrado Ž ber•o de um sem nœmero de organismos que competem com o homem por alimentos vegetais e animais, e que s‹o considerados praga quando causam preju’zos de diversas ordens. Por exemplo, temos as grandes infesta•›es de gafanhotos (Rammathocerus schistocercoides e outros), que costumam ressurgir em intervalos de 10 ou mais anos, cujo potencial de devasta•‹o de ‡reas nativas e cultivadas j‡ foi fartamente documentado. As formigas saœvas e quenquŽns (g•neros Atta e Acromyrmex) tem alto poder reprodutivo e podem infestar extensas ‡reas cultivadas, com popula•›es de centenas de col™nias por hectare em ‡reas mal manejadas. Os cupins de mont’culo (principalmente dos g•neros Cornitermes Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC e Syntermes) infestam pastos e ‡reas agr’colas mal manejadas ou degradadas, podendo ocupar mais de 10% da ‡rea œtil com seus ninhos de terra quando infesta•›es chegam a 1.000 col™nias por hectare. As moscas das frutas (principalmente dos g•neros Anastephra e Ceratitis), que s‹o consideradas pragas de centenas de cultivos em todo o mundo, atacam v‡rias frutas nativas e diversas culturas no Cerrado, exigindo programas de preven•‹o e controle oficiais em v‡rias partes do Brasil. Em uma regi‹o onde existe total car•ncia de alimento verde durante grande parte do tempo, as atividades agr’colas propiciam uma grande oferta de alimento e alternativas de adapta•‹o a v‡rios competidores da regi‹o. N‹o Ž raro, por exemplo, que o surgimento de bandos de capivaras, antas ou p‡ssaros (por exemplo pombos, periquitos, p‡ssaros pretos, gar•as, aves migrat—rias), em pequenas ‡reas, causem danos de atŽ 100% em pouqu’ssimos dias (o Sistema Nacional de CrŽdito Rural prev• acidentes naturais desta ordem). O aumento da infesta•‹o de insetos-praga, bem como de doen•as de plantas e de ervas invasoras, sempre acontece junto ˆ ocupa•‹o intensiva de grandes espa•os naturais, muitas vezes exigindo medidas de controle direto para equilibrar artificialmente a situa•‹o, atŽ que ocorra uma nova din‰mica no agroecossistema modificado que desfavore•a o aumento incontrolado das pragas. As seguintes medidas preventivas devem ser adotadas e refor•adas em toda a regi‹o, consoante as orienta•›es oficiais locais: a escolha de variedades resistentes a pragas e doen•as, a rota•‹o e consorcia•‹o de culturas, manuten•‹o de faixas de vegeta•‹o nativa entre as culturas, uso m’nimo de agrot—xicos e de agentes de controle biol—gico. A aplica•‹o de boas pr‡ticas agr’colas (e maior controle de qualidade dos sistemas de produ•‹o) na coleta de sementes, cultivo de mudas, fertiliza•‹o e preparo adequado do solo, plantios em rota•‹o ou consorcia•‹o, irriga•‹o, colheita e armazenamento, e demais tratos culturais, s‹o de grande import‰ncia na preven•‹o e controle das principais pragas, bem como resultam em maior vigor e produtividade dos cultivos. As boas tŽcnicas de manipula•‹o durante e ap—s a colheita, bem como na comercializa•‹o, s‹o importantes tambŽm para a vida œtil dos g•neros alimentares e na preven•‹o de pragas e doen•as p—s-colheita. Consorcia•›es e rota•›es : V‡rios sistemas de rota•‹o e consorcia•‹o s‹o utilizados e recomendados para a regi‹o, com maior •nfase tŽcnica para as culturas de soja, milho, arroz, feij‹o, trigo, algod‹o, sorgo, outras gran’feras e forrageiras, bem como na implanta•‹o de cultivos perenes. O Centro-Oeste frequentemente produz duas safras de ver‹o, em sistemas de sequeiro, alcan•ando boas mŽdias de produtividade regionais, em sistemas intensivos e semi-intensivos. Para sistemas irrigados ou de sequeiro s‹o recomendadas, em geral, duas culturas principais em sequ•ncia (ao menos uma delas deve ser de ciclo curto, ou precoce), podendo ser seguido de um terceiro plantio para cobertura e/ou forrageamento, ambos proporcionando no m‡ximo tr•s safras por ano. O sistema de plantio direto de gr‹os e forragens, que exige cobertura morta na semeadura, se desenvolve com muitas indica•›es de sucesso para ambos os casos, sistemas irrigados ou n‹o. Nesse caso, a rota•‹o Ž aplicada com maior rigor para o aproveitamento de Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC nutrientes, matŽria org‰nica e controle de pragas. S‹o empregados v‡rios sistemas de consorcia•‹o e rota•‹o, entre eles dos seguintes tipos b‡sicos: a.adensamento de espŽcies de interesse: o aprimoramento de tŽcnicas de controle da pr‡tica do fogo, da capina e poda seletivas, plantios de sementes a lan•o (simples ou em coquetel de espŽcies), semeaduras usando as cria•›es animais como vetores de dispers‹o, controle do pastoreio (pois o pastoreio Ž seletivo e seu excesso pode provocar a perda das espŽcies mais palat‡veis), adensamento controlado pelo plantio de mudas, entre outras tŽcnicas simples, permitem enriquecer o potencial produtivo de ‡reas manejadas extensivamente para fins comerciais (pastagens, medicinais, frutas, florestas e reservas). Servem, tambŽm, ao enriquecimento ou recupera•‹o de ambientes, bem como no manejo integrado de pragas e pr‡ticas de conserva•‹o de solo e ‡gua. O manejo de faixas de vegeta•‹o nativa entre as de cultivo (por exemplo, com dimens›es entre 2 e 20 m de largura e distanciadas 50 a 200 m umas das outras), permite o adensamento produtivo, onde merecem especial aten•‹o as frut’feras e as plantas com floradas abundantes, com possibilidade de manejo de abrigos para abelhas e predadores naturais de pragas agr’colas, como passarinhos, vespas, marimbondos, aranhas e formigas - ‡reas nativas devem ser sempre manejadas com observa•›es freqŸentes e peri—dicas, pois resultados pouco animadores ser‹o obtidos se ocorrer explos‹o populacional de cobras, ratos, moscas, mosquitos, pragas agr’colas e outros bichos Òinc™modosÓ, o que pode acontecer quando a ‡rea n‹o Ž bem cuidada. b.sistemas simples: v‡rios sistemas s‹o priorizados regionalmente: as cooperativas de produtores s‹o importantes agentes de divulga•‹o de calend‡rios agr’colas e tecnologias dispon’veis. Por exemplo, sistemas de plantio consorciado de gr‹o com gr‹o (o tradicional milho e feij‹o, arroz seguido de soja), sucess‹o arroz-sojapastagem, gr‹os com aduba•‹o verde (milho/soja e guandu/milheto/sorgo), mandioca entre as culturas; sistemas intensivos de rota•‹o como nas sucess›es trigo-cevadagirassol, soja/feij‹o-milho-sorgo/milheto, com manejo de cobertura morta e produ•‹o de forragens. Pastagens nativas e cultivadas podem ser melhoradas com bancos de prote’na (leucena no ver‹o, estilosantes no inverno) e consorcia•‹o (Calopogonium, Stylosanthes, Galactia), melhorando de 2 a 4 vezes o teor de prote’na e a produ•‹o de matŽria seca, em curto tempo e com custos aceit‡veis. Maiores esfor•os na implementa•‹o do preparo do solo e manejo das culturas podem elevar as possibilidades de sucess‹o e rota•‹o entre gran’feras. Demandas reais da agroindœstria podem ser supridas com sistemas alternativos de cultivo anuais e bianuais. A conserva•‹o de faixas de vegeta•‹o nativa no meio dos campos plantados devem ser encorajadas como cons—rcios permanentes. Os resultados do plantio direto em ‡reas de Cerrado tem sido muito positivos, estimulando a dissemina•‹o de tŽcnicas de cultivo m’nimo do solo, com vantagens na produtividade e prote•‹o do solo. A consorcia•‹o e rota•‹o de culturas em pequenas ‡reas favorece o cultivo m’nimo do solo e o uso de tra•‹o animal. c.sistemas complexos: sistemas com os mais variados princ’pios (silvopastoris, agrossilvipastoris, sistemas agroflorestais) integram culturas Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC anuais/bianuais com ‡rvores e arbustos, buscando produtos de valor para comercializa•‹o ou para uso na propriedade (pecu‡ria, indœstria caseira, uso domŽstico). S‹o recomendados para o manejo integrado de ‡reas mœltiplas, com lavouras, pastos/rebanhos, ‡rvores, reservas e outras. O cultivo intensivo em alŽias (por exemplo, a leucena entre faixas de centeio/aveia no inverno e milho/feij‹o no ver‹o) Ž pr‡tico, produtivo e œtil na recupera•‹o de produtividade. Cons—rcios de mandioca, arroz, feij‹o, amendoim, soja e forrageiras s‹o utilizados nos primeiros anos de plantio de florestas de pinus e eucaliptos, de seringueira, planta•›es de cafŽ e fruteiras tropicais (maracuj‡, graviola, mam‹o), de gueroba, etc, como forma de obter retorno econ™mico nos primeiros anos dos empreendimentos de retorno a mŽdio e longo prazos. Manejos intensivos s‹o alcan•ados como resultado a mŽdio prazo de aduba•‹o peri—dica, reciclagem mineral refor•ada, incorpora•‹o de matŽria verde, melhoramento das caracter’sticas f’sicas, qu’micas e biol—gicas do solo, prote•‹o do solo e preven•‹o de eros‹o. d.sistemas agroflorestais (SAFÕs): os cons—rcios tempor‡rios e permanentes com mœltiplos usos s‹o a base dos sistemas agroflorestais, de produ•‹o intensiva, semi-intensiva ou extensiva, que t•m alguma proje•‹o em regi›es da Amaz™nia e Mata Atl‰ntica. Em virtude de espŽcies florestais e outras culturas perenes apresentarem longo per’odo para colheita (madeira ou frutos), bem como pelo crescimento inicial lento em rela•‹o a culturas anuais/bianuais, os SAFÕs estabelecem estratŽgias para a conserva•‹o do solo e o uso mœltiplo da ‡rea para longos per’odos. Os SAFÕs resultam na implanta•‹o de culturas perenes em cons—rcio permanentes, com espŽcies madeireiras, frut’feras, mel’feras, produtoras de l‡tex, resinas e/ou ess•ncias florestais. Poucas experi•ncias desse tipo existem na regi‹o Centro-Oeste, mas a pesquisa e a extens‹o agr’colas t•m dado import‰ncia a cons—rcios tempor‡rios e permanentes e, em poucos casos, desenvolvido tecnologia para a produ•‹o agroflorestal. 3. Flora: Potencial n‹o Madeireiro das Plantas do Cerrado Gr‹os, TubŽrculos e Outros Aqui s‹o descritas espŽcies nativas e ex—ticas dispon’veis para serem utilizadas em consorciamentos agr’colas, agroflorestais, silvopastoris e pequenas lavouras. a. gr‹os tropicais: assim como para milho, arroz, soja e trigo, a pesquisa agropecu‡ria e a extens‹o rural divulgam as tŽcnicas de cultivo para variadas culturas regionais, entre elas o amendoim (Arachis spp, existem 48 espŽcies de amendoim nativas do Brasil, sendo 19 s— dos Cerrados), feij‹o caupi (Vigna spp), gergelim (Sesamum indicum), guandu (Cajanus cajan e Cajanus indica), pimenta-do-reino (Piper nigrum), urucum (Bixa orellana). Novas culturas est‹o sendo desenvolvidas para a regi‹o, visando ampliar o leque de rota•‹o e sucess‹o: por exemplo, a pesquisa obteve bons resultados com o cultivo da quinoa (Chenopodium quinoa) e do amarantus (Amaranthus spp), ambas nativas da AmŽrica do Sul, cuja introdu•‹o pode gerar alternativas econ™micas para produ•‹o de gr‹os, forragem e aduba•‹o verde. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC A mamona (Ricinus communis) Ž uma espŽcie muito importante no cen‡rio internacional, tendo enorme potencial como produtora de —leos de aproveitamento industrial, produzindo matŽria-prima para mais de 400 produtos diferentes. Existe interesse da indœstria qu’mica nacional e internacional na retomada e expans‹o da cultura, que j‡ foi cultivada na Bahia e outros estados nordestinos (variedades semiperenes) e no Sul-Sudeste (variedades de porte an‹o e mŽdio, com ciclo anual de plantio). O Brasil era o maior produtor mundial deste gr‹o atŽ 1982. Atualmente, 90% do —leo Ž exportado e seus mais variados produtos s‹o importados, embutidos em lubrificantes, —leos de freio para avi›es, —leos de corte, couro artificial, velas, ceras, cosmŽticos, resinas para cabos telef™nicos, combust’vel ou aditivo para motores e atŽ no papel-carbono. Esfor•os de pesquisa geraram variedades dispon’veis para quase todo o Brasil, com atŽ 50% de teor de —leo e produtividades de mais de 2 toneladas por hectare (enquanto a mŽdia nacional Ž de 700 kg/ha), ’ndices alcan•ados somente em monocultivos adensados, mecanizados, em solos fŽrteis e profundos, irrigados ou n‹o, com poda e capina, iniciando colheita com 90 dias. Nestes cultivos j‡ se encontram problemas de pragas e doen•as que n‹o eram registradas anteriormente, cuja tŽcnica de controle recomendada atŽ o momento Ž o arranquio das plantas atacadas ou o uso de agrot—xicos. Existem recomenda•›es para o Nordeste e Sudeste para o plantio da mamona em linhas duplas intercaladas com fileiras de feij‹o, amendoim, sorgo, milho ou arroz, entretanto pouca experi•ncia existe em condi•›es de Cerrado. O girassol (Helianthus annus) Ž uma planta origin‡ria da AmŽrica do Norte, que vem sendo adaptada ˆ regi‹o do Cerrado com excelentes testes de produtividade realizados em GO, TO, DF, MG, MT e PI, alcan•ando atŽ 2 t/ha em quase todos esses estados com tratos culturais intensivos e controle qu’mico de pragas, doen•as e plantas invasoras. Esta cultura forma uma op•‹o de rota•‹o e sucess‹o de culturas nas regi›es produtoras de gr‹os, com boa resist•ncia ˆ seca, ao frio e ao calor. Das sementes extra’-se o —leo de alto valor nutritivo (atŽ 400 kg de —leo por tonelada de gr‹o), gerando ainda como subproduto a torta de girassol (atŽ 350 kg por t de gr‹o) com teores de atŽ 50% de prote’na bruta, de grande valor na alimenta•‹o animal; a silagem de girassol vem sendo experimentada com sucesso no Cerrado (produtividade de 10.000-20.000 kg de massa verde por hectare). Cada hectare de girassol pode suportar atŽ 2 colmŽias de abelha-europa (Appis mel’fera), produzindo mel de excelente qualidade e garantindo a poliniza•‹o das sementes da cultura. b. tubŽrculos e outros : a pesquisa agropecu‡ria e a extens‹o rural divulgam as tŽcnicas de cultivo para variadas culturas regionais, como: a•afr‹o (Curcuma longa), araruta (Maranta arundinacea), batata-doce (Ipommea batatas), car‡s (Dioscorea alata e Discorea cayennensis), ervilha (Pisum sativum), inhames (Xanthosoma spp), lentilha (Lens spp), mandioca (Manihot esculenta) e taiobas (Colocasia esculenta), entre outras. Pastagens e forragens: Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC a. gram’neas, leguminosas e outras forragens: alfafa-do-campo ou estilosantes (Stylosanthes spp), amarelinho (Tecoma stans), amoreira (Maclura tinctoria), araticum (Annona spp), aroeira (Myracrodruon urundeuva), arrozinho (Leersia hexandra), aveia-do-Cerrado (Tristachya leiostachya), baru (Dipteryx alata), cagaita (Eugenia dysenterica), calopog™nio (Calopogonium mucunoides), canela-de-ema (Vellozoia flavicans), capim-branco (Paspalum eriathum), capim-de-capivara (Hymenachne amplexicaules), capim-flechinha (Echinolaena inflexa), capim-ouro (Axonopus spp), cardeal (Camptosema spp), carrapichos (Desmodium spp), carrapichinho (Aeschynomene spp), castela (Panicum repens), centrosema (Centrosema spp), engorda-boi (Teramnus uncinatum), feij‹o-bravo (Rhynchosia spp), florbranca (Andropogon selloanus), forquilha (Paspalum notatum), grama-do-carandazal (Panicum laxum), jatob‡ (Hymenaea spp), jenipapo-bravo (Tocoyena formosa), laranjeira (Styrase ferruginum), leucena (Leucaena leucocephala), lobeira (Solanum lycopersum), mamacadela (Brosimum gaudichaudii), marmelada (Alibertia spp), mimoso (Axonopus purpusii), murici (Byrsonima spp), pangola (Digitaria decumbens), rabo-de-burro (Andropogon bicornis), rabo-de-lobo (Andropogon hypogynus), saca-rolhas (Helicteres macropetala), sucupira (Pterodon spp), unha-de-vaca (Bauhinia bongardii) e zornia (Zornia virgata e Z. latifolia), entre muitos outros. O bambu taquari (Actinocladum verticillarum) Ž usado frequentemente como forragem para equinos e bovinos, principalmente na Žpoca seca. ƒ uma planta adaptada ao fogo, rebrotando tambŽm intensamente ap—s o corte, exibindo atŽ 12% de prote’na bruta. Adaptada a solos pobres e terrenos rochosos, pode ser aproveitada na produ•‹o de forragem em touceiras. Frutas Nativas A Òfruticultura tropicalÓ (abacaxi, abacate, acerola, banana, caju, c’tricos, goiaba, mam‹o, manga, maracuj‡, pinha, etc) muitas vezes Ž adotada em sistemas de monocultura como alternativa ˆ soja e ao arroz. A produ•‹o de frutas tropicais tem grande potencial de incremento com o uso de espŽcies nativas, especialmente em sistemas consorciados e mistos. As frutas do Cerrado s‹o consumidas ao natural e na forma de sorvetes, sucos, doces, licores, vinhos, farinhas para p‹es e bolos, vinagres, frutas-passa e os mais variados usos e aplica•›es na alimenta•‹o e na medicina natural. A maioria das espŽcies nativas estudadas t•m se revelado adaptadas aos solos pobres t’picos do Cerrado, frondosas e com boas produtividades, possuindo grande potencial de resposta a tŽcnicas b‡sicas de manejo agr’cola como sele•‹o de variedades, manejo de viveiros, aduba•‹o, irriga•‹o e poda, entre outras. A coleta extrativista Ž comum para comercializa•‹o de caju, caj‡, bacuri, murici, ara•‡, mangaba, bacaba e pequi, bem como para a maioria das palmeiras. Os cultivos - em larga escala - da maioria destas fruteiras n‹o s‹o ainda recomendados devido ao pouco conhecimento sobre a genŽtica, produtividade, tŽcnicas de cultivo, crescimento e desenvolvimento. Entre outros aspectos, Ž importante salientar que o manejo intensivo de frut’feras nativas deve ser feito com todos os cuidados em rela•‹o a pragas e doen•as. Grande aten•‹o deve ser dada ˆs moscas das frutas (especialmente dos g•neros Anastephra e Ceratitis), que s‹o importantes pragas de v‡rias culturas em todo o mundo. Dezenas de plantas nativas s‹o hospedeiras naturais destes insetos-praga, tendo sido relatadas seis espŽcies de moscas associadas ˆ cagaita Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC em Goi‡s. Por outro lado, a exist•ncia j‡ comprovada de inimigos naturais das moscas na regi‹o interessa a todo o setor agr’cola brasileiro e internacional, como componentes de novos mŽtodos integrados de controle da praga. V‡rias fruteiras s‹o associadas a danos frequentes por outros insetos, especialmente brocas (de fruto, semente e caule), percevejos e lagartas, entre elas ara•azeiro, araticunzeiro, cajuzeiro, goiabeira, gravioleira, jatobazeiro, jenipapeiro, a mama-cadela e a marmeleira. Resultados consolidados em termos de pesquisa agr’cola com a domestica•‹o de espŽcies frut’feras requerem ao menos 12 a 15 anos para serem obtidos, o que tem diminu’do o interesse dos pesquisadores, apesar do grande nœmero de espŽcies com potencial econ™mico. Um problema da organiza•‹o de informa•›es no aproveitamento das frutas nativas Ž a grande quantidade de nomes populares e cient’ficos para plantas do mesmo grupo, em parte devido ˆ grande variedade de espŽcies. Por exemplo, as seis espŽcies de murici t•m ao menos uma dœzia de nomes de uso popular, entre eles o murici, murici-de-ema, murici-do-Cerrado, murici-da-mata, murici-orelha-de-burro, murici-dÕanta, muricizinho, murici-vermelho, murici-rasteiro e v‡rios outros. Isso n‹o impede, entretanto, que se tome cacha•a com murici em toda a regi‹o Centro-Oeste, sem que seja inquirido qual das espŽcies Ž utilizada em cada regi‹o. Pouca ou nenhuma refer•ncia Ž encontrada, nas refer•ncias bibliogr‡ficas, especificamente sobre a bacia do Araguaia-Tocantins, devido ˆ pequena atua•‹o de centros de pesquisa sobre os recursos nativos do Cerrado e sobre a ecologia dessa regi‹o. As informa•›es apresentadas nessa se•‹o se concentram, desta forma, no conhecimento das fruteiras de GO, MT, DF e MG. a. pequi (Caryocar brasiliense): uma das espŽcies s’mbolo do Cerrado, apreciada pelo valor nutritivo do fruto, Ž aproveitada em pratos t’picos, bebidas e conservas, bem como pelo seu valor medicinal, tendo import‰ncia na economia local como complemento de renda de agricultores durante a curta esta•‹o de frutifica•‹o. A ‡rvore Ž ornamental, sua madeira dura e resistente, a polpa do fruto e as sementes s‹o aproveitadas na alimenta•‹o e na prepara•‹o do licor, —leos comest’veis e lubrificantes, sab‹o e outros produtos na indœstria de cosmŽticos. AlŽm disso, a planta Ž medicinal, tinturial, e pr—pria para a produ•‹o de mel. O fornecimento do pequi para o mercado regional tem exigido, recentemente, grandes deslocamentos da coleta na regi‹o, inclusive com produtos vindo da Bahia e MG para abastecer Goi‡s. Alguns estudos apontam perdas de 50% ap—s a colheita devido a defici•ncias na classifica•‹o, transporte e armazenamento dos frutos. A CEASA-GO registrou 780 toneladas de frutos comercializados na safra de 1988, a CEASA-MG registrou 177 t comercializadas na safra 96/97, para um consumo anual estimado em 4.000 t em Belo Horizonte para o mesmo per’odo. O pequizeiro ocorre em Cerrado, cerrad‹o e mata calc‡ria, porte de 6 a 8 m, frutifica de outubro a mar•o, frutos de 100 a 300 g, 500 a 2.000 frutos por planta. O pequi tem grande potencial de aproveitamento econ™mico, sendo cultivado tradicionalmente por mudas coletadas em campo, pelo plantio de sementes e, mais recentemente, com disponibilidade de tŽcnicas de enxertia. O pequi-arbustivo (Caryocar coriaceum) Ž menos conhecido e de distribui•‹o mais localizada, porŽm com as mesmas utiliza•›es do pequi normal. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC b. maracuj‡ (Passiflora spp): Ž nativo do Brasil, de onde se espalhou para outros pa’ses. Dentre um grupo de 200 espŽcies brasileiras, que incluem v‡rias plantas de caracter’sticas ornamentais, s‹o cultivados os maracuj‡s amarelo, roxo e doce, espŽcies trepadeiras que se desenvolvem bem em solos leves e profundos, n‹o sujeitos a encharcamento e com bastante insola•‹o. As diferentes variedades que existem permitem que a cultura se desenvolva em quase todo o Brasil, geralmente produzindo dois picos de frutifica•‹o por ano, permitindo a comercializa•‹o de frutos no pa’s durante a maior parte do ano. A primeira colheita ocorre um ano ap—s plantio, geralmente com ciclo de produ•‹o de 3 a 4 anos (algumas espŽcies silvestres produzem por atŽ 10 anos). Ocorrem no cerrad‹o, mata de galeria e mata calc‡ria, frutificando de outubro a mar•o, frutos de 100 a 300 g, 30 a 80 frutos por planta. O fruto e as sementes tem valor nutritivo e medicinal, sendo o ch‡ das folhas usado pelo seu conhecido efeito calmante. Das folhas e frutos Ž extra’da a passiflorina, uma subst‰ncia com emprego na indœstria farmac•utica. O fruto tem boas qualidades para industrializa•‹o da polpa, e seu subprodutos podem ser aproveitados na alimenta•‹o de cria•›es. A planta Ž pr—pria para a produ•‹o de mel. Seu cultivo intensivo inclui sele•‹o de variedades, aduba•‹o, irriga•‹o, mecaniza•‹o. O manejo incorreto de qualquer destas vari‡veis acarreta na necessidade de tratos fitossanit‡rios intensos, devido ˆ ocorr•ncia de viroses, doen•as fœngicas e algumas pragas, principalmente lagartas, percevejos e formigas cortadeiras. Outro fator importante Ž a presen•a permanente dos polinizadores naturais, as abelhas mamangava, pois as floradas s‹o cont’nuas e as flores duram menos de dois dias - em regi›es com alto uso de agrot—xicos pode ser necess‡rio realizar poliniza•‹o manual das flores, sendo conhecidas algumas pr‡ticas de introdu•‹o peri—dica e manejo destas polinizadoras nas planta•›es. c. Baru, cumaru, cumbaru (Dipteryx alata): Ž nativa do Planalto Central, ocorrendo nas matas calc‡rias e solos mais fŽrteis do Cerrado, amea•ada de extin•‹o pela extra•‹o das madeiras e ocupa•‹o agr’cola do Cerrado. ƒ uma leguminosa arb—rea, com atŽ 25 m de altura e 10 m de di‰metro da copa. Sua madeira Ž altamente resistente a fungos e cupins, sendo usada em constru•›es rurais e na indœstria da constru•‹o civil, naval, ferrovias e obras hidr‡ulicas. A fruta carnosa e a am•ndoa s‹o utilizadas na alimenta•‹o humana, na forma de doces e gelŽias, e muito apreciadas por cria•›es e animais domŽsticos, na sua complementa•‹o alimentar, com um teor de prote’nas de cerca de 38%. A am•ndoa Ž rica em prote’nas e —leos, adocicada e arom‡tica, sendo consumida ao natural ou tostada como o amendoim ou castanha-de-cajœ. O —leo Ž aromatizante e tem utilidade medicinal. Seu plantio Ž simples, o ’ndice de germina•‹o das sementes Ž de 90% e a ‡rvore responde bem ˆ aplica•‹o de calc‡rio e aduba•‹o, iniciando a produ•‹o de frutos de quatro a seis anos e atingindo o ponto de corte para madeira a partir de 10 anos. Frutifica de julho a agosto, frutos de 20 a 40 g, 1.000 a 3.000 frutos por planta. Existem pesquisas sobre aduba•‹o, plantio homog•neo do baru e produ•‹o de mudas por estaquia e enxertia (visando antecipar a produ•‹o de frutas), mas s‹o verificados problemas com doen•as, como a podrid‹o-das-ra’zes (causada pelo fungo Cylindrocladium clavatum) em condi•›es de adensamento, excesso de irriga•‹o e Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC sombreamento (viveiro e campo). N‹o existe muita experi•ncia em cons—rcios, apesar do potencial dos seus mœltiplos usos em pastagens ou em sistemas mistos e agroflorestais. d. Jenipapo (Genipa americana): o jenipapo Ž nativo do Cerrado, cultivado em quintais nas regi›es rurais de todo o continente, no Cerrado preferindo solos fŽrteis e œmidos, cerrad‹o e mata calc‡ria, tendo o caule ereto e porte de atŽ 15 m. A fruta Ž carnosa, arom‡tica e com propriedades medicinais, utilizada como alimento e na fabrica•‹o de bebidas, medicamentos e tinturas (por exemplo pode ser usada na tatuagem perene). ƒ muito apreciada por cotias, capivaras, antas, araras, papagaios, tucanos e v‡rios outros animais silvestres, podendo se constituir em fonte complementar de alimenta•‹o. O licor de jenipapo Ž muito popular no Centro-Oeste, produzido em pequenas indœstrias ou em casa, ao lado de doces, compotas e sucos. Frutifica de setembro a dezembro, frutos de 100 a 180 g, 400 a 1.000 frutos por planta. A madeira Ž muito utilizada nas constru•›es rurais, em carro•as e embarca•›es, cabos de ferramentas e trabalhos de marcenaria. A germina•‹o das sementes Ž em torno de 25%, com a produ•‹o de frutas a partir de quatro a cinco anos (a enxertia antecipa a produ•‹o em um a dois anos). Veja, no Anexo I, ap—s o Cap’tulo V, uma lista com mais 28 espŽcies de frutas do Cerrado. Palmeiras No Brasil, a chamada Zona dos Cocais abrange extensas regi›es, do Norte e Nordeste em dire•‹o ao Centro, caracteriza-se pelos baba•uais, carnaubais e buritizais, com v‡rias outras espŽcies ocorrendo a Oeste, Leste e Sul. As palmeiras s‹o sin™nimo de abrigo, alimento e matŽria prima para o conforto. O Brasil Ž o maior produtor, consumidor e exportador de palmito do mundo, que Ž colhido de mais de 30 espŽcies nativas (especialmente do g•nero Euterpe). O vinho Ž produzido com frutos, caules ou seivas, o —leo Ž extra’do de polpa e am•ndoas. As polpas podem ser desidratadas ou congeladas, produzindo tambŽm farinha para p‹es, bolos, pa•ocas, doces e sorvetes regionais. S‹o fonte, tambŽm, de v‡rios produtos para a indœstria qu’mica, farmac•utica e aliment’cia. Suas folhas s‹o aproveitadas na cobertura de constru•›es, na fabrica•‹o de chapŽus, leques, esteiras, peneiras, cestos, vassouras, sacolas, cordas, redes, rolhas de garrafas, brinquedos e outros produtos. A palmeira s’mbolo do Cerrado Ž o buriti (Mauritia vinifera), que ocorre em todo o Brasil Central e em S‹o Paulo, Cear‡ e Par‡. A diversidade das palmeiras Ž muito grande: por exemplo, um grande nœmero de espŽcies comp›em o grupo dos buritis, ocorrendo em todo o Cerrado, na regi‹o Amaz™nica, no Peru, na Venezuela e nas Guianas, entre elas o buriti-bravo (Mauritia armata), buriti-do-brejo (Mauritia flexuosa), buriti-mirim (Mauritia pumila), buritirana (Mauritia aculeata) e o buritizinho (Mauritia martiana). Grandes popula•›es de palmeiras, de qualquer espŽcie, oferecem bom potencial para aproveitamento de v‡rios produtos de valor, inclusive no melhoramento da paisagem. A produ•‹o de mudas em viveiros Ž relativamente simples para a maioria Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC das espŽcies, o que pode ser œtil para enriquecimento ou recupera•‹o de ‡reas abandonadas e pastagens degradadas. Mas pouca informa•‹o Ž dispon’vel sobre o potencial econ™mico do manejo e aproveitamento de reservas naturais de palmeiras. Um grande nœmero de espŽcies tem potencial econ™mico, algumas das quais s‹o destacadas abaixo: a. buriti, moriti (Mauritia vin’fera e Mauritia flexuosa): os buritizais ocorrem geralmente em grupos extensos seguindo a linha da ‡gua em mata de galeria, veredas e v‡rzeas no Cerrado, onde milhares de plantas de atŽ 30 m de altura dominam v‡rios quil™metros cont’nuos de paisagem. Uma das ‡rvores s’mbolo do Cerrado, Ž de enorme import‰ncia na cultura e economia regional. O pr—prio nome cient’fico da planta (M. vin’fera) destaca as qualidades do vinho muito apreciado no meio rural da regi‹o. A polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces, sucos, gelŽias, bem com na produ•‹o de —leo e produ•‹o de sab‹o. TŽcnicas de prote•‹o de solo e ‡gua e de controle do fogo s‹o importantes nas pr‡ticas de adensamento e re-introdu•‹o, visto a boa prolifera•‹o por sementes. Frutos de 40 a 50 g, 2.000 a 6.000 frutos por planta, frutifica de outubro a mar•o. b. gueroba, coco-guariroba, guariroba e palmito-amargoso (Ciagrus existem plantios comerciais no Sudoeste de Goi‡s, adensados e monoculturais, com mais de 200 produtores voltados para a agroindœstria de palmitos, mas o extrativismo Ž mais representativo da produ•‹o para o consumo regional (a CEASA-Goi‰nia registrou a comercializa•‹o de 950 toneladas de palmito em 1995). N‹o Ž planta exigente em rela•‹o ao solo, d‡-se bem em solos leves e profundos, fŽrteis, ocorrendo em mata calc‡ria, nos estados da BA, MG, GO, TO, MG e SP, com porte de 6 a 20 m; a planta Ž cortada com 3 a 4 anos para a retirada do palmito; as matrizes e produtoras de flores e frutos podem atingir atŽ 20 m de altura, frutos de 30 g, 200 a 2.000 frutos por planta, frutificando de setembro a janeiro. A polpa Ž consumida ao natural, a am•ndoa Ž consumida ao natural ou na forma de doces, o palmito Ž consumido em pratos regionais; a planta Ž oleaginosa. oler‡cea): c. baba•u (Attalea speciosa e Orbygnia phalerata): a coleta e o beneficiamento do coco do baba•u Ž uma atividade tradicional nos baba•uais, que predominam nas zonas de transi•‹o da Floresta Amaz™nica com as ‡reas de Cerrado (Maranh‹o e Tocantins) e caatinga. Ocorre em matas calc‡rias, porte de 6 a 8 m, frutos de 90 a 500 g, 200 a 2.000 frutos por planta, frutificando de outubro a janeiro, sendo muito agressiva como invasora de pastagens e ‡reas degradadas. O principal produto de valor comercial Ž o —leo da am•ndoa. Os restantes 94% em peso do coco n‹o t•m muito valor comercial, apesar das v‡rias possibilidades de uso econ™mico dos frutos, como a torta (subproduto da prensagem das am•ndoas) na alimenta•‹o animal, as cascas dos cocos para lenha domŽstica, o fruto (mesocarpo) para alimenta•‹o (mingaus, cremes, doces, etc) e medicina natural. A obten•‹o de —leo de melhor qualidade pode permitir expans‹o do mercado para a indœstria de cosmŽticos e aliment’cia. Uma escala j‡ usada na classifica•‹o do nœmero de plantas por hectare, em pastagens, Ž a seguinte: rala (<50 palmeiras/ha), mŽdia (50-100 palmeiras/ha) e densa (>100 palmeiras/ha). Outras Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC palmeiras do g•nero Attalea tambŽm s‹o importantes, como o coco-catulŽ (Attalea ex’gua), indai‡ (Attalea geraensis) e bacuri (Attalea phalerata), entre outras. d. macaœba, bocaiœva (Acroconia aculeata e Acroconia sclerocarpa): ocorre em mata calc‡ria e cerrad‹o, com porte de 8 a 10 m. Frutifica de mar•o a junho, com frutos de 30 a 50 g, 240 a 1.200 frutos por planta. A polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces e gelŽias, a am•ndoa Ž consumida ao natural e na forma de doces; a planta Ž mel’fera e oleaginosa. Flores A extra•‹o de flores do Cerrado constitui um mercado informal tradicional na regi‹o do Centro-Oeste, especialmente com os arranjos de flores secas do planalto. Entretanto, o pr—prio extrativismo indiscriminado tem causado o desaparecimento das espŽcies utilizadas em v‡rias regi›es, principalmente em torno do DF, o que Ž agravado pela recente expans‹o urbana e agr’cola na regi‹o. Os coletores realizam a extra•‹o em ‡reas abertas e em fazendas, tanto em ‡reas de Cerrado t’pico como em campos œmidos, muitas vezes pagando aos propriet‡rios para receberem permiss‹o para a coleta. O desenvolvimento destas atividades, atravŽs da prote•‹o e manejo sustent‡vel das ‡reas de extrativismo, interessa aos extratores e artes‹os pelo potencial de gera•‹o de ocupa•‹o e renda, com possibilidade de cria•‹o de novos produtos para o setor de floricultura e paisagismo. As orqu’deas e bromŽlias representam outros grupos de grande potencial de aproveitamento e de alto valor comercial. a. flores do planalto: os arranjos conhecidos como Òflores do planaltoÓ s‹o tradicionalmente comercializados em Bras’lia e alguns pontos tur’sticos do CentroOeste, como a Chapada dos Veadeiros, em Goi‡s, e cidades mineiras como Diamantina. Um pequeno volume de produtos segue tambŽm para S‹o Paulo. Em geral, s‹o utilizadas flores e folhas desidratadas e/ou coradas, ˆs vezes envolvendo outras tŽcnicas caseiras de tratamentos desenvolvidas pelos artes‹os. A coleta do material, realizada pelos pr—prios artes‹os ou por coletores informais, se expandiu na œltima dŽcada a v‡rias regi›es do DF, GO e MG, acarretando maiores custos para a atividade e, por outro lado, na inclus‹o de novas plantas nos arranjos em substitui•‹o ˆs plantas mais raras. A Associa•‹o dos Pequenos Extrativistas de Flores do Cerrado da Chapada dos Veadeiros (ASFLO) tem buscado incentivar a conserva•‹o dos campos œmidos da regi‹o, principal ecossistema de extrativismo das suas atividades. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Algumas das espŽcies de flores para arranjos mais usadas em GO, DF e MG a•oita-cavalo (Luehea spp), algod‹o-bravo (Cochlospermum regium), amarelinha (Peixotoa spp), amendoim (Platypodium elegans), borboleta (Banisteriopsis spp), capim-barbicha (Eragrostis acuminata), capim-lua (Paspalum spp), capim-ouro (Axonopus spp), capim-rabode-burro (Andropogon spp), capim-raposa (Aristida spp), capit‹o (Termitalia spp), carne-devaca (Roupala montana), caroba (Jacaranda spp), coqueirinho (Diplotemium campestre e Syagrus flexuosa), corda-de-viola (Merremia spp), cravo-do-campo (Vernonia spp), folhadura (Roupala spp), gritadeira (Palicourea rigida), ip• (Tabebuia spp), jacarand‡ (Machaerium spp), lixeira (Curatella americana), lixeirinha (Davilla spp), macaœba (Acroconia aculeata), macela-do-campo (Achyrocline satureoides), margarida (Dasyphyllum sprengelianum), painado-campo (Pseudobombax longiflorum), papo-de-peru (Aristolochia esperanzae), pau-detucano (Vochysia spp), pau-santo (Kiebmeyera coriacea), pau-terra (Qualea spp), pereiro (Aspidosperma dasycarpum), saca-rolha (Helicteris spp), sempre-vivas (Paepalanthus spp, Syngonathus spp, Alternathera spp), tingui-de-‡rvore (Magonia spp), vinh‡tico (Platymenia reticulata) e viuvinha (Lippia lupulina), entre outras. b. orqu’deas e bromŽlias: s‹o conhecidas cerca de 490 espŽcies nativas de orqu’deas nos Cerrados, das quais em torno de 60% s‹o terrestres e os 40% restantes ep’fetas (crescimento sobre ‡rvores), estas œltimas com espŽcies de alto potencial para explora•‹o comercial. A explora•‹o de orqu’deas atingiu um grande sucesso na regi‹o de Piracanjuba, em Goi‡s, onde sua feira anual tem merecido destaque nacional e internacional. Um projeto muito interessante est‡ se desenvolvendo com apoio pœblico nesta regi‹o: contando com uma unidade de produ•‹o de mudas, est‡ sendo iniciado o plantio piloto de orqu’deas em dois hectares de mata recuperada, em parceria com pequenos produtores. As mudas s‹o amarradas nos galhos das ‡rvores, sendo colhidas para comercializa•‹o ap—s um ano e meio. O sistema b‡sico de produ•‹o proposto, com baixos custos, Ž simples: em 1 ha de mata do Cerrado s‹o utilizadas 400 ‡rvores, cada qual com 4 orqu’deas implantadas, produzindo 1.600 orqu’deas em um ano de cultivo. Estimando-se um valor mŽdio de R$ 15,00 para cada orqu’dea, ter’amos uma renda total bruta anual de R$ 24.000,00, correspondendo ao valor de venda de 8 safras de 1 ha de feij‹o mecanizado (3.000 kg de feij‹o por hectare por safra, cota•‹o de R$ 1,00/kg em julho/98). A ess•ncia de baunilha Ž extra’da de uma orqu’dea, do g•nero Vanilla, com grande potencial para agroindœstria; alguns g•neros de grande ocorr•ncia s‹o: Bulbophyllum, Cleites, Cyrtopodium, Encyclia, Epistephium, Galeandra, Epidendrum, Habenaria, Koellensteinia, Lanium, Stenorrynchus, entre outros. As bromŽlias, da mesma fam’lia do anan‡s, gravat‡ e do abacaxi, t•m recebido especial aten•‹o de floricultores e paisagistas h‡ muitos sŽculos, representando um mercado especializado. Seu potencial de aproveitamento pode ser comparado ao das orqu’deas, mas as poucas experi•ncias de cultivo s‹o restritas ˆs cole•›es particulares e de institutos de bot‰nica. O cultivo em escala comercial das bromŽlias, assim como o das orqu’deas, permite agrega•‹o de valor com o artesanato (implantes em tocos de pau e outras pe•as) e gera produtos de grande interesse para bancos de germoplasma e pesquisa cient’fica. O cultivo de bromŽlias exige cuidados contra a prolifera•‹o de mosquitos transmissores de doen•as humanas. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Produtos para agroindœstria A indœstria utiliza como matŽrias primas plantas com as seguintes caracter’sticas: a) medicinais; b) produtoras de l‡tex e resina; e c) condimentares, arom‡ticas, corantes e tinturiais. a. plantas medicinais: a vegeta•‹o do Cerrado abriga uma grande riqueza de plantas de uso medicinal, empregadas na medicina natural, cujo conhecimento se encontra disperso nas feiras populares, farm‡cias de manipula•‹o, raizeiros, mateiros e pessoas detentoras de conhecimentos tradicionais. Em geral, os coletores s‹o pessoas leigas no assunto, que pegam as flores ou as plantas sem se preocupar com sua regenera•‹o ou futuro do local de coleta. O desmatamento do Cerrado tem, tambŽm, diminuido a diversidade e a ocorr•ncia de muitas plantas utilizadas na saœde popular. Por fim, cabe ressaltar a falta de conhecimentos cient’ficos b‡sicos para a maioria das espŽcies de uso medicinal do Cerrado, o que limita a defini•‹o de tŽcnicas de manejo, cultivo e processamento adequados. De qualquer forma, encontramos na literatura cient’fica um grande nœmero de espŽcies de valor medicinal reconhecido, com potencial de uso nas mais variadas necessidades humanas, como nos tratamentos de anemia, artrite, asma, bronquite, c‰ncer, cora•‹o, derrame, diabete, diarrŽia, desinteria, dismenorrŽia, doen•as oft‡lmicas, epilepsia, eripsela, espasmos, febre, f’gado, garganta, gripe, herpes, hipertens‹o, mal de parkinson, pulm‹o, reumatismo, s’filis e outras doen•as venŽreas, œlcera, verruga, vitiligo. S‹o indicadas tambŽm como t™nicos e estimulantes, cicatrizantes, expectorantes, depurativos, abortivos, calmantes, diurŽticos, antipirŽticos, bactericidas, verm’fugos, adstringentes, emolientes e ÒpratudoÓ o mais. No quadro, a seguir, s‹o listados os nomes comuns e cient’ficos de dezenas de espŽcies medicinais do Cerrado, sendo omitidas as respectivas indica•›es de uso devido aos objetivos restritos deste documento. b. produtoras de l‡tex e resina: poss’veis plantas nativas com potencial como produtoras de l‡tex e resina s‹o angico (Anadenanthera spp), capit‹o-do-campo (Terminalia spp), corticeira (Connarus suberosus), figueira ou gameleira (Ficus sp), gomeira (Vochysia thyrsoidea), jatob‡ (Hymenaea stignocarpa), jo‹o-de-leite ou tiborna (Himatanthus obovatus), laranjinha-do-Cerrado (Styrax ferrugineus e Styrax camporum), leiteiro (Sapium obovatum), mangaba (Hacornia speciosa), pau-doce (Vochysia thyrsoidea) e pinda’ba (Xylopia sericea). A seringueira (Hevea brasilienses) Ž nativa da regi‹o Amaz™nica e sua aptid‹o para MT e MS Ž indicada nas diretrizes tŽcnicas do PRODECER/1996, tendo sido testadas inœmeras variedades comerciais em todo o Centro-Oeste. Ela tem grande potencial para sistemas mistos, mas o mercado Ž relativamente inst‡vel, a perceber a situa•‹o da produ•‹o dos seringais da Amaz™nia e de outras regi›es do mundo. c. condimentares, arom‡ticas, corantes e tinturiais: algod‹o-do-campo (Cochlospermum regium), amendoim (Arachis hipogaea), amoreira (Maclura tinctoria), anileiro (Indigofera spp), araticum (Annona spp), barbatim‹o (Stryphnodendrum adstringens), baunilha Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC (Vanilla chamissonis e Vanilla planifolia), cabe•a-de-negro (Erythroxylum suberosum), cajus (Anacardium spp), cambar‡-branco (Lantana brasiliensis), canela (Crypocaria aschersoniana), capa-rosa-do-campo (Neea theifera), chapadinha (Acosmium dasycarpum), corticeira (Connarus suberosus), cufia ou sete-sangrias (Cuphea spp), fruto-de-papagaio (Aegiphiloa lhotzkiana), gon•alo-alves (Astronium fraxinifolium), mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), mandioc‹o (Didymopanax vinosum), marmelada (Alibertia spp), marmeleiro-do-campo (Maprouna brasiliensis), mercœrio-do-campo (Erythroxylum spp), murici (Byrsonia spp), paumarfim (Agonandra brasilienses), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-terra (Qualea grandiflora), pequi (Caryocar brasiliense e Caryocar coriaceum), pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica), quina-do-Cerrado (Strychnos pseudoquina) e tinteiro (Arrabidea brachypoda), entre outras. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Plantas do Cerrado com Conhecido Uso Medicinal a•oita-cavalo (Luehea divaricata e Luehea pamiculata), alecrim-do-campo (Heterothalamus brunioides ou Lippia spp), alfazema-de-caboclo (Aloisa grat’ssima), algod‹o-do-campo (Cochlospermum regium), amendoim-do-campo (Platupodium elegans), anan‡s (Ananas microstachys), angelim (Andira vermifuga), angelim-rasteiro (Andira hœmilis), araruta-do-campo (Connarus suberosus), ariri (Diplothemium campestre), assa-peixe (Vernonia ferrug’nea), arnica (Lychinophora ericoides), aroeira (Myracrodruon urundeuva), b‡lsamo (Myroxylum peruiferum), barbatim‹o (Stryphnodendrum adstringens), bate-caixa (Calvertia convallariodora), boca-de-sapo (Dejanira nervosa), bolsa-de-pastor (Zeyhera montana), bostinha-de-arara (Miconia albicans), buti‡ (Butia eriospatha ou Butia capitata), cabe•a-de-negro (Anono purpurea), caju (Anacardium humile), camar‡ (Camarea affinis), canel‹o (Ocotea spixiana), canforeira (Croton antisyphiliticus), capeba (Piper regnelli), capim-branco (Andropogon selowanus), capim-flechinha (Echinolaena inflexa), cara’ba (Tabebuia cara’ba), carobinha (Jacarand‡ brasiliana e Jacaranda caroba), caroba-verde (Cybistax antisyphilitica), carqueja (Baccharis trimera), catuaba ou vergalesa (Anemopaegma arvensis), chapada (Sweetia dasycarpa), cip—-prata (Banisteria argyrophylla), congonhade-caixeta (Symplocos lanceolata), copa’ba ou pau-dÕ—leo (Copaifera langsdorfii), cravodo-campo (Rechsteineria spicata), cuia-do-brejo (Styrax camporum), douradinha (Palicourea rigida e Smilax cicioides), douradinha-do-campo (Waltheria communis), embaœba (Cecropia peltata e Cecropia cyrtostacya), espelina (Cayaponia espelina), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), falsa-abutua (Cissampelos ovalifolia), faveira (Dimorphandra mollis), fedegoso (Cassia lycocarpum ou Senna rugosa), hortel‹-docampo (Hyptis cana), poaia-do-Cerrado (Borreira suaveolens), imbiru•u (Pseudobombax longiflorum), ip•-amarelo (Tabebuia serratifolia e Tabebuia ochracea), jacarand‡-doCerrado (Machaerium acutifolium e Machaerium opacum), jacarŽ (Qualea dichotoma), jalapa-do-campo (Mandevilla ilustris), japecanga (Smilax brasiliensis ou Smilax capestris), ju‡-de-queimadas (Solanum balbisu), ju‡-vermelho (Solanum aculeat’ssimum), landim (Calophyllum brasiliense), lixeira (Curatella americana), lixinha (Davilla rugosa e Davilla elliptica), lobeira (Solanum lycocarpum), macela (Achyrocline saturoides), malva-do-campo (Hyptis spp), maminha-de-porca (Zanthoxylum rhoifolium), mandapu•a (Mouriri pusa), mandioquinha ou mandioc‹o (Didymopanax macrocarpum), margarida-do-campo (Calea hispia), marmelinho-docampo (Alibertia sessilis), mercœrio-do-campo (Erythroxylum suberosum e Erythroxylum tortuosum), mil-homens (Aristolochia arcuata e Aristolochia esperanzae), mutamba (Guazuma ulmifolia), orelha-de-nego (Enterolobium schamburgaku), orqu’deas (Cyrtopodium spp), pacari (Lafoensia pacari), paina-do-campo (Eriotheca gracilipede), papo-de-peru (Aristolochia esperanzae), paratudo ou pra-tudo (Gomphrena officiallis), pata-de-vaca (Bauhinia nitida), pau-santo (Kielmeyera coriacea), pau-terra (Qualea grandiflora, Qualea multiflora e Qualea parviflora), pŽ-de-perdiz (Croton goyazense), peroba-do-campo (Aspidosperma tomentosum), perobinha-do-campo (Sweetia elegans), pimenta-de-macaco (Xylopia grandiflora), quina-do-campo (Strychnos pseudoquina), raiz-de-perdiz (Croton perdiceps), roxinha (Arrabidae brachypoda), saca-rolha (Helicteres sacarolha), salva-de-maraj— (Huptis crenata), samambaia (Pteridium aquilinum), sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), sucupira-branca (Pterodon polygalaeflorus e Pterodon pubescens), tiborna (Himatanthus obovatus), tingui (Magonia pubescens), tucum-rasteiro (Astrocaryum campestre), turan‹ (Vitex multinervis), unha-de-vaca (Bauhinia bongardii), vassourinha (Baccharis rufescens), velame (Macrosiphomia velame), verbena-do-Cerrado (Lippia lupulina) e xarope (Marsyphiantes montana). Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Viveirismo S‹o crescentes as expectativas do mercado de mudas nativas com uso na fruticultura, paisagismo, reflorestamento, recupera•‹o ambiental, sistemas agroflorestais, enriquecimento ou reintegra•‹o de ‡reas abandonadas, destacando-se sua utilidade na implanta•‹o de parques, pra•as, rodovias, aterros, de reservas ap’colas, piscicultura, extrativismo, banco de germoplasmas, melhoramento de pastagens naturais ou cultivadas - tanto para bovinocultura como para animais silvestres. A pesquisa agropecu‡ria e a extens‹o rural estimulam a ado•‹o de tŽcnicas de cultivo de mudas para variadas culturas de import‰ncia regional, ressaltando-se que a atividade de viveirismo deve seguir regulamenta•‹o espec’fica. Alternativa de uso mœltiplo para pequenos reflorestamentos: o bambu Existem mais de 40 g•neros e 1.300 espŽcies de bambu no mundo, divididas em dois grandes grupos: os que formam touceiras, onde predominam espŽcies tropicais, e os alastrantes, que se espalham depressa e resistem melhor ao frio. O Brasil tem cerca de 150 espŽcies nativas. Os entusiastas do uso de bambu, em todo o mundo, o consideram como Òa madeira do sŽculo XXIÓ, sendo uma alternativa de grande impacto ˆ derrubada de matas nativas para madeiras de v‡rios usos. O bambu apresenta caracter’sticas de leveza e resist•ncia, crescimento r‡pido e durabilidade, rigidez e maleabilidade, beleza e rusticidade, as quais s‹o fortalecidas pelo manejo dos plantios e tratamento ap—s colheita. No Brasil, entretanto, o bambu n‹o conseguiu destaque no plano econ™mico, tendo sido mais utilizado em ornamenta•‹o, prote•‹o de encostas e quebra-ventos. Isto pode ser explicado em parte pela abund‰ncia de outras plantas madeireiras mas, tambŽm, pela predomin‰ncia de tr•s espŽcies pouco œteis como recurso madeireiro. O bambu verde Bambusa vulgaris, Bambusa vittata e Bambusa tuldoides, veio com os imigrantes portugueses logo no in’cio da coloniza•‹o (tem potencial de uso para celulose, alimenta•‹o e para carv‹o). Posteriormente, os imigrantes japoneses e orientais introduziram as espŽcies alastrantes Phyllostachys spp, para uso ornamental, artesanal e aliment’cio, e o bambu-gigante Dendrocalamus giganteus, como recurso madeireiro de mœltiplos usos e alimentar, ambos cultivados no pa’s. Uma espŽcie nativa chamada de taboca-gigante, Dendrocalamus sp., tem grande potencial de cultivo e aproveitamento na regi‹o, bem como o g•nero Guadoa, nativo da Amaz™nia e Cerrado, com potencial madeireiro. Com express‹o local na produ•‹o de polpa celul—sica podem ser encontrados os g•neros Arundinaria, Chusques, Merostachys e as espŽcies brasileiras de Phyllostachys e Bambusa. O cultivo do bambu Ž relativamente simples, envolvendo a escolha da variedade e do local para plantio, a produ•‹o de mudas (v‡rias tŽcnicas dispon’veis), plantio em covas adubadas, podas e desbaste, colheitas constantes a partir dos primeiros anos de instala•‹o. Os principais produtos s‹o as pr—prias mudas, o broto para alimenta•‹o, celulose para papel (tem mercado para fabrica•‹o de embalagens em papel ÒkraftÓ) e matŽria-prima para artesanato e constru•›es. O bambu taquari Ž usado como forragem no Centro-Oeste, sendo bem adaptado e œtil no aproveitamento de solos pobres, rochosos e mesmo erodidos. S‹o poucas f‡bricas e empresas que Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC consumem bambu como matŽria prima para fabricar varas-de-pescar, artesanatos, broto-de-bambu com destino alimentar, fibras, celulose, m—veis, etc. Para uso na constru•‹o civil, o bambu deve ser colhido na idade e Žpoca certas, e tratado imediatamente ap—s o corte. Os tratamentos s‹o relativamente simples e baratos, permitindo ao produtor agregar valor ao produto final e oferecer madeira com durabilidade de pelo menos 10 a 15 anos. V‡rios projetos, em todas as regi›es do pa’s, envolvem a populariza•‹o do cultivo e uso do bambu para o desenvolvimento de tecnologia e sua aplica•‹o em larga escala na constru•‹o civil. ƒ interessante incluir essa alternativa nos curr’culos de escolas tŽcnicas e faculdades que tratam de materiais construtivos, visando desenvolver essa alternativa e capacitar tŽcnicos de arquitetura, engenharias e agronomia no uso do bambu. 4 - Fauna: EspŽcies Silvestres com Adapta•‹o para Cria•‹o Algumas iniciativas de cria•‹o de espŽcies silvestres s‹o conhecidas na regi‹o do Centro-Oeste, principalmente com sistemas semi-intensivos em pequenas ‡reas de reservas naturais do Cerrado, aproveitando-se de espŽcies com bom potencial zootŽcnico. Os zool—gicos e centros de pesquisa, recep•‹o e triagem de animais silvestres dependem de tŽcnicas de cria•‹o em cativeiro para manejar os animais. Registram-se, tambŽm, esfor•os de definir ra•›es para as diferentes espŽcies, o que pode valorizar seu potencial de cria•‹o em cativeiro. Existem regulamenta•›es espec’ficas para o aproveitamento de animais silvestres (IBAMA, Portaria 132/88), que exigem o acompanhamento tŽcnico por parte de profissional de agronomia, veterin‡ria, zootecnia ou biologia. O controle destas atividades pode ocorrer com procedimentos de marca•‹o dos espŽcimes cultivados e a fiscaliza•‹o do mercado, o que pode contribuir para a diminui•‹o da ca•a e da preserva•‹o dos estoques naturais e suas paisagens. A cria•‹o de animais tem grande potencial de integra•‹o com o ecoturismo, seja como atra•‹o educativa ou na forma de produtos t’picos para comercializa•‹o local. As op•›es de cria•‹o (em cativeiro, semi-cativeiro ou extensivas) inplicam em diferentes necessidades de gastos com estrutura, equipamentos, pessoal qualificado, ra•‹o e complementos, maiores ˆ medida que se aumenta a lota•‹o dos animais por ‡rea. Em alguns locais eles s‹o animais raros e seus estoques naturais devem ser protegidos, ressaltando-se que a soltura de animais jovens pode colaborar com a preserva•‹o dessas espŽcies. Herb’voros Os produtos da capivara, anta, queixada e cateto, bem como das emas, t•m bom potencial de crescimento nos mercados regional e nacional. A tecnologia b‡sica de produ•‹o Ž conhecida: a alimenta•‹o Ž composta basicamente de capim, cana, mandioca, ab—bora, frutas e complementos variados (minerais, vitam’nicos e ra•‹o ˆ base de milho, periodicamente com doses de verm’fugo) e pode ser oferecida em cochos. Suas carnes s‹o valorizadas pelas qualidades culin‡rias, os altos teores de prote’na e os baixos teores de calorias e gordura (carnes de boi e frango t•m maiores Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC quantidades de calorias e gorduras). Os veados s‹o muito apreciados como produto de ca•a, mas sendo raros e muito protegidos seu mercado n‹o Ž conhecido. a. capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris): o maior dos roedores brasileiros, a capivara habita banhados e ‡reas pr—ximas a ‡gua. Com grande potencial zootŽcnico, possui elevada prefer•ncia por gram’neas na sua alimenta•‹o, digerida por rumina•‹o. As instala•›es para a cria•‹o intensiva exigem investimento de capital e de m‹o-deobra mais qualificada, enquanto que a cria•‹o semi-intensiva depende de maior ‡rea para manejo. Vivem em bandos de dezenas de indiv’duos, as f•meas produzem atŽ seis a oito filhotes por ano, criados por atŽ 1 a 2 anos atŽ o peso de abate de 40 kg. A alimenta•‹o (atŽ 4 kg por dia) Ž constitu’da basicamente de capim, frutos, ra’zes e plantas aqu‡ticas, a maior exig•ncia dos animais Ž ‡gua. Ra•›es e complementos diversos podem ser oferecidos em cochos, nos pastos. Sua ‡rea de cria•‹o pode incluir pomares e florestas. N‹o h‡ mercado estruturado para seus produtos, obtidos tradicionalmente pela ca•a: o consumo de carne Ž apreciado em todo o Centro-Oeste, o couro Ž aproveitado em cortumes - que exigem de quantidades m’nimas de fornecimento para realizar o beneficiamento - e os p•los s‹o utilizados na fabrica•‹o de pincŽis. Pasto nativo inclui: rabo-de-burro (Andropogon bicornis), rabo-de-lobo (Andropogon hypogynus), flor-branca (Andropogon selloanus), mimoso (Axonopus purpusii), pangola (Digitaria decumbens), capimde-capivara (Hymenachne amplexicaules), arrozinho (Leersia hexandra), grama-do-carandazal (Panicum laxum), castela (Panicum repens) e forquilha (Paspalum notatum). b. catetos (Tayassu tacaju) e queixadas (Tayassu pecari): esses dois Òporcos do matoÓ de pequeno porte n‹o s‹o da mesma fam’lia dos porcos domŽsticos e javalis, apesar de apresentarem h‡bitos de vida semelhantes e as mesmas boas qualidades de carnes para consumo. Se adaptam ao manejo em grandes grupos dispersos em matas nativas e ambientes de florestas, diminuindo a necessidade de desmatamento ou de manuten•‹o de pastagens. Produzem , entre 1 e 3 filhotes por ano, criados atŽ o peso de abate entre 15 a 40 kg. c. paca (Agouti paca): com 40 a 60 cm, a paca Ž um dos nossos maiores roedores, visitante e invasora de planta•›es de milho, cana, hortali•as, etc. PorŽm, devido ao seu baixo consumo alimentar (um adulto de atŽ 10 kg deve comer menos de 1 kg por dia), h‡bitos solit‡rios (n‹o forma bandos) e baixa prolificidade (uma ou duas crias por ano) n‹o causam grandes preju’zos. Provavelmente toda a carne consumida Ž fruto de ca•a noturna, amadora ou profissional, cujo mercado oferece oportunidades para produ•‹o comercial. Estima-se que a oferta de carne de criadouros particulares resultaria na diminui•‹o da atividade de ca•a ilegal. TŽcnicas de cria•‹o em semicativeiro est‹o dispon’veis em todos os zool—gicos do Brasil, alimentando-as com ab—bora, mandioca, banana, batata-doce, milho, amendoim e mesmo ra•›es para outros herb’voros. Uma grande dificuldade Ž reter os animais nos viveiros: a paca Ž excelente escavadora. Um sistema de produ•‹o semi-intensiva, com alimentos produzidos no local (ra’zes, folhas, frutas e sementes), enriquecendo e manejando popula•›es limitadas, pode ser uma alternativa para ser aplicada com poucos recursos. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC d. veados (Mazana spp e Ozotocerus bezoarticus) e emas (Rhea americana): estes dois animais s‹o observados juntos nas mesmas ‡reas dos Cerrados, com grande potencial de aproveitamento integrado em pastagens naturais e cultivadas. Maiores possibilidades de aproveitamento das emas devem ser oferecidos com o desenvolvimento de mŽtodos de incuba•‹o (s‹o 20 a 30 ovos por ninhada) e de alimenta•‹o, como j‡ Ž feito com a avestruz (Struthio camelus) no Brasil (GO, SP e MT) e em outros pa’ses. Aqu‡ticos a. peixes: a cria•‹o em tanques e pequenas represas ou o manejo de estoques naturais de peixes (lagoas, lagos, represas e rios) representa importante fonte de renda em algumas regi›es. Apesar da riqueza das espŽcies nativas, muito interesse tem sido dado na cria•‹o de espŽcies ex—ticas, especialmente da regi‹o Amaz™nica, gra•as ao desenvolvimento de tŽcnicas de manejo intensivo. Um exemplo recente Ž a cria•‹o dos pequenos lambaris, uma atividade que tem encontrado muita receptividade de criadores no pa’s, com mercado expandindo-se para alevinos, matrizes, carne e iscas para pescarias; os lambaris pertencem a tr•s principais grupos, dos g•neros Hemigrammus, Moenkhausia e Astianax, com manejo intensivo f‡cil e de baixo custo. b. tartarugas (quel™nios de ‡gua doce): o interesse na preserva•‹o e aproveitamento econ™mico de tartarugas nativas resultou no funcionamento de 12 criadouros na regi‹o do Araguaia, atendendo ˆ legisla•‹o espec’fica e com acompanhamento tŽcnico. Com •nfase na tartaruga (Podocnemis expansa) e no tracaj‡ (Podocnemis unicili), mŽtodos de manejo intensivo est‹o sendo desenvolvidos com o objetivo de obten•‹o do peso de abate de 1,5 kg em 2 a 3 anos. Os mercados regional, nacional e internacional estimulam estes empreendimentos, com pre•o para o consumidor de atŽ R$ 18,00/kg em julho/98. c. jacarŽs (Caiamam crocodilus): a cria•‹o de jacarŽs em cativeiro foi implementada em escala piloto em alguns poucos empreendimentos no Pantanal Matogrossense, em Goi‡s e Tocantins, como oportunidade de aproveitamento de terras inund‡veis e manejo de grandes ‡reas tidas como improdutivas. Entretanto, somente algumas destas experi•ncias continuam operando, e uma das causas apontadas para o fracasso de algumas delas Ž a especializa•‹o brasileira para o mercado internacional de peles, que Ž muito inst‡vel e sofre forte concorr•ncia de outros produtores (o jacarŽ Alligator sp dos EUA), tendo sido dada pouca •nfase na produ•‹o de carne ou outros subprodutos (dentes, —leos, fel e outros). Os cuidados come•am na coleta, onde cada produtor pode explorar atŽ 300 ninhos, recolhendo atŽ 80% dos ovos encontrados (s‹o encontrados em torno de 25 ovos por ninho), dos quais tem de retornar ˆ natureza 10 em cada 100 jacarezinhos de 6 meses de idade. O sistema de cria•‹o mais difundido Ž intensivo, os ovos v‹o para a chocadeira, os jacarezinhos s‹o transferidos e criados em tanques aqu‡ticos em galp›es ou barrac›es, o abate com menos de dois anos, com 80 cm de comprimento. Os alimentos s‹o baseados em prote’na animal, utilizando-se produtos de pouco valor obtidos em abatedouros, como miœdos e v’sceras, complementada com suplementos minerais e Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC vitam’nicos. A alimenta•‹o, a densidade de animais por tanque, o acompanhamento tŽcnico e outros cuidados na cria•‹o s‹o importantes para a preven•‹o e tratamento natural de doen•as como laringite, faringite, diarrŽias, doen•as de pele e outras. O manejo semi-intensivo de popula•›es locais pode ser alternativa de renda para ‡reas inund‡veis, mas deve ser muito bem realizada e fiscalizada para que evitar confus‹o com a atua•‹o ilegal dos coureiros. Insetos a. abelhas : o potencial ap’cola do Cerrado tem sido explorado somente a partir da dŽcada de 80, Žpoca muito recente quando comparada com a apicultura tradicional nas regi›es Sul e NE. Em regi›es de Cerrado com excelentes floradas, a produtividade de mel de abelha europa (Appis mel’fera), deve atingir ao menos de 50 a 100 kg por colmŽia por ano. S‹o mais de 200 espŽcies espŽcies de plantas de interesse ap’cola, que se somam ˆs floradas dos cultivos agr’colas, formando dois picos de produ•‹o que se concentram no in’cio da seca, em abril, e principalmente no in’cio da Žpoca das chuvas, em setembro-outubro. Isso permite boas condi•›es para apicultura fixa e, potencialmente, para a migrat—ria, principalmente agora que o mel de floradas silvestres Ž mais valorizado (algumas floradas de Cerrado produzem mel de colora•‹o mais escura que o de eucaliptos, laranja e outros tipos mais comuns, implicando em resist•ncia inicial de novos mercados). Plantas importantes para pasto ap’cola s‹o: alfafa-do-campo (Stylosanthes spp), ara•‡s (Psidium spp), assa-peixe (Vernonia polyanthes), cagaita (Eugenia dysenterica), canela-sassafr‡s (Nectandra lanceolata), cajus (Annacardium spp), carne-de-vaca (Roupala montana), copa’ba (Copaifera langsdorfii), gabirobas (Campomanesia spp), guatambu (Aspidosperma macrocarpon), ing‡s (Ing‡ spp), jatob‡s (Hymenaea spp), macaœba (Acroconia spp), mangaba (Hancornia speciosa), paineira (Eryotheca pubescens), pequis (Caryocar spp), peroba (Aspidosperma tomentosum), pinha-do-brejo (Talauma ovata), saca-rolha (Helicteres sacarrolha) e sucupiras (Pterodon spp). As abelhas nativas dos Cerrados s‹o respons‡veis pela poliniza•‹o de 60-80% das plantas de Cerrado. Entre elas, destacam-se as mamangavas (Bombus spp e Xilocopa spp, entre outras), abelhas solit‡rias respons‡veis pela produ•‹o de maracuj‡s e v‡rios outros frutos. As abelhas nativas t•m sido exploradas de forma predat—ria por coletores ou ÒmeleirosÓ, que geralmente matam as col™nias para colheita do mel e cera, diminuindo, consequentemente, as popula•›es nativas. As abelhas mel’feras nativas, quase todas sem ferr‹o e com popula•›es pouco numerosas de oper‡rias, s‹o representadas por umas 20 espŽcies dos g•neros Trigona e Melipona. A abelha jata’ (Trigona jaty e Tetragonisca angustula) Ž uma das mais famosas entre os apreciadores de mel, pelo seu sabor, aroma e outras qualidades nutricionais, mas produzem pouco, em torno de 1 kg de mel por comŽia/ ano; a abelha uru•u (Melipona ruviventre) Ž mais produtiva que a jata’, cada colmŽia com produ•‹o de atŽ 5 a 10 kg de mel por ano. A jata’ habita quintais urbanos, ch‡caras, fazendas e matas, s‹o relativamente f‡ceis de capturar e de manejar em api‡rios domŽsticos e comerciais. Um sistema simples de manejo foi recentemente desenvolvido em S‹o Paulo, constitu’do de um novo modelo de caixa vertical com dimens›es m‡ximas de 20 cm de largura e 30 cm de comprimento, Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC adaptado para colmŽias caseiras, penduradas em ‡rvores ou varandas. Existem, ainda, outros modelos para cria•‹o em maior escala. ƒ importante mencionar a exist•ncia de vespas mel’feras do g•nero Polybia, chamadas de enxœ ou enxu’, das quais n‹o se conhece muita coisa a respeito. 5. Turismo Rural (Agroturismo, Ecoturismo e Pesca) Nas œltimas dŽcadas, tem havido maior interesse da sociedade urbana pela cultura rural e por ambientes naturais, seja como lazer, educa•‹o, terapia, esporte ou simples resgate de ra’zes familiares. No Centro-Oeste, a dist‰ncia do litoral favoreceu um grande interesse pelas suas belezas naturais. Os turistas frequentadores das paisagens naturais, entre elas o Pantanal, Chapada dos Guimar‹es, Chapada dos Veadeiros, nascentes da bacia Amaz™nica, Parques Nacionais, cavernas e grutas, ‡guas termais, praticantes de alpinismo, observadores e pesquisadores de plantas e animais, entre tantas atividades afins, promovem o chamado ecoturismo, que pode incentivar o consumo de produtos locais. Uma especializa•‹o deste setor Ž representada pela pesca amadora e esportiva, com forte tradi•‹o em v‡rias bacias da regi‹o, especialmente no rio Araguaia, onde gera ciclos curtos de atividades econ™micas nestes locais. O nœmero de pesqueiros artificiais tambŽm cresce em toda a regi‹o Centro-Oeste. Na ‡rea do agroturismo existem v‡rias iniciativas espec’ficas em todo o Brasil, geralmente de pequena escala, onde as fazendas se organizam para receber pequenos grupos de visitantes em torno das suas atividades rotineiras (como ordenhar cria•›es, produzir iogurte e queijos, processar o cafŽ a ser servido, colheita de hortali•as, passeio de cavalo, etc), ou atendendo programas de grupos prŽ-formados, como os participantes de cursos e reuni›es, alunos de escolas prim‡rias e universidades acompanhados dos professores, grupos com acompanhamento terap•utico, e outras muitas possibilidades. De qualquer modo, esses tr•s setores - agroturismo, ecoturismo e pesca esportiva - se relacionam fortemente, todos aproveitam uma mesma rede de pequenos estabelecimentos, como pousadas, hotŽis, campings, restaurantes, incluindo infraestrutura de estradas e respectivos postos de servi•o e conex›es. A valoriza•‹o da tradi•‹o agr’cola e dos produtos regionais, sempre que foi praticada, gera fluxos de turismo. Temos como exemplos os festivais de vinho no Sul, as exposi•›es agropecu‡rias regionais, as vaquejadas no interior, as festas do milho em MG, da pamonha em GO, as bananas e bananadas da Serra-do-Mar, as comemora•›es de outras colheitas e concursos de qualidade e outros eventos prestigiados pelos produtores, imprensa e pœblico. O crescimento do turismo interno e externo aumenta a receptividade para produtos t’picos, de qualidade, oferecidos para o cafŽ-da-manh‹, sobremesas, pratos t’picos ou como produtos de longa durabilidade para os turistas em tr‰nsito. As atividades agr’colas devem garantir seu pr—prio retorno econ™mico e manuten•‹o: o agroturismo agrega valor aos produtos da agricultura, gera renda e ocupa•‹o, mas dificilmente tem condi•›es de se tornar atividade principal de uma propriedade rural. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC CAPêTULO V Ð Recomenda•›es Apresenta-se, a seguir, algumas recomenda•›es de medidas necess‡rias para a explora•‹o de atividades econ™micas na ‡rea rural da regi‹o focalizada. Podem ser utilizadas, especialmente, com o objetivo de apresentar alternativas vi‡veis ˆ monotonia das grandes ‡reas com monoculturas de gr‹os e evitar a perda de biodiversidade: · Estimular o aproveitamento de espŽcies nativas da regi‹o por meio da implanta•‹o de sistemas adaptados de produ•‹o e da regulamenta•‹o e controle do extrativismo, para evitar a dilapida•‹o dos recursos naturais; · Cerca de 80 espŽcies nativas de Cerrado s‹o usadas na alimenta•‹o na forma de frutos, sementes e palmitos. As fruteiras nativas do Cerrado, tais como araticum, jatob‡, pequ’, mangaba, cagaita, e buriti constituem fontes importantes de fibras, prote’nas, vitaminas, minerais, ‡cidos graxos saturados e insaturados presentes em polpas e sementes2. Possuem enraizamento profundo, o que permite um aproveitamento mais eficiente da ‡gua e dos minerais do solo. N‹o dependem de sistemas de manejo apoiado no revolvimento intensivo do solo. Oferecem prote•‹o ao solo contra impactos de gotas de chuva e contra formas aceleradas de eros‹o h’drica e e—lica. Permitem consorciamento com outras culturas, favorecendo o melhor aproveitamento da terra. Podem ser exploradas sem forte altera•‹o da biodiversidade. V‡rias plantas podem ser utilizadas como condimento (pimenta-de-macaco e canelabatalha, por exemplo), outras s‹o aromatizantes (como a baunilha, cujo produto comercializado no pa’s Ž quase todo importado, e o arcassu, cujas ra’zes d‹o ao leite cheiro e sabor compar‡veis ao chocolate) e corantes (como o a•afr‹o-do-Cerrado). Sementes, folhas e entre-casca de plantas dos g•neros Chorisia, Eriotheca, Pseudobombax, Mauritia, Attalea, Xylopia, Luehea e Guazuma fornecem fibras para a produ•‹o de tecidos, de cordas, de redes, de chapŽus, de almofadas, etc. Mais de cem espŽcies de plantas de Cerrado t•m valor medicinal. Cerca de vinte espŽcies de plantas, como o pau-santo, a mama-de-porca, a cervejinha, o tamboril-do-Cerrado e a fruta-de-papagaio, formam corti•a em quantidades economicamente aproveit‡veis. Outras s‹o produtoras de —leos e gorduras, como o baba•u, a macaœba e o pequi. O jatob‡, o breu e a laranjinha-do-campo s‹o produtoras de resinas extra’veis do tronco. A Vochysia sp, o angico-vermelho, e a aroeira s‹o produtoras de gomas. O b‡lsamo pode ser extra’do de plantas como o b‡lsamo, a cabreœva, a copa’ba e o pau-dÕ—leo. Plantas como o leiteiro, a mangabeira e algumas espŽcies de Ficus s‹o produtoras de l‡tex. · Estimular o aproveitamento racional dos recursos faun’sticos · V‡rias espŽcies nativas do Cerrado, como jacarŽs, teiœ, capivaras, emas, tatus, tamandu‡s, t•m potencial econ™mico pelo aproveitamento de peles, de penas e de carne. ƒ necess‡rio definir estratŽgias de manejo dessas espŽcies e combater a ca•a predat—ria. Algumas experi•ncias bem sucedidas t•m sido feitas, contribuindo para obten•‹o de ganhos significativos, em particular na exporta•‹o de carnes e de peles . 2 Almeida (1998) Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC · Estimular a ado•‹o de sistemas de uso da terra que minimizem o revolvimento do solo, estimule o enraizamento profundo, utilize plantas geneticamente adaptadas ˆs limita•›es da regi‹o e favore•a o consorciamento de plantas · Estimular a ado•‹o de tŽcnicas de controle biol—gico de pragas, utilizando-se inimigos naturais e plantas companheiras. · Estimular o uso de solos conforme a aptid‹o agr’cola das terras e com ado•‹o de sistemas de manejo diversificados, com rota•‹o de culturas, com uso de consorciamentos e com verticaliza•‹o da produ•‹o agregando-se valor aos produtos agr’colas com a implementa•‹o de agroindœstrias de pequeno e mŽdio porte. · Estimular a implanta•‹o de sistemas de produ•‹o de peixes regionais adaptados ˆs potencialidades do meio e regularizar a pesca regional · Proteger os recursos h’dricos da regi‹o (rios, c—rregos, ribeir›es e cursos dÕ‡gua tempor‡rios), impedindo o desmatamento de ‡reas ribeirinhas e de nascentes, controlando a instala•‹o e o uso de bombas de capta•‹o de ‡gua, adotando-se medidas de conserva•‹o do solo que minimizem a polui•‹o de ‡guas superficiais e subterr‰neas e o assoreamento de cursos dÕ‡gua. · Estimular o envolvimento de diferentes segmentos da sociedade na divulga•‹o das potencialidades dos recursos naturais do Cerrado e das diferentes estratŽgias de explora•‹o racional. · Estimular a agricultura com base na m‹o-de-obra familiar incrementando os estudos visando a defini•‹o de pr‡ticas agr’colas adaptadas ao meio e ˆ cultura local. · Estabelecer programas em escala municipal, estadual e regional visando a recupera•‹o de ‡reas degradadas, inclusive de ‡reas de pastagens em diferentes est‡gios de degrada•‹o, estimulando a ado•‹o de pr‡ticas de integra•‹o pecu‡ria - lavoura. · Estimular a ado•‹o de fertilizantes e corretivos de baixa solubilidade e de culturas de ciclo longo ou perenes, mais compat’veis com as limita•›es da regi‹o que culturas anuais de ciclo curto. · Estimular programas municipais, estaduais e regionais de controle de queimadas e incrementar os trabalhos de assist•ncia tŽcnica visando a minimiza•‹o do emprego do fogo em ‡reas de Cerrado. · Estimular o ecoturismo na regi‹o como forma de valoriza•‹o dos recursos naturais existentes, contribuindo para sua preserva•‹o e para a gera•‹o de empregos. · Estimular a implanta•‹o do agroturismo como forma de valoriza•‹o das manifesta•›es culturais da regi‹o. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Anexo: Lista de 28 outras espŽcies de frutas do Cerrado: Anan‡s, abacaxi-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Ananas ananassoides ocorre em Cerrado, cerrad‹o e mata de galeria, porte herb‡ceo e formando touceiras frutos de 300 a 800 g, 1 fruto por planta, 2 a 4 frutos por touceira, de outubro a mar•o a partir do 1¼-2¼ ano a polpa Ž consumida ao natural ou na forma de doces e sucos Ara•‡, ara•‡-boi nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Psidium firmum e Psidium ara•a ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arbustivo de atŽ 1,5 m frutos de 5 a 15 g, 30 a 80 frutos por planta, de outubro a dezembro a polpa Ž consumida ao natural ou na forma de doces e gelŽias, a planta Ž medicinal Araticum, marolo, pinha do Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Annona crassiflora e Annona coriacea ocorre em Cerrado e cerrad‹o e campo sujo, porte arb—reo de 6-8 m frutos de 0,5 a 4,5 kg, 30 a 200 frutos por planta, de janeiro a mar•o a partir do 3¼ ou 4¼ ano a polpa Ž consumida ao natural ou na forma de sorvetes, sucos, gelŽias, doces, licores, vinagres, recheios de bolos e bombons, a planta Ž medicinal e corticeira Bacupari, bacopari nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Salacia campestris e Salacia crassiflora ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arbustivo de 2 a 4 m frutos de 30a 80 g, 10 a 80 frutos por planta, de setembro a dezembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos Banana-de-papagaio, banha-de-galinha, pacov‡-de-macaco nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Swatzia langsdorfii e Swatzia cordiopetala ocorre em mata calc‡ria e mata de galeria, porte arb—reo de 6 a 8 m frutos de 60 a 100g, 40 a 220 frutos por planta, de agosto a outubro a polpa Ž consumida ao natural Cagaita nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia dysenterica ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arb—reo de 6 a 10 m frutos de 15 a 20g, 500 a 2.000 frutos por planta, de setembro a dezembro (floresce e frutifica em menos de 1 m•s) a polpa Ž consumida ao natural ou na forma de sorvetes, sucos, gelŽias e licores, a planta Ž mel’fera, medicinal e corticeira Caju, Caju-de-‡rvore do Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Anacardium othonianum ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arb—reo de 3 a 6 m frutos de 5 a 10 g, 200 a 600 frutos por planta, de setembro a outubro, a partir do 2¼ ou 3¼ ano a polpa Ž consumida ao natural ou na forma de suco, licores e doces, a castanha Ž consumida torrada, a planta Ž tinturial Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Caju’, cajuzinho, caju-rasteiro nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Anacardium humile e Anacardium nanum ocorre em Cerrado, cerrad‹o, campo sujo e campo limpo, porte herb‡ceo e arbustivo 10 a 30 frutos por planta, de agosto a dezembro, a partir do 2¼ ou 3¼ ano A polpa Ž consumida ao natural ou na forma de suco, licores e doces gelŽias, passas, a castanha Ž consumida torrada, a planta Ž mel’fera, produz vinho e aguardente, —leo da casca para indœstria qu’mica e —leo da am•ndoa para culin‡ria Curriola, gr‹o-de-galo, massaranduba, fruta-de-veado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Pouteria ramiflora e Pouteria torta ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arb—reo de 4 a 6 m frutos de 30 a 50 g, 200 a 800 frutos por planta, de setembro a mar•o a polpa Ž consumida ao natural Fruto-de-tatu nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Chrysophyllum soboliferum ocorre em Cerrado e campo sujo, porte herb‡ceo frutos de 20 a 30 g, 3 a 15 frutos por planta, de novembro a janeiro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos Gabiroba, guavira nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Compomanesia cambessedeana, C. camposseana e C. coerula ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arbustivo de 60-80 cm frutos de 1 a 3 g, 30 a 50 frutos por planta, de setembro a novembro, a partir do 1¼ ou 2¼ ano a polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces e gelŽias, a planta Ž mel’fera e medicinal Gravat‡, caraguat‡ nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Bromelia balansae ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte herb‡ceo frutos de 5 a 15 g, 80 a 120 frutos por planta, de outubro a mar•o a polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: Ing‡ spp ocorre em mata de galeria, cerrad‹o e mata calc‡ria, porte arb—reo de 6 m frutos de 10 a 30 g, 500 a 1.000 frutos por planta, de novembro a janeiro consumo ao natural, a planta Ž medicinal e mel’fera Ing‡ aproveitamento: Jaracati‡, mam‹o-de-‡rvore, mam‹o-de-veado, mam‹o-nativo nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Jaracatia heptaphylla ocorre em mata calc‡ria, porte arb—reo de 6 a 8 m frutos de 80 a 120 g, 400 a 800 frutos por planta, de janeiro a mar•o consumo ao natural e na forma de gelŽias Jatob‡-do-Cerrado, juta’, jata’ nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: Hymenaea stignocarpa ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arb—reo de 4 a 6 m frutos de 20 a 60 g, 100 a 400 frutos por planta, de setembro a novembro Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC aproveitamento: a polpa Ž consumida ao natural e na forma de gelŽias, vinho, licor e farinha para bolo, p‹es e mingaus, a planta Ž madeireira e medicinal Jatob‡-da-mata nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Hymenaea stilbocarpa ocorre em cerrad‹o e mata calc‡ria, porte arb—rea de 8 a 10 m frutos de 100 a 200 g, 500 a 2.000 frutos por planta, de setembro a novembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de gelŽias, licor e farinha para bolo, p‹es e mingaus, a planta Ž medicinal Lobeira, fruta-de-lobo nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Solanum lycocarpum ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arb—reo de 3 a 4 m frutos de 400 a 900 g, 40 a 100 frutos por planta, de julho a janeiro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de gelŽias, a planta Ž medicinal Mama-cadela, algod‹ozinho, irer• nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Brosimum gaudichaudii ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arbustivo-arb—reo de atŽ 4 a 5 m frutos de 2 a 3 g, 30 a 400 frutos por planta, de setembro a novembro a polpa Ž consumida ao natural, a planta Ž medicinal Mam‹ozinho-do-mato, mam‹o-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Carica glandulosa ocorre em mata calc‡ria e mata de galeria, porte herb‡ceo-arbustivo de 1 a2m frutos de 30 a 50 g, 30 a 50 frutos por planta, de dezembro a mar•o a polpa Ž consumida ao natural Mangaba nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Hancornia speciosa ocorre em Cerrado e cerrad‹o (inclusive em solos pedregosos), porte arb—reo de 4 a 7 m frutos de 30 a 250 g, 100 a 400 frutos por planta, de agosto a janeiro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces, sucos, sorvetes, a planta Ž medicinal, mel’fera e produtora de l‡tex com aplica•‹o industrial Marmelada-nativa, marmelada, marmelada-de-bezerro nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Alibertia edulis ocorre em Cerrado e cerrad‹o, porte arb—reo com 3 a 4 m frutos de 10 a 30 g, 30 a 200 frutos por planta, de setembro a novembro, a partir do 1¼ ano a polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces e gelŽias, a semente torrada e mo’da Ž usada como substituto ao p—-de-cafŽ Murici nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: Byrsonima verbascifolia (o grupo inclui tambŽm as espŽcies B. crassifolia, B. basiloba, B. crassa, B. coccolobifolia e B. intermedia, com v‡rios nomes populares associados a cada um) ocorre em Cerrado e cerrad‹o (inclusive em solos pedregosos), porte arb—reo de 3 a 4 m frutos de 1 a 4 g, 100 a 500 frutos por planta, de novembro a mar•o Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC aproveitamento: a polpa Ž consumida ao natural e na forma de doces, suco, licor e gelŽias, a planta Ž medicinal, mel’fera e tinturial P•ra-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia klostzchiana ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arbustivo de 0,8 a 1 m frutos de 60 a 90 g, 4 a 12 frutos por planta, de outubro a dezembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos e gelŽias Perinha, uvais-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia lutescens ocorre em Cerrado, cerrad‹o e campo sujo, porte arbustivo de 0,8 a 1 m, formando touceiras muito produtivas frutos de 15 a 30 g, 6 a 20 frutos por planta, de setembro a novembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos e gelŽias Pitanga-vermelha nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia calycina ocorre em Cerrado e campo sujo, porte herb‡ceo frutos de 4 a 7 g, 8 a 20 frutos por planta, de setembro a dezembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos e gelŽias Pitanga-roxa nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia uniflora ocorre em mata de galeria e mata calc‡ria, porte arb—reo de 4 a 6 m frutos de 4 a 6 g, 300 a 1.000 frutos por planta, de agosto as novembro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos e gelŽias Pitomba-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Eugenia lushnathiana e Talisia esculenta ocorre em mata calc‡ria e cerrad‹o, porte arb—reo com 6 a 8 m frutos de 7 a 9 g, 1.000 a 2.000 frutos por planta, de outubro a janeiro a polpa Ž consumida ao natural e na forma de sucos Uva-do-Cerrado nome cient’fico: caracter’sticas da planta: colheita dos frutos: aproveitamento: Vitex spp ocorre em mata calc‡ria, cerrad‹o e mata de galeria (inclusive em solos pedregosos), trepadeira frutos de 8 a 10 g, 400 a 800 frutos por planta, de janeiro a mar•o a polpa Ž consumida ao natural e na forma de gelŽias Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC A- Bibliografia Geral: Alho, C.J.R. & Martins, E. de S. ,1995 (editores). 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Flora: Potencial n‹o Madeireiro das Plantas dos Cerrados A.6. Flora: Gr‹os, TubŽrculos e Outros A.7. Flora: Pastagens: Gram’neas, Forrageiras e Outras A.8. Flora: Frutas Nativas A.9. Flora: Palmeiras A.10. Flora: Flores A.11. Flora: Agroindustrializa•‹o A.12. Flora: Bambu Anexo 1. SISTEMAS DE PRODU‚ÌO E MANEJO DE SOLOS NO CERRADO Affin, O.A.D., Zinn, Y.L., 1996. Sustentabilidade dos sistemas nos Cerrados. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.28-32 AGROTEC, 1997. AGROTEC: retrospectiva e iniciativas. Rel. Projeto, Doverl‰ndia : AGROTEC. 9p. Albrecht, J.C., et al., 1997. Trigo EMBRAPA 41: nova cultivar para os triticultores de Minas Gerais, Goi‡s e Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Documentos, 16p. Almeida, N.O., et al., 1994. Crescimento inicial de eucaliptos em cons—rcio com leguminosas em regi‹o de Cerrado em Minas Gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 1. 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Bras’lia : IBAMA/SEMATEC-GDF, 40p. Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Controle integrado da podrid‹o de ra’zes (Cylindrocladium clavatum) de mudas de mangabeira. In: . Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.202-203 Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Controle integrado de podrid‹o de ra’zes de gravioleira causada por Cylindrocladium clavatum no Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.203-204 Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Cylindrocladium spp associados a podrid‹o de ra’zes de mudas de fruteiras nativas dos Cerrados e ex—ticas. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.200-201 Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Doen•as da gravioleira (Annona muricata) nos Cerrados da regi‹o Centro-Oeste e Minas Gerais. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.202 Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Doen•as da seringueira nas regi›es do ecossistema Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.209 Junqueira, N.T.V., et al., 1997. Utiliza•‹o do biribazeiro (Rollinea mucosa) como porta-enxerto de gravioleira visando ao controle da podrid‹o de ra’zes e da broca-do-coleto. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.177 Lasca, D.H.C., et al., 1997. Manejo Integrado de pragas do amendoim: instru•›es ˆ rede. Campinas : CATI, Manual, 74, 6p. Oliveira, M.A.S., Alves, R.T., Genœ, P.J.C., 1992. Flutua•‹o populacional de moscas-das-frutas (Diptera : Tephritidae) em citrus no Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 2p. Oliveira, M.A.S., Alves, R.T., Genu, P.J.C., 1994. Flutua•‹o populacional de moscas-das-frutas (Diptera : Tephritidae) em citrus no Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.242-243 Oliveira, M.A.S., Junqueira, N.T.V., 1997. Ocorr•ncia da broca-de-coleto (Heilipus catagraphus) em gravioleira no Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.189-190 Oliveira, M.A.S., et al., 1992. Pragas da gravioleira no Cerrado. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Documentos, 41, 11p. Santos, M.F., Faiad, M.G.R., Ribeiro, W.R.C., 1996. Avalia•‹o da patogenicidade de Cylindrocladium clavatum em pl‰ntulas de baru (Dipteryx alata). In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.213-215 Sharma, R.D., Am‡bile, R.F., 1994. Nemat—ides associados ao girassol (Helianthus annus) nos Cerrados do Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 2p. Veloso, V.R.S., Almeida, L.G., Silva, M.F., 1994. Levantamento de insetos associados ao araticunzeiro (Annona crassiflora) no Cerrado goiano. In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.6 Veloso, V.R.S., Silva, M.F., Almeida, L.G., 1994. Levantamento de insetos associados ao jatob‡ (Hymenea sp.) no Cerrado goiano. In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.8 Veloso, V.R.S., et al., 199?. Plantas nativas hospedeiras de moscas-das-frutas (Diptera : Tephritidae) nos Cerrados de Goi‡s. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia, 1p. Anexo 3. FAUNA E FLORA, ASPECTOS GERAIS Ed. Globo, 1989-1998. Revista Globo Rural. Abelha jata’ (out./92, jun./97, mar.97), a•afr‹o (dez./94), aduba•‹o verde (mar./90), araruta (set./96), bambu (jan./89, mar./91, nov./97, jul./98), baru (set./95), baunilha (mar./96), bromŽlias (maio/93), buriti (maio/92), capivaras (fev./92, jun./92), catetos e queixadas (ago./98), ervas medicinais (nov./93), ervas medicinais (nov./95), frutas do Cerrado (mar./92), girassol (dez./96), guandu (set./96), gueroba (set./92, fev./96), jacarŽ (mar./93), jatob‡ (nov./96), jenipapo (jan./98), lambari (ago./97), mamona (maio/91), maracuj‡ (mar./93), microbacias hidrogr‡ficas (jul./93), paca (maio/89), pimenta-do-reino (abr./95), reserva florestal (nov./93), samambaias (maio/90), turismo rural (nov./97, jan./98). Lima, B.C., 1977. Frutos, mam’feros, repteis, peixes, aves e abelhas mel’feras do Centro-Sul de Goi‡s: uma tentativa de sistematiza•‹o dos recursos de subsist•ncia. Goi‰nia : Universidade Cat—lica de Goi‡s, 71p. Munhoz, C.B.R. (coord.), et al., 1994. Regi‹o de Alto Para’so de Goi‡s: um estudo para promover o estabelecimento de uma ‡rea de reserva extrativista. Bras’lia : IBAMA, ?p. Salvador Monteiro & Leonel Kaz (coords.), 1993. Cerrado, v‡rios aspectos. 256p. Sano, S.M., Almeida, S.P. (eds.), 1998. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, 556p. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Anexo 4. FAUNA: ESPƒCIES SILVESTRES COM ADAPTA‚ÌO PARA CRIA‚ÌO Alho, C.J.R., 1986. Cria•‹o e manejo de capivaras em pequenas propriedades rurais. Bras’lia : EMBRAPA/DDT, Documentos, 13, 48p. Deutsch, L., Puglia, L.R., 1989. Os animais silvestres: prote•‹o, doen•as e manejo. S‹o Paulo : Ed. Globo, ?p. Faria Mucci, G.M., Melo, M.A., 1996. Abelhas e plantas por elas utilizadas como fontes alimentares em um ecossistema de campo rupestre na regi‹o de Lavras Novas, Ouro Preto - MG, Brasil. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.364 Max, J.C.M., et al., 1993. O uso de gram’neas na alimenta•‹o de capivaras (Hydrocaeris hydrocaeris, L.) em cativeiro. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1. Curitiba : SBS/SBEF, Anais, vol. 2, p.70-74 Mendes, B.V. (coord.), et al., 1989. Cartilha do criador de emas. Mossor— : ESAM/FGD, 29p. Povoa, C.P., Brandeburgo, M.A.M., 1994. Estudo de comportamento de abelhas jata’ (Tetragonisca angustula) de col™nias diferentes coletando em uma mesma fonte de alimento. In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.73 Rodrigues, F.H.G., Monteiro F¼, 1996. Rela•‹o comensal’stica entre veados campeiros e emas. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.186-187 Silveira, L., et al., 1996. Distribui•‹o espacial e densidades de ema (Rhea americana) no Parque Nacional das Emas, Goi‡s. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.225 Anexo 5. FLORA: Potencial N‹o-Madeireiro das Plantas do Cerrado Almeida, S.P., 1998. Cerrado: plantas nativas de import‰ncia econ™mica. In: Cerrado: Ambiente e Flora, Sano, S.M., Almeida, S.P. (eds.), Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.197-199 Almeida, S.P., Silva, J.A., 1995. Oferta alimentar e componentes nutricionais de plantas nativas do Cerrado. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 4p. Can•do, M.R., 1996. Educa•‹o nutricional: resgatando nossa cultura alimentar. Bras’lia : EMATER/DF, 284p. Cruz, G.L., 1985. Dicion‡rio das plantas œteis do Brasil. SP : Ed. Civiliza•‹o Brasileira, 3» ed., 596p. Dias, T.A.B., et al., 1996. Conserva•‹o ex-situ de recursos genŽticos do Cerrado: plantas medicinais, ornamentais e melipon’neos. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.195-197 Felipe, A.F.C.L., Borges, J.D., 1988. Distribui•‹o geogr‡fica e caracteriza•‹o ecol—gica de plantas dos Cerrados do estado de GO. Relat—rio de pesquisa, Projeto PIBIC/CNPq/UFGO. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia, 11p. Lorenzi, H. (coord.), et al., 1997. çrvores brasileiras: manual de identifica•‹o e cultivo de plantas arb—reas nativas do Brasil. Nova Odessa : Ed. Plantarum. 352p. Matteucci, M.B.A., et al., 1996. A flora do Cerrado e suas formas de aproveitamento. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.316 Ribeiro, J.F., Silva, J.C.S., 1996. Manuten•‹o e recupera•‹o da biodiversidade do bioma Cerrado: o uso de plantas nativas. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.10-14 Ribeiro, J.F., et al., 1994. EspŽcies arb—reas de usos mœltiplos da regi‹o do Cerrado: caracteriza•‹o bot‰nica, uso potencial e reprodu•‹o. In: CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SISTEMAS AGROFLORESTAIS, 1. Porto Velho: EMBRAPA/CPAF, Anais, p.335-356 Ribeiro, J.R., et al., 1987. Indica•‹o de espŽcies nativas visando seu aproveitamento em atividades agron™micas ou florestais. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.64-66 Sawyer, D.R., van der Ree, M., Pires, M.O., 1998. Comercializa•‹o de espŽcies vegetais nativas do Cerrado. Relat—rio de Pesquisa, Bras’lia : ISPN, 32p. Silva, J.C.S., 1995. Proposta para utiliza•‹o da flora nativa dos Cerrados para fins econ™micos. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 7. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p. 25-34 Universidade Federal de Goi‡s, 1995. Projeto de domestica•‹o de plantas do Cerrado e sua incorpora•‹o a sistemas produtivos regionais. Goi‰nia : UFGO/Programa Regional Integrado de Pesquisa e Extens‹o, 91p. Melo, J.T., 1991. Aroeira: caracter’sticas e aspectos silviculturais. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Documentos, 10p. Anexo 6. Flora: Gr‹os, TubŽrculos e Outros Am‡bile, R.F., Fonseca, C.E.L., Farias Neto, A.L., 1994. Avalia•‹o de gen—tipos de girassol (Helianthus annus) na regi‹o dos Cerrados do Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 3p. Andrade, R.P., et al., 1997. Avalia•‹o e sele•‹o de cultivares de Arachis spp. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.234-236 Bevit—ri, R., Antal, J.B., 1995. ƒpoca de semeadura do girassol no estado de Goi‡s. Goi‰nia : EMBRAPA/CNPAF, Comunicado TŽcnico, 31, 13p. Castro, C.B., et al., 1994. A cultura do urucum. Bras’lia : EMBRAPA/SPI, Cole•‹o Plantar, 20, 61p. Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Chaves, L.H.G., 1985. Nutri•‹o e aduba•‹o de tubŽrculos. Campinas : Fund. Cargill, 97p. EMBRAPA/CENARGEN, 1986. Bibliografia do urucum (Bixa orellana). Bras’lia : EMBRAPA/DDT, 61p. EMBRAPA/CPAC, 199?. Quinoa e Amaranto: alternativas para a forma•‹o de palhada e produ•‹o de gr‹os nos Cerrados. Bras’lia : EMBRAPA/CPAC. Fold. EMBRAPA/CPAC, 1996. A cultura do girassol. Bras’lia : EMBRAPA/CPAC, Circular TŽcnica, 13. 38p. Farias Neto, A.L., Fonseca, C.E.L., 1991. Avalia•‹o de variedades de gergelim (Sesamum indicum L.) na regi‹o dos Cerrados do Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 6p. Farias Neto, A.L., Am‡bile, R.F., Fonseca, C.E.L., 1997. Avalia•‹o de variedades de gergelim (Sesamum indicum L.) na regi‹o dos Cerrados do Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.154-156 Farias Neto, A.L., Am‡bile, R.F., Fonseca, C.E.L., 1997. Avalia•‹o de gen—tipos de girassol (Helianthus annus L.) na regi‹o dos Cerrados do Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.153-154 Fonseca, C.E.L., 1991. Avalia•‹o de variedades de mamona (Ricinus communis L.) na regi‹o dos Cerrados do Distrito Federal. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 4p. Freitas F¼, J. et al., 1994. Avalia•‹o e recomenda•‹o de cultivares de mandioca para a regi‹o dos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.11-115 Hernani, L.C., Henn, R., 1995. Canola. EMBRAPA/CPAO, Fol., 4p. (tiragem 5.000 ex.) Kato, O.R., et al., 1991. Efeito da rela•‹o esterco/terri•o no desenvolvimento de mudas de urucuzeiro. BelŽm : EMBRAPA/CPATU, 15p. Peres, J.R.R., Suhet, A.R., 1985. Inocula•‹o do feij‹o com Rhizobium phaseoli em solos de v‡rzeas dos Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 4p. Peres, J.R.R., et al., 1994. Sele•‹o de estirpes de Rhizobium phaseoli adaptadas ˆs condi•›es de Cerrado. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.209-212 Perim, S., Costa, I.R.S., 1991. Variedades de mandioca mansa, resistentes ˆ bacteriose, para a regi‹o geo-econ™mica de Bras’lia. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 4p. Ramos, J.E.L., 1991. Urucuzeiro. Porto Velho : EMATER-RO, 16p. Santos, J.N., et al., 1983. A cultura do inhame. Belo Horizonte : EMATER-MG, 28p. Spehar, C.R., Santos, R.L.B., 1996. Potencial para produ•‹o de quinoa (Chenopodium quinoa) nos Cerrados. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.290-292 Spehar, C.R., Santos, R.L.B., 1997. Estudos iniciais para a adapta•‹o de quinoa (Chenopodium quinoa WILDD.) aos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.172 Valls, J.F.M., Silva, G.P., 1996. Caracter’sticas fitogeogr‡ficas das espŽcies brasileiras do g•nero Arachis (Leguminosae). In: Congresso Nacional de Bot‰nic a, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.312 Vargas, M.A.T., et al., 1993. Inocula•‹o de sementes de soja com Bradyrhizobium japonicum. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 4p. Anexo 7. Flora: Pastagens: Gram’neas, Forrageiras e Outras Almeida, S.P., Silva, J.A., Zoby, J.L.F., 1987. Identifica•‹o e indica•‹o das espŽcies forrageiras de ‡reas de pastagem nativa dos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.66-68 Almeida, S.P., Zoby, J.L.F., Kornelius, E., Silva, J.A., 1985. Estudos em pastagens nativas nos Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 18a, 2p. Almeida, S.P., et al., 1987. Fenologia das espŽcies de gram’neas de ‡rea de pastagem nativa da regi‹o dos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.70-71 Andrade, R.P., 1993. Produ•‹o de sementes de Stylosanthes guianensis cv. Bandeirantes. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 4p. Andrade, R.P., Leite, G.G., 1988. Pastagens na regi‹o dos Cerrados. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.13, n.153/154, p.26-39 Andrade, R.P., Thomas, D., Grof, B., 1987. Avalia•‹o agron™mica sob pastejo de Centrosema brasilianum CPAC1428 e de h’bridos de centrosema. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.373-374 Barcellos, A.O., et al., 1997. Avalia•‹o agron™mica sob pastagens consorciadas na regi‹o dos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.240-242 Brand‹o, M., 1992. Plantas forrageiras do Cerrado. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.36-39 Carvalho, M.M., et al., 1994. Desenvolvimento de pastagens na zona fisiogr‡fica Campos das Vertentes, MG. Coronel Pacheco : EMBRAPA/CNPGL, 127p. Couto, W., et al., 1981. MŽtodos de estabelecimento de leguminosas em pastagens nativa, em ‡rea de campo sujo, nos Cerrados. In: REUNIÌO ANUAL DA SOC. BRAS. DE ZOOTECNIA, 18. Goi‰nia : SBZ, Anais, p.58 Germano, J.L., 1991. Capineira: forma•‹o e manejo. Bras’lia : EMATER-DF, 24p. Klink, C.A., Silva, J.C.S., Parron, L.M., 1997. Levantamento da biodiversidade de gram’neas nativas no bioma Cerrado. In: Relat—rio Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.42-43 Leite, G.G., et al., 1994. EstratŽgias de manejo de pastagens consorciadas nos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.301-304 Leite, G.G., et al., 1996. Produ•‹o de mudas de Stylosanthes guianensis cv. Mineir‹o por meio de enraizamento de hastes. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 4p. Moraes, E.A., et al., 1997. Contribui•‹o do Stylosanthes capitata ES. macrocephala no aumento da produtividade de pastagem nativa. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.228-229 Moraes, E.A., et al., 1997. Melhoria da produtividade da pastagem nativa com a ajuda da leguminosa estilosantes. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.229-230 Peres, J.R.R., Suhet, A.R., Vargas, M.A.T., 1986. Inocula•‹o de leucena nos Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 3p. Sousa, F.B., Andrade, R.P., Thomas, D., 1983. Duas novas variedades de estilosantes para os Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Comunicado TŽcnico, 7p. Sousa, F.B., et al., 1987. Banco ativo de germoplasma de forrageiras para a regi‹o dos Cerrados. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.360-364 Thomas, D., Andrade, R.P., 1987. Avalia•‹o agron™mica sob pastejo de introdu•›es de Stylosanthes macrocephala, Zornia brasiliense, Centrosema macrocarpum. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.374-379 Thomas, D., Andrade, R.P., Grof, B., 1987. Avalia•‹o agron™mica sob pastejo de introdu•‹o de Stylosanthes guianensis ÒtardioÓ (Bandeirante e CPAC 337), e de Panicum maximum CPAC 344. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.371-373 Vargas, M.A.T., et al., 1993. Fixa•‹o biol—gica do nitrog•nio em centrosema em solos de Cerrado. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Boletim de Pesquisa, 14p. Vargas, M.A.T., et al., 1994. Sele•‹o de estirpes de Bradyrhizobium sp para centrosema em solos de Cerrado. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.221-225 Zoby, J.L.F., Kornelius, E., 1994. Sistema integrado de utiliza•‹o de pastagem nativa de Cerrados sob diferentes cargas, complementada com banco de prote’na na recria de f•meas. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.297-300 Zoby, J.L.F., Barcellos, J.M., Kornelius, E., 1994. Banco de prote’na de estilosantes e kudzu como complemento de pastagem cultivada na seca. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1987/1990, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.295-296 Zoby, J.L.F., Kornelius, E., Saueressig, M.G., 1990. Banco de prote’na de leucena e estilosantes. Planaltina : CPAC, Comunicado TŽcnico, 54, 6p. Zoby, J.L.F., Kornelius, E., Saueressig, M.G., 1991. Banco de prote’na de leucena (na chuva) e estilosantes (na seca) como complemento de pastagem nativa na recria de f•meas azebuzadas. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1985/1987, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.254-257 Anexo 8. Flora: Frutas Nativas Almeida, S.P., Silva, J.A., 1994. Piqui e buriti: import‰ncia alimentar para a produ•‹o dos Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Documentos, 23p. Almeida, S.P., Silva, J.A., 1997. Avalia•‹o f’sico-qu’mica e processamento de frutas nativas do Cerrado. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.44-45 Almeida, S.P., Silva, J.A., Fonseca, C.E.L, 1994. Valor nutricional de frutos nativos do Cerrado. In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.23 Andrade, A.C.S., et al., 1996. Germina•‹o, morfologia da sementes e do desenvolvimento p—s-seminal e detec•‹o de fungos associados ˆs sementes de Eugenia dysenterica DC. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.464-465 Bianco, S., Pitelli, R.A., 1981. Estudos sobre as caracter’sticas fenol—gicas de algumas frut’feras nativas do Cerrado. Ilha Solteira : UNESP, Relat—rio TŽcnico-Cient’fico, 1, p.12-13 Bianco, S., Pitelli, R.A., 1986. Fenologia de quatro espŽcies de frut’feras nativas dos Cerrados de Sil’ria, MS. Pesquisa Agropecu‡ria Brasileira, v.21, n.11, p.1229-1232 Borges, J.D., et al., 1994. Avalia•‹o de prog•nies de jenipapeiro (Genipa americana L.). In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.7 Carvalho, G.C., et al., 199?. Determina•›es f’sicas em frutos e sementes de baru (Dipteryx alata VOG), cajuzinho (Anacardium othonianum RIZZ.) e pequi (Caryocar brasiliense CAMB.) visando melhoramento genŽtico. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia. Chaves, L.J., et al., 1994. Avalia•‹o de prog•nies de araticunzeiro (Annona crassiflora Mart.). In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.7 Correa, R.S., Melo F¼, B., 1996. Crescimento de Ing‡ marginata em ‡rea de Cerrado minerada. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.456-457 Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Dombroski, J.L.D., Camargo, I. P., Paiva, R., 199?. Efeito da escarifica•‹o de pequis (Caryocar brasiliense Camb.) tratados com giberelina (GA3) na germina•‹o. Lavras : UFLA/Dept¼ Biologia/Dept¼ Agricultura. Felipe, A.F.C.L., et al., 199?. Avalia•‹o da distribui•‹o geogr‡fica ecol—gica de frut’feras nativas dos Cerrados na regi‹o sudeste do estado de GO. Projeto FINEP/ PRIPE/UFGO. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia. Ferreira, M.B., 1972. Frutos comest’veis do Distrito Federal. (I) Gabirobas, pitangas e ara•‡s. Cerrado, v.5, n.18, p.11-15 Ferreira, M.B., 1980. Frutos comest’veis do Cerrado em Minas Gerais. Belo Horizonte : Informe Agropecu‡rio, v.6, n.61, p.9-17 Fonseca, A.G., Muniz, I.A.F., 1992. Informa•›es sobre a cultura de espŽcies frut’feras nativas da regi‹o de Cerrado. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.12-17 Genu, P.J.C., et al., 1992. Instru•›es para a forma•‹o de mudas de gravioleira por enxertia. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Circular TŽcnica, 14p. Grigoletto, E.R:, Silveira, C.E., Caldas, L.S., 1996. Micropropaga•‹o de mangaba (Hancornia speciosa Gomez). In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.441 Guarim Netto, G., 1985. EspŽcies frut’feras do Cerrado matogrossense. Boletim da FUNATURA, v.20, p.46-56 Leite, S.A.A., et al., 1996. Programa de educa•‹o ambiental com ‡rvores frut’feras na cidade satŽlite de Samambaia - DF. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.313 Machado, J.W.B., Parente, T.V., 1986. Germina•‹o de seis espŽcies frut’feras nativas do Cerrado em condi•›es de campo. Cruz das Almas : Revista Brasileira de Fruticultura, v.8, n.1, p.35-38 Melo, J.T., Gon•alves, A.N., 1991. Inibidores de germina•‹o no fruto e em sementes de pequi (Caryocar brasiliense camb.). Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Boletim de Pesquisa, 11p. Morais, R.M.G.G., Macedo, M., 1996. Uso de frutos comest’veis pelos ’ndios Paresi, Sapezal - MT. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.321 Naves, R.V., et al., 199?. Conserva•‹o Òex-situÓ de frut’feras nativas dos Cerrados: dados preliminares. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia Nogueira, A.C., Vaz, E.T., 1993. Influ•ncia da profundidade de semeadura na germina•‹o e desenvolvimento inicial de Dipteryx alata Vog. In: CONGRESSO. FLORESTAL PANAMERICANO, 1. Curitiba : SBS/SBEF, Anais, vol. 2, p.429-431 Oliveira Jr, J.P., et al., 1997. Caracteriza•‹o qu’mica de solo, de folhas e de frutos de cagaita (Eugenia dysenterica DC.) no sudeste de Goi‡s. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIæNCIA DO SOLO, 26. Rio de Janeiro, 2p. Oliveira, G.C., et al., 1997. Caracteriza•‹o qu’mica de solos e de folhas de p•ra-do-Cerrado (Eug•nia klotzchiana Berg), associado ao estudo e aspectos f’sicos de plantas na regi‹o do sudeste goiano. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIæNCIA DO SOLO, 26. Rio de Janeiro, 5p. Pessoa, D.M.A., Borguetti, F., 1996. Aspectos de dorm•ncia de sementes de Solanum lycocarpum St.Hil. (Solanaceae). In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.39-40 Pinto, A.C.Q. (coord.), 1994. Produ•‹o de mudas frut’feras sob condi•›es de Cerrados. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, ?p. Pinto, A.C.Q., et al., 1987. Melhoramento de gravioleira (Annona muricata L.) nos Cerrados de Goi‡s e Distrito Federal. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1982/1985, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.339-342 Proen•a. C., et al., 1996. Estudos ecol—gicos de frutas e sementes de um Cerrado Òsensu strictoÓ. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.372-373 Ribeiro, J.F., Proen•a, C.E.B., Almeida, S.P., 1986. Potencial frut’fero de algumas espŽcies frut’feras nativas dos Cerrados. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 8. Bras’lia : EMBRAPA/DDT-CNPq, Anais, v.2, p.491-500 Rizzo, J.A., et al., 1996. EcogenŽtica de Hancornia speciosa Gomez. I. Padr‹o de distribui•‹o espacial de Hancornia speciosa var. gardeneri e var. pubescens. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.360 Rocha, M.R., et al., 1994. Avalia•‹o de prog•nies de cagaita (Eugenia dysenterica DC.). In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.9 Rodrigues, C., et al., 1997. Avalia•‹o da variabilidade genŽtica entre prog•nies de cagaita (Eugenia dysenterica DC) quanto ao desenvolvimento de pl‰ntulas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INICIA‚ÌO CIENTêFICA DE CIæNCIAS AGRçRIAS. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia, 1p. Sano, S.M., et al., 1994. Crescimento de baru, jatob‡ e mangaba sob cultivo. In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.5 Sano, S.M., et al., 1994. Teste de prog•nies de baru, jatob‡ e mangaba. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 4p. Silva, F.K.M, Cortelazzo, A.L., 1996. Estudo da germina•‹o de sementes de Ing‡ affinis e Ing‡ fagiofolia, em condi•›es emersas ou subemersas. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.460 Silva, G.B., Naves, R.V., 1988. Influ•ncia do clima e do solo sobre a distribui•‹o de frut’feras nativas nos Cerrados do estado de Goi‡s. Goi‰nia : UFGO/Escola de Agronomia, Relat—rio de Pesquisa, 11p. Silva, G.B., et al., 1997. Avalia•‹o da influ•ncia do clima e do solo sobre a distribui•‹o de frut’feras nativas nos Cerrados do estado de Goi‡s. Projeto FINEP/CNPq/UFGO, In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INICIA‚ÌO CIENTêFICA DE CIæNCIAS AGRçRIAS. Goi‰nia : UFGO, 1p. Silva, G.B., et al., 1997. Avalia•‹o da influ•ncia do clima e do solo sobre a distribui•‹o de frut’feras nativas nos Cerrados do estado de Goi‡s. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INICIA‚ÌO CIENTêFICA DE CIæNCIAS AGRçRIAS. Goi‰nia : UFGO/Escola de Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC Agronomia. Silva, J.A., Fonseca, C.E.L., 1991. Propaga•‹o vegetativa do pequizeiro: enxertia em garfagem lateral e no topo. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 6p. Silva, J.A., et al., 1992. Coleta de sementes, produ•‹o de mudas e plantio de espŽcies frut’feras nativas dos Cerrados: informa•›es explorat—rias. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Documentos, 44, 23p. Silva, J.A., et al., 1994. Frutas nativas dos Cerrados. Bras’lia : EMBRAPA/CPAC/SPI, 166p. Silva, J.A., et al., 1997. Comportamento de espŽcies nativas do Cerrado em condi•›es de cultivo experimental. In: Relat—rio TŽcnico Anual do CPAC 1991/1995, Planaltina : EMBRAPA/CPAC, p.45-46 Souza, E.R.B.., et al., 1994. Efeito de per’odos e condi•›es de armazenamento de sementes sobre a germina•‹o de pl‰ntulas de cagaita (Eugenia dysenterica DC.). In: REUNIÌO ESPECIAL DA SBPC, 1. Uberl‰ndia : UFU/SBPC, Anais, p.8 Vieira, M.H.P., Irber, M.V., 1996. Emerg•ncia e taxa de germina•‹o em Annona coriacea. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTåNICA, 47. Nova Friburgo : SBB, Resumos, p.460 Anexo 9. Flora: Palmeiras Bohrer, C.B.A., Oliveira F¼, L.C., Quintela, E.P., 1993. O manejo dos recursos naturais e a produ•‹o de coco de baba•u (Orbignya phalerata Mart.) na regi‹o de Santa In•s - MA. In: CONGRESSO FLORESTAL PANAMERICANO, 1. Curitiba : SBS/SBEF, Anais, vol. 2, p.452-454 Lorenzi, H., 1996. Palmeiras no Brasil: nativas e ex—ticas. Nova Odessa : Ed. Plantarum. 132p. Silva, J.A., Ribeiro, J.F., Albino, J.C., 1986. Germina•‹o de sementes de buriti: escarificar pode ser a solu•‹o. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Pesquisa em Andamento, 6p. Teixeira, C.P., Paiva, J.C.A., Fraga, P.A., 1996. Potencial s—cio-econ™mico da cultura da pupunha como alternativa para os Cerrados. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.159-161 Anexo 10. Flora: Flores Abril Cultural, 1977. Samambaias, avencas, orqu’deas e antœrios. S‹o Paulo : Ed. Abril, 75p. Brand‹o, M., Laca-Buendia, J.P., 1991. Folhas, flores, frutos e sementes do Cerrado e sua utiliza•‹o em arranjos ornamentais. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.15, n.168, p.21-28 Oliveira, R.S., et al., 1996. Influ•ncia do fogo na flora•‹o de espŽcies de Orchidaceae em Cerrado. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.467-468 Salles, A.E.H., Lima, I.V., 1990. Orquid‡rio regional dos Cerrados. Bras’lia : Jardim Bot‰nico de Bras’lia, 45p. Anexo 11. Flora: Agroindustrializa•‹o Almeida, S.P., 1996. Potencial da flora ap’cola do Cerrado. In: CONGRESSO. BRASILEIRO DE APICULTURA, 11. Teresina : SBA, p.187-191 Barreto, R.F. (coord.), 1996. RemŽdios caseiros. Bras’lia : EMATER-DF, 52p. Brand‹o, M., 1992. Plantas produtoras de tanino nos Cerrados mineiros. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.33-35 Brasil, MinistŽrio da Indœstria e ComŽrcio, 1985. A produ•‹o de combust’veis l’quidos a partir de —leos vegetais. Bras’lia : MIC/Secretaria de Tecnologia Industrial, 364p. Coelho, M.F.B., 1996. Estudo da germina•‹o de sementes de plantas medicinais do Cerrado de Mato Grosso. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.15-16 Coelho, M.F.B., et al., 1996. Conserva•‹o de sementes de plantas medicinais do Cerrado de Mato Grosso. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 3. Bras’lia : UnB, Resumos, p.16 Gavilanes, M.L., Brand‹o, M., 1992. Frutos, folhas e ra’zes de plantas do Cerrado, suas propriedades medicinais, tendo como ve’culo a cacha•a. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.40-44 Laca-Buendia, J.P., 1992. Plantas produtoras de fibras o Cerrado. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.18-20 Macedo, J.F., 1992. As plantas oleaginosas do Cerrado de Minas Gerais. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.21-27 Silva F¼, P.V., 1992. Plantas do Cerrado produtoras de matŽria tintorial. Belo Horizonte : EPAMIG, Informe Agropecu‡rio, v.16, n.173, p.28-32 Vieira, R.F., Martins, M.V.M., 1996. Estudos etnobot‰nicos de espŽcies medicinais de uso popular no Cerrado. In: SIMPîSIO SOBRE O CERRADO, 8. Planaltina : EMBRAPA/CPAC, Anais, p.169-171 Anexo 12. Flora: Bambu Azzini, A., Salgado, A.L.B., 1992. Avalia•‹o quantitativa do material fibroso e vazios em colmos de bambu. S‹o Paulo : O Papel, Funda•‹o Centro Brasileiro de Refer•ncia e Apoio Cultural Ð CEBRAC v.53, n.7, p.49-52 Brito, J.O., Tomazello F¼, M., Salgado, A.L.B., 1987. Produ•‹o e caracteriza•‹o do carv‹o vegetal de espŽcies e variedades de bambu. Piracicaba : IPEF, n.36, p.13-17 Coelho, E.F., Concei•‹o, M.A.F., 1990. Recomenda•›es para instala•‹o de drenos de bambu e drenos livres. Para’ba : EMBRAPA/CNPAI, Circular TŽcnica, 2. 28p. Ferreira, V.L.P., 1986. Avalia•‹o do broto de espŽcies de bambu na alimenta•‹o humana. S‹o Paulo : Colet‰nea do ITAL, v. 16, n.1, p.23-36 Filgueiras, A.P., Pereira, B.A.S, 1984. O taquari, bambu forrageiro do Cerrado. 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