Um ano de incertezas na economia

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Um ano de incertezas na economia
Retrospectiva 2011
P
arecido com um corredor que cruza à toda velocidade a
linha de chegada, o Brasil iniciou 2011 ainda no embalo da
recuperação econômica pós-crise de 2008. Vendas recordes no
período do Natal, potencializadas por fatores como desemprego em
queda e aumento da renda, ajudaram o comércio a fechar com chave
de ouro o ano de 2010, que já era muito bom.
A classe C, que entrara definitivamente no mapa do consumo no
Brasil, foi às compras e ajudou a garantir ao País números invejáveis,
como o próprio PIB de 7,5%, um número expressivo, não só entre
os emergentes, mas, principalmente, em relação ao cenário de
recrudescimento da crise latente então vivida pela Europa e pelos
Estados Unidos, e que se confirmou ao longo de 2011.
A palavra “crise”, aliás, voltou a frequentar com força os noticiários
e relatórios econômicos. No Brasil, os reflexos não se mostraram
tão fortes, mas contribuíram para um esfriamento da economia já
previamente encomendado pelo governo, com aumento de juros e
medidas de contenção do crédito para combater a inflação.
Para o Sistema Comércio, o ano de 2011 foi de muito trabalho e
consolidação de importantes iniciativas. Além do cenário econômico,
a revista CNC Notícias acompanhou as atividades, projetos, ações e
realizações de interesse do setor terciário, em permanente sinergia com
federações, sindicatos e empresários.
e realizações no Sistema Comércio
Edição de janeiro
• O Brasil começou o ano sob o comando da primeira mulher a ocupar
a Presidência da República. Dilma Rousseff recebeu a faixa das mãos
de Luiz Inácio Lula da Silva e sob grande expectativa quanto às suas
primeiras ações de governo.
• Esta edição da revista também trouxe uma reportagem de significado
histórico: a formatura da primeira turma da Escola SESC de Ensino
Médio, no Rio de Janeiro, que nasceu de um sonho e vem se consolidando como modelo na formação de alunos de todo o País.
• Na Câmara dos Deputados, em dezembro, audiência pública debate as
novas regras do Registro Eletrônico de Ponto.
Edição de fevereiro/março
• O universo digital invadiu as empresas do comércio do País. Interação entre consumidor e empresa, atendimento mais personalizado,
sustentabilidade, compras coletivas, redes sociais, vendas por celular, foram algumas das novidades expostas, em janeiro, na Retail’s
Big Show, maior feira do varejo do mundo, e abordadas pela revista.
• A CNC aderiu ao programa ECOS de sustentabilidade, em concordância com o que já era praticado pelos departamentos nacionais do
SESC e do Senac, no condomínio da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Entre os principais objetivos, a definição de uma política ambiental e o estímulo ao consumo consciente dos recursos utilizados.
Edição de abril
• O associativismo sindical ganhou um novo impulso com a parceria
estratégica da CNC com a CNI. Com o acordo, a CNC agrega ao seu
Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS) a metodologia do
Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), desenvolvido pela CNI. O programa tem instrumentos para tornar os sindicatos do
comércio mais próximos do empresariado.
• O Programa Senac na Copa, lançado, em março, no Rio de Janeiro,
irá oferecer mais de um milhão de vagas em cursos profissionalizantes em todo o País, com prioridade para as áreas diretamente envolvidas, como turismo, gastronomia, hotelaria e idiomas.
Edição de maio
• Os empresários do comércio de bens, serviços e turismo passam a
contar com uma nova ferramenta para ajudá-los a orientar suas decisões. A CNC lançou o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), o primeiro indicador nacional do setor no gênero.
• No lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico
e Emprego (Pronatec), em abril, a presidente Dilma Rousseff afirma
que vai reforçar as escolas do Sistema S e que os empresários receberão incentivo para custear cursos de formação para seus empregados.
• O Conselho de Turismo da CNC publica e divulga o documento Infraestrutura Turística e Megaeventos.
Edição de junho
• Em Cuiabá, o sindicalismo patronal debate ações para um futuro
sustentável, no 27º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizado em maio. É a força
de um setor em sintonia com os temas atuais do mundo empresarial.
• Anúncios na mídia, parcerias, participação em palestras. A Certificação Digital conquista espaço com ações das federações, consolidando-se entre as empresas por suas vantagens de segurança, permitindo
ao usuário se comunicar e efetuar transações na internet de forma
sigilosa e com validade jurídica.
Edição de julho
• A qualificação da mão de obra, um dos maiores desafios do Brasil na
atual fase de sua economia, mereceu um levantamento da Divisão
Econômica da CNC. No setor terciário, de cada cinco grupos de atividades, um sofre com a falta de qualificação profissional.
• Na 100ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
realizada na Suíça, em junho, foram tratados três importantes temas:
o trabalho decente para trabalhadores domésticos, a administração e
inspeção do trabalho e a discussão recorrente sobre proteção social.
• A presidente Dilma Rousseff sanciona, em junho, a Lei criando o
cadastro positivo, com a reunião de dados sobre os bons pagadores.
Edição de agosto
• Atenta a inovações que possam ampliar e fortalecer a imagem do
Sistema Comércio, a CNC lança projeto para oferecer sites institucionais a todos os sindicatos filiados ao Sicomércio, ampliando a visibilidade de suas ações de representatividade.
• O governo lança o Plano Nacional de Turismo. Entre as preocupações, estão a redução das desigualdades regionais e a questão da sustentabilidade, valorizando o patrimônio e a sua formatação em produto turístico. O Sistema CNC-SESC-SENAC participa, em julho,
da 6ª edição do Salão do Turismo.
Edição de setembro
• Apesar da crise internacional, as expectativas das contratações de
Natal se mostram positivas. O comércio prevê a contratação de 251
mil trabalhadores, com 94,7% das vagas no varejo.
• CNC promove, em agosto, seminário sobre sustentabilidade e legado
da Copa de 2014. Realizado no SESC Pantanal (MT), o evento teve a
parceria das Comissões de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados e de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal.
• A Confederação participa da elaboração da proposta empresarial para os portos.
Edição de outubro
• O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, reafirma parceria com o Sistema CNC-SESC-SENAC para qualificar profissionais para os megaeventos. “O Ministério trabalhará apenas com instituições que tenham
experiência e tradição na área. É o caso do Senac”, disse à CNC Notícias.
• O vice-presidente Administrativo da CNC, Josias Albuquerque, e
o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Comércio (CNTC), Levi Fernandes Pinto, entregam ao presidente
do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AC), minuta de substitutivo para regulamentar a profissão de comerciário.
Edição de novembro
• As expectativas de venda do Natal não são as mesmas de 2010. Mas
o comércio se mostra pronto para atender à demanda relativa à data
mais importante do setor, ainda antes das medidas de desoneração
fiscal anunciadas pelo governo.
• O Grupo Técnico de Trabalho Meio Ambiente da CNC reúne, em
outubro, no SESC Pantanal, representantes empresariais e do Poder
Público para discutir metas e prazos na execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
• Nova pesquisa Abril-CNC, divulgada no 39º Congresso Brasileiro
de Agências de Viagens, mostra os hábitos do turista brasileiro.
Um setor que acredita no futuro do País
Apesar das turbulências do ano que termina, as opiniões ouvidas pela
CNC Notícias mostram que o comércio de bens, serviços e turismo
acredita em novos patamares econômicos, políticos e sociais para o Brasil.
“A expectativa é que, em 2012, se mantenha a confiança na economia brasileira em nível nacional
e internacional.”
José Roberto Tadros, presidente da Fecomércio-AM
“Não há espaço para aumentar alíquotas tributárias e o Custo Brasil.”
Darci Piana, presidente da Fecomércio-PR
“Que o setor do comércio e serviços tenha um desempenho um pouco melhor ano que vem, principalmente
devido ao afrouxamento do crédito.”
José Arteiro da Silva, presidente da Fecomércio-MA
“Apesar da crise na Europa e da paralisação da economia americana, o Brasil manterá seu crescimento e
desenvolvimento em 2012.”
Pedro Nadaf, presidente da Fecomércio-MT
“A crise que assombra o mundo fará o consumidor ter mais cautela na hora de comprar. Isso não significa, no
entanto, que haverá déficits na economia do Acre.”
Leandro Domingos, presidente da Fecomércio-AC
“Avalio positivamente as medidas da presidente Dilma Rousseff em reduzir o IPI e o IOF dos
eletrodomésticos da linha branca, e defendo a redução dos juros em 2012, para que a economia
volte a crescer.”
Valdeci de Sousa Cavalcanti, presidente da Fecomércio-PI
“Estamos acompanhando de perto os desdobramentos dos fatos na economia internacional. Nós, empresários,
não podemos nos divorciar do que acontece no exterior. E, neste momento, cautela e prudência são
recomendáveis para todo comerciante que concede crédito. Mas sem renunciarmos à confiança no potencial
do País para superar as dificuldades e se consolidar no caminho de um desenvolvimento sustentável.”
Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC
“Segundo economistas, o País vai suportar os impactos da crise. É evidente que o nosso crescimento não será
o previsto, mas esta desaceleração alcançará as demais nações. Esta é a situação real que marcará o futuro
da macroeconomia em nível nacional.”
Daniel Mansano, presidente da Feaduaneiros
PERSPECTIVAS 2012
“Dilma Rousseff está conseguindo imprimir estilo próprio de gestão e conduta e, ao promover mudanças nos
Ministérios, tem mostrado que sob o seu comando as questões legais e outras de natureza administrativa
estão acima de combinações políticas.”
Abram Szajman, presidente da Fecomercio-SP
“Para 2012, apostamos em um crescimento entre 11% e 12% no Rio Grande do Norte, graças a fatores
como as novas regras do Banco Central para a oferta de crédito e as perspectivas de retomada do
crescimento do País.”
Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN
“O Copom reduziu para 11% a taxa de juros Selic. Foi uma decisão tímida. A taxa está impondo ao
Tesouro Nacional uma extravagante carga de juros de cerca de R$ 240 bilhões por ano, praticamente
inibindo o equilíbrio das contas fiscais do setor público.”
Ernane Galvêas, consultor econômico da CNC
“Nossas expectativas resumem-se à redução, ainda que módica, da carga tributária, à extinção de uma
ou duas contribuições, à justa correção da tabela do imposto de renda das pessoas físicas e à ampliação das
hipóteses de lucro presumido e à modificações no ICMS.”
Cid Heraclito de Queiroz, consultor jurídico da CNC
“O fortalecimento do comércio paraense depende da redução dos entraves históricos, como a guerra fiscal e os
altos custos para comercialização no Estado.”
Carlos Marx Tonini, presidente da Fecomércio-PA
“No campo tributário, que a legislação seja simplificada, reduzindo o número interminável de tributos e a
violenta carga tributária.”
Carlos Fernando Amaral, presidente da Fecomercio-BA
“Pesquisa da Fecomércio-MS em parceria com a Universidade Anhanguera/Uniderp mostra que 74% dos
entrevistados disseram que o próximo ano será melhor.”
Edison Ferreira de Araújo, presidente da Fecomércio-MS
“Que 2012 seja próspero para o comércio e para as demais atividades econômicas, e que isso se traduza em
geração de emprego e renda.”
Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF
“É possível que, com as medidas que o governo vem tomando, como redução da Selic, a economia tome um
novo impulso de crescimento ano que vem.”
José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES
“Projetamos um 2012 bem melhor em razão de dois aspectos principais: o Brasil entrará no segundo ano
do governo Dilma Rousseff e a proximidade da Copa do Mundo deve impulsionar significativamente as
atividades econômicas.”
Wilton Malta de Almeida, presidente da Fecomércio-AL
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